madeira_estadual-09

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PALAVRA DO PRESIDENTE: Sintracom-Londrina dribla a crise e conquista reajuste salarial de 14,9% nos pisos salariais Apesar da crise econômica, o Sintracom-Londrina e a Fetraconspar conquistaram aumento real de salários para os trabalhadores da Madeira. As diferenças acumuladas entre maio e julho serão pagas em folha suplementar junto com o salário de agosto – até o quinto dia útil de setembro. Desde o início da Campanha Salarial 2009-2010 informamos aos trabalhadores da Madeira que as negociações não seriam fáceis. A crise econômica continua por aí rondando, principalmente, os trabalhadores que estão empregados. Por isso, não tivemos pressa em fechar a Convenção Coletiva de Tra- balho na data-base da categoria em 1º de maio. Não podíamos demons- trar ansiedade nas negociações, pois isto deixaria os patrões com a faca, o pão e o queijo nas mãos. No fim das contas, quando conseguimos fechar o reajuste salarial de 14,9% sobre os pisos salariais e 6,5% sobre os demais salários, tivemos a certeza de a estratégia de negociação estava correta em função do momento em que vivemos. No dia 13 de agosto, registramos a Convenção no Ministério do Tra- balho e Emprego. Desta forma, as diferenças salariais acumuladas entre maio e julho, serão pagas em parcela única, em folha suplementar, junto com o salário de agosto. Por isso tudo, companheiros da Madeira, vale a pena comemorar o reajuste e o aumento real conquistados pelo Sintracom-Londrina e a Fetraconspar. Afinal de contas, milhões de trabalhadores pelo mundo afora, hoje, lamentam a perda do emprego. No caso dos trabalhadores da Madeira da base do Sintracom-Londri- na, além de conseguirmos manter os empregos, ainda conquistamos um reajuste salarial acima da média do que conseguiram outras categorias da data-base maio. É importante dizer isso, pois nas andanças pela base, muitas vezes, ouvimos trabalhadores reclamando pela demora nas negociações. Pra nós, nesse caso, vale o ditado que ensina que o apressado come cru ou, então, queima a língua. Agora, companheirada, o negócio é ficar de olho no pagamento de agosto. Se você notar alguma irregularidade, é só entrar em contato com o Sindicato que, imediatamente, iremos cobrar da empresa o cumpri- mento do está escrito na Convenção. Essa é a missão da diretoria do Sintracom-Londrina. Defender o salá- rio e as condições de trabalho na Madeira é nossa obrigação. Por isso, pulamos da cama cedo e vamos à luta em nome dos trabalhadores da Madeira. Carpinteiro Denílson Pestana da Costa Presidente do Sintracom-Londrina AGOSTO/2009 JORNAL SINTRACOM SINTRACOM SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE LONDRINA E REGIÃO Os demais salários, a partir de 1° de maio de 2009, serão reajustados pelo percentual de 6,5% (seis e meio por cento), aplicados sobre os salários de 1° de maio de 2008, já corrigidos. Confira algumas cláusulas importantes da Convenção Coletiva de Trabalho 2009-2010 No total, a Convenção é composta de 56 cláusulas e um Anexo com 10 itens e dezenas de subitens, o que torna praticamente impos- sível a publicação do documento todo. Por isso, destacamos algumas cláusulas que consideramos importantes para o trabalhador da Madeira tomar conhecimento. Se você quiser ler a Convenção inteira é só entrar na página do Sindicato na Internet – www .sintracomlondrina.com.br – e conferir a Convenção. O trabalhador da Madeira demitido entre 1º de maio e o fechamento da Convenção tem di- reito a receber as diferenças acumuladas. O salário será pago até o quinto dia útil no mês seguinte ao mês trabalhado e será efetua- do até o fim do expediente, se for pago em di- nheiro, cheque administrativo, cheque salário ou depósito em conta-corrente. O pagamento será efetuado até às 11 horas, de segunda a sexta-feira, se for em cheque emi- tido pela empresa. Neste caso, a empresa libe- rará o empregado do trabalho para descontar o cheque, sem descontar as horas perdidas. A empresa que atrasar o salário, até o nono dia útil, pagará ao trabalhador da Madeira mul- ta de um salário, para cada dia de atraso no pagamento. As duas primeiras horas extras serão pagas com adicional de 50% sobre a hora normal. Daí pra frente o adicional será de 60%. Já as horas trabalhadas em dias de descanso semanal re- munerado (domingos e feriados) ou em dias compensadas serão pagas com adicional de 100%. O contrato de experiência será de 45 dias, podendo ser prorrogado em mais 45, sempre registrados em Carteira. Se o trabalhador for readmitido na mesma empresa, no mesmo car- go, menos de seis meses após ter sido contrata- do por experiência, a empresa não poderá fazer esse tipo de contrato. O trabalhador trazido de outra cidade, se for demitido sem justa causa, terá o transporte de retorno e demais despesas pagas pela empresa. O trabalhador que sofre acidente de trabalho terá estabilidade no emprego pelo prazo de 12 meses após o término do recebimento do auxí- lio acidente. Já o trabalhador que ficar de licen- ça médica por mais de 45 dias terá estabilidade de mais 60 dias após a volta ao trabalho. A tra- balhadora gestante terá estabilidade desde a con- firmação da gravidez até 150 dias após o parto. O trabalhador estudante terá abono de faltas para fazer provas e vestibular que coincidam com o horário de trabalho. O trabalhador que pedir demissão receberá férias proporcionais referen- te ao tempo de trabalho, mais o abono de um terço. As férias individuais começarão, sempre, no primeiro dia útil da semana. Quando salário for reajustado nas férias, a diferença será paga no primeiro mês após a volta ao trabalho. A empresa destinará tantas horas quantas forem necessárias para que o empregado recém contratado conheça os Equipamentos de Prote- ção Individual, os riscos da atividade, o local de trabalho, as ordens de serviço, além do progra- ma de prevenção de acidentes de trabalho de- senvolvidos na empresa e conheça os membros da CIPA. A empresa que tiver mais de 30 trabalhado- ras, acima de 16 anos, deve manter creche para os filhos das empregadas que tenham até um ano de idade. A empresa poderá optar por re- embolsar as trabalhadoras com a despesa de creche. No caso de morte natural ou acidental do trabalhador, a empresa informará o fato ao Sintracom-Londrina , no prazo de 24 horas, e pagará ao dependen- te mais próximo do fa- lecido a seguinte inde- nização: 2,5 pisos da categoria em caso de morte natural ou aci- dente não relacionado ao trabalho; três pisos em caso de morte por acidente de trabalho. A empresa que mantiver seguro de vida em gru- po, sem custo para o trabalhador e com prê- mios superiores aos valores mencionados aci- ma. O trabalhador terá direito às seguintes au- sências legais: dois dias seguidos em caso de morte do cônjuge, pais, filhos, irmão ou pessoa que viva sob sua dependência legal; três dias seguidos em virtude de casamento; cinco dias seguidos na primeira semana de nascimento de filho; um dia útil durante o ano para doar san- gue; um dia útil em caso de internação de filho ou cônjuge, limitado a duas faltas por ano e um dia útil em caso de falecimento de sogro ou so- gra. A empresa liberará o trabalhador para sacar o PIS, sem desconto das horas não trabalha- das, menos no caso da empresa que mantenha convênio ou posto bancário no local ou o horá- rio de saque não coincida com a jornada de tra- balho. A empresa manterá convênio com farmácias para aquisição de medicamentos, com receita médica, para o trabalhador e seus dependentes e desconto em folha de pagamento. Se o des- conto for maior do que 20% do salário do traba- lhador, será feito em duas parcelas. A empresa que descumprir qualquer cláusu- la da Convenção ou qualquer item do Anexo, pagará multa ao trabalhador no valor mínimo de um piso da categoria, por mês de descumprimento. SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE LONDRINA E REGIÃO. Rua Sergipe, 598 - 1 andar - Sala 107 - Fone 3324-4022 - Londrina - Sub-sede: Av. Barão do Rio do Branco, 618 - Vila Independencia - Fone: 3523-3646 - Cornélio Procópio - Presidente: Denilson Pestana da Costa - Jornalista responsável: Mario Fragoso - MTB 2582-PR - Arte / Diagramação: Vladmir Fernandes Farias - Tiragem: 1.000 exemplares Período de pagamento: 14 de julho de 2009 a 30 de junho de 2010. Calendário para pagamentos do Abono Salarial e dos Rendimentos do PIS - Exercício 2009 / 2010 Confira a Tabela Salarial vigente de 1º de maio de 2009 até 30 de abril do ano que vem

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Apesar da crise econômica, o Sintracom-Londrina e a Fetraconspar conquistaram aumento real de salários para os trabalhadores da Madeira. As diferenças acumuladas entre maio e julho serão pagas em folha suplementar junto com o salário de agosto – até o quinto dia útil de setembro. Confira a Tabela Salarial vigente de 1º de maio de 2009 até 30 de abril do ano que vem Carpinteiro Denílson Pestana da Costa Presidente do Sintracom-Londrina

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PALAVRA DO PRESIDENTE:

Sintracom-Londrina dribla a crise e conquistareajuste salarial de 14,9% nos pisos salariais

Apesar da crise econômica, o Sintracom-Londrina e a Fetraconspar conquistaram aumento real de salários paraos trabalhadores da Madeira. As diferenças acumuladas entre maio e julho serão pagas em folha suplementar

junto com o salário de agosto – até o quinto dia útil de setembro.

Desde o início da Campanha Salarial 2009-2010 informamos aostrabalhadores da Madeira que as negociações não seriam fáceis. A criseeconômica continua por aí rondando, principalmente, os trabalhadoresque estão empregados.

Por isso, não tivemos pressa em fechar a Convenção Coletiva de Tra-balho na data-base da categoria em 1º de maio. Não podíamos demons-trar ansiedade nas negociações, pois isto deixaria os patrões com a faca,o pão e o queijo nas mãos.

No fim das contas, quando conseguimos fechar o reajuste salarial de14,9% sobre os pisos salariais e 6,5% sobre os demais salários, tivemosa certeza de a estratégia de negociação estava correta em função domomento em que vivemos.

No dia 13 de agosto, registramos a Convenção no Ministério do Tra-balho e Emprego. Desta forma, as diferenças salariais acumuladas entremaio e julho, serão pagas em parcela única, em folha suplementar, juntocom o salário de agosto.

Por isso tudo, companheiros da Madeira, vale a pena comemorar oreajuste e o aumento real conquistados pelo Sintracom-Londrina e aFetraconspar. Afinal de contas, milhões de trabalhadores pelo mundoafora, hoje, lamentam a perda do emprego.

No caso dos trabalhadores da Madeira da base do Sintracom-Londri-na, além de conseguirmos manter os empregos, ainda conquistamos umreajuste salarial acima da média do que conseguiram outras categoriasda data-base maio.

É importante dizer isso, pois nas andanças pela base, muitas vezes,ouvimos trabalhadores reclamando pela demora nas negociações. Pranós, nesse caso, vale o ditado que ensina que o apressado come cru ou,então, queima a língua.

Agora, companheirada, o negócio é ficar de olho no pagamento deagosto. Se você notar alguma irregularidade, é só entrar em contato como Sindicato que, imediatamente, iremos cobrar da empresa o cumpri-mento do está escrito na Convenção.

Essa é a missão da diretoria do Sintracom-Londrina. Defender o salá-

rio e as condições de trabalho na Madeira é nossa obrigação. Por isso,pulamos da cama cedo e vamos à luta em nome dos trabalhadores daMadeira.

Carpinteiro Denílson Pestana da Costa

Presidente do Sintracom-Londrina

AGOSTO/2009

JORNAL SINTRACOMSINTRACOMSINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE LONDRINA E REGIÃO

Os demais salários, a partir de 1° de maio de 2009, serão reajustados pelo percentual de 6,5% (seise meio por cento), aplicados sobre os salários de 1° de maio de 2008, já corrigidos.

Confira algumas cláusulas importantes daConvenção Coletiva de Trabalho 2009-2010No total, a Convenção é composta de 56

cláusulas e um Anexo com 10 itens e dezenas

de subitens, o que torna praticamente impos-

sível a publicação do documento todo.

Por isso, destacamos algumas cláusulas que

consideramos importantes para o trabalhador

da Madeira tomar conhecimento.

Se você quiser ler a Convenção inteira é só

entrar na página do Sindicato na Internet –

www.sintracomlondrina.com.br – e conferir a

Convenção.

O trabalhador da Madeira demitido entre 1ºde maio e o fechamento da Convenção tem di-reito a receber as diferenças acumuladas.

O salário será pago até o quinto dia útil nomês seguinte ao mês trabalhado e será efetua-do até o fim do expediente, se for pago em di-nheiro, cheque administrativo, cheque salário oudepósito em conta-corrente.

O pagamento será efetuado até às 11 horas,de segunda a sexta-feira, se for em cheque emi-tido pela empresa. Neste caso, a empresa libe-rará o empregado do trabalho para descontar ocheque, sem descontar as horas perdidas.

A empresa que atrasar o salário, até o nonodia útil, pagará ao trabalhador da Madeira mul-ta de um salário, para cada dia de atraso nopagamento.

As duas primeiras horas extras serão pagascom adicional de 50% sobre a hora normal. Daípra frente o adicional será de 60%. Já as horastrabalhadas em dias de descanso semanal re-munerado (domingos e feriados) ou em diascompensadas serão pagas com adicional de100%.

O contrato de experiência será de 45 dias,podendo ser prorrogado em mais 45, sempreregistrados em Carteira. Se o trabalhador forreadmitido na mesma empresa, no mesmo car-go, menos de seis meses após ter sido contrata-do por experiência, a empresa não poderá fazeresse tipo de contrato.

O trabalhador trazido de outra cidade, se fordemitido sem justa causa, terá o transporte deretorno e demais despesas pagas pela empresa.

O trabalhador que sofre acidente de trabalhoterá estabilidade no emprego pelo prazo de 12

meses após o término do recebimento do auxí-lio acidente. Já o trabalhador que ficar de licen-ça médica por mais de 45 dias terá estabilidadede mais 60 dias após a volta ao trabalho. A tra-balhadora gestante terá estabilidade desde a con-firmação da gravidez até 150 dias após o parto.

O trabalhador estudante terá abono de faltas

para fazer provas e vestibular que coincidam como horário de trabalho. O trabalhador que pedirdemissão receberá férias proporcionais referen-te ao tempo de trabalho, mais o abono de umterço. As férias individuais começarão, sempre,no primeiro dia útil da semana. Quando saláriofor reajustado nas férias, a diferença será pagano primeiro mês após a volta ao trabalho.

A empresa destinará tantas horas quantasforem necessárias para que o empregado recém

contratado conheça os Equipamentos de Prote-ção Individual, os riscos da atividade, o local detrabalho, as ordens de serviço, além do progra-ma de prevenção de acidentes de trabalho de-senvolvidos na empresa e conheça os membrosda CIPA.

A empresa que tiver mais de 30 trabalhado-ras, acima de 16 anos, deve manter creche paraos filhos das empregadas que tenham até umano de idade. A empresa poderá optar por re-embolsar as trabalhadoras com a despesa decreche.

No caso de morte natural ou acidental dotrabalhador, a empresainformará o fato aoSintracom-Londrina,no prazo de 24 horas,e pagará ao dependen-te mais próximo do fa-lecido a seguinte inde-nização: 2,5 pisos dacategoria em caso demorte natural ou aci-dente não relacionadoao trabalho; três pisosem caso de morte poracidente de trabalho. Aempresa que mantiverseguro de vida em gru-po, sem custo para otrabalhador e com prê-

mios superiores aos valores mencionados aci-ma.

O trabalhador terá direito às seguintes au-

sências legais: dois dias seguidos em caso demorte do cônjuge, pais, filhos, irmão ou pessoaque viva sob sua dependência legal; três diasseguidos em virtude de casamento; cinco diasseguidos na primeira semana de nascimento defilho; um dia útil durante o ano para doar san-gue; um dia útil em caso de internação de filhoou cônjuge, limitado a duas faltas por ano e umdia útil em caso de falecimento de sogro ou so-gra.

A empresa liberará o trabalhador para sacaro PIS, sem desconto das horas não trabalha-das, menos no caso da empresa que mantenhaconvênio ou posto bancário no local ou o horá-rio de saque não coincida com a jornada de tra-balho.

A empresa manterá convênio com farmácias

para aquisição de medicamentos, com receitamédica, para o trabalhador e seus dependentese desconto em folha de pagamento. Se o des-conto for maior do que 20% do salário do traba-lhador, será feito em duas parcelas.

A empresa que descumprir qualquer cláusu-la da Convenção ou qualquer item do Anexo,pagará multa ao trabalhador no valor mínimode um piso da categoria, por mês dedescumprimento.

SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE LONDRINA E REGIÃO.Rua Sergipe, 598 - 1 andar - Sala 107 - Fone 3324-4022 - Londrina - Sub-sede: Av. Barão do Rio do Branco, 618 - Vila Independencia - Fone: 3523-3646 - Cornélio Procópio -Presidente: Denilson Pestana da Costa - Jornalista responsável: Mario Fragoso - MTB 2582-PR - Arte / Diagramação: Vladmir Fernandes Farias - Tiragem: 1.000 exemplares

Período de pagamento: 14 de julho de 2009 a 30 de junho de 2010.

Calendário para pagamentos do Abono Salarial edos Rendimentos do PIS - Exercício 2009 / 2010

Confira a Tabela Salarial vigente de1º de maio de 2009 até 30 de abril do ano que vem