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Eber Josué MA FORCE D’EN HAUT Minha força vem do alto

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Eber Josué

MA FORCE

D’EN HAUT Minha força vem do alto

©2013 Eber Josué Dias de Oliveira [email protected] Edição, Diagramação e Arte: Eber Josué Impressão e acabamento:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

Josué, Eber 1985-

J83m Ma force d’en haut – Minha força vem do

alto / Eber Josué. – Rio Claro: Eber Josué

Dias de Oliveira, 2013.

72 p.

ISBN 978-85-914543-1-0

1.Literatura brasileira. 2.Poesia. I.

Título.

CDD: B869.1

CDU: 82-1

Índices para catálogos sistemáticos

1.Literatura brasileira: 869

2.Poesia: 869.1

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais sem pré-

via autorização do autor.

Eber Josué

MA FORCE

D’EN HAUT Minha força vem do alto

Primeira Edição

Rio Claro-SP

Eber Josué Dias de Oliveira

2013

DEDICATÓRIA

À família Teixeira

Custódio, Rose, Ícaro e Vinícius.

Aos amigos

Sandra, Ivy, Marlon, Nane,

Mayara e Mary.

Com igual sentimento, a

..............................................

SUMÁRIO

MA FORCE D’EN HAUT 9

JUÍZO DE VALOR 10

O BANQUETE DA SABEDORIA 11

TRÊS CORPOS 12

NATAL: UM MENINO NOS NASCEU 14

O MEU MOLEQUE 15

O MEU PRESENTE 16

CARO AMIGO 18

GUARDIOES DA FLOR DO LÁCIO 19

PÉROLA 20

A UM JOVEM POETA 21

NO PRINCÍPIO ERA O SAMBA 22

PRESENÇA DE RAQUEL 23

ESSA MULHER 25

DEBAIXO DO SOL 27

AMÁLGAMA 28

CONVITE 29

RESQÍCIOS DE LUXÚRIA 31

FUGA 32

A GENTE SE VÊ NO GUARUJÁ 33

SÂNDALO 35

AMOR QUIMÉRICO 37

O POETA EM CRISE 38

PASSAGEIRO 39

PRENÚNCIO 40

ALÉM DA TELA 41

A BESTA QUE SUBIU DO MAR 42

A FORÇA DO GUERREIRO 44

CAMINHO DE FORMIGAS 46

CATIVA-ME 47

DERRADEIRO ABRAÇO 48

DESTINATÁRIO: O REMETENTE 49

ESSE TEU OLHAR 50

FORASTEIRO 51

JÓIAS 53

MIGALHAS 55

MINHA CANÇÃO 57

MINHA CULPA 58

O CANTO QUE EU CANTO 59

RAPSÓDIA NOTURNA 60

O FEITICEIRO BANIDO 62

RETWEET 63

RÉU 64

SINGELO CHORO BANDIDO 65

SONHEI COM VAN GOGH 66

FRANCISCO: UBI ET ORBI 67

CANTA PARA EU DORMIR 68

TENTAÇÃO 69

9

MA FORCE D’EN HAUT (Minha força vem do alto)

epare nos meus modos, preocupado

Com suas ações ousando me afrontar...

Se com as pedras do caminho fiz escadas

E banhei-me no rio que me quis parar...

Não que eu creia ter um brilho que te ofusque...

Das suas manias nem sei bem o por quê,

Já que, das duas coisas que jamais me interessa-

ram,

Uma delas é a sua vida e a outra é você.

Pelo que vem de baixo, jamais fui atingido;

Pelos flancos, nada jamais me amedrontou

E o que ousou de frente ou retaguarda,

Do caminho que veio, para lá mesmo retornou.

Então monte o cavalo que há muito está na chuva

E parta, pois a vida jamais deixou de me sorrir.

Nunca houve dificuldade que me parasse!

Caminharei sobre as águas

Se acaso o mar não se abrir.

R

10

JUÍZO DE VALOR

omo quem contempla um Universo

E brilhantes estelares,

É aguardada a sua escolha

Perante o rebanho de ovelhas.

Foi nítida a frustração de muitos:

Dezena de olhos,

Centena de dedos,

Quando partiu conduzindo

A única de escura pelagem.

Infame escolha parecia,

Mas outra infâmia cometeria

Em oportunidade igual de juízo.

Não via aquilo, tal qual muitos,

Como uma tragédia grega.

Apenas julgava: um lobo

Jamais se ocultaria sob a pele

De uma ovelha negra.

C

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O BANQUETE DA SABEDORIA

á festa hoje em duas freguesias.

Quem oferece, dizem, é a sabedoria

(Nessa não vou).

É a mulher louca quem a outra oferece

(Tenta-me a ir).

Pela cidade toda uma apregoa;

É da soleira que a outra se põe a chamar.

A louca, sendo simples, ao simples chama;

Ao simples a sábia manipulará.

Se mesa houver, junto à louca me assento;

E não havendo, onde puder me acostarei,

Mas não me arrastem à távola da certeza

Que desse vinho, creiam, eu não beberei.

Duas festas (dois pesos, duas medidas)...

Uma me agrada – a que penso me juntar.

Com a simples certamente evoluo;

Quem tudo sabe, pouco tem a ensinar.

H

12

TRÊS CORPOS

a noite profunda,

Três corpos são vistos

Envoltos em chamas,

Em fogos ardentes,

De pura lascívia e paixão.

Três corpos desnudos,

Três deuses profanos

Bailando na água,

Ardendo em desejo;

O tempo parece parar.

No seio da noite,

Três corpos se enlaçam

Num só sentimento;

Confundem-se as carnes

Em luxuriante prazer.

Envoltos no ébano,

Despidos de tudo,

Os corpos se fundem;

Sensação profunda

De puros prazeres carnais.

Roçar de três corpos

Tremulantes e acesos;

Convulsiva explosão

Propagando, qual onda

Perdida no éter profundo.

Na noite profunda

N

13

Três corpos são vistos...

Mas ninguém indagou

Se os orgiosos sussurros

São pecado ou adoração.

14

NATAL: UM MENINO NOS NASCEU

ão me pergunte qual é o meu credo.

Nunca!

Tampouco se tenho uma religião.

Oh, não!

Mas não negarei se perguntado

Acerca da fé.

Em algum lugar, eu sei, nasceu um cristo:

- De carne e osso, há quem diga; (E bem diga!)

- De espírito e alma, outros dirão; (E com razão!)

Na sua fé cada qual estará correto.

Mas e então?

Não me pergunte em qual deles creio.

Se no que vive, se no que viveu...

Decifre que:

Em mim carrego um mundo,

Com seu próprio inferno

E com o seu próprio céu.

O céu do mundo que carrego,

Sobre seus ombros tem de mim governo.

O inferno que há em mim mostra os meus erros.

E o meu céu interior dá o seu perdão.

E se o mundo que há em mim tem equilíbrio...

Aí está todo o sentido do natal.

N

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O MEU MOLEQUE

om a maresia do cair da tarde,

Emerge e corre em direção à praia

Para assistir ao crepúsculo que se espraia,

Jogando-se na areia com alarde.

Atento, velo-lhe o descanso.

O meu moleque, guri inconseqüente,

Não vê que o mar o fita abducente,

Apesar de se achegar tal qual remanso.

O meu moleque é sempre alvissareiro

E, somado ao jeito zombeteiro,

Diverte-me o seu modo impreciso;

Pois brinca e ri como criança,

Mas quando vê que está na contradança,

Emburra-se e engole o seu sorriso.

C