m Í^^tÍ iíl- í-l-h mm hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · anno xxxi rio de...

31
P0ECO5. HO RIO«500 «OS E5TADOS....«600 ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos condoie Mantos mal presos nos hombros, Fogem, como uns reis banidos. Como sentinella.pauta, '. V,ela o archanjo as dearuefras Geme o vento como a flauta Chorosa pefas figueiras. Passam rochedos e monres. Sob os astros diamantinos. Na.água corrente das fontes Cuidam ouvir assassinos. »^%-^_l_M// / JKJfv^jr \^MAmmWxX B^_,wl« ^1 K%^M vlf -A mm?* m _K_âlIW_ni m_Í^^TÍ______________iíl- í-l-H__mM____h ///â/i'Si,| sijhÁ^st-C. S____________K______fl£Rasgam seu manto as .píteiras José, dormindo em s_-u leito. Sonha que vê de repente Baixar um varão perfeito. Duma expressão imponente. Em sonhos, o mensageiro Lhe bradou: "O rei maldito Da ludéa busca o herdeiro , Dos céos Vae pois ao Egypto! "Ergue-te' e. vae, queemrei Mais teu bordão de inrnada. que a Morte selle o rei Na sua tumba lavrada!' Ergue-se José Desperta A Mãe abraçada ao filho, Como uma violeta aberta ' A uma haste de junquilho. A «,'itoem vae toda em pranto. . Sob os estrellados céos. Entre as dnbras do seu manto, '.evando o fugido Deus. AH quantas vezes Judá Toda em choros, sob o açoite Não levou tambem JehoyaS. Para os desterros, d. noite! Ahi que vezes, prisioneiros. Por desertos areacs. Não levaram seus guerreiros. Outrora. o Deus de seus pães! . - VER.50 . DE. (.(ME- LE'*<-' -EifcNnoUE Cítfíí- VALI AO/M^r J"- J

Upload: others

Post on 14-Jun-2020

6 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

P0ECO5.HO RIO «500«OS E5TADOS....«600

ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527

Ergue.m-se cheios de assombrosE, sob os céos condoieMantos mal presos nos hombros,Fogem, como uns reis banidos.

Como sentinella.pauta,'. V,ela o archanjo as dearuefrasGeme o vento como a flautaChorosa pefas figueiras.

Passam rochedos e monres.Sob os astros diamantinos.Na.água corrente das fontesCuidam ouvir assassinos.

»^%-^_l_M// / JKJfv^jr \^MAmmWxX B^_,wl« ^1K%^M vlf -A mm?* m _K_âlIW_nim_Í^^TÍ______________iíl- í-l-H __mM____h

///â/i'Si, | si jhÁ^st-C. S____________K______fl£ Rasgam seu manto as .píteirasJosé, dormindo em s_-u leito.

Sonha que vê de repenteBaixar um varão perfeito.Duma expressão imponente.

Em sonhos, o mensageiroLhe bradou: "O rei malditoDa ludéa busca o herdeiro ,Dos céos Vae pois ao Egypto!

"Ergue-te' e. vae, queemreiMais teu bordão de inrnada.Té que a Morte selle o reiNa sua tumba lavrada!'

Ergue-se José DespertaA Mãe abraçada ao filho,Como uma violeta aberta

' A uma haste de junquilho.

A «,'itoem vae toda em pranto.. Sob os estrellados céos.

Entre as dnbras do seu manto,'.evando o fugido Deus.

AH quantas vezes JudáToda em choros, sob o açoiteNão levou tambem JehoyaS.Para os desterros, d. noite!

Ahi que vezes, prisioneiros.Por desertos areacs.Não levaram seus guerreiros.Outrora. o Deus de seus pães!

. - VER.50 . DE. (.(ME- LE'*<-'

-EifcNnoUE Cítfíí- VALI AO/M^r J"-

J

Page 2: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O TICO-TICO Janeiro Í9ÍÍ.1

Standard

O N

A peonia é uma flor, á qualôs antigos chamava;m-na reidas flores, sobretudo os chine-zes.

Até o século VIII, os chine-zes usavam a planta da peoniacomo alimento c também pararemediosl Só no século XI ser-viu de ornamento e por issotambém o seu valor ainda mais

A

augmentou. As peonias exiJÒrtaduspelos chinezcs para a França no se-culo XIX, formaram o núcleo das

colleçõcs famosas de flores c que ser-viram depois para enriqueceremtambém os jardins do jmindo. in-teiro.

O Japão, também, recebeu peoniastia China e hoje o Jopão exporta umavariedade como sendo • sua própria.A peonia é chamada assim por cau-sa do nome grego — paeon—. "omedico dos deuses". i

As melhores CHUPETAS e BICOSIngiams LondLon"

Page 3: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

!) — Janeiro 1935 0 T I t: 0 - 1 I C 0

VIAGEM PITTORJ5SCA

Uma visita aBulgária

A Bulgária, no coração tia Penlo*sula Balkanica é digna de ser visita-da. Não ha nessa região ensinos photéis modernos para recreio dos tu-ristas mas não faltam ahi paizagensnaturaes para encanto dos que apre-ciam as maravilhas da Natureza. Aterra é cheia de fontes naturaes bel-lissimas; os valles e planiceis se cstendem cheios <le vegetação liixuri-ante onde sobresahe o tabaco c at-òr viva tias rosas. Um dos panora-mas mais bellos é o do Monte Negronas montanhas Vitosha, perto de So-fia, a capital, e ahi se tem uma per-

—-> 7»j

-

mSl^A colheita de TOsát

feila idéa da grandiosa topographiado paiz búlgaro tão pittoresen ebello.

Com menos de uma hora de tremvae-se de Sofia a Iskar onde o granderio percorre valles rochosos e ondea região apresenta grutas fantásticas,algumas escondidas no seio da terrae lagos e correntes dágua dc maravi-lhosos cffeitos. Perto dc Sofia, fi-caiu as montanhas Boyana de ondese avista em baixo a linda capital.

Sofia é uma cidade moderna c quepromette tornar-se em breve uma dasmais interessantes da Europa. Assuas velhas igrejas estão sendo re-Construídas c bem assim os edifícioshistóricos. Um dos templos mais an-ligos e que dala ainda do tempo doimperador .hislino é a igreja de Sta.Sofia mas a principal igreja da ei-lade é a cnthcdral de Sto. Alexandre

Xewsky. Í£rcja orthodoxa que temuma cupofi^de ouro e lindos nichosde mármore verdadeiramente pre-ciosos.

A Bulgária é um paiz conhecidopela belleza de suas rosas e pelosseus valles perfumados. Indo-se de

PLS DLSCALÇOS

Appíique UNTISAL nos pésantes de calçar.

Assim terá a certeza de haver

destruido os germens nocivos,

^ que possam ter adherido aos

pés durante o seu passeiopeila praiaAppüque UNTfSAL nos pés.

MILHÃO DE PESSOAS O USAM.Untisal

I7 Sr\&fl

MBm\\. ¦' -^^-

ONDE O PUZEREM ACALMA.

automóvel a Kazanik, o lindo vallebúlgaro, em Maio ou Junho, o espe-ctaeulo mais agradável se nos apre-senta á vista. A viagem decorre en-tre uma porção de cidadezinhas comunia abundância maravilhosa de ro-sas, da espécie oriental que tem umforte e delicioso perfume. A' noitetambém, o cheiro forte do tabaco im-pregna o ar c o jasmim expande noambiente o scu aroma suave c pene-trante

Aliás os terraços de rosas cm Ka-zainik são famosos. Ha rosas em pro-fusão, de varias cores e espécies po-dendo a gente visitar o maravilhosojardim durante horas c horas

Perto dos terraços, ficam as dislillatias onde se fabricam os estou-t:an(cs perfumes. Ouando se fica

muito tempo a apreciar esse iraba-lho. |ogo nos accommette. uma dortte cabeça tão forte é a ftagrancia dolocal. Passam nos campos os campo-nezes búlgaros com os seus trajescoloridos e graciosos sobraçando ro-sas e toais rosas e o espectaculo &deveras inédito e encantador.

A Bulgária lem muitos conventos cnionasterios alguns da época medic-vai. Um dos mais famosos é o del!ila situado no centro de altas mon-tanhas. O de Aladja também é ma-jesloso c emerge dc um bloco de so -lidas rochas.

Milhos edifícios da Bulgária são deeslyio bizantino, arehitectura quesobresahe lindamente quando cerca-da pela orlu de montanhas como ahiacontece.

Page 4: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O TICO-TICO — 4 .aneú'.. — 193.5

^^fl W\r ' ' fíSL WWr' ._______!

Ik ' ^____ ^__ ^^L ifl ^HB ._f__s. _5__l

I ^^\ jf*0"**^ ^k__ HP* _áP^ /^^^m

________¦ ______¦ /*_^" \__¦ ¦ ' (7 _^\ ^mmmmm"»UmW_^T_~* '¦ „4_^____R Ww^fmW mi ^**r a + "^ '' _^

gamondençc Mtíc&euO "Camondongo Mickey", o famoso e querido Ratinho Curioso que figura em

todos os números d'0 TICO-TICO, está, em magníficas aventuras, ülustra-das a cores, constituindo uma edição extraordinária d'0 TICO-TICO,

já á venda, ao preço de 1 $ 5 0 0 . A edição extraordináriad'0 TICO-TICO dedicada ao "Camondongo Mickey" é um

excellente e primoroso motivo de leitura recreativa pa*ra o mundo. A' venda em todas as bancas de jornaes.

Preço 1$500 — Pedidos á Travessa do Ouvidor, 34 — Rio

_ * .

^—^•_ _f

Page 5: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

Redactor-Che.e: Carlos Manhães — Director-Gcreute: A. de Souza e Silva

9 £&¦ ^Bm*^

Dc onde vêm ai peioiasMeus netinhos:

Sabem vocês de onde vêm as

pérolas, essas lindas pedrasque, constituindo bellas jóias,figuram nos anneis, nos brincosdas senhoras e nos alfinetes de

gravata? Não sabem? PoisVovô vae lhes dizer. As pero-Ias vêm de uma simples ostra:

Esta em muito se parece comas ostras ordinárias que todosvocês conhecem por vêl-os noscestos dos peixeiros. Apenas aostra de pérola differe das com-muns por ser de maior ta-manho. A carne da ostra de pe-rola é branca e viscosa. Quantoao nacar que reveste o interior

da concha é de uma brancura

admirável e mais brilhante quea própria pérola. A formaçãoda pérola na ostra durantemuito tempo foi objecto de vi-vas e interessantes discussões.

Acreditavam uns que ellanão fosse mais que um simples

deposito accidental que se ve-ri ficava durante o crescimento

gradual da concha. Outrosnão eram da mesma opinião eaffirmavam que as pérolaseram pequenos grãos de areia,collocados á parede interior da

ostra e em torno dos quaes onacar se havia reunido.

Essa explicação, porém, nãcé verdadeira. Está hoje prova-do que essas pérolas preciosassão produetos resultantes de

uma doença muito freqüente

nessa espécie de ostras, e quese traduz pela formação de

uma matecia destinada ás oero-

Ias, tal como nascem em nós asverrugas.

A maior parte das doençastendo como agentes de propa-gação micróbios especiaes, va-rios sábios entregaram-se du-rante muito tempo á procuradesse micróbio. Pensaram, que,descobrindo-o, pudessem obtercom outras ostras pérolaseguaes.

Não se sabe o resultado des-sas experiências; o certo é queas pérolas continuam a ser ven-didas por preços exorbitantes.

As ostras que fornecem as

pérolas são encontradas nosmares do Sul. Dispõem-se nofundo em bancos, onde as vãobuscar os mergulhadores. Uma

só ostra contém por vezes va-rias pérolas. Não é raro encon-trar-se uma dellas -contendoquinze ou vinte. Cita-se uma quechegou a produzir cincoenta.

VÔVÔ

"VÔVÔ D'0 TICO-TICO" — Um thesouro para as creanças. — A' venda. Preço 5$000.

Page 6: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O T ICO- T f C O — G — 0 — Janeiro — lí}3_

¦ ¦¦¦¦¦¦ ¦•¦¦¦¦¦¦••¦KããSSããããSããSSS

w i u 1.1 i.i 11111 mi, 11111111 'iHi 1,111 111 L..I.I Fl 11 LJJ- iJ lll nx___L___J^JJ^jx___JdiL_JJJ_4JJJu____UXi_--—li^^JiX_U-Ii-ü^^____.

CONSTRUCTORES E DESTRUIDORES

Ho_KMI__I_ _.

j^___M_W'. Mm

''^r*mk\fMMmfc 1 __S____^_HH»®„/_iB_B*IS__llll

k^_____Í_pAAítlÍ_Amíl. l\r ___s_JJP_rF__.'"' ___K II_ _ ¦i/i///¦W^^í^^M^m^mWnM^ÊÊtí'- _s____^_S_____®»- *V wA^«K> -4".f_r- -

_T_F-_.jt___B%,. y.. •* a*,-^- if-lxf. im*1

após o vôo de nuptiii, Finalmente, fia os operários geralmentecegos mas trabalhadores e os soldados de cabeças enormes armados de poten-tes mandibulas encarregados da defesa do termiteiro e da fiscalização dos ope-

rarios. Os cupins sâo extremamente limpos devorando os resíduos que sujam o

termiteiro repetidas vezes até que não tendo mais valor nutritivo são utilizados

como material de suas construcções, que attingem a 5,"' na Africa. Os cupins

americanos são terríveis destruidores de moveis e construcções.

Ot cupins ou termitas são insectos que vivem em sociedade ha-

rendo em cada termiteiro uma rainha sem asas e de abdômen

desenvolvido cuja funeção é apenas pôr ovos (I por segundo)Junto delia se encontra um macho minúsculo que do mesmo mo- ¦*

do que a rainha possuia asas antes do casamento, perdendo-as

O ESCARAVELHO SAGRADOde algum onticio que possa apparecer na pera em que vive.

Cinco semanas depois a larva se transforma em uma limpha

tmarella que forma o insecto adulto um mez depois.

SCABER SACI-Y

que para os egypcios era o symbolo venerado da Terra e do Inferno,

rer-olhe os escrementos que encontra e faz com elles uma perfeita es-

phera girando-a entre as patas posteriores. Colloca-a depois em ca

vidade convenientemente escolhida e alimenta-se delia durante uma

ou duas semanas até que tods a bola tenha atravessado o seu tubo

digestivo. Na época da postura elabora com essa matéria fecal uma

espécie de pera em cujo interior deposita o ovo; desse, sahe uma lar-

va com a particularidade curiosa de armazenar na parte posterior

do intestino uma espécie de cimento que ê utilizado na obstrucção

Formigas costureiras

9A CEcophylIa smaragdina é uma formiga que faz seus

ninhos com folhas ligadas umas ás outras pela saliva pe-

gajosa de tuas próprias larvas..

^tTT,^

..¦¦¦i .,_¦¦*¦¦-

MVÔVÔ D'0 TICO-TICO" E' O LIVRO NECESSÁRIO A* CREANÇA. A* venda

Page 7: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

9 _ Janeiro — 1033 U T I <; O - T 1 C O

AF\ I 1/ l\/DO_.-. =r- ^» oiinf ¦ ^r^ _^^_ lj% ^-^ )—¦

o\iJ+-\'l"-í Jlr AC

W^ ii- ilVTAÀ^ )'-'¦'-^^ ,fJ~ - c;'' n.-U, // r» /

'l(i()(KU)()[)tTTTÜÜ

••\y -Si

Ly • pv.

ffi iJK El l*1>

r\i¦^L.

/Wí?!C c >• ' * * W* víem V-mf}\ Ii

Como um thesouro maravilhoso, o livro se abre\;r deante dos olhos do menino. Do seu texto, saltam para

a imaginação da creança gênios e princezas, fadas e cavalleiros,monstros e creaturas angélicas, vivendo em palácios encantadosem grutas que guardam segredos e riquezas nunca dantes sonhadosem ambientes exóticos do Oriente, no meio de sortilegios que exce-dem toda a fantasia.

E tudo aquillo se anima porque a gravura colorida lhe dá vidae forma, tudo aquillo se fixa na idéa da creança e virá povoar-lheos sonhos, aligeírar-lhe as horas e abrir-lhe a curiosidade.

O menino pôde não acreditar mais em Papae Noel. Pôde terduvidas acerca da existência de fadas e gênios.

Mas deixar-se-á embalar pela doce poesia desse mundo fantas-tico cm que uma lei sabia de justiça e de bondade dirige os destinosde homens e de animaes

Ella não teve uma avózinha de óculos, nem uma preta velhatranquilla e risonha que lhe contasse as fábulas, as historias de en-cantamento e as lendas coloridas que nasceram na cabeça dos es-cravos á sombra do engenho de assucar ou á beira dos telhados dascasas grandes, nas fazendas de creação do Brasil primitivo.

Mas tem volumes maravilhosos como "Meu livro de historias"opulento de fantasias, onde a escripta e o desenho lhe pintam dean-te dos olhos os quadros mais maravilhosos e as aventuras mais ex-traordinarias.

Deante do livro esplendido, os seus olhos se abrem de pasmoe de alegria. E emquanto Papae vira as paginas, uma a uma, ellenem nota que os seus olhos de homem se enchem de uma suave

melancholia, vendo resuscitar esse mundo encantado defadas e de gênios, de sortilegios, de bruxedos, de ma-

ravilhas, que elle julgava perdido para sempre,com a saudade distante da velha ama preta

e da doce avózinha.

"Meu Livro de Historias" ediçãoda Bibliotheca Infantil dO TICO-

TICO, está á venda em todo o

ti fe

kmK

'*('(«¦

.' %<

Brasil ao preço de 20$000o exemplar.

Page 8: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O TICO-TICO -- S 9 — Janeiro — .1935

m_4i|YT^: __L Sm^S^^J— a

.. __-_ 8T?r__? Hr 1 v x« /ç^_f fflr ' .mo W ^m jwjh <_____¦__& \^__B..". / v_k \__F I

'Jr Y ^»J_^/_r_a ,__-_! t >_¦/ _¦__ _¦ __¦' "(. _____J9___. '-^ <_¦

A casa dc commodos amanheceu cm pânico! Todos os inqui-Unos, fazendo uma algazarra muito grande, diziam que havia gcijtç/em cima do telhado.

E, realmente, todos viram na aba do telhciro, que cobre a área, onde está a caixa dágua, um pa» da-oornas queijaUnçava.

UHIflMM.! I______M___________________HH i Y^ ^- Br ^^—jH—^^^^^^lj^HI J^~~**— C_— - ¦ _F ^twmjm-

Ninguém mais duvidava. A balburdia crescia mais ainda «aquella çcnte toda desceu então, atropeladamentc, a escada estreita.

Era Lamparina que, trepada sobre as telhas, em risco de cahirdesastradamente, sacudia um par de botas <_u_ um toldado do quar •to andar lhe pedira para engraxar!

O presente rico para *s c.eanças MEU LIVRO DE HISTORIAS, á venda.

Page 9: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

9 — Janeiro — 1033 f. O TICO-TICO

¦ 1IB1BII II CiriTll 1BHI— 30 —

Conliauaçáo das "Vinte Hil leénas SnSjniâíInas" de UO

A noite correu sem incidente. Desde que se tinham ouvido osúltimos tiros disparados sobre Ayrton, nem uma só detonação, nemo menor ruído revelara a presença do brigue junto das costas dai!ha: logo que começou a alvorecer os colonos puderam avistar porentre as brumas da manhã uma mole de fôrma confusa. Era oSpeedy.

— Amigos. — disse então o engenheiro, as disposições que meparece conveniente tomar antes que levante de todo o nevoeiro sãoas seguintes: — e como a neve nos oceulta ás vistas dos piratas,

poderemos proceder sem lhes despertar a attenção, proponho quenos dividamos em tres grupos que se postarão, o primeiro aqui

mesmo nas chaminés e o segundo na foz do Mercy. O terceiro, esse

parecia-me bem que fosse para o ilhéu a fim de impedir ou pelo me-

nos retardar qualquer tentativa de desembarque. Temos a nossa

disposição duas carabinas e quatro espingardas. Por conseqüência

nada de economizar munições. Atiremos muitos tiros, mas certeiros,

porque, cada um de nós tem. á sua parte, a matar dez inimigos e

forçoso é que os mate.Cyrus Smit tinha exposio a situação com exactidão numérica

falando entretanto, com voz perteitamente socegadaOs companheiros approvaram todas as disposições pensadas

pe'o engenheiro sem darem palavra.Dc- que cada um agora tinha a tratar era de se postar no logar

— combinado antes queo nevoeiro se dissi-

passe de todo*

Nab e Pencroff su-

biram logo a Granite-

house e trouxeram de

lá as munições neces-

sanas.

Gedeão Spilett e

Ayrton. ambos opti-

mos atiradores, fica-

ram com as duas ca-

rabinas de precisão,

que alcançavam a

mais de milha. As

outras quatro espin-

gardas foram distri'

buidas entre Cyrus

Smith, Nab. Pencrofl

e Harbert.

_. _: _»S\f/ f/\PnSaii%\Jf__*\_\

~~ 4^vT7<(- C^9Sí%V 11 // I/Ao I i/avxlVr^^T*WSÊÊwSBJÊ, mu zr^i i i i

*Tã

Os postos tiveram, a seguinte composição:Cyrus Smith e Harbert ficaram embuçados

nas chaminés, dominando assim uma grande ex-tensão da praia em torno de Granite-house.Gedeão Spilett e Nab foram esconder-se entreos rochedos, na foz dó Mercy, cuja ponte e pon-tilhões tinham sido já levantados em posição pro-pria para se opporem a qualquer passagem embarco e mesmo a qualquer desembarque na mar-gem opposta.

Ayrton e Pencrotl. esses metteram a pirogaao mar e dispuzeram-se a passar o canal parairem oecupar separadamente cada um seu postono illíéu. Pòr esta forma o tiroteio, que havia derebentar simultaneamente em quatro differentespontos, faria crer aos degredados que a ilha erasufficientemente povoada e vigorosamente defen-dida.

No caso dc se efíectuar algum desembar-que sem que o pudessem impedir, ou ainda se sevissem torneados por alguma embarcação do bn-

gue, deviam Ayrton e Pencroff voltar na piroga.desembarcar do outro lado do canal e diriqir-selogo ao ponto mais ameaçado.

Os nossos colonos, antes de irem oecupar osrespectivos postos, trocaram apertos de mãos.Pencroff conseguiu dominar-se sufficientemente

para reprimir a violenta commoção que delle seapoderou ao despedir-se de Harbert, do seu fi-lho!... e assim se separaram

Passados instantes. Cyrus Smith e Harbert,

por um lado, e o repórter e Nab por outro desap-

pareciam, e cinco minutos depois Ayrton e Per.-rroff, tendo atravessado sem novidade o cana!,desembarcavam no ilhéu e escondiam-se nas ca»vidades da praia oriental.

(Continua no próximo numero)

Page 10: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O TICO-TICO 10 — ;) — Janeiro — 193,1

CARTA E N I G M T I A

Me»-*/ EEJlJlI^S !

PRONOMPESSOA?]DA, EE PRONOME T\ Apessoal. \JJr\-

'--" CO O TTJlpÉÊAH<g);Í^R0 ]L£/W /ra fOR-- o Tu E! TC W

TuIfH N(g^d Í_3R0Eis outra carta enigmática para deci- Damos a seguir a solução da carta miamos com um lindo livro de historiai

fração de nossos leitores. Decifrem-na enigmática publicada em 24 de Outubro infantis, a do concurrente:remettam o resultado desse trabalho ultimo.redacçâo d'0 TICO-TICO até 7 de Fe- "Ha um grande numero de cousas que JORGE M1CHELINIvereiro vindouro. são absolutamente impraticáveis emquanto

Em sorteio, entre as soluções certas, não se experimenta fazel-as." de 12 annos de edade e morador á ru;»daremos um premio: — um primoroso li- «¦* Prudente de Moraes n.° 40, em Ribeirãovro de historias infantis. Recebemos 2.240 soluções certas e pre- Preto, Estado de São Paulo.

ANN0-B0M » • • ANNO-MAUA cada um anno que surge,Dos sinos ao vivo som,O povo, na sua crença,Chama sempre de anno-bom.

E para muitos, realmente.Assim- deve parecer.Si se pensar que elle ainda"Peior

poderia ser..."

Como tudo neste mundoTem a relatividade,E', portanto, relativaAté a própria bondade.

E, não sendo, assim, possívelContentar a toda genteO que para alguns é bomE' mau pra outros somente,

Um anno cheio de doençasDor de barriga... e outras doresE', certamente, anno-bomPra droguistas e doutores.

Entretanto para o povoDeve elle ter sido... pia.Para os doentes, com certeza,

Não foi bom, foi anno-máu. - •

_*«*^'N^»*-N***sy'-_*>_-*'»_-_'*^^ ¦

(MONÓLOGO)

Um anno em que chove muitoE fica tudo alagado,E' um anno-máu, anno péssimoPara quem vive resfriado

Entretanto pra quem vendeGalochas e guarda-chuvas.E' um anno bom, anno optinvLlm anno... "sueco de uvas"

Para os que partem as pernasEm desastre ou operaçãoFoi anno mau, detestávelE não ha contestação.

Porém para os fabricantesDe pernas feitas de pau

Um anno, assim, desastrosoNão pode ser nada mau.

Pra quem comprou um bilheteE a sorte grande" tirouFoi um anno bom, foi prosperoO bolso lhe concertou.

Mas pra quem fez maus negócios,Sem ter de dinheiro acerescimo.Foi anno mais do que máuPode ser chamado: péssimo.

Mas como a maior riquezaE' a saúde permanenteQuem passa um anno sadioTeve anno-bom, justamente.

Mil novecentos e triatii.Foi um anno extraordinárioPara quem dizia terIdeal revolucionário...

Aos ouvintes que me escutara.Gente fina, do "bom-tom".

Desejo que todo annoSeia sempre um anno-bom.

E. Wanuerlbt.

O maior e mais bello livro até hoje organizado para a infância c o "MEU LIVRO DE HISTORIAS't\" veada era. todas as livrarias.

Page 11: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

JUCA a assoMBRação

Juca não esqueceu a peça que lhe pregouo Zequinha com as luvas de box e prometleu,a si mesmo, tirar uma vingança.

Arranjou um mamão verde, descascou-o bfez uma caveira, muilo branca, com dois olhosenormes. Zequinha, porém, viu..

...o Juca armando um espantalho no fundo doquintal e ficou quieto. A noite Juca mandouchamal-o para.

.. .brincar e pediu-lhe que • fosse ao fundo doquintal buscar a caixa de brinquedos e ficouesperando o grito assustado do.

Zequinha. Zequinha, entretanto, collocou umavela accesa dentro da caveira de mamão eveiu pregar um tremendo susto ao...

...Juca, que não esperava ver aquella caveirade olhos de fogo, andando sosinha. E desdeaquelle dia, elle ficou respeitando o Zequinha

"Meu livro de historias", á venda, é uma maravilha para as creanças

Page 12: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O TICO-TICO AO 9 — Janeiro — 1ÍKJ.">

Faustina o sa m oda...

\ A 1—" f %> ' T •**

4| e C^>y ST - ii rraustina nesse dia ensaiou uma nova pose . —* . y>-, encontrou uma velha amiga que hcou en-Iv elegante, Foi a rua para cxhibil-a. s—¦_.!>>_ ^ y^y* cantada com a elegância delia. E também qui:...

\\ Y-Tr C\ -imital-a. Então sahiram juntas e tomaram ...tivessem enlouquecido e cha-|\ \JJ >N verdadeiras posições surprehendentes. Um 2EEEET mou a Assistência. Elias espera-\__\ \J \/A c°-*hec'do ao vel-as. pensou que... - -^-. vam outra cousa.

De repente foram envolvidas por uma ondadc povo e o carro da policia as segurou e as le-vou à primeira delegacia.

Zé Macaco veio a saber onde estava a sua cs-posa e correu a libertal-a. Faustina chorou e pro-metteu não. fazer mais moda por algum tempo.

MEU LIVRO DE HISTORIAS" E' LEITURA PARA A' INFÂNCIA. Preço 20$000,

Page 13: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

9 — Janeiro ií_)5 — 13 - O T I C 0 - T I í: o

_ü_ Gavetínha do SaberO macarrão, esse

apetitoso ali mentoque os italianos cha-mam no plural mac-cheroni e que consis-te mima massa com-posta de farinha degrão distendida em

___

§__peças chatas ou la-minadas, massa cosi-da cm água, e a quese dão, ainda com ou-tros nomes, outrasfôrmas, — não é deorigem italiana comomuita gente suppõe.O nome provém de"maccare" (amassar,ou reduzir a pasta,como o faz a moendaao trigo), mas a in-venção da massa seattribue a Chico, uraprestidigitador alie-mão do século XIII,que era notável tam-bem pela sua gluto-neria.

<._

Segundo algunsaviadores, as cidadesvistas do alto apre-sentam cores b e indistinetas. Paris, porexemplo, é amarella-da e uniforme, aopasso que a côr deLondres varia do cen-tro para circumfe-rencia. passando dt>

_4=____;cinza ao pardo e ao.azul pallido. A côr deWashington é verdebrilhante no meio emais escuro nos bor-dos. Nova York, vis-ta de cima, offereceaspecto bizarro; to-das as cores e nuan-Vas ali são represen-tadas, predominandob vermelho escuro.

Durante o sitio deAmiens, foi dada apublico uma ordemofficial, p r ohibindoaos moradores sahi-rem de suas casassem uma lanterna.

Na mesma noite umlavrador foi interpe-lado por uma senti-nella:

— Sua lan-terna?

esAquitá!

Mas nãotem vela.

A ordemnão fala nis-so. No diaseguinte novaordem foi ex-pedida.Ao cahir danoite o mesmosujeito foivisto na ruapela scntinel-Ia:

Sua lan-terna?

Eil-a.E a vela?Está ahi

dentro!Mas não

está accesa.A ordem

não diz paratrazel-a acce-sa...

No outrodia appareceuna povo._ãouma terceiraordem que di-zia que nin-guem p o diasahir de sua casa"sem estar munidode uma lanter, comuma vela dentro, es-tando esta accesa"...

— O caminho docéo onde está?

O Bispo de Orleansreferia, com visívelsatisfação, essa en-cantadora e podemosdizer, profunda res-posta, que ouvira nu-ma escola, de umacerta menina de on-ze annos.

Onde está o cami-

nho do céo, minha fi-lha?

Monsenhor, o cami-nho do céo está emtoda parte!...

Mas, então que en-tende a menina, quan-xdo fala em "caminhodo céo?"

Amiguinhos d'0 Tico-Tico

« - * **'- ri

W&mmmmmW^9$IÈÊÊmF$ **" *mmmmmm\~ -. * •' •

fl-EM-rtfe. ámmWv^j/IR-% :'L*, __K

Bruno e Léo Barsotti, dois dedicalios amiguinhos deste jornal.

O caminho do céo,Monsenhor, é o ca-minho das boasobras, e estas se po-dem praticar em toda

a parte. Logo.,caminho do céoem toda parte.

está

Jean Norris, a ani-ca mulher magistra-do de New York, nãotem a menor indul-gencia para com ocoquetismo feminino.Ha pouco tempo com-pareceu á sua pre-sença o m a jovemactriz, processada por

c u mplicidadenum crime deroubo. A ac-ousada tinhapassado anoite inteiranum calabou-ço e, natural-mente, o seurosto aceusa-va a tristezae a fadigadessas h o rascruéis.

Uma vezsen tada nobanco dosréus, a artistatirou do seusacco de mãoa borla e acai xinha depó de arroz ecomeçou aempoar-se.

— Para acadeia! — ei-clamou a ma-gistrada. Condemno essamulher a oitodias de pri-são, para ficarsabendo queas salas dotribunal nãosão gabinetesde "toilette"!

Debalde a aceusadatentou d e seulpar-se.A sentença estava la-vrada.

E pela outra culpa,da cumplicidade noroubo, foi condemna-da a mil dollares demulta.

Uma d e terminadamassa d a g u a temmaior calor especifi-co qu_ outra igual deterra; submettidas asduas a uma mesmatemperatura, a massadágua por conter 'em

si maior quantidadede calor do que ogaz, terá forçosameu-te mais tempo pararesfriar-se; inversa-mente, superior a queseria cinco a dez ve-zes o calor especifico

dessa massa dágua so-bre a sua igual daterra, é claro que es-sa mesma massaa q u a r i a gastantlomais tempo paia res-friar-se, mais tempotambem c o nsumirápara aquecer-se

-—•:•—Entre ;;s exquisiti-

ces dos adores nota-veis conta-se a de Ju-lião Gayarre que f-nha por costume con-servar-se no seu ca-marim até o ultimoinstahte e só lançar-se para a scena tleespada, envolto aindaem densa nuvem ri *fumaça, pro duzidapelos numerosos ei-garros que fumava.

A maior flor domundo é a RaflesiaArnoldi, que se criacm Sumatra. Tem 90centímetros de dia-metro, o que vem a

Êkser quasi o tamanhode uma roda vulgarde carruagem.

As cinco pelalasdesta immensa florsão ovaladas e de umbranco creme. Os es-tames que ella tem nocentro são numerosose côr de violeta. Aflor pesa mais de 7kilogrammas.

'VôVÔ DO TICO-TICO" E' O LIVRO NECESSÁRIO A" CREANÇA. A' venda

Page 14: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O TICO-TICO — 14 — !) — Janeiro — 1935

exercício escolarOESENHOS PARA COLORIR

fcys V __ > ¦' ' '.— ¦ '

V. _TT_.m_'1_^~^ J /'x\ /Af i_M_ÜLiWfelff'/5? /(gp /ffl\v )

O carrinho A c a s a

Os quatro desenhos desta pagina devem ser coloridos a lápis de côr ou aquarella. Constituem taes desenhosmotivos para os nossos leitores se aper feiçoarem na bella arte que é o desenho.

^ 11 lá^l^Jè-O g i r a s o l O peixe

' -_^*s/V«'V'>_-^*»rf*'iy^-^-^/%*Srf'W*S*S«^»**'^

_D Senhor dará um magnífico presente ao seu filhinho, comprando o bello livro "MEU LIVRO DE HIS.TOR IAS", A" venda cm todas as livrarias,

Page 15: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

,f;Hl«"il'«l — í!),">5 - 13 O TICO-TICO

AS PROEZAS DO GATO FELIXtDrtcnlio de Pai Sulliran — Exelusividade d'OT!CO-TICO paru o Brasil)

Ímmtm-*-

¦¦ ¦> ¦ . ¦¦»¦¦'¦¦. ¦ »¦ >¦¦ .¦——¦ iil p.ipwi.m ¦ i ¦ ¦¦-¦ ¦ ¦ ¦ ¦-**-»-*--¦-¦?¦¦» •R»»-*—•» "' :—m*n*t

— Como é' Quem vae tienraqui' Nós ou você? — perguntaram os ratos a Gato Felix.

— Vamos jogar as cartaspara decidirmos a nossa sor-tel — sentenciou Gato Felix.

E Gato Felix tirandouma carta exlubiu-a Era

dois de ou ros

O chefe dos ratos fc*rou. por sua vez, a carraEra um um nove de...

~"-~*^X W =v ERV 'r l ¦ I'""&#/' - ano docI _tfá___i3

J,. É -¦¦ // £>*•—-,r-~-t ~~-lZl

espadas, ganhou .. .mas nada conseguiu Os ra- ...varsoura E á noite, ao rclenro. — Vou rondar esta casa' -(Çato Felix ainda tos empurraram-no para a rua. ficou o nosso Gato Felix a pensai disse Gato Felix comsigo mesmoquiz protestar,... tocando-o com um cabo de... 10 que devia fazer Nessa...

...oceasião, Gato Felix viu que umladrão procurava entrar na casa. Ga-to Felix...

...exultou de alegria Entraria também emseguida ao ladrão e de lá expulsaria os ratosDe facto....

..Gato Felix entrou na casa e.pé ante pé, dinçiu-se para a ade-ga — Vou beber..

r*— " " 't '—™—"- 1 mW&as—; '"¦'•• ¦ »"¦; *r~m

ml* ir'-' x "'V^f ^yA' r ^ pi . ( ";;

.. .uma garrafa de so- ...fez ruido e o la-da! — disse Gato Fe« drão, receioso, aban-Uh. Mas a rolha da donou o que tinha nagarrafa..* mão e...

... fugiu. Os ratos, que não tinhamvisto Gato Felix, fugiram tambéme Gato Felix tajjou os buracos depassagem..

,..dos ratos com rolhas das gar-rafas de soda.

(Continua),'MEU LIVRO DE HISTORIAS"'— PRIMOROSO MVRO QUE TODA A CREANÇA DEVE LER A' VENDA

Page 16: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

A BaronezaPagina n. 2 <cw;nua no próximo numero)

~J»'.0 7í*J

1j

—¦ —- ==-=•] 4!

| \

^^^-"í Mwá^P rpr __

DEPÔS iW DO CARVÃO . fi* çr-U „,,,_¦ I

íj^^^^^^^^^^^^^^^i^ ____________ <____________________i^____________L il____i _______ __l ___ í^mx i-\ ^ ~"~'" "7"

fim,fí* I AO-i;i = \ 11 Al L (É Inv /y,™*„ /.¦MhiiI «umMil _«___. _____ V^y _. 1 ICALDEIRA 1 |l i „ . u "P~y\ ei AM pK _¦ ___ fl

fl ___ \" 1" . - - ' • *) ° flj fl. .__y /PZ-—-í_\ c I^^^-^^^T X\ ___________ —" _______ -_-___*. 4) v^| 1

________ —- 1 __¦___. __¦¦__ É __ É __» -AV -•// *,,*¦«•.-*> ~^a 1______¦ _^. PARTE DÍTRAZ DA ^Ét ^^ 1 ___ _B -S fl B fl XS-"'">-/ vdWV- f 5, •** ||/*-"- -—> CALDEIRA Á. I fl I fl " ii -1/"" L fl fl \ Mr fl _F j___>, • ¦ "5 ¦ l1 è m \**\W ^F ^"^ ^"^ w Mm lhm 1

I 77^ r" íinõo^vava -^X fl í I

'• li ^Éfod _H_BPflflBflaflfl_flflflfl_i £_-. „ I, ,*,L.„. 1

; - I1-f. . 4 yf ;:« ./ •/? "~ ">1

__¦ __¦¦ ¦-. J síí H, T * I „ ___ 1

*-£/X_ _W ~"'l Wf Mi '/?C-£-A CENTRAL. Wf W!

MEU LIVRO DE HISTORIAS, 5 o titulo de um rico volume caprichosa e profusamente illustrado, maravilhosamente colorido. Sâo j|. de fadaS) COtÚQj.

_-0_rfí__I_rMen... fia/a a curiosidade infantil. Nunca se editou, entre nós, um Jivro de historias infantis tao lindo."a.su^_'Ç^ e.*^e'".lio Interessante no seu fundo, como esta nova publicação da "Bibliotheca Infantil d' O TICO.TICO,\Sobret_dõ."as "üíuVtraçõe7s7o

nVtavêis*'pdoi-SU Y.1VQ *? tm__e._ion-n_ft^o___jg_»>_, «jmpjrcfiianao ^ J2^afcalhfl wijtvsi-ecjAiiquissim.O. O seu pjeço é de 2OSO0Q.

de aventuras extraordinárias, lendas oríentaes, paginas bíblicas — uma vasta e varladissíma collaboração, co-istltulndo

Page 17: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O TICO-TICO — 18 9 — tfotit-iro — 1935

O TICO-TICO Ladra, astuta e... ignorante

J^K^ã^S-lfeâí-èl^ í^SSP

Estava o Tico-Tico no seu posto de ....raposa!" — disse o passarinho. ...montes e valles sem. entretanto, consc-(observação, quando viu uma raposa atten- O gallo. po_-se a gritar e sahiu vo- guir apanhal-a. A' matreira raposa não lheta para um gallo. ando. Os seus gritos attrahiram faltavam astucia e manha para se defender

— "Foqe e grita, meu lindo Cr.ante- attenção de um galgo que, farejan- do cão, mas a sua ignorância era grande,'dei. se nâo queres ser comido por aquella.,. do a raposa, a perseguiu por. .. desconhecia as ratoeiras e outras...

*#

^*~\*I^"^*'"'" J^^0^^- *4? /. ..armadilhas O vicio de roubar cegava-a, pois viviade pilhagens nos gallinheiros Depois de vagar algumashoras pelo matto, encontrou um coelho deitado e, semperceber que o bicho estava morto, poz-se a rodeal-c **Um Tatú-mundéo que surgiu no momento passou.1?»

por baixo de um mundéo desarmado. A raposacom medo que elle lhe roubasse a presa, atirou-se aacoelho e desarmou a armadilha ficando presa para sem-*pre O Tico"Tico, que a tudo assistiu, disse: *»• La-^dra," astuta ei".", ignorante!

Comprem o livro "VOVÔ D' O TICO-TICO". á venda em toda a parte.

Page 18: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

í) — .fo-tei-O — 1IK15 - 10 O TICO-TICO

Qú DEí 8DD0ÍDGD (lOcP UVEMTO IMPERTINENTE. E MA-CRIApO \ COMO^«=>e perhitte: arrebatar o chat_g novoCOMPRAOO A PÇ>E._TAÇO_<=> n

í_r~__"_——__v^B _TaJ-S3B SSSpd^*^——-—~' *—*-*T-P-mT^ _¦ -w**^»--*"^___H WLY/

~~~ -——-- "*—~~

_____________

_.

c_aül |UoU |ÜQr

-M QUE E.TADO PICOU !vou k_. mino-ac» t>esseAUTOMO - /^~Avi et ^MjfY^cHVERGO.Hr_

_r

QUERO UM CHAPE O ICOCO BEM <:o' '¦-"-••—¦ f __r_ e'

MAI. tHJ_RO QUfe

A Sua<_,B6CA

_-3j^wi ist^r ^gí ^^*^v""- {r*i/ 'rf

_•_. _á__»______.'' ^^_^-, ^Cfc__BMy^-

__B______!?

QU_.RO HBO KlDe oyNAMiTE*.Boa p-—*¦-

LOr_V

_____ ^____á_v v^^___F^

^^^**

Í"N (A, BOHC_ ESTAX TEITA '.

ACTO PODER. EXPLOSWOMAf-TERRtVEl- QUQ

B0M6A DEEXAME

0 AUTOMÓVEL _UE PlSAR_O MEU CHAfEO( FICARA' RE-DUZtDO APO^sERA' A

/* 7\ VlNG__*slÇ_>

Quero ver acíora siPODEM COMMlT_0 V

m^l^ATALj

mmmWfüÈmT^_, Wt "'SK0^1//W -^-»»i-^»-»-»--»-'»--^^^fc ^^¦___í___-*1*'^ 'm^mi^mmh

outra vez o vento quep^_yBrincar, com o meu chapeio*ÜEPOtS VEM .6 AUTOMÓVEL. j~^>\ _ __

|___É__s^___! ___r_S_C **'" 'Jf___H __-¦_--_' _^

i^p_

_r*___H^S_K=_i

I V^\ w

COMPR EiO~._ 0ÍÇAO £ _TBAÓR Dl N ARI A D'0 TICO-TICO DEDICADO ÁO~ CAMONDONGOMfCKEY. A' VENDA POfí 1...Q.

RAIOS- Com csta I \ _v \ 7

Page 19: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O TICO-TICO — 20 9 — Janeiro — 19:)5

AS AVENTURAS DO CAMONDONGO MICKEY(Desenho de Walter Disneu e M. B twerks. exclusividade para O TICO-TICO em todo o Brasil]

Ifc 1— Meu caro Mickey — disse

0 rei — o navio está prompto pa-ra partir! Está na hora! ¦**- Muitobem, Magestade....

« tf®-* >W* i,-jC^r

rtllilP ^0^^

;e eu lhe offereço, presentes para seus ho-mens! — respondeu o Camondongo Mickey,ao mesmo tempo que os botucudos avançavamnos presentes

Foi um espectaculo divertidoa divisão dos presentesselvagens. Minutos depoiselles, com o...

pelostodos

.".irei á frente formavam um cortejo, fazendoum ensurdecedor alarido — O navio Pat Luckestá prompto para...

>. .partir Que vamos fazer de Pedro eSylvestre^ — perguntou o CamondongoMickey a Churchmouse.

— E' um caso difficilde resolver!—respondeuo velho Churchmouse.

Jm

— E' melhor não deixarmos amarradosestes dois bandidos Desamarremos os pira-tas e os deixaremos na ilha1

O Camondongo ouviu essaspalavras 'de Churchmouse edirigiu-se para os bandidos

— Sabem qual é a pena para rebellião?perguntou Mickey aos bandidos. — Sabemosresponderam E' o enforcamento!

Mas cu nào os enforco!— respondeu o CamondongoMickey Vou dcixal-os...

.•> .livres, vou desamarrar essas'cordas,que os prendem e, ainda, offcreço a vo-.' cês uma espingarda para...

—•*¦ ">" _z...que possam se defender dos ataques

dos botucudos(Continua)

B' UM.PRECIOSO PRESENTE PARA A INFÂNCIA. Q "MEU LIVRO DE HISTORIAS^. ALVENDA.

Page 20: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

19 OS ROMANCES D'" O TICO-TICO"

todos, e tomou as refeições como costumava, ainda que tivesse comido pouco,e tivesse bebido, receio, mais rhum do que a sua ração habitual, porque se ar-rasteu para fora do bar, ar ameaçador, soprando pelo nariz, e ninguém ousou,contrarial-o

Nas vésperas dos ftineraes, esteve mais bebedo do que em qualquer outraoceasião, e era penoso ouvil-o, nesta casa enlutada, cantarolar, continuamente;,a horrível e antiga canção; mas por mais fraco que estivesse, todos nós tinha-mos pavor delle, e o doutor fora subitamente chamado para attender a umdoente, a vários '.ilonietroa de distancia, não estando mais á mão depois damorte de meu pae.

Disse que o capitão estava enfraquecido e, com effeito, elle parecia per-der, cada vez mais. as forças.

Subia a escada e descia, ia da sala ao bar e do bar á sala, e algumas vc-zoa espiava fora da porta, para sentir o mar. segurando-se ás paredes quandocaminhava, e respirando com força e seguidamente, como um homem quegalga uma encosta escarpada.

Nunca se dirigia a mim de um modo particular, e creio que elle tinha es-quecido completamente as confidencias, mas estava mais impertinente, e selevaremos em conta a sua debilidade physica. podíamos consideral-o maisviolento do que dantes. Tinha agora o habito inquietante, quando estava be-bedo, de sacar o facão e deital-o sobre a mesa, deante delle. Mas apesar disso,occnpava-se menos com os outros e parecia absorto nos próprios pensamentose muito distrahido.

_ ma vez, por exemplo, causanao-nos viva surpresa, poz-se a cantarolaruma ária differenle, uma espécie de canção de amor rústico que provavehueu-le aprendeu na mocidade, antes de eniprehender as viagens marítimas.

As coisas correram assim até ao dia seguinte dos funeraes, cerca de treshoras de uma tarde desagradável, nublada e glacial; então, de pé, á porta,um momento, com o coração confrangido pela morte de meu pae, vi na estradaalguém que se approximava lentamente.

Era com certeza um cego, pois vinha ttteteando o solo com um bastão;trazia um enorme quebra-luz verde acima dos'olhos e do nariz. Estava cur-vado pela edade e a fraqueza, e usava uma grande capa de marinheiro, veliiac esfarrapada, com uni capuz que o fazia parecer deformado. Nunca vi, em.minha vida, uma silhueta mais horrenda. Parou um pouco autes de chegar áistalagem, e, falando alto, num tom bizarramciite cantante, articulou para oespaço estas palavras;

— Que alma caridosa terá a bondade de informar a um pobre cego, que]" rdeu o uso da vista em defesa de sua pátria, a Inglaterra (Deus abençoe orei Jorge!), onde está, em que parte do paiz se encontra neste momento?

Você está no "Almirante Benbow'', na bahia de Black-Hill, meu bravo,disse eu.

Ouço uma voz, disse, uma voz moça... Quer dar-rae a mão, joven ebom amigo, e faz^r-me entrar?

A ILHA D G THESOURO

•— Não quero o seu dinheiro, disse, a não ser o que uerye a meu pae. Voudar-lhe um copo, e nada mais.

Quando l__'o trouxe, segurou-o avidamente e o bebeu de um trago,•— Eli, eh! disse elle, seguramente isto agora vae melhor. E agora me

diga. meu amigo, quanto tempo o doutor pretende deixar-me neste regimen?Uma semana, pelo menos, disse ou.Com os demônios, exclamou, uma semana! Isso não pôde ser, mandar-

me-iam para o outro mundo. Os outros estão á minha procura, bandidos quenão querem guardar o que têm c querem tomar o que ó dos outros. Isso

i i \\ wyy--—"zl—- -

Jim, tu êa uma creança intelligente — disse o Capitão..«<

Page 21: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

14 OS ROMANCES D'"0 TICO-TICO"

é um procedimento de marinheiro, responda-mo? Eu, em, sou econômico. Nãoesbanjei, tão pouco não perdi, o meu dinheirinho. e ainda hei de lhes pre-gar uma peça. Não os temo. Vou viajar, meu amigo, e vou lhes dar aindauma outra lição.

Falando assim, levantou-se da cama com muita difficuldade, agarrando-»eao meu hombro fortemente, causando-nie dôr, e movendo as pernas como seíossem de chumbo.

As palavras, que exprimiam tanta decisão, estavam tristemente em con-traste com a fraqueza da voz que as pronunciava.

Estacou quando chegou a sentar-se á beira da cama. -Esse doutor me mata, murmurou. Meus ouvidos zumbem. Deita-m».

Antes que pudesse fazer algo para auxilial-o, já elle recahira no logarprimitivo, onde ficou um momento extendido sem falar,

Sim, disse emfim, viu o marinheiro hoje?Cão Negro? perguntei.

•~— Ah! Cão Negro, disse elle. Esse é mau, mas aquelles que o mandamsão peores. Portanto, se não posso absolutamente ir-me embora, e se me en-viam o signal negro, lembre-se de que o que querem é o meu velho bah_ debordo. Você tomará um cavallo, pôde vazei-o, não é verdade? Pois bem, tomarár.m cavallo e irá. . . sim, eu o quero. .. irá procurar esse doutor dos diabos edir-lhe-á para prevenir todos, os magistrados e o resto, e os recolherá todos abordo do "Almirante Benbow", toda a equipagem do velho Flint. marinheiros,grumetes, tudo finalmente. Eu era immediato. eu. sim; immediato do velhoFlint, e sou o único que conhece o logar. Elle me indicou em Savannah. no mo-mento de morrer, como pôde acontecer commigo neste momento, comprehende?Mas você não dirá nada, a não ser que elles me atirem o signal negro, ou vocêreveja o Cão Negro, ou um marinheiro aue tem uma perna só. Jim, este sobre-tudo.

Mas que coisa é essa. signal negro, capitão: perguntei.E' um signal, meu amigo. Repito, se elles o enviarem. Mas tenha

cuidado com o magote, Jim; e dividiremos pela metade, palavra de honra.Divagou ainda algum tempo, mas a voz ia enfraquecendo. Quando lhe

aei o remédio, que tomou como uma creança. disse:Se houve ura marinheiro que nunca precisasse de drogas, esse mari-

nheiro era eu! — cahiu, emfim, num somno pesado, como lethargico, em queo deixei.

Não sei que teria feito se tudo fosse normal. Provavelmente teria narra-do a historia, ao doutor, pois tremia de medo ao pensar que o capitão se ar-rependesse da confissão, e me eliminasse. Mas aconteceu que o meu pae mor-reu subitamente, ficando tudo o mais em plano secundário.

A nossa tristeza, muito natural; as visitas dos vizinhos, os preparativos_os funeraes e o trabalho no albergue, que se não alterara, oecuparam-me detal fôrma que quasi não tive tempo para pensar no capitão, e muito menospara o temer.

Desceu do quarto no dia seguinte, _e manhã., com grande surpresa de

A ILHA DO THESOURO U

/

A-L.VfN&u^-^ « - "~ —

Cão .Negro

I

Page 22: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

9 — Janeiro — 1!'::."» 0 T I G 0 - T f G 0

AVENTURAS DE BROC01Óamaamsmmjsmm "- ¦¦" "" "' "' | •• i ' '" ¦ ¦— i n " ¦" «* maaaaaaamamam ».,...

•¦ i

— 0 general Bunzo agora é rei!— dizia Oscar para Brocoió, o impagavel marinheiro Poopey.

Emquanto isso, na sala do lado, — O ouro é tudo que está no pa-rei-general exigia do rei vencido, to- lacio real. Quero-o já e tenho odo o ouro do Estado. exercito a meu lado! — exclamou...

I

ÍCreat

britam rigucs reservei].... rfY ,A& ¦¦'¦:

-::.. :::;,rii__te

...o generai. — O palácio é seu!declarou o rei vencido. Seja um bompastor para as minhas ovelhinhas.

— Tratarei bem o povo — talou orei — c o senhor ficará mais pobredo que Job. Emquanto isso, o niari-

nheiro Brocoió procurava um dete-etive. Ia agir por sua vez.

(Continua no próximo numero)

LIVROS NOVOSA nossa literatura infantil vem.de

ser enriquecida nestes dias com apublicação de oito interessantes vo-lumes, editados pela Big (Bibliothe-ca Infantil Guanabara), tendo comoprotagonistas Mickey Mouse e suagente...

São livros repletos de lindas his-tcrias, raagnificamente coloridas pe-Io insuperável pincel de Walt Dis-ney. Gilberto e Paulo Werneck.

Ei."> a relação completa dos volu-mes que acabam de ser publicados:"Jl viagem de Papá Noel" c "Mãe

Lua", de Oswaldo .OricO; "O reizi-nho descalço", de Henrique Ponget-ti; "Dora, pedacinho de gente", deBenjamin Gostallat; e as "Aventurasdo Camondongo Mickey" compostasdos seguintes volumes: "O thesourodo capitão Rato da Igreja", "A fatiade queijo", "Mickey chauffcur detaxi" e "O naufrágio de Mickey".

O rei Jorge V attribuiu o titulo dcDuque dé Kent a seu filho Jorge, apropósito do seu casamento com aprinceza Marina da Grécia. Havia144 annos que nenhum principe in-glez usava esse titulo. O ultimo a

»>-»\A^«^VV*-'V"'-»,VN*,*»''***^«*V'^N>'%>«VV'V\i**_'VN^ é

Dê a seu filho ou á sua filhinha um

usal-o foi o principe IrMnardo, quar-to filho do rei Jorge HI e pae da rai-nha Victoria. O titulo de Duque deKent foi oulrora usado por EduardoPlantagenet, decapitado por have*conspirado contra o rei Eduardo H.poro a morte dc Eduardc, passou otitulo a seu irmão João e depois áirmã deste, Joana, appelidada "a bel-la moça de Kent". O titulo de duquec conde de Kent é airtiquissimo. Foicriado por Guilherme, o Conquista-dor, que o deu a seu irmão Eudes,bispo de Bageux, o qual assistiu ac»lado de Guilherme á batalha dc Ha.".-tings. Eudes foi despojado do titulopor duas vezes pelos seus subditos.

bçHo presente, "MEU

todas as livrarias.LIVRO DE HISTORIAS". A' venda e,a

Page 23: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O TICO-TICO 5J — Janeira ¦— 19.5

as traquinadas de Joióca b Gibimba-fl bomba__________|_á__tf__fr_i__. __Wr ".-'ri,1 -- - ** mmm, __¦,¦¦¦ ¦¦¦ Tri ¦, -.. -»______. >. -j********** t* j* LrrL^(K?-

* !~n~>__J^

Jojóca e Gibimba deram o noticio»— O Senhor não imagino, "seu" Pancracio! Vimos, alli

na esnuina. dois homens, pondo uma bomba no chão í

"Seu" Pancracio, aterrorísado, contou ao "seu" Ma-noel que tinham deixado uma machina infernal, alli noesquina, r.

¦— .-¦._.,_¦ ""—>— " _ "" ¦"'¦• .

iS__-__J__^t__í______W^_ i>-• E' uma bomba, homem de Deus!. Uma bomba deste

lamanho! Estoura a qualquer momento_A policia tomou conhecimento do tacto e grande ero

o massa de dovo que se dirigia para o local sinistro!

4á&

Realmente! Os garotos não haviam mentido._.,,Lá estavam os dois homens, collocando, calmamente, uma grande bomba de.;-. gazolino

Toda creança deve possuir d livro:--"Meu livro de historiasfV á venda

Page 24: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

D _ Janeiro — m'5."» O TICO- T I t. O

/"™~N "***\ C ~~p c:TT^\ *7 t*^ A~ \

(O) D%-*S 1 Lr\lKA\(o) .

D. Firína mandou, Azeitona faz,ei° com-pnas. Como o õTmarinho , fosse muitoionrie, o prerinho resolveu ir de bonde.

Tstaya a espera do carro, quando viuõppnoxirnar-se um senhor muito ^or-6o e myope que, andsndo apressado, auava por todos os pór>os • . '.

" Vipa-Mundo", como se chamava o gorducho,acercou-se de Azeitona , e perguntou-lheonde morava o Dr. Leão. O pretinho, in-dicarido-lhe um lar<5p portão, disse :-E'aHi...

"Vira-Mundo", sem perda de tempo', sahiua corne r em direcção do portão .La crieliando, informou-se de um çjuarda "se oDr. Leão escava em casa"

— Esbã, Sim senhor\,e elle mora alli naquellacasinha. "Vira- Mundo" agradeceu, e. dirigiu-sepana a casoba. Mas, logo verificou o logro em«que cahlna. ..

Na casinha não morava nenhum Dr. Leão. ,Quem vivia Ia' sra um leão 3uthcnb'i<fo. A-z.ei^tona pregara mais uma das suas, indicando oJapdimvHooloC;ico ao "ViVa-Mundo"

Page 25: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

o T h: Ü - T I C o — ;ío —r í> — Janeiro \m,r,

0 5 D 015 5 Cl R D 05¦

(SAINETE EM1 ACTO)"FRSONACENS:

O doutor.O secretarioretiro. íJosé. ) creados.

SCENAR10:

Um gabinete mobÚiado. Estantes com livros.\)ma ''folhinha" marcando: 1." de Abril.

O DOUTOR (Entra, muito nervoso, chamo.ii-de) Pedro!... O' Pedro! Pedro! (Grita): Pe-liio!..,

PEDRO (Unhando) Prompto, doutor.DOUTOR — Você está surdo?PEDRO — Não, senhor.DOUTOR — E por que não respondeu quando

«u chamei?PEDRO — Eu respondi, sim, senhor.DOUTOR — E por que não veiu logo?PEBRO — Eu vim logo, sim, senhor.DOUTOR — Mas demorou muito.PEDRO — (Calmo) Perdão, doutor. Eu de-

morei pouco.DOUTOR — (Sempre nervoso) Quero que de-

more ainda menos do que pouco!Sim, senhor,

— Veiu alguem aqui â minha pro-PEDRO -DOUTOR

cura ?PEDRO — Não, senhor.DOUTOR Estou, á espera do secretario da

Auditoria de Guerra que virá me trazer meu ti-tulo dc nomeação para o cargo de auditor...

PEDRO — De qué?...DOUTOR — (Gritando) De auditor, homem!

Au-di-tor! Você está surdo?...PEDRO — (Calmo) Não, senhor.DOUTOR — Pois parece, porque não ouve o

que eu digo.PEDRO — Eu ouvi, sim, senhor. Apenas não

comprehendi.DOUTOR — Mas não é preciso comprçhender.

Hasta ouvir.PEDRO — Sim, senhor.DOUTOR — Eu vou sahir...PEDRO — Sim, senhor...DOUTOR — Não me interrompa! Si o secre-

íario vier diga-lhe que me espere um momento,pois não deverei demorar. Está ouvindo?

PEDRO — Sim, senhor.DOUTOR — (Sahindo) Ainda bem. E não se

esqueça! (Sahe).PEDRO — Sim, senhor... Ufa!...JOSE' — (Entrando) Que tinha o patrão que

ratava gritando tanto?PEDRO — Sei lá!... Elle está nervoso e acha

que eu estou surdo.JOSE' — Surdo parece cllc...PEDRO — Realmente...O SECRETARIO — (A' poria): O doutor está?PEDRO — Sahiu neste momento, porém, disse

que, si alguém o procurasse, pedisse-lhe o obse-'tuio de esperar uni pouco que elle não tardaria.

SECRETARIO — Não. Eu prefisò voltar de-pois.

JOSE' — Peço licença para prevenir o senhortli; que o patrão está muito nervoso e surdo comouma porta. ,

SECRETARIO — Surdo?!...JOSE' — Sim, senhor. Para se falar com elle

é preciso gritar, 'Io contrario não ouve uma pa-lavra.

SECRETARIO — Foi bom me prevenir. Vul-tarei depois. (Sohc).

. PEDRO — (Sorrindo) Que lembrança a tua...JOSE' — E' para elle perder a sei sina fie cha-

mar os outros de surdos. Vae ver depois umasopsa...

DOUTOR — (Entrando) Veiu alguem?PEDRO — Veiu, sim, senhor,DOUTOR — (Procurando cm tomo de si) E

rnule está? Onde está a visita?PEDRO — Tornou a sahir para voltar mais

tarde.DOUTOR — (Nervosíssimo) Mas eu não dis-

se que o mandasse esperar um pouco?PEDRO — Disse, sim, senhor, e isto mesmo

ru repeti ao homemzinho; mas elle replicou quenão esperaria e sim voltaria mais tarde,

DOUTOR — E seria o secreta: io?PEDRO — Não sei.DOUTOR — Pois devia saber...JOSE' — O que sabemos é que elle é muito

surdo.DOUTOR — Surdo?!...JOSE' — Como uma porta. Para se falar com

elle c preciso gritar, do contrario "não ouve umapalavra.

DOUTOR — Foi bom me prevenir. Vou ago-ra ao escriptorio e quando elle chegar me cia-

. mem . (Salie) .PEDRO — Sim. senhor.JOSE' — (Rindo) F-ercebeste?...Agora è que ''serão ellas" quando os dois se

encontrarem...PEDRO — Bem achada a pilhéria.JOSE' — Nós ficaremos de parte

'gosando oencontro dos **.do;s surdos'*...

SECRETARIO — (Aporia): Já chegou 0doutor?

PEDRO — Agora mesmo. Queria ter a hon-dade de entrar e esperar um pouco emquanto euvou chamal-o. {Sahe).

SECRETARIO — (Entrando) Esperarei.JOSE' — E o senhor já sabe: tem de gritar

com elle, sinão perde seu tempo falando baixo.SECRETARIO — Já sei.DOUTOR — (Entra, falando alto)'Muito bôa

tarde, senhor secretario.SECRETARIO — (Falando também muito aU

Io): Bôa tarde, meu caro doutor. Já estive aquiha pouco.

DOUTOR — (Sempre e cada ves mais falandoalto,, a gritar); Eu soube, e é pena que não meesperasse..*

PEDRO — (Entra e vae se reunir ao Joséque está ao fundo e onde ficam os dois a rirbaixinho).

SECRETARIO — Vinha lhe trazer seu titidonomeando-o auditor de guerra; mas vejo que odoutor não pôde desempenhar esse cargo.

DOUTOR — (Surpreso) Como!?SECRETARIO — (Gritando mais): Digo-lhe

que não poderá oecupar o logar de auditor...DOUTOR -- Não posso?! E por que?SECRETARIO — Náo pôde porque é surdo.

E auditor precisa ouvir e muito bem. E' o mes-mo que "padre mouco não confessa'*. Está ou-vinda?

DOUTOR — Estou ouvindo, sim, Mas eu :iiosou padre, nera sou mouco, ouviu? O senhor,sim, que, por ser surdo, pensa jque toda gente oé também, e pega a gritar para ahi como um louco.

SECRETARIO — Eu? Louco e surdo?! Estámuito enganado; Surdo é o senhor.

DOUTOR — (Zaugandosc) i Pcor vae a brin>cadeira. Quem fui que lhe disse que eu era sur-do, hein ?

SECRETARIO— Q4iem mr disse?JOSE' — ÇRapido ao Pedro) Vanw nos cm-

!i"i,'t... (Sahe).PEDRO — (Sahindo) Vamos! (Sahe).DOUTOR — Sim. Diga quem foi que lhe dis-

«e, si é capaz.SECRETARIO — Quem to* disse deve saber

muito bem.DOUTOR — (Grilando) Mas, quem foi, afi-

SECRETARIO — Não grite, 4ue eu não cou•surdo.

sei si é Pedro

(Chama) : Pedro!

(Ao Doutor): O senhor quer água?(Furioso) Quero um raio que o

DOUTOR — Isto hoje acaba mal... O senhortem «le me dizer qium o informou de que euíra surdo.

SECRETARIO - Foi seu creado.DOUTOR — O José?!.SECRETARIO — Não sei si é José ou João.DOUTOR — E' José. (Chamando): José!...

O' José:... (Grita): Josíééé!... Está surdoIdiota?. . .

JOSE' — (Unira com a mão em concha no ou-vido) O senhor chamou?

DOUTOR — Você foi dizer a este senhor queeu era surdo?

JOSE' — (Fingindo surdes) Como diz?..,DOUTOR — (Gritando) Pergunto si você d'.s:

se a este senhor que eu era surdo?JOSE' — Não oiço nada...SECRETARIO — Não foi este. Foi o outro.DOUTOR — O Pedro?!SECRETÁRIO — Não

Paido.DOUTOR — E' Pedro.

O' Pedro!...JOSE'DOUTOR

parta!...JOSE' — (Muito amável) Ah!.,, róis não.

Eu vou buscar e um pouco ali para o senhortambém,.. (Sahe).

SECRETARIO — (Rindo) Já estou perceben-do. Trata-se de uma peça que os rapazes qivize-ram nos pregar, dizendo a mim que o senhorera surdo e ao senhor que eu não ouvia patavina.

DOUTOR — Vou despedil-os! (Quer sahir).SECRETARIO — (Segurando-o) Não faça tal.

I.emberse de que hoje é 1.° dc Abril e que uós _eahimos no logro... (Mostra a folhinha).

DOUTOR — (Rindo c olhando a folhinha) —Realmente. Nem me lembrava... Como vê, oumelhor: como ouve, tu não sou surdo.

SECRETARIO — Já percebi. E aqui está otitulo de sua nomeação para auditor de guerra.(Dá-lhe uma grande sob) e-carta).

PEDRO — (Entra, trazendo uma bandeija con:chita ias dc café) Perdão, doutor...

JOSE' — (Unira, ao mesmo tempo, trazendooutra bandeija com cálices de licor); Desculpe-nos Sr, Secretario.

DOUTOR — (Rindo): Estão perdoados.SECRETARIO — (Rindo) Bem pregada a

peça.,. ¦PEDRO — E' que o Doutor andava nervoso e

achando que todos nós aqui em casa estávamossurdos...

SECRETARIO — Comprehendo o nervosismodelle: estava inquieto, esperando sua nomeaçãopara auditor. ..

JOSE' — E que vem a ser auditor?!...SECRETARIO — E' uma pessoa que tem de

ouvir.,.PEDRO — Ah! Isso eu garanto que elle ouve

e muito bem.JOSE' — (Ao Secretario) Quer ter uma pro-

va ?SECRETARIO — (Sorrindo) Vamos lá...JOSE' — (Ao Uoutor, falando baixinho e es-

fregando o indicador contra o pollegar)'. Quer di.nhc.ro, Doutor?. . .

DOUTOR — (Sorrindo) Como não? Quantovenha...

SECRETARIO, PEDRO E JOSE' — (Sorriu-do) Pude ser auditor...

( F I M )

tZíistoxgio K\mdcttey

Page 26: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

*) _ .?:;m-ii-«; _ |t>3.-j

No/sosO T ICO- T I C O

/irníf\pXül .0 luLü 1 CONCUR/O/

RESULTADO DO CONCURSO A"" 07

Solarão exactu il<> «oiicuim»

Solucionistas: — Paulo de TaAoMedeiros, Yara Ilka, Newton de. Ai;".-tos José Ferraz, Nicia da C. Velho,Gelrua Dias de A . . Ary Ferreira Ma-cedo, Keplcr Santos, Celina GloriaAlonso, Léa Novaes, Julieta EugeniaBraga, Leonor Nogueira, Neuza Oi-tsalheira, Ruth Araripe, Francisco Jc-*é K., Alfeu Araújo Flores, Odilla CruzOliveira, David Wiedlmer, Dur^asalPires, Eny Pimenta, Paulo Sizenando,Shirley Rocha, Maria Rotta da <Maria Helena da Silva, HumbertoDuarte, Ilza de Almeida, Laerte Pe-reira da Moita. Ilka de Almeida, iveAta de Almeida, Roberto Machado.Beatriz M. de Miranda, Osmar Carnei-ro Victoria, Hellton Motta, Maria 11.Pimentel. Neuza Blondet, Maria Ap-parecida Magalhães, João B. Leiaoc,Uervasin ltaborahy, José Brasil, Kefli-Guedes Marques, Lúcia Carneiro Bi cnes, Dante Micheliui, Jaei Claudia daSilva, Nelson Rodrigues. Krb Faller,

O TICO-TICOPropriedade da S. A. O MALHO

EXPEDIENTEASSIGNATURAS

Brasil: 1 anno 23$000tí mezes 13$000

Estrangeiro : 1 anno 75$0006 mezes 3S?000

As assignaturas começam sempreno dia 1 do mez em que forem lo-madas o serão acceitas aunual ousemestralmente. TODA A CORRES^PONDENCIA como toda a remessade dinheiro, (que pôde ser feita porvale postal ou carta com valor de-clarado), deve ser dirigida ã 3. A.O Malho, Travessa do Ouvidor, 34— Rio. Telephone: 3-4422.

Geuza Duarte Monteiro, ScbantlCmd'AngeIo, Araclius Amancio, VaraoyAlmeida Alvarez, Irany Nery, AlbaSaltitl. Olympio Tavora Cruz, Jos'Torquato Caiado, Luiza Sampaio. Ma-ria S. Leite, Carlos Labouriou Bar-ros. Aríete Cunha, Armando Pinheiro.Bernardo Leal, Roberto Sarmento R->cha; Lygia de Camargo Cucé, LuizCarlos de Camargo, Alice Chaves.

Foram premiados com um livro dehistorias infantis os seguintes «.on-currentes:

J''lillKÍ.SCO «Josó KlilliÍ£

residente à rua São Francisco Xo\ie'-li- 116, nesta capital.

Léa Novaes

residente á rua Paula Brito n' Z'i,casa 7, Andarahy, nesla capitai!.

Paulo tle Tarso Cacbapuz <!»; Moili íroa

residente a Avenida 13 de Mulo. 613,Porto Alegre, Rio Grande do 3ul.

RESULTADO DO CONCURSO N: Íl8

Respostas certas:

1* — Leito2a — Cão-Pão3» — Cauna-Canno4* — Bota-»• — Pé-Ré

Solucionistas: João Lousão, Cassiode Paula Figueira, Neuza Blondet, Lon-rival Guimarães, Heli Guedes Mar-quês, João B. Lemos, Ulysse Conhalo-meri, Yvone do Amaral, Paulo Jordão.Nilza Rodrigues, Vinicio I. Lima, Jo-sé de Araújo P., Gilberto Micheliui,Enoe Ribeiro. Antenor D. Couto, Or-lando Santiago Júnior, Maria Leopol-dina Dutra, Maria Melehon, CarlosSoares, Oscar Ciiristiano, Lúcia Car-neiro Borges, Zilda Haddad, Cervasioltaborahy, Maria Helena Pimentel, Mi-riam de Nazareth, Álvaro Gonçalves,José Fioravante de Almeida: Erb Tol-ler, Alice Chaves, Celina Gloria Alon-80, Heraclins Amancio Pereira, IsaCarizzi, Jane L. Gazin, Leonor Noguei-ia, Ermelinda Gonçalves, Clotilde He-loiza Neves, Zoó Novaes, BenjaminCarelli, Clecy Porto Cardoso, Nilo Go-mes, Ornar Alves de C, José. Ferraz.Helena O. Pires Ferreira, José Ma-ria, Yara Ilka, Paulo Tarso de Medei-ros, Álvaro Gotna, Odola Cruz Olivei-ra, David Wiedmer Netto. Maria He-leua Kulnig, Diva Freitas Seixas, Pau-Io Sizenando Teixeira, Danton CezarBaptista, Maria Heieua da Silva, Lni-za de S. Barros, Ruth Andrada, Fer-nando S. Barros, Ivan Duarte, Tliere-zinha Machado. Ivone Ribeiro, Ilka de

BARATINHAS M1U0ASHú desaparecera com o nao d* nnlooiis-»><tss«'io liquido qne attrae e eiter-ssiiun as forisiisiilislsas caseira» ctoda «apecie de baratas."BARAFORM1GA 3V

Encontra-se nas boas pharmacias e>Drogarias

*^fe\ "^^-

\ \mm\^i_i§g§iigpji^/ iiiiiü

E/MALTE -CREME-AGUADECOLOHIÀ

'(ístnaíle

êdby

...

rm

Page 27: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O T I C O - T I C O — 7âi í* — Janeiro — IO.'..

mn X__r ^^_nÜ___P

WamãeDIZ SEMPRE

QUE EU SOU FORT»

concurso N. 3Porei os leitores desta Capital c dos Estados

cÊPORQUETOMO,\

CAHONILMNA

OTJÜNICO REMEDlüQUEEVrWG fcURA os ACeW£tir£S»I DENTtCA~Q _\—imx3—wtM _ir—*-~ ___>— i'""' " _6 *-¦

A' venda em todas as onarmaolaa

Almeida Porto, Ivone Ribeiro Secco,'Laerte Pereira da Motta, Balduino La-cerda, Eny Pimenta de Moraes, Dur-vasal Pires, Ivetta M. Jafeüi, GolmarDias de Alcântara, José Ribeiro Fer-reira, Aracy Almeida Alvai __., Viui-cio d'Ange_o, Irany Nery, Álvaro Go-mes da C, Isa Duarte Monteiro, JoséMaria F. Louzada, Olympio TavoraCruz, Eudi Cavado Jardim, Maria He-lena T. Cintra, Hertz P. dos Santos,Armindo Pinheiro, Lucy Vieira Mar-tins, Newton Goulart de Godoy, MariaJurema Fernandes, Neurer Matuck,Carlos Latibouriou, Luiz Carlo3 Ca-margo, Jaci Cláudio da Silva, MariaFelicia d a Silva, Nadir RodriguesDias, Judith Pereira de Novaes, Ro-berto Sarmento da Rocha, OswaldoCândido de Souza, Neuza Cavalheira,Julieta Eugenia, Maria Gloria Olivei-ra, Dulcinéa de Carvalho, Nicia daCunha, Keula Santos, Pedro de Aze-vedo, Heloisa da Fonseca Rodrigues,Beíatriz Mercedes de Miranda, Henri-que de Oliveira, Ivan Hora Fontes, Os-mar Carneiro Victoria, Luiz A. C. Pi-ragibe, Ruy R. Ruschel, Heliton Mot-Ia, Maria Apparecida Nogueira, DirceaLourdes,P., Etelvino P. Cyriaco, Shir-ley Rocha Hudson, Déa Campos Le-mos, llka de Almeida Berolatti.

Foram premiados com um lindo li-vro de Justorias infantis os seguintesconcurrentes:

Guinar Dias do Alcântara,residente na Praga Enéas de Castrou" 10, Nictheroy — Estado do Rio.

Osmar Carneiro Victoria,residente em Cruzeiro S. Franci-jcou" 7 — Bahia.

Dê a seu filho ou á sua filhinha umbello presente, o "MEU LIVRO DEHISTORIAS". A' vencia cm todas aslivrarias.

A 1*^^ ^\

Mais um concurso de palavras cru-zadas offereceinos aos nossos leito-res. As "chaves" são as seguintes:

Ilorizontaes:

2 — Esta frueta, no plural.5 — Grito de dor.ü — Sobrenome.

— Existe.— Alberto Guimarães.— Ferro temperado.

10 — Poema.11 — Poeira.13 — Metade dc amor.11 — Instrumento agrícola.15 — Prepare para semear.17 — Extremidade humana.10 — Tempero.2(1 — Comparlimento.21 — Nos vehiculos. .22 — Meio rato.23 — Do verbo dar.

24 — Isolado,25 — Nota musical.

Verlicacs:

— Código.— No circo.— Conjuncção'.— Com bastante sal.

9 — Cortar.12 — De massa c camarão.14 — Instrumento agrícola.1C — Fileiras.18 — Pronome.19 — Bebida.

Às soluções devem ser enviadas áredacção d'0 TICO-TICO, separadasdas de oulros quaesquer concursos c'acompanhadas não só do vale quetem o numero 3 como tambem daassignature, idade e residência tioconcurrente. Para este concurso, que

66 3» _____ S F E Ml IV I IVOpusculoa Mensaes, do .«4 paginas, par» Mocaa e Senhoras —> Assignatura annual —. 121000.

Inválidos, 42 — RIO.LITERATURA — FORMAÇÃO — INFORMAÇÃO

Rua doa

Page 28: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

9 — Janeiro — 19oõ 20 — O TICO-TICO

*<A***vv*vVl-^lVvv^^^*vvv**vv^^'

Dl IN ó

^^s**-m5mwty'Dizem que dois mongesmarcaram certos sigiiaes cmpedras chatas c inventaramum jogo haseado em caleu-los arilhmcticos apenas pordivertimento.

Quem jogasse a ultima pe-dra e ganhasse tinha quecantar a primeira linha doserviço da. missa — DIXIT

DOMINUS DOMINO .MEO. O jogo lornou-se mui-to popular nos monàsterios c o vencedor do jo-

go passou a declarar quan-do ganhava: DOMINO. Mui-tas autoridades entendidasdizem que o jogo de dominóleve origem na Itália c quese deriva da antiga roupa oucaça chamada — domino.

•Assim tem-se que esco-lher entre essas duas histo-rias.

será encerrado no dia 9 de Feverei-ro vindouro, daremos couro prêmiosde 1.' 2.° e 3." logares, por sorte, en-tre as soluções certas, tres livros il-lustrados dc historias infantis*,

VALEPAPA OCONCURSO

- - "CONCURSO N. I

Para os irilotrs desta Capital e dosEstados próximos

Perguntas:1." —¦ Qual a mulher que diz não

ser crespa;Kelina Martins

(3 syllabas)2.* — Qual o utensílio de mesa for-

mado pela nota musical e pelo ad-verbio;

Laudina Gnalbcrto(2 syllabas)3.* — Qual a corrente d'agua que c

'empo tle verbo?Fernando Alvàrez Delgado

4.* — Cila é para moradia. Elle éum acontecimento. ,

(2 syllabas) Do mesmo

Doenças das Creanças — RcgimcnsAlimentares

DR. OCTAVIO DA VEIGADirector do Instituto r.istenr do Rio de Ja-ric.ro. l^eiüco da Crèclic da Casa dos Ex-postos. Do"" consultório de Hygicne Infantil(D N. S. P.). Consultório Rua RodrigoSilva, U — 5.* a'"3-*1" *•¦". *¦* e G-' ^ *ás 6 horas. Tel. 2.2604 — Residência: RuaAlfredo Chave», 1C (Botafogo) — Tel. 6-0327

Swuuui/ácrJten/wiaíy.ANNO 2.°

MAIORSUCCESSO

AXMAIMO DAS SENHO-RAS — Já ú. venda em todosos vendedores, tle jornaes .erevistas e em 'todas.us livra-rias e casas de figurinos" doBrasil. Pedidos á ST. A.-"-OMALHO". Travessa do Ouv4-dor, 34 — Rio. Preço semaugmeuto para remesas paiao interior do Brasil. CADA

EAU.MPl.AU <j$OVO.

.r).* — Qual o sobrenome que sem ainicial está no espaço?

Álvaro Castro(2 syllabas)

Eis organizado o novo concursocom cinco perguntas fáceis. As solu-cões devem ser enviadas á íe'dacçaod'0 TICO-TICO, separadas de outrosquaesquer concursos e acompanha-das do nome, idade c residência doconcurrente e do vale n.° 4. Para cs-le concurso, que será encerrado nodia 2 de Fevereiro daremos comoprêmios dc 1." C 2." logares, por sorte,enlre as soluções certas, dois ricoslivros de historias infantis.

**&y^y>?.-Mx

YALEPARAOCONCURÍON-i 4

CONCURSOS ATRAZADOS.. P5 . - ...

Adalgisa PiiUo, Ysa Oóes. KdsçnDomjnguea,^ "Wal-''Gráíta, Luiz ferrei-ra, Maria José- Caneca, Oswaldo Cru/.'José Carlos de Andrada Edniur ho-pes, Joáo BatHisia, Wilkai- Pereira. JfteyC;ill'ai'o Uregorio, IveUa Maria taíelV,i'aulo de O. Quintanillio. llka de Al-meida, Geiza d? Barres, Paulo R. dèMoraes, Rulli America, Norma Ir. ou-gtia.

-J(í . ...

Geysa de Barros, Paulo Sizeunudo,Rodolpho Tobl"1*-

No anno de 1932 o Dislríclo Fede-rai possuía 224."38ti prédios.

Prinrei-as adorincciija-., lierócs meninos, via- ,<cens- miraculosas, caslellos encantados, peixes ,»de es-eamas dc ouro, meninos perdidos, telho* traljujcntos, reis maus é reis tons: «,São .historietas <le successo do livro J>

de Vantock ^"OS !:SETE SERÕES DF?

NEMAYDA"'Trcco 5$n00 — Teto correio 6*1400Pedidos a casa BRA2 LADEIA

RUA GONÇALVES DIAS, 78RIO

-.-.".-.-.-.-.-.-jw--.-.-.-. .---.-.---.-.---.*.-.•

O mais luxuoso e. útil brinde para as creanças 6 "MEU LIVRO DE HISTORIAS", á venda emtodas as livrarias.

Page 29: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

O TIC0-T1 1, O — 30 9 — Janeiro — 1935

0 TURISTA(MONÓLOGO)

(Entra em trajo de viagem, cas-quette, valise, binóculo a tira-collo,etc).

Antes de ir passear na EuropatE conhecer o cxtrangeiro,Quero viajar no Brasil,Mostrar que sou brasileiro.

De que me serve dizerQue percorri varias zonas,Que vi o Danúbio e o Ganges,

Si não conheço o Amazonas?...

E' triste affirmar ter vistoO Everest e o Himalaya,Sem ver as Agulhas Negras,Ou o pico do Itatiaya.

Dizer que viu grandes lagos,E descrevel-os exactos,Sem ver a Lagoa FeiaNem a Lagoa dos Patos...

Do Niagara as cachoeirasSão de belleza... um tabu,P'ra quem não viu "Paulo Atíonso",Nem as quedas do Iguassú...

Cannes, Deauville, Estorit,A Cote d'Azur magana,Não tém o encanto, o esplendorDa nossa Copacabana...

Contar cousas do Sanara,De tudo o que viu por lá,Sem ter visto o que é a seccaNos sertões do Ceará! ?...

E' tolo quem diz ler feito"Estação d'agua" em Vichy,Se não conhece "o que é nosso".Mesmo a simples Lambary..

Ver a bania de Nápoles.Como sendo cousa rara,E' não conhecer o encantoQue +em nossa Guanabara.

Antes de ver o que é belloNoutros paizes, não possoDeixar de ver o que é grandeE perfeito no "aue é nosso".

O Rio — a cidade linda,— Em belleza outra não ganha, —Tem, a dois passos do centro,Floresta, praia e montanha.

Assim, antes de ir viajar,Como turista avisado.Quero conhecer primeiroO meu Brasil adorado! ...

EUSTORGIO WANDERLEY

^^ « ei"0»00

COPaa c.»o°ca, a. •*»-

<Jwfc ..a.***'*

*** .%<¦»*•*'¦ ___t

0 fria °"fU^. ,.r,cioSa- .

A X O LAXOL: é o rei dos medicamentesda garganta: na tosse, rouquidão;dôr de garganta, resfriado. etcTem uma acção assombrosa e ra-pida. .Vão é xarope, é um medica-mento de uso externo; todos podem

usal-o: creanças e adultos.Laboratório Chimico Industrial

Limitado — Rua da Conceição, 74— Rio de Janeiro,

O mais luxuoso c útil brinde paraas creanças é "MEU LIVRO DRHISTORIAS", á venda em todasas livrarias.

Escove ieus dentes, mas não limite a Issosua hygiene buccal. Taça uma ligeira massa-gem sobre as gengivas, escovando-as de cimapara baixo e de baixo para cima..

O FALSO(FÁBULA

',.

• Como andassem os pavões etàépoca de muda, teve uma gralha

a idéa de aproveitar as penaiscahidas.

Enfeito-me com estas plii-mas e viro pavão, olaré !

Disse e fez. Ornamentou-se comas lindas pennas de olhos azues jesahiu pavoneando por ali afórá,rumo ao terreiro das gralhas, nacerteza de produzir um maravilhosoeffeito

Mas veiu-llie o trumpho ás aves-sas. As gralhas perceberam o em-buste, riram-se delia e enxotaram-na á força de bicadas.

Corrida, assim, dali, dirigiu-seao terreiro dos pavões pensandolá com sigo:

Fui tola. Desde que tenhopenas de pavão, pavão sou, e sóentre pavões poderei viver.

Máu calculo. No terreiro dospavões cousn igual lhe aconteceu.Os pavões de verdade reconhece-ram o pavão de mentira e, indi-gnados, tambem a correram de lársem dó.

E a pobre tola, bicada e es-folada, ficou sozinha no mundo.Deixou de ser grama e não chegoua ser pavão, conseguindo apenas oódio de umas e o desprezo deoutros.

PÍLULAS

CriLÜI.AS DE PAPAINA E PODOPHYLINA)

Kmpregadas com suecesso nas moléstias do es-toinago, figado ou intestinos. Essas pílulas, aléoide lonicas, são indicadas nas dyspepsias, doresde cabeça, moléstias do figado e prisão de ventre.,Súo um poderoso digestivo e rcc.ilarizador dalfuneções gastro Intestinaes.

A' venda em todas as pbarmaclas, Deposita»rios: J0A0 BAPTISTA DA FONSECA. SiíaAcre, 38 — Vidro 2$500, pelo Correio 3$000 —Rio de Janeiro

Impurezas do Sangue?TOME

E&IXIA DE NOGUEIRAdo Pb. Ch. João da Silva Silveira

Assim provam os valiosissimos allcstadosexhibidos diariamente, acompanhados de pho-lographías, não só de ülustres médicos comode curados —• (Senhoras, Senhoritas, Cavalhei-ros e Crianças até de tenra idade).

SÃ MATERNIDADEConselhos e suggestões ás

futuras mãesLivro premiado pela Academia Nacional de Medicina

(medalha de ouro), prêmio Mme. DUROCHER,do Prof. Arnaldo de Moraes

Livraria Pimenta de Mello34 R. Sachet — RIO Preço 10$000

QUER UM BOM LIVRO ?. — COMPRE"VôVô DO TICO-TICO". A* VENDA

Page 30: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

;i — Janeiro — 1ÍW5 — 31 O TICO- t m: <»

va, i \ |«ry asIJ<:^' A^/ |)Cl4-**L €|fr SB-—fllilL * /•/ // \v _dfl WiA^-"^ &J ______fe_____. l" ) y' f\

i '^- %%w> y _/ v

¦ / _ 1 fl'íoj. C-. / ^v ^^^^^^^ a''' JÊ?^^

7F& «_iíe_H»ii-o V^»*^ " x.i-E:rE^ «ara o lar! \j \> >x /\

*_^,i: de suqgestões, um dilúvio de.adornos X^ ' í:'^k' A \^\ : 7 T

K ; /#/A

\ *^A'>«_i^» y 'a

;ííhõo de ottractivos,-um mundode suggestões, um dilúvio de.adornos

''1 ''i e de cousas que tornam o lar cheio de graciosidadee augmentam a belleza da mulher estão reunidos no

AXNIMIHO IMS SI_NHOIt-lSc'primorosa*publicação, impressa'em rotogravura, com perto de quaíroc"-

paginas, e contendo os mais palpitantes assumptos de interesse feminino, comosejam: modas, bordados, toda a espécie de crochel, decorações e arranjos do lar, cuidados debelleza, receitas culinárias, penteados, adornos em. geral, conselhos ás mães e ás jovens, arteapplicada, musica, poesia, contos, novellas, diálogos, preciosa litíeratura em proso, illustrações,sports, cinema, calendário, um sem numero de curiosidades, todas de inestimável encantamento.

*para o espirito feminino.

é leitura obrigatória paro o mundo fe:i.i-.*.ino.: Está á"enda em todas as livrarias e jornaleiros do Btasi!.ANNUARIO DAS SENHORAS

Preço 6$000 em todo o BrasiTRAVESSA DO OUVIDOR. 34 -

Pedidos á SOOE-DADE ANONYMA"O M A L H O'1

Rio de Janeiro

Page 31: m Í^^TÍ iíl- í-l-H mM hmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01527.pdf · ANNO XXXI RIO DE JANEIRO, 9 DE JANEIRO DE 1935 1527 Ergue.m-se cheios de assombros E, sob os céos

AVENTURAS DO CHIQUINHO O UDS1NHOAS

Chiquinho ganhou de festas um ur-sinho de feltro. A Lili e o Benjamim acha-ram o brinquedo um primor, mas lem-braram o perigo que corria o ursinhò, seJagunço o tomasse por um bicho. Então,lembraram-se ...- '.-

i . -. de guardar o bichinho, no quarto dosbrinquedos. Nesse dia o cão não se afãs-tou mais da porta' do tal quarto. Cheira ¦',.'va o buraco da fechadura, chorava e arranhava o portal, procurando invadir -quarto.

Em dado momento ouviram um ba-rulho infernal dentro do quarto e peres»beram que Jagunço estava lá dentro. Fi-caram todos convencidos de que o cãoestava estraçalhando o ursinho. Ouandopenetraram no quarto...

. viram tudo em desordem e Jagunço dando saltos for-midaveis, os brinquedos espalhados c algumas ratazanasmortas. E' que Benjamim esquecera dentro do quarto umpedaço de pão com manteiga

s ratos vieram attraidos pelo pão e Jagunço nãoperdeu a opportunidade de fazer uma caçada. — Não re-provem a acção do Jagunço, porque devemos fazer guer-ra aos animaes nocivos. Os ratos são portadores da Pes-te Negra. -

»tfA ' X?!

^kWríf'$ O maior c mais bello livro até hoje organizado para a inlancia é a

MEU LIVRO DE HISTORIAS. Á venda em todas as livrarias 1$^Ví-Ss*'0