macunaíma

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CENTRO INTEGRADO DE ENSINO DE I E II GRAUS Macunaíma Mário de Andrade

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Trabalho sobre o livro Macunaíma - Mário de Andrade

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Page 1: Macunaíma

CENTRO INTEGRADO DE ENSINO DE I E II GRAUS

Macunaíma

Mário de Andrade

CIDADE - ESTADO

2013

Page 2: Macunaíma

Sumário

I Biografia do autor...........................................................................................3

II Macunaíma......................................................................................................5

1.1 Narrador...................................................................................................5

1.2 Tempo e Espaço.......................................................................................6

1.3 Personagem Principal..............................................................................6

1.4 Personagens Secundários.........................................................................6

III Enrredo............................................................................................................8

IV Referencias Bibliográficas............................................................................10

Page 3: Macunaíma

I BIOGRAFIA DO AUTOR

Mário Raul de Moraes Andrade nasceu no dia 9 de outubro de 1893, filho de

Carlos Augusto de Moraes Andrade e Maria Luísa Leite Moraes Andrade, em São Paulo

- SP. Foi durante toda a infância considerado um pianista prodígio, tendo sido

matriculado no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo em 1911. Foi formado

apenas em música, mas era autodidata em história, artes e especialmente em

poesia. Andrade escrevia poesia durante todo o tempo em que permaneceu no

conservatório, mas nunca pensou em fazê-las profissionalmente, até a carreira de

pianista não ser mais viável.

Em 1913 morre seu irmão, Renato, aos 14 anos devido a complicações

decorrentes de uma cabeçada em um jogo de futebol. Abalado pelo fato, Mário tem uma

profunda crise emocional. Passa um tempo em Araraquara, na fazenda da família.

Quando retorna desiste da carreira de concertista devido a suas mãos terem se tornadas

trêmulas. A partir dai dedica-se, a carreira de professor de música. Ao mesmo tempo,

começou a se interessar de forma mais seria pela literatura. Em 1917, ano de sua

formatura, publicou seu primeiro livro de poemas, “Há uma Gota de Sangue em Cada

Poema”.

Andrade decidiu deixar São Paulo e viajou para o campo. Iniciou uma atividade

que continuaria pelo resto da vida. O minucioso trabalho de documentação da história,

do povo, da cultura e especialmente da música do interior do Brasil, tanto em São

Paulo quanto no Nordeste. Andrade também publicou ensaios em jornais de São Paulo,

e acima de tudo, acumulando informações sobre a vida e folclore brasileiro. Entre as

viagens, Andrade lecionava piano no Conservatório, havendo sido também aluno de

estética do poeta Venceslau de Queirós, sucedendo-o como professor no Conservatório

após sua morte.

Ao mesmo tempo em que Andrade efetuava seu trabalho como pesquisador do

folclore brasileiro fez amizade com um grupo de jovens artistas e escritores de São

Paulo que, como ele, estavam interessados no modernismo europeu. Sendo eles os

poetas Oswald de Andrade e Menotti del Picchia, além das pintoras Tarsila do

Amaral e Anita Malfatti. Malfatti havia visitado a Europa nos anos anteriores à Primeira

Guerra Mundial, e introduziu o expressionismo em São Paulo.

Page 4: Macunaíma

Em 1922, ao mesmo tempo que preparava a publicação de Pauliceia desvairada,

Andrade trabalhou com Malfatti e Oswald de Andrade na organização de um evento que

se destinava a divulgar as obras deles a uma público mais vasta: a Semana de Arte

Moderna. Andrade foi o principal organizador e um dos mais ativos participantes do

evento, que, apesar de ser recebido com ceticismo, atraiu uma grande audiência.

Andrade, na ocasião, apresentou o esboço do ensaio que viria a publicar em 1925, a A

Escrava que não é Isaura.

Em 1935, organizou, juntamente com o escritor e arqueólogo Paulo Duarte, um

Departamento de Cultura para a unificação da cidade de São Paulo, onde Andrade se

tornou diretor. Em 1938, Mário de Andrade reuniu uma equipe com o objetivo de

catalogar músicas do Norte e Nordeste brasileiros. As missões resultaram em um vasto

acervo registrado em vídeo, áudio, imagens e anotações musicais, dos lugares

percorridos pela Missão de Pesquisas Folclóricas. A missão foi interrompida, no

entanto, quando, em 1938, pouco depois de instaurado o Estado Novo (do qual era

contrário), Mário demitiu-se do departamento.

Mudou-se para o Rio de Janeiro para tomar posse de um novo posto na UFRJ,

onde dirigiu o Congresso da Língua Nacional Cantada, um importante evento folclórico

e musical. Em 1941 voltou para São Paulo e ao antigo posto do Departamento de

Cultura.

Andrade morreu em sua residência em São Paulo devido a um enfarte, em 25 de

fevereiro de 1945, quando tinha 52 anos. Dez anos mais tarde, começou a consagração

de Andrade como um dos principais valores culturais no Brasil. Em 1960 foi dado o seu

nome à Biblioteca Municipal de São Paulo.

Page 5: Macunaíma

II MACUNAÍMA

A sociedade brasileira, no tempo em que surgiu Macunaíma, parecia bastante

mudada. Já não tinha aquele ar de fazenda que respiramos durante 4 séculos. Havia

muitas fábricas (principalmente em São Paulo), grandes aglomerados urbanos, com

populações de quase 1 milhão de habitantes. O comércio e a indústria prosperavam

rapidamente, graças ao mercado consumidor formado pelos moradores das cidades e

pelos colonos de origem estrangeira. As mulheres fumavam, iam sozinhas ao cinema,

exibiam as pernas.

Algo impressionava bastante os brasileiros daquele tempo: a velocidade dos

meios de comunicação e transporte havia carros, bondes, trens, telégrafos, rádios,

telefone.

Desde 1922, o país parecia estar em “ebulição”: além da Semana de Arte

Moderna, foi criado o Partido Comunista e iniciado o movimento tenentista, que,

durante toda a década de 20, desafiou o governo federal. O clímax deste movimento foi

a Coluna Prestes que percorreu 33 mil quilômetros do interior do Brasil, travando mais

de 100 combates, em dois anos e meio (1924-1927). Arthur Bernardes e Washington

Luís usaram todos os meios para combatê-la, lançando até o cangaceiro Lampião no seu

encalço. A Coluna, porém, não teve força para derrubar o governo central, nem

conseguiu rebelar o povo contra o regime. Esgotada, embora invicta, internou-se na

Bolívia. No entanto, a imagem de Luís Carlos Prestes, com seus prodígios de técnica

militar e de bravura pessoal, constituiu um mito que exerceu sobre os intelectuais de

esquerda (entre os quais se incluíam Mário de Andrade, Murilo Mendes e Carlos

Drummond de Andrade) uma grande fascinação. O tenentismo (com seus levantes ao

longo da década) aliado à crise desencadeada pelo estouro da Bolsa de Nova Iorque em

1929, são fatos que se somam para derrubar a República Velha na triunfante Revolução

de outubro de 1930.

1.1 Narrador

Embora predomine o foco da 3ª pessoa, Mário de Andrade inova utilizando a

técnica cinematográfica de cortes no discurso do narrador, interrompendo-o para dar vez

Page 6: Macunaíma

à fala dos personagens, principalmente Macunaíma. Esta técnica imprime velocidade,

simultaneidade e continuidade à narrativa. Exemplo:

“Lá chegado ajuntou os vizinhos, criados a patroa cunhãs datilógrafos estudantes

empregados-públicos, muitos empregados-públicos! Todos esses vizinhos e contou pra

eles que tinha ido caçar na feira do Arouche e matara dois”

(Cap. XI – A Velha Ceiuci)

1.2 Tempo e Espaço

Por tratar-se de uma narrativa mítica, o tempo e o espaço da obra não estão

precisamente definidos, tendo como base a realidade. Pode-se dizer apenas que o espaço

é prioritariamente o espaço geográfico brasileiro, com algumas referências ao exterior,

enquanto o tempo cronológico da narrativa se mostra indefinido. 

1.3 Personagem Principal

Macunaíma é o personagem principal do livro, é individualista, preguiçoso e faz

o que deseja sem se preocupar com nada. Além disso, é vaidoso, mente com a maior

facilidade e gosta, acima de tudo, de se entregar aos prazeres carnais.

1.4 Personagens Secundários

Maanape: irmão de Macunaíma. Tinha fama de feiticeiro e representa o povo

negro.

Jiguê: outro irmão de Macunaíma. Representante do povo indígena. 

Sofará: companheira de Jiguê com quem Macunaíma “brincou” diversas vezes. 

Iriqui: segunda mulher de Jiguê. Macunaíma também “brincou” com ela diversas

vezes, vindo à ganha-la de presente porque Jiguê achou que não valia a pena brigar por

causa de uma mulher. 

Page 7: Macunaíma

Ci: a Mãe do Mato. Foi o grande e único amor de Macunaíma. Engravidou dele,

mas perdeu o filho e transformou-se em estrela. Foi ela quem deu a Muiraquitã a

Macunaíma.

Venceslau Pietro Pietra ou Piaimã: gigante comedor de gente, que roubou a

muiraquitã de Macunaíma. 

Vei: é “a sol”. Tem duas filhas e quer que Macunaíma case com uma delas. 

Ceiuci: mulher do gigante Piaimã é uma velha gulosa comedora de gente. 

Pauí-Pódole - é o pai do mutum, origem da ave mutum, cracídeo. Torna-se

depois no Cruzeiro do Sul que é para os índios um enorme mutum "no campo vasto do

céu".

Ceiuci: - velha gulosa, mulher do gigante Piaimã, que também comia gente.

Uma vez tarrafiou o herói e só não o comeu porque a filha dela o salvou.

Oibê - é um "minhocão, variante da cobra-grande amazônica", que dá uma

tremenda canseira no herói porque este Ihe comera a pacuera (fressura de animal)

Capei - era a cobra boiúna (cobra grande) que Macunaíma, dando uma de herói,

matou para salvar Naipi, amada de Titçatê. A cabeça, cortada pelo herói, tornou-se lua.

Page 8: Macunaíma

III ENRREDO

Macunaíma, índio tapanhuma, era o filho mais novo de uma família (a mãe e os

irmãos Maanape e Jiguê) que vivia nas margens do rio Uraricoera, na Amazônia.

Preguiçoso, manhoso, matreiro e mentiroso, desde pequeno não deixa de arranjar

encrenca com os irmãos, principalmente com Jiguê, de quem sempre levava as esposas

para "brincar". Com a morte da mãe, os irmãos resolvem sair pelo mundo, que sempre

se mostra mágico e cheio de personagens míticos.

Macunaíma encontra Ci, a mãe do mato, e a toma como esposa, tornando-se o

Imperador do Mato Virgem. Depois de perderem um filho, Ci morre e lhe dá uma pedra

verde que serve de amuleto: o muiraquitã. Num confronto entre os irmãos e um monstro

chamado de Boiúna Capei (que logo se torna a rechonchuda lua), Macunaíma perde o

seu amuleto. Sabe, por intermédio de um pássaro, que a tal pedra foi engolida por uma

tartaruga tracajá na praia do rio. Segundo o pássaro, um homem pegou o bicho e

encontrou o amuleto, vendendo-o a um mascate peruano que mora na cidade de São

Paulo, de nome Venceslau Pietro Pietra.

Os três irmãos vão até São Paulo resgatar a pedra e descobrem que o mascate

peruano é, na verdade, o gigante Piaimã, comedor de gente. Seguem-se várias aventuras

entre eles, sendo que dessas aventuras, contadas como se fossem lendas, nascem várias

tradições e costumes do povo brasileiro, como o jogo de truco e a festa do Bumba-meu-

boi. Por fim, trava-se o confronto final entre Macunaíma e Venceslau Pietro Pietra: a

casa deste possuía um cipó que ficava logo acima de uma grande panela de macarronada

fervendo. Persuadindo as pessoas a se balançar, o gigante Piaimã conseguia derrubar

sua vítima e obter comida. Macunaíma, no entanto, emprega a mesma técnica contra

ele, matando-o na panela e recuperando o amuleto.

De volta à Amazônia com os irmãos, Macunaíma recebe da deusa-sol, Vei, suas

duas filhas. Envolve-se, no entanto, com uma portuguesa, o que causa insatisfação em

Vei. Esta, por vingança, atrai Macunaíma até um lago onde uma moça de nome Uiara o

seduz. O índio acaba por se entregar aos desejos da moça do lago e tem os membros de

seu corpo comidos pelos peixes. Recupera a todos, menos a perna e o amuleto

muiraquitã, engolidos pelo monstro Ururau.

Page 9: Macunaíma

Desgostoso da vida, sem o amuleto e sem os irmãos (transformados, numa das

peripécias, na sombra leprosa e segunda cabeça do pai do urubu), vai até o feiticeiro

Piauí-Pódole, que o transforma na constelação de Ursa Maior.

Page 10: Macunaíma

IV REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Equipe Wikipedia. Macunaíma. Setembro 2013. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Macuna%C3%ADma> Acesso em: 11/11/2013.

Guia do Estudante. "Macunaíma" - Análise da obra de Mario de Andrade.

Setembro de 2012. Disponível em: <

http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/macunaima-analise-obra-mario-

andrade-700315.shtml> Acesso em: 11/11/2013.

PasseiWeb. Macunaíma, de Mário de Andrade. Junho de 2013. Disponível em: <

http://www.passeiweb.com/estudos/livros/macunaima> Acesso em: 11/11/2013.