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JORNAL DO CRCMG JORNAL DO CRCMG Impresso fechado, pode ser aberto pela ECT. Atualidades Certificação Digital: os benefícios dessa nova forma de identificação PÁGINAS 3 E 4 ISO 9001:2000 CRCMG mantém e amplia escopo da certificação PÁGINA 11 Certificação digital Convênio entre o CRCMG e a Caixa Econômica Federal. PÁGINA 6 Um contador de sucesso Entrevista especial com o contador José Firmino Gama Santos. PÁGINA 16 Informativo do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais Belo Horizonte Ano XVI Nº. 123 Jan./Fev. 2007 www.crcmg.org.br Mala Direta Postal 7380887705-DR/MG CRCMG / / / CORREIOS / / / DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS O CRCMG promoveu, em janeiro, Audiência Pública para analisar e debater a versão 01 do anteprojeto de reformulação do Decreto-Lei 9.295/ 46, que foi promulgado há sessenta anos e, desde então, regulamenta a profissão contábil. Tendo em vista o crescimento, o desenvolvi- mento e as várias transformações pelas quais pas- sou a profissão nesse período, o Conselho Federal de Contabilidade instituiu uma comissão nacional que discutiu e elaborou uma proposta de reformulação do texto dessa lei: a versão 01 do anteprojeto. Na ocasião, contabilistas, professores e de- mais interessados participaram da edição especial do Café com o Contabilista, que possibilitou o esclarecimento sobre as principais propostas para alteração da lei. Para o presidente do CRCMG, Paulo Cezar Consentino dos Santos, a atualização do decreto- lei é importante e contribuirá para a evolução e a valorização da profissão. “Precisamos discutir am- plamente o anteprojeto, chegar a um consenso e nos mobilizarmos para levar o projeto adiante”, afirma. Páginas 8 e 9 Audiência Pública discute decreto que regulamenta a profissão Prêmio estimula a produção científica Participe do Prêmio Internacional de Produção Científica Contábil Professor Doutor Antônio Lopes de Sá. Além de uma relevante homenagem ao contador, considerado o maior escritor da Contabili- dade em língua portuguesa de todos os tempos, o prêmio visa o incentivo à produção literária especializada, o ensejo ao progresso da ciência contábil, o aprimoramento da tecnologia e o suporte à difusão e motivação do ensino. Página 11.

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JORNAL DO CRCMGJORNAL DO CRCMG

Impresso fechado, podeser aberto pela ECT.

AtualidadesCertificação Digital: os benefíciosdessa nova forma de identificaçãoPÁGINAS 3 E 4

ISO 9001:2000CRCMG mantém e amplia escopoda certificaçãoPÁGINA 11

Certificação digitalConvênio entre o CRCMG ea Caixa Econômica Federal.PÁGINA 6

Um contador de sucessoEntrevista especial com o contadorJosé Firmino Gama Santos.PÁGINA 16

Informativo do Conselho Regionalde Contabilidade de Minas Gerais

Belo HorizonteAno XVI Nº. 123 Jan./Fev. 2007

www.crcmg.org.br

Mala DiretaPostal

7380887705-DR/MGCRCMG

/ / / CORREIOS / / /

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS

O CRCMG promoveu, em janeiro, AudiênciaPública para analisar e debater a versão 01 doanteprojeto de reformulação do Decreto-Lei 9.295/46, que foi promulgado há sessenta anos e, desdeentão, regulamenta a profissão contábil.

Tendo em vista o crescimento, o desenvolvi-mento e as várias transformações pelas quais pas-sou a profissão nesse período, o Conselho Federalde Contabilidade instituiu uma comissão nacionalque discutiu e elaborou uma proposta dereformulação do texto dessa lei: a versão 01 doanteprojeto.

Na ocasião, contabilistas, professores e de-mais interessados participaram da edição especialdo Café com o Contabilista, que possibilitou oesclarecimento sobre as principais propostas paraalteração da lei.

Para o presidente do CRCMG, Paulo CezarConsentino dos Santos, a atualização do decreto-lei é importante e contribuirá para a evolução e avalorização da profissão. “Precisamos discutir am-plamente o anteprojeto, chegar a um consenso enos mobilizarmos para levar o projeto adiante”,afirma. Páginas 8 e 9

Audiência Pública discute decretoque regulamenta a profissão

Prêmio estimula a produção científicaParticipe do Prêmio Internacional de Produção Científica Contábil Professor Doutor Antônio Lopes

de Sá. Além de uma relevante homenagem ao contador, considerado o maior escritor da Contabili-dade em língua portuguesa de todos os tempos, o prêmio visa o incentivo à produção literáriaespecializada, o ensejo ao progresso da ciência contábil, o aprimoramento da tecnologia e o suporteà difusão e motivação do ensino. Página 11.

Fala, Contabilista!

wwww.crcmg.org.br

Conselho Diretor 2006/2007

PresidentePaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos Santos

1º Vice-Presidente de Administração e PlanejamentoLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado Caldeira

Vice-Presidente de Fiscalização e de Ética e DisciplinaEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasVice-Presidente de RegistroAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da Costa

Vice-Presidente de Controle InternoEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza Rocha

Vice-Presidente de Desenvolvimento ProfissionalSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho Campos

CONSELHEIROS EFETIVOSAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da Costa

Antônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de Freitas

Edson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar Cambraia

Geraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos Porto

José Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco Alves

José Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado Caldeira

Marco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de Almeida

Mário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende Filho

Paulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho Campos

Sebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias Bebiano

Walter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet Coutinho

CONSELHEIROS SUPLENTESAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi Queiroz

Antonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio Pavione

Célio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca Neves

Daysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e Silva

Francisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de Sales Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis

Jacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte Filho

José William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho Costa

Nilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da Silva

Otorino NeriOtorino NeriOtorino NeriOtorino NeriOtorino NeriPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar Santana

Regina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio Cardoso

Rosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo Santos

Jornal do CRCMGEdição e redação: Fernanda de Oliveira - MG 06296 JP

Redação: Vanessa Albergaria - MG 09099 JP

Digitação: Marciane Nieiro

Publicidade: Andreza Bitarães

Projeto e Edição Gráfica: Grupo de Design Gráfico

Revisão: Geraldo Magela de Faria

Fotos: Arquivo CRCMG

Fotolito e Impressão: Santa Clara Editora

Tiragem: 40 mil exemplares

CRCMG – Conselho Regional deContabilidade de Minas Gerais

Rua Cláudio Manoel, 639 – FuncionáriosCep 30140-100 – Belo Horizonte MG

Tel: (31) 3269-8400E-mail: [email protected]

Os conceitos emitidos em artigos assinadossão de inteira responsabilidade de seus

autores. As matérias deste jornal podemser reproduzidas desde que citada a fonte.

Palavra do Presidente

Paulo Cezar Consentino dos SantosPRESIDENTE DO CRCMG

Compromisso com o crescimento

2 JORNAL DO CRCMG JANEIRO / FEVEREIRO 2007

Prezada Fernanda,Agradeço imensamente a essa Assessoria de Comunicação, ao seurespectivo Conselho Editorial e a todos que direta ou indiretamenteproporcionaram a publicação do artigo “A contribuição dos contadores,ouvidores e dos Tribunais de Contas para a eficácia da gestão pública”, deminha autoria, na recente edição do Jornal do CRCMG. Para mim, como dasoutras vezes em que enviei artigos para publicação, foi uma enormesatisfação colaborar com informações para os colegas contabilistas, masprincipalmente por fazer isto em um informativo que prima pela qualidadegráfica, de edição, de redação e de revisão, melhorando continuamente. Éuma honra ter mais um artigo aprovado por essa Equipe de Comunicação.Todas as pessoas para as quais tenho apresentado o Jornal do CRCMG aquino Espírito Santo têm elogiado bastante a qualidade dos artigos e matérias,bem como a diagramação/apresentação do mesmo. (...) Muito grato por suaatenção e desejando um feliz 2007.Roberval Misquita MuoioControlador de Recursos Públicos do Tribunal de Contas do Espírito Santo.

Cientes do desafio imposto pelas novas esucessivas alterações nas regras empresariais eprofissionais, impingidas a todos pelas constantesmudanças do mundo globalizado e alavancadaspelo crescente número de empresas e profissio-nais que entram anualmente no mercado, nós, doCRCMG, estamos procurando dotar o órgão decapacidade gestora imprescindível para apoiar-nos nessa trajetória rumo ao crescimento e àvalorização da classe contábil.

Nosso compromisso é participar desse proces-so oferecendo ferramentas capazes de aumentara capacidade gerencial desse profissional, indiscu-tivelmente necessário, e, mais bem qualificado,indispensável. A categoria precisa ser fortalecidapela rigidez dos elos que a formam. Os excelentesresultados individuais alcançados por um bomnúmero de profissionais em todos os nichos domercado (Auditoria – Perícia – Magistério – Em-presas de prestação de serviços contábeis) precisacrescer em números quantitativos, mantendo, esempre, o crescimento qualitativo. O bom desem-penho individual de partes não é garantia docrescimento do todo.

“O verdadeiro compromisso envolve o cresci-mento do indivíduo e do grupo, juntamente como aperfeiçoamento constante”, ensina-nos JamesC. Hunt.

Produzir a informação antes que o fato aconte-ça e oferecer alternativas de ação, ética e legal,para que o gestor possa positivamente influenciaro final, é a nossa responsabilidade. Para issodevemos estar preparados do ponto de vista ma-terial e intelectual.

Uma dessas ferramentas, ágil, só menor do que ainteligência humana, e que por vezes desafia a física,quando essa diz que “dois corpos não podem estar emdois lugares ao mesmo tempo”, é a informática. Asingularidade dos dados – para que você, profissional,o transforme em informação – é a marca atual econstante que pretendemos incrementar em nossosite – www.crcmg.org.br – visite-o, consulte e critique.

A vida profissional é uma Universidade em quenão há férias ou aposentadorias e, infelizmente, aformatura nunca terá data programada. Nessa Uni-versidade, e também na escola tradicional, o cresci-mento deve ser a cada dia, e diariamente, à medidaque você consolida o que pretensamente aprendeu,deve agregar novos conhecimentos, sob pena de serultrapassado.

O crescimento das necessidades em nível da infor-mação, neste mundo em que os avanços são medidosem milésimos de segundos, não tem sido acompa-nhado por nós nessa mesma velocidade. Não nosreferimos ao “espetáculo do crescimento, ou ao pac-pac-pac”, mas àquele que extrapola, em muito, asdatas de um mandato, ou seja, programas estruturais,e não eleitorais.

Que oxalá o bom DEUS nos mantenha firmesnesse propósito e longe das luzes falsas dos holofotes.

Bom dia, parabenizo todos osparticipantes do CRCMG pelobrilhante trabalho apresentado atéo momento.Elson Luiz Alves

Gostaria de dar uma sugestão paracriação de curso ou palestra referenteà Nota Fiscal Eletrônica, pois ondetrabalho o volume de NF-e estáaumentando gradualmente devidoà implantação desse sistema nosestados de São Paulo, Bahia e RioGrande do Sul.Rafael Cunha de Almeida

Atualidades

JANEIRO / FEVEREIRO 2007 JORNAL DO CRCMG 3

Certificação Digital – os benefíciosdessa nova forma de identificaçãoNivaldo Cleto*

• O que é e como funciona a CertificaçãoDigital

Simples. O conceito é simples. A CertificaçãoDigital é um mecanismo que identifica virtual-mente o cidadão. É como se ela fosse umaassinatura de próprio punho, só que em versãodigital.

Tecnicamente, ela é um conjunto de arqui-vos (chaves públicas e privativas) que temcomo função reconhecer e comprovar a identi-dade do usuário no meio digital. Não há repú-dio, ou seja, assinou, está assinado! ACertificação Digital, portanto, é segura e temrespaldo legal.

O e-CPF e o e-CNPJ são Certificados Digitaisutilizados para garantir a autenticidade dosremetentes e destinatários de documentos edados que trafegam pela Internet. Eles visamassegurar sua inviolabilidade.

Esses e-documentos são homologados pelaSecretaria da Receita Federal com diversosmecanismos de segurança, que são rigorosa-mente fiscalizados pelo Governo Federal, atra-vés do Instituto de Tecnologia da Informação –ITI e Instituto de Chaves Públicas do Brasil – ICPBrasil, para garantir a confiabilidade do sistema.

• Além de segurança, facilidadesUma das vantagens adicionais do uso dos

certificados é que eles podem ser utilizadospara acessar a base de dados de contribuintesna Receita Federal. Com isso, sem a necessida-de de sair de casa, através da Web pelo sistemae-CAC – Centro de Atendimento Virtual aoContribuinte, é possível verificar sua situaçãoperante o fisco, entre outros serviços disponibi-lizados.

Após a entrada em vigor da Medida Provisó-ria 2.200/2002, que deu respaldo legal à apli-cação do mecanismo da assinatura digital, oGoverno Federal, através dos Órgãos Públicos,do Judiciário e da iniciativa privada, iniciandopelas Instituições Financeiras e Cartórios deRegistros Públicos, está implementando a utili-zação da Certificação Digital.

Tudo isso para agilizar o processo de comu-nicação e obtenção de serviços pelos cidadãosatravés da Internet, e com absoluta segurança.

Antes esses serviços estavam disponíveis ape-nas nos balcões de atendimento das reparti-ções públicas. Você pensou em fila, não pen-sou? Que agora virou coisa do passado!

Já podemos citar pelo menos dois casos desucesso da utilização da Certificação Digital emórgãos oficiais: a Receita Federal, com o e-CAC– Centro Virtual de Atendimento ao Contribuin-te, e os Tribunais de Justiça com o e-DOC –Sistema Integrado de Protocolização e Fluxo deDocumentos Eletrônicos na Justiça do Trabalho.

O e-CAC da Receita Federal permite a pes-quisa virtual de situação fiscal das empresas epessoas físicas, consultas de recolhimentos deDARFs (desde 1993), a emissão de cópia dedeclarações e obrigações acessórias (DIPJ,DIRFs, DCTFs, DACONs, dentre outras); a retifi-cação de DARFs (Redarf on-line), o parcela-mento automático de impostos e contribuiçõesnão recolhidos, o acompanhamento detalhadodo processamento das declarações das Pes-soas Físicas, acessando os impedimentos darestituição, antes mesmo da notificação oficialda Receita Federal; a possibilidade de a PessoaFísica assinar digitalmente as Declarações deImposto de Renda, recebendo a restituição noprimeiro lote, a delegação de poderes paraterceiros acessarem o sistema através de Pro-curação Eletrônica, a compensação de CréditosFiscais e o acesso aos serviços do SISCOMEX –Comércio Exterior.

E mais, através do e-processo, que atual-mente está em fase de implantação, a Receitapossibilitará a entrada em processos adminis-trativos de forma digital.

Já pelo e-DOC é possível protocolar asiniciais de qualquer tipo de ação e acompanharo andamento de forma exclusivamente eletrô-nica (sem papel). O sistema permite o envioeletrônico de documentos referentes aos pro-cessos que tramitam nas Varas do Trabalho dos24 TRTs e no TST, através da Internet, sem anecessidade da apresentação posterior dosdocumentos originais.

• ValoresDe uma pesquisa realizada em outubro

com as principais Autoridades Certificadorasque fornecem esse serviço no Brasil, verifica-mos uma variação entre R$200,00 e R$404,00

(smartcard), para a emissão do e-CPF A-3, eentre R$325,00 e R$460,00 (smartcard comleitora).

Já para a emissão do e-CNPJ A-3, os valoresficam entre R$220,00 e R$479,00 (smartcard) eentre R$420,00 e R$535,00 (smartcard comleitora).

Em todos os casos a validade do certificadoé de 3 anos.

Muita atenção na escolha do tipo de certifi-cado, pois existem dois níveis de segurança,com prazos de validade distintos:

– O Certificado A-1 é válido apenas por umano e deve ser instalado no computador peloqual foi efetuado o cadastro.

– O Certificado A-3 pode ser instalado numsmartcard ou num token, e sua validade variade dois a três anos, dependendo da AutoridadeCertificadora.

• TendênciaConsiderando as dificuldades que as auto-

ridades tributárias, fiscais e judiciais encontrampara contratar mão-de-obra suficiente para aten-der ao cidadão e levando-se em conta que,através da utilização da Certificação Digital, oGoverno encontra a segurança e o respaldolegal na transferência dos serviços públicospara o meio digital, a tendência é que todas asempresas passem a aderir a essa tecnologia.

A certificação digital pode resolver o proble-ma do sistema atual de atendimento, com seusenormes atrasos na solução dos processos, suaburocracia e a defasagem de informação exis-tente, deixando para o passado a exigência doreconhecimento de firmas, a elaboração deprocurações públicas, presença in loco dosinteressados, os formulários (ainda)datilografados, os requerimentos (ainda) ma-nuscritos, os horários específicos para atendi-mento...

As empresas que estiverem preparadas paraadaptação a essa nova tecnologia terão umaumento sensível na sua performance, agilida-de no atendimento aos clientes, bem como narotina administrativa financeira, contábil e fis-cal e principalmente na segurança dos dados einformações que trafegam pelas suas redesinternas e externas.

continua na página 4...

4 JORNAL DO CRCMG JANEIRO / FEVEREIRO 2007

• Possível obrigatoriedade para a PessoaFísica

Existe uma forte corrente do Sistema Ban-cário Nacional que pretende implementar emassificar a utilização da Certificação Digitalpara as pessoas físicas acessarem a movimen-tação bancária.

Com isso seriam eliminadas uma série desenhas do tipo: senha de Internet, do cartão dedébito, cartão de segurança, código de segu-rança do verso do cartão, dia de nascimento,ano de nascimento etc.

Com a utilização da Certificação Digital paraacessar a conta corrente, basta um login (nomede usuário), uma senha e pronto – já se obtémo acesso na base de dados de sua conta, e comsegurança criptográfica.

• Proteção das informaçõesOs sistemas que utilizam a Certificação

Digital com os níveis de segurança adotadospara o e-CPF e o e-CNPJ não permitem queoutras pessoas, além do próprio titular docartão, possuam a senha privativa, pois serácom essa senha que ele acessa, através daWeb, os serviços disponibilizados – e ondetodos os dados trafegam criptografados. Épraticamente impossível a qualquer intruso,em caso de interceptação dos dados, decifraro seu conteúdo.

• Verificação de uma assinatura digitalAo acessar o serviço, o cidadão coloca a

senha privativa, o sistema on-line verifica seaquele certificado é válido na base de dados daAC – Autoridade Certificadora. Após a validaçãoé gerada uma chave que comprova a autentici-dade da operação, que ficará armazenada nosequipamentos das partes envolvidas por tem-po indeterminado com a finalidade de fazerprova numa eventual demanda administrativaou judicial.

• Pessoal e intransferívelA Certificação Digital somente pode ser

utilizada pela própria pessoa física ou repre-sentante legal da pessoa jurídica que a emitiu.A forma irregular, na qual o titular fornece ocartão e as senhas para outra pessoa, é possí-vel, entretanto não recomendada devido aoseu elevado grau de risco.

Especificamente no segmento contábil, essatecnologia é muito utilizada para acessar osserviços do fisco e, para evitar riscos no caso daprestação de serviços, a própria Receita possi-bilita que os titulares passem uma procuraçãoeletrônica para outra pessoa física (nesse casopodem ser também os profissionais da conta-bilidade) detentora de e-CPF ou e-CNPJ, compoderes específicos para determinados serviços.

No Estado de São Paulo, as GIAs do ICMS jásão entregues eletronicamente sem a utiliza-ção da certificação digital. Já na SEFAZ dePernambuco, o Sistema de Escrita Fiscal – SEFé entregue somente com a utilização do e-CNPJda empresa contribuinte.

Com a entrada em vigor das primeiras No-tas Fiscais Eletrônicas emitidas desde o dia 14de novembro de 2006, toda a tecnologia utili-zada na geração, validação, autorização de usoe envio dos referidos arquivos digitais tem aobrigatoriedade de utilização da CertificaçãoDigital ICP Brasil.

• Com um e-CPF pode-se acessar osserviços da Pessoa Jurídica

O portador de um e-CPF, que é o responsá-vel legal perante a Receita Federal por uma oumais empresas em que participa como sócio outitular, pode acessar todos os serviços existen-tes para as respectivas Pessoas Jurídicas dasquais é o representante, sem a necessidade deobter um e-CNPJ.

Assim, nos casos em que não há necessida-de de utilizar o e-CNPJ para entrega de obriga-

ções acessórias, como ocorre com o SEFAZ-PE,SEFAZ-DF e assinador de Notas Fiscais Eletrôni-cas, o cidadão pode adquirir apenas o e-CPF doresponsável legal.

• Na práticaA habilitação pode ser efetuada através da

Internet, no site de uma das AutoridadesCertificadoras autorizadas disponíveis no siteda Receita Federal.

Preenchida a formalidade cadastral, após avalidação, será enviado um e-mail confirmandoo cadastro com informações do endereço daAutoridade de Registro mais próxima, onde ocidadão deverá comparecer pessoalmente paravalidar a certificação.

No dia da validação, a pessoa física, no casode compra do e-CPF, deverá levar uma foto 3x4,originais e cópias simples do comprovante deresidência, Carteira de Identidade, CPF e, facul-tativamente, o título de eleitor. A presença dotitular é fundamental, não sendo aceitas procu-rações de qualquer espécie.

Para aquisição de um e-CNPJ, a pessoafísica responsável perante o CNPJ deverá levarcópia autenticada do Estatuto Social ou Ata quecomprova a representação, juntamente com osdemais documentos exigidos para Pessoa Físi-ca, conforme acima descrito.

A Receita Federal publicou a InstruçãoNormativa 696 de 14/12/2006, pela qual asPessoas Jurídicas tributadas com base no LucroReal ou Arbitrado, a partir do exercício de 2007,estarão obrigadas a entregar a declaração doimposto de renda pessoa jurídica com a utiliza-ção da Certificação Digital ICP Brasil. Assimsendo, estamos prevendo um crescimento nademanda para o ano de 2007.

(*) Contador, sócio da Clássico Consultoria, Auditoria eTecnologia Contábil, Diretor de Tecnologia e Negócios daFenacon e membro do Setor de Usuários do comitê Gestor daInternet do Brasil – CGI Brasil – suplente.(www.nivaldocleto.cnt.br).

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JANEIRO / FEVEREIRO 2007 JORNAL DO CRCMG 5

No dia 12 de janeiro, as mulhe-res contabilistas da capital mineirarealizaram a primeira reunião daComissão de Mulher Contabilistade Belo Horizonte em 2007.

Com base em sugestões recebi-das, a Comissão elaborou um pla-nejamento para desenvolver açõesem diversos segmentos, com des-taque para a área técnico-profissio-nal, em que existe a demanda pelarealização de cursos e palestras.Tais cursos serão oferecidos pormeio de parcerias a serem firmadascom o Sebrae, Fiemg, AssociaçãoComercial, Fecomércio e Senac,além dos já ofertados pelo próprioCRCMG.

No encontro, as mulheres mos-traram-se dispostas a apoiar asações do Projeto Contabilista Soli-dário, auxiliando e divulgando essainiciativa do Conselho. Outra atua-ção importante diz respeito à parti-cipação no Dia V (Dia do Volunta-

riado), através da elaboração deuma cartilha de Planejamento Do-méstico e dicas de IRPF. “Pretende-mos montar um estande onde seráoferecido um serviço de consultoriapara as pessoas físicas”, disse acoordenadora do Grupo da MulherContabilista em Belo Horizonte, He-loísa Mendonça.

Além dessas ações, a Comis-são pretende realizar palestras li-gadas a outras áreas: saúde, arte,moda, política, empreende-dorismo, economia e turismo. He-loísa Mendonça chama as contabi-listas a conhecerem as atividades edelas participarem. “O grupo estáaberto a todas as profissionais in-teressadas. Nossa meta é tambémdespertar o interesse das estudan-tes, trazendo-as para o grupo”, res-salta.

A próxima reunião da Comis-são de Belo Horizonte estáagendada para fevereiro.

Mulheres Contabilistasse reúnem em Belo Horizonte

Controle Interno

O Conselho Regional de Conta-bilidade é uma autarquia federal,criada pelo DL 9295/46, que temsua finalidade voltada para o regis-tro e fiscalização dos profissionaisda área contábil e, complementar-mente, tem como objetivo implícitoa busca do aprimoramento e desen-volvimento do profissional contábil.

Para isso, gastos são necessári-os para a realização de suas ativida-des normativas: fiscalização, regis-tro, além de investimentos na qua-lificação do contabilista (cursos, trei-namentos, seminários, congressos,eventos, exame de qualificação téc-nica, etc.). Para fazer face a essasdespesas, o CRCMG conta apenascom recursos oriundos da própriaclasse contábil, sendo a sua princi-pal fonte as receitas de anuidadespagas pelos profissionais registra-dos. Assim, é essencial que o conta-bilista esteja regular com a anuida-

de do Conselho, para que ele possacumprir sua finalidade e atingir seusobjetivos.

A anuidade para o exercício de2007 foi fixada em R$ 295,00 paracontadores e organizações contábeise R$ 266,00 para os técnicos emcontabilidade. Para pagamento àvista até 31.01.2007, foi concedidodesconto de 10%. Quem não apro-veitou a oportunidade poderá aindaobter o desconto de 5%, caso façao recolhimento, à vista, até28.02.2007. Outra opção é oparcelamento da anuidade integralque poderá ser concedido em atésete vezes. Já em março o paga-mento deverá ser integral. A partirde abril, a anuidade terá correçãode 2% de multa e 1% de juros ao mês.

Outras informações devem serobtidas na Gerência Financeira:(31) 3269-8474 / 8475 / 8476 /8477 / 8489.

Anuidade 2007

As participantes já estão se movimentando para o VI Encontro Nacional da MulherContabilista, que acontece em Florianópolis, Santa Catarina, de 7 a 9 de junho.

EleiçõesO Conselho realizará, no dia 22 de novembro deste ano, eleição

para renovação de 1/3 dos membros que compõem o Plenário –Órgão Deliberativo do Regional. O voto é secreto, obrigatório,direto e pessoal. Somente o profissional devidamente registradono CRCMG, e em situação regular, inclusive quanto a débitos dequalquer natureza, poderá votar.

O contabilista regular que, por motivo de força maior, deixar devotar deverá apresentar ao CRCMG justificativa comprovada, noprazo de até 30 dias da data da eleição.

6 JORNAL DO CRCMG JANEIRO / FEVEREIRO 2007

Registro

O CRCMG, através da Câmarade Registro, planeja iniciar, em feve-reiro, o Projeto Incentivo ao Regis-tro, por meio do qual serão levadaspalestras às instituições de ensinosuperior da Região Metropolitanade Belo Horizonte. Tais palestrasvisam esclarecer os estudantes deCiências Contábeis sobre as atribui-ções do Conselho, com ênfase para aimportância do registro profissional.

“Além de estreitar a relação en-tre os futuros contadores e o Conse-lho, um dos objetivos do Projeto éproporcionar um melhor entendi-mento quanto ao trabalho que rea-lizamos, mostrando-lhes a impor-tância e as conseqüências benéfi-cas que a efetivação do registro trazaos profissionais compromissadosética e moralmente com a profissão”,salienta o presidente da Câmara deRegistro, Alencar Pereira da Costa.

“Para que o Projeto tenha êxito,torna-se necessária a participação

Projeto de Incentivo ao Registroefetiva dos coordenadores dos cur-sos de Ciências Contábeis”, enfatizaa gerente de Registro do CRCMG,Stael Cristina. Para mais informa-ções e agendamento de palestras,os contatos podem ser feitos direta-mente pelo telefone (31) 3269-8466.

Digitalização de dados

Compreendida entre as açõesque visam a modernização do siste-ma de armazenamento dos arqui-vos dos profissionais registrados noConselho, a digitalização de dados,como noticiado na última edição doJornal do CRCMG, vem sendo reali-zada desde outubro passado. Até ofinal de janeiro, foram digitalizadosmais de 22 mil registros, o quecorresponde a cerca de 30% dototal existente.

“No decorrer do processo nosdeparamos com documentos

antiqüíssimos, que exigiram manu-seio especial, que foi feito de formaextremamente cautelosa e criteriosa.São papéis de profissionais baixa-dos e cancelados, que constavamde nossos arquivos há décadas”,frisou a gerente de Registro, StaelCristina, esclarecendo sobre o an-damento das atividades.

Quanto aos dados dos profissio-nais que estão sendo comple-mentados pela equipe de colabora-dores do CRCMG, tornando-os maisconsistentes, já foram atualizados8.350 cadastros.

Balanço 2006

Em 2006 o CRCMG contabilizou3.039 novos registros profissionais.O destaque do ano ficou por contado crescimento do número de orga-nizações contábeis em todo o Esta-do, com aumento de 118% emrelação a 2005.

CERTIFICAÇÃODIGITAL

ConvênioCRCMG e CaixaEconômicaFederal

O CRCMG está prestes a fir-mar convênio com a Caixa Eco-nômica Federal para que os con-tabilistas em situação regular como Conselho possam adquirir aCertificação Digital por valoresreduzidos.

Em breve, todas as informa-ções serão divulgadas nos infor-mativos do CRCMG e será pro-movido um Café com o Contabi-lista Especial sobre o tema.

Aguarde!

JANEIRO / FEVEREIRO 2007 JORNAL DO CRCMG 7

Desenvolvimento Profissional

O CRCMG em um Dia foi um dosprojetos que mais se destacaram em 2006.Sob a coordenação da Câmara de Desen-volvimento Profissional e idealizado parafavorecer a aproximação entre o Conselhoe as faculdades de Ciências Contábeis doEstado, representadas por coordenadorese alunos dos respectivos cursos, o projetoobteve resultados positivos dentro da pro-posta para qual foi criado: dar aos visitan-tes uma clara noção sobre o funciona-mento e as atribuições do órgão, difundin-do seu trabalho de forma transparente edissipando a idéia de distanciamento pe-rante os futuros profissionais.

Durante o ano, 11 faculdades partici-param do CRCMG em um Dia, trazendoalunos de várias regiões de Minas. Asentidades acadêmicas que estiveram pre-sentes foram: Faculdade de CiênciasContábeis de Ponte Nova (Facco), CentroUniversitário de Formiga (Unifor–MG),Faculdade Asa de Brumadinho, Faculdade

de Ciências Sociais e Aplicadas de BeloHorizonte (Facisa), PUC/Minas – Barreiro,Faculdade Novos Horizontes, UniversidadePresidente Antônio Carlos (Unipac – BomDespacho), Faculdade de Ciências Exatas eGerenciais de Pedro Leopoldo, Universida-de Estadual de Montes Claros, Faculdadeda Cidade de Santa Luzia (Facsal) e CentroUniversitário Una de Belo Horizonte.

Continuidade

Em 2007 o projeto CRCMG em um Diaterá continuidade. A idéia é trazer ao Con-selho o maior número possível de facul-dades de Ciências Contábeis. “Esse é umprojeto muito importante para o Conse-lho e por isso será levado adiante duranteeste ano. Estamos abertos. As faculdadesinteressadas podem, inclusive, fazer con-tato na Gerência de DesenvolvimentoProfissional”, afirma o presidente PauloConsentino.

Projeto aproxima os centrosacadêmicos e o Conselho

Simples NacionalO Conselho Regional de Contabilidade de Minas

Gerais esclarece que está aguardando a edição dodecreto que irá regulamentar a Lei Complementar123, de 14 de dezembro de 2006, que institui oEstatuto Nacional da Microempresa e da Empresa dePequeno Porte – o Simples Nacional, para que possaoferecer os cursos necessários à atualização docontabilista.

O presidente do CRCMG, Paulo Cezar Consentino,explica que, sem a edição do decreto e tendo comobase apenas a Lei Complementar que trata o SimplesNacional em linhas gerais, não há base suficientepara a elaboração de um conteúdo didático que leveao contabilista algo além do que consta na lei, comosua operacionalização.

“Estamos cientes da questão, mas realizar cursosenquanto a lei ainda não foi regulamentada seriacomo despendermos esforços inúteis. Assim quesair a regulamentação da lei, o CRCMG realizarácursos e eventos voltados para o assunto, que irão,inclusive, ajudá-lo a lidar com o sistema propria-mente dito”, afirma o presidente Consentino.

8 JORNAL DO CRCMG JANEIRO / FEVEREIRO 2007

O CRCMG promoveu no dia 12 dejaneiro, em edição especial do Cafécom o Contabilista, a primeira Au-diência Pública realizada em MinasGerais, para analisar e debater a ver-são 01 do anteprojeto de Reformu-lação do Decreto–Lei 9.295/46, quefoi promulgado há sessenta anos e,desde então, regulamenta a profis-são contábil.

Na ocasião, cerca de 60 profissio-nais presenciaram a audiência, quecontou com a participação do mem-bro efetivo da Comissão Nacional dereformulação do Decreto–Lei 9295/46, contador Pedro Coelho Neto; doProf. Dr. Antônio Lopes de Sá; docontador e professor Luiz FranciscoSerra; do contador e professor Hamil-ton Parma; da vice-presidente de De-

Café com o Contabilista

CRCMG promove audiência pública para definir

Próximospassos

A audiência pública realizada em12 de janeiro foi gravada e, ainda,lavrada ata contendo as sugestõesrecebidas. O material será encami-nhado para a Comissão Nacional afim de tais sugestões serem avaliadase incluídas ou não no anteprojeto,gerando assim a Versão 2.

“A Comissão Nacional elaboraráo Anteprojeto Versão 2 e encaminha-rá aos CRCs para que seja referenda-do por mais uma audiência pública,podendo, ainda, ser oferecida algu-ma contribuição para o aprimora-mento do anteprojeto.

O passo seguinte será a elabora-ção de uma versão 3 do anteprojetoque será apreciada em Fórum Nacio-nal a ser realizado, possivelmente emBrasília, com a presença de represen-tantes de todas as entidades e deonde se espera que saiam um refe-rendum e o pacto de adesão ao ante-projeto que serão encaminhados aoCongresso”, explicou Pedro Coelho.

ComissõesReconhecidamente, a lei de re-

gência, do alto de seus 60 anos depromulgação, é considerada em de-sacordo com a realidade atual daprofissão, o que tem ocasionado vári-as tentativas de adequação. Tendoem vista o crescimento, o desenvolvi-mento e as várias transformaçõespelas quais passou a profissão nesseperíodo, o Conselho Federal de Con-tabilidade instituiu uma comissãonacional que discutiu e elaborou umaproposta de reformulação do textodessa lei. Já os CRCs criaram Comis-sões Estaduais para analisar o ante-projeto base e oferecer sugestõesque foram analisadas pela ComissãoNacional para inclusão ou não noanteprojeto.

Após meses de trabalho, a Comis-são Nacional elaborou o AnteprojetoVersão I que foi encaminhado aosCRCs a fim de promoverem Audiênci-as Públicas com o intuito de ouvir aclasse, dando oportunidade para to-dos expressarem, abertamente, suasopiniões sobre as mudanças propostas.

Intuito é a elaboração de umanova legislação que norteie aContabilidade brasileira

Pedro Coelho Neto explica as principais propostas da versão 01 doanteprojeto de Reformulação do Decreto-Lei 9295/46

Profissionais acompanham as explanações e participam ativamentedos debates

senvolvimento Profissional do CRCMGe membro suplente da ComissãoNacional, Sandra Maria de CarvalhoCampos, e do presidente do CRCMG,Paulo Cezar Consentino dos Santos.

O anteprojeto foi apresentadopelo contador Pedro Coelho Neto que,após explanação, solicitou aos pre-sentes a participação com idéias econtribuições para o projeto. Em se-guida, os contabilistas mineiros fize-ram comentários e salientaram pon-tos relevantes do anteprojeto quedevem ser estudados de forma caute-losa.

Na oportunidade, a contadoraSandra Maria de Carvalho Camposapresentou as proposições da Comis-são Estadual de Minas e os pontosque merecem atenção.

JANEIRO / FEVEREIRO 2007 JORNAL DO CRCMG 9

o futuro da profissão O anteprojeto versão 01 estádisponível para download no sitedo CRCMG: www.crcmg.org.br,no menu Notícias. Confira oresumo das principais propostase participe dessa importantediscussão:

1) Profissão de Contador:A partir de agora a profissãopassaria a uma única categoria,de Contador, eliminando-se adualidade na profissão compostahoje por Contadores e Técnicosem Contabilidade. As regras paraconversão profissional estãotratadas nas disposiçõestransitórias do projeto (Artigo 62).

2) Previsão do ConselhoConsultivo como órgão do CFC:Ex-presidentes e portadores daMedalha João Lyra passam aintegrar o Conselho Consultivodo CFC. Obs.: Essa condiçãoatualmente é tratada emResolução do CFC.

3) Eleição direta dosConselheiros do CFC:Os conselheiros passam acompor as chapas concorrentesdos respectivos regionais querepresentam, juntamente comseus conselheiros regionais, nãomais sendo eleitos por colégioeleitoral de delegados dos CRCs.

4) Eleições dos Presidentesdos CRCs: As eleições dosPresidentes dos CRCs passam aser diretas pelo voto dosprofissionais, devendo na chapaser indicado quem é o candidatoa Presidente. O processo passa aser mais participativo edemocrático; será permitida umaúnica reeleição no cargo dePresidente, não sendo permitidaa eleição como Vice-presidente nobiênio subseqüente.

“Trabalho no CRC há 26 anos.(...) Fico feliz que estejamos de umaforma definitiva querendo alteraralguns preceitos da profissão. En-tão é bom falar em especialistas daprofissão, porque pelo menos elesvão ter titularidade específica paraexercer determinadas funções. Otécnico ao longo desses anos vemfazendo o elementar, o básico dacontabilidade que, diga-se de pas-sagem, tem atendido bem a econo-mia do país, mesmo porque pas-sam por nossas mãos todos os ele-mentos de natureza financeira,contábil e econômica de que o Go-verno precisa para administrar.Quero ratificar algumas idéias queporventura já tenham sido mani-festadas com relação à tipificaçãodo exercício da profissão como cri-me. Nós estamos vendo aí, claroque respeitadas todas as inserçõesdo Código Civil, mas quem exerceilegalmente qualquer profissão re-gulamentada, para mim, é crimino-so, mesmo porque, quando ele fir-ma um documento, está exercendoa função de uma pessoa habilitada,e o crime de falsa ideologia aí severifica (...)” José Marçal de SouzaRamos – Assessor da diretoria paraassuntos das Delegacias do CRCMG.

“Ingressei nos estudos da pro-fissão contábil por paixão pelos es-critos do Professor Antônio Lopesde Sá. Com relação a essa audiên-cia pública, em nome dos estudan-tes que não estão presentes, eu

tenho a dizer (...) que direitos ad-quiridos não podem ser perdidos apartir do momento em que ele fazbem para a sociedade. Se falarmosque, a partir da vigência dessa lei,os técnicos não irão existir mais,estamos realmente cometendo umagrande falha na lei, com aquelesprofissionais que fizeram o que hojevai ser melhor para o contador queestá chegando, que é o meu caso.Sobre a educação continuada eupenso da seguinte forma: quem querficar no mercado tem que fazer poronde. O profissional que quer serprofissional de verdade, tem quecorrer atrás do seu profissionalismo.E não chegar uma lei e falar quevocê tem que estudar. Essa lei nãovai fazer com que sua qualificaçãoprofissional, que sua paixão pelaprofissão seja melhor. A importân-cia de ter um contador fazendoauditoria para o Estado e essasligações diretas com o país é essen-cial. Temos, sim, que respeitar ostécnicos, com certeza, e valorizar efazer com que os profissionais quese formarem agora, em nível degraduação, busquem por si própri-os. Ninguém tem que ser obrigadoa ficar na contabilidade. Não é umalei que vai falar que você é um bomprofissional, ou não. Quem vai falarse você é um bom profissional, ounão, é o seu interesse. É a suavontade de se capacitar para me-lhor fazer um trabalho.” DanielleAmanda Batista – Estudante deCiências Contábeis.

Confira trechos de alguns depoimentos:

5) Distribuição das Receitas doSistema CFC/CRCs: O textoapresentado define, apenas, adistribuição das receitas entre oCFC e CRCs, de 20% e 80%,respectivamente, mantendo oque é hoje.

6) Competência do CFC:O projeto deixa bastante clara acompetência do CFC pararegulamentar, dispor, aprovar,alterar, implementar váriasquestões como: exame desuficiência, exame decompetência, normas brasileirasde contabilidade, educaçãoprofissional continuada, eleições,anuidades etc.

7) Registro Profissional:É eliminada a exigência doregistro secundário sendotransformado em comunicaçãoobrigatória do profissional;tornam-se obrigatórios o examede suficiência e a educaçãocontinuada para manutenção doregistro.

8) Empresa de ServiçosContábeis: Passaria a sercomposta exclusivamente porContadores, com seu registro noCRC e não mais em cartório.

9) Cadastro de Especialistas:Ficaria permitido ao CFC criar emanter cadastro de especialistas,tais como: auditores, peritos,professores etc.

10) Penalidades: Estabelece,também, o cancelamento doregistro.

11) Prerrogativas: Estabelecelista mais detalhada e abrangentedas prerrogativas incorporando aResolução CFC 560/83.

12) Infrações: Estabelece lista deinfrações e respectivas penas.

Principais propostas

Artigo

Mário César de Magalhães Mateus*

O escritor inglês WilliamSomerset Maugham (1874-1965)narra a história de Albert EdwardForeman, que, por dezesseis anos,desempenhara as funções de sacris-tão na igreja de St. Peter, em NevilleSquare, templo preferido pelas “fa-mílias da alta sociedade.”

Depois de muito tempo exer-cendo as atividades do cargo, o pa-dre com quem o sacristão trabalha-ra foi afastado. Poucos dias após terassumido a paróquia, o novo páro-co, tendo se inteirado de que AlbertEdward Foreman não sabia ler nemescrever, decidiu demiti-lo de suasfunções.

Conta Somerset Maugham queo sacristão “era abstêmio de álcool efumo, porém com certa reserva, poisgostava de um copo de cerveja nojantar e, quando cansado, fumavacom prazer um cigarro”. Demitido,deixou a igreja e, pensando no cigar-ro que fumaria antes de ir para casa,percorreu uma longa rua de Londrese, para sua surpresa, não encontrouuma só tabacaria.

– “É interessante. Não é possívelque seja eu a única pessoa quepassa por essa rua e sinta vontadede fumar...”

E veio-lhe uma idéia: com o quepoupara, abriria uma pequena taba-caria. “Tabacaria e doces, natural-mente.” Sua mulher foi contra, maso sacristão Albert Edward Foreman,como todo bom empreendedor, nãose deixou intimidar e respondeu “queera preciso acompanhar as mudan-ças do tempo”.

Fundou, assim, o seu primeironegócio. Um ano depois, tal o suces-so do empreendimento, abrira umafilial. Revelou-se excelente adminis-trador e, no fim de uma década,havia já dez tabacarias Foreman es-palhadas por toda Londres.

Um dia, próspero e rico, dirigira-se ao banco. Lá, o gerente chamou-o à parte e disse-lhe:

– “O senhor tem uma somamuito grande para permanecer emdepósito. Já pensou como lhe convi-ria empregá-la? ”

Foreman retrucara que não que-ria arriscar-se, e o gerente afirmou-lhe que tinha “uma lista de títulosgarantidos”, os quais lhe renderiam

Empreendedorismo: a arte de ver oportunidadesuma taxa de juros acima das obtidascom o depósito bancário.

– “Eu poderia fazer isso – disseAlbert, com insegurança. – Mas comoiria saber o que estava assinando?”

– “Suponho que sabe ler – disseo gerente, um pouco rispidamente.”

O sacristão confessou-lhe quenão sabia ler nem escrever. Mal as-sinava o nome, o que aprenderaquando se estabeleceu como co-merciante.

– “Quer dizer então – disse, as-sombrado, o gerente – que realizouesse importante negócio e acumu-lou toda essa fortuna sem saber lernem escrever? Meu Deus, que nãoseria o senhor agora, se tivesseaprendido a ler e a escrever?”

– “Isso eu posso dizer-lhe – res-pondeu Mr. Foreman, com leve sor-riso. Seria sacristão da igreja de St.Peter, em Neville Square.”

Esse conto de SomersetMaugham ilustra magnificamente otraço marcante da personalidade deum empreendedor. Albert EdwardForeman, o sacristão, tinha persona-lidade de empreendedor – sabiaresistir na hora ingrata e não deixavaque situações adversas lhe embo-tassem o raciocínio. SomersetMaugham assim traça o seu perfilpsicológico: “Tinha tato, firmeza esegurança. O seu caráter era inaba-lável”.

Louis Jacques Filion, em traba-lho publicado na Revista de Admi-nistração, abril-junho de 1999, afir-ma que “a essência do empreen-dedorismo está na percepção e noaproveitamento das novas oportu-nidades no âmbito dos negócios”.Foi o que viu o sacristão: uma opor-tunidade numa hora em que outrosse entregariam ao desânimo e àautopiedade.

“A Administração”, diz George R.Terry, “é uma ciência e uma arte.”“Como arte”, continua ele, “a Admi-nistração é o know-how para atingirum resultado desejado. É a práticaadquirida através de experiências,observação e estudo; e também ahabilidade em utilizar conhecimen-tos adquiridos dessa forma. Requercriatividade, condicionada e basea-da no entendimento da administra-ção como ciência. Portanto, a ciên-cia e a arte são complementares.Quando uma se desenvolve, a outra

também é atingida; um equilíbrioentre ambas é necessário.”

Ora, administrar com arte impli-ca sensibilidade para que se usemos sentidos do empreendedorismo.Se o mercado se move e muda, épreciso acompanhar o movimento ea mudança. Arte é atividade criativa,e o empreendedor, no exercício daarte da administração, tem de ajus-tar-se a novas conjunturas,reestruturando-se quando necessá-rio para que não se percam os obje-tivos traçados.

Henry Ford, pioneiro da indús-tria automobilística norte-america-na, em Minha vida e minha obra,compreendendo a real natureza doempreendedor, afirma exatamenteo seguinte: “É preciso pensar notrabalho de dia, e de noite fazê-logirar nos seus sonhos”.

Aquele que tem dentro de si achama da paixão pelo que faz admi-te que Henry Ford tinha razão. Quemse guia pelos seus sonhos tem obje-tivos mais elevados. Por isso encon-tra no trabalho uma inesgotável fon-te de energia. Ainda citando HenryFord: “Pensar primeiro em dinheiro,ao invés de pensar no trabalho, trazo medo do fracasso, e esse medobloqueia a via de acesso aos negóci-os – e faz do homem um ser ame-drontado diante da competição, di-ante da mudança de métodos e dequalquer coisa que possa alterar asua condição”.

É inerente ao empreendedor aobstinação pelo que faz. Tem umplano definido, conhece as suasnecessidades e sabe aonde querchegar. Não se entrega alamentações, e seus objetivos sãoclaramente traçados. Sabe o quequer, por isso é dotado de energia erenova-se na consecução de seutrabalho.

O empreendedor sempre temtempo disponível para realizar o quesonha. Orienta a sua vida em dire-ção ao que deseja no fundo docoração. Não se desvia do fim pre-tendido e administra o tempo, semdeixar que pequenos incidentes in-terfiram na caminhada.

Ford, na obra citada, não se quei-xa de presumível falta de tempo. Dizele: “O tempo não me era escassoporque eu trabalhava sem parar.” E,relativamente à concorrência, luci-

damente afirma: “O tempo gasto naluta pela competição é um tempodesperdiçado; melhor seriadespendê-lo na realização do traba-lho.”

Pensar na concorrência é desba-ratar o tempo, desfigurando-se asmetas estabelecidas. As ameaças eoportunidades devem ser tratadasracionalmente. É uma questão defoco. Se se tem em mira a prestaçãode serviços de qualidade e o ofere-cimento de produtos de alto nível,neutraliza-se, assim, a concorrência,sem que em nenhum momento sejasacrificado o tempo em detrimentode nosso trabalho. Ford realizou-see deixou uma grande obra porqueteve sensibilidade para compreen-der a importância de um trabalhobem feito, sem permitir que se des-viasse o foco para a concorrência.

Frederick Winslow Taylor afirma-va que, na gestão dos negócios, éatribuição do administrador plane-jar, organizar, dirigir e controlar otrabalho. Para isso, é preciso técnicae arte. Técnica é a soma dos proce-dimentos e métodos, exigindo dequem a aplica conhecimento espe-cífico e ordenado sobre determina-do assunto. A arte, como já se disse,requer habilidade e talento, intuiçãoe sensibilidade para uma tomada dedecisão em harmonia com os senti-dos do empreendedor.

No trabalho de Filion, acima ci-tado, pode-se ler o seguinte: “Oempreendedor é uma pessoa criati-va, marcada pela capacidade de es-tabelecer e atingir objetivos e quemantém alto nível de consciênciado ambiente em que vive, usando-apara detectar oportunidades de ne-gócios”.

São homens com tais caracterís-ticas que abrem caminhos novos eencontram soluções para uma vidamelhor. Homens assim, movidospelo sonho de grandes realizações,podem repetir os dois famosos ver-sos do escritor e poeta italianoGabriele D’Annunzio:

“Nunca é tarde para tentaro desconhecido, nunca étarde para ir mais além.”

* Contabilista, advogado, pós-graduado emCiências Contábeis. Consultor nas áreassocietária e tributária.

10 JORNAL DO CRCMG JANEIRO / FEVEREIRO 2007

Em Dia

Criado por intermédio da Reso-lução 288/06, o Prêmio Internaci-onal de Produção CientíficaContábil Professor Doutor Antô-nio Lopes de Sá objetiva o incenti-vo à produção literária especializa-da, o ensejo ao progresso da ciênciacontábil, o aprimoramento da tec-nologia e o suporte à difusão emotivação do ensino. Trata-se, ain-da, de relevante homenagem aocontador, considerado o maior es-critor da Contabilidade em línguaportuguesa de todos os tempos,que durante mais de 50 anos reali-zou trabalho de grande importâncianas áreas científica e filosófica, pu-blicando várias obras e pesquisas.

Promovido pelo Conselho Fe-deral de Contabilidade (CFC), Con-selho Regional de Contabilidade deMinas Gerais (CRCMG) e FundaçãoBrasileira de Contabilidade (FBC),com apoio da Câmara dos TécnicosOficiais de Contas de Portugal(CTOC), o concurso terá quatro ca-tegorias: Universitária, Profissional,Acadêmica e Científico–Filosófica.

Poderão participar do concursoestudantes de Ciências Contábeis,técnicos em contabilidade, conta-dores, professores e pesquisadoresda área, desde que pertencentesaos países de língua portuguesa. Oprazo de recebimento dos traba-lhos inicia-se em 1º de julho e en-cerra-se, impreterivelmente, às 18horas do dia 31 de julho.

Com a instituição do Prêmio, oCRCMG pretende propagar a idéiade que o valor de uma profissãoestá na razão direta do que a mes-ma projeta como grandeza cultural

Vem aí a Semana doContabilista 2007!A G U A R D E !

Certificação ISOA BSi Brasil concluiu em 6 de dezem-

bro as auditorias de manutenção e ampli-ação do Sistema de Gestão da Qualidadedo CRCMG. Ao concluir as auditorias naGeadm, Gedep, Gefin, Ascom, Gefis e Superin-tendência, o auditor Mauro Fontenelle anunciou o novo escopo da certificaçãodo CRCMG: Registro e Fiscalização do Exercício da Profissão Contábil,Finanças (cobrança, contas a pagar, contabilidade), Comunicação, Desen-volvimento Profissional (educação continuada e eventos) e Licitação.

Na reunião de encerramento, o presidente Paulo Cezar Consentino dosSantos parabenizou a equipe do CRCMG por mais essa conquista e ressaltouque o processo não pára por aqui. “É preciso termos sempre opiniõesdivergentes, assim evidenciamos o nosso crescimento enquanto equipe”,disse. O presidente ratificou seu apoio à continuidade do Sistema de Gestãoda Qualidade, visto que são visíveis as melhorias apresentadas pelo órgãoapós a implantação da ISO 9001:2000.

Prêmio incentiva produção científica

e utilidade humana, e que as quali-dades científicas e filosóficas são asque oferecem maior nível de supe-rioridade de expressão de conheci-mento, abrindo portas ao avançotecnológico que beneficia as socie-dades.

A primeira edição do Prêmioterá como tema – NormatizaçãoContábil: Fator de Transparência eFidelidade da Informação. A avalia-ção dos trabalhos será feita por umaComissão de Avaliação e Julgamen-to, composta por 11 membros edesignada nas ocasiões de cadaedição do Prêmio.

A premiação será entregue du-rante a VI Convenção de Contabili-dade de Minas Gerais, em outubrode 2007, em Belo Horizonte. O re-gulamento está disponível no sitewww.crcmg.org.br. Participe!

Diante da grande renovação dosetor de sorvetes e de mudançassignificativas no que diz respeito aoconsumo do produto, o SindicatoIntermunicipal da Indústria de Sor-vetes – SindSorvete – vem atuandode forma a auxiliar o segmento nes-sa nova realidade de mercado.

A presidente do SindiSorvete,Raquel Bravo Elias, alerta para o fatode algumas empresas do setor re-colherem de forma equivocada suascontribuições, repassando-as a sin-dicatos genéricos ligados ao comér-cio. “Específico e conhecedor das

Setor de sorvetes tem sindicato operantefrente à nova realidade de mercado

necessidades do setor, o SindSorveteé a forma mais eficaz de garantir osdireitos dos produtores de sorvete epromover o desenvolvimento técni-co, social e econômico do segmen-to”, completa.

Raquel Bravo informa aos con-tadores que a estrutura doSindSorvete está adequada paraatender empresas de todos os por-tes e que o sindicato se encontraaberto para a associação de novosparceiros buscando a dinamizaçãoda integração e da mobilização or-ganizada de seus clientes.

Nota de falecimentoO CRCMG informa, com pesar, o falecimento do ex-Conselheiro

Windson Luiz da Silva, ocorrido no dia 4 de janeiro, em Belo Horizonte.

Visita a UnivasO presidente PauloConsentino visitou, em6 de dezembro, aUniversidade do Vale doSapucaí – Univas, emPouso Alegre, com ointuito de aproximar aUniversidade doConselho. Na ocasião, opresidente foi recebidopelo professor LázaroQuintino Alves (à dir.).

JANEIRO / FEVEREIRO 2007 JORNAL DO CRCMG 11

Vem aí a Semana doContabilista 2007!A G U A R D E !

12 JORNAL DO CRCMG JANEIRO / FEVEREIRO 2007

Balancete para verificação – Novembro/2006 e Novembro/2005

Contador PAULO CEZAR CONSENTINO DOS SANTOS – Presidente do CRCMGContador ÉDSON DE SOUZA ROCHA – Vice-presidente de Controle InternoContador MAURO BENEDITO PRIMEIRO – Gerente Financeiro – CRCMG 54.453 – CPF 682.100.946-53Câmara de Controle Interno: Marco Aurélio Cunha de Almeida, Agnaldo Corrêa da Silva e Mário Césarde Magalhães Mateus

ATIVO 2006 AV 2005 AV AHF inance i roF inance i roF inance i roF inance i roF inance i ro 2 .600.156 2 .600.156 2 .600.156 2 .600.156 2 .600.156 6 , 3%6 ,3%6 ,3%6 ,3%6 ,3% 2 .456.786 2 .456.786 2 .456.786 2 .456.786 2 .456.786 9 , 1%9 ,1%9 ,1%9 ,1%9 ,1% 5 ,8%5 ,8%5 ,8%5 ,8%5 ,8%Disponível 223.947 0,5% 132.117 0,5% 69,5%Bancos Conta Vinculada 647.181 1,6% 486.709 1,8% 33,0%Bancos Conta Aplicação 1.729.028 4,2% 1.837.960 6,8% -5,9%Real i záve lRea l i záve lRea l i záve lRea l i záve lRea l i záve l 79.314 79.314 79.314 79.314 79.314 0 , 2%0 ,2%0 ,2%0 ,2%0 ,2% 92.274 92.274 92.274 92.274 92.274 0 , 3%0 ,3%0 ,3%0 ,3%0 ,3% -14 ,0%-14 ,0%-14 ,0%-14 ,0%-14 ,0%Diversos Responsáveis 47.492 0,1% 596 0,0% 7868,5%Adiantamentos a Empregados 15.279 0,0% 21.237 0,1% -28,1%Eventos 15.172 0,0% 54.743 0,2% 100,0%Convênios 1.371 0,0% 15.698 0,1% -91,3%Resultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado Pendente 531.927 531.927 531.927 531.927 531.927 1 , 3%1 ,3%1 ,3%1 ,3%1 ,3% 517.197 517.197 517.197 517.197 517.197 1 , 9%1 ,9%1 ,9%1 ,9%1 ,9% 2 ,8%2 ,8%2 ,8%2 ,8%2 ,8%Depósitos/Processos Judiciais 493.242 1,2% 478.947 1,8% 3,0%Despesas Antecipadas 38.685 0,1% 38.250 0,1% 1,1%Outros ValoresOutros ValoresOutros ValoresOutros ValoresOutros Valores 1 .400 1 .400 1 .400 1 .400 1 .400 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 1 .400 1 .400 1 .400 1 .400 1 .400 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%PermanentePermanentePermanentePermanentePermanente 19.762.354 19.762.354 19.762.354 19.762.354 19.762.354 47 ,9%47 ,9%47 ,9%47 ,9%47 ,9% 16.370.089 16.370.089 16.370.089 16.370.089 16.370.089 60 ,8%60 ,8%60 ,8%60 ,8%60 ,8% 20 ,7%20 ,7%20 ,7%20 ,7%20 ,7%Bens Móveis 2.099.490 5,1% 1.876.798 7,0% 11,9%Bens Imóveis 3.541.681 8,6% 3.541.681 13,2% 0,0%Débitos Integrais/ Parcelamentos 6.225.970 15,1% 761.896 2,8% 717,2%Créditos em Dívida Ativa 7.838.648 19,0% 10.119.847 37,6% -22,5%Almoxarifado 48.988 0,1% 62.290 0,2% -21,4%Outros 7.577 0,0% 7.577 0,0% 0,0%Ativo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór io 7 .349.123 7 .349.123 7 .349.123 7 .349.123 7 .349.123 17 ,8%17 ,8%17 ,8%17 ,8%17 ,8% 7 .312.704 7 .312.704 7 .312.704 7 .312.704 7 .312.704 27 ,2%27 ,2%27 ,2%27 ,2%27 ,2% 0 ,5%0 ,5%0 ,5%0 ,5%0 ,5%Exec. Orçamentária-Despesa 7.349.123 17,8% 7.312.704 27,2% 0,5%Contas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de Interferência - - - - - 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 5 .242 5 .242 5 .242 5 .242 5 .242 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%Transferências Patrimoniais Ativas - 0,0% 5.242 0,0% 0,0%Reflexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonial 10.946.070 10.946.070 10.946.070 10.946.070 10.946.070 26 ,5%26 ,5%26 ,5%26 ,5%26 ,5% 153.056 153.056 153.056 153.056 153.056 0 , 6%0 ,6%0 ,6%0 ,6%0 ,6% 7051 ,7%7051 ,7%7051 ,7%7051 ,7%7051 ,7%Dependente da Exec. Orçamentária 10.881.743 26,4% 94.788 0,4% 11380,1%Independente da Exec. Orçamentária 64.327 0,1% 58.268 0,2% 10,4%TOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL 41.270.344 41.270.344 41.270.344 41.270.344 41.270.344 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 26.908.748 26.908.748 26.908.748 26.908.748 26.908.748 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 53 ,4%53 ,4%53 ,4%53 ,4%53 ,4%

PASSIVO 2006 AV 2005 AV AHF inance i roF inance i roF inance i roF inance i roF inance i ro 137.931 137.931 137.931 137.931 137.931 0 , 3%0 ,3%0 ,3%0 ,3%0 ,3% 207.700 207.700 207.700 207.700 207.700 0 , 8%0 ,8%0 ,8%0 ,8%0 ,8% -33 ,6%-33 ,6%-33 ,6%-33 ,6%-33 ,6%Restos a Pagar - 0,0% - 0,0% 0,0%Dep. De Diversas Origens - 0,0% 9 0,0% -100,0%Consignações 34.517 0,1% 18.354 0,1% 88,1%Credores da Entidade 31.492 0,1% 121.808 0,5% 100,0%Entidades Públicas Credoras 71.922 0,2% 67.529 0,3% 6,5%Créditos de Terceiros - 0,0% - 0,0% 0,0%Resultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado Pendente 774.267 774.267 774.267 774.267 774.267 1 , 9%1 ,9%1 ,9%1 ,9%1 ,9% 773.256 773.256 773.256 773.256 773.256 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 0 ,1%0 ,1%0 ,1%0 ,1%0 ,1%Despesas de Pessoal a Pagar 8.079 0,0% 44.612 0,2% -81,9%Depósitos/Processos Judiciais 766.188 1,9% 728.644 2,7% 5,2%Despesas c/Conselheiros a Pagar - 0,0% - 0,0% 0,0%Passivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór io 8 .093.456 8 .093.456 8 .093.456 8 .093.456 8 .093.456 19 ,6%19 ,6%19 ,6%19 ,6%19 ,6% 8 .519.480 8 .519.480 8 .519.480 8 .519.480 8 .519.480 31 ,7%31 ,7%31 ,7%31 ,7%31 ,7% -5 ,0%-5 ,0%-5 ,0%-5 ,0%-5 ,0%Execução Orçamentária - Receita 8.093.456 19,6% 8.519.480 31,7% -5,0%Contas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de Interferência - - - - - 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 5 .242 5 .242 5 .242 5 .242 5 .242 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% -100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%Transferências Patrimoniais Ativas - 0,0% 5.242 0,0% 0,0%Reflexo Patr imonialef lexo Patr imonialef lexo Patr imonialef lexo Patr imonialef lexo Patr imonial 14.318.101 14.318.101 14.318.101 14.318.101 14.318.101 34 ,7%34 ,7%34 ,7%34 ,7%34 ,7% 407.350 407.350 407.350 407.350 407.350 1 , 5%1 ,5%1 ,5%1 ,5%1 ,5% 3414 ,9%3414 ,9%3414 ,9%3414 ,9%3414 ,9%Dependente da Exec. Orçamentária 14.317.952 34,7% 402.108 1,5% 3460,7%Independente da Exec. Orçamentária 149 0,0% 5.242 0,0% 0,0%Saldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonial 17.946.589 17.946.589 17.946.589 17.946.589 17.946.589 43 ,5%43 ,5%43 ,5%43 ,5%43 ,5% 16.995.720 16.995.720 16.995.720 16.995.720 16.995.720 63 ,2%63 ,2%63 ,2%63 ,2%63 ,2% 5 ,6%5 ,6%5 ,6%5 ,6%5 ,6%Patrimônio(Ativo Real Líquido) 17.946.589 43,5% 16.995.720 63,2% 5,6%TOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL 41.270.344 41.270.344 41.270.344 41.270.344 41.270.344 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 26.908.748 26.908.748 26.908.748 26.908.748 26.908.748 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 53 ,4%53 ,4%53 ,4%53 ,4%53 ,4%

Obs.: As contas de compensação não integram a presente demonstração.

Demonstrativo de Resultado – Novembro/2006 e Novembro/2005

20062006200620062006 A VA VA VA VA V 20052005200520052005 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA HReceitas Brutas 7.881.441 100,0% 8.314.660 100,0% -5,2%(-) Deduções da Receita 1.609.916 20,4% 1.678.154 20,2% -4,1%Receita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquida 6 .271.525 6 .271.525 6 .271.525 6 .271.525 6 .271.525 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 6 .636.506 6 .636.506 6 .636.506 6 .636.506 6 .636.506 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% -5 ,5%-5 ,5%-5 ,5%-5 ,5%-5 ,5%(-) Despesas Administrativas 5.534.860 -88,3% 5.364.521 80,8% -203,2%(+/-) Receitas/Despesas Financeiras 201.015 3,2% 179.321 2,7% 12,1%Resultado OperacionalResultado OperacionalResultado OperacionalResultado OperacionalResultado Operacional 937.680 937.680 937.680 937.680 937.680 15 ,0%15 ,0%15 ,0%15 ,0%15 ,0% 1 .451.306 1 .451.306 1 .451.306 1 .451.306 1 .451.306 21 ,9%21 ,9%21 ,9%21 ,9%21 ,9% -35 ,4%-35 ,4%-35 ,4%-35 ,4%-35 ,4%Superávit do Período 937.680 15,0% 1.451.306 21,9% -35,4%

Obs.: Na DR não estão incluídas as receitas e despesas de capital.

Balancete Financeiro – Novembro/2006 e Novembro/2005

R E C E I T AR E C E I T AR E C E I T AR E C E I T AR E C E I T A 20062006200620062006 A VA VA VA VA V 20052005200520052005 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA HORÇAMENTÁRIA 350.029 8,8% 479.934 13,1% -27,1%EXTRA-ORÇAMENTÁRIA 522.268 13,1% 398.453 10,9% 31,1%Saldo do Mês Anterior 3.100.751 78,0% 2.772.837 75,9% 11,8%TOTAL 3.973.048 100,0% 3.651.224 100,0% 8,8%

D E S P E S AD E S P E S AD E S P E S AD E S P E S AD E S P E S A 20062006200620062006 A VA VA VA VA V 20052005200520052005 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA HORÇAMENTÁRIA 729.691 18,4% 772.944 21,2% -5,6%Despesas Correntes 729.691 18,4% 772.944 21,2% -5,6%Despesas de Capital - 0,0% - 0,0% 0,0%EXTRA-ORÇAMENTÁRIA 643.203 16,2% 421.494 11,5% 52,6%Saldo para o Mês Seguinte 2.600.154 65,4% 2.456.786 67,3% 5,8%TOTAL 3.973.048 100,0% 3.651.224 100,0% 8,8%

Superávit/Déficit Orçamentário – Novembro/2006 e Novembro/2005

DESCRIÇÃODESCRIÇÃODESCRIÇÃODESCRIÇÃODESCRIÇÃO 20062006200620062006 A VA VA VA VA V 20052005200520052005 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA HReceitas Correntes 350.029 100,0% 479.934 100,0% -27,1%Receitas de Capital - 0,0% - 106,0% 0,0%Subtotal 350.029 100,0% 479.934 100,0% -27,1%Despesas Correntes 729.691 100,0% 772.944 100,0% -5,6%Despesas de Capital - 0,0% - 0,0% 0,0%Subtotal 729.691 100,0% 772.944 100,0% 5,6%Superávi t apuradoSuperávi t apuradoSuperávi t apuradoSuperávi t apuradoSuperávi t apurado (379.662) (379.662) (379.662) (379.662) (379.662) ----- (293.010) (293.010) (293.010) (293.010) (293.010) ----- 29 ,6%29 ,6%29 ,6%29 ,6%29 ,6%

JANEIRO / FEVEREIRO 2007 JORNAL DO CRCMG 13

Artigo

Antônio Lopes de Sá*

A variação que o capital suportapor efeito da atividade é um “rédito”,ou seja, contabilmente um acréscimoalgébrico de valor. Assim os clássicosda ciência contábil aceitaram e dessaforma a doutrina tem desenvolvido otema.

Nem sempre, entretanto, tal mu-tação representa uma comparaçãoentre vendas e custos. Uma empresapode ter rédito sem realizar operaçãomercantil.

Mesmo não comerciando, nemrecebendo aporte dos sócios, sequerrealizando um movimento financeirodiretamente proporcional ao resulta-do, o patrimônio pode variar paramais ou para menos. Isso, por exem-plo, é o que ocorre quando do plantiode mudas para florestamento, criaçãode aves e gado, semeaduras, tudomotivando crescimento.

Da mesma forma, sem ação ad-ministrativa uma geada destrói umaplantação, raios matam o gado, pes-

Variação do capital e demonstração financeirates dizimam aves, reduzindo a rique-za. Fatores que não se derivam direta-mente da ação do homem, portanto,podem resultar em variação aumen-tativa ou diminutiva de um capital.

Temerário é, pois, confundir “fe-nômeno administrativo” com “fenô-meno patrimonial”, assim como o émesclar conceito de “fenômenoreditual” com “fenômeno financeiro”.

É inadequado dizer que uma de-monstração de resultado, logo reditual,é uma demonstração financeira. Im-próprias são as denominações gené-ricas quando a tudo não conseguemabranger.

“Demonstrações financeiras” nãoequivalem a “demonstrações contábeis”,pois aquelas só se referem à espécie,que é a circulação do dinheiro, e estasà generalidade e que é a riqueza emsua totalidade.

O “financeiro” é contábil, mas nemtudo o que é contábil é financeiro naessência.

O fato de se medir um fenômenoem moeda não o faz, por natureza,

monetário. O conceito de “financeiro”provém de “termo de vencimento deobrigação” que no século XIII na Fran-ça começou a ser empregado comosinônimo de “pagamento” e que seaplicou no século XIV em Contabilida-de do Estado no mesmo país parasignificar renda ou recebimento emdinheiro por arrecadação.

O termo foi ampliando a extensãode seu uso, mas conservou o caráterde movimentação monetária no sen-tido de pagar e receber, ou seja, fluxode dinheiro.

Os fenômenos patrimoniais, to-davia, possuem variadas característi-cas próprias, embora todas avaliáveismonetariamente. Isso exige o que nocampo da ciência é requerido, ouseja, objetividade. Objetivo epistemo-logicamente é o que se relaciona àessência do fenômeno. Uma coisa é aliquidez, outra a rentabilidade, aindaoutra a produtividade etc.

Por analogia pode-se considerarque o fato de se pesar e traduzir emquilos quantidades de chumbo, esta-

nho, zinco, alumínio, ferro não elimi-na de cada um desses elementos asua propriedade e nem lhes modificaa estrutura.

O mesmo ocorre com opatrimônio; o fato de se avaliar tudoem moeda não tira a cada componen-te a natureza de sua função.

É preciso ter em foco igualmenteque as forças que agem comomodificadoras do patrimônio são tam-bém específicas e nem sempredefluem da ação direta do pessoalque age sobre a riqueza.

Muitos são os agentes modifi-cadores do capital dentre os quais seincluem: natureza, seres viventes,mercado, ciência, sociedade etc.

O fenômeno patrimonial é deve-ras complexo e o estudo do mesmodemanda visão holística, sem despre-zo da consideração específica em re-lação a cada natureza de fenômeno.

*Doutor em Ciências Contábeis e em Letras,contador, administrador, economista ehistoriador. Pertence a Academias de Letrase de Ciências do Brasil e da Europa.

14 JORNAL DO CRCMG JANEIRO / FEVEREIRO 2007

Delegacias e Escritórios Regionais

Entrevista com o DelegadoO contador Renato Miguel

da Cruz é o novo DelegadoSeccional do CRCMG na cidadede São Lourenço. Com 15 anosde profissão, ele se diz prontopara trabalhar em prol da clas-se de sua cidade e região eressalta que ela precisa ser va-lorizada. “Para isso, precisamos,primeiro, nos valorizar, reco-nhecer a nossa importância,para depois mostrar à socieda-de o valor que temos”, afirma.

Como realizou sua campanha? Fiz minha campanha conversando com os colegas, mantendo contato eligando para todos. Além disso, visitei as cidades jurisdicionadas pelaDelegacia de São Lourenço: Cristina, Olímpio Noronha, Lambari, Carmo deMinas, Jesuânia. Esse contato foi muito importante. Quero destacar que mesenti bastante honrado com o número de votos que recebi. Isso demonstraa confiança depositada em mim.

Qual sua expectativa para assumir o cargo? Quais os planos?Minha expectativa principal é fazer algo pela classe, cumprir essa função queme foi dada. Tenho como meta estreitar a relação entre o CRCMG e oscontabilistas. Pretendo visitar cada profissional para ouvir suas sugestões etrazê-las para o CRC. Além disso, pretendo manter contato permanente,realizando reuniões e vivendo a realidade de cada profissional em suacidade. E, ainda, apoiar a Associação dos Contabilistas de São Lourenço.

Convênios:parceria entreCRCMG esindicatos

O Conselho dá continuidadeao processo de formalização deconvênio de parceria entre oCRCMG e os sindicatos, com oobjetivo de conjugar esforçosinstitucionais, materiais e huma-nos. No final de 2006, foram assi-nados convênios nas cidades dePouso Alegre e Ponte Nova. Agorao Escritório Regional de PousoAlegre funciona na sede do Sindi-cato dos Contabilistas de PousoAlegre: Rua João Parenti, 33 –sala 302 – Centro. Já o Escritóriode Ponte Nova está localizado nasede do Sindicato dos Contabilis-tas de Ponte Nova: Avenida Cae-tano Marinho, 119 – sala 309.

Assinatura deconvênio emPouso Alegre. Opresidente doSindicato, Silviode Castro Júnior,e o Presidente doCRCMG, PauloConsentino.

HomenagemO delegado seccional do CRCMG

em Curvelo, contabilista GeraldoCésar Frutuoso Guimarães (foto),recebeu no dia 24/11/2006, emDiamantina, o título PersonalidadeExpressão Estadual – 50 anos daposse de Juscelino Kubitschek deOliveira. O nome do contabilista foiindicado por uma comissão espe-cial para figurar na lista dos agracia-dos. O título foi criado para home-nagear e distinguir, em âmbito esta-dual, personalidades que, a exem-plo do imortal JK, estão entrandopara a história como grandes ben-feitores da sociedade mineira.

DelegadoSeccional doCRCMG emPonte Nova,Markilston Fialhode Oliveira,presidente doCRCMG PauloCezar Consentinodos Santos e opresidente doSindicatoDomingos SávioCaríssimo após aassinatura doconvênio deparceria.

Renato Miguel da Cruz e José Marçal de SouzaRamos

JANEIRO / FEVEREIRO 2007 JORNAL DO CRCMG 15

Fiscalização

Nos dias 5 e 6 de de-zembro de 2006 foi reali-zada, pela BSi Brasil, novaauditoria externa para ma-nutenção da Certificaçãodo Sistema de Gestãoda Qualidade (SGQ) ISO9001:2000. O resultadoconquistado foi de 100%de conformidade. Acertificação avalia todos osprocessos operacionais daGerência de Fiscalização.

Na ocasião, o órgãocertificador destacou o em-penho da gerência e seuscolaboradores em mantera Gestão da Qualidade.

Objetivando a manutenção do padrão de qualida-de, o CRCMG, detentor do selo ISO, passa semestral-mente por auditorias interna e externa. Para a Fisca-lização, a manutenção da ISO tem o objetivo degarantir aos profissionais e à sociedade em geral aqualidade dos trabalhos executados.

O gerente de fiscalização, Ricardo Tonaco, explica

Auditoria ratifica a certificação ISOConvençõesColetivas

O CRCMG disponibiliza em

seu site as Convenções Cole-

tivas de diversas categorias/

classes. Dentro dos objetivos

do novo site do CRCMG, está

o fornecimento de dados que

auxiliem o profissional em seu

dia-a-dia. Vale destacar que o

site é atualizado constante-

mente, portanto novas con-

venções podem ser inseridas

de acordo com a necessida-

de. Acesse www.crcmg.org.br

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que o resultado da auditoria é fruto do empenho e dostreinamentos realizados. “De forma rotineira, buscamostreinar e capacitar os nossos colaboradores em busca doaperfeiçoamento. Todas as pessoas envolvidas são treina-das de forma sistemática e contínua para garantir o cum-primento dos requisitos e assegurar a qualidade dostrabalhos de fiscalização”, destaca.

Atuação da equipe da Gerência de Fisacalização foi fundamental para a manutenção daCertficação ISO 9001:2000

16 JORNAL DO CRCMG JANEIRO / FEVEREIRO 2007

Um Contador de Sucesso

16 JORNAL DO CRCMG JANEIRO / FEVEREIRO 2007

Compromisso com a retidão, a presteza e a solidariedade

Jornal do CRCMG – Fale um poucosobre a sua história de vida antes dacontabilidade, de sua vida familiar ede como foi o ingresso na profissão.José Firmino Gama Santos – EmIturama continuei meus estudos ini-ciados na fazenda, terminando o 1ºgrau na Escola Estadual Nossa Senho-ra de Lourdes. O 2º grau fiz no ColégioEstadual Antonio Ferreira Barbosa.Cursei Técnico em Contabilidade, naEscola de Iturama, sendo diplomadoem 1978. Minha trajetória funcionalfoi a comum da época, dada a falta deopções mais avançadas na cidade. E,assim, sem deixar de ajudar meuspais, como sempre fiz, desde quemorávamos na fazenda Cachoeirinha,fui passando por vários empregos atéchegar à contabilidade.Minha vida familiar é um troféu quemuito me orgulha. Meus dois filhos,Leandro e Leonardo, são Bacharéisem Direito e participam ativamentenos trabalhos do Escritório Jandaia. Afilha Laura, em sua clínica de fisiotera-pia ao lado do escritório, exerce comalta capacidade profissional sua es-pecialidade. Todos nós gozamos doapoio moral de minha esposa, DalvaBarbosa de Almeida Santos, que en-xergamos como suporte fundamentalao nosso êxito.

Como foi o começo da vida profissi-onal e a fundação do EscritórioJandaia? Em 1975, aos 22 anos, almejandoum futuro mais promissor e sen-tindo vocação para os trabalhoscontábeis, assumi, por aquisição, emagosto daquele ano, 50% de um

escritório de contabilidade e, em1976, os 50% restantes. Após al-guns anos fiz uma nova sociedadeno escritório, que foi desfeita emseguida, e a partir de então sou otitular do atual Escritório Jandaia.Nestes 31 anos de atuação, temosatendido uma gama muito grandede clientes, das pessoas físicas eprodutores rurais até à administra-ção de valores e bens imóveis. O Jandaia é especializado em algumtipo de serviço, algum nicho de mer-cado específico?O escritório Jandaia, implantado emprédio próprio com dois pavimentose localizado em ponto central e estra-tégico da cidade, atua de forma bemabrangente. Com ênfase especial aoprodutor rural, ao atendimento jurídi-co para os clientes, orientações eesclarecimentos relativos aos órgãosfederais e estaduais, inventários,partilhas, administração mercantil aterceiros etc.

Como é a atuação do senhor frenteao Jandaia?Procuramos, dentro de nossos limi-tes, dar atenção e buscar soluçõesviáveis e confiáveis aos clientes. Nãofazemos distinção. Por tendência pró-pria, dedico-me inteiramente aos ne-gócios e interesses da empresa, pro-curando sempre dar o melhor de mime repassando experiências. Posso di-zer que me orgulho do nosso estabe-lecimento, pelo êxito obtido com anossa clientela, com a participação demeus dois filhos e de nossos funcio-nários.

Há muita diferença na profissão, com-parando a época em que o senhorcomeçou com a atual? Quais as prin-cipais transformações e conquistasda classe contábil nesse período?A Contabilidade tem sua origem nanoite dos tempos. Temos conheci-mento de conceitos contábeis desde2000 a.C. pelos egípcios. Desde en-tão, o gênero humano vem promo-vendo modificações e melhoramen-tos aliados à agilidade. De nosso tem-po, 1975, quando tudo era feito ma-nualmente, até hoje, com a agilidadeda realização dos mesmos trabalhos,conseguimos uma evolução vertigi-nosa, principalmente nas duas últi-mas décadas, seja em funcionamen-to, realização, regimentos ou adequa-ção. Conquistamos ainda o direito derepresentatividade perante os meioscomerciais de qualquer gênero e den-tro da sociedade, através de umalegislação metodizada, moderna efuncional, além dos órgãos de defesada classe, como é o CRCMG.

Quanto aos seus anseios para a clas-se, o que sempre desejou que seconcretizasse? O que se tornou rea-lidade e o que ainda há por fazer?Sempre desejei uma união produtivae harmônica da classe e, com a atua-ção do CRCMG, por suas publicações,pelas orientações e consultas em ca-sos mais complexos, conseguimos aconcretização de nossos anseios. Comrelação ao que se há de fazer, nossoslegisladores, com sua experiência esapiência, os assessores, sempre aten-tos e prontos a disponibilizar conheci-mentos à nossa classe, saberão, com

certeza, prover o que for de melhorpara aprimorar e evoluir ainda maisos trabalhos contábeis a favor do con-tribuinte e sem prejuízo aos órgãosoficiais.

Como a informatização influenciouna profissão?Lembro-me, quando criança, de estó-rias de quadrinhos, das informaçõescom imagens, comunicações sem fio,controles remotos, etc. Hoje temosisso como uma realidade que bene-ficia todos os setores, área educa-cional, profissional e social. Com ainformática, temos precisão nos tra-balhos, rapidez e aperfeiçoamentoprofissional. A informática revolu-cionou todos os métodos até entãoutilizados. Posso dizer que foi a nossaindependência funcional.

Em sua empresa, como se dá a rela-ção com os funcionários?Promovemos reuniões periódicas nasquais fazemos avaliações, considera-ções a respeito da produtividade eressaltamos melhorias. Passamos,para os nossos 30 funcionários, aconscientização sobre os valores pro-fissionais, pessoais, sociais de cadaum. Homenageamos os talentos eincentivamos o aperfeiçoamento. Nos-sos funcionários são êmulos na pro-pulsão dos serviços e, conscientes desua importância e de nosso reconhe-cimento, são eles os elementos es-senciais e fundamentais para o bomandamento e o sucesso da empresa.

Quais são as principais preocupa-ções quanto ao atendimento e com-promisso com os clientes?Sempre tive como objetivo a retidão,a presteza e a solidariedade. Dentrodesse escopo, meus compromissoscom os clientes são imbuídos damelhor boa vontade de servir, deresolver e de satisfazer.

Qual seria o segredo do sucessoprofissional?Não vejo como segredo, mas sim comoafirmativa de que, para ter sucesso navida profissional, tem que haver von-tade, objetivos definidos, persistên-cia, conhecimento e honestidade.

Se tivesse que dar um conselho a umjovem contador, o que diria a ele?Aos novos contadores, eu deixaria umalerta que acho de suma importância:lutar com fé e esperança sempre esempre. Vejo neles o nosso prolonga-mento e o melhoramento futuro.

O entrevistado desta edição do Jornal do CRCMGé o contabilista José Firmino Gama Santos. Nascidoem Campina Verde, no Triângulo Mineiro, em 3 dejulho de 1953, ele se mudou com os pais WilsonJosé dos Santos e Ilca Rosa Gama Santos, paratrabalhar em uma fazenda denominadaCachoerinha, distante 15km de Iturama, ondepermaneceu até 1965, quando se instalou defini-tivamente naquela cidade.

Casado e pai de 3 filhos, José Firmino atua há 31anos na área contábil e é o proprietário do Escritó-rio Jandaia. Nesta entrevista, ele conta como acontabilidade surgiu em sua vida, como fundouseu escritório e fala ainda da importância da famí-lia, da evolução da profissão e de seus anseios paraa classe contábil. José Firmino Gama Santos