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2M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

Manual DE OriEntaçõEs

Sobre

assistência sOcial

Ao GEstOr Municipal

2017EDitOra aMM

BElO HOrizOntE

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2017 – Associação Mineira de Municípios -AMMTodos os direitos reservados à Associação Mineira de Municípios

Presidente da Associaçào Mineira de MunicípiosAntônio Carlos Doorgal de andrada

Superintendência da AMM Gustavo Costa Nassif

CoordenaçãoGustavo Costa Nassif

OrganizaçãoVivian do Carmo Bellezzia

Colaboração Mayra Camilo

EstagiárioFelipe de Freitas Antunes

Projeto Gráfico e DiagramaçãoAlexandre Medeiros / Fábio Junio dos SantosRodney Arôuca / Simão Pedro

Associação Mineira de Municípios - Av. Raja Gabáglia, 385, Cidade Jardim

Belo Horizonte - MG

CEP: 30380-103 - Tel.: (31) 2125-2400

Manual de Orientações sobre Assitencia Social ao Gestor Municipal é uma

publicação editada pela Associação Mineira de Municípios.

ISBN : 978-85-93293-04-7

2ª edição

ISBN BOX: 978-85-93293-03-0

Tiragem: 1500 exemplares

Distribuição gratuita Permitida a reprodução parcial ou total desta obra

desde que citada a fonte.

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S U M Á R I O

PALAVRA DO PRESIDENTE 10

APRESENTAÇÃO 12

NOTA DA ORGANIZADORA 14

1. ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL 16

1.1 Breve histórico da Política de Assistência Social no Brasil 16

1.2 A Proteção Social como Garantia Constitucional 20

2. POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – PNAS 22

2.1 Princípios e diretrizes da PNAS 23

2.2 Objetivos da PNAS 24

2.3 Quadro do resumo histórico da PNAS no Brasil 26

3. O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS 28

3.1 Níveis de proteção do SUAS 29

3.1.1 Proteção Social Básica 29

3.1.2 Proteção Social Especial 31

3.2 Serviços Socioassistenciais 34

3.3 Instâncias de articulação, negociação e pactuação 35

3.4 Representação das Instâncias Federativas do SUAS na Comissão Inter-gestores Tripartite 36

3.5 Instâncias de articulação, negociação e pactuação, e deliberação do SUAS 37

3.5.1 Conselho Nacional de Assistência Social 37

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3.5.2 Conselho Estadual de Assistência Social 38

3.5.3 Conselho Municipal de Assistência Social 38

3.6 Conferências 39

3.7 Espaços de Controle da Assistência Social 40

3.8 Controle Social dos Conselhos 41

3.9 Instrumentos de Gestão do SUAS 42

3.9.1 Plano de Assistência Social 42

3.9.2 Gestão da Informação 44

3.9.3 SUAS WEB 44

3.9.4 GEOSUAS 44

3.9.5 CADSUAS 45

3.9.6 SISFAF 45

3.9.7 SIGCOM 45

3.9.8 SISCON 45

3.9.9 INFOSUAS 45

3.9.10 SICNASWEB 46

3.10 Monitoramento e avaliação do SUAS 46

3.11 Relatório Anual de Gestão 48

4. ORÇAMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 50

4.1 Plano Decenal 52

4.2 Planejamento e Gestão Orçamentária e financeira do SUAS 54

4.2.1 Planejamento 54

4.2.2 Planejamento regional 54

4.2.3 Fundo de Assistência Social 55

4.3 Financiamento da Política

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Nacional de Assistência Social 57

5. BLOCOS DE FINANCIAMENTO DO SUAS 58

5.1 Bases legais para o financiamento do SUAS 60

5.2 Orientações para os gastos de recursos na Assistência Social 61

5.3 Prestação de contas 62

6. FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO ESTADO

DE MINAS GERAIS 64

6.1 O Piso Mineiro de Assistência Social - PMAS 64

6.2 Como gastar os recursos do Piso 65

6.2.1 Piso Mineiro fixo 65

6.2.2 Piso variável 67

7. PRESTAÇÃO DE CONTAS 68

7.1 Programa Estadual Qualifica SUAS, parceria AMM 69

7.2 Programas e projetos do Governo Federal 69

7.2.1 Programa Bolsa Família e o Cadastro Único de Assistência Social 69

7.2.2 Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho - Acessuas 70

7.2.3 Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI 71

7.2.4 Programa Nacional de Capacitação do SUAS - PNCSUAS 71

7.2.5 Benefício de Prestação Continuada – BPC 72

7.2.6 Programa de Proteção as Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte 73

7.3 Programas do Governo Estadual 74

7.3.1 Programa Poupança Jovem 74

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7.3.2 Programa Travessia 75

7.3.3 Programa Mocatu 75

7.3.4 Normativo Federal Aplicado à Assistência Social 76

7.3.5 Normativo Estadual sobre Assistência Social: Minas Gerais 78

8. SITES DE INTERESSE 80

9. GLOSSÁRIO 82

10. SIGLAS ESSENCIAIS 86

BIBLIOGRAFIA 90

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PA L AV R A D O P R E S I D E N T E

A Associação Mineira de Municípios, no desempenho de suas funções institucionais

alinhadas com o exercício de seu papel pedagógico de bem orientar os Prefeitos e

Prefeitas Mineiros, primando pelo fortalecimento do municipalismo e contribuindo

para gestões municipais de resultado, edita a 2ª Edição do Manuais de Gestão Pública:

Orientações ao Gestor Municipal.

Com o objetivo de consolidar de forma prática e simplificada o box dispõe de 13

cartilhas nas áreas de Assistência social, esporte, jurídico, direitos humanos, captação

de recursos e convênios, cerimonial, eventos e comunicação, contábil, economia,

meio ambiente, marco regulatório, educação e saúde. Áreas de indiscutível interesse

para a gestão municipal.

A expectativa é que os agentes políticos e gestores desfrutem de um material de fácil

leitura e disponham de uma fonte de orientações segura e rápida. Almeja-se, ainda,

colaborar de forma efetiva para que os compromissos assumidos perante a sociedade,

pelos gestores eleitos, possam se concretizar.

Não há qualquer pretensão de se esgotar os detalhes acerca das matérias tratadas,

todavia a AMM entende que a observância aos aspectos aqui abordados, ao lado de

estudos e pesquisas poderá propiciar mais realização, em decorrência de uma gestão

cada vez mais responsável no trato da coisa pública.

Colocamos o conhecimento técnico da AMM, acumulado ao longo dos 66 anos

de existência da instituição, à disposição dos gestores mineiros, na perspectiva

de contribuir para uma administração pública fundamentada nos princípios

constitucionais e tendo como objetivo o desenvolvimento de políticas públicas

efetivas, capazes de se constituírem em instrumentos hábeis à promoção da cidadania.

Antônio Carlos Doorgal de Andrada Presidente da Associação Mineira de Municípios

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A P R E S E N TAÇÃO

Caro Leitor

A Associação Mineira de Municípios – AMM elaborou para o gestor público, nas diversas áreas de sua atuação, um manual básico de orientações a fim de auxiliá-lo em sua lida cotidiana na Administração Pública municipal.

Aprimorar a qualidade da gestão tornou-se um desafio permanente do servidor público. A Constituição Federal reservou um capítulo especial à Administração Pública. E as melhores práticas em gestão governamental se fundam essencialmente na ética, no conhecimento e na conjugação de habilidades profissionais com o amadurecimento democrático.

O presente manual possui um conteúdo específico e irá contribuir com elementos básicos relativos à presente área para a qual fora desenvolvido. No seu contexto o leitor terá a oportunidade de identificar as suas necessidades em relação a este importante tema e, portanto, usá-lo como guia para o exercício de suas atividades.

Superar as dificuldades é um imperativo, e para isso, temos que inovar, elaborar boas práticas, vencer a burocracia e partir em direção a uma Administração Pública zelosa e tecnicamente bem aparelhada.

É por meio do conhecimento que procuramos estimulá-lo a perceber melhor seu município, bem como a sua área de atuação no âmbito da Administração. Ressaltamos a necessidade de criar um ambiente de confiança; construir relações de respeito e boa convivência, identificando as virtudes, bem como

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as dificuldades que permeiam a vossa atividade.

Por fim, resta esclarecer que precisamos ter uma visão integral de todas as áreas da Administração Pública, por serem absolutamente interdependentes. Assim, estamos convictos de que esta Cartilha: Manual de Orientações sobre

Assitencia Social ao Gestor Municipal, será de grande importância para todos os que nela se inspirarem.

Em tempos de instabilidades, esperamos encontrar luz no conhecimento para a (re)construção por vir........ . (Re)construção do homem, do pensamento, da moral, dos costumes, do lar, do caráter..........

Assim, (Re)construir é o brado que nos compete.

Boa Leitura

Gustavo Costa Nassif Superintendente da AMM

Doutor e Mestre em Direito Público, Professor Universitário e Advogado

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12A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

N OTA DAO R GA N I Z A D O R ACaro Leitor,

Tendo como norte o aperfeiçoamento da gestão da assistência social, qualificação de práticas e intervenções e reforço do compromisso público com a efetivação da Assistência Social enquanto política de garantia de direitos e satisfação de necessidades sociais nos municípios mineiros elaboramos o presente manual. O texto contém uma síntese das principais diretrizes e aspectos práticos da atuação do gestor municipal na área de Assistência Social. Em nove capítulos, bastante sintéticos, apresentamos e destacamos temas como; Política Nacional de Assistência Social, Princípios e Diretrizes do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, Gestão Financeira e Orçamentária, Programas Federais e Estaduais, dentre outros. Para a elaboração do texto nos pautamos no conhecimento adquirido na Coordenação das Áreas Técnicas da AMM, quando trabalhamos lado a lado com os técnicos e gestores municipais, bem como nas mais diversas fontes de consulta, principalmente, nos inúmeros guias editados pelos Órgãos Estaduais e Federais de Assistência Social, Tribunais de Contas dos Estados, Manuais de Direito Administrativo e Informativos Jurisprudenciais. Nosso objetivo foi o de condensar em um único manual, de forma sintética e resumida, os temas de maior incidência e relevância para a gestão pública municipal na pasta de Assistência Social. Esperamos que as orientações aqui compiladas sirvam de suporte aos Gestores Municipais Mineiros e fortalecimento da causa municipalista.

Desejamos a todos uma boa leitura!

Vivian do Carmo Bellezzia Advogada, Especialista em Direito Público,

Mestranda em Direito Ambiental.

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13M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

1 . A SS I ST Ê N C I A S O C I A L N O B R A S I L Assistência é o ato de assistir, ajudar ou proteger aqueles que necessitam. Política pública, genericamente, é ação do Estado, gerida pelos governos, para atender às demandas e necessidades coletivas. Política pública social, por sua vez, constitui um produto institucional que provê benefícios e serviços sociais, financiados pelo Estado e regulados administrativamente.

Para que se compreenda o que vem a ser e como se dá a Política de Assistência Social no Brasil faz-se necessário uma breve introdução conceitual e histórica sobre a assistência e as políticas públicas a ela correlatas.

1 . 1 B R E V E h I STó R I CO DA P O L í T I CA D E A SS I S T Ê N C I A S O C I A L N O B R A S I L 1

Historicamente a construção da proteção social brasileira enquanto política pública de direito consubstanciou-se em um processo lento e gradual de proteção aos direitos sociais.

Segue abaixo uma sucinta linha do tempo com marcos temporais e legais que norteiam a Assistência Social enquanto eixo estruturante da Seguridade Social no país. Como se poderá observar a força motriz de construção do sistema de proteção social foi pautada na lógica da garantia de direitos.

D é c a d a d e 3 0 : A década de 1930 foi marcada pela ação conjunta da Igreja, do Estado e da Sociedade Civil, com significativas mudanças de ordem social, policial e jurídica quanto à forma de enfrentamento da questão social no Brasil.

1 Informações obtidas do site do Ministério do Desenvolvimento. Disponível em: http://www.mds.gov.br/suas/conheca/conheca09.asp

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14A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

D é c a d a d e 4 0 : A assistência social como campo de ação governamental registra no Brasil duas ações inaugurais: a criação do Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS); e, na década de 40, a criação da Legião Brasileira de Assistência (LBA).

1 9 5 0 a 1 9 6 0 : A assistência social como campo de ação governamental registra no Brasil duas ações inaugurais: a criação do Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS); e, na década de 40, a criação da Legião Brasileira de Assistência (LBA).

1 9 70 – 1 9 80 : É criado o Ministério da Previdência e Assistência Social, baseado na centralidade e exclusividade da ação federal.

1 9 8 8 : Promulgada a Constituição que reconhece a assistência social como dever de Estado no campo da seguridade social e não mais política isolada e complementar à Previdência.

1 9 8 9 : Cria-se o Ministério do Bem Estar Social que, na contramão da Carta Magna, fortalece o modelo simbolizado pela LBA (centralizador, sem alterar o modelo já existente).

1 9 9 0 : Primeira redação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) é vetada no Congresso nacional.

1 9 9 3 : Negociações de movimento nacional envolvendo gestores municipais, estaduais e organizações não governamentais com o Governo federal e representantes do Congresso permitiram a aprovação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Inicia-se o processo de construção da gestão pública e participativa da assistência social através de conselhos deliberativos e paritários nas esferas federal, estadual e municipal.

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15M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

1 9 9 7 : Editada a Norma Operacional Básica (NOB) que conceitua o sistema descentralizado e participativo, amplia o âmbito de competência dos governos Federal, municipais e estaduais e institui a exigência de Conselho, Fundo e Plano Municipal de Assistência Social para o município poder receber recursos federais.

1 9 9 8 : Nova edição da NOB diferencia serviços, programas e projetos; amplia as atribuições dos Conselhos de Assistência Social; e cria os espaços de negociação e pactuação - Comissões IntergestoraBipartite e Tripartite, que reúnem representações municipais, estaduais e federais de assistência social.

2 0 0 4 : Presidente Luis Inácio Lula da Silva cria o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) que, sob o comando de Patrus Ananias, acelerou e fortaleceu o processo de construção do SUAS. Iniciou com a suspensão da exigência da Certidão Negativa de Débitos, que impedia o MDS de repassar cerca de R$ 25 milhões por mês para os municípios. Em dezembro, após ampla mobilização nacional, editou a Política Nacional de Assistência Social.

2 0 0 5 : MDS apresenta proposta para a NOB 2005 em evento que reuniu 1.200 gestores e assistentes sociais de todo o Brasil, em Curitiba (PR). O texto foi debatido em seminários municipais e estaduais, apoiados pelo Ministério e sua versão final foi aprovada no dia 14 de julho em reunião do Conselho Nacional de Assistência Social. A partir de agosto o Sistema Único de Assistência Social virou realidade.

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16A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

1 . 2 A P R OT E ÇÃO S O C I A L CO M O GA R A N T I A CO N ST I T U C I O NA L 2

Por inteligência do art. 194 da Constituição Federal, “a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.”

A seguridade social pode ser conceituada como a rede protetiva formada pelo Estado e por particulares, com contribuições de todos, incluindo por parte dos beneficiários dos direitos, no sentido de estabelecer ações para o sustento de pessoas carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes, providenciando a manutenção de um padrão mínimo de vida digna.3

Como já pontuado, o que se busca através da seguridade é a justiça social e o bem-estar, pautando-se sempre nos princípios (seletividade, distributividade, isonomia) e ideais de justiça, através de políticas e medidas públicas capazes de garantir a subsistência da classe social possuidora de insuficiência de recursos financeiros.

Na Constituição Federal a assistência social é tratada da seguinte forma:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

I. a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

II. o amparo às crianças e adolescentes carentes;

III. a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV. a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

V. a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”

2 Trechos retirados do artigo “Os princípios e garantias da proteção social na constituição”, do autor hugo TadahideTamai. 2015. Disponível em: http://hugotadahide.jusbrasil.com.br/artigos/252838495/os-principios-e-garantias-da-protecao-social-na-constiticao

3 IBRAhIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário. 17 ed. – Rio de Janeiro: Impetus, 2012.

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17M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

Outrossim, a Assistência Social, instituída pela Constituição Federal de 1988, em seu art. 203, foi disciplinada pelo art. 2º da Lei Orgânica da Assistência Social, LOAS e conceituada como: “direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.”

Observe que análise do art. 203 da CF/88 e do art. 2º da LOAS, se depreende a preocupação estatal com aqueles que, de alguma forma são ou estão desprovidos de qualquer condição econômica suficiente de se amparar autonomamente.

Por fim, vale lembrar que a seguridade social assim como as outras áreas da ordem social previstas no texto da constituição têm como base o primado do trabalho e como objetivos o bem-estar e a justiça sociais, segundo o art. 193 da CF.

O texto constitucional é resultado de um longo caminho que foi percorrido com progressivos ganhos que resultaram em benefícios para as famílias e pessoas em situação de risco e/ou vulnerabilidade social. Fato é que hoje no Brasil existe uma estrutura formal de proteção social, estabelecida pela Constituição como Seguridade Social – Assistência Social, cujos fundamentos foram explicitados pela Política Nacional de Assistência Social, PNAS.

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18A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

2 . P O L í T I CA NAC I O NA L D E A SS I ST Ê N C I A S O C I A L – P NA S 4

A Assistência Social como política pública de proteção firmou-se no país a partir da Constituição de 1988, configurando-se, como direito dos cidadãos e dever do Estado. A ratificação do direito constitucionalmente estabelecido se deu com a edição da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) nº 8.742 de 1993 e, pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), 2005.

Assim, lançando mão de um sistema descentralizado e participativo que objetivava a criação de medidas de assistência e defesa dos cidadãos que se encontrassem em situação de vulnerabilidade social foi instituída a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), 2004, sistematizada a partir do SUAS e normatizada pela LOAS, para garantia da universalidade dos direitos sociais e o acesso aos serviços socioassistenciais aos brasileiros em situação de vulnerabilidade social.

A PNAS é, portanto, um documento normatizador das ações de assistência social, Resolução n° 145 de 15/10/2004, que visa a defesa e a atenção aos interesses e necessidades às pessoas em situação de risco e/ou vulnerabilidade social estabelecendo ações que promovam a prevenção, a proteção, a promoção e a inserção social, como também um conjunto de garantias e seguranças.

A PNAS foi construída visando a integração das demais políticas sociais, considerando as peculiaridades sociais e territoriais, lançando princípios e diretrizes para garantia dos mínimos sociais, bem como para universalização dos direitos sociais (MDS, PNAS, 2004).

A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate a Fome – Secretaria Nacional de Assistência Social. E o SUAS – Sistema Único de Assistência Social é o modelo de gestão utilizado no Brasil para operacionalizar a Política Nacional de Assistência Social.

4 Informações e conceitos retirados do Plano Nacional de Assistência Social. Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/politica-e-nobs

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19M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

2 . 1 P R I N C í P I O S E D I R E T R I Z E S DA P NA S 5

Em consonância com o disposto no artigo 4º, da LOAS, a Política Nacional de Assistência Social rege-se pelos seguintes princípios democráticos:

I. Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;

II. Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;

III. Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;

IV. Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;

V. Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.

Ou seja, esses cinco princípios podem ser entendidos como preceitos, regras gerais, que devem perpassar toda e qualquer norma de procedimento ou ação afeta às questões da assistência social no país.

Em relação às diretrizes da política de Assistência Social, ou seja, ao conjunto de instruções e indicações para se tratar e levar a termo os planos de ações, a Assistência Social basea-se, com fundamento na Constituição Federal de 1988 e na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) na6: 5 Informações e conceitos retirados do Plano

Nacional de Assistência Social. Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/politica-e-nobs

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20A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

I. Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às esferasestadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo o comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e as características socioterritoriais locais;

II. Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;

III. Primazia da responsabilidade do Estado na condução da Política de Assistência Social em cada esfera de governo;

V. Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos.

2 . 2 O B J E T I VO S DA P NA S 7

Os objetivos da Política Pública de Assistência Social podem ser entendidos como os resultados que se pretende atingir com a execução do Plano. Em síntese, a Política Nacional de Assistência Social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais visando a garantia dos mínimos sociais e provimento de condições para atender à universalização dos direitos sociais (PNAS, 2004). Ou seja, a Política Pública de Assistência Social realiza-se considerando as desigualdades socioterritoriais e visando seu enfrentamento.

Assim, para garantia dos mínimos sociais, provimento de condições para atender contingências sociais e universalização dos direitos sociais a PNAS objetiva:

• Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem;

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21M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

• Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural;

• Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária.

Trocando em miúdos, e em referência à execução prática dos resultados que pretende alcançar, PNAS objetiva:

• Proteger à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

• Amparar as crianças e adolescentes carentes;

• Promover e integrar ao mercado de trabalho pessoas em situação de vulnerabilidade social;

• Habilitar e reabilitar pessoas portadoras de deficiência (PPD) e a promover sua integração à comunidade;

• Garantir um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso (com 65 ou + anos de idade) que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou tê-la provida por sua família (renda mensal per capita inferior a ¼ do salário mínimo).

6 Comentário retirados do texto: Princípios e diretrizes da Assistência Social: da LOAS à NOB SUAS de Camila Gomes Quinonero, Carlos Takeo Ishikawa, Rosana Cristina Januário Nascimento e Rosimeire Aparecida Mantovan, publicado pela Revista O social em Questão, Ano XVII - nº 30 – 2013.

7 Informações e conceitos retirados do Plano Nacional de Assistência Social. Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/politica-e-nobs

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22A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

2 . 3 Q UA D R O D O R E S U M O h I ST ó R I CO DA P NA S N O B R A S I L

• ATÉ 1988: a Assistência Social era entendida enquanto caridade,filantropia, assistencialismo. Em 1988: A Constituição Federal reconhece a assistência social como Política Pública.

•1993:PUBLICAÇÃODALOAS–LEIORGÂNICADAASSISTÊNCIASOCIAL, em 07 de dezembro de 1993. Inicia-se o processo de construção da gestão pública e participativa da assistência social através de conselhos deliberativos e paritários nas esferas federal, estadual e municipal.

• 1997: EDITADAA NORMA OPERACIONAL BÁSICA (NOB) queconceitua o sistema descentralizado e participativo, amplia o âmbito de competência dos governos Federal, municipais e estaduais e institui a exigência de Conselho, Fundo e Plano Municipal de Assistência Social para o município poder receber recursos federais.

•1998:NOVAEDIÇÃODANOBdiferenciaserviços,programaseprojetos;amplia as atribuições dos Conselhos de Assistência Social; e cria os espaços de negociação e pactuação – Comissões Intergestora Bipartite e Tripartite, que reúnem representações municipais, estaduais e federais de assistência social.

•2004:APÓSAMPLAMOBILIZAÇÃONACIONAL,FOIEDITADAAPNAS – Política Nacional de Assistência Social.

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23M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

•2005:APRESENTADAPROPOSTADANOB2005,apósamplodebateem seminários municipais e estaduais. A versão final foi aprovada no dia 14 de julho em reunião do CNAS. A partir de agosto o SUAS – Sistema Único de Assistência Social virou realidade.

•2011:SANCIONADAALEI12.435/2011pelapresidentaDilmaRousseff,em 06/07/11, que institui o Sistema Único de Assistência Social (Suas).

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24A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

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25M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

3 . O S I ST E M A Ú N I CO D E A SS I ST Ê N C I A S O C I A L – S UA S 8

O SUAS – Sistema Único de Assistência Social é o modelo de gestão utilizado no Brasil para operacionalizar a Política Nacional de Assistência Social. Implantado em 2005 em todo o território nacional, o SUAS tem como objetivo proporcionar às famílias em situação de vulnerabilidade ou em risco social e pessoal, garantias de maior acesso aos programas sociais.

É caracterizado pela gestão compartilhada e pelo co-financiamento pelos três entes federados, ou seja, os recursos para execução dos programas, projetos e serviços do SUAS são provenientes dos orçamentos da União, Estados e Municípios. A fiscalização e o controle social das ações é exercido através dos Conselhos Municipais, Conselhos Estaduais e do Conselho Nacional de Assistência Social, órgãos deliberativos e fiscalizadores, compostos paritariamente entre representantes do poder público e da sociedade.

No SUAS, as ações assistenciais são organizadas tendo como referência o território onde as pessoas vivem, com as suas diferenças regionais, carências e potencialidades. Os programas, serviços e projetos devem ser desenvolvidos junto às localidades com maior vulnerabilidade social.

O atendimento não é mais segmentado, mas atende a família como um todo. Assim, as ações não são mais voltadas para indivíduos isoladamente (criança, idoso, pessoa com deficiência), mas sim para a família e seus membros, devendo promover o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, a autonomia e o protagonismo de seus membros. 8 Conceitos e informações retiradas do site

da Secretaria do Desenvolvimento Social de São Paulo. Disponível em: http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/assistencia_sistema

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26A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

O SUAS é constituído pelo conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios no âmbito da assistência social, prestados diretamente pelo poder público ou através de convênios com entidades de assistência social.

3 . 1 N í V E I S D E P R OT E ÇÃ O D O S UA S

No SUAS, as ações assistenciais são organizadas por eixos de Proteção Social: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial.

3.1.1 Proteção Social BáSica9

A Proteção Social Básica é o eixo de atuação do SUAS voltado à população em situação de vulnerabilidade social.

As vulnerabilidades sociais são situações de fragilidade em decorrência da pobreza, ausência de renda, falta de acesso aos serviços públicos, discriminações por idade, raça, gênero ou por deficiências, dentre outras.

Tem como objetivos a prevenção das situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

As ações deste eixo devem garantir o direito à convivência familiar e comunitária e contribuir para o processo da autonomia e da emancipação social da família. As articulações entre os programas de transferência de renda e os serviços sócio-assistenciais que serão pormenorizados mais adiante objetivam criar maiores oportunidades e ampliar as possibilidades de desenvolvimento das famílias, levando-as a não precisarem mais do benefício, ou seja, emancipá-las.

9 Informações e conceitos retirados do site da Secretaria de Desenvolvimento Social de São Paulo. Disponível em: http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/assistencia_basica

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27M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

Então tem-se que:

Proteção Social BáSica

•Objetivo:

Prevenir situações de risco desenvolvendo potencialidades e aquisições; fortalecendo vínculos familiares e comunitários.

•Público:

Famílias e indivíduos que vivem em condição de vulnerabilidade social pobreza; com privação ou ausência de renda e/ou precário ou nulo acesso aos serviços públicos;

Famílias e indivíduos que apresentem fragilização de vínculos afetivos relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).

A Proteção Social Básica tem como porta de entrada do Sistema Único da Assistência Social os Centros de Referência de Assistência Social - CRAS.

O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é uma unidade pública municipal, integrante do SUAS, localizado em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinado à prestação de serviços socioassistenciais de proteção social básica às famílias e indivíduos. O CRAS atua na articulação dos serviços de assistência existentes no seu território de abrangência desenvolvendo uma atuação intersetorial na perspectiva de potencializar a proteção social no município.

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28A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

3.1.2 Proteção Social eSPecial10

É a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação trabalho infantil, entre outras.

São situações que requerem acompanhamento individual e maior flexibilidade nas soluções protetivas. As medidas e ações da Proteção Social Especial comportam encaminhamentos monitorados, apoios e processos que assegurem qualidade na atenção protetiva e efetividade na reinserção almejada.

Os serviços de proteção especial têm estreita interface com o sistema de garantia de direitos, exigindo muitas vezes uma gestão mais complexa e compartilhada com o Sistema de Justiça, Conselhos Tutelares, Ministério Público, Varas de Infância e Juventude, Defensoria Pública e demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos.

A proteção social especial está hierarquizada em Proteção Social Especial de Média Complexidade e Proteção Social Especial de Alta Complexidade, de acordo com o grau de especialização exigido no atendimento.

A Média Complexidade diz respeito aos serviços que oferecem atendimento às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas que ainda mantém a convivência e o vínculo com suas famílias.

Ações de Média Complexidade requerem maior estruturação técnico-operacional e atenção especializada e individualizada com um acompanhamento sistemático e monitorado, tais como:

• Serviço de orientação e apoio sociofamiliar;

• Plantão social;

• Abordagem de rua;

• Cuidado domiciliar;

10 Informações e conceitos retirados do site da Secretaria de Desenvolvimento Social de São Paulo. Disponível em: http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/assistencia_especial

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29M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

• Serviço de habilitação e reabilitação na comunidade das pessoas com deficiência;

• Medidas socioeducativas em meio-aberto (PSC e LA).

A Proteção Social de Média Complexidade tem como portas de entrada do Sistema Único da Assistência Social os CREAS – CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTENCIA SOCIAL .

O CREA é a unidade pública de referência da Proteção Social Especial que articula, coordena e opera a referência e contra-referência com a rede de serviços socioassistenciais e com as demais políticas públicas e Serviços de Garantia de Direitos.

A equipe técnica do CREAS deve ser composta por assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, advogados, educadores sociais, auxiliares administrativos e estagiários.

Exemplos de serviços prestados pelo CREAS:

• Serviço de Enfrentamento à violência, abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes;

• Serviço de Orientação e Apoio Especializado a Indivíduos (crianças, adolescentes, jovens, mulheres, idosos, etc) e Famílias com seus Direitos Violados;

• Serviço de Orientação e Acompanhamento a Adolescentes em Cumprimento de Medida Sócio-Educativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade;

• Atendimento às famílias inseridas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.

A Alta Complexidade se refere aos serviços que oferecem atendimento

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30A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

às famílias e indivíduos com uma grave violação de direitos, em que a convivência e o vínculo familiar foram rompidos, com necessidade de abrigamento e proteção integral.

Moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário, são exemplos de situações categorizadas como de alta complexidade

Nesse sentido, as Ações de Alta Complexidade requerem maior estruturação técnico-operacional e atenção especializada e individualizada com um acompanhamento integral, tais como:

• Atendimento Integral Institucional;

• Casa Lar;

• República;

• Casa de Passagem;

• Albergue;

• Família Substituta;

• Família Acolhedora;

• Medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade (semi-liberdade, internação provisória e sentenciada);

• Trabalho protegido.

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31M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

3 . 2 S E RV I ÇO S S O C I OA SS I S T E N C I A I S

O CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social, através da Resolução nº 109 de 11 de novembro de 2009, aprovou a TIPIFICAÇÃO NACIONAL DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS, que estabelece as bases para a padronização de serviços e equipamentos físicos no SUAS, sendo:

Proteção Social BáSica

1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF);

2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos;

3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pes-soas com Deficiência e Idosas.

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1. Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famí-lias e Indivíduos (PAEFI);

2. Serviço Especializado em Abordagem Social;

3. Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimen-to de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestações de Serviço à Comunidade (PSC);

4. Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias;

5. Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.

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DE 6. Serviço de Acolhimento Institucional;

7. Serviço de Acolhimento em República;

8. Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora;

9. Serviço de Acolhimento em situações de calamidade pública e de emergências.

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32A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

3 . 3 I N STÂ N C I A S D E A RT I C U L AÇÃ O , N E G O C I AÇÃ O E PAC T UAÇÃ O

São espaços de participação aberta, com função propositiva nos âmbitos federal, estadual, municipal, podendo ser instituídos em âmbito regionalizado. São constituídos por organizações governamentais e não governamentais, com a finalidade de articular, conselhos; união de conselhos; fóruns estaduais, regionais ou municipais e associações comunitárias, entre outros.11

O processo de gestão do Sistema Único da Assistência Social (Suas) conta com instâncias de pactuação: a Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e as Comissões IntergestoresBipartite (CIB).

A CIT - Comissão Intergestores Tripartite é um espaço de articulação e expressão das demandas dos gestores federais, estaduais e municipais. Ela negocia e pactua sobre aspectos operacionais da gestão do Suas.

A CIT é constituída pelas três esferas que compõem o Suas: pela União, representada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS); pelos estados e Distrito Federal, representados pelo Fórum Nacional de Secretários de Estado de Assistência Social (Fonseas); e pelos municípios, representados pelo Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas).

Entre as principais funções da CIT estão:

• Pactuar estratégias para implantação e operacionalização;

• Estabelecer acordos sobre questões operacionais da implantação dos serviços, programas, projetos e benefícios;

• Atuar como fórum de pactuação de instrumentos, parâmetros, mecanismos de implementação e regulamentação;

• Pactuar os critérios e procedimentos de transferência de recursos para cofinanciamentos; entre muitas outras.

11 Informações e conceitos obtidos no site do Ministério do Desenvolvimento Social. Disponível em: https://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/gestao-do-suas/comissoes-intergestores

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33M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

A Comissões Intergestores Bipartite - CIB - consiste na instância estadual destinada à interlocução de gestores, constituída por representantes do estado, indicados pela Secretaria Estadual de Assistência Social ou congênere, e por representantes dos municípios, indicados pelo Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas), que representam os interesses e as necessidades do estado, referentes à assistência social.

A CIB, como instância na qual se concretiza a gestão compartilhada do SUAS em âmbito estadual, deve pactuar a operacionalização da gestão e organização do sistema, definindo estratégias para implementar a oferta de serviços e benefícios em âmbito estadual.

3 . 4 R E P R E S E N TAÇÃO DA S I N STÂ N C I A S F E D E R AT I VA S D O S UA S NA CO M I SSÃ O I N T E R G E S TO R E S T R I PA RT I T E

MiNiStÉrio Do DeSeNVolViMeNto Social e coMBate À FoMe (MDS)

O MDS é o órgão da União responsável pela coordenação do Suas. Na CIT, está representado pela Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS).

o FÓrUM NacioNal De SecretárioS De eStaDo De aSSiStÊNcia Social (FoNSeaS)

O Fonseas é formado pelos gestores estaduais e do Distrito Federal de assistência social. É um importante mecanismo na gestão colegiada da Política Nacional de Assistência Social, pois tem como objetivo o fortalecimento da participação dos estados na definição dessa política pública.

12 Informações e conceitos obtidos no site do Ministério do Desenvolvimento Social. Disponível em: https://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/gestao-do-suas/comissoes-intergestores

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34A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

o coleGiaDo NacioNal De GeStoreS MUNiciPaiS De aSSiStÊNcia Social (coNGeMaS)

O Congemas representa os municípios brasileiros junto ao Governos Federal e Estaduais. Seu objetivo é fortalecer a representação municipal nos conselhos, comissões e colegiados de assistência social em todo o Brasil.

3 . 5 I N STÂ N C I A S D E A RT I C U L AÇÃ O , N E G O C I AÇÃ O E PAC T UAÇÃ O , E D E L I B E R AÇÃ O D O S UA S

São instâncias descentralizadas de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, que atuam como espaços de decisão, financiamento e controle social, como:

Conselhos de Assistência Social, que têm suas competências definidas na LOAS e complementadas por legislação específica. No âmbito da Política os Conselhos visam à participação popular na gestão e à inclusão do usuário como sujeito , na perspectiva da democratização das decisões sobre conteúdos e padrões de atendimento dos serviços, programas, projetos e benefícios assistenciais.

3.5.1 coNSelho NacioNal De aSSiStÊNcia Social

Órgão superior de deliberação colegiada, instituído pela LOAS/93, com caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, representada por usu- ários (as) ou suas organizações, entidades e organizações de assistência social e trabalhadores (as) do setor. Vincula-se à estrutura do MDS.

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35M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

3.5.2 coNSelho eStaDUal De aSSiStÊNcia Social

Em Minas Gerais é instituído pela Lei nº 12.262, de 23 de julho de 1996, é uma instância de deliberação do sistema descentralizado e participativo de assistência social, denominado Sistema Único de Assistência Social - SUAS, de caráter e composição paritária entre Governo e Sociedade Civil e vinculado à Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social.

3.5.3 coNSelho MUNiciPal De aSSiStÊNcia Social

Instituído pela LOAS e regulamentado pelos municípios, discute, estabelece normas e fiscaliza a prestação de serviços sociais públicos e privados no Município.

Os conselhos devem ser compostos por um número par de conselheiros, sendo que, para cada conselheiro representante do Estado, haverá um representante da sociedade civil (exemplo: se um conselho tiver 14 conselheiros, sete serão representantes do Estado e sete representarão a sociedade civil).

Funções dos Conselhos de Assistência Social:

• Acompanhar a chegada do dinheiro e a aplicação da verba para os programas de assistência social. Os programas são voltados para as crianças (creches), idosos, portadores de deficiências físicas.

• O conselho aprova o plano de assistência social feito pela prefeitura.

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36A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Em geral, os conselhos expressam o conteúdo das suas decisões por meio de: Deliberações É um ato administrativo de controle que pode ser realizado antes ou depois da ação. Por exemplo, pode-se aprovar o Plano municipal e estadual de Assistência Social. A aprovação confere eficácia ao praticado. Recomendações é uma manifestação opinativa, pela qual os órgãos consultivos da Administração expressam o seu entendimento sobre assuntos de cunho técnico ou jurídico.

3 . 6 CO N F E R Ê N C I A S

Com atribuição de avaliar a Política de Assistência Social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do SUAS.12

De acordo com inciso VII do art. 2º do Regimento Interno do Conselho Nacional de Assistência Social, aprovado pela Resolução CNAS nº 6, de 9 de fevereiro de 2011, entre outras competência, tem a atribuição para convocar ordinariamente a cada 4 (quatro) anos, ou extraordinariamente, a Conferência Nacional de Assistência Social, com objetivo de avaliar a situação da Assistência Social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema.

Desde sua criação, o Conselho vem realizando as Conferências Nacionais, na forma do previsto na Lei Orgânica da Assistência Social e Regimento Interno.

Acesse o link com todas as atas e deliberações das Conferências Nacionais já realizadas: http://www.mds.gov.br/cnas/conferencias-nacionais

12 Informações obtidas através do site do Ministério do Desenvolvimento. Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/conferencias-nacionais

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37M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

3 . 7 E S PAÇO S D E CO N T R O L E DA A SS I ST Ê N C I A S O C I A L

coNSelhoS SetoriaiS: representam um espaço de discussão, deliberação e concretização de direitos universais, formador de opinião pública, onde são tomadas decisões relativas às políticas setoriais, com reconhecimento do poder público.

coNSelhoS GeStoreS: estão presentes nas três esferas de governo, e representam a possibilidade de uma intervenção autônoma da população na gestão das políticas públicas. Têm caráter deliberativo e permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil.

coNSelhoS De DireitoS: instâncias de deliberação voltadas à concretização de políticas públicas para segmentos específicos (idosos, crianças e adolescentes), articulando-as à realidade desses segmentos.

FÓrUNS: espaços de debates e articulações que problematizam aspectos da realidade, apresentando considerações e propostas na esfera pública, privilegiando a participação popular.

oUViDoriaS: cumprem importante papel no registro e atendimento às demandas e necessidades da população, subsidiando gestores na prestação de serviços de interesse público com qualidade.

MoViMeNtoS SociaiS: ações coletivas de caráter sociopolítico, construídas por atores sociais de diferentes classes e camadas sociais, que politizam suas demandas e criam um campo político de força social na sociedade civil (GOHN, 1995).

SiNDicatoS e orGaNiZaçÕeS De traBalhaDoreS: com base na defesa de direitos e da justiça social, colaboram na construção de um projeto de sociedade voltado ao enfrentamento das desigualdades sociais e problematizam as questões essenciais à reprodução social nos diversos territó- rios e contextos culturais.

coNFerÊNciaS: têm o objetivo de avaliar a operacionalização da

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38A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Assistência Social e propor diretrizes para seu aperfeiçoamento. Acontecem periodicamente nas três esferas de governo.

3 . 8 CO N T R O L E S O C I A L D O S CO N S E L h O S 1 3

Os conselhos gestores de políticas públicas são canais efetivos de participação, que permitem estabelecer uma sociedade na qual a cidadania deixe de ser apenas um direito, mas uma realidade.

A importância dos conselhos reside justamente no seu papel de fortalecimento da participação democrática da população na formulação e implementação de políticas públicas.

Nesse contexto, o controle social feito pelos conselhos acontece pela discussão, análise, acompanhamento e aprovação de dois instrumentos de planejamento da política pública: os planos de assistência social e o orçamento correspondente. O controle social pode ser feito individualmente, por qualquer cidadão, ou por um grupo de pessoas.

As audiências públicas são espaços importantes para que esta discussão não fique só entre o os conselhos de assistência social e o gestor. Elas permitem abrir o diálogo com os fóruns da sociedade civil e com os outros conselhos, como da saúde, criança e adolescente, segurança alimentar, idoso.

13 Informações e conceitos retirados do site do Portal de Transparência do Governo Federal. Disponível em: http://www.portaldatransparencia.gov.br/controlesocial/ConselhosMunicipaiseControleSocial.asp

14 Informações obtidas no site do Ministério do Desenvolvimento do Governo Federal. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/SUAS_Vol3_planos.pdf

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3 . 9 I N ST R U M E N TO S D E G E STÃ O D O S UA S

3.9.1 PlaNo De aSSiStÊNcia Social14

O Plano de Assistência social é um instrumento: técnico, político e operacional, que organiza, regula e norteia a execução da Política de Assistência social e define as ações prioritárias a serem desenvolvidas, elabora do pelo gestor e deliberado pelo Conselho de Assistência Social.

Diz-se que é um planejamento estratégico, dirigido para a implantação de um sistema de ações articuladas, sistemáticas, contínuas, com direção definida e comando Único; referência capaz de viabilizar a inserção da Política de Assistência social no sistema de planejamento global a que se refere referência capaz de possibilitar a oferta dos serviços socioassistenciais conforme as reais necessidades das famílias e indivíduos.

O Plano de Assistência Social é elaborado para o prazo de uma administração, estabelecendo diretrizes, metas e ações, que deverão ser realizadas durante esse período. E deve ser desdobrado, anualmente, em Plano de Ação.

Dessa forma, o gestor público deve atentar-se aos seguintes pontos na elaboração do Plano de Assistência Social:

• O Plano de Assistência Social não é peça meramente técnica, mas instrumento essencialmente político para a construção de políticas públicas em contextos de vulnerabilidades e desigualdades que se expressam no cotidiano de vida das populações;

• O ponto de partida para a elaboração de um bom plano é a apropriação da realidade nas suas expressões dinâmicas e multifacetadas, que adquirem significado quando desveladas em suas múltiplas articulações e em sucessivas aproximações;

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•O conhecimento da realidade é processo a ser tecido em muitas mãos e a partir de distintos olhares, devendo envolver, portanto, a participação de atores estatais e não estatais, dos governos e da sociedade civil, em um exercício democrático de construção de um conhecimento que possa ser referência para o debate sobre prioridades e conteúdos que informarão o Plano;

• A abordagem territorial é referência inovadora tanto para a construção de estudos e conhecimentos da realidade social, quanto para a produção das respostas que o Plano de Assistência Social deve produzir no âmbito do SUAS;

•Diante da complexidade da realidade social, é condição indispensável para a formulação do PMAS a articulação da assistência social com as várias políticas setoriais, na perspectiva de superar fragmentações e buscar recompor a totalidade das análises e intervenções;

• O reconhecimento da rede prestadora de serviços, nos diversos territórios é pré-requisito ao planejamento, devendo ser analisada em face às demandas sociais, quanto à natureza das atenções oferecidas, cobertura e padrões de qualidade;

• A definição de diretrizes, prioridades, objetivos, metas, recursos financeiros e humanos, bem como os processos e procedimentos de monitoramento e avaliação são os elementos centrais do Plano de Assistência Social.

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3.9.2 GeStão Da iNForMação

A gestão da informação é um dos instrumentos imprescindíveis para consolidação do SUAS e tem como objetivo produzir condições estruturais para as operações de gestão, monitoramento e avaliação do SUAS.

Com a gestão da informação é possível produzir, registrar e disseminar a informações relevantes, racionalizar os processos e fluxos necessários à tomada de decisão e torná-las públicas quando relevantes ao exercício do controle social da Política de Assistência social.

Os aplicativos da RedeSuas operam a gestão dos dados e dos fluxos de informação do SUAS, utilizando a produção, o armazenamento, a organização, a classificação e disseminação de dados, possibilitando o monitoramento e avaliação.

Os aplicativos abarcam as áreas de gestão, ao financiamento e a controle social da política, ou seja, demonstram o processo de organização do SUAS.

3.9.3 SUaS WeB

Registra as informações relativas: a) ao Plano de Ação Anual; b) ao Demonstrativo sintético Físico Financeiro para gestores com saldos, C/C, beneficiários do BPC, parcelas pagas, contendo ordem bancária, data do pagamento, etc. Comporta o sistema de Gerenciamento do Programa de erradicação do trabalho Infantil (SISPETI) e Carteira do Idoso.

3.9.4 GeoSUaS

Resulta da integração de dados e mapas que servem de base à construção de indicadores. Desenvolvido com a finalidade de subsidiar a tomada de decisão no processo de gestão da Política de Assistência social.

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3.9.5 caDSUaS

Sistema que coleta, processa e geri dados sobre a rede socioassistencial, órgãos governamentais, conselhos, fundos, trabalhadores do SUAS e outros dados cadastrais necessários a gestão do sistema

3.9.6 SiSFaF

Registra as informações relativas aos procedimentos de repasse de recursos do FNAS E FEAS para os fundos municipais. Operacionaliza os repasses por intermédio de transferências automatizadas de arquivos para o SIAFI.

3.9.7 SiGcoM

Sistema de Gestão de convênio ou instrumento similar destinados ao cofinanciamento estadual dos serviços socioassistenciais.

3.9.8 SiScoN

Registra as informações relativas ao gerenciamento de convênios operados pelo FNAS, acompanhando todo o trâmite desde o preenchimento dos planos de trabalho, formalização do convênio e prestação de contas.

3.9.9 iNFoSUaS

Sistema espelho das operações do SUASWEB e dos sistemas de gestão financeira (SISFAF E SIAORC). Aberto à população, é ferramenta fundamental para a ação do controle social e para a transparência da gestão da Política de Assistência social, na medida em que: disponibiliza informações sobre os repasses financeiros do FNAS para os FAS, classificando os repasses pelos serviços da PSB e PSE (de alta e média complexidade) por regiões, estados e municípios. Permite acesso à base de dados dos pagamentos

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M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

realizados em anos anteriores, hierarquizados pelos tipos de intervenção organizadas no período.

3.9.10 SicNaSWeB

Sistema de gestão de processos do CNAS. Tem como finalidade inscrever e cadastrar entidades com o intuito de fornecer diversos documentos como certificados, certidões, entre outros. Além disso, permite a racionalização do trabalho interno do CNAS, na medida em que agiliza o trâmite de processos e documentos, a publicação de decisões do plenário facilita também o controle social sobre esses procedimentos e a gestão de eventos e conferências.

3 . 1 0 M O N I TO R A M E N TO E AVA L I AÇÃ O D O S UA S

O monitoramento e avaliação são medidas quantitativas ou qualitativas usados para quantificar ou operacionalizar a gestão do SUAS. São produzidos regularmente, com base em diferentes fontes de dados, que dão aos gestores informações regulares sobre o desempenho dos programas e das políticas, permitindo verificar se os objetivos e as metas estão sendo alcançados.

Monitoramento é o acompanhamento contínuo, cotidiano, dos gestores e gerentes, do desenvolvimento dos serviços, programas, projetos, benefícios e das políticas em relação a seus objetivos e metas.

É uma função inerente à gestão com capacidade de gerar informações aos gestores, possibilitando executar ajustes necessários para melhoria de sua operacionalização. É realizado por meio de indicadores, construídos a partir de diversas fontes de dados a fim de disponibilizar aos gestores informações sobre o desenvolvimento das ações implantadas.

Esse procedimento possibilita verificar em que medida os objetivos e metas das ações monitoradas estão sendo atingidos.

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44A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

O monitoramento pode ser nacional, estadual e municipal.

• O nacional consiste no conjunto de indicadores, que permitem acompanhar a qualidade e o volume de oferta dos serviços de PSB e PSE, assim como o desempenho da gestão.

•O estadual conjuga a captura e verificação de informações in loco e a utilização de dados secundários, fornecidos pelos indicadores do sistema nacional e estadual de informação do SUAS, bem como de evidencias.

•O municipal deve basear-se, prioritariamente, na captura e verificação de informações in loco, junto às unidades da rede socioassistencial pública e conveniada.

A atividade de monitoramento, principalmente no que se refere à mensuração e acompanhamento da qualidade e do volume dos serviços ofertados, deve ocorrer de forma integrada com a Vigilância Social, a quem compete acompanhar a observância dos padrões de qualidade na oferta dos serviços socioassistencias e analisar a adequação entre a oferta de serviços e as necessidades de proteção social da população.

a avaliação é realizada por meio de estudos específicos que analisam aspectos como relevância, eficácia, eficiência, efetividade, resultados, impactos de programas e políticas.

Geralmente, são realizadas por instituições externas, tendo como características: eficácia: grau em que se alcançam objetivos e metas do projeto na população beneficiaria em determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados.

São elementos básicos das avaliações:

•A meta e o tempo.

• Eficiência, aspectos financeiros, o recurso destinado deve ter o menor custo possível, atingindo maior número de beneficiados.

•A efetividade:Avaliação do impacto social produzido através do cálculo entre resultados e objetivos.

15 Informações obtidas no site da Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais. Disponível em: http://www.social.mg.gov.br/material/page/487-instrumetnos-de-gestao

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M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

3 . 1 1 R E L ATó R I O A N UA L D E G E STÃ O 15

O Relatório de Gestão deverá avaliar o cumprimento das realizações, dos resultados ou dos produtos obtidos em função das metas prioritárias estabelecidas no Plano de Assistência Social e consolidado em um Plano de Ação Anual.

Ademais, avalia também a aplicação dos recursos em cada esfera de governo em cada exercício anual, sendo elaborado pelo Gestor e submetido ao Conselho de Assistência Social.

O Relatório de Gestão destina-se a sintetizar e divulgar informações sobre os resultados obtidos e sobre a probidade dos gestores do SUAS às instâncias formais do SUAS, ao Poder Legislativo, ao Ministério Público e à sociedade como um todo. Sua elaboração compete ao respectivo gestor do SUAS, mas deve ser obrigatoriamente referendado pelos respectivos conselhos.

Na elaboração do relatório deve ser considerados os seguintes requisitos:

•Clareza e objetividade;

•Os objetivos, as diretrizes e as metas do PAS, onde é recomendado que a apresentação seja formulada de acordo com os eixos adotados no PAS (Gestão, PSB, PSE, informação e monitoramento e rede);

•As ações e metas anuais definidas e alcançadas no PAS;

•Os recursos orçamentários previstos e executados;

• As observações específicas relativas às ações programadas;

•A análise da execução do PAS, a partir das ações e metas, tanto daquelas estabelecidas, quanto das não previstas; e

•As recomendações para o PAS do ano seguinte e eventuais ajustes no PAS vigente.

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46A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Para mais informações sobre a elaboração do Relatório Anual de Gestão consultar:

• Lei Orgânica da Assistência Social – n° 8.742/1993 – Lei n° 12.435/2011 e alterações;

•Decreto nº 7.788 / 15/08/2012;

•Política Nacional de Assistência Social – PNAS;

•Norma Operacional Básica do SUAS 2005 – NOB/SUAS-2005;

• Manual Técnico de Orçamento – MTO, publicado anualmente pela Secretaria de Orçamento e Finanças (SOF) disponível: www. portalsof.planejamento.gov.br;

•Caderno SUAS – Financiamento da Assistência Social no Brasil – MDS/Secretaria Nacional de Assistência Social;

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M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

4 . O R ÇA M E N TO DA A SS I ST Ê N C I A S O C I A L 1 6

O financiamento da política de assistência social é detalhado no processo de planejamento através do Orçamento plurianual e anual, que expressa a projeção das receitas e autoriza os limites de gastos nos projetos e atividades propostos pelo órgão gestor e aprovados pelos conselhos, com base na legislação, nos princípios e instrumentos orçamentários e na instituição de fundos de assistência social, na forma preconizada pela LOAS e pela Lei 4.320/64.

Os instrumentos de planejamento orçamentário na administração pública se desdobram no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual.

PPa

expressa o planejamento das ações governamentais de médio prazo e envolve quatro exercícios financeiros, tendo vigência do segundo ano de um mandato até o primeiro ano do mandato seguinte.

lDo

define as prioridades, metas e estabelece estimativas de receita e limites de despesa a cada ano, orientando a elaboração da Lei Orçamentária Anual.

16 Informações retiradas do site da Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais. Disponível em: http://www.social.mg.gov.br/material/page/487-instrumetnos-de-gestao

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48A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

loa

explicita as prioridades e as possibilidades de gasto em rubricas de receita e despesa para o ano respectivo, identificando os benefícios tributários, financeiros e creditícios. É composta pelo Orçamento Fiscal, que compreende os fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta e as fundações públicas; pelo Orçamento de Investimentos das Estatais, nas empresas em que o poder público detenha maioria do capital social com direito a voto; e pelo Orçamento da Seguridade Social, que congrega as Políticas de Saúde, de Previdência e de Assistência Social, abrangendo todas as entidades e órgãos a elas vinculados, seja da administração direta ou indireta, os fundos e fundações públicas.

A Lei Orçamentária Anual apresenta a seguinte organização:

•o orçamento fiscal: referente aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,seusfundos,órgãoseentidadesdaAdministraçãoPúblicadireta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidos pelo Poder Público e as empresas estatais dependentes;

•o orçamento da seguridade social: instituído pela CF/88. Abrange a saúde, a previdência social e a assistência social.

•orçamento de investimento: referente às empresas em que o ente público, direta ou indiretamente, detém a maioria do capital social com direito a voto.

Para efetivamente expressarem o conteúdo da PNAS e do SUAS, tais instrumentos de planejamento público deverão contemplar a apresentação dos programas e das ações, em coerência com os Planos de Assistência Social, considerando os níveis de complexidade dos serviços, programas, projetos e benefícios, alocando-os como sendo de proteção social básica e proteção

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M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

social especial de média e, ou, de alta complexidade.

Além disso, o orçamento da assistência social deverá ser inserido na proposta de Lei Orçamentária na função da assistência social, sendo os recursos destinados às despesas correntes e de capital relacionadas aos serviços, programas, projetos e benefícios governamentais e não-governamentais alocados nos Fundos de Assistência Social (constituídos como unidades orçamentárias) e aqueles voltados às atividades meio, alocados no orçamento do órgão gestor dessa política na referida esfera de governo.

4 . 1 P L A N O D E C E NA L

O Plano Decenal tem por objetivos:

•Implantar o SUAS em todo território nacional;

•Criar bases legais e normativas para assegurar a institucionalidade da política, sua especificidade e rol de ofertas, o comando único e o modo de funcionamento;

• Implantar a vigilância socioassistencial e construir referências conceituais, instrumentos e indicadores que permitissem monitorar, avaliar e planejar a política;

• Imprimir uma nova lógica no cofinanciamento: reordenar práticas históricas, adotar ritos de pactuação e aproximar o cofinanciamento das demandas da população e dos custos para oferta.

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50A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Dentre as estratégias, o Plano Decenal visa profissionalizar a atenção da assistência social; incrementar a intersetorialidade, como estratégia frente à complexidade das questões atendidas; ampliar acesso aos Benefícios socioassistenciais; além de regulamentar benefícios eventuais.

No dia 18/05/2016, foi aprovado o II Plano Nacional de Assistência Social, que compreende o período 2016-2026.

Link do II Plano Nacional de Assistência Social:

http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/resolucoes/arquivos-2016/resolucao-cnas-n-7-3.pdf/download

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4 . 2 P L A N E JA M E N TO E G E STÃ O O R ÇA M E N TÁ R I A E F I NA N C E I R A D O S UA S

4.2.1 PlaNejaMeNto17

Inicialmente, são identificadas, através do mapeamento, as responsabilidades realizadas ou não pelo ente, conforme estágio de organização da gestão e oferta dos serviços socioassistenciais.

Em seguida, dá-se início à Etapa de efetivo planejamento das ações relacionadas com as responsabilidades apontadas no mapeamento. As ações serão geradas automaticamente pelo sistema e as atividades que detalham a sua execução serão cadastradas pelo ente, indicando metas, prazos de realização e previsão orçamentária.

4.2.2 PlaNejaMeNto reGioNal

A regionalização deverá ser planejada em conjunto entre estado e município, precedida de um diagnóstico regional sobre a incidência das situações de risco e violação de direitos e oferta de serviços na região.

Etapas:

•Diagnóstico para identificar existências de demandas e prioridades na região;

•Identificação e localização da rede de serviços socioassistenciais;

•Pactuação na CIB estadual;

•Instituição da Comissão da CIB regional;

•Elaboração de um Plano na Regionalização.

17 Informações retiradas do site: http://congemas.org.br/basehistorica/apresentacao/95730991708114.pdf

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4.2.3 FUNDo De aSSiStÊNcia Social18

Fundo é um conjunto de recursos públicos voltados para atender direitos específicos da população, como educação, saúde, assistência social, dentre outros, conforme o caso.

No artigo 30 da LOAS -Lei Orgânica de Assistência Social foi determinado que a União só repassará recursos financeiros para a assistência social nos municípios se estes tiverem:

•Um Conselho, em pleno funcionamento;

•Um Fundo Municipal de Assistência Social;

•Um Plano de assistência social.

Além disso, o Município tem que prever no seu orçamento uma cota de cofinanciamento, ou seja, quanto o município vai repassar para o seu próprio Fundo Municipal de Assistência Social.

A Prefeitura Municipal também deve repassar recursos todo mês ao Fundo, à título de cofinanciamento da assistência social, conforme Lei nº 8.742/93, art. 15 e art. 30, parágrafo único.

O Fundo Municipal de Assistência Social terá prestação de contas própria, separada da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Assistência Social.

18 Informações retiradas do site: http://www.mabre.com.br/entendendo-o-fundo-municipal-de-assistencia-social/

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M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

iMPortaNte!

QUaDro reSUMo – coNDiçÕeS Para rePaSSeS De recUrSoS FeDeraiS aoS MUNicÍPioS

O artigo 30 da LOAS estabelece como condição para os repasses de recursos aos municípios, estados e Distrito Federal a criação e funcionamento de:

•ConselhodeAssistênciaSocial,decomposiçãoparitáriaentregoverno e sociedade civil;

• Fundo deAssistência Social, com orientação e controle dosrespectivos Conselhos de Assistência Social; e

• Plano de Assistência Social. Foi determinada, ainda, comocondição para transferência de recursos do FNAS aos estados e municípios a comprovação de recursos próprios destinados à assistência social, alocados em seus respectivos fundos de assistência social.

Esse dispositivo reafirma a importância do cofinanciamento dos serviços e programas, que se efetua por meio de transferências automáticas entre os fundos de assistência social e de alocação de recursos próprios nesses fundos nas três esferas de governo.

Além disso, a LOAS prevê que os estados e municípios responsáveis pela utilização dos recursos dos fundos de assistência social devem exercer o controle e o acompanhamento dos serviços e programas por meio dos respectivos órgãos de controle.

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4 . 3 F I NA N C I A M E N TO DA P O L í T I CA NAC I O NA L D E A SS I ST Ê N C I A S O C I A L 1 9

Conforme previsto pela Constituição Federal, as políticas públicas da Segu-ridade Social – o que inclui as da assistência social – devem ser financiadas com a participação de toda a sociedade, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, do Distrito Federal, dos estados e municípios e das diversas contribuições sociais.

Os recursos federais do cofinanciamento da assistência social são alocados no Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). Por sua vez, os recursos do Distrito Federal e dos estados e municípios para o cofinanciamento são alocados, respectivamente, no Fundo de Assistência Social do Distrito Fe-deral (FAZ/DF) e nos Fundos Estaduais e Municipais de Assistência Social, constituídos como unidades orçamentárias.

A NOB SUAS/2012 ratifica o art. 30 da LOAS definindo como requisitos mínimos para que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios recebam os recursos referentes ao cofinanciamento federal, a existência do conselho de assistência social instituído e em funcionamento; o plano de assistência social elaborado e aprovado pelo conselho de assistência social; o fundo de assistên-cia social criado em lei e implantado; acrescentando a alocação de recursos próprios no fundo de assistência social.

19 Informações retiradas do site da AMM. Disponível em:http://portalamm.org.br/financiamento-do-suas/

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5 . B LO CO S D E F I NA N C I A M E N TO D O S UA S 2 0

Os recursos do cofinanciamento federal são repassados sob a lógica de pisos. Cada piso tem uma conta vinculada para execução dos serviços, o que dificulta a operacionalização financeira dos recursos dos fundos municipais ou estaduais de assistência social: são mais de dez contas específicas para serem geridas pelos fundos de assistência social.

Para tornar mais ágil a execução dos recursos, foi criado o conceito de blocos de financiamento, que visa dar maior liberdade ao gasto do recurso no mesmo nível de proteção. Por exemplo, para todos os serviços da proteção social básica haverá apenas uma conta a ser gerenciada, com a possibilidade de realocar recursos de um serviço para outro dentro do mesmo bloco.

O cofinanciamento federal de serviços, programas e projetos de assistência social e de sua gestão, no âmbito do SUAS, poderá ser realizado por meio de Blocos de Financiamento.

Os Blocos de Financiamento se destinam a cofinanciar:

•As Proteções Sociais Básica e Especial, em seu conjunto de serviços socioassistenciais tipificados nacionalmente;

•A gestão do SUAS;

•A gestão do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único; e

•Outros, conforme regulamentação específica.20 Informações retiradas do site do IBAM. Disponível em: http://www.ibam.org.br/media/arquivos/apre_capacita_gestao_financia.pdf

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56A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

O cofinanciamento dos serviços socioassistenciais se dará por meio do Bloco de Financiamento da Proteção Social Básica e do Bloco de Financiamento da Proteção Social Especial.

coNceitoS iMPortaNteS Para coMPreeNSão Da GeStão orçaMeNtária e FiNaNceira Do SUaS

1. transferência fundo a fundo: é o repasse direto de recursos de fundos da esfera federal para fundos da esfera estadual, municipal e do Distrito Federal, de modo descentralizado, dispensando a celebração de convênios. As transferências fundo a fundo são utilizadas nas áreas de assistência social e de saúde.

2. transferências Voluntárias – convênios: disciplina a transferência de recursos públicos. Tem como participantes órgãos da administração pública federal direta, autárquica ou fundacional, empresas públicas ou sociedades de economia mista que estejam gerindo recursos dos orçamentos da União para a execução de programas de trabalho, projetos, atividades ou eventos com duração definida, em regime de mútua cooperação, ou seja, com contrapartida do município, sendo ele corresponsável pela aplicação e pela fiscalização dos recursos.

É importante destacar alguns pontos sobre o modelo de transferência fundo a fundo do SUAS:

O FNAS é um fundo público de gestão orçamentária, financeira e contábil, instituído pela Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que tem como objetivo proporcionar recursos para cofinanciar gestão, serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, no qual são alocados os recursos federais destinados ao cofinanciamento das ações da política de assistência social dispostas na LOAS.

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57M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

Os repasses realizados pelo fundo são classificados em duas modalidades: transferência voluntária ou convenial e repasse fundo a fundo, sendo esta última realizada praticamente em todos os municípios e estados.

Como já fora dito anteriormente, de acordo com o artigo 30 da LOAS, as condições para realizar transferência de recursos na modalidade fundo a fundo aos municípios, estados e Distrito Federal são a criação e funcionamento do: Conselho de Assistência Social, de composição paritária entre governo e sociedade civil; Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos respectivos Conselhos de Assistência Social; Plano de Assistência Social Estadual/Municipal; Comprovação orçamentária dos recursos próprios destinados à assistência social, alocados em seus respectivos fundos de assistência social.

Dessa forma, como o SUAS é descentralizado e com responsabilidades compartilhadas, cabe à União, estados, Distrito Federal e municípios a efetiva instituição e funcionamento de fundos de assistência social, que deverão ser constituídos como unidade orçamentária e gestora, subordinados ao órgão responsável pela assistência social nas respectivas esferas de governo.

Os recursos próprios (provenientes do tesouro de cada ente) e os recebidos dos fundos de assistência de outras esferas devem, obrigatoriamente, ser alocados na unidade orçamentária própria do fundo.

5 . 1 BA S E S L E GA I S PA R A O F I NA N C I A M E N TO D O S UA S

•Constituição Federal de 1988 (arts. 195 -Seguridade Social, 203 e 204 – Assistência Social e 165 a 169 - Orçamentos)

•Lei Orgânica da Assistência Social – Lei 8.742/93

•Lei 9.604/98

•Lei 4.320/64/ Portaria 42/99/ Portaria 163/01

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58A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

•Lei 8.666/93

•Resolução CNAS nº 145/04 – PNAS;

•Resolução CNAS nº 130/05 – NOB;

•Regulações complementares: Portarias nº 440, 442 e 459/05

5 . 2 O R I E N TAÇÕ E S PA R A O S GA STO S D E R E C U R S O S NA A SS I ST Ê N C I A S O C I A L 2 1

O gestor público deve proceder à abertura de processos de pagamentos de recursos federais, com todos os documentos que comprovem a origem e a execução orçamentário-financeira do recurso. Ressalta-se ainda que, deverão estar contidos no processo, os comprovantes de despesas, contratos, convênios e licitações, com escopo de comprovar a boa e regular aplicação dos recursos. (Lei nº 4320/64, Decreto-Lei nº 200/67, Lei nº 8.666/93 e outros normativos).

Outrossim, é obrigação de todo gestor que gerencie recursos públicos, a devida guarda de todos os documentos, devendo este implementar uma política de gestão documental, observando sempre o disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991 e no Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002 e outros normativos aplicáveis a matéria.

É imperioso lembrar que o gestor municipal deverá realizar a execução os recursos em conta específica, aberta pelo FNAS, sendo vedada a sua transferência para contas distintas, salvo autorização do FNAS, podendo ser movimentados somente mediante cheque nominativo ao credor ou ordem bancária. Enquanto não utilizados na sua finalidade, devem ser obrigatoriamente aplicados em caderneta de poupança ou no mercado financeiro.

No que tange a realização de pagamentos, elucida-se que o gestor municipal deve cumprir o disposto no artigo 74, § 2º do Decreto-Lei nº 200/67

21 Informações retiradas do site da FECAM. Disponível em: http://www.fecam.org.br/arquivosbd/basico/0.255538001368457414_material_de_apoio_fnas.doc

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59M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

que preconiza a realização de pagamentos mediante emissão de ordem bancária ou cheque nominativo, contabilizado pelo órgão competente e obrigatoriamente assinado pelo ordenador da despesa e pelo encarregado do setor financeiro.

5 . 3 P R E STAÇÃO D E CO N TA S 2 2

A prestação de contas é etapa obrigatória em todos os processos de financiamento estabelecidos pelo MDS – seja por meio de transferência automática fundo a fundo ou por convênios e contratos de repasse. Caso não sejam enviadas as informações da execução dos repasses feitos no exercício anterior, o gestor poderá ser responsabilizado por omissão no dever de prestar contas. As prefeituras e governos estaduais também podem sofrer a suspensão dos recursos do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) do Programa Bolsa Família.

Municípios, estados e o Distrito Federal deverão apresentar informações, por meio do sistema Suasweb, sobre programas e serviços e sobre a utilização dos recursos federais repassados no exercício anterior, por meio do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

22 Informações obtidas através do site Portal Federativo. Disponível em: http://www.portalfederativo.gov.br/noticias/destaques/prazo-para-prestacao-de-contas-da-assistencia-social-e-prorrogado-ate-30-09

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60A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

1. Cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito local;

2. Executar os recursos federais e estaduais transferidos para a melhoria da gestão, dos serviços, dos programas e dos projetos de assistência social em âmbito local;

3. Zelar pela boa e regular execução dos recursos transferidos pela União, executados direta ou indiretamente, inclusive no que tange à prestação de contas;

4. Efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;

5. Executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizações da sociedade civil;

6. Articular, propor, coordenar e monitorar a política de assistência social em seu âmbito;

7. Financiar o custeio do pagamento dos benefícios eventuais com base nos

critérios estabelecidos pelo Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS);

8. Atender às ações socioassistenciais de caráter de emergência;

9. Elaborar e cumprir o plano de providências, no caso de pendências e irregularidades do Município junto ao SUAS, aprovado pelo CMAS e pactuado na CIB; Conforme §3º do art. 6-B da LOAS e sua regulamentação em âmbito federal.

reSPoNSaBiliDaDeS DoS MUNicÍPioS:

Realizar o preenchimento do sistema de cadastro de entidades e organizações de assistência social previsto no inciso XI do art. 19 da LOAS; e

Normatizar, em âmbito local, o financiamento integral dos serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social ofertados pelas entidades vinculadas ao SUAS.

QUaDro reSUMo – reSPoNSaBiliDaDe DoS MUNicÍPioSNo FiNaNciaMeNto Do SUaS

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M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

6 . F I NA N C I A M E N TO DA A SS I ST Ê N C I A S O C I A L N O E STA D O D E M I NA S G E R A I S

6 . 1 O P I S O M I N E I R O D E A SS I ST Ê N C I A S O C I A L - P M A S 2 3

O Piso Mineiro de Assistência Social (PMAS) foi criado em 2010 e caracteriza-se como uma estratégia do Governo do Estado de Minas Gerais para apoiar financeiramente os municípios mineiros no aprimoramento das ações de assistência social.

O PMAS é uma forma de operacionalização do financiamento no estado de Minas Gerais, cujas normas gerais foram definidas pela Lei Estadual nº 12.262/1996. Com base nessa Lei o Estado de Minas Gerais, em 2010, passou a cofinanciar as ações socioassistenciais dos municípios através do Piso Mineiro de Assistência Social.

Em 2011, a Lei nº 12.262/1996 foi atualizada pelas Leis nº 19.444/2011 e nº 19.578/2011, a fim de corresponder aos avanços e diretrizes da LOAS quando de sua atualização pela Lei do SUAS. Nessa direção, ficou definido como competência e responsabilidade do Estado o cofinanciamento de serviços, programas, projetos, benefícios socioassistenciais e gestão, por meio da definição do piso de proteção social como modalidade de transferência e da garantia da regularidade dos repasses aos municípios.

23 Informações retiradas do site da Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais. Disponível em: http://social.mg.gov.br/arquivos-observatorio-de-desenvolvimento-social/page/1707-piso-mineiro-social

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62A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

FiQUe ateNto!

Uma alteração importante no modelo do cofinanciamento realizado em Minas Gerais se deu em 2015, com a publicação do Decreto Es-tadual nº 46.873, de 27 de outubro de 2015. Esse decreto garantiu a regulamentação da transferência regular e automática, prevista na atualização da Lei nº 12.262/1996, desburocratizou o repasse dos recursos aos municípios e criou dois tipos de Piso: Piso Mineiro de Assistência Social Fixo e o Piso Mineiro de Assistência Social Variável

6 . 2 CO M O GA STA R O S R E C U R S O S D O P I S O 24

6.2.1 PiSo MiNeiro Fixo

O Piso Mineiro de Assistência Social Fixo consiste no financiamento estadual, em complementaridade aos financiamentos federal e municipal, destinado aos serviços socioassistenciais e de benefícios eventuais, estabelecendo uma referência de cofinacimento para todos os municípios mineiros.

Como se observa o Piso Mineiro Fixo é um recurso que proporciona ao gestor municipal autonomia quanto a sua utilização. Dessa forma, o gestor tem a liberdade de escolher, dentre os serviços socioassistenciais e os benefícios eventuais, onde o Piso Mineiro será aplicado.

Essa autonomia foi ampliada após análises feitas, em 2015, pela SEDESE, que apontaram para a dificuldade dos municípios em prover os serviços socioassistenciais no que se refere à estrutura física e à aquisição de material permanente devido à maior parte dos recursos federais repassados destinarem-se somente a despesas de custeio. Em razão disso, a utilização do Piso Mineiro foi flexibilizada, incluindo também a possibilidade de

24 Informações retiradas do Caderno de Orientações do Piso Mineiro de Assistência Social, 2016, desenvolvido pela AMM. Disponível em: http://www.social.mg.gov.br/images/documentos/piso_mineiro/cartilha_amm2016.pdf

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M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

aplicação em despesas de investimento, desde que as atividades dos serviços, programas e benefícios sejam executadas de forma satisfatória para atender as demandas dos usuários, sendo vedada sua utilização, até o momento, para construção de imóveis da assistência social.

O valor do Piso Mineiro de Assistência Social Fixo é calculado de acordo com o número de famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), multiplicado por R$ 2,20, para os 853 municípios mineiros, de acordo com a base de dados do CadÚnico de agosto de 2010. Nenhum município recebe um valor menor que R$ 2.000,00 /mês).

Para que os recursos do Piso Mineiro Fixo possam ser utilizados nas atividades da Proteção Social Básica (PSB), é preciso prever no Plano de Serviços a utilização dentro desse nível de Proteção. Outra providência necessária é a incorporação dos recursos do Piso Mineiro no orçamento da assistência social do município, conforme descrito no item 3.3.1.2 ou 3.3.3 do Módulo II, conforme a situação.

O Piso Mineiro de Assistência Social Fixo pode ser utilizado na oferta do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, no aprimoramento das atividades de gestão da rede de serviços da PSB, desenvolvendo ações de articulação da rede socioassistencial, da rede intersetorial e nas estratégias de busca ativa.

Para utilização do Piso Mineiro Fixo deve-se, portanto, atentar para a finalidade da oferta socioassistencial, podendo-se aplicar seus recursos em despesas que se refiram aodesenvolvimento da proteção para a qual o serviço socioassistencial ou o benefício eventual se volta a prover, ou seja, para tudo o que está relacionado à oferta de serviço de qualidade e à garantia das aquisições e das seguranças sociais aos usuários da política de assistência social, conforme as necessidades e as situações de vulnerabilidade e risco em que se encontram.

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6.2.2 PiSo VariáVel

O Piso Mineiro de Assistência Social Variável consiste no financiamento estadual destinado ao cofinanciamento de serviços, programas, projetos, benefícios e melhoria da gestão da assistência social, conforme prioridades da Política Estadual de Assistência Social, pactuadas na CIB e deliberadas pelo CEAS.

A definição da destinação dos recursos do Piso Variável se dará conforme disponibilidade orçamentária e financeira do FEAS, conforme critérios de elegibilidade e partilha a serem pactuados na CIB e deliberados pelo CEAS e orientações técnicas a serem publicadas pela SEDESE. Assim, para cada valor de repasse incorporado ao Piso Variável será expedida uma resolução específica, definindo o(s) serviço(s), programa(s), projeto(s),benefício(s) ou incentivo à melhoria da qualidade da gestão a que ele se destinará.

Não obstante, a utilização dos recursos do Piso Variável poderá incluir despesas de custeio e de investimento, de maneira análoga à lógica das provisões definidas na Política Nacional de Assistência Social (PNAS). De acordo com a PNAS, a proteção social deve garantir a segurança de sobrevivência (de rendimento e de autonomia), de acolhida, de convívio ou vivência familiar

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M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

7. P R E STAÇÃO D E CO N TA S 2 5

A prestação de contas dos recursos transferidos do Fundo Estadual para os Fundos Municipais de Assistência Social, pela via do Piso Mineiro de As-sistência Social, é realizada de acordo com o estabelecido no Decreto nº 44.761/2008 que, em seu Art. 1º estabelece que:

“Os órgãos ou entidades que receberem recursos transferidos do Fun-do Estadual de Assistência Social – FEAS e do Fundo Estadual de Saúde – FES, previstos nos Decretos nº 44.326, de 21 de junho de 2006, e nº 39.223, de 11 de novembro de 1997, ficarão sujeitos à apresentação da prestação de contas dos recursos recebidos nos ter-mos deste Decreto.

§ 1º A prestação de contas de que trata este artigo será realizada por meio de demonstrativo físico-financeiro, próprio da Secretaria gestora do Fundo, conforme estabelecido nos Anexos I e II deste Decreto.

§ 2º A prestação de contas será elaborada pelo órgão ou entidade be-neficiária, a qual será apresentada ao respectivo Conselho Municipal de Assistência Social ou de Saúde para avaliação e emissão de parecer acerca do cumprimento das metas físicas efinanceiras.” 25 Informações retiradas do Caderno de

Orientações do Piso Mineiro de Assistência Social, 2016, desenvolvido pela AMM. Disponível em: http://www.social.mg.gov.br/images/documentos/piso_mineiro/cartilha_amm2016.pdf

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66A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

7. 1 P R O G R A M A E STA D UA L Q UA L I F I CA S UA S , PA R C E R I A A M M 2 6

O Qualifica Suas propõe um conjunto de ações, planejadas e coordenadas, em busca da qualificação e capacitação continuada dos gestores sociais e trabalhadores do Sistema Unificado de Assistência Social (Suas). Segundo a Sedese, os dados da gestão estadual da política de Assistência Social indicam a necessidade de fortalecer de forma imediata e robusta as ações de apoio e assessoramento técnico, para que os gestores municipais possam ter direcio-namentos sobre o grande montante de recursos da Assistência Social parados como saldo em conta.

7. 2 P R O G R A M A S E P R O J E TO S D O G OV E R N O F E D E R A L

7.2.1 ProGraMa BolSa FaMÍlia e o caDaStro ÚNico De aSSiStÊNcia Social27

O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda, direcio-nado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o País, de modo que consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza, om renda per capita de até R$ 154 mensais, que associa à transferência do benefício financeiro do acesso aos direitos sociais básicos - saúde, alimenta-ção, educação e assistência social.Em todo o Brasil, mais de 13,9 milhões de famílias são atendidas pelo Bolsa Família.

O Cadastro Único é um conjunto de informações sobre as famílias brasileiras em situação de pobreza e extrema pobreza.

Essas informações são utilizadas pelo Governo Federal, pelos Estados e pelos municípios para implementação de políticas públicas capazes de promover a

26 Informação retirada do site da AMM. Disponível em: http://portalamm.org.br/programa-qualifica-suas-tem-apoio-da-amm/

27 Informações e conceitos obtidos através dos sites da Caixa Econômica Federa. Disponíveis em: http://www.caixa.gov.br/programas-sociais/bolsa-familia/Paginas/default.aspx

http://www.caixa.gov.br/cadastros/cadastro-unico/Paginas/default.aspx

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67M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

melhoria da vida dessas famílias.

Devem estar cadastradas as famílias de baixa renda:

•Que ganham até meio salário mínimo por pessoa; ou

•Que ganham até 3 salários mínimos de renda mensal total.

Diversos programas e benefícios sociais do Governo Federal utilizam o Ca-dastro Único como base para seleção das famílias, dentre eles, o Programa Bolsa Família.

7.2.2 ProGraMa NacioNal De ProMoção Do aceSSo ao MUNDo Do traBalho - aceSSUaS28

Para garanti r que as oportunidades de qualificação profissional alcancem os usuários da Assistência Social, propiciando o acesso da população em situa-ção de vulnerabilidade e risco social aos cursos profissionalizantes, o Ministé-rio do Desenvolvimento Social elaborou o Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho – ACESSUAS TRABALHO, em parceria com as Secretarias Municipais e do Distrito Federal, que respondem pela operacionalização do Programa, de forma descentralizada e, com o apoio das Secretarias Estaduais de Assistência Social, aos seus respectivos municípios; para o acesso a cursos de formação e qualificação profissional, cursos de qualificação profissional e inclusão produtiva e serviços de intermediação de mão de obra.

Para tanto, é necessário o conhecimento do território, identificação do perfil do usuário e o mapeamento das ofertas e oportunidades para inserção no mundo do trabalho, inclui também, ações de articulação com outras políticas públicas para superação das vulnerabilidades sociais.

O objetivo do ACESSUAS TRABALHO é promover a integração dos usu-

28 Informações retiradas do site do Ministério do Desenvolvimento Social do Governo Federal, Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/Acessuas.pdf

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68A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

ários da Assistência Social no mundo do trabalho, a partir da mobilização e encaminhamento para cursos de qualificação profissional e inclusão produ-tiva.

Portanto, o Programa tem como público de suas ações populações urbanas em situação de vulnerabilidade e risco social, residentes em municípios inte-grantes do Programa, com idade mínima a partir de 16 anos, com prioridade para usuários de serviços, projetos, programas de transferência de renda e benefícios socioassistenciais.

7.2.3 ProGraMa De erraDicação Do traBalho iNFaNtil - Peti29

O PETI é o conjunto de ações que têm o objetivo de retirar crianças e ado-lescentes menores de 16 anos do trabalho precoce, exceto na condição de aprendiz a partir de 14 anos. O programa, além de assegurar transferência direta de renda às famílias, oferece a inclusão das crianças e dos jovens em serviços de orientação e acompanhamento. A frequência à escola também é exigida.

Os órgão responsáveis pelo Programa são o Ministério do Desenvolvimento Social e A Secretaria Nacional de Assistência Social. Além disso, é desenvol-vido em parceria com os diversos setores dos governos estaduais, municipais e da sociedade civil.

7.2.4 ProGraMa NacioNal De caPacitação Do SUaS - PNcSUaS30

O Programa Nacional de Capacitação do SUAS visa apoiar estados e distri-to federal na execução dos Planos Estaduais de Capacitação do SUAS, na perspectiva de atender às capacitações das agendas prioritárias de âmbito nacional.

Dentre os objetivos específicos, destacam-se:

29 Informações retiradas dos sites do Ministério do Desenvolvimento. Disponível em: http://mds.gov.br/assuntos/cadastro-unico/o-que-e-e-para-que-serve/programa-de-erradicacao-do-trabalho-infantil-peti

e

http://www.portaldatransparencia.gov.br/aprendaMais/documentos/curso_PETI.pdf

30 Informações retiradas do site do Ministério do Desenvolvimento. Disponível em: http://www.cogemas.pr.gov.br/arquivos/File/Documento/Noticia150/noticia150_2.ppt

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69M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

• Desenvolver habilidades e potencialidades dos trabalhadores do SUAS, visando a qualificação da oferta dos serviços e benefícios no âmbito dos planos os quais detém parcerias;

•Articular teoria e prática profissional, resultando em projetos de intervenção e produção de conhecimentos para o SUAS;

•Contribuir e potencializar práticas democráticas e participativas na execução dos serviços, programas e projetos socioassistenciais;

•Disseminar o conhecimento produzido, no processo formativo dos trabalhadores, para o SUAS;

• Identificar e socializar práticas socioassistenciais exitosas, na pers-pectiva da participação dos usuários do SUAS;

•Valorizar e potencializar as Instituições de Ensino Superior no pro-cesso formativo dos trabalhadores do SUAS.

7.2.5 BeNeFÍcio De PreStação coNtiNUaDa – BPc31

O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) é um be-nefício individual, não vitalício e intransferível. Instituído pela Constituição Federal de 1988, ele garante a transferência de 1 (um) salário mínimo à pes-soa idosa, com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, e à pessoa com deficiência de qualquer idade, que comprovem não possuir meios de se sustentar ou de ser sustentado pela família.

Para ter direito ao benefício, o solicitante precisa comprovar que a renda mensal familiar per capita é inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo. As pessoas com deficiência também precisam passar por avaliação médica e social realizadas por profissionais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). É importante esclarecer que o benefício não pode ser concedido ao cidadão que recebe qualquer benefício previdenciário público ou privado.

31 Informações retiradas do site do Ministério do Desenvolvimento Social do Governo Federal. Disponível em: http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/beneficios-assistenciais/bpc

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70A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

O BPC é um benefício da política de assistência social, que integra a Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Para acessá-lo, não é necessário ter contribuído com a Previdência Social. A lei estabelece que o benefício deve passar pela Revisão Bienal (a cada dois anos).

A gestão do BPC é feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrá-rio (MDSA), por meio da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), que é responsável pela implementação, coordenação, regulação, financia-mento, monitoramento e avaliação do benefício. A operacionalização é re-alizada pelo INSS.

7.2.6 ProGraMa De Proteção aS criaNçaS e aDoleSceNteS aMeaçaDoS De Morte32

O Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), vinculado à Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA) foi criado pelo Governo Federal em 2003. Trata-se de uma iniciativa pioneira

e bem-sucedida na garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes, cujo objetivo é responder aos altos índices de letalidade contra crianças e adolescentes registrados no Brasil. O Programa se constituiu, ainda, ao lon-go desses anos, em importante estratégia de interlocução junto a gestores públicos, autoridades locais e comunidades em geral, no sentido de chamar a atenção para o problema e fomentar o debate sobre a violência letal por meio de parcerias com a sociedade civil.

Está presente, atualmente, em treze estados da federação, além do Núcleo Técnico Federal. O PPCAAM atua segundo os pressupostos da proteção in-tegral, à luz dos mecanismos consagrados pelo ordenamento jurídico brasi-leiro, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição Federal de 1988, bem como das convenções internacionais que tratam do tema.

Tais instrumentos reconhecem crianças e adolescentes como sujeitos de di-reitos e asseguram a prioridade de tratamento no provimento dos serviços públicos considerados essenciais e o acesso à rede de proteção, garantindo o

32 Informações retiradas do site: http://www.sdh.gov.br/assuntos/bibliotecavirtual/criancas-e-adolescentes/publicacoes-2014/pdfs/programa-de-protecao-a-criancas-e-adolescentes-ameacados-de-morte

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71M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

seu desenvolvimento integral, além da manutenção e do fortalecimento dos vínculos familiares.

7. 3 P R O G R A M A S D O G OV E R N O E STA D UA L

7.3.1 ProGraMa PoUPaNça joVeM33

O Processo Estratégico Poupança Jovem, criado em 2007, está inserido em 194 escolas, dos 9 municípios participantes do Estado de Minas Gerais: Es-meraldas, Governador Valadares, Ibirité, Juiz de Fora, Montes Claros, Pouso Alegre, Ribeirão das Neves, Sabará e Teófilo Otoni.

Tem como objetivo oferecer aos estudantes do ensino médio das escolas par-ticipantes, a oportunidade do desenvolvimento humano e social, contribuir para a redução do abandono/evasão escolar e aumentar as taxas de conclusão do ensino médio.

Poderão participar do Poupança Jovem todos os estudantes regularmente matriculados no ensino médio das escolas públicas estaduais, situadas nos municípios acima citados.

Os alunos inscritos no Poupança Jovem participam de atividades de forma-ção complementar individuais e coletivas, que possuem critérios de aceita-ção e pontuação específicas, conforme disposto no Cardápio de Atividades. A participação nas atividades e a conclusão do ensino médio (aprovação escolar) são pré-requisitos para o recebimento do benefício financeiro.

33 Informações retiradas do site da Secretaria de Educação de Minas Gerais. Disponível em: http://www.poupancajovem.educacao.mg.gov.br/cidadao/sobre-o-poupanca-jovem

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72A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

7.3.2 ProGraMa traVeSSia34

Na área de resultados “Diminuição da Pobreza e Inclusão Produtiva”, o projeto estruturador Travessia propõe-se a fomentar a emancipação social e econômica das camadas mais vulneráveis do Estado tendo como visão a melhoria da qualidade de vida, redução da pobreza e melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M.

O Programa é parte da estratégia intersetorial do Governo, coordenando e articulando diversas ações estaduais através de políticas integradas nas áreas de saúde, educação, moradia, saneamento, organização social e renda, com foco no território, com o objetivo claro de melhorar a efetividade de cada uma dessas ações e, assim, alcançar a melhoria das condições de vida da po-pulação de forma integral.

7.3.3 ProGraMa MocatU35

Criado em 1993, o programa de atendimento a pessoa com deficiência - Mo-catu favorece a integração social de crianças, adolescentes e adultos portado-res de deficiências física, mental, sensorial e múltipla, na faixa etária de 5 a 50 anos, que sejam de baixa renda frequentem alguma escola especializada em outro turno.

Os participantes desenvolvem atividades esportivas, culturais, lúdicas, ex-pressivas e recreativas com acompanhamento terapêutico, no ambiente fa-miliar e na sua comunidade. Essa convivência sócio-cultural participativa e cooperativa favorece o desenvolvimento motor, sensorial, cognitivo, afetivo e social.

34 Informações retiradas do site da Secretaria de Desenvolvimento Social. Disponível em: http://www.social.mg.gov.br/component/gmg/program/1453-travessia-sedese

35 Informações retiradas do site da Secretaria de Desenvolvimento Social. Disponível em: http://www.social.mg.gov.br/cidadao/programas/programas-estruturadores/program/1385-programa-mocatu

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73M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

7.3.4 NorMatiVo FeDeral aPlicaDo À aSSiStÊNcia Social

lei orgânica da Previdência Social – Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960

constituição da república Federativa do Brasil de 1988 – Título VIII - Da Ordem Social

lei orgânica da Saúde – Lei nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990

estatuto da criança e do adolescente – Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990

Política Nacional para integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Decreto n.º 914, de 6 de setembro de 1993

lei orgânica da assistência Social – LOAS - Lei n.º 8.742, de 7 de dezembro de 1993

Política Nacional do idoso – Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994

lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional – Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996

Política Nacional de Saúde Mental – Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001

estatuto da cidade – Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001

estatuto do idoso – Lei no 10.741, de 1º de outubro de 2003

lei orgânica da Segurança alimentar e Nutricional – Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006

Sistema Único de assistência Social – SUAS - Lei n.º 12.435, de 6 de julho de 2011

estatuto da juventude – Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013

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74M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

7.3.5 NorMatiVo eStaDUal SoBre aSSiStÊNcia Social: MiNaS GeraiS

lei 12.227, de 1996 – Cria o Fundo Estadual de Assistência Social - FEAS - e dá outras providências.

Decreto 38.342, de 1996 – Aprova o Regulamento do Fundo Estadual de Assistência Social - FEAS, criado pela Lei nº 12.227, de 2 de julho de 1996.

Decreto 44.687, de 2007 – Dispõe sobre a Transferência de Recursos Financeiros do Fundo Estadual de Assistência Social aos Fundos

Decreto Nº 44.685, de 20 de dezembro de 2007 – Altera o Decreto nº 44.424, de 21 de dezembro de 2006, que dispõe sobre o Sistema de Gestão de Convênios, Portarias e Contratos do Estado de Minas Gerais - SIGCON-MG, no âmbito do Poder Executivo.

Decreto Nº 44.687, de 20 de dezembro de 2007 – Dispõe sobre o Sistema de Transferência de Recursos Financeiros do Fundo Estadual de Assistência Social aos Fundos Municipais de Assistência Social - FAF-MG.

Decreto nº 44. 774, de 09 de abril de 2008 – Adota medidas simplificadoras na recepção de documentos no âmbito da Administração Pública do Estado de Minas Gerais.

Decreto Nº 44.761, de 25 de março de 2008 – Repassa recursos financeiros do Fundo Estadual de Assistência Social para os Fundos Municipais de Assistência Social dos Municípios que menciona, destinados ao custeio dos Serviços de Proteção Social Especial do Sistema Único da Assistência Social, Destinados à população migrante.

Decreto Nº 44.818, de 28 de maio de 2008 – Altera o Decreto nº 44.685, de 20 de dezembro de 2007, que altera Decreto nº 44.424, de 21 de dezembro de 2006, que dispõe sobre o sistema de gestão de convênios, portarias e contratos do Estado de Minas Gerais - SIGCON-MG, no âmbito do Poder Executivo.

Decreto Nº 44.836, de 28 de maio de 2008 – Altera Decreto nº 44.761, de 25 de março de 2008, que dispõe sobre a prestação de contas dos recursos transferidos do Fundo Estadual de Assistência Social - Feas e do Fundo Estadual de Saúde - FES, por meio de resoluções, e dá outras providências.

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75A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Decreto Nº 44.971 de 25 de março de 2008 – Altera o Anexo I, a que se refere o § 1º do Art. 1º do Decreto de 44.761, de 25 de março de 2008, que dispõe sobre a prestação de contas dos recursos transferidos do Fundo Estadual de Assistência Social - Feas, e do Fundo Estadual de Saúde, por meio de resoluções.

resolução nº 11, de 31 de março de 2008 – Repassa recursos financeiros do Fundo Estadual de Assistência Social dos Municípios que menciona, destinados ao Custeio dos serviços continuados de proteção social básica executados nos Centros de Referência de Assistência Social - Cras.

resolução nº 32, de 06 de junho de 2008 – Repassa recursos financeiros do Fundo Estadual de Assistência Social para os Fundos Municipais de Assistência Social destinados ao custeio dos serviços continuados de Proteção Social Básica de assistência social executados nos Centros de Referência de Assistência Social - Cras.

resolução nº 33, de 10 de junho de 2008 – Repassa recursos financeiros do Fundo Estadual de Assistência Social para os Fundos Municipais de Assistência Social, destinados à população migrante.

resolução nº 70, de 22 de agosto de 2008 – Disciplina o Registro das Entidades de Assistência SocialnoÂmbitodaSecretariadeEstadodeDesenvolvimentoSocial-Sedese.

resolução nº 71, de 21 de agosto de 2008 – Repassa recursos financeiros do Fundo Estadual de Assistência Social para os Fundos Municipais de Assistência Social dos Municípios que menciona, destinados ao custeio dos serviços continuados de Proteção Social Básica de assistência social executados nos Centros de Referência de Assistência Social - Cras.

resolução nº 16, de 04 de março de 2009 – Dispõe sobre os critérios e procedimentos relativos à transferência de recursos do cofinanciamento estadual dos serviços e ações sócio-assistenciais continuados, e sua prestação de contas, no âmbito do Sistema Único de Assistência Social - Suas.

resolução nº 459/2010, de 29 de dezembro de 2010 – Regulamenta o Piso Mineiro de Assistência Social estabelecido no Pacto de Aprimoramento de Gestão Estadual de Minas Gerais e no Plano de Governo do Estado de Minas Gerais de 2011/2014

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76M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

8 . S I T E S D E I N T E R E SS E

Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário

https://www.mds.gov.br/

Ministério da Educação e Cultura

http://www2.planalto.gov.br/presidencia/ministros/ministerio-da-educa-cao/ministerio-da-educacao

Ministério da Cultura

http://www2.planalto.gov.br/presidencia/ministros/ministerio-da-cultura

Ministério do Trabalho

http://www2.planalto.gov.br/presidencia/ministros/ministerio-do-trabalho-e-previdencia-social/ministerio-do-trabalho-e-previdencia-social

Ministério da Saúde

http://www2.planalto.gov.br/presidencia/ministros/ministerio-da-saude/ministerio-da-saude

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77A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Ministério do Esporte

http://www2.planalto.gov.br/presidencia/ministros/ministerio-do-esporte/ministerio-do-esporte

Ministério do Meio Ambiente

http://www2.planalto.gov.br/presidencia/ministros/ministerio-do-meio-ambiente/ministerio-do-meio-ambiente

Secretaria do Programa de Parceria de Investimentos

http://www2.planalto.gov.br/presidencia/ministros/secretaria-do-progra-ma-de-parceria-de-investimentos

Bolsa Família

http://www.caixa.gov.br/programas-sociais/bolsa-familia/Paginas/default.aspx

Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social

http://www.social.mg.gov.br/

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78M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

9 . G LO SSÁ R I O

CO N C E I TO S E L E M E N TA R E S :

reDe SocioaSSiSteNcial

Articula a oferta de serviços no âmbito das proteções social básica e especial, contando com entes públicos e entidades/ organizações de assistência social vinculadas ao SUAS. É composta por serviços socioassistenciais, com vistas ao atendimento das necessidades básicas da população, conforme definição da LOAS.

DeSceNtraliZação

Compõe as diretrizes da Política de Assistência Social sob regulamentação da LOAS e reconhecida na PNAS. Propõe que o desenvolvimento das ações privilegie a participação popular e que a gestão ocorra segundo a divisão de responsabilidades entre os três entes federados, respeitando-se a autonomia de cada um. Orienta o cofinanciamento e a organização de entidades assistenciais.

territorialiZação

Compreende o território, para além do aspecto geográfico, como espaço que guarda características sociais, culturais e identitárias de sua população. É o

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79A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

lugar de vida e relações, que fundamenta as ações da Política de Assistência Social, implicando a realização de diagnóstico sócio-territorial. O conceito constitui-se como elemento central na oferta de serviços, programas e projetos.

VUlNeraBiliDaDe

No âmbito do SUAS, a vulnerabilidade social representa a conjugação de fatores, envolvendo as características do território, as fragilidades dos sujeitos ou carências das famílias, grupos ou indivíduos e, ainda, as deficiências na oferta e acesso a políticas públicas.

riSco

Trata-se de um conjunto de eventos que requerem o desenvolvimento de esforços de prevenção ou enfrentamento para a redução de seus agravos, sob responsabilidade da Assistência Social. Caracterizam -se como situações de riscos às violações de direitos e à fragilização ou rompimento de vínculos familiares ou comunitários.

FaMÍlia

Em decorrência das transformações vivenciadas no âmbito dos arranjos familiares, a família é entendida como o grupo de pes-soas que se acham unidas por laços consanguíneos, afetivos e/ou de solidariedade, independentemente das características assumidas.

MatricialiDaDe SocioFaMiliar

A partir deste conceito, a família é considerada como núcleo social fundamental para a efetividade de todas as ações e serviços da Política de Assistência Social.

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M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

FaMÍlia reFereNciaDa

É aquela que vive em áreas caracterizadas como de vulnerabilidade, definidas a partir de indicadores estabelecidos por órgão federal, pactuados e deliberados. Esta unidade de referência foi escolhida em razão da metodologia de fortalecimento do convívio familiar, do desenvolvimento da qualidade de vida da família na comunidade e no território onde vive. A implantação dos CRAS ocorre em função dessas famílias e suas necessidades.

reFerÊNcia e coNtrarreFerÊNcia

A referência ocorre quando a equipe do CRAS processa as demandas territoriais oriundas das situações de vulnerabilidade e risco social, garantindo respostas ao usuário, conforme a complexidade da demanda. Implica na inserção do usuário em serviço ofertado no CRAS, CREAS ou na rede socioassistencial. Já a contrarreferência, é exercida sempre que a equipe recebe encaminhamento do nível de maior complexidade (PSE) e garante a proteção básica, inserindo o usuário em serviço, benefício, programa e/ou projeto de proteção básica.

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81M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

1 0 . S I G L A SE SS E N C I A I S

aMM – Associação Mineira de Municípios

BPc – Benefício de Prestação Continuada

Be – Benefícios Eventuais

caDSUaS – Cadastro Nacional do Sistema Único de Assistência Social

cadÚnico – Cadastro Único para Programas Sociais do Governo

Federal

ceaS – Conselho Estadual de Assistência Social

cNaS – Conselho Nacional de Assistência Social

ceDca-MG – Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente de Minas Gerais

ciB – Comissão IntergestoresBipartite

cit – Comissão Intergestores Tripartite

cMaS – Conselho Municipal de Assistência Social

cMDca – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

cNaS – Conselho Nacional de Assistência Social

coGeMaS – Colegiado de Gestores Municipais de Assistência Social

coNaNDa – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

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82A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

coNGeMaS – Colegiado Nacional de Gestores Municipais de As-sistência Social

cQGP – Centro de Qualificação para Gestão Pública CRAS – Centro de Referência de Assistência Social

craS – Centro de Referência da Assistência Social

creaS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente

FeaS – Fundo Estadual de Assistência Social FIA - Fundo para a Infância e da Adolescência

FMaS – Fundo Municipal de Assistência Social FNAS – Fundo Nacional de Assistência Social

FNaS – Fundo Nacional de Assistência Social

iBGe – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICS – Instância de Con-trole Social

icS/PBF – Instância de Controle Social do Programa Bolsa Família IGD – Índice de Gestão Descentralizada

iGD-PBF – Índice de Gestão Descentralizada Municipal do Programa Bolsa Família

iGDSUaS – Índice de Gestão Descentralizada DO Sistema Único de Assis-tência Social

la – Liberdade Assistida

lDo – Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA – Lei Orçamentária Anual

loaS – Lei Orgânica da Assistência Social

MDSa – Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário

MroSc – Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil

NoB – Norma Operacional Básica

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83M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

NoB/SUaS – Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social

NoB-rh/SUaS – Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sis-tema Único de Assistência Social

Pac i – Piso de Alta Complexidade I

Pac ii – Piso de Alta Complexidade II

PaiF – Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias

PaeFi – Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e In-divíduos

PBF – Programa Bolsa Família

PBF – Piso Básico Fixo

PBVi – Piso Básico Variável I

PBVii – Piso Básico Variável II

PBViii – Piso Básico Variável III

Peti – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PFMC – Piso Fixo de Média Complexidade

PFMc ii – Piso Fixo de Média Complexidade II

PFMc iii – Piso Fixo de Média Complexidade III

PFMc iV – Piso Fixo de Média Complexidade IV

PMaS – Piso Mineiro de Assistência Social

PNaS – Política Nacional de Assistência Social

PPa – Plano Plurianual

PaS – Plano de Assistência Social

PPcaaM – Programa de Proteção às Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte

PPDDh – Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos

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84A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Provita – Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas

PSB – Proteção Social Básica

PSc – Prestação de Serviços à Comunidade

PMaS – Piso Mineiro de Assistência Social

PSe – Proteção Social Especial

PtMc – Piso de Transição de Média Complexidade

PVMc – Piso Variável de Média Complexidade

rF – Responsável pela Unidade Familiar

Sedese – Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social

SeNarc – Secretaria Nacional de Renda e Cidadania

SNaS – Secretaria Nacional de Assistência Social

SUaS – Sistema Único de Assistência Social

SUaS WeB – Sistema de Informação do Sistema Único de Assistência Social

SUBaS – Subsecretaria de Assistência Social

SUBProeSP – Subsecretaria de Projetos Especiais de Promoção Social

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85M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l a s s i s t ê n c i a s o c i a l

B I B L I O G R A F I A

TAMAI, Hugo Tahide, Os princípios e garantias da proteção social na cons-tituição, 2015. Disponível em: http://hugotadahide.jusbrasil.com.br/arti-gos/252838495/os-principios-e-garantias-da-protecao-social-na-constiticao

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil: 1988;

BRASIL, Presidência da República. Lei Orgânica da Assistência Social, Lei Federal n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Brasília: Senado Federal, 1993.

BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Na-cional de Assistência Social (PNAS) – Brasília, Secretaria Nacional de Assis-tência Social, 2004.

BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Disponível em: http://www.mds.gov.br . Acesso em 01 out. 2012.

BRASIL. Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE). Dispo-nível em: http://www.sedese.mg.gov.br . Minas Gerais. Acesso em 01 out. 2012.

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