luanda urban poverty programme pobreza urbana e os objectivos do desenvolvimento do milénio a...
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Luanda Urban Poverty Programme
Pobreza Urbana e os Objectivos do Desenvolvimento do Pobreza Urbana e os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio Milénio
A experiência do LUPP
LUPPLuta Contra Pobreza Urbana
Programa implementado por 4 ONGs internacionais
Apoio:
Governo Britânico - através de Departamento de Desenvolvimento Internacional - DFID
LUPPLuta Contra Pobreza Urbana
Fase 1:
De Abril de 1999 a Março de 2003
Fase 2:
De Abril de 2003 a Dezembro de 2006
Onde?
em 4 dos 9 municípios de Luanda
Sambizanga
Cacuaco
Cazenga
Kilamba Kiaxi
Algumas actividades, por exemplo micro finanças, são implementados em toda a província de Luanda
Objectivo do LUPP
Contribuir para a redução de pobreza urbana em Luanda demonstrando soluções sustentáveis e inclusivas para os problemas prioritários dos musseques com vista a melhorar o nível de vida das comunidades
O LUPP aprendeu lições ao trabalhar com muitas comunidades pobres de Luanda, beneficiando mais que 400,000 pessoas.
Urbanização: Uma Mudança Histórica
População urbana por região, 2005
Países em
desenvolvimento71%
Países
desenvolvidos29%
Porcentagem do crescimento urbano por região,
2005-2020
Países em desenvolviment
o 93%
Países desenvolvidos
7%
A urbanização ocorrerá principalmente nos países em desenvolvimento (93%)
Os principais factores do crescimento urbano: 1 Aumento natural da população 2 Reclassificação das zonas rurais como urbanas 3 Migração rural-urbana
2007: a população urbana vai exceder a população rural no mundo .
POBREZA URBANA
• Crescimento rápido de Luanda, em grande parte devido a guerra (1975 -500,000, 2006 mais de 4 m)
• Mais de 70% de população vivem nos “musseques”
• Muitas pessoas sobrevivem de negócios no sector informal.
• É difícil assegurar meios de vida económicos
• Existe alto desemprego e subemprego
• Os salários no sector público são baixos
• Mais de 60% da população depende do sector informal para
empregos
Fotos
2010 – 350,00 Km² ( projecção )
2000 - 270,05 Km²
1998 - 253,27 Km²
1989 - 100,80 Km²
1980 - 19,42 Km²
Luanda Experimenta um Crescimento Urbano ExponencialLuanda Experimenta um Crescimento Urbano Exponencial
Crise dos Serviços BásicosPressão significativa sobre infra-estruturas sociais e físicas e colapso da provisão dos serviços básicos
Menos de 50% de casas têm latrinas
30% de pessoas em Luanda tem acesso a agua tratada (da torneira ou do chafariz) - 70% compra água de camiões, não tratada, e paga entre 15 ou 20 vezes mais para esta água – até 25% do rendimento familiar
Os residentes dos musseques sobrevivem com menos de 7 litros de água por dia (15 litros por dia = requisito mínimo de emergência)
Muitos pessoas morrem de diarreia & malaria, devido a um fraco saneamento
A epidemia de cólera que começou em Fevereiro de 2006 e que pode se agravar na época de chuva
Redução da Pobreza Urbana
Estratégia integrada do LUPP
• Contribuir na promoção de políticas e políticas e práticaspráticas pró - pobres, equitativas e inclusivas
• Testar e demonstrar soluçõessoluções para as necessidades prioritárias em termos de serviços básicos e meios da vida
• Contribuir no reforço de capacidade das capacidade das administrações locais e comunidadesadministrações locais e comunidades para promover o desenvolvimento local
• Contribuir na execução das estratégias do Governo para a descentralização e redução descentralização e redução da pobrezada pobreza através de partilha dos resultados e lições aprendidas pelo LUPP
Redução da Pobreza Urbana & MDG
• Através da estratégia integrada, o LUPP está a contribuir no alcance dos MDG. ex.: aplicação e avaliação dos indicadores da meta 11
• É Importante observar que a visão estimulada pelo LUPP mostra o potencial de contribuir na promoção de boa governação urbana que inclui os processos de planeamento participativo.
• Também partilhamos da constatação segundo a qual, para atingir os MDGs é essencial juntar todos os actores - governo, sector privado, provedores de serviços, sociedade civil e comunidades –JUNTOS podemos combater a pobreza e atingir os MDGs de maneira sustentável.
• Defendemos modelos de gestão comunitária; por exemplo de agua nos musseques, que mostram os papeis e responsabilidades entre a administração local do Estado, o provedor de Serviços e a comunidade organizada. Esta abordagem é uma resposta a uma prioridade chave do MDG que é o alcance da Meta 11
Trabalho em Parcerias
Trabalha em Parceria com:• Ministérios para sectores específicos ( MINARS para o ECD,
MINEA para a agua, MINUA para assuntos urbanos em geral)• Governo local ao nível provincial, municipal & comunal • Provedores de Serviços• Intervenientes chave por ex. BNA• ONGs e Redes Locais
Trabalha através de redes: para promover e fortalecer boas praticas, por ex. RASME & Grupo de Trabalho para a Descentralização
Outros Parceiro: UE, PNUD, BNA
Princípios do LUPP para Boas Práticas
• A parceria com os membros da comunidade e intervenientes principais, tais como provedores de serviços públicos é a chave para promover a participação e a sustentabilidade
• As soluções devem ser acessíveis para os pobres urbanos e ainda assim, sustentáveis financeiramente
• É importante focalizar no fortalecimento das capacidades das comunidades no sentido de melhorar a sua vida
• Assegurar que as comunidades e o governo assumam as iniciativas com papéis e responsabilidades claras e existam mecanismos de responsabilização estabelecidos.
• Mobilizar os membros da comunidade e intervenientes -chave para planificarem e desenvolverem da melhor maneira soluções sustentáveis
Princípios do LUPP para Boas Práticas
• Valorizar o conhecimento e as ideias existentes• O impacto das iniciativas deve ser avaliado ao nível
das famílias• Encontrar vias para assegurar que as vozes das
mulheres e das crianças sejam escutadas e que tomem parte activa nos processos de tomada de decisão
• Assegurar que as politicas de protecção da criança estejam disponíveis para os intervenientes e para os membros da comunidade
• Promover a igualdade, não descriminação e a inclusão
Serviços Básicos
Boas P
ratic
as d
o
LU
PP
Estratégia e Resultados do LUPPAgua• 73 chafarizes geridos pelas comunidades para mais de 74,000 pessoas
duplicaram o acesso individual de 7 a 15 litros por dia. • Maior envolvimento da administração local, da EPAL e dos consumidores
nos chafarizes de gestão comunitária para promover a sustentabilidade através da recuperação de custos para a manutenção
• Baixos indicadores de cólera nas zonas em que o LUPP esta a trabalhar.Saneamento• Subsídios para 3,500 latrinas familiares com contribuições da comunidade em
termos de mão de obra• Higiene publica através de 40 latrinas escolares ou em mercados para 30,000
pessoasResíduos Sólidos• Serviços municipais de remoção de resíduos em mercados e recolha a porta
para a recuperação de fundos• Parceria com a ELISAL para o modelo de estação de transferência. Creches• Parceria entre o MINARS, ONGs e as comunidades providenciaram 25
creches com gestão comunitária para 1,117 crianças com menos de 5 anos
Meios de Vida para os Pobres• Mulheres e crianças de famílias pobres dependem do mercado informal
para sustentarem as suas famílias.
• A estratégia de meios de vida do LUPP promove o desenvolvimento de competências negociais e acesso ao credito e poupanças para a
formação de micro empresas e criação de emprego.
Micro Credito e PoupançasMicro - Credito• Mais de 13,000 clientes, 63% dos
quais mulheres, recebem actualmente empréstimos através de 720 grupos solidários e 7 filiais trabalhando em bairros pobres de Luanda.
• A primeira instituição não bancária de micro finanças de Angola – KixiCredito - foi lançada para servir clientes pobres sem acesso aos bancos comerciais.
Poupanças• 119 Grupos de Poupanças foram
estabelecidos para promover a acumulação de capital próprio nas famílias.
Cooperativas de Consumo• Foram estabelecidas 7
cooperativas com aproximadamente 100 membros para comprar a grosso e mais barato
Impacto:• Condições de vida melhoradas
para cerca de 725 beneficiários (aumento do rendimento familiar, acesso a educação, poupanças, bens para casa)
• 26% de redução nos preços da alimentação se comparados ao sector informal
Desenvolvimento Empresarial
Serviços de Desenvolvimento de Negócios (BDS)
• 250 micro & pequenas empresas beneficiaram dos serviços
• 750 micro - empresários formados, 52 dos quais jovens.
RASME• Rede estabelecida com 31 membros,
de ONGs, sector privado e Governo para promover os interesses dos micro empresários.
• RASME e membros ligados a congéneres locais, Câmara de Comercio e Industria de Angola.
Construir a Sociedade Civil
Reforçar e aproveitar o potencial das comunidades
• Aumento das oportunidades para residentes urbanos trabalhar juntos através de organizações locais para resolver problemas comuns.
Construir redes de ONGs locais• O LUPP apoiou 50 ONGs locais para
reforçar a capacidade institucional e técnica• Promoveu e reforçou o estabelecimento de
redes de ONGs locais em 3 municípios em Luanda.
Organizações Comunitárias de Base • O LUPP facilitou a formação de mais de 100
grupos para gerir água e serviços • Mais que 500 grupos de meios de vida
formados • Base alargada de participação nos Fóruns e
espaços de consulta
ImpactosRedes de ONGs e Organizações de Base• Participação em espaços consultivos com as administrações
municipais e comunais que promovem diálogo e discussão • Capacidade demonstrada para desenvolver propostas e garantir
financiamento • Capacidade demonstrada para gerir projectos por exemplo
construção de chafarizes e latrinas• Participação dos residentes no planeamento local • Contribuição das crianças e jovens nos planos municipais para
protecção• Residentes ligados as administrações locais para resolver
problemas comuns por exemplo, escolas, água, electricidade• Residentes com mais capacidade para resolver os seus problemas
Governação
Governação• Apoio a estratégia de GoA para descentralização e
desenvolvimento municipal
• Contribuição no reforço de capacidade das administrações locais para trabalhar de forma participativa com os residentes e responder as necessidade de serviços básicos urbanos comunitários
• Contribuição para o melhor provimento dos serviços as comunidades urbanas pobres em parceria com provedores de serviço
Espaços de Engajamento e Diálogo
Fórum de Desenvolvimento de Kilamba Kiaxi• 28 encontros desde 1999• Criação do Fundo de Desenvolvimento Municipal liderado pela administração
municipal• Vários administradores das outras províncias em Angola visitaram o Fórum
para ver como funciona
Conselhos Consultivos Alargados Municipais e Comunais • Activação de Conselho Consultivo Alargado comunal no Hoji ya Henda - 6
encontros desde Outubro de 2004 – participação dos provedores de serviços, policia, e sociedade civil, incluindo mulheres e jovens
• Um encontro de Conselho Consultivo Municipal no Cazenga em Julho– As prioridades foram discutidas e resolvidas por exemplo, agua, segurança,
saneamento etc..• Exercícios de planeamento participativo no Sambizanga• Centros de Informação estabelecidos e jornais informativos produzidos e
distribuídos com regularidade. Ex. Ecos do Henda
Planeamento ParticipativoO LUPP apoiou a estabelecimento dos planos para o desenvolvimento municipal utilizando mecanismos consultivos de promover a participação da sociedade civil e dos comités de moradores nos fóruns e conselhos consultivos alargados em Kilamba Kiaxi, Cazenga e Sambizanga.
MDGLições aprendidas pelo LUPP
• As Lições do LUPP testadas e validadas são registradas como modelos de “Boa Práticas” para replicação.
• O LUPP promove a aprendizagem e o conhecimento aprendizagem e o conhecimento activactivoo sobre assuntos e políticas públicassobre assuntos e políticas públicas relativas a pobreza urbana por actores chave de Governo e da comunidade.
• O LUPP reforça a capacidade das autoridades locais e sociedade civil para assegurar o desenvolvimento assegurar o desenvolvimento local inclusivo e participativolocal inclusivo e participativo.
• O LUPP demonstrou espaços de consultaespaços de consulta entre as autoridades locais e a sociedade civil sobre assuntos urbanos.
MDG - ODMCarta Global de Avaliação
Carta Global de Avaliação Evolução do número de habitantes precários
em países seleccionados
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1990 1995 2005
Ano
%
Egipto
Tunísia
Africa do Sul
China
India
Costa de Marfil
Angola
Carta Global de Avaliação Os países são classificados em função aos resultados
obtidos na implementação da meta 11 dos ODM (alguns exemplos):
Na meta Estabilizado A risco Fora da meta
Alta Renda
Média Renda
Baixa Renda
Porto Rico
Uruguai
Brasil
México
Argentina
Botsuana
Líbano
Gabão
Oman
Venezuela
Cuba
Egipto
Sirilanka
Tailândia
Colômbia
Irão
Filipinas
Africa do Sul
Algéria
China
Equador
Bolívia
Guatemala
Geórgia Indonésia
R. de Moldova
Butão
Congo
Índia
Afeganistão
32 Países Africanos
ANGOLA
Carta de Avaliação Global Qual é a razão do sucesso dos países na meta?
Uma descoberta interessante… … Os países têm características similares:
4. Adoptaram politicas de equidade social num âmbito de desenvolvimento económico
1. Adoptaram um compromisso politico de longo prazo na reabilitação /prevenção de assentamentos precários
2. Implementaram reformas progressivas em benefício dos pobres (habitação, financiamento, solo urbano)
3. Investiram importantes recursos domésticos para acelerar a reabilitação urbana e prevenir a formação futura de musseques
Conclusões
Conclusões
No que diz respeito aos direitos humanos reconhecidos, não é aceitável que na mesma cidade alguns habitantes morram antes, passam mais fome, têm menos emprego e educação
A pobreza urbana pode representar uma ameaça a vida e ser tão intensa e desumanizante como a pobreza rural.
A formação dos assentamentos precários não é uma questão inevitável nem aceitável
Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio não são atingidos nos assentamentos precários mesmo em alguns países que estão na meta
O crescimento económico não gera automaticamente a redução dos assentamentos precários
Conclusões
• A ajuda para o desenvolvimento e os investimentos governamentais devem ser direccionados aos assentamentos precários
Os assentamentos precários não devem constituir-se no rosto mais comum das cidades do Século XXI
A batalha para atingir os ODM deverá ter lugar nos assentamentos precários. O Governo tem, hoje, condições para vencer esta batalha.
Conclusões
Só um governo local forte (engajando o sector privado e a sociedade cívil), pode assegurar que as necessidades, costumes, formas urbanas, prioridades sociais e condições ambientais da zona se reflictam nos planos locais para o desenvolvimento urbano.
ATENÇÃOATENÇÃO
As pessoas que hoje tomam as decisões importantes terão já morrido quando a terra estiver a sofrer plenamente as consequências destas decisões, mas a maioria das jovens gerações que hoje têm direito a voto, estará viva nesse tempo.
O desenvolvimento urbano, não pode ser baseado em modelos estandardizados, importados ou de geração própria. As possibilidades de desenvolvimento são diferentes em cada cidade e têm que ser avaliadas no contexto da sua própria região. O que funciona numa cidade, pode ser totalmente inadequado noutra.
Muito Obrigado pela AtençãoMuito Obrigado pela AtençãoMuito Obrigado pela AtençãoMuito Obrigado pela Atenção