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Patrocínio Apoio Institucional Setembro de 2010 Número 6 ÍNDICE Projectos IES ........................ pag. 2 Notícias ................................. pág. 3 Entrevista – Nathalie Ballan, Sair da Casca ........................ pág.4 Programas, Prémios e Incentivos ......................... pág.5 Nova Secção de Casos e Agenda .............................. pág.6 ENTREVISTA MANUEL FORJAZ, DIRECTOR DO INSTITUTO DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL AFIRMA “Queremos colocar o Empreendedorismo Social na agenda nacional” www.impulsopositivo.com “Apoio das empresas à comunidade superior a 65 milhões de euros” Artigo O apoio ao empreende- dorismo social é a grande aposta do jovem Institu- to de Empreendedoris- mo Social (IES), com um projecto-piloto já termi- nado em Cascais e um novo projecto em curso em Vila Real. Manuel For- jaz, Director do IES, expli- cou em entrevista à Vida Económica – Impulso Po- sitivo o que é o Instituto hoje e o que se desenha para o seu futuro. Impulso Positivo (IP): O que é o Instituto de Empreendedorismo Social? Manuel Forjaz: O IES é uma asso- ciação sem fins lucrativos que foi fundada em 2008 com o objectivo de apoiar indivíduos e organiza- ções que procuram gerar uma mu- dança social positiva. O seu apare- cimento deve-se sobretudo a um encontro de vontades de algumas pessoas que reconheceram no Em- preendedorismo Social (ES) uma forma de dar resposta aos grandes desafios sociais da actualidade, através de uma metodologia de trabalho inovadora que conseguiu concentrar três grandes áreas de acção distintas mas complemen- tares: investigação, capacitação e consciencialização dos vários agen- tes de transformação social. IP: Como define “Empreendedoris- mo Social”? MF: O conceito de Empreendedo- rismo Social surgiu pela primeira vez través de Bill Drayton, funda- dor da Ashoka – a maior rede in- ternacional de empreendedores sociais – e nasce muito ligado ao sector não-lucrativo tradicional e à capacidade de gerar mudança e transformação social. Mais tarde, através da Schwab Foundation, sur- ge uma visão um pouco diferente que veio abrir a porta à diversidade do conceito de Empreendedorismo Social, defendendo que não é tão relevante se a organização é ou não lucrativa. O IES direcciona a sua definição de Empreendedorismo Social para a iniciativa e o modelo de negócio em si e não apenas para o perfil do indivíduo empreendedor. Para o IES, existe Empreendedorismo Social numa iniciativa que tem uma clara missão social e procura resolver um problema social de forma inovadora e sustentável, é passível de ser replicada e tem ca- pacidade de produzir impacto em larga escala. (continua na página seguinte) Manuel Forjaz, Director do Instituto de Empreendedorismo Social Nathalie Ballan, sócia fundadora da Sair da Casca CASOS IP Caso em parceria com o IES – Vitamimos Artigo

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PatrocínioApoio Institucional

Manual de Normas . Banco Espírito Santo 1.5 Reduções Máximas do Logótipo

O logótipo só poderá ser reduzido até uma dimensão que não implique a perda total ou parcial da sua identificação visual.A redução máxima recomendada para o logótipo versão Vertical Centrada é de 5 mm para o símbolo, sendo os restantes elementos reduzidos proporcionalmente.

Reduções Máximas do Logótipo - Versão Vertical Centrada

27

5mm

Redução máxima

Setembro de 2010Número 6

Í N D I C EProjectos IES ........................ pag. 2

Notícias ................................. pág. 3

Entrevista – Nathalie Ballan, Sair da Casca ........................ pág.4

Programas, Prémios e Incentivos ......................... pág.5

Nova Secção de Casos e Agenda .............................. pág.6

ENTREVISTA

Manuel Forjaz, Director Do instituto De eMpreenDeDorisMo social aFirMa

“Queremos colocar o Empreendedorismo Social na agenda nacional”

www.impulsopositivo.com

“Apoio das empresas à comunidade superior a 65 milhões de euros”

Artigo

O apoio ao empreende-dorismo social é a grande aposta do jovem Institu-to de Empreendedoris-mo Social (IES), com um projecto-piloto já termi-nado em Cascais e um novo projecto em curso em Vila Real. Manuel For-jaz, Director do IES, expli-cou em entrevista à Vida Económica – Impulso Po-sitivo o que é o Instituto hoje e o que se desenha para o seu futuro.

Impulso Positivo (IP): O que é o Instituto de Empreendedorismo Social? Manuel Forjaz: O IES é uma asso-ciação sem fins lucrativos que foi fundada em 2008 com o objectivo de apoiar indivíduos e organiza-ções que procuram gerar uma mu-dança social positiva. O seu apare-cimento deve-se sobretudo a um encontro de vontades de algumas pessoas que reconheceram no Em-preendedorismo Social (ES) uma forma de dar resposta aos grandes desafios sociais da actualidade, através de uma metodologia de trabalho inovadora que conseguiu concentrar três grandes áreas de acção distintas mas complemen-tares: investigação, capacitação e

consciencialização dos vários agen-tes de transformação social.IP: Como define “Empreendedoris-mo Social”?MF: O conceito de Empreendedo-rismo Social surgiu pela primeira vez través de Bill Drayton, funda-dor da Ashoka – a maior rede in-ternacional de empreendedores sociais – e nasce muito ligado ao sector não-lucrativo tradicional e à capacidade de gerar mudança e transformação social. Mais tarde, através da Schwab Foundation, sur-ge uma visão um pouco diferente que veio abrir a porta à diversidade do conceito de Empreendedorismo Social, defendendo que não é tão relevante se a organização é ou não lucrativa.O IES direcciona a sua definição de Empreendedorismo Social para a iniciativa e o modelo de negócio em si e não apenas para o perfil do indivíduo empreendedor. Para o IES, existe Empreendedorismo Social numa iniciativa que tem uma clara missão social e procura resolver um problema social de forma inovadora e sustentável, é passível de ser replicada e tem ca-pacidade de produzir impacto em larga escala.

(continua na página seguinte)

Manuel Forjaz,Director do Instituto de Empreendedorismo Social

Nathalie Ballan,sócia fundadora da Sair da Casca

C A S O S I P

1º Caso em parceria com o IES – Vitamimos

Artigo

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Setembro de 2010

No Concelho de Cascais, entre as 40 iniciativas identificadas, foram unanimemente seleccionadas pelo Conselho Acadé-mico Consultivo associado à pesquisa – composto por do-centes do INSEAD, Universidade Católica do Porto e ISCTE – as cinco mais inovadoras e com maior impacto social:

4 Leituras (Editora CERCICA) criou o primeiro livro universal, com o símbolo “4 leituras”, con-tendo 4 versões gráficas para

uma mesma história: escrita, pictogramas, linguagem gestual e braille.

Complexo de Lojas para a Comu-nidade, a resposta do CRID - Centro de Reabilitação e Integração de De-ficientes, ao maior problema da inte-gração de pessoas com necessidades especiais: falta de oportunidades. Em poucos meses os negócios criados tornaram-se financeiramente sustentáveis e permi-tiram emprego e uma vida preenchida a mais de 15 pessoas com necessidades especiais no Concelho de Cascais.

Escolinha de Rugby da Galiza (Santa Casa da Misericórdia de Cascais), um projecto que pro-move a inclusão social de cerca de 120 crianças e jovens em dois bairros problemáticos no conce-

lho de Cascais. Hoje conta com 12 réplicas por todo o país e uma no Brasil. Contribuiu para um acréscimo de cerca de 5% dos atletas de Rugby federados em Por-tugal.

Reutilização e Feira do Vende Tudo (Centro Comunitário de Carcavelos), promove uma nova dinâmica comuni-tária e um novo conceito de consumo de menor impacto ambiental através da recolha de todo o tipo de produtos e equipamentos que são canalizados para quatro fins di-ferentes: doação a famílias necessitadas; doação a sem-abrigo e toxicodependentes; doação a outras Institui-ções; revenda para a comunidade, a preços simbólicos, com a dinamização da “Feira Vende Tudo”.

A Vitamimos nasceu de um desafio lançado pela DNA Cascais, tendo sido premiada

com o primeiro lugar da categoria Saúde no 1º Con-curso de Ideias de Negócios de Cascais. Tem como principal objectivo intervir na prevenção da obesida-de infanto-juvenil, através da promoção de estilos de vida saudáveis.

Iniciativas inovadoras do ES+ Cascais

IP: O que é o ES+? MF: O ES+ é uma metodo-logia de pesquisa inovadora desenvolvida pelo IES que permite identificar projectos de Empreendedorismo So-cial de cariz inovador e eleva-do impacto social, e determi-nar os principais desafios que estes projectos enfrentam de modo a desenvolver um pla-no de apoio ao crescimento destas e de outras iniciativas. O projecto-piloto foi imple-mentado no Concelho de Cascais entre o final de 2008 e o início de 2009 com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e do Instituto do Emprego e da Formação Profissional. No final foram identificadas 5 iniciativas de Empreendedorismo Social e apresentámos a metodo-logia, criada de raiz, à EMES – Rede Europeia de Pesqui-sa em Economia Social –, e à Comissão Europeia que a reconheceu como inovado-ra e validou o seu interesse académico e de pesquisa. Utilizando uma metodolo-gia de âmbito local, plane-amos replicá-la em todo o país, sendo que o segundo projecto de pesquisa está já a ser implementado em 7 municípios do distrito de Vila Real com o apoio do Governo Civil, das Câmaras Municipais abrangidas pela pesquisa, da Fundação EDP e em parceira com a Univer-sidade local, a UTAD. Assim que são identificadas, as iniciativas ES+ começam a fazer parte da rede do IES e

isso é logo uma grande aju-da no seu reconhecimento e estabelecimento de pontes com parceiros. No entan-to, queremos que o nosso apoio seja muito direcciona-do às necessidades específi-cas das iniciativas, que estão relacionadas sobretudo com a falta de formação e capa-cidade de gestão, sustenta-bilidade e divulgação dos projectos, falta de profis-sionais especializados para analisar desafios concretos, propor soluções e ajudar na sua implementação, e ainda uma grande dificuldade no acesso a serviços tão básicos como o jurídico e fiscal. Para responder a todas estas ne-cessidades desenvolvemos programas específicos em parceria com as universida-des e os nossos associados, proporcionando aos empre-endedores sociais o acesso a formação, eventos locais de partilha com outros empre-endedores ou entidades re-levantes, apoio de profissio-nais de gestão, voluntários, e uma rede de serviços pro bono, entre outros.IP: É Portugal um país com muitos ou poucos empre-endedores sociais?MF: Já existem algumas ini-ciativas de Empreendedo-rismo Social em Portugal. No

entanto, os nossos empreen-dedores sociais deparam-se essencialmente com dois grandes desafios: por um lado, a ausência de organi-zação e de uma estrutura de gestão, e por outro, a falta de apoio ou de acesso aos recursos necessários para desenvolverem os seus pro-jectos de forma a maximizar o seu impacto social. É aqui que entra o IES e que o seu papel se torna fundamental. O mais importante é que o IES tem vindo a desbravar caminho para haver cada vez mais e melhores empreen-dedores sociais em Portugal.IP: O que vai ser o IES no fu-turo?MF: Os objectivos do IES para o futuro são muito claros e estão em sintonia com aquilo que já fazemos actualmente. Queremos dar continuidade à estratégia global do IES em desenvol-ver projectos locais de Em-preendedorismo Social e ser um pólo agregador de in-vestigação, conhecimento e formação dos vários agentes de transformação social – so-ciedade civil, sector público, privado e universidades –, tanto a nível nacional como internacional. Em síntese, queremos colocar o tema do Empreendedorismo Social na agenda nacional, identifi-cando projectos inovadores que provoquem verdadeiras transformações sociais de modo a tornar o sector social mais empreendedor e efec-tivamente transformador.

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Setembro de 2010

Operação Nariz Vermelho no Porto

A Operação Nariz Vermelho realiza no dia 15 de Setembro a Sessão de apre-sentação do projecto “Rir é o melhor Remédio”, no Hotel Porto Palácio, no Porto.Com esta acção A Operação Nariz Vermelhor pretende divulgar o seu pro-jecto “Rir é o melhor remédio”, integrado na Bolsa de Valores Sociais e que tem como objectivo a realização de um estudo, através de uma parceria com o Instituto de Educação da Universidade do Minho, de avaliação do impacto da acção dos Doutores Palhaços junto da criança hospitalizada, seus familiares e profissionais de saúde. Este estudo irá realiza-se no Hospi-tal de S. Marcos, em Braga.

Irão estar presentes:- Operação Nariz Vermelho - Beatriz Quintella (Presidente)- Bolsa de Valores Sociais - Celso Grecco (Director)- Fundação EDP – Guilherme Collares Pereira (Director) - Instituto de Educação da Universidade do Minho - Teresa Sarmento (Vice-presidente) - Hospital de S. Marcos, Braga - Almerinda Pereira (Directora Pediátrica)

A Segurança Social divulgou no seu boletim Informativo de Agosto o nú-mero de IPSS registadas com fins de acção social até 2007, 2008 e 2009. Replicamos aqui a tabela divulgada:

IPSS registadas com Fins de Acção Social

Até 2007

Até 2008

Até 2009

Associações de Solidariedade Social 2795 2890 2970

Fundações de Solidariedade Social 179 181 192

Centros Sociais e Paroquiais 1149 1158 1174

Outras Instituições de Organizações Religiosas 233 233 233

Irmandades Misericórdia 352 352 353

Uniões, Federações e Confederações 26 26 27

Fonte: DGSS Total 4734 4840 4949

Ver mais aqui

Conheça melhor a Operação Nariz Vermelho e

Ver diploma aqui

Ver mais aqui

No passado dia 4 de Agosto, no número 150, Série I, do Diário da República, foi publicada a Resolução do Conselho de Ministros n.º 55/2010, que anun-cia a criação do Conselho Nacional para a Economia Social. Este é um órgão consultivo, de avaliação e de acompanhamento ao nível das estratégias e das propostas políticas nas questões ligadas à dinamização e ao crescimen-to da economia social. Além do Primeiro- Ministro e de representantes do Governo e das Regiões Autónomas, integram este Conselho representantes da Associação Nacional de Municípios Portugueses, da Associação Nacional de Freguesias, da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local — ANIMAR, da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, C. C. R. L — CONFAGRI, da Confederação Cooperativa Portuguesa, C. C. R. L. — CONFECOOP, da Confederação Nacional das Insti-tuições de Solidariedade — CNIS, do Centro Português de Fundações, da União das Misericórdias Portuguesas, da União das Mutualidades Portugue-sas, cinco personalidades de reconhecidos mérito e experiência no sector da economia social, a indicar pelo membro do Governo responsável pela área do trabalho e da solidariedade social e o presidente da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, que secretaria, sem direito a voto.

Conselho Nacional para a Economia Social

Número de IPSS divulgado pela Segurança Social

Conheça o Catálogo Bibliográfico do Centro de Recursos em Conhecimen-to do Instituto da Segurança Social referente ao Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social.

Recursos sobre a Luta Contra a Pobreza

Sumários DR

Consulta de Códigos

Área de consulta temática

Pesquisa

BD JURÍDICAbase de dados on-line

BD JURÍDICA - SHSTSegurança, Higiene e Saúde

BD JURÍDICA - FISCALFiscal + Contabilidade

BD JURÍDICA - LABORALLaboral + Segurança Social

BD JURÍDICA - EMPRESASSociedades + Incentivos

BD JURÍDICA - TOTALInclui todas as áreas temáticas

Se pretende uma demonstração ou mais informações contacte: [email protected] 223 399 400

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Setembro de 2010

Nathalie BallaN, sócia fuNdadora da sair da casca, explica coNceito de “Negócio social”

“Apoio das empresas à comunidade superior a 65 milhões de euros”

Num estudo inédito desenvolvido pela Sair da Casca apurou-se que o envolvimento das empresas na co-munidade é uma realidade signifi-cativa. Em entrevista à Vida Eco-nómica/Impulso Positivo, Nathalie Ballan, partner e sócia fundadora da empresa de consultoria, expli-cou alguns dos resultados que a surpreenderam e apresentou um conceito cuja promoção considera essencial – o de “negócio social” ou “social business”.

Impulso Positivo (IP): O que destacaria como o mais importante que o estudo da Sair da Casca divulgado este ano deu a conhecer? Terá sido o valor de 65 milhões de euros que as empresas disponibilizaram em 2009 para apoio à comu-nidade?Nathalie Ballan (NB): Nós chegamos a esse valor com 45 empresas que publicaram os seus relató-rios de sustentabilidade até Dezembro de 2009. Entre Janeiro e Março de 2010 houve algumas em-presas grandes que publicaram novos dados e que não estão incluídos. O que nós já sabíamos, e que mesmo assim achamos surpreendente, é o facto das empresas serem solicitadas tantas vezes e por tantas pessoas. Há empresas que todos os dias re-cebem até 10 pedidos de patrocínio ou de apoio.IP: Como é que as empresas reagem a esses pe-didos?NB: A maioria delas tenta aceitar o maior número possível. Mas de há meia dúzia de anos para cá começaram a perceber que ia ser impossível di-zer que sim a toda a gente. Até porque isso iria fragilizar o terceiro sector – se apoiam mais orga-nizações, fazem-no por períodos mais curtos de

tempo a cada uma. As empresas estão a construir guidelines para poderem filtrar os pedidos, para que o compromisso seja mais no longo prazo, de dois a três anos. Há aqui uma grande preocupa-ção entre, por um lado, o peso da responsabilida-de, e por outro, o impacto de dizerem que não e o impacto de dizerem que sim. Elas sabem que quando dizem que sim, podem criar uma depen-dência, e se não têm capacidade para acompa-nhar a organização não têm tanto impacto.IP: Muitos dos pedidos são tratados pelos de-partamentos de comunicação. Isso dificulta o assumir de toda esta área da comunidade de forma estratégica?JB: Depende do que se chamar de comunicação. Se entendermos apenas comunicação como parte integrante do marketing, é uma coisa. Se entendermos como parte da comunicação institucional, encarada como uma função es-tratégica, e com pessoas com experiência de se relacionarem com todas as partes interessadas com impacto político – não no sentido partidá-

rio, mas no sentido original da “vida da cidade” -, não me choca, porque também não vejo a que outro tipo de departamento esta função pode-ria ser confiada. Em algumas empresas de maior dimensão, a resposta é dada através de uma fundação que criam para o efeito. Mas isso só se justifica a partir de um certo montante. IP: No estudo fazem referência ao salto no en-tendimento de “apoio à comunidade” como “negócio social” ou “social business”… JB: As APPACDM – Associações Portuguesas de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental - têm um percurso de mais de 40 anos de escolas de ensino especial. Como a escola não recebia as crianças até há pouco tempo, elas iam para os centros de educação especial das instituições que, no caso das APPACDM, prestavam os servi-ços mediante acordos com o Ministério da Segu-rança Social. Quando, há 12 anos, o Ministério da Educação percebeu que isto era educação, e que a sua responsabilidade era para com todos, os acordos foram transferidos da Segurança Social para o Ministério da Educação, que começou a destacar professores para estas instituições. As-sumiu nesta altura a educação para todos e de forma gratuita. Até que chegámos a este ponto em que estamos hoje em que o Ministério deci-diu acabar com as escolas de ensino especial e vai tudo para o ensino oficial. E esta fase vai ter-minar em 2014, altura em que todas as escolas de educação especial que estão a funcionar nas Instituições Particulares de Solidariedade Social forem fechadas. Neste momento as reduções são já muito significativas. IP: No estudo fazem referência ao salto no en-tendimento de “apoio à comunidade” como “negócio social” ou “social business”…

(continuar a ler)

Nathalie Ballan,sócia fundadora da Sair da Casca

Sobre Building Social Business – Construir Negócios Sociais

Muhammad Yunus é o pai do Mi-crocrédito, Prémio Nobel da Paz em 2006, fundador do Grameen Bank e de muitas outras empresas comprometidas com a causa de erradicar a pobreza no mundo.No seu livro “Building Social Businss”, Yunus continua a defesa de uma revisão da noção de capitalismo, já avançada em “Creating a World Wi-thout Poverty”, com a incorporação

da noção de “negócio social”. Não incita ao desaparecimento das em-presas, antes desafia à constituição, em paralelo, de negócios sociais. Aos alunos do Bangladesh que be-neficiam de bolsas de estudo ele pede que não procurem emprego quando terminarem o seus cursos, mas que criem empresas sociais e dêem empregos a outros. Yunus, criador do conceito de “ne-gócio social”, define-o como um negócio dedicado à resolução de problemas socias, económicos e ambientais que há muito afectam a humanidade – fome, ausência de

habitação, doença, poluição e igno-rância. Um negócio que não deve dar prejuízo, que pode ter lucro, mas este deve ser re-investido na organi-zação. Isto é, o investimento não dá lugar a dividendos. Ao investidor é devolvida a totalidade do montante investido, mas nada mais.

(continuar a ler)

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Setembro de 2010

Estão ainda abertas, até ao fim de Outubro, as can-didaturas a apoios do QREN à eficiência energética em IPSS e Associações Desportivas (ADUP) através dos programas de apoio à “Utilização Racional de Energia e Eficiência Energética Ambiental em Equi-pamentos Colectivos”.Para facilitar a adesão das IPSS, a ADENE – Agência para a Energia estabeleceu um protocolo com insti-tuições bancárias, visando regular as condições de prestação de serviço por parte da banca às institui-ções que se candidatem a estes apoios do QREN.As candidaturas elegíveis abrangem: – instalação de sistemas de isolamento e inércia

térmicos para redução das necessidades energé-ticas de aquecimento/arrefecimento e também a iluminação eléctrica para redução do consumo de electricidade e de arrefecimento induzido

– instalação de equipamentos de maior eficiên-

cia energética e de sistemas de recuperação ou gestão de energia que visem a melhoria da factura energética

– instalação de colectores solares térmicos, de equipamentos de produção de electricidade para consumo próprio com base em fontes de energia renovável que não injectem e não ven-dam energia à rede e ainda sistemas de produ-ção de energia térmica com base no aproveita-mento da biomassa

Para mais informações consulte estes sites:

aqui e aqui

A dotação global para o apoio às IPSS e ADUP é de 21,5 milhões de euros. O apoio não reembol-sável ascende a 70% nas regiões Norte, Centro e Alentejo e a 50% nas regiões de Lisboa e Algarve.Para mais informações consultar estes sítios dos Programas Operacionais Regionais:

PO NORTE

PO CENTRO

PO LISBOA

PO ALENTEJO

PO ALGARVE

LINHA DE APOIO: 707 200 636

Solar Térmico 2010 – até 29.10

Pela Portaria nº 886 / 2010, de 10 de Setembro, a duração máxima dos estágios no âmbito da Medida INOV-Social fica fixada em nove meses, não prorrogáveis.

Encontra mais informações aqui.

Medida Inov-Social – duração dos estágios

Estão ainda abertas as candidaturas ao Prémio GRACE de Investigação em Responsabilida-de Social Empresarial, que pretende distinguir e divulgar projectos de investigação académica inovadores na área da Responsabilidade Social Empresarial, que tenham aplicabilidade no mun-do empresarial português.O prémio visa distinguir o melhor projecto de investigação académica na área da Responsa-bilidade Social Empresarial (RSE), desenvolvido em instituições de ensino superior, públicas e privadas, sediadas em Portugal. Destina-se a estudantes de pós-graduações, mestrados e dou-toramentos, portugueses ou estrangeiros, sendo que os trabalhos apresentados deverão ter já sido discutidos e/ou publicados.Os interessados poderão submeter os seus trabalhos até 30 de Setembro de 2010, estando o anúncio do respectivo vencedor previsto para 30 de Novembro. O melhor projecto será distin-guido com um prémio, materializado numa semana de trabalho no Reino Unido em contacto com a Young Foundation, organização de referência em matéria de Responsabilidade Social Em-presarial.

Ver mais aqui.

Ainda abertas candidaturas - Prémio GRACE

O Instituto do Emprego e Formação Profissio-nal, IP reabriu as candidaturas ao Programa de Estágios Profissionais, Estágios Qualificação-Em-prego e Medida Inov-Social. Este novo período de candidaturas decorre desde 16 de Agosto e termina a 31 de Dezembro de 2010.

ESTÁGIOS PROFISSIONAIS

Mais info aqui

Ver regulamento aqui

ESTÁGIOS QUALIFICAÇÃO-EMPREGO

Mais info aqui

Ver regulamento aqui

INOV-SOCIAL

Mais info aqui

Ver Formulários aqui

Ver Legislação e Regulamento aqui

Candidaturas Estágios e Medida Inov-Social – até 31.12

São já conhecidas as instituições finalistas do Pré-mio Manuel António da Mota. São estas, por or-dem alfabética: a AEIPS - Associação para o Estu-do e Integração Psicossocial, a ARCIL - Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados, a ASTA – Associação Sócio-Terapêutica de Almeida, a Cáritas Diocesana – Coimbra, o Centro Social e Paroquial da Vera Cruz, a Cerciestremoz – Coope-rativa para a Educação e Reabilitação das Crian-ças Inadaptadas, a Dianova Portugal, a Mundos de Vida – Associação para a Educação e Solida-riedade, a Santa Casa da Misericórdia de Arganil e a Santa Casa da Misericórdia da Trofa. De entre estas, e após apreciação in-loco das actividades e projectos, será escolhida a instituição vencedora, cujo nome será divulgado em Conferência a reali-zar-se na segunda quinzena de Novembro.

Prémio Manuel António da Mota - finalistas

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Setembro de 2010

O portal impulsopositivo inaugurou um novo formato de informação no seu Exclusivo – “Casos em Destaque”. Nesta secção vamos promover a divulgação de organizações e projectos socialmente inovadores através de um formato mais extenso do que a secção de “mini-casos” mas de lei-tura fácil e rápida.

Com os Casos em Destaque o impulsopositivo pretende • reconheceressesprojectoseaspessoasqueosconstroemtodososdias,• inspiraroutrosquequeiramdarumcontributoinovandosocialmentee• daraconhecerquemosquiserapoiar.

A selecção dos casos será realizada em parceria com entidades que promovem a selecção de organizações e projectos inovadores, como é o caso do Instituto de Empreendedorismo Social através do seu projecto de investigação ES+ (veja entrevista a Manuel Forjaz do IES), com quem o Impulso Positivo estabeleceu uma parceria de conteúdos. A secção foi inaugurada com o Caso Vitamimos, um projecto destacado em 2000 pelo Instituto de Empre-endedorismo Social como uma Iniciativa de Elevado Potencial de Impacto Social.

NOVA SECÇÃO DE CASOS - WWW.IMPULSOPOSITIVO.COM

A G E N D A

Veja programação em www.greenfestival.pt

Alguns eventos em destaque:

DIA 15 DE SETEMBRO

10h00, Sala Fundação EDPIPSS e Mecenato - Abordagem dos Aspectos Fiscais mais relevantes, Maria da Graça Martins, Advogada do Departamento Fiscal da Sociedade Re-belo de Sousa e Advogados Associados

11h00, Sala Fundação EDPPapel e contributo da TESE no desenvolvimento da Inovação e Empreendedorismo Social, Helena Gata, Vice-presidente da TESE

DIA 16 DE SETEMBRO

09h00 - 17h00, Auditório10ª Conferência Anual do BCSD Portugal (Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável) 10h30, Sala Fundação EDP´Orquestras Geração´, Luísa Valle, Directora do programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano12h30, Sala Fundação EDPProjecto ´Kê Li Kê Lá´, Filipa Reis e João Miller Guerra

DIA 17 DE SETEMBRO

11h00 - 13h00, Sala EBCSD e SDC – Conferência: Da filantropia ao negócio inclusivo

FICHA TÉCNICACoordenadora: Raquel Campos FrancoPaginação: Tiago DiasNewsletter mensal do projecto Impulso Positivo – Vida EconómicaPropriedade de Imoedições. Lda (Grupo Editorial Vida Económica)R. Gonçalo Cristóvão, 14 – 6º • 4000-263 Porto • NIPC: 507037219 www.impulsopositivo.com

Problema: A obesidade infantil e a necessidade de multiplicar as respostas no terreno.Solução: Ajudar a combater a obesidade infantil atra-vés da educação e prevenção.A nasceu do desafio lançado pela DNA Cascais no 1º Concurso de Ideias de Negócios de Cascais 2007, tendo

sido premiada com o primeiro lugar da categoria Saúde. É um projecto inovador que tem como princi-pal objectivo intervir na prevenção da obesidade infanto-juvenil, através da promoção de estilos de vida saudáveis. Ao abraçar uma actividade de interesse social, a Vitamimos participa na educação e desenvol-vimento dos mais novos, promovendo momentos divertidos e, simultaneamente, educativos.

Resultados 2009/2010 (só com escolas): 24 actividades com um total de 4269 partici-pantes.

Reconhecimento: Iniciativa distinguida pelo Insituto de Empre-endedorismo Social (IES) como ES+, “Iniciativa de Elevado Pontencial de Impacto Social”. (2009)Prémio Projecto do Ano 2009, atribuído pela Revista Saúde Oral ao projecto “Mimos e Sorri-sos”, desenvolvido em parceria com a Mundo a Sorrir – Associação de Médicos Dentistas Solidários Portu-gueses. No âmbito deste projecto a Direcção-Geral de Saúde financiou a organização de quatro eventos que tiveram por objectivo associar a promoção da saúde oral à prevenção da obesidade. Os eventos de-correram em Cascais, Penafiel e Maia. (2009)Medalha Municipal de Mérito Empresarial, pela Câmara Municipal de Cascais. (2009)

CASO VITAMIMOS

Mais info aqui