luís eduardo duque dutra chefe de gabinete, dg/anp professor adjunto - eq /ufrj julho de 2008...
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Luís Eduardo Duque DutraChefe de Gabinete, DG/ANP
Professor Adjunto - EQ /UFRJ
julho de 2008
Regulação ePetróleo
no Brasil
A renda petrolífera
12 30 5139 43 48
12
10
6
4
2
A.S.MN
BRAK
RUSAN e OM
GM
$Preço do barril
(140 US$ em julho de 2008)
A renda ricardiana
Excedente doprodutor
D. Ricardo define a renda diferencialcomo o resultado da renda
a mais gerada pelas melhores condições de produção
No petróleo, os elevados preçosfazem com que esta renda seja
extraordinária
Renda ricardiana por País
(Pr - CMg=US$/b)
140 - 2 = 138 Ar.Saudita
140 - 12 = 128 Brasil
140 - 20 = 118 Golfo Méx.
Objeto de luta pela apropriação
Custo de E, D & P de petr—leo no mundoPa’s Custo E & D Custo Produ¨‹o Ar‡bia Saudita 2,5 1,5Ir‹ 3 2Rssia(campos maduros) 2,7 3Casaquist‹o 3,5 2,5L’bia 3,7 3Alasca (North Slope) 4,5 3,9Brasil 4,7 4,3Venezuela (extra-pesado) 3,7 5,5Nigˇria 6,5 4,5Angola 6,8 4,5Indonˇsia 6 10Rssia (pioneiro) 6,9 9,5Mar do Norte 13 4Golfo do Mˇxico 20 4,8
Os valores estão em US$/b
Sem lucros e tributos
Custos marginais (conceito)
Custo de produção - Preço
= Renda diferencial
Obs.: valores de 2006, portanto
antes da inflação de custo
Fonte própria, estimativas a partir de
IFP, Cera e AIE
As diferentes condições de produção
A magnitude da renda petrolífera
produ¨‹o de petr—leo 82 (milh›es de b/d)pre¨o mˇdio do bruto 55 (US$/b)produ¨‹o petr annual 29.930renda petrol’fera annual 1.646.150
oumontante US$ 1,65 trilh‹o por ano
Renda petrol’fera totalagrega¨‹o de valor ap—s a produ¨‹o US$ 3,3 trilh›es pelo menos mais US$ 55/b de —leo bruto
ou maisjusante US$ 1,65 trilh‹o por ano
0,66 US$
1,32 US$
1,32 US$
1
Estados exportadores
Estadosimportadores
Empresas
14 5 5 0 3 0 6 1
19
1915
146
9
3
0
5
10
15
20
25
30
35
Arg
en
tin
a
Ve
ne
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la
Co
lom
bia
Ec
ua
do
r
Pe
ru
Bo
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ia
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Nú
me
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s e
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as
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e p
rod
uç
ão
Operadores nacionaisOperadores estrangeiros
A presença externa na América Latina
Foi principalmente resultado da abertura
durante a década de 1990
Fonte: AIE
Lucro das petroleiras no setor de refino e distribui¨‹o(em milh›es de d—lares) Petroleira 2004 2005 Varia¨‹oExxon 5.706 7.992 1,4Shell 6.592 7.532 1,1BP 5.240 4.405 0,8Total 3.237 4.917 1,5Conoco 2.743 4.173 1,5Repsol 1.972 3.341 1,7Chevron 3.250 2.766 0,8ENI 1.343 2.313 1,7Statoil 457 988 2,2
Fusões e aquisições nos últimos dez anos
+
Empresas de O & G cada vez maiores
Regular o capital petrolífero é …
Fonte: Informações das empresas
69,6
73,3
75,876,9
89,8
1985 1990 1995 2000 2005
Europa, evolu¨‹o do consumo e da importa¨‹o de petr—leo entre 1985 e 2005, em b/d
Ano Consumo (1) Importa¨‹o (2)1985 12.605 8.7681990 13.375 9.8011995 13.766 10.4362000 14.402 11.0702005 14.772 13.261
Participação das importações no consumo europeu de petróleo
[(2)/(1)]x100
A crescente dependência do centro
Nos EEUU, a importações passaram de 1/3 para 2/3 no último quarto do século XX
Fonte: AIE
O acirramento da disputa pelo excedente
América Latina- Pedevesa renegocia contratos e dificulta presença no Orinoco- Equador renegocia condições e impõe restrições ambientais- Bolívia nacionaliza as reservas e renegocia contratos- Argentina cria nova estatal e controla preçosEEUU- Congresso Nacional impõe mudanças nas regras tributárias elaboradas por Clinton que isentavam off shore no Golfo do MéxicoIraque- Foi invadido e agora abre a E & P para as multinacionais Rússia- Interrupção do abastecimento de gás na Ucrânia, no início de 2006, e da Bielorússia, no final do mesmo ano.- Processo “jurídico-fiscal” da tomada de controle da Yukos,compra da Siberneft e dificuldades enfrentadas pela Shelle Total nos projeto de Salkhiline.
Por último e não menos importante…o clima
Energia volta ao topo da agenda das relações internacionais
Recupera-se a natureza geopolítica da energia
Ressurge a política energética nacional
As restrições ambientais são crescentes
A ganância fiscal não tem porque diminuir
Petróleo é uma commoditty
Fim dos monopólios em energia
Privatização das empresas estatais
Liberação das importações
Abertura ao investidor externo
Profunda mudança no ambiente,
quando comparado ao período anterior
Multiplicação por dez do preço do barril do petróleo
1999/20081985/1999
Para que serve uma agência?
Qual missão?
Promover o livre mercado? O abastecimento nacional? E agora, c/ o pré-sal, a riqueza nacional?
A regulação do setor no Brasil
Marcos Institucionais
Fonte: ANP
Implantação da ANP (Dec. 2455, 14/01/98) Implantação da ANP (Dec. 2455, 14/01/98)
Lei 9478 ( 06/08/1997): cria CNPE e ANP Lei 9478 ( 06/08/1997): cria CNPE e ANP
Criação do CNP Criação do CNP
Emenda 09/95 - Fim da execução exclusiva do Monopólio pela PETROBRAS
Emenda 09/95 - Fim da execução exclusiva do Monopólio pela PETROBRAS
Promulgação Código de Minassubsolo propriedade União
Concessão/Pedro II: explorar “folhelho betuminoso”(Rio Maraú/Ba) Concessão/Pedro II: explorar “folhelho betuminoso”(Rio Maraú/Ba)
Extinção do CNP e criação do DNC Extinção do CNP e criação do DNC
Primeira Descoberta de Petróleo no Brasil, Lobato (BA) Primeira Descoberta de Petróleo no Brasil, Lobato (BA)
Dez Anos da ANP Dez Anos da ANP
Lei 2004 – PETROBRAS para executar o Monopólio
Criação do MME
19901990 1995199519531953 1998199819341934 1938193818581858 1997199719391939 19601960 20082008
Fundamento legal da atuação da ANP
Lei 9.478/97 -Cria a Agência Nacional do Petróleo com as atribuições de regular, contratar e fiscalizar as atividades integrantes da indústria do petróleo. Lei 11.097/05 Amplia o escopo de atuação da ANP, conferindo- lhe atribuições relacionadas com os biocombustíveis e inclui o gás natural no nome.
Lei 9.478/97, Art. 8º - Atribuições da ANP:I - implementar a política nacional de petróleo e gás natural,com ênfase na garantia do suprimento de derivados de petróleo e de biocombustíveis; II - Proteger os interesses dos consumidores quanto ao preço e à qualidade dos produtos
A cadeia de atividades
MONTANTE JUSANTE
Cadeia de geologia e geofísica
Levantamento aereogeofísico Estudos geoquímicos
Levantamento sísmico
Poço estatigráfico
Poço pioneiro
Universo do abastecimentonacional
Fonte: ANP-SAB, Out / 2007
157 Importadorese Exportadores
(Outros derivados)
AmbienteAmbiente
RegulatórioRegulatório
ANPANP
35.352 *Revendedores de GLP
(16.836 autorizados)
118 Importadorese Exportadores
(Gasolina e Diesel)
470 TRR
Lubrificantes:123 Produtores
175 Importadores16 Rerrefinadores
39 Coletores
34.750 Revendedoresde Combustíveis
(14.800 Bandeira Branca)
31 Distribuidorasde Asfaltos
22 Distribuidorasde GLP
91 Agentes do setorde Solventes
* Em fase de cadastramento. (Já finalizado no: RS, SP (exceto capital), PA, MA, PI e DF)
254 Distribuidorasde Combustíveis180 em operação
Modelo, situação Institucional e empresarial a montante
Conselho Nacional de Política Energética, Ministério das Minas e Energia e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis formam o sistema institucional
mercado aberto com presença estatal é o modelo
“modernos contratos de concessão” é o sistema contratual
63 empresas em E&P (até final 2007), 33 brasileiras 22 grandes empresas 17 médias 24 pequenas
Descoberta de tupi e de outros prospectos no pré-sal
RESULTADOS
E AGORA
19
0500
1.0001.5002.0002.5003.0003.5004.0004.5005.0005.5006.0006.5007.0007.5008.000
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
mil
hõ
es
R$ Fundo Especial
Municípios
Unidades da Federação
União
Fonte: ANP /SP G .Notas: 1. Foi utilizado regime de caixa na elaboração do gráfico. 2. Reais em valores correntes.
Total em 2007: R$ 7,5 bilhõesTaxa de Câmbio
Royalties no Brasil
20
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
10.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
mil
hõ
es
R$
MunicípiosUnidades da FederaçãoUnião
Total em 2007: R$ 7,2 bilhõesTaxa de Câmbio, parada de Marlim
A Participações Especiais no Brasil
A arrecadação tributária a jusante
Fonte: ANP, 2007
Arrecadação de Tributos no Setor de Combustíveis em 2006 (bilhões R$)
5,1 2,7
4,85,7
15,7
10,0
2,0
3,9
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
Gasolina Diesel Demais
CIDE PIS/COFINS ICMS
Total em 2007: R$ 49,9 bilhões
Nota: * preços básicos (excluem-se impostos e subsídios sobre Produtos)
Fonte: ANP, 2007
Participação na riquezanacional
Participação do Setor de Petróleo no PIB (%)
2,75 3,084,27
5,325,95
6,87,73
8,89
10,51
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Demanda x Oferta (Petróleo)
2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030
Consumo R1 - R7 Planos Avaliação & Desenvolvimento Produção
Fonte: ANP
AUTO-SUFICIÊNCIADÉFICIT ASER COBERTOPELAS PRÓXIMASRODADAS
A perspectiva petrolífera
O êxito recente e a futura vulnerabilidade sem contar com o pré-sal
Demanda x Oferta (Gás Natural)
2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030
Consumo R1 - R7 Planos Avaliação & Desenvolvimento Produção
DÉFICIT ASER COBERTOPELAS PRÓXIMASRODADAS
A perspectiva para o gás natural
Um desafio presente, que se acentua com a consolidação da indústria no Brasil, uma vez que o gás saltou de 2 para quase 10% na matriz energética após 1997
Os desafios, após dez anos: explorar mais e atualizar o modelo fiscal
26
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
Ano
Mil bep/d
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%Dep. Externa
Produção Nacional
Importação líquida de Petróleo
Importação líquida de derivados
Fonte: Anuário Estatístico ANP, 2007
Curva de Dependência Externa
Dependência Externa = Importação Líquida de Petróleo e Derivados / Consumo Aparente
Consumo Aparente = Produção Nacional de Petróleo + Importação Líquida de Petróleo e Derivados
ANP
O fim da dependência
Redução na área de exploração
(Bacias S. Francisco e Solimões)
Áreas de exploração
A ameaça é …a redução das áreas em exploração
As propostas são: - retomar as rodadas e dar continuidade as pesquisas- retirar o pré-sal e estudar modelo específico
- Sinalizar segurança jurídica e estabilidade institucional- Confirmar reservas do pré-sal
A imposição aumentou em todo mundo
Evolução das participações governamentais, no mundo, 2002 e 2007
Mas, não no Brasil, onde nos maiores campos, a PG é 40%, Considerar a mudança de cenário: por um lado, o barril está a US$ 140 e não mais a 10 ou U$ 20 e, por outro, 12 poços furados no pré-sal, nenhum seco,ou seja, o risco geológico tende a zero => Proposta: primeiro, mudança no Decreto e, em seguida, na Lei
- aumentar e ampliar o esforço exploratório
- atualizar a participação governamental ao novo patamar de preço
- propor um novo modelo adequado ao pré-sal, com a atual transparência
- garantir o abastecimento nacional sem abusos de preços e queda da qualidade
- reduzir os impactos ambientais da queima dos combustíveis
-com a consolidação do álcool e a inserção definitiva do biodiesel na matriz energética.
Resumo
JUSANTE
MONTANTE
ApApós dez anos e relativo êxito das mudanças, os desafios:ós dez anos e relativo êxito das mudanças, os desafios:
- Crise financeira internacional e a responsabilidade dos BBCC
- O papel dos fundos soberanos e o controle do capital nos países centrais
- A segurança do abastecimento e a soberania nacional
- Disputa pela partilha da renda extraordinária
INSTITUCIONAL
Regular Regular o livre-mercado? o livre-mercado? Qual?Qual?
Regular sem fazer política? Regular sem fazer política? Como?Como?
OBRIGADO!
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS
Av. Rio Branco, 65 – 13º andar – Centro
20090-040 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
Tel.: 2112-8112/11 ou 09
www.anp.gov.br
FIM