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1 FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE M M A A T T E E R R I I A A L L D D I I D D Á Á T T I I C C O O - - P P E E D D A A G G Ó Ó G G I I C C O O S S O O B B R R E E A A T T A A I I N N H H A A ( ( M M U U G G I I L L P P L L A A T T A A N N U U S S ) ) P P E E S S C C A A E E B B I I O O L L O O G G I I A A S S a a r r a a R R e e g g i i n n a a C C o o s s t t a a d d a a S S i i l l v v a a Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do Curso de Especialização em Ecologia Aquática Costeira. Orientador: Profª. Drª. Enir G. Reis RIO GRANDE, AGOSTO/2003

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Page 1: M MAAATTEERRRI IIAAALLL D DDIIDDÁÁÁTTTIICCCOOO ...odin.mat.ufrgs.br/usuarios/lucchesi_murphy/acqua... · O presente trabalho teve como base as informações contidas em Lopes (2001),

1

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

MMMAAATTTEEERRRIIIAAALLL DDDIIIDDDÁÁÁTTTIIICCCOOO---PPPEEEDDDAAAGGGÓÓÓGGGIIICCCOOO SSSOOOBBBRRREEE AAA TTTAAAIIINNNHHHAAA (((MMMUUUGGGIIILLL PPPLLLAAATTTAAANNNUUUSSS))) ––– PPPEEESSSCCCAAA EEE

BBBIIIOOOLLLOOOGGGIIIAAA

SSSaaarrraaa RRReeegggiiinnnaaa CCCooossstttaaa dddaaa SSSiiilllvvvaaa

Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do Curso de Especialização

em Ecologia Aquática Costeira. Orientador: Profª. Drª. Enir G. Reis

RIO GRANDE, AGOSTO/2003

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de fazer um agradecimento muito especial a meu filho Leo, pelos

ensinamentos que me passou, sua paciência e carinho, e principalmente pelo trabalho, junto a

mim, na realização da arte gráfica deste trabalho e sua organização.

À minha filha Gabi, pelo apoio moral e auto-estima.

Agradeço a minha orientadora Profª. Drª. Enir G. Reis, por ter-me “encampado”

durante a realização do trabalho, e ajudar-me a conclui-lo. Também pela paciência, apoio e

ensinamentos.

A Profª MSc. Iara Swoboda que me auxiliou no início da elaboração do projeto, como

minha orientadora.

Aos membros da banca examinadora: Profª. Dra. Paula Ribeiro, Prof. MSc. Pedro

Castelli Vieira, Oc. Helen Janata, que aceitaram analisar meu trabalho.

Ao Gladimir F. Barenho, laboratorista, Tiago Gandra, estagiário do Fundo Nacional

para o Meio Ambiente e Adalberto Schafer, bolsista de iniciação cientifica PIBIC/CNPq, do

Laboratório de Recursos Pesqueiros Artesanais do Departamento de Oceanografia muito

obrigado, pelas fotos e figuras.

Agradeço aos professores do Curso de Especialização em Ecologia Aquática Costeira

que, de alguma forma, me auxiliaram com seus ensinamentos. E pela oportunidade de

conviver com ensinamentos novos, colegas novos o que foi muito gratificante e significativo

para minha vida.

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INTRODUÇÃO

Desde a década de 70, com a implantação do Curso de Oceanologia na Fundação

Universidade Federal do Rio Grande e, mais tarde, com a execução de projetos englobados

pelo Projeto Atlântico da Universidade, estudos sobre a pesca artesanal da Lagoa dos Patos

foram desenvolvidos.

Segundo Muth (1996), a pesca artesanal é desenvolvida por grupos sócio-econômicos

de baixa renda que usam os recursos pesqueiros para venda na economia de mercado mas

também dependem dos produtos pesqueiros para consumo doméstico. Os pescadores

artesanais normalmente explotam os recursos pesqueiros tanto para consumo doméstico como

a produção para o mercado consumidor, suas atividades pesqueiras não dependem da

tecnologia avançada, mas sim da transferência do conhecimento social, técnico e da estratégia

de pesca de geração a geração. Conforme Diegues (1993a), este conjunto de conhecimentos

faz parte dos meios de produção dos pescadores artesanais e, em geral, é transmitido de pai

para filho. Apesar do esforço da comunidade científica em solucionar os problemas que

envolvem este tipo de atividade pesqueira, muitas falhas ainda persistem, trazendo grandes

prejuízos, não só para a pesca, como também para os pescadores e para a própria comunidade.

Entre os fatores prejudiciais, temos a falta de compreensão do pescador do

funcionamento da pesca artesanal como um todo e, especificamente, o entendimento do ciclo

de vida e das migrações da espécie. A compreensão das diversas etapas da vida das espécies

pelo pescador pode minimizar eventuais impactos negativos ao meio ambiente e contribuir

para a manutenção do equilíbrio ecológico.

O pescador, por sua vez, detém uma riquíssima sabedoria sobre a pesca que, mesmo

incompleta, constitui um acervo que deve ser levado em consideração, pois pode oferecer

informações valiosas sobre peculiaridades da atividade e do meio ambiente. Esse saber,

denominado de conhecimento ecológico tradicional (Berkes, 1998; Berkes et al, 2001, entre

outros), faz parte dos meios de produção dos pescadores artesanais e, em geral, é perpetuado

através de gerações. O conhecimento ecológico tradicional tem sido, em geral, sub-valorizado

ou mesmo menosprezado pela comunidade científica.

As falhas já abordadas entre a comunidade científica e o pescador também são

percebidas entre os profissionais de ciências e seus alunos. Esse impasse, provavelmente, seja

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decorrente de não ser prática pedagógica exemplificar com informações locais os conteúdos

ministrados aos alunos e também devido à falta de bibliografia acessível.

O desconhecimento da nossa realidade ambiental pesqueira gera alienação e falta de

interesse em solucionar os problemas locais desde a infância. Buscando minimizar esta lacuna

e estabelecer um vínculo importante entre o conhecimento que o pescador detém e o

embasamento científico acumulado ao longo desses anos na região, o presente trabalho tem

como objetivo elaborar um material didático-pedagógico que sirva como roteiro de aula com

informações sobre a pesca e ciclo reprodutivo da tainha (Mugil platanus), valorizando o

conhecimento tradicional do pescador e fornecendo informações científicas aos pescadores.

A tainha foi escolhida como objeto deste trabalho por ser, juntamente com o camarão-

rosa, a única espécie ainda economicamente rentável da pesca artesanal da Lagoa dos

Patos(Reis 1999).

O material produzido neste trabalho, está organizado de maneira simples envolvendo

uma metodologia objetiva, e utilizando técnicas variadas com materiais acessíveis e que

possibilitem uma compreensão fácil. O recurso didático-pedagógico produzido serve como

ferramenta principal em palestras direcionadas aos pescadores, além de ser utilizado pelos

profissionais de ciências do ensino fundamental, principalmente nas séries iniciais e 6ª série.

Este trabalho tem a finalidade de complementar o conhecimento da comunidade

pesqueira, através de informação e exemplos locais,com temas que envolvam a preservação

do meio ambiente e seus recursos naturais, mais precisamente relacionados à ecologia

aquática.

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METODOLOGIA

O presente trabalho teve como base as informações contidas em Lopes (2001),

Alarcón (2002) e Vieira e Scalabrin (1991). Elas serviram de base para a elaboração de um

“Manual do Professor”. O público-alvo deste trabalho são os pescadores artesanais.

As informações foram organizadas da seguinte forma:

l. INTRODUÇÃO

1. 1. Dados Morfológicos.

2. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA TAINHA.

3. HÁBITOS REPRODUTIVOS E MIGRATÓRIOS, RELACIONADOS A FATORES

AMBIENTAIS DA TAINHA.

4. PESCA DA TAINHA.

4.1. A importância da espécie para a pesca.

4.2. Modo de captura e material utilizado, dentro das normas de legislação.

5. LEGISLAÇÃO PESQUEIRA

A metodologia utilizada para transmitir as informações está expressa na tabela abaixo.

Informação Estratégia Metodológica

Introdução - Dados morfológicos

Exposição dialogada Observação e identificação dos dados

Distribuição geográfica da tainha Apresentação de mapas em seqüência

Hábitos migratórios e reprodutivos relacionados a fatores ambientais da tainha

Desenhos em seqüência

Pesca da tainha: - Importância da tainha na pesca - Modo de captura e material utilizado

Exposição dialogada, comentários e observação de fotos

Legislação pesqueira Levantamento de problemas e organização de listas de problemas

Consolidação dos conhecimentos sobre a tainha

Confecção de um calendário

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RESULTADOS

O material produzido tem como objetivo atingir um público-alvo (os pescadores

artesanais) de baixa ou nenhuma escolaridade. Por isso, houve a preocupação de organizá-lo

de forma esclarecedora, simples, clara e que dependam, o mínimo possível, de leitura. As

técnicas e os recursos utilizados foram associados ao trabalho prático da pesca.

O resultado deste trabalho foi a elaboração do “Manual do Professor.”

O Manual do Professor está dividido em três partes:

1ª- Estratégia metodológica. – Nesta etapa foram escolhidas atividades que tivesse

uma familiaridade com o trabalho pesqueiro e fossem, ao mesmo tempo, simples e

descontraídas.

2ª- Recursos e materiais. – Estes foram selecionados com a finalidade de facilitar a

compreensão e um melhor entendimento pelos alunos-pescadores dos assuntos desenvolvidos

no trabalho.Dentre os materiais mais utilizados, temos as figuras com desenhos e fotos.

3ª- Informação para o professor. – Baseada nas informações científicas, previamente

elaboradas, organizou-se a textualização. Foram escolhidas as informações que respondem as

dúvidas mais freqüentes dos pescadores.

No desenvolvimento deste trabalho, optou-se por não elaborar o “Manual do Aluno-

pescador”, anteriormente previsto, porque verificou-se que praticamente todo o material que

constituiria esse Manual já estaria incluso no “Manual do Professor”. Sendo assim, sugere-se

que o professor aproveite as figuras constantes de seu Manual para ofertar aos alunos-

pescadores.

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MMMAAATTTEEERRRIIIAAALLL DDDIIIDDDÁÁÁTTTIIICCCOOO---PPPEEEDDDAAAGGGÓÓÓGGGIIICCCOOO SSSOOOBBBRRREEE AAA TTTAAAIIINNNHHHAAA (((MMMUUUGGGIIILLL PPPLLLAAATTTAAANNNUUUSSS))) ––– PPPEEESSSCCCAAA EEE BBBIIIOOOLLLOOOGGGIIIAAA

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Senhor Professor

Este Manual faz parte de um projeto para pescadores intitulado ”Restabelecimento da

Capacidade Produtiva do Sistema Ambiental da Pesca Artesanal no Extremo Sul do Brasil”

coordenado pelo Laboratório de Recursos Pesqueiros Artesanais do Departamento de

Oceanografia da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, financiado pelo Fundo

Nacional do Meio Ambiente. Tem por objetivo transmitir o conhecimento científico sobre a

pesca e a biologia da tainha, devido a espécie se constituir em uma das bases da pesca

artesanal no estuário da Lagoa dos Patos Cada tema é tratado de maneira diferenciada,

visando, variadas soluções, em termos didáticos–pedagógicos, buscando atingir o objetivo

proposto.

A tabela abaixo detalha os assuntos sobre a pesca e biologia da tainha e as atividades

correspondentes.

Informação Atividade

l. INTRODUÇÃO

1. 1. Dados Morfológicos Atividade 1

2. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA

TAINHA. Atividade 2

3. HÁBITOS REPRODUTIVOS E

MIGRATÓRIOS, RELACIONADOS A

FATORES AMBIENTAIS DA TAINHA

Atividade 3

4. PESCA DA TAINHA.

4.1. A importância da espécie para a

pesca.

4.2. Modo de captura e material

utilizado, dentro das normas de legislação.

Atividade 4

5. LEGISLAÇÃO PESQUEIRA

Atividade 5

6. CONSOLIDAÇÃO DOS

CONHECIMENTOS SOBRE A TAINHA Atividade 6

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Atividade 1 Conhecendo a morfologia da tainha.

Objetivo: Observar a tainha identificando sua morfologia

Estratégia metodológica para desenvolver o conteúdo sobre dados morfológicos

1) Utilização de uma foto da tainha, para o professor usar através da exposição

dialogada na observação e identificação dos diversos elementos morfológicos: tamanho,

forma do corpo, olhos, escamas, nadadeiras.

2) Comentários e discussão sobre o assunto apresentado.

Material utilizado para observação da morfologia

1) Figura 1.

Informação para o professor

1. INTRODUÇÃO

A espécie Mugil platanus (tainha) pertence à família Mugilidae, que vive geralmente

em estuários. Além desta espécie, segundo Menezes e Figueiredo (1985), existem no Brasil

mais sete espécies, com valor econômico variável de região para região, em função de seu

valor na pesca artesanal e industrial, em algumas regiões, até para o cultivo.

No estuário da Lagoa dos Patos ocorrem três espécies: Mugil curema, Mugil

gaimardianus e Mugil platanus. Destas, a última tem grande valor comercial nas regiões sul e

sudeste.

1.1. Dados Morfológicos da tainha.

- Porte ou tamanho: É uma espécie de médio e grande porte, podendo atingir até 1

metro de comprimento; em média mede 50 cm, com cerca de 6 a 8 kg.

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- Corpo: Apresenta o corpo alongado, fusiforme e robusto, com estrias escuras

horizontais em toda sua extensão. Sem linha lateral típica. No dorso apresenta cor escura

(cinza azulado) e prateado nas laterais e no ventre. Possui estrias escuras horizontais, mais

fortes na região superior das laterais e mais fracas na parte inferior, desaparecendo

completamente no ventre.

- Olhos: Parcialmente recobertos por uma pele (pálpebra adiposa) muito desenvolvida

nos adultos.

- Escamas: cada uma possui uma pequena depressão canicular na região mediana. Tem

de 34-40 (geralmente 36 ou 37) série de escamas nas laterais do corpo.que servem para

determinar a idade do peixe.

- Nadadeiras: dorsal (2), anal (1), peitoral (2) e pélvica (2). A nadadeira dorsal tem 1

espinho e 8 raios; a nadadeira anal tem 3 espinhos e 8 raios ou 2 espinhos e 9 raios (sempre o?

total de 11). As nadadeiras pélvicas são pálidas; a segunda nadadeira dorsal e a nadadeira

caudal têm coloração escura; a nadadeira peitoral tem uma mancha negra na base, mais no

lado interno.

- Otólitos: são pequenas pedras que apresentam anéis que servem para determinar a

idade do peixe, são encontrados na caixa craniana do peixe e são retirados serrando-se a

cabeça.

- Ovas (gônadas femininas) produzem os óvulos necessários para reprodução da

espécie, podendo produzir aproximadamente dois milhões e setecentos mil óvulos minúsculos

cada um contendo aproximadamente 0,46mm.

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Atividade 2 Conhecendo a distribuição geográfica da tainha

Objetivo: conhecer a distribuição geográfica (limites N/S) e as zonas .

Estratégia metodológica para conhecer a distribuição geográfica da espécie.

1) Apresentação da seqüência de mapas, do global ao local, para transmitir ao

pescador a noção do espaço em questão (figura 2).

-Mapa da América do Sul, destacando a área de distribuição da espécie -

Brasil, Uruguai e Argentina (figura 3)

- Mapa do Brasil, enfatizando as regiões sul e sudeste, com os Estados do Rio

de Janeiro (limite Norte), São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

(limite Sul) - (figura 4).

- Mapa do Rio Grande do Sul, destacando o estuário da Lagoa dos Patos (limite

sul) (figura 5). A Lagoa dos Patos é muito procurada pela a espécie

principalmente para se alimentar e desenvolver suas gônadas para a

reprodução.

- Mapa da região litorânea, destacando Rio Grande e São José do Norte (figura

6).

Após o professor expor todos os mapas, limitar com marcas de peixes estilizados as

localidades que se destacam a distribuição da espécie

Sugere-se a distribuição de mapas para os alunos a fim de colarem figuras de peixes

estilizados, nas regiões que represente a distribuição geográfica da tainha.

Material utilizado para desenvolver as atividades sugeridas, sobre a distribuição

geográfica da espécie

1) Figura 2 – Noção de espaço

2) Figura 3 – Mapa da América do Sul.

3) Figura 4 -- Mapa do Brasil.

4) Figura 5 - Mapa do Rio Grande do Sul.

5) Figura 6 - Mapa da Região Litorânea.

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Informação para o professor

2. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA ESPÉCIE

A tainha distribui-se do Rio de Janeiro (Brasil) até a Argentina. Não há referência

sobre qual a região da Argentina que seria o limite sul da distribuição da espécie.

No Brasil ocorre normalmente ao Sul de São Paulo e em Santa Catarina . No Rio

Grande do Sul é abundante no estuário da Lagoa dos Patos. Sua importância comercial é

significativa no Sul e Sudeste do Brasil, devido à boa qualidade da sua carne e ovas.

As grandes áreas lagunares do Sudeste e Sul do Brasil, como a Lagoa dos Patos no Rio

Grande do Sul, são procuradas pela tainha para se desenvolverem durante um certo período de

seu ciclo de vida.

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Atividade 3 Conhecendo os hábitos migratórios e reprodutivos

Objetivo: Conhecer os hábitos migratórios e reprodutivos da tainha.

Estratégia metodológica para representar os hábitos migratórios e reprodutivos.

1) Desenhos em seqüência representando os hábitos migratórios e reprodutivos da tainha:

-Representação da entrada da tainha no estuário, vinda do mar, após a desova;

para a alimentação e início de maturação (figura 7).

- Representação da saída da tainha do estuário para o mar, em fase de maturação

completa, seguida da desova e os fatores do meio ambiente que indicam o gatilho para seu

deslocamento (figura 8)

-Representação das fases de crescimento da tainha ,de juvenil á adulta, relacionadas a

fatores que indicam seu deslocamento,tamanho e tempo (figura 9).

2) Apresentação das figuras 10, 11 e 12, que representam os principais estágios do

desenvolvimento da gônada. Na figura 10, temos o início do desenvolvimento, onde o

tamanho da gônada ainda é muito pequena, podendo-se observar que ocupa um pequeno

espaço na cavidade abdominal. Na figura 11 notamos o grande aumento das gônadas

juntamente com a intensa cor amarelada das mesmas.característica própria de gônada matura

Na figura 12 observam-se as gônadas esvaziadas e com tom avermelhado, próprio de um

estado hemorrágico de pós-desova. Comparar as três figuras quanto ao tamanho da cavidade

abdominal e a cor que as caracterizam.

3) Levantamento de Problemas

3.1 Sobre hábitos reprodutivos da espécie.

3.1.1.Qual o tipo da reprodução ?

3.1.2.Como ocorre a fecundação?

3.2. Fatores do meio ambiente que influenciam:

3.2.1.Na fecundação?

3.2.2.No amadurecimento das sementes?

3.2.3.No desenvolvimento dos ovos fertilizados?

3.2.4..Na mudança do ambiente oceânico para estuarino?

3.2.5.Na previsão de uma má ou boa safra de tainha?

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Gabarito

3.1.1. A reprodução é bissexuada. Apresenta a fêmea e o macho, com gônadas

diferenciadas.

3.1.2. A fecundação ocorre com a liberação dos óvulos (semente feminina) no

mar, que e se encontram ao acaso com o esperma do macho (semente masculina), e daí ocorre

a reprodução da tainha.

3.2.3. Os ovos fertilizados são abandonados a sua própria sorte.Muitos deles

servem de alimento para os outros peixes, muitos são mortos pelas mudanças de temperatura,

também podem ser jogados na beira da praia pela força das correntes.Esses enormes riscos de

destruição juntamente com a dificuldade de assegurar que cada óvulo é fertilizado após a

liberação, faz com que um grande número de óvulos seja produzido pela fêmea.

3.2.4. Os fatores do meio ambiente que influenciam na mudança do ambiente

oceânico para o estuarino são: o vento sudeste e as correntes marítimas.

3.2.5. Toda vez que se tem mudanças marcadas, de temperatura, que favoreçam a

entrada de água salgada (frentes frias),por um bom período de tempo, ocorrem boas safras de

tainha.

4) Sugere-se a dissecação de um exemplar (da tainha in natura) para observar otólitos e

gônadas. Para isso, fazer um corte inicial na parte ventral- posterior do peixe em direção à

porção anterior, para observação dos órgãos internos, principalmente as gônadas. Aí salientar

seus principais estágios: início da maturação (ocupando um pequeno espaço,da cavidade

abdominal), em maturação (gônadas com cor amarelada) e desova (hemorrágica).

Em seguida serrar a cabeça, para observação dos otólitos, pequenos ossinhos que existem no

crânio. Os otólitos são utilizados para determinar a idade da espécie.

Material utilizado para desenvolver as atividades sugeridas sobre hábitos migratórios e

reprodução da tainha

1) Figura 7- Representação da entrada da tainha no estuário, vinda do mar, após

desova para alimentação e início da maturação.

2) Figura 8- Representação da saída da tainha, do estuário, para o mar, em fase

completa de maturação, seguida da desova no mar e fatores que indicam a “gatilho” para seu

deslocamento.

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3) Figura 9 - Representação da fase de crescimento da tainha de juvenil à adulta,

relacionadas com os fatores: tamanho e tempo que determinam seu deslocamento do mar para

a Lagoa dos Patos.

. 4) Figura 10 – Início do desenvolvimento das gônadas.

5) Figura 11 – Gônadas maturas.

6) Figura 12 – Gônadas desovadas.

Informação para o professor

3. HÁBITOS MIGRATÓRIOS E REPRODUTIVOS, RELACIONADOS A FATORES

AMBIENTAIS DA TAINHA

A partir de outubro a tainha adulta, com as gônadas em fases iniciais de maturação,

começa a aparecer no estuário da Lagoa dos Patos. Até o mês de maio há o deslocamento da

espécie para área norte do estuário, simultaneamente à maturação das gônadas. Quando as

gônadas estão maturas, a tainha aguarda as condições climáticas ideais para deixar o estuário,

procurando o oceano para desovar. A conjunção de três fatores: vento sudeste, brusca queda

na temperatura e a entrada de água salgada na Lagoa, seria o “gatilho” para a migração

reprodutiva para o mar.

A espécie desova em águas marinhas em uma área que vai da desembocadura da

Lagoa dos Patos até o norte de Santa Catarina. A desova raramente ocorre no estuário embora

sejam encontradas fêmeas com as gônadas em estágios avançados de maturação,

principalmente durante o período de migração reprodutiva para o mar.

A desova ocorre entre o final do outono e início do inverno com a maior freqüência

nos meses de maio e junho. No estuário da Lagoa dos Patos há só um período de maturação

das gônadas por ano que vai de fevereiro a maio.

O movimento do estuário para o oceano é realizado tanto pelos adultos que já

participaram do processo de desova uma ou mais vezes como por aqueles indivíduos que vão

desovar pela primeira vez. A maioria das fêmeas desova pela primeira vez quando tem cerca

de 31 cm e todas já desovam aos 45 cm.

O macho e a fêmea ficam maturos ao mesmo tempo. Eles começam a amadurecer as

gônadas em fevereiro e em maio elas estão praticamente prontas para desova. No estuário da

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Lagoa dos Patos existem mais machos que fêmeas, ou seja, para cada fêmea há mais de dois

machos.

Em junho, julho, agosto e setembro a tainha encontra-se no oceano para desova. Aí

ocorre à liberação dos óvulos (semente feminina) no mar junto com o esperma (semente

masculina), acontecendo à fecundação. Os ovos fertilizados são abandonados a sua própria

sorte. Muitos dos ovos servem de alimento para outros peixes, muitos são mortos pelas

mudanças de temperatura e outros fatores ambientais, muitos são jogados na beira da praia

pela força das correntes. Esses enormes riscos de destruição, juntamente com a dificuldade de

assegurar que cada óvulo é fertilizado após a liberação, faz com que um grande número de

óvulos seja produzido pela fêmea. Para a tainha, esse número é de mais de dois milhões e

setecentos mil óvulos. Esse número é o mais alto entre todas as espécies de tainha que existem

no mundo. Óvulos no último estágio de maturação tem,aproximadamente, 0,46mm

(Alarcón,2002).

Os ovos fertilizados dão origem aos filhotes (juvenis) que permanecem no mar até

atingirem mais ou menos 5 cm. Quando vão para o estuário, localizam-se principalmente em

águas costeiras, onde a captura do alimento é mais fácil.

Após a desova, de setembro a fevereiro, adultos e juvenis vão para o estuário da Lagoa

dos Patos para se alimentarem.

Os fatores do ambiente que facilitam o deslocamento dos juvenis para o estuário são:

os ventos sudeste e as correntes marítimas.

Os filhotes permanecem no estuário aproximadamente um ano e meio, até atingirem

um tamanho médio de 35 cm. Aí se juntam aos adultos para a primeira desova.

No período de fevereiro a maio, quando a temperatura começa a diminuir e a

salinidade aumentar, devido à ação de ventos e correntes, inicia-se novamente a maturação

das gônadas dos adultos, começando um novo processo de maturação.

A pesca mais intensa da tainha ocorre até o mês de maio, quando ela esta se

deslocando para o oceano. Este período é conhecido como época da “corrida da tainha.”

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Atividade 4: Pesca da tainha

Objetivo: conhecer a importância da pesca ,discutir e representar o modo de captura

da tainha.

Estratégia metodológica para abordar o conteúdo sobre a pesca

1) Sugere-se um questionamento inicial, com as seguintes perguntas:

-Qual a maior safra de tainha já registrada?

-Em que ano se deu este fato?

-E qual a última safra registrada?

Após a discussão, apresentar a importância da pesca da tainha (figuras 13, 14 e 15),

com destaque para a maior safra, comparada com a última safra atual. A partir daí comentar

os possíveis problemas relacionados à pesca e ao meio ambiente, que possam causar este

decréscimo de produtividade na espécie.

2) Apresentação de fotos, representando a captura (figuras 17 a 27) 3) Levantamento de Problemas:

Perguntas:

- Como é feita a captura da pesca da tainha?

- Qual o material utilizado? Está dentro dos padrões exigidos por lei?

- Existe regulamentação referente ao tipo de malha? E o período de pesca?

- É importante respeitar as regras? Por que?

Sugestões de atividades.

-Reunir o maior nº de tipos de malhas e mostrar.

-Reunir um grupo voluntário, para demonstrar de como é o modo de captura mais

utilizado, na zona em questão. Neste trabalho deve ser entregue aos participantes,

identificações, com os diferentes integrantes da arte da pesca : pescadores,barcos,rede,remos e

peixes (tainha).

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Material utilizado para representar a pesca da tainha

1) Observação de fotos representando a captura (figuras 13 a 27).

Informação para o professor

4. PESCA DA TAINHA

4.1. Importância da tainha na pesca da Lagoa dos Patos.

Segundo Alarcón (2002), durante o ano de 1975 no Estado do Rio Grande do Sul,

ocorreu a maior safra da história da pesca artesanal de M. platanus com 4.291 toneladas

(FIGURA 16). A partir deste ano registra-se uma queda brusca nas capturas sendo que, após

isto, as maiores capturas são registradas nos anos 1979 (2.928 toneladas) e 1982 (2.887

toneladas). Assim pode-se afirmar que, até o início da década de setenta, a pesca artesanal da

tainha apresentava uma tendência de acréscimo. A partir daí observa-se um lento mas

persistente decréscimo nas capturas, até que na década de noventa, a captura média anual cai

mais da metade em relação à década de oitenta, sendo capturadas apenas 1.032 toneladas, que

constituíram cerca de 7,7% da captura total em peso da pesca artesanal. A tainha é uma das

principais espécies de importância econômica pois, apesar da captura ser pequena, o retorno

econômico, por unidade capturada ainda pode ser considerado alto (Fonte: CEPERG,

IBAMA, 1990-2000). Pode-se observar, também, que existem flutuações na captura em

períodos de aproximadamente 4 a 5 anos, onde se observa alta captura, seguida por

decréscimo .

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Figura 16 – Volume de captura anual da pesca artesanal de Mugil platanus na Lagoa

dos Patos – 1960 – 2000. Fonte: CEPERG/IBAMA, 1960-2000.

4.2. Modo da captura.

A pesca artesanal da tainha se dá sobre indivíduos maturos, localizados no estuário ou

região costeira,principalmente quando está se deslocando para o mar até o mês de maio. A

partir de maio e junho, começa a migração reprodutiva para o ma, época da chamada corrida

da tainha, em que os pescadores têm as maiores capturas.

A rede do tipo “emalhe de cerco” é a mais utilizada pelos pescadores para capturar a

tainha. Ela tem cerca de 5 cm de altura e são utilizadas em águas profundas da Lagoa dos

Patos. Seu comprimento depende do número de barcos que fazem parte da pesca. Já foram

registradas redes com até 300 m de comprimento.

O cardume é cercado pela rede e os pescadores, no centro do circulo formado, batem

seus remos na superfície da água. O ruído faz com que os peixes fujam para as bordas do

círculo, onde são emalhados

A captura pelas traineiras na boca da barra, quando a tainha sai do estuário para

desovar no mar, é considerada extremamente prejudicial para a espécie.

Tainha

0

1000

2000

3000

4000

5000

1960

19

62

1964

19

66

1968

19

70

1972

19

74

1976

19

78

1980

19

82

1984

19

86

1988

19

90

1992

19

94

1996

19

98

2000

Ano

Des

emba

rque

(t)

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Atividade 5: Conhecendo a legislação pesqueira

Objetivo: Conhecer a legislação da pesca referente à tainha.

Estratégia metodológica para expor a legislação pesqueira.

1) Apresentação da lei; através da exposição de um cartaz (figura 28).

2) Discussão da importância da lei: (Pescador)

Sugestão de Perguntas sobre os problemas, causas e registros dos comentários

-Quais artes de pesca que capturam tainha menor que o tamanho permitido?

-Quais as redes que prejudicam a tainha e porque?

-É permitido capturar tainha fora da época ?

Material utilizado para informar sobre aspectos mais importantes sobre a

Legislação Pesqueira

FIGURA 28 – Cartaz com apresentação da lei. principais aspectos da lei.

Informação para o professor

5 LEGISLAÇÃO PESQUEIRA

A Portaria nº171/98 do IBAMA estabelece para a região da Lagoa dos Patos a captura

da tainha (Mugil platanus) para os meses de fevereiro, março, abril e maio. No entanto, em

vista da ausência de justificativa para permitir a pesca somente neste período, o Fórum da

Lagoa dos Patos, órgão de gestão pesqueira participativa, sugeriu a alternação do período de

captura da espécie para outubro a maio, o que foi consolidado através da Portaria nº144/2001

do IBAMA.

A fim de preservar a produção da espécie, o tamanho mínimo para a captura da tainha,

é de 35cm, (comprimento total: a distância tomada entre a ponta do focinho e a extremidade

da nadadeira caudal) comprimento que representa a média em que a espécie se reproduz pela

primeira vez.

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A Portaria nº 171/98 do IBAMA proíbe, no estuário da Lagoa dos Patos,a utilização

para a captura da tainha de aparelhos de pesca como: rede de espera com malha inferior a

100mm (cem milímetros), medida tomada entre os ângulos opostos, com malhas esticadas

bem como o uso de embarcações pesqueiras com tamanho superior a 12m (doze metros) de

comprimento total.

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Atividade 6: Consolidação dos conhecimentos sobre a tainha

Objetivo: Consolidar os conhecimentos sobre a tainha

Estratégia metodológica para consolidar os conhecimentos da pesca

1) Confecção de um calendário anual com períodos de migrações, crescimento,

alimentação, maturação, desova, fecundação pesca livre e pesca proibida da tainha (Figura

29).

Material utilizado para consolidar os conhecimentos sobre a pesca

1) Figura 29 - calendário da pesca.

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FIGURAS

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Figura 1 – Tainha (Mugil platanus)

(Atividade 1)

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Figura 2 - Seqüência de mapas para dar a noção dos espaço em questão (Atividade 2)

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Figura 3 - Área de distribuição da tainha (Atividade 2)

Limite Norte: Brasil (Rio de Janeiro) Limite Sul: Argentina (não existe referência da Região)

Limite Norte

Limite Sul

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Figura 4 – Distribuição geográfica da tainha no Brasil (Atividade 2)

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Figura 5 – Área principal de ocorrência da tainha no Rio Grande do Sul (Atividade 2)

Lagoa dos Patos

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Figura 6 – Principais áreas de distribuição da tainha na Lagoa dos Patos (Atividade 2)

A tainha procura a Lagoa dos Patos par se alimentar e para seu estágio de maturação.

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Figura 7 - Representação da entrada da tainha no estuário, vinda do mar após a desova, para alimentação e início de maturação. (Atividade 3) Final do período da desova Período de alimentação Período de amadurecimento das gônadas (acumulando energia para o desenvolvi mento das gônadas). Alimentando-se Em maturação

FEV

MAR

ABR

SET

OUT

NOV

DEZ

JAN

FEV

MAR

ABR

SET

OUT

NOV

DEZ

JAN

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Figura 8 - Representação da saída da tainha ,do estuário para o mar, em fase completa de maturação, seguida da desova no mar e fatores do meio ambiente que indicam o gatilho para seu deslocamento. (Atividade 3) - Matura-Deslocamento da tainha, da Lagoa dos Patos para o mar. Desova até início do mês de setembro, no mar FATORES QUE DETERMINAM O GATILHO (saída da tainha da Lagoa dos Patos):

Aumento de salinidade Vento sudoeste Queda de temperatura

Em desova Em maturação

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

MAIO

JUN

JUL

AGO

SET

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Figura 9 - Representação das fases de crescimento da tainha de juvenil a adulta, relacionadas com os fatores: tamanho e tempo que determinam seu deslocamento inicial. (Atividade 3)

1ª fase: no mar – ovo até peixe com + ou – 5 cm

2ª fase: nas águas costeiras do estuário para alimentação, aí se mantém até + ou -, até 1 ano e 6 meses de idade.Após juntam-se aos adultos para 1ª desova, com aproximadamente 31cm de comprimento. Alimentando-se

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Figura 10 - Gônadas em início de desenvolvimento. (Atividade 3) Figura 11- Gônadas maturas (Atividade 3) Figura 12 -Gônadas desovadas

(Atividade 3)

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Maior safra da pesca artesanal de tainha - 1975

Última safra da pesca artesanal de tainha – 2002

Figura 13 – Representação da importância da pesca da tainha

4291000

65892

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Figura 14 - Pesca artesanal da tainha nas décadas de 60 (Atividade 4) Pescado: tainha Data: março de 1969 Local: São José do Norte Embarcações: Guarai e Sou de Bronze Figura 15 – Pesca artesanal da tainha década de 70 (Atividade 4) Pescado: tainha* Data: março de 1974 Local São José do Norte Tipo de rede: rede de malha caseio Embarcações: Estrela e Salve os Caboclos *Informação original conforme descrição do pescador.

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Figura 17 – Saída de barco para captura da tainha (Atividade 4)

Figura 18 – Rede de emalhe de cerco

(Atividade 4)

Figura 19 – Distribuição da rede (Atividade 4)

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Figura 20 – Proximidade dos barcos (Atividade 4)

Figura 21 – Batendo os remos (Atividade 4) Figura 22 – Recolhimento da rede (Atividade 4)

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Figura 23 – Peixe capturado (Atividade 4) Figura 24 – Lavagem das redes (Atividade 4) Figura 25 – Lavagem das redes (Atividade 4)

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Figura 26 – Recolhimento das redes (Atividade 4)

Figura 27 – Manutenção das redes (Atividade 4)

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A Portaria nº l7l/ 98 do IBAMA:

Estabelece para a região da Lagoa dos Patos a captura da tainha nos meses: fevereiro,

março, abril e maio.

Determina:

- que o tamanho mínimo para captura da tainha é de 35cm.

- a malha da rede de espera seja superior a 100mm (cem milímetros).

- o tamanho das embarcações pesqueiras deve ser inferior a 12m (doze metros) de

comprimento total.

A Portaria nº 144/2001 do IBAMA:

Altera o período de captura da tainha para outubro a maio.

Figura 28 – Legislação pesqueira (Atividade 5)

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2004 TAINHA - PESCA

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom 1 2 3 4 1 1 2 3 4 5 6 7

5 6 7 8 9 10 11 2 3 4 5 6 7 8 8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29 29 30 31

ABRIL MAIO JUNHO

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom 1 2 3 4 1 2 1 2 3 4 5 6

5 6 7 8 9 10 11 3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 12 13 14 15 16 17 18 10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 19 20 21 22 23 24 25 17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 26 27 28 29 30 24 25 26 27 28 29 30 28 29 30 31

JULHO AGOSTO SETEMBRO

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom 1 2 3 4 1 1 2 3 4 5

5 6 7 8 9 10 11 2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 30 31

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5

4 5 6 7 8 9 10 8 9 10 11 12 13 14 6 7 8 9 10 11 12 11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 13 14 15 16 17 18 19 18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 25 26 27 28 29 30 31 29 30 27 28 29 31

Figura 29 – Calendário da Pesca –Tainha (Atividade 6)

Período de defesa - pesca proibida da tainha Período de pesca-“Corrida da Tainha” Período de alimentação entrada no estuário

Período de desova- saída do estuário. Tainha desovada ,no mar podendo chegar até o norte de Santa Catarina. Período de maturação-alimentando-se para produzir energia para o desenvolvimento das gônadas.

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DISCUSSÃO

A elaboração deste trabalho faz parte de um projeto direcionado aos pescadores

intitulado ”Restabelecimento da Capacidade Produtiva do Sistema Ambiental da Pesca

Artesanal no Extremo Sul do Brasil” financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente e

coordenado pelo Laboratório de Recursos Pesqueiros Artesanais do Departamento de

Oceanografia da Furg. Faz parte de um conjunto de cursos a serem dados para os pescadores

englobando desde aspectos de dinâmica das águas, poluição até noções de biologia e da pesca

das 4 espécies que constituem a base da pesca no estuário. A tainha é uma dessas espécies.

Cada tema está sendo tratado de maneira diferenciada, visando soluções variadas, em termos

didático-pedagógicos, para atingir um mesmo público-alvo.

Os cursos serão dados a pescadores de 8 comunidades do estuário, preferencialmente

no período em que a pesca se encontra proibida na área (junho à setembro).

A estratégia de elaboração e oferecimento de cursos no âmbito do projeto, foi

organizada em três fases distintas (Reis, 2002):

1ª Fase – Compilação de informações científicas sobre os diferentes temas. Realizada

por especialistas, que produzem um texto completo e detalhado.

2ª Fase - Transformação do Texto-base, produzido na 1ª fase, em material didático-

pedagógico, de fácil compreensão por parte dos pescadores. Esta fase trata do referido

trabalho, que teve com resultado o Manual do Professor.

3ª Fase- Oferecimento de cursos para pescadores, baseado no Manual do Professor

produzido na fase anterior.

Os cursos serão ministrados por pessoas com afinidade com o público-alvo e

habituados em tratar com alunos de baixa ou nenhuma escolaridade. O Manual do Professor

também poderá ser utilizado por professores do ensino fundamental, quando estiverem

trabalhando nos assuntos relacionados com os recursos pesqueiros do estuário da Lagoa dos

Patos. Nesta situação, é indicado que o professor aproveite as atividades do Manual e faça

visitas locais relacionados com pesca da região, tais como: trapiches da 4ª Seção da Barra;

Mercado Municipal, comunidades de pescadores, etc. Deve ser utilizado os materiais

regularmente empregados pelas comunidades pesqueiras para que o aluno tenha uma noção

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dos recursos de pesca, da forma como acontece o seu comércio, seu valor como produto de

consumo dos pescadores, sua captura e prevenção.

Seguindo os procedimentos sugeridos neste trabalho, espera-se ter atingido o seu

objetivo principal, que é de ampliar e relacionar o conhecimento tradicional do pescador com

os conhecimentos científicos, de modo a preservar e garantir a produção pesqueira como um

recurso rentável comercialmente e de consumo próprio.

A valorização do conhecimento tradicional associada ao conhecimento científico

representa uma troca de informações entre a comunidade pesqueira e a comunidade científica,

que significa, mais que transmitir o conhecimento científico, ter o mérito de fazer com que o

pescador se manifeste, os acadêmicos os ouçam e juntos construam as bases para a

valorização e melhor entendimento da atividade pesqueira.

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CONCLUSÃO

Ao término da elaboração deste trabalho, pode-se constatar que é possível realizar a

tarefa proposta adequadamente, atingindo seu principal objetivo - transformar o conhecimento

científico em uma informação acessível e de fácil compreensão. Essa não é uma tarefa

simples e fácil, já que tem-se a impossibilidade de utilizar técnicas muito avançadas e nem se

valer de recursos que poderiam facilitar a transmissão destas informações, pelo simples fato

de serem inexistentes nos locais de aplicação (comunidades pesqueiras). A principal razão da

dificuldade baseia-se no público a que se destina este trabalho, que possui, na sua grande

maioria, pouca ou nenhuma instrução.

Por isso, o material produzido buscou na criatividade da representação - com desenhos,

fotos e figuras – a tradução da idéia principal de cada assunto desenvolvido.

Sugere-se que o resultado deste trabalho seja repassado para o pescador por instrutores

da própria comunidade e acadêmicos em conjunto, aliando, assim, dois requisitos: possuírem

o conhecimento e sejam portadores de uma linguagem simples, formando uma equipe que, se

supõe, seja adequadamente preparada para aplicar o material produzido.

Torna-se essencial que esse trabalho seja testado junto ao público-alvo para verificar se

os objetivos propostos são devidamente atingidos.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

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