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JORNAL EVANGÉLICO LUTERANO - IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL - ANO 37 - JUNHO - Nº 707 Lema: Velhinhos e velhinhas sentarão nas praças de Jerusalém e as praças ficarão cheias de meninos e meninas brincando. Zacarias 8.4-5 LUTERANO LUTERANO JOREV Tema: No poder do Espírito, proclamamos a reconciliação 5 De que Igreja você faz parte? www.luteranos.com.br ‘Ficar’ ou ficar de fora? 7 Jesus veio para servir Impresso Especial 9912204447/2008 - DR/RS IECLB - JOREV LUTERANO U.P. ACF Pres. Roosevelt CORREIOS CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA Não encontrado o destinatário devolver para R. Senhor dos Passos, 202 CEP 90.020-180 13 No ritmo No ritmo No ritmo No ritmo No ritmo da missão da missão da missão da missão da missão No ritmo No ritmo No ritmo No ritmo No ritmo da missão da missão da missão da missão da missão

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Page 1: LUTERANOWeber, da Paróquia de Cunha-Porã, que convidou o casal Claudio e Lorita Gernhardt, do Ministério Família Cristã Feliz, para dirigi-lo aos 47 casais das várias Paróquias

JOREV LUTERANO JUNHO 2008 17

JORNAL EVANGÉLICO LUTERANO - IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL - ANO 37 - JUNHO - Nº 707

Lema: Velhinhos e velhinhas sentarão naspraças de Jerusalém e as praças ficarão cheias de meninos e meninas brincando. Zacarias 8.4-5

LUTERANOLUTERANOJOREV

Tema: No poder do Espírito,proclamamos a reconciliação

5De que Igrejavocê faz parte?

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‘Ficar’ ouficar de fora?

7Jesus veiopara servir

ImpressoEspecial

9912204447/2008 - DR/RSIECLB - JOREV LUTERANOU.P. ACF Pres. Roosevelt

CORREIOS

CORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

Não encontrado odestinatário devolver para

R. Senhor dos Passos, 202CEP 90.020-180

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No ritmoNo ritmoNo ritmoNo ritmoNo ritmoda missãoda missãoda missãoda missãoda missãoNo ritmoNo ritmoNo ritmoNo ritmoNo ritmoda missãoda missãoda missãoda missãoda missão

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Editorial

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CARTASCARTASCARTASCARTASCARTAS

Diário daredação

IECLBJornal da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil

www.luteranos.com.br

PASTOR PRESIDENTEP. DR. WALTER ALTMANN

SECRETÁRIO GERALP. DR. NESTOR FRIEDRICH

JORNALISTA RESPONSÁVELLETÍCIA MONTANET-REG. PROF.: 10925

ADMINISTRAÇÃO / COMERCIALCRISTIANO HENRIQUE LAMB

CARTAS - SUGESTÕES DE PAUTA ARTIGOS - ANÚNCIOS FAMILIARES

E ANÚNCIOS COMERCIAISRUA SENHOR DOS PASSOS, 202/390.020-180 - PORTO ALEGRE/RS

FONE: (51) 3227.1258FAX: (51) 3225.7244

E-MAIL: [email protected]

SECRETARIA GERAL - IECLBFONE: (51) 3221.3433

ASSINATURA ANUAL - 11 EDIÇÕESR$ 18,00

_______________________________________

Proibida a reproduçãoparcial ou integral

do conteúdo desta ediçãosem a prévia e formal autorizaçãoda Redação do Jorev Luterano.

JorevLuterano

Embalando os nossos corações

Unindo a nossa Igreja

Ao renovar a minha assinaturapara continuar recebendo o nossojornal, aproveito para deixar abraçosfraternos e desejar que o esforço e adedicação para fazer o Jorev, um jornalque liga a Igreja no nosso País e alémdele, possa atingir cada vez mais seusobjetivos de penetrar nos lares eestimular a trajetória dos andantes nocaminho do Senhor.

Fraternalmente,Alda SprandelTio Hugo/RS

Apoio à família

Gostaria de cumprimentar a equipedo Jorev Luterano, pois o jornal temuma leitura acessível, sendo muitoaproveitado pela minha família,principalmente pela minha mãe e pelosmeus sogros, que tem nele muitasinformações, além de um apoioespiritual.

Um forte abraço,Elio Guido StumpfPortão/RS

Quem canta seus males espanta!Todos conhecem este ditadopopular e parece que ninguémduvida disso, mas por quê? Qualé razão desta forma de expressãocultural, representada por notas,ritmos, cadências e tantos outrosconceitos que lhe são peculiares,além do uso de diferentes ins-trumentos, conseguir nos tocartão profundamente? Ter forçapara despertar memórias ador-mecidas, lembrar situações ale-gres e também reviver tristesmomentos?

A música detém o mágicopoder de nos transportar paraoutros lugares, já e ainda nãoconhecidos, os lugares que nossão ou foram caros, os não tãosaudosos assim e, isso é especial,aqueles que a nossa imaginaçãoelegeu como desejáveis, ou seja,somos levados a locais que aindanem existem nas nossas memó-rias, a experimentar sensaçõesque ainda não foram vividas e anutrir sentimentos que, às vezes,nem sabíamos existirem.

Quando falamos em sentimentose emoções, logo pensamos no amor e

isso nos leva a dois assuntos muitoespeciais presentes nesta edição: Diados Namorados e Música como

Trabalho e dedicação

“É preciso pensar para acertar, calarpara resistir e agir para vencer” RenatoKebi.

Parabéns pelo ótimo trabalho.Desejo que o Jorev Luterano continue asua excelência!

Abraços,Helena Cardoso da FonsecaPorto Alegre/RS

Oportunidade a todos

Quero dizer que estou muitosatisfeito com o Jorev, pois o jornal dáoportunidade para todas as Comuni-dades e Paróquias e também para osObreiros, cativando a atenção e ointeresse de muitas pessoas pelo nossojornal.

Saudações,Cláudio BeyerSertão Santana/RS

Instrumento de Missão. Há comopensar em relacionamento amo-roso sem associar a algumacanção?! Que casal não tem a ‘suamúsica’, pelo menos uma? Sim,todos os casais têm as suasmúsicas e, da mesma forma,todos também têm, além docompromisso, o desejo de esta-rem juntos e felizes. A questão étransformar este desejo em von-tade e trabalhar neste sentido: aconstrução!

Construído também deve sero relacionamento da Igreja comos seus membros, de forma acumprir com a sua razão de exis-tir: a missão. Como atrair mais emais pessoas para a vida na Igre-ja, apresentando esta forma es-pecial de encontro com Deus? Pormeio da música, é claro! Esta éuma das maneiras mais alegres,criativas e democráticas de con-gregar pessoas em torno de ummesmo ideal, de um mesmoprojeto de vida que chama paraa inclusão, o amor, a reconci-

liação e o bem-estar coletivo. Vamoscantar, pois, e ninguém duvide,quem canta seus males espanta!

Aos parceiros e assinantesdo Jorev Luterano

Até o momento, o Jornal Evan-gélico Luterano esteve vinculado àInstituição Sinodal de Assistência,Educação e Cultura (ISAEC) daIECLB. A partir da edição 704/março, o Jorev passou a estar vin-culado ao Cadastro Nacional dePessoas Jurídicas da IECLB, o quetraz algumas alterações de proce-dimentos em relação às parcerias,além de modificações nos nossosdados bancários.

Aos parceiros, a IECLB, por setratar de uma Instituição Religiosa,como consta na legislação vigente,passou a emitir documento oficialde uma instituição imune deimpostos e tributos. Nesse sentido,a partir da edição 704, de março/2008, passamos a encaminhar bole-to bancário e a enviar recibo refe-rente ao apoio, após a quitação doboleto, de acordo com a legislaçãobrasileira. Caso necessário, nossoDepartamento Jurídico poderáfornecer maiores informações.

Aos leitores, as mudançasdizem respeito aos números dasnossas contas correntes — uma vezque os bancos com os quaistrabalhamos bem como as agênciaspermanecem as mesmas — paraquem costuma pagar a assinaturaanual do Jorev via depósito emconta ou transferência eletrônica.Para os assinantes que efetuam opagamento via boleto bancário oujá tenham realizado o pagamentopor meio de depósito em uma dasantigas contas, o envio dos exem-plares vai continuar sendo feitonormalmente.

BANCO DO BRASILBANCO DO BRASILBANCO DO BRASILBANCO DO BRASILBANCO DO BRASILAgAgAgAgAg..... 0010-8 – C/C 153.000-30010-8 – C/C 153.000-30010-8 – C/C 153.000-30010-8 – C/C 153.000-30010-8 – C/C 153.000-3

BANCO BANCO BANCO BANCO BANCO BRADESCOBRADESCOBRADESCOBRADESCOBRADESCOAgAgAgAgAg..... 0491-0 – C/C 576.176-0 0491-0 – C/C 576.176-0 0491-0 – C/C 576.176-0 0491-0 – C/C 576.176-0 0491-0 – C/C 576.176-0

BANCO BANCO BANCO BANCO BANCO SICREDISICREDISICREDISICREDISICREDIAgAgAgAgAg..... 116 – C/C 8376-3 116 – C/C 8376-3 116 – C/C 8376-3 116 – C/C 8376-3 116 – C/C 8376-3

Na certeza da compreensãodesses novos procedimentos, conti-nuamos contando com o apoio dosnossos parceiros e assinantes, fa-zendo o Jorev Luterano chegar aum número cada vez maior depessoas.

Para quaisquer esclarecimentos adicionaisque se façam necessários,

estamos à disposiçãopelo telefone 51 3227.1258

e pelo e-mail [email protected].

Capa: V Encontro Nacional de Trombonistasda Obra Acordai, realizado nos dias 11 a 14 deoutubro de 2007, em Schroeder/SC, reunindomais de 400 Músicos. Leia matéria especialsobre música nas páginas centrais.

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JOREV LUTERANO JUNHO 2008 3

Curtas

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Sobe

Desce

Dia dos namorados:oportunidade para oscasais renovarem con-tinuamente os seus votosde compromisso com oamor.

Os relacionamentosefêmeros, sem com-

prometimento e res-peito pelo seu par e pela

bela instituição do casa-mento.

8 de junho4º Domingo após PentecostesPrograma Formação CristãContínua

A educação cristã funda-menta-se no Batismo e aconteceao longo de toda a vida, prepa-rando para o testemunho doEvangelho de Jesus Cristo nomundo. As ofertas serão inves-tidas em seminários, cursos emateriais que promovem aeducação cristã na nossa Igreja,iniciativas coordenadas pelaSecretaria Geral, em parceria comSínodos, Paróquias e Comuni-dades, todas voltadas ao trabalhocom crianças, adolescentes, jo-vens, adultos e idosos.

29 de junho7º Domingo após PentecostesBolsas de Incentivo paraestudantes de Teologia

Com Jesus, a humanidadeaprendeu que é possível estenderas mãos ao outro! Existem muitasformas de fazermos isso, umadelas é a solidariedade com estu-dantes que, na IECLB, pretendemservir em um dos quatro Minis-térios com ordenação: Diaconia,Missão, Educação cristã e Pas-torado. Por meio das Bolsas de In-centivo, compostas por recursosprovenientes de doações da Igrejada Alemanha, do orçamento cen-tral da IECLB e das duas ofertasanuais, a IECLB apóia estudantesque não têm condições de arcarcom o custo dos seus estudos.

Ofertas Nacionais

Corec e o voto consciente

Reunido de 29 de fevereiro a 1º demarço, na sede da CNBB, em PortoVelho/RO, o Conselho Regional deEcumenismo (Corec), formado porrepresentantes das Igrejas EpiscopalAnglicana do Brasil, Católica Romanae Evangélica de Confissão Luterana noBrasil, refletiu sobre a política e aseleições de 2008, com a participação daAssembléia Legislativa de Rondônia edo Centro de Estudos Bíblicos.

Na carta pastoral, os represen-tantes expressam preocupação com abaixa qualidade de vida do povo, adesagregação de muitos lares e asituação das camadas mais vulnerá-veis da população, destacando oempenho de administradores públicoscompetentes, mas deixando um alertaàs Comunidades quanto à eleição doscandidatos da sua confiança, no sentidode adotarem critérios coerentes com avocação cristã no momento de escolhe-rem partidos e pessoas para conduzira causa pública.

______.....______

Novo centro de educação infantil

No dia 7 de março, o ColégioEvangélico Martin Luther inaugurouseu novo Centro de Educação Infantil,localizado ao lado da sede adminis-trativa da Comunidade EvangélicaMartin Luther, em Marechal CândidoRondon/PR, um sonho acalentado hávários anos pelo Colégio e sua Man-tenedora, a Associação Educacional eAssistencial Martin Luther (Asseamal).

Agora, as crianças podem aprovei-tar um espaço que traduz a cultura dainfância e respeita os direitos funda-mentais da criança, em um ambienteadequado para aprendizagem, agradá-vel esteticamente e desafiador do pontode vista da curiosidade infantil,associado a um projeto pedagógico ecorpo docente de excelência.

Comunicação no Conselho da EST

Profissional da área da comuni-cação, Hilmar Kannenberg foi eleitoPresidente do Conselho de Adminis-tração da Faculdades EST, onde foialuno, em reunião realizada no dia 28de março, no campus da instituição.Surpreso com a indicação, Kannenbergdisse sentir-se estimulado pelo novodesafio. “Devo muita coisa a esta casa.Estudei Teologia nesta instituição eagora terei a oportunidade de re-tribuir”, afirmou.

O Conselho é formado por maisnove Conselheiros: Abílio Baeta Neves,Adayr Tesche, Eltor Breunig, NorbertoHoppen, Renate Schreiner, SenoLeonhard, P. Enos Heidemann, VeraHoffmann e Wilmar Schüler. Duranteo encontro, o Reitor, P. Dr. OneideBobsin, Pró-Reitores e a Administraçãomos-traram a Faculdade aos novosCon-selheiros e apresentaram umpano-rama de futuros cursos, além dorelatório administrativo de 2007.

______.....______

Raposinhas no casamento

O Sínodo Uruguai realizou umRetiro de Casais nas Termas São Joãodo Oeste/SC, nos dias 28 a 30 de março,sob a coordenação do P. GilbertoWeber, da Paróquia de Cunha-Porã,que convidou o casal Claudio e LoritaGernhardt, do Ministério FamíliaCristã Feliz, para dirigi-lo aos 47 casaisdas várias Paróquias participantes.

O tema desenvolvido foi Raposinhasque destroem o casamento. Salomão, aoescrever Cantares, quis mostrar que osproblemas não vêm carregando osdizeres Cuidado, problemas à vista. Namaioria das vezes, as mudançascomeçam de maneira sutil, por isso aPalavra de Deus exorta a perseguir asraposinhas Apanhai-me as raposas, asraposinhas, que devastam os vinhedos, porqueas nossas vinhas estão em flor (Ct 2.15). Éresponsabilidade de cada um apanharas suas raposinhas e viver o casamentode modo a dignificar a idéia de Deus,criador e instituidor da família.

Comunhão e Verdade

A Missão Universitária (Miuni)nasceu em Joinville/SC, durante o cultode abertura do primeiro semestre de2008, realizado na Paróquia SãoMateus. Entre os presentes, estavam oPastor Sinodal do Sínodo NorteCatarinense, P. Manfredo Siegle, oReitor da Univille, Professor Paulo IvoKoentopp, o Presidente da Comuni-dade Evangélica de Joinville, ValdirSpeckhann, e várias pessoas que parti-ciparam com palavras de incentivo.

Com o lema Comunhão e Verdade paraos jovens dos dias de hoje, a Miuni buscaser um grupo formador, divulgador eacolhedor cuja proposta é ajudar aformar pessoas, estudantes quepassam pela universidade e levamconsigo o investimento feito paradisseminá-lo em seus contextos.“Missão é isso. A colheita será no Reinode Deus”, afirma o P. Renato LuizBecker, da Paróquia São Mateus.

______.....______

Construção da sede da OGA

As vigas do fundamento da sede daObra Gustavo Adolfo (OGA), iniciadano dia 3 de março, já foramconcretadas, dando uma visão de comoserá a obra, com conclusão previstapara 31 de dezembro de 2008, segundoo Presidente da entidade, P. Rolf Droste.

A construção foi iniciada sem o atode lançamento da pedra fundamental,que acontecerá no dia 17 de julho, às16h30, quando os Representantes Sino-dais da OGA estiverem reunidos emSão Leopoldo/RS para o seu X EncontroNacional.

Durante quase 100 anos, a OGA, que,em 6 de novembro completou 175 anosda sua fundação, na Alemanha, 1832,data que lembra a morte do Rei daSuécia Gustavo Adolfo II, ocorrida 200anos antes, numa batalha em favor doprotestantismo, funcionou em espaçoscedidos e sem endereço permanente.Desde 1998, a Secretaria Executiva daOGA exercia suas atividades em umacasa, cedida pela IECLB em comodato.

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Rainhas e vítimasO assassinato da menina Isabella, ocorrido no

espaço doméstico de uma família de classe médiaurbana, me fez voltar a leituras do tempo em queme tornei pai. Naquela ocasião, queria entendercomo errar menos na educação das crianças.Embora eu tivesse recebido uma boa educação noâmbito da família e da Comunidade de fécamponesas, que foi marcada pela liberdade e peloslimites bem-definidos, precisaria de mais cuidados,porque os meus filhos viveriam numa realidademuito diferente do meu mundo da infância.

Foi nesta busca que encontrei análises interes-santes sobre como tratamos as crianças no Brasil.Instigaram-me as observações de um Psicanalistaitaliano, Contardo Calligaris, que optou pelo Brasil.

Dizia ele que se impressionava como, no Brasil,a relação dos adultos com as crianças tem dois ladosbem distintos. De um lado, parece que a criança é arainha do mundo. Exemplo extremo disto pode serbuscado numa entrevista dada pela apresentadoraque ainda se intitula a ‘rainha dos baixinhos’.Lembro, como se fosse hoje, das suas palavrasinfelizes Quando a minha filha começar a andar, se forpreciso eu derrubo todas as paredes para que tenha liberdadetotal. Em outras palavras, ‘minha filha não terá

P. Dr. Oneide BobsinPastor da IECLBe Reitor da Faculdades EST

‘Agora, entendi para onde vai o dinheiro!’‘Agora, entendi para onde vai o dinheiro!’‘Agora, entendi para onde vai o dinheiro!’‘Agora, entendi para onde vai o dinheiro!’‘Agora, entendi para onde vai o dinheiro!’

limites’. Com uma educação assim, não precisamosnos surpreender quando jovens ateiam fogo emmendigos, índios ou mulheres que se ‘parecem’ comprostitutas.

No entanto, a moeda tem dois lados. Num país ondeas crianças parecem reis ou rainhas, como se aqui fosseo paraíso delas, também se joga criança no lixo, emlagoas e pela janela de um luxuoso prédio. Portanto, é

no doce lar que diariamente crianças, bem como assuas mães, são violentadas e abusadas sexualmentepelos homens da casa.

Diante de tais fatos cruéis, que são comuns emnosso país, cabe fazer muitas perguntas antes deposarmos de hipócritas, como se isso só acontecessecom os outros. Cada um de nós, sob certascircunstâncias, pode se tornar violento, especialmentequando o individualismo rompe os laços que nos dãosegurança e limites.

Também aceitar respostas levianas paraproblemas complexos pode ser o início da violência.Entre as respostas fáceis está aquela que afirma quevivemos tempos piores que os anteriores. Penso quea nossa sociedade está mais transparente. Está cadavez mais difícil esconder os pecados. Nem o podernem o dinheiro, que ainda podem muito, sãosuficientes para encobrir crimes e roubos.

Na medida em que a sociedade sofisticou osmeios de revelação dos frutos do pecado, estamosaprendendo com os erros e ela está se tornandomais justa, apesar dos sinais em contrário.

Com esperança, percebo que na nossa sociedadeas palavras de Jesus estão se realizando, conformeMateus 10.26 Não tenhas medo deles, portanto. Pois nadahá de encoberto que não venha a ser descoberto, nem ocultoque não venha a ser revelado.

Uma educação transparente ajuda a família asuperar a hipocrisia que vê semprenos filhos dos outros a má companhia.

Atualidade

A hipocrisia vê semprenos filhos dos outrosas más companhias

Essa afirmação, feita por um mem-bro da IECLB, fez a diferença em rela-ção ao jeito como ele passou a lidar comas demandas da Igreja, também aque-las relacionadas com dinheiro! Agora,eu sei!, afirmou com determinação.

Como Secretário Geral da IECLB,tenho compartilhado com liderançasde Comunidades, Paróquias e Sínodosque há ingredientes na atual estruturada IECLB nacional, este corpo vivo (1Coríntios 12), que são imprescindíveispara fazer frente ao mandato queconsta no art. 3º da nossa Constituição.Menciono apenas alguns deles:

-Diálogo entre as diferentes ins-tâncias (isto começa na Comunidade,quando o Presbitério se reúne).

-Estabelecer relações com outrasinstâncias (não só cobrar dos outros).

-Internalizar a dinâmica da Igreja(usar de fato os caminhos que existempara encaminhar propostas, comoAssembléias e Concílios).

-Construir uma relação de respeito,de tal forma que aqueles que forameleitos para o exercício de uma funçãona Igreja se sintam respaldados eencorajados como representantes.

É fundamental trabalhar apos-tando em uma relação de confiança,responsabilidade e comprometimentocom a causa maior da Igreja, apropagação do Evangelho de JesusCristo! Por isto mesmo, quando ouçoalguém dizer agora, entendi para onde vaio dinheiro, fico contente e, ao mesmotempo, convicto do quanto aindaprecisamos aprender a nos comunicar.Precisamos perguntar mais, explicarmais, conversar mais e ‘achar’ menos!

Nesta perspectiva, quero destacardois dados gerais do resultado finan-ceiro do ano de 2007, que foi disponi-bilizado para os Presidentes deParóquias, Obreiros e liderançassinodais no Boletim Informativo daIECLB 194, aprovado na última reunião

do Conselho da Igreja. Esses resultadosjá refletem o trabalho feito em tornodo tema Fé, Gratidão e Compromisso.

Mesmo que o assunto não estejaesgotado, os avanços feitos pelosSínodos são significativos. O acompa-nhamento das demandas administra-tivas, a correta aplicação das decisõestomadas em Concílio (onde as Comu-nidades se reúnem) e os encontros comas lideranças das Comunidades têmsido fundamentais para ampliarmosa nossa visão da IECLB como um todoe as suas reais necessidades.

Entre o que foi orçado para 2007como contribuição dos 10% dosSínodos, houve uma variação positivade 16,84%, isto é, R$ 433.542,05.Tivemos um misto de crescimento erecuperação de contribuições. Entre oque foi orçado como despesa e inves-timento para 2007 para o orçamentocentral, não investimos R$ 540.357,87.O comparativo entre o que foi orçado erealizado mostra o cuidado com aexecução das despesas.

O que sinalizam estes números? Quehá um esforço sério e comprometidoem diferentes instâncias na IECLB nosentido de cuidar bem do bem da IECLB.Não significa que está tudo resolvido!Há deficit ainda? Sim! Temos pela frenteuma enorme demanda em que a IECLBterá que definir estrategicamente,como, por exemplo, qual estruturaadministrativa (em todos os níveis) énecessária para dar conta responsavel-mente das demandas, isto porque mis-são também se faz pela administraçãoeclesiástica.

P. Dr. Nestor FriedrichSecretário Geral da IECLB

Igreja missionáriaIgreja missionáriaIgreja missionáriaIgreja missionáriaIgreja missionária

“Quando há identificação com acausa da Igreja, normalmente nãofaltará dinheiro, exceto em caso dereal carência.

Dinheiro não se reduz a assuntopuramente material. É questãoeminentemente espiritual. Quer servisto como um recurso não paracomprar, mas para servir. Ele éimprescindível na tarefa de semeara palavra de Deus e de preparar avinda do Reino de Deus (Mateus 3.1s).

‘Plantado, dá.’ Esse provérbio seaplica também ao Evangelho e, porconseguinte, à IECLB e sua missão.Está aí a lavoura de Deus (1Coríntios3.9), a sociedade brasileira, nossacidade, nosso bairro. Quem aí nãosemeia, também não vai colher (2Coríntios 9.6).

Quem não investe energicamenteno esforço por despertar a fé, o amore a esperança, terá pesados gastos nofuturo com o ‘saneamento básico’ dosproblemas humanos.

É significativo que de semeaduramaterial pode brotar fruto espi-ritual”.

Igreja,para ser missionária,

deverá ser hábilem motivar as pessoasa contribuir com suaparcela financeira

no plantiodo Reino de Deus

P. Dr. h.c. Gottfried BrakemeierDez Mandamentos para Igreja Missionária

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JOREV LUTERANO JUNHO 2008 5

De que Igreja você faz parte?Somos Igreja que VAI ao encontro das

pessoas, mas que também as convida: VEM.Essa é uma das chamadas de capa

dos folhetos da Campanha Nacionalpara a Missão. Primordialmente,destina-se aos membros das Comuni-dades da IECLB. Contudo, um númeroconsiderável de pessoas que não sãofiliadas à IECLB também vai tomarconhecimento da realização dessacampanha em nível nacional.

A chamada não é apenas um slogan.Expressa a convicção e o compromissoque nascem do Evangelho de JesusCristo. Ao mesmo tempo, tambémreafirma a vocação para a qual a Igrejaé chamada no mundo, que é a detestemunhar o amor de Deus reveladono Filho Unigênito.

A Campanha Nacional VAI! VEM!Missão de Deus – Nossa Paixão, iniciadaem 11 de maio último e encerrando-seno próximo dia 30 de setembro de 2008,

Presidência

é uma bela oportunidade para quetodas as instâncias da IECLB, em formade mutirão, unam-se de modo engaja-do e esforcem-se em torno da consti-tuição de um Fundo de Missão, umfundo que visa a apoiar e fortalecerprojetos missionários em Comuni-dades, Paróquias e Sínodos a serviçoda vida plena e abundante da qualJesus foi precursor, conforme João 10.10.

Constatamos que os membros daIECLB são dotados de um potencialfantástico de dons, frutos da bondade,da graça e da generosidade de Deus.Dons que podem produzir mudançase operar grandes maravilhas a serviçoda missão. Na história da IECLB, não

poderíamos contabilizar os incon-táveis exemplos de pessoas que, movi-das pela fé, nos deixaram e ainda hojecontribuem com um belo testemunhode amor, solidariedade e generosidade.

Nesse sentido, apelamos aosmembros, lideranças, Obreiros eObreiras da IECLB para que, emconfiança, alegria, ânimo redobrado,disposição e criatividade, abracem comentusiasmo e força a CampanhaNacional VAI! VEM! Missão de Deus –Nossa Paixão, como expressão degratidão e para a maior glória de Deus.

AGENDA DA PRESIDÊNCIAGENDA DA PRESIDÊNCIAGENDA DA PRESIDÊNCIAGENDA DA PRESIDÊNCIAGENDA DA PRESIDÊNCIAAAAA

JUNHOJUNHOJUNHOJUNHOJUNHO

P. Homero Severo PintoP. 1º Vice-Presidenteda IECLB

“Certamente terão che-gado à IECLB os testemunhosde gratidão e reconhecimentoexpressados por liderançasda Igreja Cristã Luterana deHonduras (ICLH), no ato dedespedida do P. ArmindoSchmechel, realizado durantea Conferência de Bispos,Presidentes e Líderes (COP/COL), entre os dias 31 demarço e 4 de abril.” O texto édo Secretário para AméricaLatina e Caribe/Departamento para Missão eDesenvolvimento da Federação Luterana Mundial(FLM), rev. Martin Junge, em correspondênciaencaminhada à Presidência da IECLB, agrade-cendo pelo trabalho do P. Armindo Schmechel emHonduras.

P. Schmechel havia sido enviado para umafunção específica como Pastor, com o objetivo deauxiliar a ICLH na capacitação teológica de seusPastores e membros. “Com a aposentadoria do

Perseverança no empenhoem favor da unidade foi o temacentral abordado pelo PastorPresidente da IECLB e Mode-rador do Conselho Mundial deIgrejas (CMI), P. Dr. WalterAltmann, ao dirigir-se ao Co-mitê Central, em Genebra, naSuíça, no mês de fevereiro.Nesse ano em que o CMI cele-

bra o seu 60º aniversário, P. Altmann assegurou, ecoando aafirmação contida na mensagem da assembléia consti-tutiva “É nosso firme propósito permanecermos juntos”.

O documento produzido pelo Pastor Presidente para aocasião relembra marcos do movimento ecumênico e aprópria história do Conselho, em que reiteradamente seafirmou o compromisso da unidade por meio de inúmerosdocumentos e ações. A mais recente foi a realização da IXAssembléia Geral, em Porto Alegre/RS, em 2006, quando oCMI adotou a declaração intitulada Chamados a ser uma Igrejauna, como ‘um convite às igrejas a renovarem seucompromisso com a busca da unidade e a aprofundaremseu diálogo’.

IECLB recebe agradecimento da FLM

VAI! VEM!Missão de DeusNossa Paixão

“Vindo do extremo Sul, onde está a sede da IECLB,minha visita a Comunidades do extremo Norte nãodeixa de ser um forte símbolo da unidade da IECLBneste imenso país. Nossos membros e suasComunidades, nesta dispersão, necessitam dasolidariedade dos demais membros e Comu-nidades”, disse o Pastor Presidente da IECLB, P. Dr.Walter Altmann, ao relatar a sua visita,junto com o Pastor Sinodal do Sínodo daAmazônia, P. Mauri Magedanz, àsComunidades de Manaus/AM e BoaVista/RR, no início do mês de abril,ambas Comunidades da IECLB que selocalizam mais ao Norte e integram arelação de projetos missionários daIgreja.

Em Manaus, a Obreira encarregadadas atividades ministeriais é a Catequis-

ex-P. Presidente GuillermoFlores, ficou um vácuo naliderança, pois aquela pe-quena igreja não tinhaoutros Pastores ordena-dos”, explicou o PastorPresidente da IECLB, P. Dr.Walter Altmann. Houve,então, um apelo especial aoPastor Schmechel e àIECLB para que estaconcordasse com a suaeleição para Pastor Presi-

dente da Igreja Cristã Luterana de Honduras.“Inicialmente, resistimos, pois a IECLB, ao

enviar seus Obreiros para outra igreja, não o fazpara assumir cargos de liderança, mas ficamosmuito contentes com o resultado descrito na cartada FLM”, afirmou P. Altmann. “Valorizamosimensamente esse gesto de solidariedade ereconhecemos a valiosa contribuição da IECLBpara o processo de fortalecimento da ICLH”,escreveu o rev. Martin Junge.

Pastor Presidente visita Comunidades no extremo Norte do país

CMI completa 60 anos

31/05 - 1º/06/2008Assembléia SínodoNorte CatarinenseMassaranduba/SCP. Walter Altmann

24/06 - 01/07/2008FLMComitê Executivo e ConselhoGenebra/SuíçaCarlos Bock

28/06/2008Assembléia SínodoRio dos SinosNovo Hamburgo/RSP. Walter AltmannP. Homero Pinto

ta Traudi MargaridaKraemer. A Comunida-de, localizada em bairropopular, mantém umapequena escola de ensi-no fundamental, atual-mente com 76 alunos.

“Com o reconhecimen-to da escola pelas auto-ridades educacionais,pelo qual a Comuni-dade e a Obreira muitose empenharam, espe-ra-se que o número de

crianças inscritas aumente, podendo,desta forma, a escola sustentar aObreira Catequista, avaliada nestaocasião pela Comissão Sinodal deAvaliação, que recomendou a reno-vação do seu termo de atividadeministerial”, contou o Pastor Presi-dente da IECLB. O Pastor licenciadoJúlio Schweickardt, hoje atuando naFiocruz, auxilia por meio da realizaçãode cultos.

Em Boa Vista, P. Altmann oficiou a ordenaçãoda Pastora Luceny Laurett, que, no seu projetomissionário, comprometeu-se a atingir a susten-tabilidade nos próximos anos. Para tanto, pretendedar atenção espiritual tanto aos membros his-tóricos da IECLB quanto aos novos membros quenela venham a se integrar.

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O Ministério pastoral emO Ministério pastoral emO Ministério pastoral emO Ministério pastoral emO Ministério pastoral emfamília: unindo lar e altarfamília: unindo lar e altarfamília: unindo lar e altarfamília: unindo lar e altarfamília: unindo lar e altar

Ministério

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Quais são as suas atividades naParóquia de São José/SC?

Há 18 anos, minha família tematuado em São José, onde se trabalhou,juntamente com o Presbitério, oparadigma de integrar todas as faixasetárias por meio de programaçõesespecíficas. Algumas ênfases têm sido asseguintes: Missão Criança, Ensino Confir-matório, Liderança e Orquestra. Missão Criançaacompanha as crianças batizadas e seuspais, por meio de visitas e eleição dePadrinho/Madrinha de oração no cultodo Batismo. Anualmente, estes sãotrocados até a criança ingressar naEscola Dominical, aos quatro anos. EnsinoConfirmatório busca não apenas aconfirmação do jovem, ao final do cursode dois anos, mas o envolvimento dafamília toda. Em equipe, são ministradasas aulas, o louvor, passa-dias, caminha-das por trilhas, retiros, cultos especiais,etc. Liderança tem recebido um incentivoexpressivo nos trabalhos paroquiais ecomunitários. Dos grupos, emergemnovas lideranças que vão assumindodiversas tarefas. Orquestra refere-se aoprojeto de montar uma Orquestra, que,hoje, conta com cerca de 60 componentesque tocam instrumentos de sopro,cordas e percussão, entre eles sax, tuba,trompete, clarinete, flauta transversa,violino, violão, bateria, etc.

Que ações estão sendo realizadas paraatrair o confirmando para a Igreja?

O Ensino Confirmatório recebeu umaatenção especial, pois o nosso objetivo éa participação da família como um todo,

O trabalho dia-conal da IECLB temsido desafiado pelarealidade social eeconômica do nossopaís. As Comuni-dades são desafiadasa refletirem sobreformas de trabalharem rede com organi-zações não-governa-mentais, outras de-nominações religio-

sas e também com o poder público. As Comuni-dades e instituições são confrontadas cominúmeros questionamentos: Como contribuir paraa transformação de tantas realidades de sofrimento semsubstituir o poder público em sua tarefa? Como prestarassistência sem se tornar assistencialista? Comodesenvolver um trabalho diaconal sem ser proselitista

Diaconia em Contextos Urbanos

por isso a equipe tem liberdade deagenda e o Pastor coordena e estápresente sempre que possível. Durantetodo o tempo de Ensino Confirmatório,os jovens têm programações, comotrilhas, caminhadas, acampamentos,

ou sem fechar as portas da Comunidade para o trabalhodiaconal?

Natural de Timbó/SC, P. Sérgio Gessner,51 anos, formado pela Faculdade deTeologia, em São Leopoldo/RS, é casadocom Vera Lúcia, formada na Casa Matrizde Diaconisas como Assistente deComunidade e, na PUC-Porto Alegre/RS,em Ciências Sociais. O casal tem dois filhos:Tobias Rudolfo e George Luis. A famíliaparticipa ativamente dos cultos, escoladominical, encontros de jovens, retiros e,principalmente, no louvor. Os filhos têm sededicado à música e Vera, ao lado do marido,tem assumido estudos na OASE, encontrode casais, coordenado o trabalho da terceiraidade e as pregações em cultos.

Ao longo dessas quase duas dé-cadas de Ministério na Paróquia deSão José/SC, os trabalhos cresceramde duas para três Comunidades e doisPontos de Pregação novos. Atuamdois Pastores e, ainda esse ano, deveser criada uma nova Paróquia econtratado mais um Obreiro.

A Paróquia divide as suas áreasde atuação em Ministérios. O Pastorresponsável está na coordenação dostrabalhos, mas cada líder programauma agenda de convívio, aumen-tando a flexibilidade dos encontros.

Na Comunidade de Campinas,são 23 Ministérios: Missão Criança,Berçário, Escola Dominical, VisitaçãoPermanente, Ensino Confirmatório, Jovem,Louvor, Membros Novos, Casais, GruposDomiciliares, Trabalho com Mulheres,Intercessão, Discipulado Individual e emGrupo, Pregadores, Literatura, FolhetosEvangelísticos, Ação Social, Sobriedade,Boas-Vindas, Aconselhamento, TerceiraIdade, Trilhas e Caminhadas e Pessoas Sós .

Na Comunidade de Barreiros, são15 Ministérios: Escola Dominical, EnsinoConfirmatório, Jovem, Louvor, GruposDomiciliares, Trabalho com Mulheres,Intercessão, Discipulado Individual,Pregadores, Ação Social, Boas-Vindas,Aconselhamento, Manhã com Deus, Visi-tação Permanente e Escolinha de Futebol.

Na Comunidade de Forquilhas,são 8 Ministérios: Escola Dominical,Ensino Confirmatório, Jovem, Louvor, Grupode Casais, Grupo de Oração, DiscipuladoIndividual e Grupos de Estudos Bíblicos.

Nos novos Pontos de Pregação, nomunicípio de Biguaçu/SC e no bairrode Picadas, os trabalhos tambémestão sendo organizados nessa di-reção: a concretização do SacerdócioGeral dos Crentes.

etc., em que são motivados a se fazerempresente. Os dois anos se tornamprazerosos e apresentam uma Igrejareceptiva para todos os familiares, queterminam se envolvendo de maneiraplena.

A atenção à música busca manter ojovem na Igreja?

Em 2007, foi contratado um Maestropara instalar, nas dependências daComunidade de Campinas, uma escolade música com o objetivo de formar umaorquestra. Iniciaram cerca de 80 alunos.Hoje, perseveram cerca de 60, que tocamdiversos instrumentos. Temos alcançadoum significativo número de jovens, quesão acolhidos com suas diferenças deexpressão, louvor e temas abordados nasprédicas. Nossos cultos têm sido inspi-radores, alegres, descontraídos e edi-ficantes.

A formação de lideranças é importantepara o futuro da Igreja?

Certamente, por isso a formação delideranças tem recebido atenção es-pecial. Atualmente, existem cerca detreze grupos domiciliares e/ou casais deonde nascem lideranças que vãoassumindo responsabilidades no Pres-bitério, OASE, Visitação, Grupos deoração, Trilhas e caminhadas, Pessoassós, Boas-vindas, Terceira idade ePregação em alguns cultos. Ao final de2007, tínhamos, aproximadamente,duzentos líderes envolvidos nas trêsComunidades e dois Pontos de Pregaçãoda Paróquia.

Como resultado do Seminário Nacional deDiaconia em Contextos Urbanos, realizado emSão Paulo/SP, de 4 a 7 de outubro de 2007, aCoordenação de Diaconia da Secretaria Geralestá lançando, com apoio da Fundação Luteranade Diaconia, um DVD sobre Diaconia emContextos Urbanos. O material quer ser umaferramenta para que Comunidades, liderançase grupos possam debater o tema.

O DVD enfoca três grandes temas: Conceito dediaconia, Protagonismo e Comunidade aberta, queservem tanto para realidades urbanas quantorurais e não tem a intenção de trazer respostasprontas ou verdades definitivas, mas quer sermotivador para refletir a ação diaconal daIECLB. O material está à disposição dos Sínodos,Paróquias, instituições e grupos interessados.

Informações: Coordenação de Diaconia da SecretariaGeral pela Caixa Postal 2876, Cep 90.001-970, PortoAlegre/RS ou pelo e-mail [email protected].

Os MinistériosOs MinistériosOs MinistériosOs MinistériosOs Ministérios

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JOREV LUTERANO JUNHO 2008 7

No Presbitério, consagrando-se primeiroNo Presbitério, consagrando-se primeiroNo Presbitério, consagrando-se primeiroNo Presbitério, consagrando-se primeiroNo Presbitério, consagrando-se primeiroao Senhor e, depois, ao próximoao Senhor e, depois, ao próximoao Senhor e, depois, ao próximoao Senhor e, depois, ao próximoao Senhor e, depois, ao próximo

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Presbitério

Financeiro Responde - Livro CaixaNos dias

11 e 12 de abril,participamosde dois even-

tos no Sínodo Norte Catarinense,nos quais tivemos a oportunidadede conhecer localidades e pessoas,dentre as quais destaco o Contabi-lista Elemer Kroeger, atualmenteexercendo a Presidência do Sínodo,que, com a sua competência, nos pre-senteou com um material extrema-mente prático e aplicável em relaçãoaos procedimentos de confecção doLivro Caixa, os quais transcrevo:- O Livro Caixa deve ser feito men-salmente.- Os lançamentos devem ser feitosobrigatoriamente em ordem se-qüencial crescente de data.

Valdir Schütz, 55 anos, nasceu emItuporanga/SC, é casado com Valli, comquem tem um filho, uma filha e duas netas,e, na IECLB, atualmente é Presidente daParóquia de Ituporanga.

Qual é o papel da fé no seu dia-a-dia?A fé precisa ser alimentada do

mesmo modo como alimentamos nossocorpo, por isso meu dia começa comtempo de meditação e oração, há 26anos. A fé interfere em todas as áreasda vida, ajuda a viver uma vida trans-parente, reconhecendo erros, admitin-do falhas e orientando a relação familiare a educação dos filhos.

Que razão o levou a participar doPresbitério?

Por anos, participei da Igreja portradição, mas não tinha compreensãodo amor de Deus e nem compromisso

com o Evangelho. Aos poucos, Deus foitrabalhando em meu coração e entendique necessitava da graça de Deus. Foiuma mudança radical. Desde então,estou sempre envolvido na Comu-nidade e Paróquia, como Presidente eTesoureiro por várias vezes. Atual-mente, sou Presidente da Paróquia. Jáassumi a tarefa de Professor da EscolaDominical e pregador leigo e tambémtenho trabalhado com Grupos deDiscipulado.

Como é o seu trabalho como Presidenteda Paróquia de Ituporanga?

Tenho assumido as funções adminis-trativas e procuro realizar esse trabalhocom dedicação, mas a tarefa vai além. Épreciso pastorear o rebanho. Acom-panho a área financeira, no entantotambém penso no cuidado das pessoas,no sentido de guardá-las das mentirase enganos. Como Presbíteros, somosresponsáveis pela reta pregação daPalavra. Procuro ajudar as pessoas adescobrir e aplicar seus dons a serviçodo Reino. Faço isso com alegria e tomocomo exemplo a palavra do Evangelhoque diz que Jesus não veio para serservido, mas para servir (Mt 20.28). Aprincipal responsabilidade é zelar pelorebanho que Deus nos confiou e as metassão: ajudar a Paróquia a assumir maisa tarefa missionária, reavivar otrabalho com discipulado, iniciar ocurso Alpha e apoiar a realização doEncontrão Jovem, que, em 2008,completou 25 anos.

O aprendizadode trabalhar no

Presbitério da IECLB

O maior aprendizado é traba-lhar em equipe! Aprendi a ouvir,respeitar opiniões diferentes etrabalhar pela unidade no vínculoda paz, pois aí tem crescimento.Aprendi a gostar de trabalharjunto com outras pessoas. Pensode onde fui tirado, de uma vidalonge de Deus, para, hoje, experi-mentar a comunhão com o Senhor.O Evangelho me trouxe paz. Issome leva a trabalhar para queoutras pessoas possam tambémconhecer esse Jesus Libertador!

O trabalho no Presbitério meajudou a conhecer melhor a nossaIECLB, seus problemas e bênçãosque Deus tem derramado sobre asua Igreja. Como Presbítero, issome motivou a sair de Ituporangae estar junto com irmãos de outroslugares, compartilhando destamaravilhosa graça que Deus nosconcede por meio de Jesus Cristo.

Sempre que posso comparti-lhar o Evangelho, aprendo umpouco mais daquilo que Deus fazao nosso redor, auxiliando naminha função de Presbítero. Sougrato a Deus por tudo isto. Osegredo de um Presbitério bem-sucedido é consagrar-se primeiroao Senhor e, depois, ao próximo.

Há projetos especiais sendo desen-volvidos na Paróquia?

A Paróquia mantém uma escola,bela oportunidade de compartilhar oEvangelho, além de promover educa-ção com qualidade. Nosso projeto éabrir o terceiro pastorado na Paróquia,com ênfase no acompanhamento àescola. Outro projeto é a participaçãonas iniciativas missionárias. Ajuda-mos o Projeto da Missão Zero emButiá/RS e vamos apoiar o ProjetoMissionário do Sínodo Centro-SulCatarinense. Além disso, estamosorganizando visitas a outras Comuni-dades e Paróquias para realizarevangelizações.

Quais são as maiores dificuldadesencontradas na região?

Uma das principais dificuldadesestá na área financeira. Muitos queremver mudanças, mas há carência deensino nesta área. Precisamos envol-ver as pessoas no serviço do Reino, deforma compromissada e com a marcada gratidão. A Igreja deve pregar sobreo dízimo, por exemplo, pois foi em umapregação que entendi que tudo é doSenhor e que o sustento da Igreja deJesus deve acontecer por meio deofertas e dízimos. A pregação deve serno sentido de gratidão, nunca deobrigação, pois Deus ama a quem dácom alegria. O Evangelho da salvaçãodeve ser anunciado a todas as pessoas,então o dízimo é também nossocompromisso com essa tarefa.

- O Livro Caixa não pode conter rasuras.- Só podem ser efetuados pagamentosse existirem documentos hábeis, ouseja, Nota Fiscal, Cupom Fiscal, Notade Serviço, Nota do Produtor, NotaPromissória ou Recibo Personalizado,todos originais. Em nenhuma hipótese,poderá ser utilizado recibo comum.- Quando existir pagamento porcheque, é salutar anexar cópia carbo-nada, cópia do canhoto do mesmo e serlançado na coluna ‘entrada’ do LivroCaixa, identificando claramente obanco e o número, para posterioracompanhamento pelo extrato, quan-do da sua compensação. Não se deveesquecer de anexar mensalmente oextrato bancário.- Os saques de conta bancária depoupança também devem ser lançados

na coluna ‘entrada’ do Livro Caixa,identificando-os de qual banco.- Os depósitos para bancos tambémdeverão ser lançados, neste caso, nacoluna ‘saída’ do Livro Caixa.- Em todo documento anexado ao LivroCaixa, deverá ser anotado, a lápis, emseu corpo ou no verso, a sua finalidade,para facilitar a contabilização eesclarecer dúvidas na prestação decontas. Exemplos: material e despesacom Culto Infantil, Coral e Música,material litúrgico (velas, vinho, etc.) eoutras despesas de manutenção,conserto e limpeza.- Todo o dinheiro que for recebido,qualquer que seja, terá que ser lançadono Livro Caixa. Exemplos: ofertas,doações, retiradas de banco, emprés-timo, financiamento em banco e

cobrança, mesmo que só transitempara simples transferências.- O Livro Caixa deve ser entregueassinado pelo Tesoureiro e vistoriadopelos responsáveis (Presidente eConselho Fiscal).- Quando do encerramento do perío-do, devem ser detalhados os saldosreferente a cheques, dinheiro, possí-veis vales e outros valores, paraformalizar a transpa-rência do processo.

Indicadores FinanceirosUPM Maio/2008 = 2,2992%Índice Abril/2008 = 0,74%Acumulado do ano = 2,23%

Amauri LudwigSecretário Executivode Finanças da IECLB

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U N I D A D E

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A música como importante instrumento de missão na nossa IgrejaA música como importante instrumento de missão na nossa IgrejaA música como importante instrumento de missão na nossa IgrejaA música como importante instrumento de missão na nossa IgrejaA música como importante instrumento de missão na nossa IgrejaMúsica... Combinação expressiva de sons com o poder de harmonizar o espírito... Linguagem da alma... Forma de arte presente em todas as civilizaçõesconhecidas... Conceitos não faltam, mas todos dizem respeito ao efeito sublime que um conjunto de notas, ritmos e melodias é capaz de provocar.Comumente, a música é dividida em erudita (chamada música ‘culta’), popular (ou música de socialização), folclórica ou tradicional (associada aelementos culturais de grupos sociais) e religiosa (utilizada em liturgias, adorações e orações). Considerando esta última forma de linguagem musical,conversamos com o P. Ari Käfer, Presidente da Obra Missionária de Metais Acordai, seu ex-aluno, hoje Regente, Gerson Krug, a Professora de Músicada Associação Diacônica Luterana (ADL) Matilde Lüdtke e Hanny Taeschner, Presidente da Fundação Isaec de Comunicação, para conhecer um poucomais sobre a influência da música na vida deles e, principalmente, refletir sobre como a música pode ser um inestimável instrumento de missão

Envolvimento com a músicaEm 1990, o P. Ari Käfer insistiu para

que eu aprendesse a tocar um instrumen-to. Como, no passado, meu pai tocavatrompete e a minha mãe cantava no coral,aceitei o desafio. Iniciei de maneira infor-mal, mas com muita dedicação, tocandotrompete, trombone, bombadino e flauta.Fiz cursos e participei de seminários demúsica e regência. Acredito que, em fun-ção dos meus ‘pais musicais’, tive bastan-te facilidade em aprender. Após dois outrês anos de estudo, já estava na regênciado coral.

Atividades ligadas à músicaAtualmente, sou Regente do coral da

Comunidade de Mercedes e toco trompete,além de cantar no grupo de música da Co-munidade Linha Guavirá. Também já regi o coral ecumênico na ComunidadeNovo Horizonte, mas, no momento, não tenho tido tempo para esta atividade emfunção da distância.

Envolvimento com a músicaDescobri o dom da música em 1979, quando

ingressei na Escola Evangélica de Ivoti/RS.Aprendi a tocar trombone de vara e, mais tarde,

trombone de pisto e trompete. Também cantei nocoral da escola, fiz curso de Regência para coros eauxiliei na criação da bandinha que tocava as mú-sicas para o grupo de folclore alemão. Na Faculda-de de Teologia, coordenei o coro de metais. Conse-gui, em contato com o P. Hans Roser, doMatinlutherverei in Bayern, a doação de diversos trom-

bones e trompetes para a EST.Ainda cantei no Coral do Mor-ro e participei nos encaminha-mentos preliminares do, hoje,Instituto de Música da EST.

Atividades ligadas à músicaAtualmente, sou Pastor na

Paróquia Bom Pastor, no Bair-ro Fidélis, em Blumenau/SC,além de Regente de dois Coraise do Coro de Metais. Tambémdou aulas de trombone e

trompete e coordeno os ensaios de um grupo deliturgia e canto. Também temos Professores de Mú-sica dando aulas de diversos instrumentos em duasdas nossas Comunidades. Desde outubro de 2007,sou Presidente da Obra Missionária de MetaisAcordai, da IECLB, um núcleo da Comunhão MartimLutero que congrega os Coros de Metais da Igreja.Em outubro passado, promovemos o V EncontroNacional de Coros de Metais, em Schroeder/SC, reu-nindo mais de 400 Músicos representando seus gru-

pos vindos de diversos Sínodos da nossa Igreja. Ain-da, editamos material didático e de trabalho paraos nossos grupos.

Papel da música na vidaA música é o oxigênio para a minha vida parti-

cular, para a minha fé e para o meu Ministério pas-toral. Aquilo que a palavra falada e os outros re-cursos de comunicação não são capazes de promo-ver no ser humano, a música consegue. Toco e ouçomúsicas de diferentes estilos para os diferentesmomentos da minha vida, mas o que me toca maisforte são os hinos que atingem a minha sensibili-dade, a música clássica e as músicas meditativas,quando necessito serenar o meu interior.

Missão por meio da músicaOnde se toca um belo hino e se canta, as pessoas

se achegam. Tenho entre os meus alunos de soprocrianças, adolescentes, pais e terceira idade. Já ex-perimentei o mesmo fenômeno em outras Paróqui-as: o comprometimento com a missão cristã pormeio da música, por isso defendo que as Comuni-dades dêem espaços a conjuntos musicais da ju-ventude e vez para tocar e cantar com seu estilo emcultos preparados para esse fim, mas os Obreirosdevem cuidar para que esses não copiem o lixo mu-sical do mercado evangélico. A música e o cantocomprometem a quem participa dos grupos e doscorais e entusiasmam e vivificam as Comunidades.

Envolvimento com a músicaMeu primeiro contato com música

aconteceu durante meus sete anos deestudos na ADL. Depois disso, fui estu-dar música em Vitória/ES, na Escola deMúsica. Ainda durante esses estudos,fui convidada a assumir as aulas deMúsica em minha antiga escola, a ADL,mas continuei as aulas de música naEscola de Música de Vitória.

Atividades ligadas à músicaVenho regendo corais pela região e,

principalmente, na ADL. Em sala deaula, trabalho com Teoria Musical, Per-cepção Musical, Regência e Canto, alémde ministrar aulas de instrumento, quetambém acontecem fora da ADL, nasParóquias e Comunidades do SínodoEspírito Santo a Belém.

Papel da música na vidaNa minha vida, atualmente, é tudo,

pois é a minha fonte de renda, o meusustento. Além disso, desde criança,envolvo-me muito com música, já quetoda a família e, principalmente, a mi-nha mãe sempre estiveram envolvidase me incentivaram a praticar a música.

Um fato marcante, por exemplo, foi omomento em que um dos meus irmãospresenteou-me com um piano, o quemuito me animou e motivou para a con-tinuação nessa vida dedicada à músicano âmbito da Igreja.

Missão por meio da músicaPenso que os corais e grupos de can-

to das nossas Paróquias e Comunida-des, bem como musicistas que acom-panham cultos e encontros, sentemque esse é um importante espaço queé seu. Imagino que a ausência desseslevaria muitas pessoas, hojeengajadas no serviço da Igreja, aafastarem-se. Como tarefa ou possi-bilidade missionária, poderia se fa-lar na criação, animação e fomentode mais grupos de canto, corais egrupos de animação nas Comunida-des, onde todos, mas principalmen-te os jovens, têm o espaço valoriza-do e sentem-se integrados no corpoda Comunidade. Dentre as minhasatividades, é possível citar a minhaparticipação no Conselho Sinodal deMúsica, em que se pensa o que aconte-cerá em todo o Sínodo envolvendo a

Membro na Paróquia de Mercedes, per-tencente à Comunidade de Guavirá/PR,Gérson Krug desenvolveu um grandeamor pela música, despontando como Re-gente. Hoje, é Regente do coral da Co-munidade de Mercedes e toca trompete e canta no grupo da Comuni-dade Linha Guavirá.

Envolvimento com a músicaAos 12 anos, já era fã de Elvis Presley, Caubi

Peixoto e Freddy Quinn. Quando o Pastor da Paró-quia me convidou para ser Professora da Escola Do-minical, tudo começou: um imenso amor pela mú-sica luterana.

Atividades ligadas à mú- sicaEstou há 14 anos na

Presidência da FundaçãoIsaec e, nos últimos 5anos, senti uma grandenecessidade de fazer algode muito bom pela nossaIgreja. Como estávamoscarentes de bons CDs, re-solvi começar a gravar oshinos dos nossos hinári-os. Já estamos com 12CDs gravados!

Papel da música na vidaAlém do ar que respiro e da minha família, a

música é tudo na minha vida, pois ela me leva aocéu!

Missão por meio da músicaA missão pode acontecer pelo canto na Igreja e a

expressão de louvor a Deus. Acredito que uma Co-munidade que canta é uma Comunidade viva e

música. Além disso, a preparação depessoas para o trabalho de música nasParóquias e Comunidades, o incentivoa corais infantis e as aulas de músicapara jovens e adolescentes em âmbitodo Sínodo Espírito Santo a Belém. So-bretudo, destaco a formação de lideran-ças comunitárias para esse fim que acon-tece na Associação Diacônica Luterana,uma vez que todos os estudantes da casa

têm formação em Música, naqual Regência, coordenação ecriação de grupos são o focomais importante.

A Professora Matilde Lüdtke é formada emTeoria Musical pela Escola de Música doEspírito Santo e especialista em flauta eRegência para Coral. Atualmente, atuac o m oProfes-sora deMúsicada Asso-c i a ç ã oDiacônicaLuterana(ADL),em SerraPelada/ES.

Reavivar o Canto em ComunidadeReavivar o Canto em ComunidadeReavivar o Canto em ComunidadeReavivar o Canto em ComunidadeReavivar o Canto em Comunidade

Reavivar o Can-to em Comunidade éo desafio que aFundação Isaec deComunicação es-tá lançando coma gravação dosCDs Hinos do Povode Deus, com o ob-

jetivo de estimular a Comunidade luterana a can-tar com mais alegria os hinos, participando ati-vamente nos cultos.

O Projeto Reavivar o Canto em Comunidade terá oseu final em dezembro de 2008, após cinco anos decontatos com as Paróquias e Comunidades de todaa IECLB.

“Infelizmente, nem todas as lideranças enten-deram o quanto é importante estimular os hinosjunto aos nossos membros. Somente 25% dosObreiros abraçaram o Projeto da Fundação Isaecde Comunicação. Das 472 Paróquias, apenas 95 setornaram assíduas divulgadores dos CDs. O nos-so sonho era alcançar pelo menos 100 mil mem-bros. Provavelmente, chegaremos somente até ametade e muitos luteranos continuarão sem ternenhum hino da nossa Igreja para cantarem nosseus lares”, lamenta Hanny Taeschner, Presidenteda Fundação Isaec de Comunicação.

participativa. Os nossos hinos são um grande ins-trumento para a divulgar o Evangelho. O canto temo poder de cativar e motivar a participação na ‘Mis-são da Igreja’. Diariamente, recebo testemunhos deque certas músicas gravadas fazem diferença navida das pessoas que adquiriram os CDs. O senti-mento é de mais fé e menos solidão e depressão. Ohino mais procurado é o número 216 do HPD 1 Se aságuas do mar da vida.

Uma vida totalmente dedicada à música no âmbito da Igreja

Poder de cativar e motivar a participação na missão da IECLB

Servindo a Deus com plena satisfação e muito amor à causa

Oxigênio para a vida particular, a fé e o Ministério pastoral

P. Ari Käfer,formado pelaFaculdade deTeologia, emSão Leopoldo/RS, atualmenteexerce o pasto-rado na Paró-quia Bom Pastor, em Blumenau/SC, acumulando a funçãode Presidente da Obra Missionária de Metais Acordai, daIECLB, Regente de dois Corais e do Coro de trombones naParóquia Bom Pastor, além de Pastor orientador da músicano Sínodo Vale do Itajaí.

Papel da música na vidaNão sei o que seria da minha vida sem a música. Sou muito grato ao P.

Ari Käfer pelo seu estímulo e preocupação em formar líderes, Regentes.Como profissão, sou Agricultor, mas, com a música, trabalho por satisfa-ção e amor à causa, pois ela não me proporciona sustentação financeira,

apenas ajuda de custo. O importante é servir a Deus, pois,pelo canto, os problemas se tornam bem menores.

Missão por meio da músicaPosso ajudar outras pessoas com o trabalho no coral,

por exemplo, pois, quando as pessoas cantam, ficam maisleves. Como coralista, auxilio outras pessoas a participa-rem da obra de Deus. É muito gratificante. Como missão, amúsica, por meio do canto e do uso dos instrumentos, estáaí para tornar os cultos mais agradáveis, tanto para quemcanta quanto para os membros. Percebo que as pessoasgostam e participam bem mais quando o culto tem músi-ca. Além disso, a música torna as celebrações muito maisbonitas. Quando o culto aborda algum tema conhecido e

não temos nenhuma música relacionada no HPD, adaptamos. Também procuroe incentivo pessoas a aprenderem a tocar um instrumento, mas o pessoal recla-ma que é difícil conciliar os estudos com o aprendizado da música.

Professora de ensinoreligioso em escolasmunicipais e estadu-ais durante 10 anos,atualmente HannyTaeschner é a primei-ra mulher a presidir aFundação Isaec deComunicação em 30anos de existência da

entidade e,há cincoanos, estáenvolvidano Projeto‘Reavivaro Canto emComuni-

dade’, que consiste em gravar os hinos danossa Igreja com arranjos especiais.

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Mulheres

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No Sínodo Centro-Sul Catarinense,como é o trabalho com mulheres?

É um trabalho edificante. Nos nos-sos encontros, que acontecem todas asquartas-feiras, das 14h30 às 16 horas,temos louvor, oração, Palavra e comu-nhão, sendo que a Palavra é o centro

das nossas reuniões. Além dos nossosencontros, também temos o Chá dasMães sempre no mês de maio, o jantardos ‘Eternos Namorados’, o Chá daPrimavera e a Noite das Divas, alémde passeios e viagens. Como Presidentedo Grupo de OASE, minha tarefa é fazercom que as mulheres que ainda nãoconhecem Jesus e não ouvem a Palavrasejam alcançadas.

Quais são as demandas das mulheresdo Sínodo no dia-a-dia?

Os temas são bem diversificados,sendo que o centro de tudo é Jesus.Aqui, tratamos sobre relacionamentosem família, auto-estima, depressão, ospotenciais de cada mulher, talentos,desafios, demandas possíveis, etc., poistemos personalidades e pensamentosdiferentes. Com total dedicação e

Desenvolvendo o amor e aDesenvolvendo o amor e aDesenvolvendo o amor e aDesenvolvendo o amor e aDesenvolvendo o amor e avalorização das mulheresvalorização das mulheresvalorização das mulheresvalorização das mulheresvalorização das mulheres

Anelise Muniz de Souza, 42 anos, é casadahá 23 anos com Antônio Adelar e mãe de trêsfilhos, Rodolfo, Eduarda e Martina. Naturalda cidade catarinense de Bom Retiro, pertenceà Paróquia de São José, Comunidade deCampinas. Atualmente, é Presidente do grupode OASE de Campinas e dirigente do grupo daterceira idade da Comunidade.

doação, tambémtemos nos envol-vido com o Centrode RecuperaçãoNova Esperança(Cerene), no quetange a visitas edoações, fortale-cendo, assim, oservir. A priori-dade no trabalhojunto às mulheresé fazer com queelas se sintam

amadas e valorizadas. Trabalhamos overdadeiro valor das coisas, auto-estima, filhos, relacionamentos,trabalho x lar e como ser um verda-deiro ‘cristão’.

A participação das mulheres é ativa?É expressiva. Temos um grupo bem

ativo e eclético de, aproximadamente,60 mulheres, no qual há mulheres daterceira idade, meia idade e mulheresbem jovens. Entre estas participantes,estão donas de casa, empresárias eautônomas, todas envolvidas notrabalho do Reino. No entanto, imaginoque a Igreja poderia ser mais extro-vertida nessa questão do trabalhodirecionado às mulheres. Ainda existemuita tradição, muito tabu que precisaser mudado. Há mulheres que não têmliberdade de expressão. Muitas vezes,são agredidas fí-sica e verbalmen-te, sem direito àdefesa, o que nãoé o nosso caso,mas em outrasComunidades econtextos. Deve-ria existir um tra-balho mais espe-cífico nesta área.

A sua experiênciacontribui paraessa responsabi-lidade ?

Venho de ber-ço luterano. Aqui,na Comunidade

35 de Comunhão,35 de Comunhão,35 de Comunhão,35 de Comunhão,35 de Comunhão,Testemunho e ServiçoTestemunho e ServiçoTestemunho e ServiçoTestemunho e ServiçoTestemunho e Serviço

em São Joséem São Joséem São Joséem São Joséem São José

Em 26 de março, a OASE deCampinas São José, pertencente aoSínodo Centro-Sul Catarinense,comemorou seus 35 anos deatividades em grande estilo, nosalão da Comunidade de Campinas.

Foi uma tarde abençoada, emque todos relembraram comoiniciou a OASE. Na época, estegrupo se reunia nas garagens dascasas das não mais que 12 senhorasparticipantes.

Nessas mais de três décadas dehistória, aconteceram muitos fatosedificantes e, no conjunto atual,ainda reúnem-se senhoras funda-doras do grupo, por isso foi commuita alegria que todos come-moraram este dia tão especial.

Estiveram presentes nesta tar-de, além do grupo de Campinas,representantes de outros grupos deFlorianópolis. Também comparece-ram o Presidente da Paróquia,Aldoni Werlich, o Presidente daComunidade, representado por suaesposa, Elizete Reginaldo, represen-tantes do Centro de RecuperaçãoNova Esperança (Cerene), o PastorSinodal do Sínodo Centro-SulCatarinense, P. Sigolf Greuel, e suaesposa, que levou uma palavramaravilhosa e edificadora Como serum bom perfume.

O que encantou a todos foi apersistência deste número pequenode senhoras que iniciaram o grupoe plantaram esta semente, quegerminou, tornando-se um grupomaravilhoso formado por 60mulheres. “Isto só foi possívelporque Jesus está sempre à frentedeste trabalho. Em favor dassenhoras que se acrescentam,estamos pensando em desenvolvergrupos de estudo bíblico paramulheres, aprimorar os potenciaise talentos e continuar alcançandovidas para Jesus”, planeja Anelisede Souza.

onde vivo, aprendi que não basta teruma religião se não amar a Deus, servi-lo e, acima de tudo, aceitá-lo comoSenhor e Salvador da sua vida. Passeipor experiências tristes na minha vida,mas se uma coisa me fez crescer na féforam as perdas. Sou uma pessoa quenão desanima facilmente, faço tudocom muito amor, carinho e total de-dicação. Penso que por esta razãotenham me proporcionado estaresponsabilidade.

Como motivar as mulheres que aindanão participam de nenhum grupofeminino na Igreja?

Temos buscado, junto com a equipe,idéias de pessoas mais jovens. Atémesmo nas palavras que serãopregadas, temos um público-alvo.Nestes chás e jantares, procuramosconvidar, além dos nossos, pessoas quenunca ouviram a Palavra e isto temdado bons frutos. Isto é missão! Umaforma de atrair novas participantes édescobrindo talentos, porque o nossogrupo, além da Palavra, oração elouvor, também trabalha com ar-tesanato. Quase sempre, quandodescobrimos um talento para o ar-tesanato, procuramos inserir estapessoa em nosso meio e isto tem sidogratificante, porque, além da Comunhãoe do Testemunho, também temos queservir e esta, para mim, é a melhorparte, o Serviço.

Dilene Gübler, Vice-Presidente da OASE, e Anelise

Retiro das mulheres luteranas na cidade gaúcha de Nova Petrópolis

Trabalho, união e comunhão feminina na Igreja

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JOREV LUTERANO JUNHO 2008 11

IECLB e a IECLB e a IECLB e a IECLB e a IECLB e a Missão de Deus, Nossa paixãoMissão de Deus, Nossa paixãoMissão de Deus, Nossa paixãoMissão de Deus, Nossa paixãoMissão de Deus, Nossa paixãoMissão é a razão de ser da Igreja, por isso a IECLB

definiu missão como uma das prioridades na sua caminhadacristã. De Norte a Sul e de Leste a Oeste do nosso Brasil,somos testemunhas do amor de Deus nas mais diversasrealidades e situações, sejam elas favoráveis ou hostis.Relatando estas vivências de alegrias e dificuldades de fazermissão em diferentes contextos estão o P. Itto Alberto Sträher,atuando desde 1980 em Comunidades rurais, atualmenteem São Lourenço do Sul/RS, e, no Sínodo Sul-Rio-Grandense, como membro do Conselho, é Coordenador daComissão de avaliação de Obreiros e campos de trabalho.Com experiência em Comunidade pequena, participa o P.

Fé Luterana

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A fé na Comunidade rural Pastor Itto Alberto Sträher

Ao comemorarmos os 150 anos da imigração alemã-pomerana no sul do Rio Grande do Sul, tendo convivido 28anos entre o povo rural, não tenho dúvidas de que asobrevivência dos trabalhadores da terra só foi possívelpor causa da sua fé no Deus triúno.

Quando imigrantes chegaram, com sua Bíblia embaixodo braço, estavam trazendo um suporte que lhes concedia

consolo, confiança, estudo, esperança e perseverança. O resultado disso é a grandequantidade de Comunidades, com seus templos que povoam a área rural de SãoLourenço do Sul e municípios vizinhos. Por isso também, como Igreja, buscamosresgatar a história para que a identidade religiosa, principalmente a da fé, tenhaa sua chama mantida na vivência diária. A paixão eclesiástica tem seu vínculonesta relação: fé, história e dia-a-dia. Não se pode separar o envolvimento com aterra, as plantas e a natureza em geral, da fé no Deus criador.

O labor teológico acontece junto com a atividade agrícola. A IECLB tem, nestastrês últimas décadas, marcado presença nesta missão de Deus. O culto, encontrobem acentuado, não é mais só um compromisso com Deus, mas tambémum crescer no comprometimento com o outro e a sociedade em geral.

Em cada Comunidade, os grupos afins vão surgindo paraarticular em comunhão aspectos essenciais da vida: grupos saúde,serviço na Comunidade e na sociedade, associações que tratamda cidadania e eventos que articulam as reivindicações. Umacoragem em mostrar a sua identidade, Igreja e fé nos demaissegmentos sociais, isso é paixão missionária.

Para refletir, leia Deuteronômio 26.3-10

Visitação na Comunidade urbana Pastor Edélcio Tônio Tetzner

A Comunidade Luterana de Resende situa-se em umlocal privilegiado: na cidade de Resende, no eixo Rio/SãoPaulo. Destaca-se no município um parque fabril emcrescimento e a presença da Academia Militar das AgulhasNegras que empregam pessoas oriundas de várias partesdo Brasil e, dentre essas, algumas luteranas.

Nesse contexto, a missão, com desafios e esperanças, vaiacontecendo. Destaco que o que tem dado esperanças e reanimado a Comunidadeé o ir para além dos muros por meio de visitação e divulgação, realização defestas e outras promoções e interação, por meio de participações ecumênicas eem grupos ecumênicos. Dessa forma, levamos o nosso jeito de ser e pensar,apresentamo-nos. Entre outros, o desafio maior é oportunizar uma forma dedivulgação mais abrangente desse ‘ser luterano’ e intensificar os trabalhosdiaconais.

Diante desses desafios e esperanças, além de animados e agraciados, nada maisnatural do que a nossa desconfiança e cuidado, como uma criança dando osprimeiros passos, conscientes das limitações e dificuldades e, porque não, àsvezes, pessimistas. Sobretudo, chamados por Deus e por Ele amparados, somosuma Comunidade missionária em constante movimento, cientes de que a missãonunca é conclusiva e jamais imaginando que tudo já foi feito, pois sempre háuma porta aberta para a continuidade, para recuperar amizades, paraencontrar-se na diversidade e servir a Deus.

Para refletir, leia 2 Coríntios 2.17

Comunidade grande: encontroPastor Marcos Aurélio de Oliveira

Ser Comunidade missionária em contexto de cidadegrande precisa levar em consideração que a propostacomunitária é contrária à lógica individualizante demercado. Enquanto este possibilita que, a partir de umtelefonema, a pessoa seja atendida em suas necessidadessem ao menos sair de casa, a Igreja diz: venha!

Se simplesmente fizermos este convite, a nossaproposta missionária se limitará à construção de templos que, inevitavelmente,estarão vazios. É necessário ir ao encontro das pessoas, visitá-las, ser Igrejapresente na caminhada, assim como Cristo no caminho de Emaús (Lucas 24.15),sentir e viver com elas as suas dificuldades e celebrar as suas alegrias.

Cremos, confiamos e confessamos a presença do Espírito Santo guiando acaminhada e operando na missão. Isso nos dá condições de sermos testemunhasvivas do amor de Deus em qualquer tempo ou lugar. Este testemunho é marcadopela coerência entre o falar e o agir, resultando em cuidado e acolhimento.

Ser Comunidade missionária em contexto de cidade grande é ter em menteque tudo pode ser proporcional à sua geografia e ao seu contingentepopulacional, ou seja, grandes encontros e grandes desencontros, grandesalegrias, grandes dificuldades, grandes expectativas, grandes frustrações, mas,se a nossa vivência for pautada no agir diaconal, no ensino responsável ecorreto dos conteúdos da fé, baseada no respeito, na justiça e na verdade,grande também será a esperança!

Para refletir, leia Atos 1.8

Comunidade pequena e solidária Pastor Carlos Alberto Radins

A Paróquia de Alta Floresta está localizada no extremonorte do Mato Grosso, conta com aproximadamente 264pessoas batizadas, congregadas em quatro Comunidades edois Pontos de Pregação. Para realizar o atendimentopastoral, percorre-se em torno de 300 quilômetros, dos quais250 quilômetros são de estrada de chão.

Como membros de um só corpo (O certo é que há muitosmembros, mas um só corpo 1 Coríntios 12.20), somos IECLB onde vivemos. Ascaracterísticas da nossa realidade são distintas e, pela experiência deComunidade pequena, podemos afirmar com convicção que a fé em Jesus nostorna solidários uns para com os outros.

Neste sentido, a confessionalidade luterana nos ajuda a entender que, sendoaceitos por Deus, de maneira incondicional, sem o nosso merecimento, podemosnos comprometer com a Comunidade. Aliás, é justamente neste aspecto quetemos a nossa maior qualidade: o comprometimento dos membros com a igreja.Somos poucos e necessitamos de toda a ajuda possível. Desta forma, se

experimenta a vida comunitária no que ela tem de mais bonita, ou seja, acolaboração e a proximidade dos membros entre si.

Diante dos desafios que temos como IECLB, penso, a partir daexperiência de fé em Comunidade pequena, que a solidariedadeentre Comunidades, Paróquias e Sínodos é a oportunidade desuperar as fronteiras que nos cercam e pensar no outro comomembro do mesmo corpo. Assim, estaremos cumprindo com atarefa que Cristo nos deixou.

Para refletir, leia 1 Coríntios 12.12-26

Carlos Alberto Radins. Desde 1996, está no seu primeirocampo ministerial, a Paróquia de Alta Floresta/MT. O P.Marcos Aurélio de Oliveira, Obreiro do Ministério Pastoralna Paróquia dos Apóstolos, em Joinville/SC, desde agostode 2007, seu primeiro campo de trabalho, conta sobre otrabalho na Comunidade grande. Concluindo, vamosconhecer um pouco mais sobre a realidade em Comunidadeurbana por meio do P. Edélcio Tônio Tetzner, Pastor emResende/SP, responsável pela Juventude do Núcleo Rio noSínodo Sudeste, Coordenador de um dos ramos da Pastoralda Sobriedade da Igreja Católica e articulador para a forma-ção da Rede Nacional de Defesa da Pessoa Idosa (Renadi).

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Caminhos para a EducaçãoCaminhos para a EducaçãoCaminhos para a EducaçãoCaminhos para a EducaçãoCaminhos para a EducaçãoCristã a partir do BatismoCristã a partir do BatismoCristã a partir do BatismoCristã a partir do BatismoCristã a partir do Batismo

Conaje

Geral

Sou a presença deSou a presença deSou a presença deSou a presença deSou a presença deDeus no mundoDeus no mundoDeus no mundoDeus no mundoDeus no mundo

Cleomar Klipel Ratske Representante do Sínodo da

Amazônia no Conaje

Ser a presença de Deus nomundo é um dom que o próprioDeus nos dá. As criaturas que porsua mão ganharam forma e vida eque embelezam esse mundo rece-beram, também, a responsabili-dade de cuidar dele. De forma muitoespecial, nós, seres humanos‘racionais’, recebemos a tarefa decuidar de toda a maravilhosacriação de Deus, conforme os pri-meiros capítulos de Gênesis.

No entanto, o que é ser presençade Deus num mundo tão injusto,cheio de políticos corruptos,bandidos espalhando medo entre aspessoas, filhos roubando pais e atépais que matam seus própriosfilhos?

A resposta é tão simples como apergunta. Basta enxergarmos queDeus nos dá a oportunidade, a cadamanhã, de escolhermos entre o beme o mal e que o princípio dessaescolha é o amor a Deus, o amor aopróximo e o amor a si mesmo.

Deus nos concede a cada diamotivos suficientes para que noscoloquemos diante dele e agra-deçamos pela noite, por sua pro-teção, por um novo dia, pelo amor,pela vida. A cada nova manhã, Deustambém nos dá o dom de fazermoso bem em pequenos gestos durantetodo o dia.

Comece bem o seu dia: agradeçaa Deus em oração, distribua abraçosà sua família, sorria muito, con-temple a natureza, elogie alguém,aproxime-se de alguém e ajude essapessoa no que for preciso.

Fique atento, pois muito perto devocê pode ter alguém que precise dealgo assim. Diga para as pessoas oquanto elas são importantes paravocê. Faça isso e Deus estará felizcom a sua criação e você será aprópria presença de Deus nessemundo.

Obreiros e Obreiras do Sínodo Centro Campanha-Sulreuniram-se para tratar dos Caminhos para a Educação CristãContínua a partir do Batismo.Essa conferência teve lugarem Restinga Seca/RS, nosdias 15 e 16 de abril.

Ao estudar o tema, ogrupo correspondeu aoque foi indicado no IIISeminário Nacional deEducação Cristã Contínua,realizado em outubro de2007: que 2008 seja um anode estudo e aprofunda-mento sobre educaçãocristã, com vistas à cons-trução conjunta de umPlano de Educação CristãContínua (PECC) na IECLB.A programação foi coorde-nada pelas Pastoras Ms.Regene Lamb e Dra. Mara Parlow e contou com a assessoriado Secretário de Formação da IECLB, P. Dr. Romeu Martini.

A conferência iniciou com uma celebração envolvente,em que cada participante foi convidado a peregrinar descalçopor um caminho simbólico sinuoso, com solos distintos. Acaminhada foi proposta como oportunidade para relembrar

a ‘importância da educação cristã na minha história de vida’.A celebração culminou com a Ceia do Senhor.

Após um período de relatos a respeito de experiênciasno Ministério da educação cristã, participantes puderamouvir e compreender melhor o que está sendo proposto sobreesse tema a partir dos seminários nacionais realizados nostrês últimos anos.

Nos diálogos queseguiram, alguns as-pectos receberam des-taque especial, como,por exemplo, que preci-samos revisar nossosmétodos de educaçãocristã, bem como seusconteúdos. “No entanto,revisão não significaabolição. Realmente, éassim que, na épocaatual, as pessoas que-rem vivenciar o conteú-do do Evangelho e nãosomente ouvir sobre ele.A conferência serviupara fazer com que esse

tema chegue mais perto da realidade cotidiana dos Obreiros emembros das Comunidades”, afirmou P. Dr. Romeu Martini.

Sínodo UruguaiSínodo UruguaiSínodo UruguaiSínodo UruguaiSínodo Uruguai

O Seminário para Multiplicadores do Tema do Ano,realizado no Sínodo Uruguai, no município dePalmitos/SC, nos dias 8 e 9 de abril, foi avaliado muitosatisfatoriamente por todos os presentes.

Com a participação de 24 pessoas entre Obreiros elideranças leigas, o Seminário teve vários pontospositivos destacados na avaliação, como, por exemplo,o resgate histórico do Tema do Ano, para sentir poronde a IECLB já caminhou em termos de reflexãoconjunta, a partilha de experiências em torno do Tema2008 e a análise em grupos do Caderno de Estudos.Também mereceu destaque a participação conjunta deObreiros e lideranças leigas, iniciativa que enriqueceua reflexão bem como os trabalhos em grupos.

O encontro contou com a assessoria do CatequistaEdson Ponick, do Departamento de Educação Cristã(DEC), e da estudante da Faculdades EST Daniela Hack,que está realizando seu estágio no DEC.

Sínodo Vale do TaquariSínodo Vale do TaquariSínodo Vale do TaquariSínodo Vale do TaquariSínodo Vale do Taquari

No dia 23 de abril, reuniram-se cerca de 120 mulheresno Seminário Sinodal da OASE do Sínodo Vale do Taquaripara refletir sobre o Tema do Ano da IECLB. Na entradada sede sinodal, uma grande faixa dizia Mulheresempoderadas pelo Espírito proclamando a reconciliação.

Cada grupo da OASE ficou incumbido de contribuircom algum elemento, como bancos, plantas e uma fontepara construir uma praça em frente à sede sinodal emTeutônia/RS. O evento iniciou com uma celebração nolugar onde a praça seria construída. Um Agrônomo e umaequipe do Colégio Teutônia auxiliaram na construção.

O Seminário foi mais um motivo para as mulheres daOASE do Sínodo Vale do Taquari se sentirem empode-radas a proclamarem a Reconciliação. Durante a celebra-ção final, todas puderam apreciar e usufruir da praçaconstruída, onde também foi plantada uma árvore paramarcar este dia especial. O Seminário foi assessoradopela Teóloga Sharlene Leber.

Seminário para Multiplicadores do Tema do Ano

Peregrinação por caminhos sinuosos

Material da Conferência sobre ECC

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JOREV LUTERANO JUNHO 2008 13Comportamento

Namorar está fora de moda?Namorar está fora de moda?Namorar está fora de moda?Namorar está fora de moda?Namorar está fora de moda?

O Dia dos Namorados está aí. O amorestá no ar, para felicidade dos jovensnamorados e preocupação de muitos pais deadolescentes. Afinal, o que é este tal de ‘ficar’que os jovens tanto falam (e fazem) hoje emdia? O compromisso é passado? O namoro eo casamento formal, ‘na Igreja e de papelpassado’, serão apenas coisas das nossasavós? Para esclarecer essas dúvidas dorelacionamento contemporâneo, comentarsobre o papel da Igreja junto aos jovens eauxiliar os pais de adolescentes comsugestões, convidamos o P. Valdir RodolfoGromann.

‘Os nossos jovens estão perdidos’.‘São quase todos imorais’. ‘Os na-moros de hoje não são como na minhaépoca’. Certamente, você já ouviuuma frase semelhante. Esse não é umprivilégio seu. Tantas pessoas e de di-

ferentes gerações ouviram algo pare-cido. Como adultos, temos dificuldadeem nos acostumar com a forma deviver dos jovens. Achamos que os jo-vens não levam a vida a sério, princi-palmente os relacionamentos.

Quando falamos em namoro, nosreportamos ao romantismo da minhaou da sua época e esquecemos quetambém nessa época havia pessoas queagiam de forma que escandalizavamoutras. Criticamos o termo ‘ficar’, semrefletir se ele está ou não substituindoo ‘paquerar’ de outros tempos.

Porém, isso tudo não justifica oserros ou enganos da geração presente.Para melhor compreender o que osjovens pensam sobre ‘namorar’ ou‘ficar’, apliquei um questionário em umgrupo de luteranos que participavamde um Seminário de Lideranças sendorespondido por 13 rapazes e 13 moças.Nas respostas, ficou evidente adiferença entre o sentido de namorar ede ‘ficar’.

Para os e as jovens, namorar é umrelacionamento sério de comprome-timento e fidelidade ‘É a união de umcasal com fidelidade e compromissoum com o outro. É como se fosse umcasamento, mas sem morar juntos’.Ainda ‘É quando duas pessoas convi-vem com responsabilidade, respeito eabrem mão de algumas coisas’. Todasas respostas definiram namoro comum relacionamento sério e duradourocom o propósito de possibilitar que aspessoas se conheçam a fim de assu-mirem um compromisso ainda mais

Só um pouquinho... São só os jovens que namoram? Éclaro que não! Por que os casados não podem cultivar onamoro no seu relacionamento? Não só podem comodevem. Essa é a temática abordada pelo P. Orlando MoacirKeil, que, em todo o texto a seguir, deixou de utilizar umapalavra em especial. O leitor seria capaz de descobrir qual?‘Não’, pois, em um relacionamento, ser positivo o máximopossível, embora nada fácil, é fundamental!

Numa vida a dois, existe também o ‘perma-necer’, no qual homem e mulher ‘ficam’ ontem,hoje e amanhã. Trata-se de uma relação que temhistória, presente e mistério (referência a ummodo de interpretar a vida em que o passado éhistória, o futuro é um mistério e o presente, comosugere a palavra, é um presente).

Feliz é o casal que vive as três dimensões dorelacionamento, que aprende com as experiênciasdo passado e cria uma história comum. Esta é anossa história, este é o nosso acervo, estas são asnossas fotografias. Nosso relacionamento é frutodas nossas escolhas. Somos responsáveis pelaconstrução do nosso relacionamento. Ele seconfigurou deste jeito porque nós assim oformatamos. Até do limão fizemos uma limonada.

Feliz é o casal que se deixa surpreender pelofuturo, que está aberto para o novo, em que a gentemorre e não vê tudo. Existe um depois, existe umacoisa que se chama esperança. Uma relação que se

Dicas para pais eDicas para pais eDicas para pais eDicas para pais eDicas para pais emães de jovensmães de jovensmães de jovensmães de jovensmães de jovens

O namoro dos filhos semprepreocupa os pais. Não é só o senti-mento de perda que está presente,mas também todo zelo e cuidado comaqueles que queremos bem, por issoalgumas dicas podem ajudar:1) Primeiramente, dispa-se da vergo-nha de falar sobre o assunto.2) Demonstre interesse pelo bem-estar do seu filho ou filha.3) Converse abertamente sobrenamorar e ‘ficar’. Se você não explicarnada, ele ou ela vai procurar alguémque o faça e talvez esta não seja apessoa mais indicada.4) Fale sobre valores, ética e cuidado.5) Nos diálogos, evite termos muitotécnicos, pois eles já cansaram deouvir isso na escola.6) Conquiste a confiança!7) Lembre-se: ameaças só criam medoe afastamento.8) Comente sobre seu tempo de na-moro, conte fatos e procure relacionarcom o namoro nos dias atuais.9) Tenha liberdade de falar sobre rela-ções de gênero, sexualidade, DSTs egravidez.10) Lembre que homem e mulher nãosão sexos opostos, mas complemen-tares, criados à imagem e seme-lhança de Deus.

Cuidando de uma relação com história, presente e mistério

modifica, que permanece e cresce, na qual a vida émais do que já se aprendeu, é alguma coisa nova,que renasce, que se modifica e que passa semprepor novas etapas.

É também um presente. Feliz é o casal que assu-me o aqui e agora e vive o presente com a mesmaalegria de uma criança que desembrulha o seupresente de Natal. Que faz do agora uma expe-riência completa de significados. Muito mais doque meros consumidores, porque são produtoresdo filme da sua vida, são escritores do script dosseus papéis, ‘respons + hábeis’, isto é, são hábeis emconstruir novas respostas, com jinga de corpo,

sério a partir do matrimônio.Por outro lado, ‘ficar’ é um relacio-

namento sem compromisso, umacurtição momentânea, que, geral-mente, não passa de alguns beijos‘...ficam quando se encontram ouquando dá vontade’. Também é vistocomo uma oportunidade de conheceroutra pessoa e a si mesmo ‘É a buscapor atenção, desejo e aprovação’.

Perguntados se já haviam sido dis-criminados por não ficarem com al-guém, na idéia de que quem não ‘fica’‘fica de fora’ do grupo, dos 13 rapazes,9 afirmaram que sim e, entre as 13garotas, apenas 2 afirmaram que sesentiram discriminadas por não fica-rem com uma pessoa.

Torna-se cada vez mais comum ofato de namorados viverem juntos co-mo se fossem casados, são os chamados‘namoridos’. Contudo, quando se sepa-ram, se dizem apenas ex-namorados.Isso mostra que este tipo de relaciona-mento é muito vulnerável.

No entanto, também vemos jovenscada vez mais responsáveis em seusrelacionamentos, nos quais a Igrejatem papel fundamental como nor-teadora da vivência a dois sob a bênçãode Deus.

com flexibilidade, fazendo mais daquilo que dácerto e menos daquilo que dá errado.

Estou falando de uma relação do ‘cuidar’, emque um cuida do outro e ambos cuidam da suarelação, em que a relação é como um jardim que écultivado e os cônjuges são os jardineiros queinvestem no cultivo do seu casamento.

Imaginem seu casamento, sonhem com umavida a dois mais feliz e mãos à obra. Deixem que oimaginável se torne realidade. Deus é cúmplicedesta nova construção Seu amor constrange epossibilita viver vida abundante (João 10) tam-bém dentro do casamento.

Assim, baseados na Palavra de Deus, vãoperceber que o projeto de Deus para o casamentoé viver uma unidade (uma só carne, conforme Gênesis2.24), uma comunhão de reciprocidade, que secaracteriza pelo constante ‘renamoramento’.

Leiam e se inspirem em Cantares de Salomão.Um livro repleto de idéias e dicas de como ‘cuidar’um do outro.

P. Orlando Moacir Keil é Terapeuta decasais e famílias, pós-graduado eespecialista em família pela Unisinos eMestre em Teologia pelo IEPG na áreado Aconselhamento Pastoral.

P. Valdir Rodolfo Gromann, pós-graduado em Psicologia e AconselhamentoPastoral, atualmente é membro do Conselho Nacional da JuventudeEvangélica (Conaje), Orientador Teológico da Juventude Evangélica (JE)no Sínodo Rio Paraná e atua como Pastor na Paróquia Evangélica deConfissão Luterana de Vila Nova, em Toledo/PR.

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Eingeübter StreitEingeübter StreitEingeübter StreitEingeübter StreitEingeübter Streit

Pfarrer Lindolfo Weingärtner

Nicht alle Menschen haben ihr tägliches Brot– und dennoch gibt es Lebensmittel im Überfluss.So wurden in Deutschland in einigen Städten vorfünfzehn Jahren sogenannte „Tafeln“ gegründet.

Die Tafeln sammeln unverwendeteLebensmittel, die noch brauchbar sind, undgeben diese an Bedürftige Menschen ab. So wirdPersonen geholfen, eine schwierige Zeit zuüberbrücken und gleichzeitig bekommen siedadurch auch Motivation für die Zukunft. DerBegriff „Tafel“ wurde seinerzeit von denGründern bewusst ausgewählt, um zuverdeutlichen, dass es mehr sein sollte, als Leutesatt zu machen. Sabine Werth, von der BerlinerTafel, erklärt: „Wir wollen ihnen eine Tafeldecken und zeigen, dass sie wertvolle Menschensind“.„Jeder gibt, was er kann“. Nach diesemLeitspruch kooperieren örtliche Bäckereien,Supermärkte und ehrenamtlich engagierteBürger. Deutschlandweit gibt es fast 800solcher Hilfseinrichtungen. Viele Helferarbeiten in ihrer Freizeit für die Idee. Ein paarStunden am Tag, im Monat – so wie es diepersönlichen Möglichkeiten zulassen. Die Abgabeder Lebensmittel erfolgt kostenlos oder gegeneinen symbolischen Betrag.Laut eines Berichts von Ulrike Pilz-Dertwinkel,holen sich bis zu 6.000 Personen jede Woche alleinin Nürnberg Lebensmittel, die sonstweggeworfen würden. So ist es überall im Land:

Wer ein Theaterstück aufführen will, muss esvorher einüben. Bei einem uneingeübten Stückbleiben die Schauspieler stecken, und nichts läuft,wie es soll.

Ein Streit ist kein Theaterstück, doch eingeübtwird er trotzdem. Kein Streit wird „vom Zaungebrochen“, wie man so schön sagt. Jeder Streit hatseine Einübungszeit. Ich las einmal eine amüsantekleine Geschichte, die das vortrefflich illustriert:

Da fährt ein Mann mitten in der Nacht mit seinemAuto durch die ländliche Gegend. Plötzlich zieht dasAuto nach einer Seite, und er merkt, dass er einenplatten Vorderreifen hat. Er hält am Strassenrand,knipst das Notlicht an und trifft Vorbereitungen, denSchaden zu beheben. Doch da merkt er, dass er seinen

Schmeckt´s?Schmeckt´s?Schmeckt´s?Schmeckt´s?Schmeckt´s?allerorten steigt die Zahl der Bürger, die auf dieseHilfe angewiesen sind. Die Armut nimmt zu, auchim wohlhabenden Industrieland Deutschland. Sosind immer mehr Arbeitslose, arme Rentner und

andere Geringverdienende auf Hilfe angewiesen.Daher ist eine Initiative wie die Tafel so wichtig.Allmählich scheint klarer zu werden, dass dieseMenschen mehr als Essen brauchen. Viele nutzen dieEssensausgabe auch als Kontaktstelle. Man kenntsich, muss sich voreinander nicht schämen, weil allein der gleichen Situation sind. Es wird nicht nurleibliche Nahrung verteilt, sondern auch Nähe, Zeit,Zuwendung und Liebe. Man nimmt sich Zeit, mit Theologe Jaime Jung

„macaco“, seinen Wagenheber, nicht beisich hat. Er muss ihn in seiner Werkstattliegen lassen haben. Was tun? Erbeschliesst, sich zu Fuss auf den Weg zumachen, um bei dem ersten Haus, das eineGarage hat, nach einem macaco zu fragen.Gesagt, getan. Er läuft und läuft, und dakommen ihm so seine Gedanken. „Wennich da einen aus dem Bett hole, wird ermich fragen, was ich denn mitten in derNacht will. Und wenn ich es ihm sage,wird er fragen, warum ich denn ohnemacaco losgefahren bin, das tue doch keinAutofahrer, jedenfalls kein guter. Ja, dannwerde ich ihm sagen, das könne ihm auchpassieren, und er solle mal nicht so tun!“

Nach einer halben Stunde hat sich derMann so in innere Wut geredet, dass er esohne Streit nicht mehr aushalten kann.Als er endlich an ein Haus mit

vorgebauter Garage kommt und den Hausbesitzerherausgeklopft hat, ruft er ihm, noch bevor der Mannüberhaupt den Mund auftun kann, wütend zu: „Ichbrauche deinen dreckigen Macac gar nicht, du kannstihn lassen wo er ist. Aber wehe dir, wenn du einmalnachts bei mir an die Haustür klopfst, dann sollst dumal etwas hören!“. Spricht´s und läuft zu seinemAuto zurück.

Warum lachen wir über diese Geschichte? Wirlachen darüber, weil wir alle ein wenig sind wie derAutofahrer, der da offenbar „einen Streit vom Zaungebrochen“ hat. Er hat ihn schön vorausgedacht, hatihn in Gedanken eingeübt. Das schlimme bei uns ist,dass meist zwei Partner (besondes auch Ehepartner)an solcher Vorbereitung beteiligt sind. Das klappt

dann noch viel besser. Da denkt die Frau: „Wenn ernach Hause kommt, wird er fragen, ob ich den Fleckenaus seinem Hemd herausgekriegt habe. Dann werdeich ihm sagen: „Ich habe den ganzen Tag die Kinderam Hals, soll am Herd stehen und das Haus sauberhalten und deine erste Sorge ist dein fleckiges Hemd!“- Dann wird er sagen: „Du mit deiner Hausarbeit! Inder Fabrik ist es ja auch nicht wie an der praia. Ichbin abends immer hundemüde .“ Der Mann hattagsüber in der Fabrik ähnliches vorausgedacht. Erkennt ja seine Frau, und hat schon alle Antwortenparat. Und dann läuft alles, wie vorgedacht. Dereingeübte Streit läuft ab. Jeder spielt seine Rolle, wie– man möchte fast sagen: wie der Teufel es ihm vorherzugeflüstert hat (Beim Theater gibt es ja auch einen„Souffleur“, einen „Flüsterer“, der in einer Vertiefungvor der Bühne sitzt und den Schauspielern ihren Textvorflüstert, von den Zuschauern unbemerkt).

In der Gemeinde Jesu Christi lernen wir, Friedeneinzuüben, nicht Streit. Jesus kann Kämpfer undKämpferinnen gebrauchen, aber keine Streithähneund Streithühner. Selig sind die Friedfertigen, sagt erin der Bergpredigt. Friedfertige, das sindFriedensstifter, die, die Frieden vorausdenken undeinüben. „Gib, dass ich meinen Feind mit Sanftmutüberwind“, sagt der Liederdichter. Das brauchtEinübung. Wir brauchen da einen „Flüsterer“, denHeiligen Geist, der uns das Wort zuflüstert, dasFrieden stiftet, der für uns eintritt mit stillem, sanftemSausen und mit unaussprechlichemSeufzen. Spielen wir unsere Rolle imLeben nach seiner leisen Eingebung?

den anderen zu reden, ihren Problemenzuzuhören und – wenn möglich – auchgemeinsam eine Lösung zu finden. Denn Brotallein macht nicht satt.

Viele unserer evangelischen Gemeinden inBrasilien feiern in nächster Zeit dasErntedankfest. Als Christen danken wir andiesem Tag dem Schöpfer für den Reichtumseiner Gaben, die er im vergangenen Jahr hatwachsen lassen und für alles was wir von ihmgnädig bekommen. In manchen Orten wird derAltar mit Lebensmitteln geschmückt. DieseGaben werden anschließend zu Menschengebracht, die wenig zu essen haben. Das ist jaein Anfang, aber eigentlich können – und sollen– die christlichen Gemeinden mehr tun, um dieHungernden zu sättigen. Und es geht sowohlum den leiblichen Hunger, als auch um denHunger nach Annahme, nach Liebe und nachNähe.

Wenn wir aufmerksam werden auf all das,was wir empfangen dürfen: dann öffnet sichunser Herz und wir lernen auch zu teilen,

weiterzugeben und zu sagen:„Alle guten Gaben, alles was wir

haben, kommt, oh Gott, von dir. Danksei dir dafür.“

Page 14: LUTERANOWeber, da Paróquia de Cunha-Porã, que convidou o casal Claudio e Lorita Gernhardt, do Ministério Família Cristã Feliz, para dirigi-lo aos 47 casais das várias Paróquias

JOREV LUTERANO JUNHO 2008 15Compartilhar

Anúncios ComunitáriosNeste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento,Batismo, Confirmação, Benção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento. Entre em contato conosco!

R$ 18,00 por um ano/11 edições

Cheque cruzado e nominal a IECLB - Jorev Luterano(Enviar o cheque via carta registrada para: Rua Senhor dos Passos, 202/3 - CEP 90.020-180 - Porto Alegre/RS)

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Depósito bancário identificado no BANCO BRADESCO - ag 0491-0 c/c 576.176-0

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Com alegria, queremos compartilhar com todos o nascimento da bisneta Michele Habonski

QUATRO GERAÇÕESQUATRO GERAÇÕESQUATRO GERAÇÕESQUATRO GERAÇÕESQUATRO GERAÇÕES

Hermelinda Müller (30/07/1930, em Santa Cruz do Sul/RS), Lourdes Müller Fanch(24/18/1955, em Mondaí/SC), Leila Lucinete Fanch Habonski (2904/1985, em

Santa Helena/PR) e Michele Fanch Habonski (09/03/2008, em Medianeira/PR).

Lembrem-se de que o Eterno é Deus!Ele nos fez, e nós somos dele; somos o seu povo, o seu rebanho.

Salmo 100.3

Bodas de Ouro

ORLANDO E ELY ROEHRIGORLANDO E ELY ROEHRIGORLANDO E ELY ROEHRIGORLANDO E ELY ROEHRIGORLANDO E ELY ROEHRIGNaturais de Não-

Me-Toque/RS, o casalcompletou no dia 22de fevereiro, 50 anosde vida matrimonial.

Os filhos Mirla,Marlei e Marino, jun-tamente com os netose bisnetos parabeni-zam o casal por essadata tão importante esignificativa para avida de todos os fami-liares, desejando queDeus continue osabençoando.

Ó Deus eterno, eu te louvarei com todo o coraçãoe contarei as muitas coisas maravilhosas que tens feito.

Por causa de ti, eu me alegrarei e ficarei feliz.Canterei louvores a ti altíssimo Deus.

Salmo 9.1-2

1º ENCONTRO DA FAMÍLIA LAUX1º ENCONTRO DA FAMÍLIA LAUX1º ENCONTRO DA FAMÍLIA LAUX1º ENCONTRO DA FAMÍLIA LAUX1º ENCONTRO DA FAMÍLIA LAUX162 ANOS DE BRASIL162 ANOS DE BRASIL162 ANOS DE BRASIL162 ANOS DE BRASIL162 ANOS DE BRASIL

Descendentes de Johann Adam Laux e Maria Catharina Schneider Laux,chegados em Porto Alegre/RS em 15 de novembro de 1846

e estabelecidos em Picada Café/RS

Dia: 16 de novembro de 2008Local: Ginásio de esportes da Comunidade Evangélica de Confissão Luteranade Picada Café/RS

A família Laux surgiu em torno de 1520, na cidade de Roth, no Hunsrück,conforme documentos obtidos no Evangelische Archivstelle Boppard, nacidade de Boppard, Hunsrück, Alemanha. Quase 500 anos depois,realizaremos o primeiro encontro da família Laux no Brasil.Solicitamos trazer fotos e documentos antigos que serão escaneados edevolvidos.

Participe! Contamos com a sua presença !

Para maiores informações:0xx 51.3635.1338 - à noite, com Elton0xx 54.3285.1077 - à noite, com João Luis0xx 54.3285.1824 - à noite, com Claudio João0xx 51.3635.1631 - pela manhã, com Sra. Vânia

Bodas de Diamante

BERNARDO EMILO GUSTAVO KAISERBERNARDO EMILO GUSTAVO KAISERBERNARDO EMILO GUSTAVO KAISERBERNARDO EMILO GUSTAVO KAISERBERNARDO EMILO GUSTAVO KAISER E HERTA ALMA FIGUR KAISER E HERTA ALMA FIGUR KAISER E HERTA ALMA FIGUR KAISER E HERTA ALMA FIGUR KAISER E HERTA ALMA FIGUR KAISER

Com a graça deDeus, Bernardo eHerta Kaiser co-memoraram suasBodas de Diamanteno dia 20 de abril de2008. A cerimôniareligiosa foi reali-zada na ParóquiaEvangélica da Paz,em Portão/RS, peloP. Wagner Tehzy.Filhas, filho, gen-ros, nora, netos, bis-netos e amigos com-partilham desta ale-

gria e agradecem a Deus pela dádiva dessa longa e abençoada vida em comum.

Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor,com as bênçãos e mais bênçãos”

João1.16.

II ENCONTRO DA FAMÍLIA LAGEMANN/BRASILII ENCONTRO DA FAMÍLIA LAGEMANN/BRASILII ENCONTRO DA FAMÍLIA LAGEMANN/BRASILII ENCONTRO DA FAMÍLIA LAGEMANN/BRASILII ENCONTRO DA FAMÍLIA LAGEMANN/BRASILData: 14 de setembro de 2008Local: Languiru-Teutônia/RSInformações/confirmação de participação com Rose Lagemannpelo telefone xx.51.3762.2051 ou e-mail [email protected]

ENCONTRO DA FAMÍLIA FRÖHLICHENCONTRO DA FAMÍLIA FRÖHLICHENCONTRO DA FAMÍLIA FRÖHLICHENCONTRO DA FAMÍLIA FRÖHLICHENCONTRO DA FAMÍLIA FRÖHLICHData: 1º de junho de 2008Local: Novo Hamburgo/RSContatos: Claia Anésia Fröhlich Kehl - Telefone (51) 3595.2456E-mail: [email protected]

Page 15: LUTERANOWeber, da Paróquia de Cunha-Porã, que convidou o casal Claudio e Lorita Gernhardt, do Ministério Família Cristã Feliz, para dirigi-lo aos 47 casais das várias Paróquias

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O Sínodo Centro-Sul Catarinense, formado por 27 Paróquias, 132 Comunidades,79 Pontos de Pregação e 25 mil famílias-membro, cuja ênfase missionária évisitação às Paróquias, cursos de aprofundamento, troca de experiências deParóquia para Paróquia e conscientização e integração das Comunidades paraum trabalho missionário permanente, está representado nesta Editoria por nossagente luterana Marcos Lichtblau e José Raulino Jungklaus

Ação e testemunhoAção e testemunhoAção e testemunhoAção e testemunhoAção e testemunho16 Gente Luterana

O seu nome é José Raulino Jungklaus,mas ele prefere ser chamado apenas deRaulino, como é conhecido. Natural deOrleans, sul do Estado de Santa Catarina,Raulino tem 47 anos, 23 deles casadocom Verena Marga Hense, Professora deLíngua Alemã na Universidade Federalde Santa Catarina (UFSC). O casal temtrês filhos: Stéphanie, Danielle e Andréas,que, com apenas 13 anos, é o assinantemais jovem do Jorev no momento!Bancário, funcionário da CaixaEconômica há 25 anos, Raulino émembro na Comunidade da Trin-dade, onde faz parte do Presbitério etambém ocupa o cargo de Vice-Secre-tário da Paróquia de Florianópolis.

O Presbítero não veio de um larluterano, seu contato com o Evan-gelho aconteceu por meio do grupoNavegadores “Encaro a fé comoválida quando é externada porações e testemunho. Além docomportamento, é necessáriotestemunhar também por pa-lavras e distribuição de lite-ratura. No meu local detrabalho, tenho a oportu-nidade de testemunhar efalar do amor de Deus aclientes e amigos na

empresa, procurandofazer do meu posto de

trabalho um púlpitode difusão daquilo

que confesso”.Na IECLB,

a traje-

tória de Raulinoiniciou na época em que

cursava Economia na UFSC,com o trabalho entre universi-

tários na Missão Universitária Lute-

Igreja da Reformadeve estar em

constante reforma

Evangelho e ReformaEvangelho e ReformaEvangelho e ReformaEvangelho e ReformaEvangelho e Reforma

Marcos Lichtblau, 47 anos,nasceu em São Bento do Sul/SC, écasado com Marli Elaine e pai dedois filhos, Mateus e Martina. NaIECLB, faz parte da ComunidadeEvangélica Luterana da Trindade,Paróquia de Florianópolis. Atual-mente, é Presidente do ConselhoSinodal do Sínodo Centro-Sul Cata-rinense e representa a Paróquia deFlorianópolis no Conselho, tendodireito a assento como membronato no Presbitério da Paróquia deFlorianópolis bem como da Comu-nidade da Trindade.

Sobre ser um ‘luterano de berço’,Marcos argumenta “A opção ‘lute-rano de berço’ não existe! Aquele quese entende como ‘luterano de berço’,ou seja, o membro nominal, apenasde cadastro, na verdade não o é,pois não fez uma escolha. Nascinum lar de pais e avós luteranos efui batizado nesta mesma fé. Sougrato aos meus pais e padrinhos,por terem manifestado diante deDeus e da Comunidade o desejo deque eu viesse a professar esta fé umdia, mas foi só pelos 16 anos de idadeque tomei a decisão de que a IECLBseria a minha Igreja”.

A primeira Comunidade doPresbítero foi Rio Negrinho, Paró-quia da Fraternidade, na qualparticipou da JE. Em 1979, já nacapital catarinense para estudar,encontrou acolhimento na entãoComunidade de Florianópolis. NaMissão Universitária Luterana

(Munil), desenvolveu seus dons etalentos durante a graduação e pós-graduação.

“Na IECLB, tive oportunidade deaprender servindo como Vogal e Vice-Secretário da então Comunidade deFlorianópolis. Participei ativamenteda descentralização urbana da Comu-nidade, que resultou na Comunidadeda Trindade e em mais duas novasComunidades, além da ComunidadeCentro. Participei da primeira gestãoda Paróquia de Florianópolis comoVice-Presidente. Tenho atuado na fun-ção de Conselheiro de duas ONGs, aAssociação Evangélica Beneficente deAssistência Social (AEBAS) e o Grupode Ação Diaconal (GAD)”, enumera.

Engenheiro Mecânico, especialistaem Mecânica de Precisão, Mestre emEngenharia e, atualmente, cursandoMBA em Gestão Empresarial,Marcos acredita que, depois dafamília, o trabalho é o seu principalMinistério, então, procura exercê-lo com dedicação, zelo e ética paradar um bom testemunho de fé. NaIgreja, serve a Deus por gratidãoao que Ele é e representa na suavida “Ele é o meu criador emantenedor da minha vida”.

Quanto aos grandes temasdo Sínodo, o principal émissionário e o maior desa-fio é aprender a lidar coma realidade do êxodo ru-ral, que afeta seriamenteComunidades em peque-nos municípios, comatividade dominantede subsistência.

Que a IECLBcontinue sedesenvol-

vendo como umaIgreja comprometida com oEvangelho e com as bases daReforma de Lutero, que esteja emconstante processo de reforma, recu-perando e aprofundando a sua voca-ção, que os membros assumam cadavez mais o sacerdócio geral e que sejauma Igreja conhecida pelo amorexplicitado por boas obras decorrentesda fé é o sonho de Marcos Lichtblaupara a nossa Igreja.

Deus é o meu criadore mantenedor da

minha vida

rana (Munil), uma geração de lide-ranças que, hoje, está servindo em vá-rias Comunidades da IECLB e fora de-la, como pregadores leigos, Pastorese em cargos diretivos da Igreja.

Para o 2º Vice-Representante doSínodo Centro-Sul Catarinense noConselho da Igreja, um dos temasprincipais pode ser resumido nas pa-lavras do Reformador Martin LutherEcclesia Reformata et semper reformanda est,ou seja, Igreja da Reforma deve estarem constante reforma, segundo sen-tencia Raulino “Vejo muitas igrejasenvolvidas com assuntos periféricose perdendo o foco principal: ‘Missão’não é uma opção para a Igreja, masum imperativo e uma condição de so-brevivência”. Nesse sentido, o Sínodo,além de encaminhar os projetos daIECLB, pensa a Missão da Igreja tam-bém a partir de um projeto próprio,selecionando cidades onde não hápresença luterana para iniciar umtrabalho.

Quanto aos desafios da IECLB noSínodo, o Presbítero explica que háuma tarefa com duas frentes: aprimeira é a distinção do que se tor-nou o nome ‘evangélico’, mostrandoà sociedade uma proposta diferencia-da, com conteúdo e sem ligação como comércio do favor de Deus, e a segun-da é o resgate de ser a ‘Igreja da Pala-vra’, com fortes bases confessionais.

Conhecer os temas e desafios doSínodo e da IECLB só alimentam osonho de Raulino para a nossaIgreja “Desejo que a IECLB persigao objetivo que Jesus estabeleceupara a incipiente Igreja Apostólicahá 2 mil anos, mostrar o propósitoda vinda de Jesus a este mundo eque a IECLB esteja constantementeanunciando o amor daquele quetem direitos sobre a humanidade,anunciando o Evangelho a todohomem e denunciando o que destoado projeto original de Deus para ahumanidade”.