mais uma de semiótica

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Semiótica Profa. Dra. Luci M. M. Bonini

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Algumas outras conjeturas, perspectivas diferentes

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Page 1: Mais uma de Semiótica

Semiótica

Profa. Dra. Luci M. M. Bonini

Page 2: Mais uma de Semiótica

Homem como ser de linguagem

• Todos os animais do planeta têm uma sistema de comunicação próprio sistema herdado geneticamente, só muda na velocidade da evolução biológica e independe de aprendizado.

• Ser humano único que desenvolveu milhares de sistemas de comunicação, verbais e não-verbais diferentes. Existem, ainda hoje, 3.500 línguas naturais distintas. Cada uma

delas só se transmite por aprendizagem, no convívio social.

Page 3: Mais uma de Semiótica

Experiência CogniçãoConceptualização

Recortes culturaisConceitos

Processos simbólicosSemiotização

Competênciasistema Desempenho

Discurso“Visão de mundo”

Sistemas de valoresSistemas de crençasImaginário coletivoTexto

SABER COMPARTILHADO SOBRE O MUNDO

Page 4: Mais uma de Semiótica

• A língua e os seus discursos constituem, em conjunto, um processo semiótico.

• Um processo semiótico produz, sustenta e reflete o sistema de valores de uma comunidade humana, o sistema de crenças, o imaginário coletivo, o ‘saber compartilhado sobre o mundo’.– o ser humano é um animal cultural, social e

histórico

Page 5: Mais uma de Semiótica

A língua e seus discursos e as semióticas não-verbais, conferem a uma comunidade humana

a sua memória social a sua consciência histórica a consciência de sua identidade cultural a consciência de sua permanência no tempo

“somos os produtores de nossos discursos e o resultado de nossos discursos” Lacan

Page 6: Mais uma de Semiótica

Teoria Geral dos Signos: Semiótica

É alguma coisa que representa alguma coisa para alguém é determinado pelo objeto representa o objeto só pode representar o objeto pode até mesmo representá-lo falsamente representar um objeto significa que o signo está apto a

afetar uma mente produzir nela algum tipo de efeito esse efeito produzido é chamado de interpretante do signo

o interpretante é imediatamente determinado pelo signo e mediatamente determinado pelo objeto

o objeto também causa interpretante mas através do signo

Page 7: Mais uma de Semiótica

TEORIA GERAL DO SIGNO DE PEIRCE

Peirce esclarece que algo ou qualquer coisa independente de sua natureza é também um signo

Assim o objeto da semiose é tanto imanente quanto transcendente

Page 8: Mais uma de Semiótica

A semiose é um processo de revelação, e todo processo de revelação envolve em sua natureza a possibilidade de engano ou traição.

Todo método que revele algo (alguma verdade sobre o mundo, ou algum aspecto sobre o mundo ou algum campo de investigação) na medida em que revela é um método semiótico. (John Deely p 29)

O método semiótico: semiose

Page 9: Mais uma de Semiótica

FENOMENOLOGIA

A tarefa da fenomenologia é traçar um catálogo de categorias

Faculdades de que necessitamos : Qualidade de ver o que está diante dos olhos,

como se apresenta, não substituído por uma interpretação

Qualidade de discriminar de maneira resoluta; Qualidade de generalizar

Page 10: Mais uma de Semiótica

Realidade e Pensamento

A distinção geral entre Mundo Interior e Exterior reside no fato de que os objetos interiores submetem-se prontamente às modificações que desejamos, e os exteriores são fatos difíceis, ninguém pode fazer nada com eles. (Os Pensadores, Peirce, 1980, p.19)

Page 11: Mais uma de Semiótica

A associação de idéias é regulada por três princípios – semelhança, contigüidade, causalidade. Seria igualmente verdadeiro dizer que os signos denotam segundo esses três princípios. Uma coisa é signo daquilo que lhe está associado por semelhança, contigüidade ou causalidade; o signo relembra a coisa significada. (Peirce, Os Pensadores, p.80)

... A vida do pensamento e da ciência é inerente a símbolos... (idem p.100)

Page 12: Mais uma de Semiótica

“ Pode-se fotografar a mesma montanha de diversos ângulos, em diferentes proximidades, de variados lados, ou mesmo de cima, se tomarmos a foto de um helicóptero, por exemplo. Em cada uma dessas variações, são distintos os objetos imediatos, pois varia o modo como o mesmo objeto dinâmico, a montanha, nelas aparece. (Santaella, 2002, 19)

Page 13: Mais uma de Semiótica

SEMIOSE Processos irreversíveis, auto-organizatórios já em

algumas reações. O tempo é o desenrolar da semiose, por isso cada

comunidade vive num tempo diferente, pois a semiose que se opera dentro dela tem velocidade diferentes das outras, isso não significa que uma comunidade é melhor ou pior, apenas está em semioses diferentes

Tendência para a autocorreção, para a verdade, para chegar a um contato efetivo com a realidade

Ação dos signos. Quando o futuro exerce influência sobre o presente temos aí uma semiose

Page 14: Mais uma de Semiótica

é, portanto: uma conexão formal extrínseca entre o sujeito conhecedor e o objeto conhecido. – possível logo de início. É muito fácil ver-se o que é o interpretante do signo: é tudo que está explícito no signo mesmo, não se considerando o contexto e circunstâncias de produção deste signo

Page 15: Mais uma de Semiótica

Antropossemiose Inclui todos os processos sígnicos em que os seres

humanos se envolvam, todos os processos sígnicos que são específicos da espécie humana – a língua se insere nessa teia

O papel da semiótica no processo educacional é analisar a antropossemiose no discurso educacional, no tecido formado pelas relações das diferentes linguagens emanadas dos diferentes aparatos tecnológicos ou não utilizados como veículos de informação e conhecimento

Page 16: Mais uma de Semiótica

O MÉTODO SEMIÓTICO

A semiose é um processo de revelação, e todo processo de revelação envolve em sua natureza a possibilidade de engano ou traição.

Todo método que revele algo (alguma verdade sobre o mundo, ou algum aspecto sobre o mundo ou algum campo de investigação) na medida em que revela é um método semiótico. (John Deely p 29)

Page 17: Mais uma de Semiótica

Um método implementa um ou alguns aspectos de um ponto de vista. Na verdade um método consiste exatamente na implementação sistemática de algo sugerido por um ponto de vista. Entretanto um ponto de vista que pudesse ser totalmente implementado por um único método seria bastante acanhado. Quanto mais rico um ponto de vista, tanto mais diversos são os métodos necessários para a exploração das possibilidades de entendimento latentes nele. (J. Deely, p.27)

Page 18: Mais uma de Semiótica

O conceito de linguagem em Peirce

Não há nenhuma estrutura atômica no mundo tal que corresponda a ela palavras uma a uma. (John Deely, p37)

A linguagem como rede objetiva é parte de um todo maior de relações objetivas. A rede lingüística se alimenta da estrutura da experiência como um todo e é transformada por ela em sua irredutibilidade ao ambiente físico. (idem, p.38)