logoterapia- trabalho pelas faltas
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INTENCAO PARADOXALTRANSCRIPT
UNIVERSIDAD DO VALE DO ITAJAÍ
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: LOGOTERAPIA
PROFESSOR: AURINO RAMOS FILHO
ALUNOS: THIAGO COSTA E NICOLÁS NÚÑEZ YOSHIKAWA
AS TÉCNICAS LOGOTERAPÊUTICAS: A INTENÇÃO PARADOXAL
A logoterapia tem técnicas desenvolvidas pelo Frank e que são muito
utilizadas, na atualidade, pelas correntes psicoterápicas. Essas técnicas tem a
finalidade de ajudar às pessoas a descobrir o sentido das suas vidas. A
primeira destas técnicas fica conhecida com o nome de “intenção paradoxal”. A
intenção paradoxal visa romper o mecanismo pelo qual a ansiedade e angustia
provocam um determinando sintoma e o reforçam (VIAL, 1999). É pedir ao
paciente para fazer precisamente o que é objeto de mal-estar psicológico.
Então, assim, se uma pessoa não consegue dormir, o logoterapeuta pede para
ele que pare de fazê-lo durante um tempo ou algumas horas. Se uma criança
se está mordendo suas unhas nós exigiremos que o faça por um longo período
ou durante intervalos mais longos. Se um jovem gagueja, e isso é o que cria
grande ansiedade para ele, podemos obriga-lo para que gagueje com mais
frequência e de forma voluntaria.
Já se falou anteriormente que esta técnica trabalha a partir da base dos
problemas ansiosos, os quais são caracterizados por uma ansiedade
antecipatória, que se produzem em situações onde o paciente teme. Isso, o
medo, é reforçado se ocorrer a situação temida. Assim, este círculo vicioso
persistirá até que o paciente não evite ou se retire das situações em que
espera a temer. A isso, Frankl lhe chama “passividade errônea”. (SOCIEDADE
MEXICANA DE ANÁLESE EXISTENCIAL Y LOGOTERAPIA S.C. (SMAEL),
1988). Quando o logoterapeuta aplica-se a intenção paradoxal, não são os
sintomas os que interessam em si, apenas a atitude do paciente para sua
neurose e suas manifestações sintomáticas. Frankl, quando aplicava a
intenção paradoxal também mobilizava a capacidade humana de humor.
Assim, quando um paciente era dominado por um problema que não tem uma
visão clara, Frankl exagerava o problema para os olhos do paciente na medida
em que parecesse ridículo e cômico (FRANKL, 1999). Por exemplo, um
paciente que teme suar na apresentação de um discurso é animado a mostrar
ao público o quanto é realmente capaz de transpirar e tentar molhar com suor a
todos os presentes, mas, ao tenta-lo, o suor, paradoxalmente, nunca vem, e
mais importante, a angústia desaparece.
O objetivo da intenção paradoxal é "amortecer os temores de pacientes
individuais". O autor explica que o medo patógeno é então substituído por um
desejo paradoxal (SOCIEDADE MEXICANA DE ANÁLESE EXISTENCIAL Y
LOGOTERAPIA S.C. (SMAEL), 1988). Ele refere-se a que o que bloqueia a os
indivíduos com um transtorno de ansiedade é o medo, mas não o medo algum
objeto externo, senão o medo do próprio medo. A intenção paradoxal é tentar
derrubar o círculo vicioso ordenando desejar precisamente o que mais se
temia. A pessoa que gagueja e tem ansiedade e inibição se lhe pede que
gaguejar tanto quanto ele possa até conseguir outros se zombem dele. Ao
tenta-lo, a gagueira se desaparece.
REFERÊNCIAS
FRANKL, V. El hombre en busca de sentido. 20° edición. ed. España:
Herder, 1999.
SOCIEDADE MEXICANA DE ANÁLESE EXISTENCIAL Y LOGOTERAPIA S.C.
(SMAEL). Sociedad Mexicana de Análisis Existencial y Logoterapia S.C.
(SMAEL), 1988. Disponivel em:
<http://www.logoterapia.com.mx/logoterapia/logoterapia-viktor-e-
frankl/instrumentos-t%C3%A9cnicas-logoterapia>. Acesso em: Dezembro
2014.
VIAL, W. La antropología de Viktor Frankl. Santiago de Chile: Editorial
Universitaria, 1999. 268 p.