luciana maria da silva suman jardim estudo …...4. fundamentos teÓricos 4.1 história geral dos...

45
FUNDAÇÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTADUAL DA ZONA OESTE CENTRO SETORIAL DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL - CSPI PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATERIAIS LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO COMPARATIVO DE POLÍMEROS COMERCIAIS PARA APLICAÇÃO NO DRY WAVE Rio de Janeiro 2016

Upload: others

Post on 19-Mar-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

FUNDAÇÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTADUAL DA ZONA OESTE

CENTRO SETORIAL DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL - CSPI

PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DE MATERIAIS

LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM

ESTUDO COMPARATIVO DE POLÍMEROS COMERCIAIS PARA APLICAÇÃO

NO DRY WAVE

Rio de Janeiro

2016

Page 2: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

2

LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM

ESTUDO COMPARATIVO DE POLÍMEROS COMERCIAIS PARA APLICAÇÃO

NO DRY WAVE

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-graduação em Ciência dos Materiais

Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste,

como requisito parcial para Defesa

Área de concentração: Polímeros

Orientadora: Prof.ª D.Sc. Luanda Silva de Moraes

Page 3: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

3

A Deus em primeiro lugar, em seguida a

minha família pelo apoio, compreensão e carinho e a

minha orientadora pelo apoio e compreensão.

Agradecimento especial ao Lincoln Neves por

ser visionário, dedicado e sempre acreditar no Dry

Wave

Page 4: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

4

ESTUDO COMPARATIVO DAS MANTAS DE POLÍMEROS COMERCIAIS

SELECIONADOS PARA APLICAÇÃO EM DRY WAVE

Luciana Maria da Silva Suman Jardim

RESUMO

O Dry Wave é um equipamento originado do projeto patenteado sobre pista ondulatória e

mecanismos mecânicos para formação das ondulações sobre a pista composta de um

material elastomérico ou plástico. O objetivo deste trabalho é escolher o polímero que

tenha a melhor aplicabilidade para adequação ao Dry Wave, o qual exige flexibilidade e

resistência para suportar os movimentos do ondulador, além do aquecimento, devido ao

atrito, causado pelas rodas de skate e patins. O resultado foi a verificação da aplicação

dos polímeros: Borracha de Estireno-Butadieno (SBR), Borracha Nitrílica (NBR),

Terpolimero de Etileno-Propileno-Dieno (EPDM), Poliuretano (PU), Polietileno de Alta

densidade (PEHD), Teflon® (PTEF) através de uma revisão bibliográfica a qual resultou

uma tabela comparativa de propriedades destes materiais com o Polipropileno (PP)

utilizado no protótipo.

Dry Wave, Formador de Ondas, Pista ondulatória
Palavras-Chaves:
Page 5: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

5

ESTUDO COMPARATIVO DAS MANTAS DE POLÍMEROS COMERCIAIS

SELECIONADOS PARA APLICAÇÃO EM DRY WAVE

Luciana Maria da Silva Suman Jardim

ABSTRACT

The Dry Wave is a patented design originated equipment on wave track and mechanical

mechanisms for the formation of undulations on the track composed of an elastomeric or

plastic material. The objective of this work is to choose the polymer that has the best

applicability to fit the Dry Wave, which requires flexibility and strength to withstand the

movements of the undulator, in addition to heating because of friction caused by the skate

wheels and skates. The result was the verification of the application of polymers: Styrene-

Butadiene Rubber (SBR), Nitrile Rubber (NBR), terpolymer of Ethylene Propylene Diene

(EPDM), polyurethane (PU), High Density Polyethylene (HDPE), Teflon ® (PTEF)

through a literature review which resulted in a comparative table of properties of these

materials with polypropylene (PP) used in the prototype.

Dry Wave, wave Maker, Track Undulating.
Keywords:
Page 6: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

6

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Início de Comercialização de Alguns Polímeros Sintéticos .............................. 14

Quadro 2 - Descrição dos tipos de borrachas mais comuns...................................................16

Quadro 3 - Plásticos de uso geral...........................................................................................17

Quadro 4 - Preço médio do PEHD e PP.................................................................................38

Page 7: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

7

LISTA DE TABELAS

Tabela 2 - Tabela comparativa de alguns materiais plásticos ................................................ 31

Tabela 3 – Tabela Comparativa de alguns materiais elastoméricos ....................................... 32

Page 8: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

8

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 : Desenho Simplificado do Dry Wave ...................................................................... 11

Figura 2: Estrutura química do SBR ...................................................................................... 18

Figura 3: Bloco de Borracha SBR antes da vulcanização ...................................................... 19

Figura 4: Principal aplicação da borracha SBR ...................................................................... 20

Figura 5: Manta de EPDM ..................................................................................................... 21

Figura 6: Esquema básico de reação da borracha NBR.......................................................... 22

Figura 7: Exemplo de aplicações para os elastômeros NBR .................................................. 22

Figura 8: Isolamento de mangueira de ar condicionado feito de NBR/PVC ........................ 23

Figura 9: Estrutura do Polipropileno ...................................................................................... 24

Figura 10: Figura Chapa de polipropileno .............................................................................. 24

Figura 11: Reação de Polimerização do poliuretano .............................................................. 25

Figura 12: Espuma de poliuretano para isolamento ............................................................... 26

Figura 13: Cadeia molecular do polietileno ........................................................................... 27

Figura 14: Representação Esquemática Linear do Polietileno ............................................... 27

Figura 15: Representação esquemática da cadeia ramificada do Polietileno ......................... 27

Figura 16: Impermeabilização de laje com PEBD ................................................................. 28

Figura 17: Estrutura Molecular do PTFE ............................................................................... 28

Figura 18: Alguns perfis baseados em Teflon ........................................................................ 29

Figura 19 : Pedaços das mantas ensaiadas com rodas de skates ............................................ 30

Figura 20 : Teste primário do ondulador do Dry Wave .......................................................... 34

Figura 21 : Estrutura metálica do Dry Wave .......................................................................... 35

Figura 22 : Vista superior do Ondulador e perfis quadrados de suportação das mantas ........ 35

Figura 23 : Vista superior do ondulador e perfis quadrados de suportação das mantas ......... 35

Figura 24: Manta de PP instalada no Dry Wave ..................................................................... 36

Figura 25 : Equipamento finalizado ....................................................................................... 36

Page 9: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

9

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 10

2. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO............................................................................ 11

3. OBJETIVO .............................................................................................................................................. 11

4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS ............................................................................................................. 12 4.1 HISTÓRIA GERAL DOS MATERIAIS POLIMÉRICOS ....................................................................................... 12 4.2 HISTÓRIA DA BORRACHA ................................................................................................................................ 15 4.3 HISTÓRIA DOS PLÁSTICOS .............................................................................................................................. 16

5. PRINCIPAIS POLÍMEROS COM CARACTERÍSTICAS PARA APLICAÇÕES EXIGIDAS NO

DRY WAVE ..................................................................................................................................................... 18 5.1 BORRACHA DO COPOLÍMERO DE ESTIRENO-BUTADIENO .......................................................................... 18 5.2 BORRACHA DO TERPOLÍMERO DE ETILENO-PROPILENO-DIENO............................................................. 20 5.3 BORRACHA DO COPOLÍMERO DE BUTADIENO-ACRILONITRILA (NBR) .................................................. 21 5.4 POLIPROPILENO ............................................................................................................................................... 23 5.5 POLIURETANO .................................................................................................................................................. 24 5.6 POLIETILENO .................................................................................................................................................... 26 5.7 TEFLON .............................................................................................................................................................. 28

6. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................................... 29 6.1 MATERIAIS ........................................................................................................................................................ 29 6.2 METODOLOGIA ................................................................................................................................................. 30

7. RESULTADOS OBTIDOS .................................................................................................................... 33

8. CONCLUSÕES ........................................................................................................................................ 38

9. PERSPECTIVAS PARA TRABALHOS FUTUROS .......................................................................... 38

10. REFERÊNCIA ...................................................................................................................................... 39

Page 10: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

10

1. INTRODUÇÃO

O Dry Wave é um simulador originado do projeto de pista ondulatória e mecanismos

para formação das ondulações na pista (número da patente depositada no INPI - BR

1020120298600A2)[1], que tem o objetivo de simular ondas em meio sólido, podendo ser

utilizado com finalidades lúdicas, esportivas, industriais dentre outras aplicações.

O simulador apresenta aparato compreendendo uma pista composta de uma superfície

flexível (elastômero ou plástico) e um mecanismo ondulador (carrinho) disposto sob a dita

pista que através da sua movimentação provoca ondulações que podem ser aleatórias ou

controladas e com alturas variáveis.

Os componentes mecânicos para formação das ondulações na pista do Dry wave

consistem de uma superfície de rolamento, constituída por material polimérico flexível,

montada sobre uma estrutura compatível, do tipo esteira de tubos que garanta a flexibilidade

da pista de rolamento; e um componente formador de ondulações capaz de realizar

movimentos aleatórios ou controlados disposto abaixo desta pista. O componente formador

de ondulações é montado sobre trilhos ou guias, localizado sob uma esteira de perfil quadrado,

na qual existem espaçadores. Esse ondulador é constituído por um dispositivo que se move ao

longo de um trilho podendo ser inteiriço ou bipartido. Ainda sobre o ondulador, o mesmo pode

ser configurado como fixo, sem variação de altura, ou móvel, com variação de altura, através

de motores hidráulicos. A Figura 1 ilustra o desenho simplificado do Dry Wave.

O ondulador é acionado através dos roletes unidos pela correia dentada. As correias,

por sua vez, são tracionadas por meio de moto-inversor. A elevação do ondulador e a

velocidade de deslocamento do carrinho determinam a forma da ondulação.

Em relação à manta polimérica flexível da pista, esta deve ser tal que mantenha o piso

rígido para o usuário deslizar, ou seja, que não se deforme nem crie trilhos enquanto o usuário

estiver usufruindo do movimento. No entanto, o material não pode ser tão rígido a ponto de

não permitir que os componentes mecânicos possam deformá-lo elasticamente. Além das

propriedades mecânicas a segurança ao risco elétrico deve ser considerado como fator

importante, tendo em vista que o simulador é eletromecânico.

O estudo de viabilidade econômica realizado para o projeto do Dry Wave na sua

configuração mais simples (Figura 1)[2] dimensionou um custo de R$ 80.000,00. Onde 50 %

do custo corresponde a manta elastomérica, enquanto os outros 50 % representam as partes

Page 11: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

11

elétrica, mecânica e automação. Dessa forma, busca-se encontrar uma solução de baixo custo

e, ao mesmo tempo, alta aplicabilidade para a manta polimérica escolhida.

Figura 1 : Desenho Simplificado do Dry Wave

2. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO

Levando-se em consideração as formas de fazer ciência inovadora, seja desenvolvendo

materiais e/ou equipamentos ou, até mesmo, desenvolvendo uma nova aplicação para um

material ou equipamento já existente, a proposta a seguir tem como prerrogativa encontrar um

elastômero ou plástico comercial, o qual além de aplicável em todas as características técnicas

exigidas pelo Dry Wave possa otimizar a aplicabilidade do brinquedo e que seja

economicamente viável.

A motivação dessa proposta de trabalho nasceu da ideia de projetar o simulador Dry

Wave, o qual foi argumento do depósito da patente Nº BR 1020120298600A2 [1] e a partir daí

surgiu a necessidade de encontrar uma manta polimérica flexível que sirva de tapete para a

superfície ondulatória do simulador.

3. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é escolher dentre as borrachas ou plásticos flexíveis

comerciais, qual desses materiais teria a melhor aplicabilidade para adequação ao Dry Wave,

Page 12: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

12

acomodando todas as necessidades operacionais do simulador e adicionalmente segurança,

estética e versatilidade em termos de aplicações finais, considerando o custo.

Os objetivos específicos são:

x Selecionar elastômeros ou plásticos comerciais para aplicar no brinquedo Dry Wave

servindo de base da superfície ondulatória do brinquedo.

x Comparar os elastômeros e plásticos comerciais selecionados quanto às propriedades

físicas, mecânicas, térmicas e elétricas.

x Definir qual é o melhor material polimérico (elastômero e/ou plástico) em termos de

desempenho técnico e viabilidade econômica para aplicar no brinquedo Dry Wave.

4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

4.1 História geral dos Materiais Poliméricos

A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início em 3000 DC, o que pode

se considerar bastante recente, principalmente se comparada com a dos materiais tradicionais

como metais com primeira aparição em 6000 AC e cerâmicas 10.000 AC.

Neste último século grande parte das mudanças tecnológicas realizadas deu-se pelo

surgimento dos polímeros como material alternativo aos metálicos e cerâmicos, tais como:

borrachas sintéticas, plásticos e fibras sintéticas.

O registro inicial do uso formal de polímeros dá-se a partir da descoberta de um verniz

extraído da seiva da árvore “Rhus vernicflua” pelos chineses. Na sequência destas

descobertas, registra-se no século I a.C. o uso de âmbar, uma resina termoplástica moldável

por compressão e proveniente de árvores fossilizadas.[35,36]

O desenvolvimento até 1550 do uso de materiais poliméricos, de fontes naturais, ao

longo do tempo, ocorreu de forma lenta e sem grandes expressões até o descobrimento da

borracha natural a partir do látex extraído da seringueira na América Central.

O termo polímero foi criado pelo famoso químico alemão J. Berzeliusem 1832, na

tentativa de criar um termo que distinguisse as moléculas orgânicas que possuíam os mesmos

elementos químicos, mas não as mesmas propriedades.

Page 13: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

13

Em 1839 Charles Goodyear por meio de estudos investigativos desenvolveu de forma

acidental a adição do enxofre à estrutura molecular da borracha natural gerando o processo da

vulcanização o qual melhorou as propriedades da borracha a tornando mais forte, resistente e

resiliente. O processo de vulcanização possibilitou o uso da borracha como material de

engenharia. [36,37]

Inicialmente, as moléculas orgânicas com mesmos elementos químicos foram

denominadas como moléculas isoméricas, porém após observar a característica das cadeias

onde possuíam unidades (meros) repetitivos e em grande quantidade (poli), foi denominado

de Polímero, apesar de na época não ser conhecida o conceito da macromolécula que veio ser

afirmada em 1922 através de Hermann Staudinger, onde o termo polímero foi amplamente

difundido. [4,34]

Staudinger juntamente com Carothers, Flory e outros nos anos de 1920 e 1930

trabalharam na importância da fomentação e consolidação dos conceitos básicos sobre os

Polímeros, incentivando o estudo como ciência. Os anos seguintes de 1940 a 1960 foram

igualmente importantes para o desenvolvimento tecnológico da síntese de novos polímeros

até em 1960 surgirem os primeiros periódicos especializados em polímeros entre eles a

Journal of Polymer Science, Makromolekulare Chemie e Polymer. Desde então, vários outros

periódicos especializados surgiram na comunidade, a saber, Journal of Polymer Engineering

and Science (1961), European Polymer Journal (1965), Journal of Macromolecular Science

(1967), Macromolecules (1968) e outros se consolidaram e viraram referências.

As descobertas assim como os estudos em polímero não pararam e muitos desafios

estão em andamento nas áreas da Ciência e Tecnologia de Polímeros, principalmente no que

tange ao desenvolvimento de propriedades que venham a ampliar sua aplicação em diversos

materiais.[4,34]

O Quadro 1 apresenta a trajetória da comercialização de alguns polímeros

sintético[4,35,37] .

Page 14: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

14

Quadro 1 - Início de Comercialização de Alguns Polímeros Sintéticos

Ano Sigla Polímero Fabricante

1927 PVC Poli(cloreto de vinila) B. P. Goodrich

1930 PS Poliestireno I.G.Farben/Dow

1936 PMMA Poli(metacrilato de metila) Rohm and Haas

1936 PA 6,6 Nylon 6,6 DuPont

1939 LDPE Polietileno de Baixa Densidade ICI

1946 PTFE Poli(tetra fluor etileno)/TEFLON DuPont

1948 ABS Copolímero acrilonitrila-butadieno-estireno Rohm and Haas/ I.G.Farben

1954 PU Poliuretanos Bayer/DuPont

1954 HDPE Polietileno de Alta Densidade Hoechst

1954 PET Poli(tereftalato de etileno) ICI

1956 PA 6 Poliamida ou Nylon 6 Allied SM

1957 PP Polipropileno Phillips Petrol.

1958 PC Policarbonato GE/Bayer

1958 POM Poliacetal ou Acetal DuPont

1959 LLDPE Polietileno Linear de Baixa Dens. DuPont - Canada

1960 ARAMID Poli(amida aromática) DuPont

1963 PI Poliimidas DuPont

1965 PPO Poli(eter fenileno) ou Noryl GE

1965 SBS Borracha Termoplástica Shell

1969 PBT Poli(tereftalato de butileno) Celanese

1972 PPS Poli(sulfeto de fenileno) Phillips Petrol.

1972 LCP Cristal Líquido Polimérico Carborundum

1978 PES Poli(éter sulfona) ICI

1978 PEEK Poli(éter éter sulfona) ICI

1982 PEI Poli(éter imida) GE

1987 PA 4,6 Poliamida ou Nylon 4,6 DSM

Page 15: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

15

4.2 História da Borracha

O elastômero, também conhecido como borracha, é um material polimérico muito

importante tendo em vista que se distingue pela capacidade de retornar rapidamente à forma

e à dimensão original, quando submetido a um esforço ou deformação externa.[3]

A borracha natural, apesar de conhecida e utilizada por povos indígenas das Américas,

somente após o século XIX com a descoberta da vulcanização por Charles Goodyear que

começou a ter utilização industrial, o que motivou mais pesquisas buscando melhorar ainda

mais o desempenho deste polímero para aplicações cotidianas.[3,36,37]

Atualmente, consomem-se cerca de 15 milhões de toneladas de borracha por ano no

mundo, sendo um terço (1/3) de borracha natural e dois terços (2/3) de borracha sintética, o

que nos mostra a importância econômica do elastômero no mercado polimérico.[3]

As indústrias de transporte e automotiva são responsáveis pelo consumo de 2/3 do total

de borracha sintética e natural, dos quais 90% são destinados aos pneumáticos e o restante a

peças diversas dos veículos: mangueiras, molduras de portas e janelas, tapetes, buchas anti-

vibratórias etc.[3]

A aplicação da borracha para o uso industrial comparado a outros materiais como o

metal é recente e tem se aprimorado cada vez mais. Existem mais de 500 tipos e variedades

de borrachas que são classificadas em cerca de 20 grupos principais, identificados por siglas

ou nomes comerciais, conforme apresentados no Quadro 2.

Page 16: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

16

4.3 História dos Plásticos

A necessidade de substituir a borracha que até então era a matéria prima de muitos

produtos, foi o impulsor para novas pesquisas que gerou novas descobertas. Em 1862,

Alexander Parkes descobriu um material orgânico derivado da celulose, chamada de parkesina

(em referência ao seu descobridor), que quando aquecido podia ser moldado e permanecia

SIGLA DESCRIÇÃO

CR Policloropreno (Neoprene da DuPont)

EPR Borrachas de Etileno-Propileno

IIR Borracha Butílica – Poliisobutileno

IR Poliisopreno

NBR Borracha Nitrílica (Acrilonitrila - Butadieno)

NR Borracha Natural

SBR Borracha de Estireno-Butadieno

BR Polibutadieno

EPDM Borracha de Etileno-Propileno Dieno

ACM Borrachas Acrílicas (Outra Sigla – AEM)

ECO Borracha de Epicloridrina (Outra Sigla – CO)

CSM Polietilenos Cloro Sulfonados (Hypalon da DuPont)

CFM Borrachas Fluoradas (Viton da DuPont) – ou FPM, FKM

T Polissulfetos (Thiokol)

PUR Borrachas de Poliuretano (Outras Siglas – AU, EU, PU)

MVQ Borrachas de Silicone (Outra Sigla – Si)

FMVQ Borrachas de Silicone Fluoradas

HNBR Borracha Nitrílica Hidrogenada

TPE Borrachas Termoplásticas (Outras Siglas – TPR ou TR)

GPO Elastômeros de Óxido de Propeno

Quadro 2 - Descrição dos tipos de borrachas mais comuns

Page 17: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

17

desta forma quando era resfriado. Porem a descobertas tinha um custo elevado de produção o

que desestimulou os investidores.[10,36,38]

Em 12 de julho de 1870 o americano John Wesley Hyatt, durante pesquisas descobriu

acidentalmente a Celulose, originada de fibras de algodão com certos ácidos e adição de

cânfora chegou-se a formulação final da Celulose, o que o registrou na história como o

primeiro fabricante de material plástico[36,37,38].

Após 39 anos desde a descoberta da Celulose, Leo Hendrik Baekeland criou a primeira

resina totalmente sintética, a Baquelite a qual foi usada para substituir diversos materiais

naturais.[10,36,38]

Os plásticos podem ser classificados como termoplásticos ou termorrígidos. No

Quadro 3 são apresentados alguns exemplos de plásticos de uso geral separados pela

classificação termoplástico e termorrígidos. [37]

Quadro 3 - Plásticos de uso geral

TERMOPLÁSTICOS TERMORRIGÍDOS

Polietíleno – PE Epóxi – ER

Polípropileno – PP Fenoj- Forrnaldeído - PR

Poliestireno – OS Uréia-Formaldeído - CUR

Poliestireno de Alto Impacto - PSAI Melamina-Fomaldeído - MR

Copolímero (Estireno - Acrilonitrila) – SAN

Copolimero (Etileno-Acetato de Vínila) - EVA

Poli (Cloreto De Viníla) – PVC

Poli (Acetato De Vínila) – PVA

Poli (Cloreto De Vinilídeno) – PVDC

Polí(Metacrilato de Metila) – PMMA

Poliuretano - PU (podendo ser de característica termoplástica)

Os polímeros de engenharia também podem ser denominados de uso geral e de uso

especial, sendo que o de uso especial pode ainda ser denominado de superplástico ou plástico

de altíssimo desempenho. [37]

Page 18: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

18

5. PRINCIPAIS POLÍMEROS COM CARACTERÍSTICAS PARA APLICAÇÕES EXIGIDAS NO DRY WAVE

O Dry Wave exige um componente que seja rígido e ao mesmo tempo flexível [1] com boa

resistência a abrasão e à intemperes, associadas ao menor peso possível, onde destacam-se os

materiais poliméricos, para tanto segue um estudo bibliográfico dos polímeros comerciais

escolhidos para aplicar ao Dry Wave. A escolha foi feita baseada nas similaridades de

aplicações desses polímeros em diferentes áreas industriais.

5.1 Borracha do copolímero de Estireno-butadieno

O copolímero de estireno-butadieno (SBR) é uma borracha sintética, uma das mais

usadas em todo o mundo. De acordo com estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento

Social (BNDES) [3], o emprego deste polímero ultrapassa a marca de 40 % de todas as

borrachas processadas e transformadas em artefatos. Sua principal aplicação é em

pneumáticos. É considerado um elastômero commodity, visto que, mundialmente, seu valor

comercial é cerca de 40 % do valor de outras borrachas sintéticas. O grande destaque em

termos de aplicação do SBR é sua elevada resistência à abrasão, o que garante alto

desempenho na banda de rodagem de pneus. Internacionalmente o maior produtor de SBR é

a DuPont Dow Elastomers[3]. A Figura 2 ilustra um esquema de síntese da borracha SBR e a

sua estrutura química.

Figura 2: Estrutura química do SBR

Page 19: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

19

A Figura 3 ilustra um bloco de borracha SBR logo após sair do reator de síntese e ser moldada

para seguir para a vulcanização.

Figura 3: Bloco de Borracha SBR antes da vulcanização

No mercado nacional, quem domina a produção de SBR é a Lanxess Elastômeros, que

é uma empresa de origem alemã, líder em produção, desenvolvimento e comercialização de

especialidades químicas. Pioneira em converter a produção de borracha tradicional SBR

produzida pelo processo em emulsão (E-SBR), utilizada em pneus padrão para borracha SBR

produzida pelo processo de polimerização em solução (S-SBR), utilizada nos ‘pneus verdes’

de alto desempenho [4].

A Lanxess detém a tecnologia de produção de borrachas de alta performance incluindo

a S-SBR e a borracha de polibutadieno, sintetizada com catalisador de neodímio (Nd-BR), e

comercializada como Buna,. O crescimento global para ambos os tipos de borracha é estimado

em cerca de 10 % ao ano até 2017, à medida que os consumidores mudam para os “pneus

verdes”, com maior eficiência de combustível e ecologicamente corretos[5]

Os pneus verdes são fruto de uma modificação da borracha do copolímero de

estireno/butadieno em emulsão (E-SBR), utilizada em pneus padrão, para borracha de

estireno/butadieno em solução (S-SBR), utilizada nos ‘pneus verdes’ de alto desempenho, os

quais oferecem um menor atrito, contribuindo para a economia de combustível. A Figura 4

ilustra a principal aplicação do borracha SBR.

Page 20: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

20

Figura 4: Principal aplicação da borracha SBR

As principais propriedades da borracha SBR são: ótimas resistências à abrasão, altas

temperaturas e ao envelhecimento[5], porém a borracha SBR é pouco resistente a derivados de

petróleo, ozônio, radiação UV; enquanto que a faixa de temperatura usual de trabalho varia

de -5 °C a + 75 °C.

A principal aplicação da borracha vulcanizada de SBR é para fabricação de pneus, a

qual se aproxima bastante da exigência para a manta polimérica do Dry Wave, devido a sua

alta resistência à abrasão e, ao mesmo tempo, alta flexibilidade para os movimentos

oscilatórios.

5.2 Borracha do terpolímero de Etileno-Propileno-Dieno

O terpolímero de etileno-propileno-dieno (EPDM) é um tipo particular do grupo de

elastômeros, onde o monômero diênico é a parte elastomérica da cadeia que possibilita a sua

vulcanização. A vulcanização é um processo que agrega características viscoelásticas ao

material, as quais são exigidas nos desempenhos de diversos artefatos de borracha flexível e

tenaz.

As principais características que tornam interessante o uso de elastômeros de EPDM

são as excelentes propriedades de resistência mecânica, ao calor, ao envelhecimento, ao

ozônio e à oxidação.

É possível destacar uma gama de aplicações em diferentes áreas para o EPDM. Dentre

estas na indústria de pneus com as blendas antiozonantes para laterais de pneus, revestimento

Page 21: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

21

de bicos (válvulas) para pneus, blendas antiozonantes para câmara de ar, protetores de câmara

de ar para ônibus e caminhões. Na indústria automobilística destacam-se as guarnições e

vedações para vapor d´água, mangueiras e dutos para ácidos, álcoois e álcalis, vedações para

tubulações de água, revestimento de rolos para envernizadoras de madeira, correias

transportadoras para materiais aquecidos, artigos expostos ao intemperismo, coxins, buchas e

amortecedores diversos. Na indústria de componentes elétricos destacam-se isolamento

elétrico de fios e cabos, revestimento de plugs e conectores elétricos, mantas de isolamento

elétrica, tapetes isolantes elétricos para cabines primárias, fitas isolantes de alta fusão. Na

construção civil destacam-se as mantas impermeabilizantes, membranas para revestimentos,

juntas de dilatação, revestimento de tanques e piscinas (externo), almofadas anti-vibração. Na

indústria de plásticos e modificadores de impacto destacam-se modificadores de impacto para

polietileno, para polipropileno, aditivo modificador de lubrificantes automotivos [6]. A Figura

5 apresenta uma manta de EPDM.

Figura 5: Manta de EPDM

5.3 Borracha do copolímero de Butadieno-Acrilonitrila (NBR)

A NBR é uma borracha de coloração naturalmente negra composta por dois monômeros,

a acrinolitrila e o butadieno, comumente referida como borracha nitrílica, pertence à classe

das borrachas especiais resistentes a óleo. Quanto maior o teor de acrilonitrila presente no

copolímero, maior é a resistência a óleo, ou seja, menor é o percentual de inchamento. A

borracha nitrílica perde flexibilidade a baixa temperatura quanto maior é o teor de acrilonitrila,

Page 22: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

22

tornando-se mais resistente. O processo de polimerização comumente utilizado é em emulsão,

podendo ser realizado a quente ou a frio, obtendo os denominados, “hot nitriles” e “cold

nitriles”, respectivamente. O esquema básico da reação de polimerização é apresentado na

Figura 6.

Figura 6: Esquema básico de reação da borracha NBR

Algumas propriedades são majoradas com o aumento do teor de acrilonitrila na cadeia

polimérica do elastômero NBR, por exemplo: melhora na resistência a óleos e solventes,

aumento da tensão de ruptura, aumento da dureza, maior resistência à abrasão e ao calor,

menor resiliência porque o material se torna mais plástico-rígido e perda das propriedades a

baixa temperatura. Por outro lado, quando o teor de acrilonitrila diminui, a resistência a baixa

temperaturas propriedades elásticas, dinâmicas, de resiliência e deformação permanente são

otimizadas.

Em relação aos tipos de NBR, os mais empregados são o NBR com cerca de 16 a 50

% de acrilonitrila no copolímero e as misturas com outros polímeros e aditivos. Dentre essas

combinações, pode-se destacar as blendas de NBR/PVC com diferentes proporções, que são

misturas elastoméricas que agregam ao material final alta resistência à intempérie e à abrasão.

É possível observar na Figura 7 a ilustração de aplicações do elastômero NBR.

Figura 7: O- rings como exemplo de aplicação do elastômero NBR

Page 23: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

23

De acordo com o fabricante nacional Nitriflex, destacam-se as principais aplicações das

blendas de borrachas nitrílicas a base de PVC (NBR/PVC): selos de porta, de janela, de juntas

de tanques de combustível, isolamento para mangueira de ar-condicionado automotivo,

gaxetas e o-rings, esteiras transportadoras para minas e para máquinas de processamento de

alimentos. Estas últimas são aplicações muito similares às exigências do Dry Wave, o que

justifica o seu emprego no projeto do brinquedo.

Na Figura 8 segue a ilustração da mangueira de ar condicionado automotivo, exemplo

de aplicação do elastômero NBR/PVC.

Figura 8: Isolamento de mangueira de ar condicionado feito de NBR/PVC

5.4 Polipropileno

O Polipropileno é também conhecido como PP é um polímero de commodities,

classificado como termoplástico semicristalino com estrutura linear[36] e pertence à classe de

polímeros dos termoplásticos, derivado da polimerização do gás propeno (que é o monômero)

e propileno. Na Figura 9 apresenta a estrutura do PP.[21]

Page 24: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

24

Figura 9: Estrutura do Polipropileno

O PP foi desenvolvido em 1957 pela empresa Philips Petrol,[35] e devido a sua dureza,

rigidez e resistência a impacto elevada, teve rápida inserção no nosso cotidiano.

Suas principais aplicações são: embalagens alimentícias, carpetes, brinquedos, peças

automotivas, seringas, carcaças de eletrodomésticos dentre várias outras aplicações. Sua

diversificação de uso se deve às suas propriedades químicas e físicas, que incluem resistência

a solventes, fadiga, fácil pigmentação, moldagem, além de não apresentar rebarbas nos cortes

durante seu processamento. A Figura 10 apresenta chapas de PP para produção de embalagens

que devido as características do material podem ser aplicadas para várias finalidades.

Figura 10: Chapa de polipropileno

5.5 Poliuretano

O Poliuretano (PU) foi desenvolvido em 1937 pelo professor Otto Bayer e sua equipe

durante o desenvolvimento de um processo de reação de dois compostos, em que resultava

em um produto de estrutura macromolecular.[37]

O PU é um polímero classificado como resina plástica de aplicação geral, do grupo

dos termoplásticos, podendo ser encontrados no grupo dos termorrígidos, dando a

versatilidade como umas das características. [17,37]

Page 25: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

25

Produzido geralmente por reações de poliadição ou da policondensação (reação em

etapa) de um isocianato (di ou polifuncional) com um poliol, podendo ocorrer também reações

de reticulação com agentes de cura ou extensores de cadeia, originados do uretano ou da

policondensação (reação em etapa). [7,12,37]

Na Figura 11 está representada a reação de polimerização do PU.[12,39]

Figura 11: Reação de Polimerização do poliuretano

Uma das grandes vantagens do Poliuretano é o fato de o mesmo ser atóxico e

quimicamente inerte, não apresentando nenhum risco a saúde, porém a velocidade de

combustão costuma ser alta quando comparada a outros polímeros. De acordo ao OSHA

(Administração de Segurança Ocupacional e Saúde dos EUA) não é considerado

carcinogênico.

O PU ao ser exposto ao fogo em lugares fechados pode produzir Cianeto de

Hidrogênio (HCN), também conhecida como ácido cianídrico ou gás cianídrico, CO2 e Óxido

de Nitrogênio.[9,13,14 e15]

Outras características do poliuretano em geral é alta resiliência, resistência a solvente,

baixa geração de calor quando submetido ao atrito, além da ótima memória elastomérica

(memory foam), como demonstrado na Figura 12.

Page 26: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

26

Figura 12: Espuma de poliuretano para isolamento

Outras aplicações específicas de PU encontram-se em rodas de skate e patins e rodas

de empilhadeira de baixa geração de calor, os quais atendem pelo nome comercial MDI –

Poliéster e TDI – Poliéster, respectivamente, ambos fabricados pela Plastiprene[11].

5.6 Polietileno

O Polietileno, também conhecido pelas siglas PE, é o polímero que mais facilmente é

encontrado e de maior utilização[37,41,43]. O PE foi Descoberto em 1934 por Karl Ziegler que

ao publicar um artigo utilizando o iniciador lítio butílico para polimerizar butadieno, começou

a desenvolver catalisadores estéreo-específicos para a síntese de poliolefinas tais como

polietileno, polipropileno, etc. O fato curioso sobre a descoberta iniciada por Ziegler é que ele

não estava interessado em sintetizar polímeros mas sim compostos organometálicos. Ao tentar

realizar a reação utilizou etileno como catalisador e quase que por acidente proporcionou a

polimerização.[35] O PE é um polímero vinílico obtido pela reação em cadeia do monômero etileno e

iniciada por um catalisador específico, gerando diversas cadeias macromoleculares que

contém apenas átomos de carbono e hidrogênio. A Figura 13 é a ilustração de uma cadeia

linear típica de Polietileno

Page 27: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

27

Figura 13: Cadeia molecular do polietileno

Às vezes, alguns dos carbonos, em lugar de ter hidrogênios unidos a eles, contam com

cadeias de polietileno associadas, isto se chama polietileno ramificado (baixa densidade,

LDPE/PEBD) como demonstrado na Figura 14, já a Figura 15 representa a estrutura do PE

sem ramificações, o que também se denomina polietileno linear (alta densidade,

HDPE/PEAD).

Figura 14: Representação Esquemática Linear do Polietileno[37]

Figura 15: Representação esquemática da cadeia ramificada do Polietileno[37]

O polietileno tem várias aplicações, as quais incluem, de proteção de

impermeabilização de laje e piscina como demonstrado na Figura 16, tubulações para

condução de fluidos aquosos, alimentícios, derivados de petróleo[41], contentores

intermediários para produtos químicos (bombonas) [41], tanques de armazenamento de água e

hidrocarboneto.

Page 28: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

28

Figura 16: Impermeabilização de laje com PEBD

5.7 Teflon

O Teflon é o nome comercial do Polietetrafluoretileno (PTFE). Desenvolvido no final

da segunda guerra mundial pela DuPont, o PTFE é um polímero completamente fluorado,

fabricado a partir da polimerização por radical livre de tetrafluoretileno.

PTFE apresenta uma estrutura molecular linear de unidades repetitiva de -CF2-CF2-,

como demonstrado na Figura 17, sendo hoje fabricado por diversas empresas e utilizado em

aplicações os quais oferecem características únicas de desempenho.[37,24]

Suas resinas são resistentes em ambientes químicos agressivos, tais como:

revestimento antiaderente, isolamento elétrico e anéis de vedação de sistemas automotivos.[49]

Figura 17: Estrutura Molecular do PTFE O Teflon é totalmente insolúvel em solventes orgânicos comuns e não são afetados

por substâncias químicas, tais como: ácidos e bases concentrados e a alta temperatura. [37]

Os fluoroplásticos apresentam excelentes propriedades de isolamento elétrico, baixa

constante dielétrica, bom fator de potência e alta resistividade superficial e volumétrica. Além

disso, os fluoroplásticos têm baixo coeficiente de atrito, especialmente as resinas perfluoradas,

o que lhes garante qualidade auto lubrificante e de não aderência.[24]

Page 29: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

29

Na Figura 18 é ilustrada uma das aplicações do Teflon, a qual se destaca em perfis de

algumas tubulações de pequeno e médio portes; esta aplicação é interessante por oferecer

baixa perda de carga em aplicações fluidodinâmicas. Outras aplicações são para revestimentos

de panelas, selos de bombas etc. Em relação às propriedades térmicas, diversos fluoroplásticos passam em teste de

inflamabilidade rigorosos, até mesmo em seções finas. Assim, estas resinas são difíceis de

entrar em ignição, resistindo também à propagação da chama ao fogo [37].

Figura 18: Alguns perfis baseados em Teflon

6. MATERIAIS E MÉTODOS

6.1 Materiais

Nesse trabalho foram utilizados os dados técnicos da revisão bibliográfica para

construção das Tabelas 1 e 2, as quais têm o propósito de comparar as propriedades de alguns

materiais plásticos e elastoméricos fornecidos pelos fabricantes e reunidos na revisão

bibliográfica.

Os materiais plásticos selecionados, através da revisão bibliográfica, para o estudo

comparativo das propriedades de desempenho mecânico das mantas que possam atender as

necessidades do Dry Wave foram: Polietileno de Alta Densidade (PEHD)[41,43,51] com

densidade de 0.954 g/cm , Polipropileno (PP) [18,21,44,50} com densidade: 0.92 g/cm , ambos

Page 30: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

30

comercializados pela empresa Mondiana, Poliuretano (PU) [17,19,45] do tipo PUR95A com

densidade 0,66 g/cm comercializado pela Indústria JQ e Teflon® (PTEF) [20,48] com

densidade 0,20 g/cm , marca registrada pela Du Pont e comercializada pela Indústria JQ.

Quanto aos dados técnicos obtidos pela revisão bibliográfica, para a escolha da manta

elastomérica candidata a ser usada no Dry Wave, destacam-se Borracha de Estireno-

Butadieno (SBR), tipo 1502, com alto teor de unidades cis, produzida pela Petroflex S.A.

Indústria e Comércio, Terpolímero de etileno-propileno-dieno (EPDM) do tipo Keltan 5470

com 4,6% de dienos, viscosidade Mooney 55, ambos fornecidos pela empresa LANXESS e

Borracha Nitrílica NBR do tipo N-615B com teor em acrilonitrila (AN) de 31-34%,

viscosidade Mooney 42-52, fornecida pela empresa Nitriflex.

6.2 Metodologia

Foram realizados ensaios destrutivos e empíricos com rodas de skate e patins em

placas quadradas de PEHD de 300 mm de arestas por 1 mm de espessura e de PP com arestas

de 300 mm e 5 mm de espessura, ambas fornecidas pelo comerciante Mondiana, como

demonstrado na Figura 19. O ensaio empírico foi composto de 1 fase na qual 03 crianças com

skate deslizavam sobre as mantas fixadas no chão com fita adesiva e postas lado a lado afim

de testar o grau de suportação da degradação do material.

Figura 19 : Pedaços das mantas ensaiadas com rodas de skates

Page 31: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

31

Em virtude do ótimo resultado de desempenho das placas de PEHD e PP durante a

simulação de desgaste com as rodas de skate e patins, foram adquiridos os materiais PEHD e

PP nos formatos de manta de 10000 mm x 2000 mm para testá-las no Dry Wave.

O sucesso da manta de polipropileno na aplicação do Dry Wave motivou a realização

do estudo comparativo entre a manta de Polipropileno em relação a outras mantas poliméricas

comerciais, selecionadas através de revisões bibliográficas.

A revisão bibliográfica resultou na seleção de plásticos e elastômeros comerciais com

características mecânicas semelhante às da manta de Polipropileno, atualmente utilizada no

protótipo do Dry Wave.

Com os resultados obtidos da revisão bibliográfica foi feito um estudo comparativo, o

qual baseou-se em fichas com dados técnicos fornecidos pelos transformadores dos polímeros

selecionados. O estudo comparativo dos polímeros selecionados foi dividido em duas Tabelas

1 e 2 denominadas Tabela Comparativa de propriedades de alguns materiais plásticos e Tabela

Comparativa de propriedades de alguns materiais elastoméricos, respectivamente.

Tabela 1 - Tabela comparativa de alguns materiais plásticos

PROPRIEDADES NORMA DIN

ASTM ou UL

POLIPROPILENO [18,21,44,50]

POLIETILENO [37,40,41,43,44]

POLIURETANO [17,19,45]

TEFLON virgem [22,20,24,48,4]

Tipo PP-H PEAD / HDPE PUR 95/A PTFE Fabricante Mondiana Mondiana Industria JQ DuPont Indústria JQ

QUIMICA Massa Molar do Mero (g/mol) 42 32 296 100 Massa Molar do Polímero (103g/mol) 80 - 500 [44] 50 - 200[43,44] 138 [45] 1000 - 10000 [46] FÍSICAS

Densidade (g/cm3) D53479 0,91 [44] 0,94-1,3 0,66 ± 0,037 0,2

Calor especifico (Cal/g °C) D53417 0,46 1,7-2,0 0,42

MECANICAS

Resistencia a Tracao (Mpa) D53455 35 24-31[37,41,43] 2,02 ± 0,23 70-210

Along. na Ruptura (%) D53457 10 a 20 [18] 18,2 132,5 ± 8,34[19]

Mod. de Elast. em Tracao (Mpa) D53455 1300 1000-1400 1200 70-210

Mod. de Elast. em Flexao (Mpa) D53455 1300 1000-1400 - 44-200

Resistencia ao Impacto IZOD (J/m) D256 55 54 não se rompe 50-55

Dureza Rockwell D785 R86 R65 48 ( 95 A)

Page 32: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

32

Coef. de Atrito de Deslize D1894 0,3 0,29 0.5 - 0.6[19] 0.13[20]

TERMICAS

Ponto de Fusao (°C) D53736 160 128-133 120 -

Condutividade Termica(W/m.k) D52612 0,22 0,35 - 0,43 0.3 0,24

Temperatura de uso Continuo (°C) D52752 -10 a 90 -40 a 90 0-70 -260 a 260 ELETRICAS

Rigidez Dieletrica (KV/mm) D53481 >40 >50 20 59

Const. Dieletrica(1 KHz) D53483 2,2 a 2,6 2,3 5.3 2,1

Resistividade Volumetrica D53482 10 10 10<X<13 10<x<17

RESISTENCIA QUIMICAS

Ácidos Fracos D543 Excelente Excelente BOA Excelente

Ácidos Fortes D543 Atacado Atacado Boa Excelente

Bases Fracas D543 Excelente Excelente Boa Excelente

Bases Fortes D543 Muito Boa Excelente Atacado Excelente

Tabela 2 – Tabela Comparativa de alguns materiais elastoméricos

PROPRIEDADES

SBR [22,23,24,25,47] NBR [26,29,32,33,34] EPDM [26,30,34] TIPO1502 N-615B KELTAN 5470

Petroflex S.A. Ind. e Comercio Nitriflex Lanxess

FÍSICAS

Densidade (g/cm3) 0,94 [28] 0,96 – 1,01 [29] 0,855 – 0, 88 [30]

MECANICAS

Resistencia a Tracao (Mpa) 1,79 [21,22] 7 – 21 [29,32,33,34] 7 – 18[30,34]

Alongamento na Ruptura (%) 350 [21,22] 600 [29,32,33,34] 465 [30,34]

Deformacao permanente a compressao (%) 10,97 [21,22] 07 - 09 [31,32,33,34] -

Resistencia a abrasao Excelente Excelente [29] BOA [30]

Dureza SHORE A 34[21] 20 – 100 [29,33] 40 – 90[30]

TERMICAS

Temperatura mín. de serviço (°C) -45 [28] -30 [29] -55[30]

Page 33: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

33

Temperatura max. de servico (°C) 85 [28] 125 [29] 130[30,34]

ELETRICAS

Resistencia elétrica(ohms/cm) 1.10ˆ15 [28] 3,5x10ˆ10-2,10ˆ11[29] 2.10ˆ16 [30]

QUIMICAS

Resistencia a acidos fracos Boa [28] Boa [29] Excelente [30]

Resistencia a acidos fortes Fraco-Moderado[28] Fraco-Moderada [29] Moderado [30]

Resistencia a solventes organicos Muito Fraco[28] Boa[29] Fraco [30]

Resistencia a raios solares Boa[28] Moderada [29] Excelente [30]

Resistencia a hidrocarboneto Muito Fraco[28] Excelente[29] Fraco[30]

Resistencia a água Boa [28] Moderada[29] Excelente[30]

Vida média (anos) 3-5 Anos[28] 3-10 Anos [29] 15-20 [30]

O objetivo das Tabelas 1 e 2 foi confrontar as características mecânicas da manta de

Polipropileno testada com as mantas dos polímeros selecionados e concluir dentre os

materiais poliméricos estudados, aqueles que apresentam propriedades que possam atender

também o Dry Wave.

7. RESULTADOS OBTIDOS

Como relatado na metodologia, foram adquiridas mantas dos materiais PEHD nas

dimensões de 10000 mm x 2000 mm com espessura de 1mm, e mantas de Polipropileno (PP)

com dimensões de 1000mm x 2000m com espessura de 5 mm. Foi observado que a manta de

PEHD não pôde ser usada no protótipo devido a deformação sofrida no rolo. A manta de

Polipropileno de 5 mm de espessura, que também é fornecida em rolo foi testada. Porém antes

de chegar no limitador máximo de curso (equipamento de controle de percurso), o simulador

apresentou alta amperagem o que fez com que a segurança elétrica fosse acionada

desenergizando o sistema com a abertura do disjuntor principal. Nesse momento o

potenciômetro mostrou que o motor passou da carga máxima de trabalho que era de 10 CV,

Page 34: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

34

para a qual foi projetada, como ilustrado na Figura 20. A conclusão para tal falha, após a

investigação, foi o fato da manta de PP de 5 mm de espessura ser muito pesada, o que

comprometeu o funcionamento do sistema, como relatado anteriormente.

Figura 20 : Teste primário do ondulador do Dry Wave

Foi solicitada uma manta de Polipropileno mais leve, com espessura de 3 mm, a qual

tem demonstrado excelente desempenho há 2 anos, durante os testes com alto carregamento

mecânico e funcionamento cíclico do protótipo do Dry Wave, como ilustrado na Figura 21.

Controlador

do motor do

ondulador

Ondulador.

Page 35: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

35

Figura 21 : Estrutura metálica do Dry Wave

As Figuras 22, 23 e 24 ilustram o brinquedo montado com a manta de Polipropileno,

em repouso, após os testes de automação.

Figura 22 : Vista superior do ondulador e perfis quadrados de suportação das mantas

Figura 23 : Vista superior do ondulador e perfis quadrados de suportação das mantas

Page 36: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

36

Figura 24: Manta de PP instalada no Dry Wave

A Figura 25 ilustra o Dry Wave durante o teste final de eficiência e funcionamento do

protótipo.

Figura 25 : Equipamento finalizado

Com base nas propriedades mecânicas da manta que o Dry Wave exige para um bom

desempenho, tais como: resistência à abrasão, à tração, ao alongamento na ruptura foi

realizada uma pesquisa bibliográfica[10,11,37,44] para selecionar materiais poliméricos

comerciais que pudessem atender aos principais requisitos de projeto. Como resultado foram

selecionados Teflon® - PETF, Borracha de Estireno-Butadieno (SBR), Borracha Nitrílica

(NBR), Poliuretano (PU) e Terpolímero de etileno-propileno-dieno (EPDM).

Em posse das características físico-químicas obtidas através de fichas técnicas de cada

polímero selecionado e por isso optamos por estar com elastômero, na revisão bibliográfica,

foi feito um estudo comparativo entre as propriedades mecânicas apresentadas pelo

Polipropileno em relação aos polímeros selecionados como apresentados nas Tabelas 1 e 2.

Page 37: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

37

O Polipropileno durante um ano de testes cíclicos e com carga máxima de trabalho

mostrou-se eficiente e resistente aos carregamentos propostos, porém com restrição quanto a

espessuras superiores a 5 mm.

Baseado na Tabela 2 conclui-se que o PEHD possui propriedades demandadas no

projeto, portanto podendo também ser aplicado ao Dry Wave, com restrição de espessura de

1mm, que não pôde ser aplicada pois deformou no rolo como relatado nos parágrafos

anteriores. Além do custo da manta de PEHD ser mais elevado em média R$100 o metro em

relação ao custo da manta de PP, como verificado em anúncios no período de setembro de

2016. Segue o Quadro 03 com os valores:

Quadro 4 - Preço médio dos Polimeros

Fornecedores Preço

médio do

metro rol

PEHD

R$

Preço

médio do

preço do

rolo PP

R$

Preço

médio do

rolo de

SBR

R$

Preço

médio do

rolo de

NBR

R$

Preço

médio do

rolo de

PU

R$

Preço

médio do

rolo de

EPDM

R$

Preço

médio do

rolo de

Teflon

R$

Mondiana 420,00 380,00 200,00 300,00 275,00 1035,00 900,00

Industria JQ 450,00 390,00 200,00 275,00 300,00 1000,00 980,00

Dwga 435,00 400,00 - - - - -

O Teflon® (PTFE), apesar da alta resistência mecânica, que é uma característica

positiva que o material oferece ao Dry Wave, contudo o Teflon® possui um baixíssimo

coeficiente de fricção. O coeficiente de atrito do Teflon é na ordem de 0,13 N/mm2 [48], o que

poderia prejudicar o contato das rodinhas de skate e patins, fazendo com que as mesmas

“deslizem” ao invés de “rolar”.

O Poliuretano (PU) como observado na Tabela 2 possui características bastante

positivas ao Dry Wave, as quais inclui baixa densidade, alta resistência ao impacto e

baixíssima resistência ao alongamento na ruptura na ordem de 130 % [19], porém o coeficiente

de atrito é alto em relação ao do PP. O coeficiente de atrito da manta de PU é da ordem de 0,5

N/mm2 [19] enquanto o da manta de PP é 0,3 N/mm2 [18] o que poderia prejudicar o rolamento

das rodas de skate e patins.

Quanto às mantas elastoméricas NBR, SBR e EPDM, de acordo a tabela observamos

uma das característica comum entre as mantas elastoméricas selecionadas que é o altíssimo

Page 38: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

38

módulo de alongamento. Em alguns aspetos na aplicação desses materiais no Dry Wave, o

altíssimo módulo de alongamento pode ser ruim pois ocasionará problemas tais como: a

demora do retorna a posição inicial após a passagem do ondulador, conformação excessiva, e

fragilidade do posicionamento dos ilhoes que suportam os tesionadores, tendo em vista a

característica comum de baixa resistência ao rasgamento. apresentam características

compatíveis ao Dry Wave.

8. CONCLUSÕES

O estudo bibliográfico comprovou que a escolha empírica da manta de PP foi positiva

e que a mesma possui as características solicitadas pelo Dry Wave. Isso foi comprovado, tendo

em vista que após o período de dois anos, a manta de PP resistiu a todos os esforços nos

ensaios mecânicos da estrutura metálicas, testes de automação e durante o emprego do

simulador de ondas em meio sólido (Dry Wave) na atividade fim.

Dentre as mantas poliméricas comerciais estudadas as que apresentam as

características solicitadas ao Dry Wave são as de polipropileno e polietileno de alta densidade

de acordo com as dimensões especificadas.

As mantas elastoméricas selecionadas nesse trabalho devido ao elevado módulo de

elasticidade comparado ao PP, assim como o Teflon® e o poliuretano devido ao coeficiente

de atrito, não possuem características compatíveis ao Dry Wave, que no caso do Teflon® é

muito baixo e do poliuretano é muito alto.

9. PERSPECTIVAS PARA TRABALHOS FUTUROS

De acordo com o resultado obtido neste trabalho comparativo dos polímeros selecionados

para aplicação no Dry Wave, futuramente se espera realizar testes dinâmicos e de fadiga em

laboratório tais polímeros, estudar o comportamento dos mesmos simulando um laboratório

as diversas condições de uso e preparar uma formulação polimérica específica para aplicação

no Dry Wave

Page 39: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

39

10. REFERÊNCIA

1. Lincoln Neves, Luciana Suman. Patente Projeto de Pista ondulatória e mecanismos

para formação das ondulações na pista - Patente – BR n. PI 1020120298600A2, 23 nov.

2012, 19 setembro 2014

2. HOELTGEBAUM, Thiago. Pista ondulatória relatório parcial – Projeto Preliminar.

2013. Empresa Junior de Engenharia Mecânica I9. Ed 01, 2013

3. SIMON, Shi Koo Pan; MONTENEGRO, Ricardo. Panorama do Setor de Borrachas –

Elastômero, 2012. Disponível em:

<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/c

onhecimento/bnset/borrach2.pdf.>. Acesso em 20 jan. 2015, 16:45:30

4. UTRACKI, L.A. History Of Commercial Polymer Alloys And Blends. Polymer

Engineering and Science. Englad, n. 1., v. 35, p. 02, 1995

5. REIS, Sueli. Lanxess investirá € 80 milhões na fábrica de Triunfo (RS) - Unidade produzirá

borracha para pneu verde. Automotive Business, mar. 2013. Disponível em:

http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/16416/lanxess-investira--80-milhoes-na-

fabrica-de-triunfo-rs. Acesso em: 24 abr. 2014

6. SARTORI, André; BECKER, Juarez; GRISON, Élyo. Borrachas e seus aditivos,

componentes, influências e segredos. Porto Alegre, 2010.

7. NANYING NING, Qin Ma; YUNQIANG, Zhang; LIQUN, Zhang; HANGUANG, Wu;

MING, Tian. Enhanced Thermo Oxidative Aging Resistance of EPDM at High Temperature

by Using Synergistic Antioxidants. Polymer Degradation And Stability. Beijing, n. 19, v.

102, pp.1-8, 2014.

8. FIORIO, Rudinei. Sintese e Caracterização de Polimeros Termoplásticos Contendo

Poss Via Extrusão Reativa. Porto Alegre: UFRGS, 2011.

Page 40: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

40

9. VILAR, Walter. Gases Gerados na Queima da Espuma Flexível de Poliuretano, Vilar

Poliuretanos, mar. 2013. Disponível em: <http://www.poliuretanos.com.br/>. Acesso em: 14

jun. 2016

10. INSTITUIÇÃO SÃO FRANCISCO. A História do Plástico. Disponível em :

http://www.nossofuturoroubado.com.br/arquivos/julho_09/historia_plastico.html. Acesso

em: 05 de jun. 2016

11. PLASTIPRENE. Poliuretano. Disponível em: <http://www.plastiprene.com.br/o-

poliuretano/>. Acesso em: 04 mai. 2016.

12. DELPECH, Fernanda; DELPECH, Marcia. Poliuretanos como materiais de revestimento

de superficie, Polimeros Ciencia e Tecnologia. Rio de janeiro, jan / mar 1999.

13. DABDOUB. Miguel. Professor da FFCLRP alerta para os riscos da queima de

poliuretano. USP - Universidade de São Paulo. Disponível em:

<http://www5.usp.br/22161/professor-da-ffclrp-alerta-para-riscos-da-queima-de-

poliuretano/>, publicado em 01 de fevereiro de 2013. Acesso em: 07 May 2016.

14. HAYRTON. Os riscos da inalação de fumaça da combustão. Qualidadeonline's Blog.

Disponível em: <https://qualidadeonline.wordpress.com/2014/01/26/os-riscos-da-inalacao-

de-fumaca-da-combustao-de-polimeros>. Com acesso em: 07 de maio de 2016.

15. AGNELLI, Jose; GALLO, Jorge A. M. Aspectos do Comportamento de Polimeros em

Condicoes de Incendio - Polímeros: Ciência e Tecnologia - Jan/Mar. 1998.

16. MONTENEGRO, Ricardo Sá; ZAPORSKY, Janusz; RIBEIRO, Marcia Cristiane Martins.

Polipropileno. BNDS – Banco Nacional do Desenvolvimento, Jun 2010.

17. SILVA, Marcos Anacleto da; TAVARES, Maria I. B.; NASCIMENTO, Suelen A. M.;

RODRIGUES, Elton J. da R. Caracterização de Nanocompósitos de Poliuretano /

Page 41: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

41

Montmorilonita Organofílica por RMN de Baixo Campo - Polímeros, vol. 22, n. 5, p. 481-

485, 2012

18. INDUSTRIAS JQ. Dados Técnicos – Produtos: Polipropileno – Disponível em:

http://www.jq.com.ar/Imagenes/Productos/Polipropileno/PoliProp/dtecnicos.htm. Acesso

em: 27 de junho de 2016.

19. INDUSTRIAS JQ. Dados Técnicos – Produtos: Poliuretano – Disponível em:

http://www.jq.com.ar/Imagenes/Productos/Poliuretano/Poliurprop/dtecnicos.htm. Acesso

em: 27 de junho de 2016.

20. INDUSTRIAS JQ. Dados Técnicos – Produtos: Teflon® Virgem – Disponível em:

http://www.jq.com.ar/Imagenes/Productos/Teflon/Virgen/dtecnicos.htm. Acesso em: 27 de

junho de 2016.

21. OJEDA. Mariano. Polipropileno | Tecnología de los Plásticos – Dísponivel em:

http://tecnologiadelosplasticos.blogspot.com.br/2011/06/polipropileno.html. Acesso em: 27

de junho de 2016.

22. KANG. J. W. Kumho Product Especification SBR 1500 - Ulsan Sythetic Rubber Plant,

Kumho Petrochemical. Feb. 2012.

23. NATIONAL PETROCHEMICAL COMPANY (NPC). Material safety data sheet

(MSDS) - SBRStyrene Butadiene Rubber - Iran Petrochemical Commercial Company

(IPCC).

24. DOW BUNA®. SB 1502 Cold polymerized Emulsion Styrene Butadiene Rubber (E-

SBR). Disponível em:

http://www.matweb.com/search/datasheet_print.aspx?matguid=aa23255318504972a661b3a

3d9bd24fd. Acesso em: 27 de junho de 2016.

25. KALIUM, Chemical. Ficha de Informação de Segurança para Produto Químico (FISPQ)

SBR 1502.

Page 42: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

42

26. MONDIANA. Polypropylene (PP). Disponível em:

http://www.mondiana.com.br/en/products/pp/. Acesso em 04 de julho de 2016.

27. GHELLER. Jordão. SOUSA. Melissa Peron Sá Carneiro De. Óleos de processo -

Matéria Técnica - Borracha Atual – p 51.

28. CAETANO. Mario, Borracha de Estireno Butadieno (SBR) - Ciência e Tecnologia da

Borracha - Disponível em: http://ctborracha.com/?page_id=4319. Acesso em: 26 de junho

de 2016

29. CAETANO. Mario, Borracha de Acrilonitrilo Butadieno ou Borracha Nitrílica (NBR) -

Ciência e Tecnologia da Borracha - Disponível em: http://ctborracha.com/?page_id=4355.

Acesso em: 27 de junho de 2016

30. CAETANO. Mario, Borrachas de Etileno Propileno (EPM e EPDM) - Ciência e

Tecnologia da Borracha - Disponível em: http://ctborracha.com/?page_id=4355. Acesso

em: 27 de junho de 2016

31. DMR SEALS. Material Data Sheet – BBR Black - Disponível em:

http://www.dmrseals.co.uk. Acesso em: 01 de maio de 2016

32. MEYER. Adailze L., SOUZA. Gabriel P., OLIVEIRA. Suely M. de, TOMCZAK. Fábio,

WASILKOSKI. Cleuza, PINTO. Carlos Eduardo da S. Avaliação das Propriedades Termo-

Mecânicasde Borracha Nitrílica após Ensaio de Compatibilidade de acordo com ASTM D

3455. Polímeros: Ciência e Tecnologia, vol. 16, n° 3, p. 230-234, 2006.

33. PASSADOR, F. R. et al. - Influência do tipo de agente de partição da borracha nitrílica na

obtenção de blendas PVC/NBR. Polímeros: Ciência e Tecnologia, vol. 18, no 3, p. 193-200,

2008

34. KIYAN, Ludmila de Ysasa Pozzo. Aplicação da radiação gama para incorporação do

pó de borracha em formulações de borracha EPDM e nitrílica. São Paulo 2014.

Page 43: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

43

35. HAGE, Elias Jr. Aspectos Históricos sobre o Desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia

de Polímeros. Polímeros: Ciência e Tecnologia - Abr/Jun - 98

36. PITT1, Fernando Darci, BOING2, Denis, BARROS3, Antonio André Chivanga.

Desenvolvimento histórico, científico e tecnológico de polímeros sintéticos e de fontes

renováveis. Disponível em:

<https://www.unifebe.edu.br/revistadaunifebe/20112/artigo004.pdf.> Acesso em: 05/07/16

37. WIEBECK, Hélio; HARADA, Júlio. Plásticos-de-Engenharia Tecnologia e Aplicações.

Ed. Artlimber. São Paulo, 2005

38. MONDIANA. Especificação de Material - Polipropileno. Disponível em:

http://www.mondiana.com.br. Acesso em: 05/07/16

39. FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Poliuretano. Propriedades e aplicações do polímero

poliuretano – Alunos Online. Disponível em:

<http://alunosonline.uol.com.br/quimica/poliuretano.html >. Acesso em: 05/07/16

40. MONDIANA. HDPE. http://www.mondiana.com.br/en/products/hdpe/.Acesso em:

05/07/16

41. PUC - Rio - Propriedades gerais do polietileno e sua aplicação atual na fabricação de

tubulações. Propriedades gerais do polietileno e sua aplicação atual na fabricação de

tubulações. PUC - Rio - Certificação Digital Nº 0521456/CA

42. Elastec Artefatos de Borrracha. Borracha Estireno Butadieno Caracteristicas

Compostos Aplicações. Elastomeric butadieno.

43. COUTINHO, Fernanda M. B.; MELLO, Ivana L.; MARIA, Luiz C. de Santa. Polietileno:

principais tipos, propriedades e aplicações. Polímeros: Ciência e Tecnologia, vol. 13, no 1,

p. 1-13, 2003

Page 44: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

44

44. STRAPASSON, Reinaldo. Valorização do Polipropileno Através de Sua Mistura e

Reciclagem. Curitiba, 2004

45. PINTO, Ubirajara F., MONTEIRO, Elisabeth E. C. Efeito da Massa Molar e do Teor de

Poliuretano nas Propriedades Mecânicas de Misturas Poli (Metacrilato de Metila)

_Poliuretano. Polímeros: Ciência e Tecnologia, vol. 15, n° 3, p. 156-162, 2005

46. STRABELLI, Patrícia Giunchetti; SCIUTI, Vinicius Fiocco; MONTILHA, Fernanda

Silveira; CANTO, Leonardo Bresciani; CANTO, Rodrigo Bresciani . Influência de Variáveis

de Sinterização na Microestrutura de Peças de PTFE Moldadas por Prensagem Isostática.

Polímeros, v. 24, n. 5, p. 612-619, 2014

47. ALCANTARA, Adriana F. de, NUNES, Regina Célia R., VISCONTE, Leila L. Y.

Misturas BR/SBR: Propriedades Mecânicas em Função do Modo de Preparo. Polímeros:

Ciência e Tecnologia, v. 14, n. 4, p. 279-282, 2004

48. STRAIOTO1, Fabiana Gouveia , FILHO1, Antonio Pedro Ricomini , NETO 2, Alfredo

Júlio Fernandes , CURY1, Altair Antoninha Del Bel . Polytetrafluorethylene Added to

Acrylic Resins Mechanical Properties. Braz Dent J 21(1) 2010

49. STRABELLI, Patrícia Giunchetti, SCIUTI, Vinicius Fiocco, MONTILHA, Fernanda

Silveira CANTO, Leonardo Bresciani, CANTO, Rodrigo Bresciani . Influência de variáveis

de sinterização na microestrutura de peças de PTFE moldadas por prensagem isostática.

Polímeros , vol. 24, n. 5, p. 612-619, 2014

50. MONDIANA. Polipropileno- Mondiana. Disponível em:

http://www.mondiana.com.br/en/products/pp/. Acesso em: 05/07/16

Page 45: LUCIANA MARIA DA SILVA SUMAN JARDIM ESTUDO …...4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 4.1 História geral dos Materiais Poliméricos . A história da Ciência e Tecnologia de Polímeros teve início

45

51. MONDIANA. Polietileno de Alta Densidade – Características. Disponível em:

http://www.mondiana.com.br/en/products/HDPE/. Acesso em: 05/07/16

52. ANFACER. História da Cerâmica. Disponível em: http://www.anfacer.org.br/ Acesso

em: 05/07/16

53. INTERQUIMICA, Keltan 5470. Disponível em:

http://interquimica.com.br/produtos/ver/keltan-5470/. Acesso em: 05/07/16

54. LANXESS. High Performace Elastomers. Disponível em:

http://keltan.com/uploads/tx_lxsmatrix/General_Brochure_HPE_Final_20150622.pdf

Acesso em: 05/07/16