lona 743 - 13/09/2012

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[email protected] @jornallona Ano XIII - Número 743 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, quinta-feira, 13 de setembro de 2012 O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil lona.redeteia.com Obra de Monteiro Lobato está em discussão no STF Ratinho Jr. ganha destaque e assusta concorrentes pág. 3 A internet como mobilizadora social pág. 2 A voz de Monteiro Lobato pág. 4 OPINIÃO EDITORIAL Ingredientes e calorias podem fazer parte de cardápio O Supremo Tribunal Federal ainda não chegou a uma conclusão sobre as acusações ao livro “Caçadas de Pedrinho”. Citações sobre a persona- gem Tia Anastácia foram consideradas racistas por pesquisadores. Projetos de leis em trâmite na Câmara Municipal de Curitiba e na As- sembleia Legislativa do Paraná preveem fornecimento de informações nutricionais nos cardápios de bares, restaurantes e lanchonetes Diego Henrique da Silva

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Page 1: LONA 743 - 13/09/2012

Curitiba, quinta-feira, 13 de setembro de 2012

[email protected] @jornallona

Ano XIII - Número 743Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade PositivoCuritiba, quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

lona.redeteia.com

Obra de Monteiro Lobato está em discussão no STF

Ratinho Jr.

ganha destaque

e assusta

concorrentes

pág. 3

A internet como

mobilizadora

social

pág. 2

A voz deMonteiro Lobato

pág. 4

OPINIÃO

EDITORIAL

Ingredientes e calorias podem fazer parte de cardápio

O Supremo Tribunal Federal ainda não chegou a uma conclusão sobre as acusações ao livro “Caçadas de Pedrinho”. Citações sobre a persona-gem Tia Anastácia foram consideradas racistas por pesquisadores.

Projetos de leis em trâmite na Câmara Municipal de Curitiba e na As-sembleia Legislativa do Paraná preveem fornecimento de informações nutricionais nos cardápios de bares, restaurantes e lanchonetes

Diego Henrique da Silva

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Curitiba, quinta-feira, 13 de setembro de 20122

ExpedienteReitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenadora do Curso de Jorna-lismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orien-tadores: Emerson Castro e Marcelo Lima | Editores-chefes: Gustavo Panacioni, Vitória Peluso e Renata Silva Pinto| Editorial: Ana Carolina Toledo

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

OpiniãoEditorial

Pesquisas revelaram que o número de pessoas que prati-cam ou já praticaram trabalhos voluntários tem crescido, não só no Brasil, mas no mundo: um em cada quatro brasileiros já se envolveu com ações voluntárias; mais de 60 milhões de americanos dedicam parte do seu tempo a alguma causa; a União Europeia tem diversos programas de incentivo ao voluntariado.

Desde empresas responsáveis, até iniciativas independentes, cada vez mais, organizações que visam ajudar o planeta, tanto no que diz respeito a causas ambien-tais quanto sociais, têm surgido.

O problema é que ainda existe um abismo entre quem precisa de ajuda e quem quer ajudar. Uma ferramenta am-plamente utilizada na busca por verdadeiras revoluções é a internet, onde podemos encontrar, através de sites ou re-des sociais, muitas formas de ajudar pessoas de diferentes idades e gêneros, animais de diversas espécies, ou o próprio planeta.

Mesmo que a internet seja questionada com relação à credibilidade de suas informações, é indiscutível seu poder de mobilização e transformação.

A rápida propagação e repercussão dos fatos no mundo virtual permitem que, com apenas um clique, nós possamos colaborar na busca por um mundo melhor.

Até mesmo o Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista ecológico, declarou que as novas formas de mobilização são inspiradoras e têm realmente feito a dif-erença.

Recentemente, uma campanha foi lançada para ajudar Rimsha Masih, uma paquistanesa de 14 anos, com distúrbio mental, acusada de blasfêmia, crime sujeito à pena de morte. Diversas pessoas, de diferentes lugares do mundo reagiram diante do fato: em menos de duas semanas, mais de um mil-hão de pessoas assinaram a petição, protestos em defesa de Rimsha foram realizados.

O movimento teve um resultado positivo, a menina foi solta sob fiança. Mais um caso de sucesso que revela a força de movimento e mudança da internet.

No último ano, assistimos à queda de regimes totalitários de países como Tunísia, Egito e Líbia, sendo a internet via de propagação de ideias opositoras ao governo e impulsio-nadora de vários atos de manifestação.

Se tal ferramenta teve o poder de influenciar a derrubada de estruturas tão consolidadas, o que ela não pode fazer pelo mundo?

O rato está roendo a roupa do rei de Curitiba

A disputa pela prefeitura de Curitiba está concorrida. Quatro candidatos possuem uma quan-tidade grande de votos. Ratinho Junior (PSC) é a grande surpresa da campanha. Ele chegou de mansinho, foi conquistando votos e na pesquisa do dia 28/08, realizada pelo Datafolha, obteve uma porcentagem de votos 28% contra 23% do atual prefeito Luciano Ducci, liderando a cam-panha.

O desespero dos adversários do Ratinho Junior é grande. Para tentar derrubar a campanha do candidato do PSC, muitas acusações estão sendo protocoladas contra a sua candidatura na Justiça Eleitoral, colocando-o na liderança de acusações.

Luciano Ducci é o que mais está acusando e isso não é uma coincidência. Parece que o “rei” de Curitiba está com medo de ter suas vestes roídas.

As críticas à campanha de Ratinho Junior são muitas, principalmente por ele ser filho do apresentador de TV, o Ratinho. Porém, não acredito que é apenas o ‘’JUNIOR’’ o responsável por manter o candidato na liderança.

Visualmente falando, a campanha de Ratinho tem uma proposta diferente, com desenhos coloridos, passando a ideia de algo novo. Imagino que muitos compreenderam isso como algo positivo.

Que ele é POP, isso não há dúvidas. Sua campanha está baseada no povão, coisa que muitos candidatos não conseguem fazer com naturalidade. Nem sempre pegar a criança fofinha no colo é o suficiente para conquistar o eleitorado.

Para piorar a situação de Luciano Dutti, a antipatia do eleitor curitibano com a sua pessoa. Pelo fato de ele assumir o cargo que antes pertencia ao Beto Richa, os eleitores o veem como um estranho. As pessoas desconfiam da sua capacidade, pois Ducci sempre esteve estruturado na figura de Beto Richa. A tentativa de conseguir eleitores através da imagem do governador não vem se mostrando uma escolha eficiente.

Nessa corrida eleitoral, o fato é que o Ratinho Júnior está à solta, causando espanto e queren-do roer tudo o que há pela frente.

Larissa Mayra de Lima

Internet e mudança

No início das campanhas eleitorais para a prefeitura de Curitiba, os candidatos Luciano Ducci (PSB) e Gustavo Fruet (PDT), rivais que vinham se atacando desde muito tempo, eram tidos como os únicos possíveis vencedores. Entretanto, um nome inesperado vem avançando grada-tivamente nas pesquisas, roubando espaço e representando uma forte ameaça aos adversários: Ratinho Júnior.

Apesar de pertencer a um partido de pouquíssima importância, o PSC, o herdeiro da Rede Massa conquistou a confiança dos curitibanos (ou, pelo menos, de quase 30% deles, como mos-tram as pesquisas) e deixou Ducci e Fruet em desvantagem. Qual será a razão de tamanha po-pularidade?

A coligação à qual Ratinho pertence certamente não é. Alguns afirmam que o fato de ele ser filho que um grande ícone da televisão brasileira tem sido o maior responsável pelo seu sucesso. Entretanto, embora isso possa ter algum fundamento, é bem provável que o Sr. Massa não tenha tantos adeptos em Curitiba, que sejam capazes de fazer de seu filho o novo prefeito da capital.

Desse modo, é bem mais fácil atribuir os resultados das pesquisas à bela campanha que Rati-nho Junior vem fazendo. Dentre suas inovadoras propostas, ele pretende aprimorar o sistema de transporte curitibano por meio do uso de tecnologias nunca antes pensadas, como equipamentos de GPS nos ônibus para monitorar a frota. É por esse tipo de política que a população espera, especialmente a curitibana, que está cansada do governo atual e que, por isso, sonha com gran-des mudanças.

Apesar de os três principais candidatos à prefeitura permanecerem tecnicamente empatados, o atual deputado federal promete conquistar ainda mais votos, a exemplo da sua notável evolu-ção verificada nas últimas pesquisas. Restará aos agora rivais Luciano Ducci e Gustavo Fruet darem continuidade à luta, em busca de uma vaga para o segundo turno.

A ascensão de Ratinho Júnior João Lemos

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Curitiba, quinta-feira, 13 de setembro de 2012 3

Projetos de leis propõem mudanças a estabelecimentos

Vitoria Peluso

A especificação dos ingre-dientes presentes nos alimen-tos pode ser tornar obrigató-rio para estabelecimentos comerciais que preparam os produtos nos locais. O proje-to de lei foi sugerido e ainda está tramitando na Câmara Municipal de Curitiba. De acordo com o projeto, a in-tenção é que as informações sejam apresentadas aos con-sumidores nos cardápios ou nos sites dos bares, restau-rantes, lanchonetes, confeita-rias e padarias.

Os produtos devem ser identificados com nome e as informações sobre os ingre-dientes usados no alimen-to, tanto os industrializados quanto os naturais, os com-plementos e os temperos. Os itens que podem causar algum problema à saúde do consumidor também devem estar identificados como, por exemplo, a presença de glú-ten, gordura lactose, açúcar, carnes e demais ingredientes de origem animal.

Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abra-

Restaurantes, bares e todos os locais que comercializam alimentos devem informar calorias e todos os ingredientes

sel-PR), Luciano Ferreira Bartolomeu, ter que especi-ficar todos os alimentos que compõem um prato vai atra-palhar o trabalho dos estabe-lecimentos na elaboração dos cardápios e na execução das receitas. “Se faltar um ingre-diente do prato, o local vai ter alternar o cardápio naque-le dia o que é um problema”, exemplifica o diretor.

No caso de não-cumpri-mento dessas exigências, caso a lei seja aprovada, pri-meiramente o estabelecimen-to será advertido e caso vol-te a descumprir haverá uma multa de R$ 500.

Calorias dos alimentos

Além do projeto da Câma-ra Municipal, outra lei rela-cionada aos alimentos deve entrar em vigor em todo o Paraná. Aprovado pela As-sembleia Legislativa na últi-ma segunda-feira, o projeto propõe a divulgação das ca-lorias dos alimentos.

Para o deputado autor do projeto, Pastor Edson Pra-czyk (PRB) o objetivo é pro-mover a conscientização das pessoas sobre seus hábitos de alimentação. Entretanto,

a Abrasel-PR não concorda com a aplicação da lei.

Segundo a Abrasel, a me-dida não traria benefícios à população. “Os consumido-res já se conscientizaram so-bre o que consomem e cada um se preocupa de forma in-dividual na hora de escolher seu prato”, acredita o diretor executivo da Abrep Luciano Ferreira Bartolomeu.

De acordo com Bartolo-meu, o valor calórico varia em função do produto usado e o modo de preparar o ali-mento, por isso dificilmente o cálculo apresentado no car-dápio ou no buffet seria cor-

reto, podendo causar proble-mas à saúde do consumidor. “Um pessoa que está de dieta ou tem algum problema de saúde pode ser prejudicado, pois a informação não será exata”, afirma.

Bartolomeu diz que quan-do se trata de ingredientes industrializados fica mais fá-cil de informar suas calorias ao consumidor, por que os dados estão na embalagem, mas quando o produto é feito no estabelecimento isso não é possível. “Mesmo as infor-mações que vem nas emba-lagens nós devemos descon-fiar, imagina um cálculo feito

em um restaurante ou bar”, defende.

Segundo Bartolomeu, a Abrasel acredita que esse projeto é importante, mas desnecessário devido os pro-blemas apresentados para a realização dos cálculos caló-ricos. Além disso, o diretor aponta que como o projeto irá afetar mais de 50 mil em-presas no Paraná deve haver uma fiscalização compatível dos estabelecimentos. “A fis-calização do cumprimento da lei deve ser feita igualmente em todos os locais para que a lei seja cumprida”, afirma o diretor executivo.

Diego Henrique da Silva

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Na última terça-feira (11), o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou a au-diência para decidir sobre a adoção do livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lo-bato, em escolas públicas. O Ministério da Educação não acha que o conteúdo do livro seja racista, mas o Instituto de Advocacia Racial recorreu. A audiência terminou sem acor-do e, caso o impasse continue, a decisão deverá ser feita pe-los ministros. A polêmica começou em 2010 quando um pesqui-sador pediu uma avaliação da obra e apontou trechos em que Tia Anastácia, personagem do livro, é citada de maneira que pode incentivar o preconceito racial. Em um dos casos, a co-zinheira do Sítio do Picapau Amarelo é chamada de “maca-ca de carvão”. A preocupação de manter um livro com essas citações é provocar discrimi-nação nas escolas brasileiras que adotam a lista de livros do Ministério da Educação. Rene Wagner Ramos, coordenador de pesquisas educacionais da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR), explica que pedir a exclusão de um livro da lista

do Ministério da Educação é uma decisão que precisa ser tomada com cautela. “Retirar o livro da prateleira é muito delicado. A não ser em casos graves de erros gramaticais e conceituais”, explica Ramos. No caso do livro “Caçadas de Pedrinho”, o coordenador defende que os professores expliquem e contextualizem a obra aos alunos. “Qualquer obra que você ensine, se você descontextualizar, vai causar problemas”, afirma Rene. Antonio Navarro, pro-fessor e mestre em educação também da SEED, entende que as situações descritas no livro de Monteiro Lobato po-dem servir para uma discussão aprofundada sobre o racismo, por exemplo. “Não é o caso de censurar, mas sim aproveitar a ocasião para discutir o que é o racismo e a discriminação étnica”, afirma Navarro. “Se você censura, você está ne-gando o tema”, complementa o professor.

Obra de arte

“Os livros de Mon-teiro Lobato são uma obra de arte”, defende a gerente de Bibliotecas e Faróis do Saber da Secretaria Municipal de Educação da cidade de Curi-tiba (SME), Margareth Caldas Fuchs. De acordo com a ge-

Gustavo Panacioni

Livro de Monteiro Lobato provoca discussões

rente, as crianças dificilmente vão perceber as declarações da Emília, personagem do li-vro, como racistas. “Lemos os livros de Lobato na biblioteca e não deixamos de ler deter-minados trechos por causa disso”, afirma Margareth. O que pode ocorrer é de os alunos mais velhos esti-mularem essa discussão, e aí é dever dos professores condu-zir as explicações necessárias. “O importante é termos pro-fessores capacitados para po-der esclarecer”, complementa Fuchs.

A voz de Lobato

Nas aventuras do Sí-tio do Picapau Amarelo, duas personagens se destacam diante da polêmica do STF. Emília e Tia Anastácia. No li-vro “Caçadas de Pedrinho”, as citações polêmicas contra Tia Anastácia são de autoria da boneca de pano. De acordo com Mar-gareth Fuchs, Monteiro Loba-to sempre foi uma figura que não tinha medo de declarar suas opiniões. Emília, nas his-tórias do Sítio, era a voz de Monteiro Lobato. “Ele criou essa boneca para dizer tudo o que tinha para dizer”, explica Margareth. A proposta de Lobato atualmente pode parecer ra-

cista para quem ainda não teve oportunidade de entender a contextualização da obra, mas a mensagem é outra. Além de dar espaço para Emília, Mon-teiro Lobato também descata-va a posição de Tia Anastácia e contradizia os costumes da época em que o livro foi escri-to, por volta da década de 20. “Enquanto os negros estavam na cozinha, Tia Anastácia es-tava na sala. Ela é muito im-portante”, defende a gerente. Os livros de Lobato são ricos justamente por pos-sibilitarem a percepção de visões e percepções contras-tantes. “Tia Anastácia era uma personagem importante numa época em que os negros não tinham voz”, finaliza a geren-te de Bibliotecas e Faróis do Saber de Curitiba. De ponto de vista constitucional há um compro-misso de construir um mate-rial didático que não reforce discriminações, como explica Marcilene Garcia de Souza, doutora em sociologia e Presi-dente do Instituto de Pesquisa da Afrodescendência (Ipad). “Temos que ter um olhar aten-to sobre a diversidade e, as-sim, uma educação que valo-rize a adversidade”. Para a socióloga, a discussão em torno do livro de Monteiro Lobato é essencial para um debate abrangente de

educação. “O interessante é a discussão do debate de edu-cação no Brasil e a avaliação da adversidade étnico-racial”, afirma Marcilene. Além do de-bate em torno do impacto que isso provoca nos estudantes, deve-se pensar também em como a polêmica pode con-tribuir para uma renovação da produção dos livros atuais. “Imagina o impacto disso para qualquer autor que está produ-zindo um livro hoje?”, indaga a ativista. Monteiro Lobato é um dos precursores e expoentes da literatura infanto-juvenil. “Falar sobre a importância das obras de Monteiro Lobato é tornar-se repetitivo”, afirma o mestre em educação Anto-nio Navarro. Na Biblioteca Pública de Curitiba as obras do escritor estão entre as mais lidas. Para Margareth Fuchs, “não há como mexer nessas obras. Ela existe justamente para estimular discussões im-portantes”. Uma nova reunião está marcada para o dia 25 de setembro e caso nada seja de-cidido, os ministros do Supre-mo podem decidir o destino do livro de Monteiro Lobato. O livro Caçadas de Pedrinho foi publicado em 1933 e é leitura obrigatória de acordo com o Ministério da Educa-ção.

Supremo Tribunal Federal não decidiu se a obra “Caçadas de Pedrinho” é ou não racista. A audiência foi adiada para o próximo dia 25