maabe metodologias de operacionalização l

10
MAABE Metodologias de Operacionalização l 1. Escolha do Domínio e selecção dos indicadores O domínio escolhido para a tarefa desta sessão foi o domínio B – Leitura e Literacia. A escolha deste domínio justifica-se, desde logo, pelo facto de representar uma área essencial para que a BE cumpra os seus objectivos no processo educativo. Por outro lado, poderemos considerar este domínio como uma área de acção “forte” na BE, pelo que pretendemos aferir o seu real impacto na escola. O facto de se desenvolverem projectos directamente vocacionados para a promoção da leitura, será outro dos factores que facilitará o seu acompanhamento mais incisivo e respectiva avaliação. 2. Selecção e análise dos indicadores: Neste domínio seleccionei os indicadores: B1 – Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento. B3 - Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia. Relativamente aos indicadores seleccionados, o indicador B1, referente ao Processo, foca a promoção da leitura em diversos suportes, junto dos alunos. Nessas escolhas procura-se ir ao encontro dos seus interesses e necessidades. Neste caso, poderia destacar como factores críticos de sucesso: a realização de projectos de promoção da leitura recreativa e informativa, em articulação com os docentes; o desenvolvimento de actividades no âmbito do PNL; o incentivo ao uso de novos ambientes digitais.

Upload: mariamanel

Post on 10-Jul-2015

498 views

Category:

Technology


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Maabe   Metodologias De OperacionalizaçãO L

MAABE

Metodologias de Operacionalização l

1. Escolha do Domínio e selecção dos indicadores

O domínio escolhido para a tarefa desta sessão foi o domínio B – Leitura e Literacia. A escolha deste domínio justifica-se, desde logo, pelo facto de representar uma área essencial para que a BE cumpra os seus objectivos no processo educativo. Por outro lado, poderemos considerar este domínio como uma área de acção “forte” na BE, pelo que pretendemos aferir o seu real impacto na escola. O facto de se desenvolverem projectos directamente vocacionados para a promoção da leitura, será outro dos factores que facilitará o seu acompanhamento mais incisivo e respectiva avaliação.

2. Selecção e análise dos indicadores:

Neste domínio seleccionei os indicadores:B1 – Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento. B3 - Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia.

Relativamente aos indicadores seleccionados, o indicador B1, referente ao Processo, foca a promoção da leitura em diversos suportes, junto dos alunos. Nessas escolhas procura-se ir ao encontro dos seus interesses e necessidades. Neste caso, poderia destacar como factores críticos de sucesso: a realização de projectos de promoção da leitura recreativa e informativa, em articulação com os docentes; o desenvolvimento de actividades no âmbito do PNL; o incentivo ao uso de novos ambientes digitais.

Page 2: Maabe   Metodologias De OperacionalizaçãO L

O outro indicador seleccionado - B3, considerado de impacto, permite percepcionar a eficácia das acções da BE, no âmbito da promoção da leitura e da literacia, nas aprendizagens dos alunos.Enquanto o primeiro indicador se reporta às acções da BE para conseguir realizar, efectivamente, o domínio no qual se enquadra; o segundo permite verificar em que medida essas acções produzem resultados e quais, aos níveis do trabalho, atitudes e competências dos alunos. Estes resultados possibilitam a verificação dos efeitos dessas acções na própria BE, ou seja, a eficácia do seu trabalho. Desse modo, apresentam linhas orientadoras para a implementação de um plano de acção com vista a uma melhoria.

3. Plano de Avaliação

“An evaluation plan is a (…) written document that specifies the evaluation design and details the practices and procedures to use to conduct the evaluation.”

The Program Manager’s Guide to Evaluation

Problema / Diagnóstico A escolha do domínio B e dos respectivos indicadores pareceu (-nos) a mais adequada, pelo facto de ir ao encontro da missão da BE na escola. Uma vez que a “Promoção da leitura e da escrita com vista à aquisição da literacia”, é um dos objectivos estratégicos do Projecto Educativo de Agrupamento, será importante vir a conhecer o contributo da BE para a sua concretização. Importa saber em que medida a BE contribui para a aquisição de competências de leitura e literacia, por parte dos alunos.

Page 3: Maabe   Metodologias De OperacionalizaçãO L

Identificação do objecto da avaliação

A avaliação do domínio B vai incidir sobre os indicadores B1 e B3adores Factores críticos de Sucesso Evidências Acções para a melhoria/ exemplosB.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento.

Factores Críticos de Sucesso: A BE disponibiliza uma colecção variada e adequada aos gostos, interesses e necessidades dos utilizadores. A BE identifica novos públicos e adequa a colecção e as práticas às necessidades desses públicos (CEF, EFA, CNO, outros – alunos estrangeiros). A BE identifica problemáticas e dificuldades neste domínio e delineia acções e programas que melhorem as situações identificadas. A BE promove acções formativas que ajudem a desenvolver as competências na área da leitura. A BE incentiva o empréstimo domiciliário. A BE está informada relativamente às linhas de orientação e actividades propostas pelo PNL e desenvolve as acções implicadas na sua implementação. A BE incentiva a leitura informativa, articulando com os departamentos curriculares no desenvolvimento de actividades de ensino e aprendizagem ou em projectos e acções que incentivem a leitura. A BE desenvolve, de forma sistemática, actividades no âmbito da promoção da leitura: sessões e clubes de leitura, fóruns, blogs ou outras actividades que associem formas de leitura, de escrita ou de comunicação em diferentes ambientes e suportes. A BE promove encontros com escritores ou outros eventos culturais que aproximem os alunos dos livros ou de outros materiais/ambientes e incentivem o gosto pela leitura. A BE incentiva a leitura em ambientes digitais explorando as possibilidades facultadas pela WEB, como o hipertexto, o e-mail, blogs, wikis, slideshare, youtube… A BE organiza e difunde recursos documentais que, associando-se a diferentes temáticas ou projectos, suportam a acção educativa e garantem a transversalidade e o desenvolvimento de competências associadas à leitura. A BE apoia os alunos nas suas escolhas e conhece as novidades literárias e de divulgação que melhor se adequam aos seus gostos.

B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia.

Factores Críticos de Sucesso:

Page 4: Maabe   Metodologias De OperacionalizaçãO L

Os alunos usam o livro e a BE para ler de forma recreativa, para se informar ou para realizar trabalhos escolares. Os alunos, de acordo com o seu ano/ciclo de escolaridade, manifestam progressos nas competências de leitura, lendo mais e com maior profundidade. Os alunos desenvolvem trabalhos onde interagem com equipamentos e ambientes informacionais variados, manifestando progressos nas suas competências no âmbito da leitura e da literacia. Os alunos participam activamente em diferentes actividades associadas à promoção da leitura: clubes de leitura, fóruns de discussão, jornais, blogs, outros.

Tipo de avaliação de medida a empreender

A implementação da auto-avaliação da BE é uma parte integrante da avaliação interna do Agrupamento e é uma base para a avaliação externa realizada pela Inspecção Geral de Educação.De acordo com o MAABE, trata-se da implementação de uma auto-avaliação que se baseia na recolha sistemática de um conjunto de evidências, com vista a aferir a eficácia da BE e seu impacto nas aprendizagens dos alunos. A medição dos outcomes, visa dar a “conhecer o benefício para os utilizadores da sua interacção com a BE”. Deste modo, contraria a abordagem tradicional de carácter quantitativo, focando-se nos resultados, ou seja, numa avaliação qualitativa.

Métodos e instrumentos a utilizar

A avaliação é realizada com recurso à recolha sistemática de evidências. A recolha de evidências é feita em cada indicador através dos instrumentos sugeridos pelo MAABE, necessitando alguns de adaptação, uma vez que serão aplicados a alunos de 1ºCEB:

B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento.

Estatísticas de requisição, circulação na escola e uso de recursos relacionados com a leitura. Estatísticas de utilização informal da BE. Estatísticas de utilização da BE para actividades de leitura programada / articulada com outros docentes. Registos de actividades/projectos. Questionário aos docentes (QD2). Questionário aos alunos (QA2). Entrevistas.

Page 5: Maabe   Metodologias De OperacionalizaçãO L

B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia.

Estatísticas de utilização da BE para actividades de leitura. Estatísticas de requisição domiciliária. Observação da utilização da BE (O3; O4). Trabalhos realizados pelos alunos Análise diacrónica das avaliações dos alunos. Questionário aos docentes (QD2). Questionário aos alunos (QA2) Entrevistas.

Constatamos que de acordo com o leque alargado de fontes de evidências, apresentado pelo MAABE, as que utilizamos na avaliação deste domínio têm a seguinte natureza:

a) Dados quantitativos referentes ao funcionamento da BEb) Consultas a docentes, alunos e outros elementosc) Observação e análise de recursos e de actividadesd) Análise de documentação

Intervenientes

Implementação – Coordenadora das BE’s, Professora Bibliotecária (não existem mais elementos na equipa da BE eb1), Director/Coordenadora de Estabelecimento e Grupo responsável.

Colaboração recolha de evidências – Professores = 30 % = 2 - Alunos = 10% = 18 (1º e 4º anos)

Calendarização

Etapas do processo Calendarização

Constituição do grupo responsável ao nível da escola/agrupamento pela condução do processo de AA BE.

Julho ou Setembro 2009

Dezembro 2009

Reunião da Equipa BE/ grupo responsável para avaliação diagnóstica, elaboração do Julho ou Setembro 2009

Page 6: Maabe   Metodologias De OperacionalizaçãO L

perfil da BE e prospecção do domínio a avaliar. Novembro 2009

Sensibilização e envolvimento do Director do Agrupamento e Coordenadora de Estabelecimento na selecção do domínio. -------------------------------------------------Elaboração do Plano de Avaliação anual.

Setembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009Novembro 2009

Divulgação do Plano de Avaliação à escola/Agrupamento no Conselho Pedagógico

Outubro 2009Dezembro 2009

Preparação, adaptação dos instrumentos e levantamento de recursos necessários.

Novembro/Dezembro 2009Dezembro 2009

Recolha de dados Janeiro – Maio 2010

Tratamento e análise dos dados: identificação dos pontos fortes e fracos; elaboração de avaliações; relação com os standards de desempenho apresentados no MAABE.-------------------------------------------------Definição do nível de desempenho e perfil da BE.

Janeiro – Junho 2010

Junho 2010

Elaboração do Relatório Anual da Biblioteca Escolar. Julho 2010

Reunião com o Director e Coordenadora de Estabelecimento para avaliação dos resultados obtidos e definição de acções para a melhoria.

Julho 2010

Apresentação dos resultados ao Conselho Pedagógico/Comunidade Educativa e definição de acções para a melhoria. Julho 2010

Divulgação do Plano de Acção. Setembro 2010

Observações

Atendendo ao desfasamento entre o cronograma ideal do processo de auto-avaliação da BE e a realidade com a qual me deparo, optei por distinguir:* Roxo - datas que me parecem aconselháveis para a concretização das etapas a realizar no 1º período.* Preto – aquelas que, dada a situação actual, poderão ser concretizadas. Destaco, ainda, o facto de colocar a constituição do grupo responsável, em Julho, uma vez que essa função deverá ser ponderada na organização horária dos docentes.

Page 7: Maabe   Metodologias De OperacionalizaçãO L

Salvaguardando o papel do Director do Agrupamento, a inclusão da Coordenadora de Estabelecimento em algumas das etapas deste processo justifica-se pelas suas funções na escola de 1º CEB.

Page 8: Maabe   Metodologias De OperacionalizaçãO L

Planificação da recolha e tratamento de dados

Tarefas Calendarização

Selecção do grupo de alunos a observar e Professores a envolver Dezembro 2009

Recolha de evidências nos seguintes documentos: Estatísticas de utilização da BE, registo de actividades/projectos, Trabalhos dos alunos Janeiro – Maio 2010

Observação da utilização da BE Janeiro – Maio 2010

Aplicação dos questionários Março/Abril 2010

Entrevistas Março/Abril 2010

Reuniões Janeiro – Maio 2010

Tratamento de dados* Janeiro a Junho de 2010* O tratamento de dados é realizado em simultâneo com a recolha para evitar acumulação de dados.

Análise e comunicação da informação

A análise e apreciação dos dados recolhidos permitir-nos-á, não só, conhecer melhor o trabalho da BE, bem como a forma como é visto e apreciado pelos utilizadores. Dos dados analisados distinguiremos os factores positivos e aqueles que têm de ser melhorados. Ambos se apresentam como linhas orientadoras para a elaboração do plano de acção.

A análise dos dados permitirá um cruzamento entre os factores críticos de sucesso e os perfis de desempenho, para a identificação de um nível, sendo este aquele em que se encontrará a BE.

O passo seguinte diz respeito à elaboração de um relatório final que permite a apresentação sistematizada da informação recolhida e

Page 9: Maabe   Metodologias De OperacionalizaçãO L

consequentes acções de melhoria. Este relatório está estruturado em três secções:Secção A – Elementos relativos ao domínio avaliadoSecção B – Elementos relativos ao trabalho desenvolvido nos restantes domínio Secção C – Síntese relativa à avaliação nos quatro domínios

A comunicação dos resultados do processo de auto-avaliação é fundamental para o envolvimento de toda a Comunidade Educativa. Dando a conhecer os aspectos positivos mas também aqueles que requerem mais investimento, conseguimos um maior comprometimento de todos aqueles que, de acordo com as suas responsabilidades, estão implicados no desenvolvimento e melhoria da BE e da escola, em geral.

Os resultados devem ser apresentados a:

- Órgãos de administração e gestão da escola/agrupamento* Conselho Geral;* Director;* Coordenadora do 1º Ciclo;* Coordenadora de estabelecimento;* Conselho Pedagógico;

- Conselhos de docentes – 1ºCEB (Departamentos Curriculares – 2º,3ºciclos)

- Coordenadores de Directores de Turma (2º, 3º ciclos)- Coordenadora de Ensino Especial- Coordenador das Actividades de Enriquecimento Curricular – 1ºCEB- Equipa da BE- Alunos- Encarregados de Educação/Associação de Pais- Restantes elementos da Comunidade Educativa- Direcção Regional de Educação - Rede de Bibliotecas Escolares- Comunidade Local: Autarquia

Biblioteca Municipal Outras entidades com as quais estabelecemos parcerias

A auto-avaliação da BE deve ser parte integrante da auto-avaliação da escola, tanto mais que a avaliação dos quatro domínios corresponde ao ciclo de gestão das escolas/agrupamentos. A informação resultante da auto-avaliação da BE deverá ser incluída no Relatório Anual de Actividades do Agrupamento. Uma vez que o agrupamento a que pertence esta BE vai ser, agora, objecto de avaliação externa, a sua súmula deverá incorporar no

Page 10: Maabe   Metodologias De OperacionalizaçãO L

Relatório de Auto-Avaliação do Agrupamento e ser referida na entrevista com a IGE.

Limitações

Uma das limitações que podemos encontrar diz respeito à falta de disponibilidade, por parte dos docentes, para integrarem o grupo responsável pela aplicação do MAABE.

Levantamento de necessidades

Recursos

Humanos • Elementos da CE disponíveis para integrar o grupo responsável

• Professores• Alunos

Materiais• Gravador áudio • Fotocópias• Computadores • Internet• Material de arquivo

Financeiros• Gravador áudio = 100 €• Fotocópias = 50 €• Material de arquivo = 45 €