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Londrina · outubro 2016 · ano XVI · n°197 Foto: Angelita Santini Niedziejko

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Vida em Ação N°197 Outubro | 2016

Expediente

2 Voz do Pastor

Missionários de todas as cores

(43) 3339 0252 [email protected]

DIRETOR: Pe. José Rafael S. Durán

JORNALISTA: Carolina Thomaz

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO Rosângela Vale, David Dequech Neto, Paulo Briguet, Rosana de Andrade, Katia Baggio, e Larissa Testa

TIRAGEM: 1.500 exemplares

DESIGN e DIAGRAMAÇÃO Somma Studio sommastudio.com

Padre José Rafael Solano Durán ∂ Pároco

3374 3440 3374 3499

A igreja é por natureza missionária. Ela vive na missão. O convite “Ide pelo mundo e pregai a Boa Nova”, feito pelo Nosso Senhor Jesus Cristo, é um convite para todo batizado. Somos chamados a fazer deste anúncio uma realidade vital! Outubro é um mês essencialmente missionário. Os cinco continentes formam uma bandeira colorida de línguas, culturas e tradições que fazem com que sintamos a força e a riqueza da missão. Nossa Paróquia de São Vicente de Paulo é na sua essência Missionária. Dom Geraldo Fernandes e a Madre Leônia vibravam pela missão. Hoje a presença das irmãs Claretianas é um vivo testamento do que nossa paróquia deve ser e fazer.

Desde o ano passado iniciamos as nossas missões populares que levam por espírito o intuito de uma igreja em saída. Quero propor para que cada um não apenas se sinta missionário, mas que aceite meu convite para “ser missão”. Saia de sua “toca”, da sua “zona de conforto” e venha em direção de tantos que precisam de nós.

Estamos precisando de casais e de pessoas que sejam catequistas do sacramento do Batismo, que façam visitas às famílias, que vá de encontro as crianças, com os pais e com os padrinhos. Precisamos levar a igreja até eles. Nossa paróquia precisa de missionários no Ministério da Palavra que anunciem

3Mundo católico

Em sua catequese de hoje (sábado, 22 de outubro) o Papa refletiu sobre o encontro de Cristo com a samaritana, narrado pelo evangelista São João, abordando o tema diálogo "tão pre-mente em nossos dias". De fato, Jesus mantém um “diálogo” intenso com a mulher, um dos aspectos importantes da misericórdia divina.

“O diálogo permite que as pessoas se conheçam e compreen-dam reciprocamente suas exigências. Trata-se de um sinal de respeito, porque coloca as pessoas em atitude de escuta e na condição de perceber os melhores aspectos do interlocutor”.

a Boa Nova na igreja irmã do Nova Esperança. Precisamos de pessoas que tenham a arte de se comunicar proclamando a Palavra do Senhor nas Eucaristias. Enfim tudo é missão.

Quero aproveitar para agradecer o trabalho da Pastoral da Saúde, que já nos enriqueceu com o Setembro Lilás - nos lembrando dos irmãos que padecem, como meu pai, do Mal de Alzhaimer. Neste mês peço a Deus por todas as mulheres que já passaram ou que estão passando por um câncer de mama. Outubro Rosa é mais do que uma época de conscientização, é um momento para nos tornarmos sensíveis com relação a este tema.

Peço também pelos médicos, que tiveram seu dia come-morado em 18 de outubro.

Tudo isto é motivo de louvor e de gratidão pois neste mês de outubro continuamos cientes de todas as maravilhas que o Senhor fez por nós. Não esqueça de marcar na sua agenda o segundo final de semana de dezembro e participe do mutirão e nos permita partilhar da sua presença no Nova Esperança. Será uma experiência de Natal para partilhar e não só para presentear.

Meu abraço e minha benção.

(Rádio Vaticano)

O diálogo: missão que abate muros

Em segundo lugar, explica Francisco, o diálogo é expressão da caridade, porque, sem ignorar as diferenças, leva à busca e à partilha do bem comum. Além disso, o diálogo convida-nos a colocar-nos diante do outro e a vê-lo como dom de Deus, que nos interpela e nos pede para ser reconhecido.

Muitas vezes, não encontramos os irmãos, embora vivamos ao seu lado, sobretudo quando fazemos prevalecer a nossa posição sobre a do outro. Não dialogamos quando não escuta-mos o suficiente ou temos a tendência de interromper o outro para demonstrar que temos razão.

O verdadeiro diálogo, pelo contrário, afirma o Papa, requer momentos de silêncio, nos quais se percebe o dom extraordi-nário da presença de Deus no irmão:

“Caros irmãos e irmãs, dialogar ajuda as pessoas a huma-nizar as relações e a superar as incompreensões. Há tanta necessidade de diálogo em nossas famílias e como se resolve-riam mais facilmente as questões se aprendêssemos a escutar reciprocamente”!

A mesma coisa, recordou o Pontífice, acontece na relação entre marido e mulher, entre pais e filhos. Quanta ajuda poder-se-ia obter também do diálogo entre professores e alunos ou entre dirigentes e operários, para descobrir as melhores exigências do trabalho.

“De diálogo vive também a Igreja com os homens e as mul-heres de todos os tempos, para compreender as necessidades do coração de cada pessoa e contribuir para a realização do bem comum. Pensemos ao grande dom da Criação e à respon-sabilidade que todos temos de preservar a nossa casa comum: o diálogo sobre um tema tão central assim torna-se uma exigência inevitável”.

Neste sentido, o Pontífice convidou os fiéis a dirigir seu pen-samento também ao diálogo entre as religiões, para descobrir a profunda verdade sobre sua missão no meio dos homens e contribuir para a construção da paz e de uma rede de respeito e fraternidade. E o Papa concluiu:

“Todas as formas de diálogo são expressão da grande exigência de amor de Deus, que vai ao encontro de todos e em cada um planta uma semente da sua bondade, para que possa colaborar com a sua obra criadora. O diálogo abate os muros das divisões e das incompreensões; cria pontes de comuni-cação e não permite que ninguém se isole, fechando-se no seu pequeno mundo”.

Jesus sabia muito bem o que acontecia no coração da samari-tana, frisou Francisco; no entanto, Ele não lhe negou o direito de se expressar e, aos poucos, penetrou no mistério da sua vida.

Por fim, o Santo Padre ressaltou que “este ensinamento vale também para nós, pois, por meio do diálogo, podemos fazer crescer os sinais da misericórdia de Deus, tornando-o instru-mento de acolhida e de respeito”.

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Vida em Ação N°197 Outubro | 2016Crianças missionárias4 Crianças missionárias

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“Ajudar o próximo. Eu acho desconfortável tratar as pessoas com diferença. Eu acho assim, a pessoa pode ser pobre, a pessoa pode não ter condições, mas nada tira o direito dela de ser uma pessoa normal e de ter o que ela tem direito” disse Milleny Vitoria Sá Gonçalves dos Santos, 12 anos, que está na quarta etapa da catequese. O despertar missionário das crianças são revelados em pequenos gestos concretos que realizam em suas comunidades, em gincanas como fez Bruna Giovaninetti, 10 anos que está na segunda etapa da catequese: “ na gincana que teve agora, arrecadamos produtos de limpeza e higiene. A gente doou para as famílias mais pobres. Eu achei que estava fazendo uma bondade para as pessoas. Fiquei aliviada por ter ajudado."

Ao verem as necessidades dos outros, começam a ver que aquilo que está em excesso em sua casa pode fazer a diferença para o próximo, como nos conta Eduardo de Souza Lima de Larissa Testa

simples que mostra o quanto cada uma delas se importam com seus familiares, colegas e com o mundo a sua volta. Muitas vezes, feito em silêncio após passar o dia e concluir os seus afazeres, cada um desses pequenos agradecem e pedem em uma simples oração. “Agradeço de tudo de bom que acontece no nosso dia a dia e peço perdão pelos nossos pecados” conta Bruno. As dificuldades que passam junto com a família também são lembradas nas orações, assim como conta Milleny “Eu procuro pedir para que Deus ajude nas contas e na condição financeira em casa para que não falte nada para meus irmãos principalmente. Peço ajuda para ir bem na escola. Agradeço tudo o que acontece até de ruim eu agradeço porque tudo o que acontece de ruim é para melhorar. Eu creio.”

O que crianças missionarias aprendem no dia a dia faz a diferença no espaço em que vivem. O olhar puro e sincero de uma criança sobre a vida, vemos como esquecemos das coisas simples e que uma pequena mudança no pensamento pode fazer uma grande mudança. Ao serem questionadas sobre como podem mudar o mundo em que vivemos, mostram uma maturi-dade em que muitas pessoas já adultas se esquecem. “Respeito em primeiro lugar para mim, mesmo se você não gosta da pes-soa. Acabar com o preconceito e ter mais igualdade. Pois todo mundo tem direito de ser feliz. E isso tem que começar pela gente. Não adianta a gente falar todo mundo tem que mudar se gente não fizer nada.” Para Eduardo, a mudança começa em nós mesmo com pequenas atitudes muitas vezes esquecidas “Ser justo, ser fiel, não ser mentiroso, não pegar as coisas de nin-guém sem permissão, e sempre batalhar para ter essas coisas.”

Ao deparar com gestos, atitudes e pensamentos tão puros e inocentes nos mostra que temos que ser mais como crianças assim como diz na sagrada escritura “Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus.

Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus. (Mt 18:3,4). A inocência e a pureza do olhar em questões tão simples no nosso dia a dia nos fazem perceber que há muito em nós que esquecemos. Por mais que pareçam pouco ou pequeno as atitudes dessas crianças mis-sionárias, uma coisa é certa, já estão fazendo toda a diferença. Como diz a Santa Madre Tereza de Calcutá “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.”

Estamos em um tempo da Graça de Deus, um tempo forte da presença atuante de Deus numa comunidade cristã. Nesse tempo das Santas Missões, modo concreto de evangelização, grandes e pequenas ações ecoam em toda comunidade sacudindo e despertando o impulso da ação missionária. Mas criança pode ser missionária? Sim, pode. As preciosas qualidades das crianças, nos convidam a valorizar a inocência e a pureza de cada um à sua maneira particular. Têm corações generosos e sabem ser agradecidas, têm uma sensibilidade especial em relação às outras crianças. Um coração que vê aonde estão as necessidades e tem desejo de agir. Têm um espírito generoso, que se manifesta em sua disponibilidade de compartilhar. Têm capacidade de renúncia, predisposição para superar preconceitos culturais, raciais ou religiosos.

Crianças Missionárias: uma pequena gota no imenso oceano da vida

10 anos de idade: “Já fiz doação e achei legal porque a gente tem bastante coisa e vai que tem outas pessoas precisando das coisas mais do que eu. Foi muito gracioso, é bem legal pois isso fez as outras pessoas felizes e isso é muito bom.”

Ao realizar essas ações, as crianças assimilam e aprendem que o importante é a ajuda que se dá ao próximo, doar sem pedir nada em troca aprendendo o verdadeiro sentido em ajudar. Bruna conta que aprendeu que “na verdade a gente não tinha que ganhar. Que a gente tinha que ajudar. Mesmo se a gente ganhasse ou perdesse estaríamos levando ajuda para os outros”. Cumprir esses pequenos deveres mostram que no caminho da generosidade há muitas pedras no caminho e que nem todos têm a mesma consciência que elas. Milenny Vitoria nos conta que ao participar de uma gincana na escola onde teriam que arrecadar alimentos, percebeu a diferença de pessoas ao passar de casa em casa. “Passei em várias casas e apartamentos e pedia a doação para escola e tinha gente que ignorava. A gente levou várias portadas na cara. Tinha gente que que não podia ajudar e ajudava e muitas em condição de ajudar não davam nada.” Mas isso não abateu seu objetivo e assim continuaram a caminhada “Mesmo que alguém tenha achado ruim da gente sair pedindo, isso passa uma impressão muito boa para outras pessoas. A gente não pode mudar o mundo, mas a gente faz o que a gente pode”, disse Milleny.

Ser missionário e fazer parte de ações como estas, mostram que as crianças vivenciam uma mudança em suas vidas. A maneira de pensar, as atitudes com os colegas e até mesmo dentro de casa começam a surgir e a fazer parte permanente em suas vidas.

Os primeiros passos para esse despertar são dados na cate-quese, onde aprendem a exercer e praticar o bem. Maria Clara

Milhan Biazi Xavier tem 11 anos e está na segunda etapa da catequese

disse que “depois de começar a fazer catequese comecei

a ver as coisas de outro jeito, porque antes eu brigava bastante na escola. Na catequese apendi que brigar não é uma coisa que Deus gosta.” A aprendizagem que

recebem nas aulas de catequese ecoam

em suas vidas. Milleny disse que aprendeu a

devoção com santos a ter o discernimento sobre sua

fé e relata: “Eu creio muito. Eu já escutei muita gente falando

e colocando caraminhola na minha cabeça. Sempre fui bem confiante. Procuro

sempre saber mais, porque eu tenho vontade de sentir essa fé que todo mundo sente. Essa fé que todo mundo fala.”

Para Bruna os ensinamentos na catequese devem ser respeitados e passados adiante “ Devemos praticar a amizade, humildade, a bondade. Nunca devemos desprezar ninguém, temos que tratar todo mundo igual. “

A religião tem uma importância muito grande na formação desses pequenos missionários. Mesmo que suas ações não sejam grandiosas, um pequeno gesto ou atitude melhoram o dia a dia e a convivência. Eduardo diz que a religião “ É uma coisa que também nos ajuda no nosso dia a dia. Deus nos ajuda a viver de bem com as outras pessoas e ser sempre feliz e de bem com a vida.”

Um passo importante para realizar essas ações é estar em sintonia com ensinamentos de Deus. A oração é um gesto

Fotos: Rosana Andrade

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Vida em Ação N°197 Outubro | 20166 Nossa Senhora Aparecida 7Nossa Senhora Aparecida

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Antonio, o MarianoTodo mundo conhece alguém que tem uma história para contar sobre a devoção à Nossa Senhora Aparecida. Histórias com enredos diferentes, mas sempre com uma inabalável certeza: a Mãe amada e reverenciada pelos brasileiros não desampara seus filhos quando eles pedem a sua intercessão. Ela acolhe, consola e os aproxima de Deus Pai.

Essa relação de confiança e intimidade com ela nem sempre é tão explícita. A história a seguir, entretanto, é daquelas que tocam fundo quem lê ou escuta. Seja por ossos do ofício — o dom da palavra — pelo temperamento forte e intenso ou pela experiência de quase morte, o jornalista Antonio Mariano Junior faz da sua devoção uma constante declaração de amor à Nossa Senhora Aparecida. Tão forte, simples e verdadeira que veio parar aqui. Para você, que ainda não o conhece, se emocionar também.

“A minha ligação com Nossa Senhora Aparecida veio de família. Reza a lenda que quando eu nasci todo mundo estava esperando uma menina, para colocar Maria, talvez Maria Aparecida. Recebi o nome do meu pai: Antonio Mariano de Souza. Junior no final. No hospital tinha uma imagem bem

Deus, que eu preciso encontrar ainda (não me lembro o nome), me disse: ‘O senhor está muito bem acompanhado’. E depois, falou: ‘Sabe o que eu acho bonito? Que o Brasil teve escravidão e escolheu uma santa negra para ser madrinha do País. ’ Me tocou muito, porque me falou dessa figura materna que todas as nossas senhoras são, que acolhem como uma mãe.

Nas conversas que tenho com Nossa Senhora Aparecida, chamo ela de pretinha, de Cidinha, de minha mãe, de minha senhora, de rainha. Eu falo em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo e de Nossa Senhora, amém. Nunca saio de casa sem rezar para todos. Quando falei que eu tinha muito mais intimidade com ela, é que eu não era muito crente em Deus, tinham algumas coisas que eram muito difíceis para eu acreditar mesmo sendo católico. Até que me aconteceu essa história toda de saúde.

No começo de 2013 eu comecei a ter um problema na perna esquerda, ela começou a ficar adormecida e gelada, eu ia na farmácia me davam um remédio para músculo, e tal, até que um dia encontrei o Gilberto Martins, hoje secretário de Saúde, e ele falou: dá uma olhada nisso que pode ser circulação. Fiquei ainda dois meses com muita dor, até que um dia fui numa médica, Monica Filgueiras, maravilhosa, que me internou no mesmo dia.

Era 13 de fevereiro. Sessenta dias depois, precisei amputar a perna, do joelho para baixo. A gente começa a pensar em Deus em duas oportunidades: quando você está encantado demais ou quando você está muito desolado, com uma doença muito grave, como foi o meu caso. Em junho de 2014 a minha perna direita começou a inchar. Eu estava com uma trombose, cujos os trombos subiram. E aí eu fiquei entre a morte e a vida. Me falaram que iam fazer uma cirurgia em mim, que iam abrir meu corpo, que eu tinha 2% de chance de vida, que iam tirar todos os meus órgãos para fora para remover um trombo. Me desesperei. Eu estava na UTI do HU e lá não queriam deixar entrar a minha Nossa Senhora Aparecida. Falei: vai entrar sim! Coloquei ela em cima dos monitores. Tive a minha primeira parada cardiorrespiratória (foram duas). Acordei, me reanimaram. Aí desci a Cida uns dois degraus (risos). E a segurava nas mãos, nos braços. A conversa que eu tive lá, com ela, é só nossa, minha e dela.

Passei para a UTI da Santa Casa e lá tinha a imagem de Schoenstatt e da minha Nossa Senhora. Me puseram no isolamento da UTI, lá no bico do corvo mesmo, sem janelinha, sem nada. E lá, sozinho, onde a gente não pode receber visita, eu tive a absoluta certeza que eu e Nossa Senhora Aparecida temos um canal maravilhoso. Não sei se ouvi, não sei se pressenti, mas o recado foi: converse com Deus. Eu pedia tanto para ela e aí ela me disse: converse diretamente com Ele. E foi lá que eu fiz as pazes com Deus. E eu conversei, uma conversa interminável. Eu disse a ele: Não quero morrer agora; tenho coisas a fazer. E comecei a receber alguns sinais de que não era a minha hora, a intuir, não sei o nome que se dá para isso.

E sarei. Um monte de gente se uniu, um monte de gente rezou por mim. E eu tive certeza de que nunca vou ser desamparado por ela. Hoje eu acordo, rezo a Deus com toda devoção do mundo.

Tinha um distinto médico que me falava que eu ia morrer. Que eu só tinha 2% de chance de vida. Eu falei para ele: não me apareça mais aqui. Porque 2% e meia hora a mais de vida dá na mesma. Não quero que me operem, eu decido a minha vida. Juro por Deus, algo muito poderoso dentro de mim me dizia: não opere, você não vai morrer. Eu tinha essa leveza dentro de mim. E eu segui a voz de Deus, tenho certeza de que era. Eu pedia sinais para Nossa Senhora, pedia que me orientasse, porque cada um queria decidir a minha vida lá. Fiquei 10 dias na UTI. A mulher entrava para limpar, eu já pegava a santa com medo de levarem embora...

Um belo dia, o médico Igor Schincariol Perozin (aqui na Terra foi ele quem me salvou, que lutou por mim) chegou, olhou os resultados (todos os dias tiravam baldes de sangue de mim) e me falou: ‘Vamos embora para casa; você tem um trombo, está cristalizado numa veia, a possibilidade de ter uma embolia pulmonar diminuiu drasticamente, não há motivos para ficar na UTI. ’ Chorei. E agradeci. Saí de lá com a certeza de que Deus é mais, mas Nossa Senhora Aparecida não fica muito atrás não (risos).

Então, é isso: a devoção por Nossa Senhora Aparecida foi uma sucessão de fatos que vieram da minha infância até chegar ao ponto de hoje eu ser um homem que tem orgulho e honra de dizer: sou filho de Nossa Senhora Aparecida, fui salvo por ela. Estou vivo graças ao auxílio financeiro e espiritual de várias pessoas. Mas sei para quem eu pedi, com quem eu conversei com fé... Sou Antônio, o Mariano, filho de Aparecida. Esse é o meu testemunho. O resto não consigo explicar. ”

grande de Nossa Senhora Aparecida; meu pai me consagrou a ela, e eu conto essa história com muita emoção. Ele me consagrou dizendo que entregava o primogênito dele nas mãos de Nossa Senhora Aparecida. Fui crescendo, sou católico por devoção e por princípios, nasci em teto católico, e na minha casa sempre teve imagem de Nossa Senhora. Minha mãe conversava muito com ela, rezava, falava, brincava: “Minha Nossa Senhora, me ajude a descobrir quem foi que comeu o doce de leite. Eram conversas assim. Logo alguém se manifestava: ‘Fui eu! ’

Então essa conversa, esse diálogo, essa intimidade, eu comecei a ter. Quando a gente rezava meu pai sempre falava em Nossa Senhora, era muito devoto e eu passei não só a praticar o que meus pais faziam, como também a acreditar naquilo. Todas as Nossas Senhoras são lindas. Mas eu acho a Aparecida a mais linda de todas, porque além de tudo ela é negra e brasileira. É a única imagem que eu consigo olhar e elevar meu pensamento diretamente a Deus. As minhas conversas com ela são por horas, dias. Chamo de Cida, Cidinha, às vezes peço desculpas por isso. Então eu sou um pouco a minha mãe. Sou cercado de imagens de Nossa Senhora na minha casa e no meu trabalho.

Nossa Senhora Aparecida, para mim, significa tudo que eu possa entender sobre amor. Durante muito tempo eu tive mais intimidade com ela do que com Deus. Eu rezava para Deus, para Jesus, mas eu falava mais com ela. Se você me perguntar porque, eu diria, eis o mistério da fé. Não tenho mais mãe aqui na Terra e quando estou muito carente é no ombro dela que me encosto. Freud explica, mas a religião explica mais.

Quando eu estava internado, uma freira do Colégio Mãe de Rosângela Aparecida Vale

A história, a fé e a esperança de um filho de Nossa Senhora Aparecida

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Vida em Ação N°197 Outubro | 2016 Reflexão

Sempre me chamou a atenção, na oração do Credo, em que professamos a nossa fé, o salto de tempo que se verifica entre as menções ao nascimento de Jesus e à flagelação nas mãos dos algozes romanos: “Nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos”. Toda vida oculta e vida pública de Jesus, antes da Paixão, está nessa silenciosa vírgula. Aí mora inclusive a infância de

de Jesus”, o pontífice alemão iluminou diversos aspectos sobre a vida oculta do Menino Jesus ao lado de Maria e José. Depois de presentear a civilização cristã com os dois alentados volumes sobre a figura e a mensagem de Jesus de Nazaré, Bento XVI encontrou tempo para dar forma à sucinta obra-prima que veio a lume um ano antes de sua renúncia ao Trono de Pedro.

Cristo, sobre a qual tudo que sabemos vem dos trechos iniciais dos Evangelhos de São Mateus e São Lucas, além do que nos reporta a tradição milenar da Igreja. É grande o desafio falar sobre os primeiros anos do Deus-Homem; missão aceita por aquele que é um dos maiores teólogos do nosso tempo, o papa emérito Bento XVI. Ao publicar, em 2012, o pequeno e maravilhoso livro “A Infância

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“Em meu princípio está meu fim”, escreve T. S. Eliot, no início do

majestoso poema “East Coker”. Bento XVI segue o caminho indicado

pelo poeta e vasculha as origens de Cristo exatamente para

encontrar a essência da salvação. “De onde é Jesus?”, pergunta o

autor. Se conseguirmos responder à questão sobre a procedência do Cristo, vislumbraremos a universalidade da Sua missão. “A história inteira aponta para Jesus”, escreve Joseph Ratzinger. Em consequência, as perguntas sobre “quem é Jesus e de

onde Ele vem estão inseparavelmente

unidas”.No início do ministério

de Jesus, relatado no Evangelho de São João,

um dos discípulos chamados a conhecer o Messias revela

ceticismo ao saber da procedência civil de Jesus. “De Nazaré pode vir algo de bom?”, pergunta Natanael (Bartolomeu), conhecedor das Escrituras, e portanto ciente de que o Messias haveria de nascer em Belém (Jo 1, 45). Ao encontrar Natanael, Jesus lhe faz um caloroso elogio e diz algo que comove profundamente aquele homem: “Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira”. Nesse momento, Natanael sofre um abalo profundo; algo lhe moveu o coração e a alma. “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” Há uma interpretação segundo a qual Natanael fora escondido por sua mãe ainda bebê, debaixo das folhas de uma figueira, durante o massacre dos inocentes ordenado por Herodes. Esse fato uniria, portanto, a primeira infância do Mestre e do discípulo. “Em meu princípio está meu fim.”

Ao analisar a genealogia de Jesus presente no Evangelho de São Mateus, Bento XVI nota que toda a sucessão de gerações vem a concluir-se numa simples jovem de Nazaré. Só Deus é Pai em pleno sentido; mas mesmo Ele precisou de uma Mãe. Jesus, portanto, vem da Virgem Maria, o único ser humano concebido sem a mácula do pecado original. “Na Virgem humilde de Nazaré, acontece um novo início: recomeça de modo novo o ser humano”, diz Ratzinger.

Sempre me ponho a pensar naqueles primeiros anos de Jesus. No dia em que Ele aprendeu a andar. No dia em que Ele disse as primeiras palavras. Nas Suas brincadeiras com outras crianças de Nazaré. Na oficina de José, em que Ele certamente deve ter aprendido o nobre ofício da carpintaria. José, que não diz uma palavra nos Evangelhos, cumpriu seu papel do homem justo retratado nos Salmos. Maria educou Aquele por meio da qual fomos todos criados, tornando-se, assim, a Professora maior da humanidade. Imagine-se a força da súplica daquele que pediu ao Filho o seu primeiro milagre, realizado antes mesmo que fosse chegada a sua hora. Se em Caná aquela água foi transformada em vinho, o que Ela não poderá pedir por nós, filhos menores?

Uma das formas de adentrar os primeiros anos de Jesus é meditar sobre os mistérios gozosos do Rosário, que rezamos às segundas-feiras e sábados. São as passagens que nos mostram a Alegria proporcionada por Cristo na infância: a Anunciação, a Visitação, o Nascimento de Jesus, a Apresentação no Templo e a Perda e Reencontro de Jesus.

Note-se que os mistérios gozosos não são alegrias vulgares; estão combinados com o sal das angústias e dos milagres. Em cada mistério da alegria, há também uma nota de dor, de luz e de glória. Todos as contas do Rosário são etapas do caminho que leva à Cruz e a Ressurreição.

No princípio, era o meninoUma breve reflexão sobre a infância de Jesus, que nasceu da Virgem Maria para reestruturar o universo através do perdão

O fato de que o próprio Deus existiu na forma de uma criança mostra que é da pequenez que nascerá a salvação; o Menino Jesus é o sinal de que todo o universo será reestruturado por meio do perdão. Nas palavras de Bento XVI: “Não é a estrela que determina o destino do Menino, mas o Menino que guia a estrela. (...) O homem assumido por Deus é maior do que todos os poderes do mundo material e vale mais que o universo inteiro”. E ainda: “O que é grande nasce daquilo que parece, segundo os critérios do mundo, pequeno e insignificante, enquanto aquilo que é grande aos olhos do mundo se desintegra e desaparece”.

Encerro estas breves reflexões com uma linda passagem do livro “Proezas do Menino Jesus”, do escritor pernambucano Luís Jardim. A obra publicada em 1968 — e que está a merecer uma reedição — imagina os primeiros anos de Jesus como um prelúdio da Paixão e Ressurreição. Em sonho, o Verbo-Menino ouve:

“Ensaias agora, menino, teus passos da vida depois. Mas antes da vida que tens já eras a Vida, sem hora, sem tempo, sem idade — a Vida que tens e que dás, a Vida da Eternidade. Nem chuvas nem ventos te apagam, menino, teus rastros na terra. Para sempre as sandálias em que pisas, com elas pisando o pó macio do chão, que pisastes antes ainda de a terra pisares, são sinais para o tempo marcar até que chegue o tempo de o tempo acabar. E um dia as estrelas e todos os vasos de luz — o Sol e a Lua, e Marte e Mercúrio, e Saturno e Plutão — e todos os outros que os números não contam e a vista não vê e a mão não toca de tão longe que estão; um dia todos juntos deixarão de luzir, vaga-lumes sem luz que são eles diante da Luz que há de surgir, quando surgires, Jesus”.

No Princípio, era Ele.

Paulo Briguet

Sagrada Família, por Raphael Sanzio (1506)

8 Reflexão

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Vida em Ação N°197 Outubro | 201610 Outubro rosa 11Outubro rosa

Katia Baggio

rotina. “De modo geral, a mulher tem múltiplas funções, como mãe, esposa, dona de casa e trabalha fora, enfim, são tantos compromissos que ela acaba cuidando de todos, menos dela e isso tem que mudar”, alerta.

UNIDADE DA MAMAA partir de uma parceira da Secretaria da Saúde do Paraná com o Cismepar, Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema, há um ano foi implantada a Unidade da Mama, aqui em Londrina. O Cismepar atende 21 municípios. O setor foi ativado com a missão de agendar, realizar exames e fechar o chamado diagnóstico precoce em 14 dias. E, em caso de confir-mação da doença e indicação de cirurgia, a mulher tem que estar com o risco cirúrgico pronto em até 21 dias. Segundo a diretora de Programação e Regulação do Consórcio, Silvia Karla Andrade, o método é pioneiro no Brasil. “Nós conseguimos reduzir de 10 meses, em média, todo esse processo, para menos de um mês”.

MAMÓGRAFO DE ALTA TECNOLOGIAO principal equipamento da unidade é um mamógrafo de alta tecnologia. O Paraná tem mais dois aparelhos, um instalado em Maringá. O terceiro está em fase de implantação em Cascavel.

Silvia conta que o rastreamento de possíveis casos de câncer de mama começa com os exames de rotina feitos nos postinhos. Quando a mamografia revela uma suspeita da doença, a mulher já é encaminhada para a Unidade da Mama. A consulta com um mastologista tem que ser agendada em até sete dias depois que o nome dela chega à Unidade.

No mesmo dia da consulta de mastologia, ela faz uma nova mamografia no super equipamento. Se o laudo não for conclusivo, ela faz um ultrassom. Se este exame ainda não der uma resposta definitiva, a paciente vai para o exame de punção. Persistindo a dúvida, ela é encaminhada para uma biópsia. Tudo no mesmo dia. “E, o retorno também tem que ser agendado para, no máximo, uma semana”, explica a diretora. Assim, em 14 dias a paciente tem o laudo nas mãos.

DIAGNÓSTICO POSITIVO – AÇÕES TAMBÉM RÁPIDASSe os exames levarem a uma confirmação da doença, a mulher será encaminhada para tratamento, ou se o caso for de cirur-gia, já começa a fazer os exames pré-operatórios. A diretora destaca que, por lei, uma mulher diagnosticada com câncer de mama precisa começar o tratamento/cirurgia em até 60 dias a partir do diagnóstico positivo. A Unidade da Mama abrevia o diagnóstico e isso faz toda a diferença. Nessa etapa, a paciente passa a receber também acompanhamento psicológico.

Silvia explica que ainda não há uma estatística de quantas mulheres tiveram a vida preservada nesse curto período de funcionamento da Unidade, porque algumas ainda estão em tratamento. Mas, comemora o fato de saber que o atendimento é cumprido conforme os objetivos do espaço. “É importante refor-çar que 21 dias podem significar o resto da vida de uma mulher”.

Até o momento, em Londrina, 61 mulheres perderam a vida para o câncer de mama e para o câncer de colo de útero. Até 2016 acabar, esse número deve subir. No ano passado, foram 74 vítimas fatais dos dois tipos da doença em nossa cidade.

É desagradável começar um texto com informações nega-tivas. Pior é saber que essas mulheres não eram estatística. Eram mães, filhas, irmãs, amigas... Estavam inseridas em um universo e eram importantes para muitas pessoas.

O câncer é uma das doenças que mais matam no mundo. Algumas formas são extremamente agressivas, sequer dão chance para que o paciente e aqueles que o amam tenham tempo de se preparar para a separação inevitável.

A boa notícia é que outras formas são tratáveis, com chances razoáveis de cura.

A notícia melhor vem agora: o câncer de colo de útero e o câncer de mama são tratáveis, com altas chances de cura. Sim, altas chances, chegam a 100%. Então, por que essas duas formas de câncer são as que mais ceifam vidas femininas? Bem, muitas vezes porque faltou o diagnóstico precoce.

SINÔNIMO DE ESPERANÇAO Jornal Vida em Ação acompanhou a campanha Outubro Rosa em Londrina. O mês, como a gente sabe, concentra ações de conscientização sobre a importância dos exames de rotina e de testes simples e rápidos em casa, entre eles o chamado autoex-ame, que podem dar o alerta sobre alguma possível alteração.

A mulher que não ignora as mudanças em seu corpo procura um médico. Essa iniciativa pode ser a diferença entre a vida e a separação inevitável... antes da hora.

Uma das ações do Outubro Rosa aconteceu na Câmara Municipal de Londrina. O secretário municipal de Saúde, Gilberto Martin, informou que Londrina não foge à estatística, o câncer de mama e o de colo de útero são os que mais levam vidas entre as moradoras de nossa cidade. Ele também lembrou que a rede pública municipal de saúde faz os exames de rotina através das Unidades Básicas de Saúde, os postinhos, como a gente con-hece.

A coordenadora de Saúde da Mulher, da secretaria municipal de Saúde, Priscila Alexandra Colmiram, informou que a meta para 2016 é fazer 15.655 exames preventivos. Até setembro foram realizados 13.752 exames. A quantidade é estabelecida conforme a população feminina que está na faixa etária de risco para a doença, no caso, mulheres entre 40 e 70 anos de idade. “Isso significa que há mulheres que ainda não procuraram o serviço público para fazer o preventivo e hoje podemos afirmar que é inadmissível que uma mulher morra em decorrência de dois males com até 100% de cura”, reforça a coordenadora.

CUIDA DE TODOS, MENOS DE SIPor outro lado, a profissional acrescenta que em muitos casos, não é por negligência que as mulheres não fazem os exames de

E, se este texto começou com uma informação negativa, termina com um depoimento real e muito otimista, de uma usuária da Unidade. Ela preferiu não se identificar, o que não diminui a importância da experiência que viveu.

DE VOLTA À VIDAA.B.R. conta que percebeu uma secreção e resolveu ir ao posto de Saúde. “Lá fui examinada, fiz mamografia e fui encaminhada para a mastologia, no Cismepar. Na Unidade da Mama, fiz uma consulta com a médica mastologista. Meu caso continuou suspeito e fiz uma biópsia. Deu negativo, mas pelo meu sintoma inicial, faço acompanhamento de seis em seis meses. Cada vez que vou ao Cismepar faço uma mamografia e fico mais segura. A secreção parou, mas fui orientada a procurar a Unidade a qualquer sintoma, mesmo antes dos seis meses. Agradeço a toda equipe da Unidade da Mama. E, para as mulheres, digo que se sentirem qualquer coisa diferente, não esperem, não dá pra adiar. Seja o que for, no começo tem mais chance de cura, os médicos têm mais recursos para nos ajudar. Mais tarde fica mais difícil. Pensem bem”.

A Unidade está há um ano salvando vidas, como diz a frase escolhida para comemorar o início das atividades. A seguir, alguns números mostram como foi o atendimento nesse período:

Atendimentos2.670 mulheres atendidas470 casos suspeitos112 diagnósticos confirmados para câncer de mama Procedimentos realizados1953 mamografias 1099 ultrassons de mama89 exames via punção330 biópsias

Encaminhamentos130 pacientes com alta ou acompanham via Unidade Básica de Saúde186 pacientes em acompanhamento154 pacientes encaminhados ao Hospital do Câncer de Londrina

Unidade da Mama . Cismepar

Equipe da Secretaria da Saúde vestida de rosa na Câmara Municipal

Priscila: "mesmo com muitas funções, a mulher também precisa se cuidar"

Mamógrafo de alta tecnologia na Unidade da Mama/Cismepar

Silvia: "o diagnóstico precoce pode ser a diferença entre a vida e a morte para a mulher"

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Vida em Ação N°197

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R$ 4.092,00R$ 26.373,00R$ 14.000,00

R$ 2.740,00R$ 1.865,00

R$16.925,00R$ 805,00

R$ 2.995,98R$ 65.703,98

R$ 65.703,98 -R$ 25.139,98

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