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0 CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA COORDENADORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU MBA Gestão Estratégica de empresas Diego Silva de Faria LOGISTICA EMPRESARIAL Belo Horizonte 2009

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA COORDENADORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU

MBA Gestão Estratégica de empresas

Diego Silva de Faria

LOGISTICA EMPRESARIAL

Belo Horizonte 2009

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DIEGO SILVA DE FARIA

LOGÍSTICA EMPRESARIAL

COBEB - UM ESTUDO DE CASO NOS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS

Projeto apresentado a instituição Newton Paiva coordenadoria do curso de MBA Gestão estratégica de Empresas, como requisito para aprovação completa e obtenção do titulo de pós graduado em Gestão estratégica em Empresa.

Belo Horizonte

2009

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AGRADECIMENTOS

Muitas foram as pessoas que me apoiaram para que este trabalho se

concretizasse ao qual agradeço em especial:

Aos amigos e colegas, por todos os momentos bons e difíceis que passamos

juntos.

A todos os professores da Newton Paiva pelos ensinamentos e dedicação.

A professora Rosângela Maluf que me orientou de forma brilhante até o

sucesso final deste trabalho.

A DEUS por mais uma vitória na minha vida.

A meus pais pelo aprendizado e paciência com a minha pessoa.

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RESUMO

A função da logística empresarial até pouco tempo atrás resumia-se na busca

por redução de custos pelas empresas que dela faziam uso.Atualmente o

conceito difundido no meio empresarial objetiva a logística como uma

ferramenta de integração que gerencia toda cadeia de suprimentos, cjo

principal objetivo consiste em apoiar as empresa em sua decisões estratégicas.

O gerenciamento de atividades, e de seus processos, torna a tomada de

decisão mais correta na busca de um novo cliente ou fidelização do mesmo. O

custo com capital humano juntamente com a estrutura física de uma empresa

está levando as mesmas a adotarem novos programas e novas formas de

avaliar o desempenho das pessoas e de suas estruturas em si. O ganho

significativo de tempo e movimentos em processos das atividades logísticas é

demonstrado em ganhos de escala produtiva no dia a dia dentro do armazém,

além do ciclo produtivo ter maiores espaços para verificações futuras de erros.

Neste contexto, o presente estudo buscar analisar através do Estudo de Caso

na empresa COBEB – Companhia de Bebidas Brasil a melhor forma de uso de

layout para reduzir os impacto nas atividades logísticas.

Palavra-chave: Layout ; Produtividade; logística empresarial; distribuição.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................ 5

2. OBJETIVOS................................................................................ 8

2.1 Objetivo Geral........................................................................ 8

2.2 Objetivo Específico............................................................... 8

3. JUSTIFICATIVA.......................................................................... 9

4. METODOLOGIA.......................................................................... 10

5. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................... 13

5.1 Conceitos e definições............................................................... 13

5.2 A logística no Brasil.................................................................... 14

5.3 Estrutura do Transporte logístico no Brasil............................. 15

5.4 Evolução da logística..................................................................17

6. ESTUDO DE CASO...................................................................... 18

6.1 Distribuições de Bebidas........................................................... 19

6.2 Tipos de layout e definições..................................................... 22

6.3 Impacto do layout nos custos e atividades............................. 26

6.4 Layout – AMBEV......................................................................... 27

6.5 Proposta para um novo layout.................................................. 30

7. CONCLUSÕES............................................................................. 33

REFERÊNCIAS................................................................................... 35

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1 INTRODUÇÃO

O presente estudo pretende analisar e sugerir a aplicação de modelos

logísticos, relacionados À reformulação do layout da empresa estudada, e que

poderão ser utilizadas como vantagens competitivas proporcionadas pelas

mudanças sugeridas.

A sobrevivência das empresas depende de muitos fatores, sejam internos e

externos, mas a logística desempenha um papel fundamental já que objetiva

disponibilizar toda a matéria prima, produtos e serviços ao menor custo

possível para a empresa.

Sabe-se que a logística vem sendo sistematicamente estudada e aprofundada

sendo ponto fundamental para o estabelecimentos das estratégias

empresariais. Tanto o gerenciamento quanto os controles específicos,

utilizados na logística, fazem com que a integração dos setores e suas

atividades possam se harmonizar melhorando e otimizando a logística da

empresa.

Podemos verificar que a logística e suas atividades relacionadas

(armazenamento, carregamento, transporte, entrega e descarregamento)

tornam-se estratégias organizacionais quando se busca uma vantagem

competitiva capaz de, efetivamente, contribuir para maior lucratividade da

empresa. Essa vantagem competitiva, que a logística pode trazer para a

empresa, é baseada na eficiência em todas as etapas envolvidas na logística

buscando a eficiência e eficácia, e assim possibilitando uma otimização em

todas as atividades referentes ao controle operacional.

Dentro das atribuições da logística, a utilização da suply chain ou cadeia de

suprimentos vem sendo cada vez mais adotada pelas empresas, pois tal

ferramenta reúne os controles necessários para gerenciar com maior eficácia

as atividades desenvolvidas pela área logística da empresa.

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O foco direcionado apenas para o sistema operacional pode acarretar prejuízos

e perdas no setor de produtos acabados, na lucratividade e na mão-de-obra.

Hoje, no mundo globalizado, o diferencial competitivo, que mais benefícios

trouxerem ao cliente, poderá propiciar um ganho de market share (participação

de mercado)em seu segmento de atuação.

Por meio desse estudo buscou-se sugerir, de forma produtiva, a renovação do

layout para melhor aproveitamento dos espaços e maior conforto das

atividades desenvolvidas pelos colaboradores, na utilização das empilhadeiras,

paleteiras e carretas. A proposta de um novo layout ajudará na melhoria das

movimentações constantes que são realizadas na execução das tarefas

diárias.

São muitas as dificuldades encontradas pelas empresas do ramo de bebidas.

Para maximizar o espaço do seu armazém e com isso otimizar as atividades

com ganho de tempo, agilidade e competitividade, partem da premissa de que

o menor espaço possível deverá ser preenchido com a maior quantidade

possível de produtos acabados.

Para desenvolver o estudo, a metodologia utilizada abrange pesquisas

bibliográficas e o estudo de caso, que contribuíram para o desenvolvimento

teórico do trabalho, bem como, a conciliação da teoria com a prática utilizada

pelas empresas de transportes.

Foram realizadas pesquisas em livros específicos sobre o tema "logística",

revistas especializadas, artigos e sites de empresas desse segmento, além da

experiência vivenciada pelo autor desse trabalho, dentro da empresa, por um

determinado período.

Através dos levantamentos bibliográficos buscou-se analisar o papel da política

de armazenagem realizada pela empresa COBEB – Companhia de Bebidas

Brasil no que se diz respeito á necessidade de controle, otimização e

produtividade para ganhos futuros.

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Finalmente, considerar-se-á que os espaços deverão ser objetivamente

aproveitados para tornar mais fácil a realização das principais atividades.

Sendo assim, qual seria o impacto do novo layout para um melhor

aproveitamento espacial, considerando a necessidade de espaço que a

empresa precisaria para melhor exercer sua competência logística.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

l Sugerir um novo layout para o setor logística da empresa em estudo,

capaz de proporcionar maior otimização dos espaços;

2.2 Objetivos específicos

• Analisar as formas de armazenagem utilizadas, hoje pela empresa;

• Identificar as falhas existentes;

• Estudar as possíveis vantagens do novo modelo;

• Sugerir o novo layout para o setor em estudo;

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3 JUSTIFICATIVA

Em ambientes globalizados, a logística vem tomando espaços cada vez

maiores destacando-se, mundialmente, em todos os setores, possibilitando a

identificação de diferenciais operacionais capazes de levar as empresas ao

sucesso – via diferencias competitivos.

No Brasil, as empresa, por meio de suas empresas logísticas, têm procurado

acompanhar o desenvolvimento mundial e vêm possibilitando novas

oportunidades de crescimento. Hoje, existem programas disponíveis, capazes

de auxiliar as equipes de logística na execução de suas atividades, em menor

tempo.

Nas empresas a cadeia de valores e os centros de custos têm sido

desenvolvidos para obter informações mais assertivas que possibilitem

menores riscos para as tomadas de decisões das empresas; nesses casos,

cada avanço conseguido no mercado competitivo equivale a uma batalha

ganha.

Assim, as atividades exercidas pela logística envolvem diretamente as

necessidades da empresa e do seu cliente final para ta obtenção de uma maior

eficiência e eficácia no ato operacional para que o mínimo de erros possíveis

seja excluído dos processos que compõem cada atividade.

Diante do exposto, conseguimos estudar, analisar, levantar os pontos falhos e

sugerir formas de layout, tipos de armazenagem, novas operações a serem

integradas ao processo logístico da empresa.

Essa proposta, além de mobilizar os colaboradores, implicará num melhor

resultado para a qualidade no trabalho, produtividade nos processos e conforto

nos ambientes organizacionais. Esse trabalho procurou de maneira sucinta

responder ao seguinte questionamento:

Como sugerir um novo layout para a empresa de modo que essas mudanças

sejam capazes de gerar maior ganho no aproveitamento dos espaços e, ao

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mesmo tempo, otimize a realização de todas as etapas referentes à logística de

uma distribuidora de bebidas?

4 METODOLOGIA

A metodologia ou tipos de pesquisas utilizados neste trabalho formam um

conjunto de informações que buscam, de forma sucinta, trabalhar o tema

escolhido para analisarmos as melhores etapas de um processo logístico.

Nas tipologias de pesquisa, podemos encontrar pesquisas de fonte primária,

secundária, na tipologia de métodos empregados, temos as pesquisas de

cunho quantitativo e qualitativo.

Em nosso dia a dia quando nos deparamos com um problema apuramos nosso

olhar ambiental para analisar o problema e poder verificar o seu grau de

dificuldade, isto que fazemos se refere a uma pesquisa em fonte primária.

Pesquisas em fonte primária são aquelas em que nos dirigimos diretamente à

fonte de pesquisa, onde tudo acontece e lá verificarmos se nossas hipóteses

estão corretas. Pesquisa em fonte secundária refere-se quando iremos à fonte

que já realizou a pesquisa e que repassa informações necessárias para

atender as necessidades de seu cliente. (VERGARA, 2000)

Existem outros tipos de pesquisas, tais como: exploratórias, descritivas e

explicativas. Tais grupos citados acima visam à melhor forma de realizar

pesquisas de cunho profissional.

Segundo Vergara (2000), as pesquisas do tipo exploratórias têm como objetivo

principal proporcionar maior interação com o problema específico, tendo com

base torná-lo mais explícito e com isso podemos formular idéias e hipóteses.

Ainda segundo a autora, a pesquisa exploratória tem como objetivo

proporcionar maior familiaridade e proximidade com o problema, podendo

dessa forma ser mais explícito para o público alvo e com isso podendo formular

hipóteses relacionadas ao tema principal.

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Na realização do estudo exploratório, a parte referente a dados secundários foi

realizada em base de livros bibliográficos, jornais, revistas e outros. A fonte

primária do processo envolvido diretamente é basicamente constituída pelos

relatos de pessoas envolvidas diretamente no processo, tais como gerente,

supervisores, diretores e operacionais, desta forma contribuindo de forma mais

valiosa e enriquecendo o conteúdo deste trabalho. (VERGARA, 2000)

Quanto ao método adotado já citado, utilizamos também a metodologia

bibliográfica para melhor entendimento do assunto abordado, vistos pelos

autores especializados no assunto.

Utilizamos a pesquisa documental para análise dos números, fatores decisivos

na tomada de decisão para a empresa, segundo Vergara (1997), a pesquisa

documental, é “... a investigação em todo e qualquer tipo de documento

existente na empresa”.

A pesquisa documental foi realizada através de coletas de informações nos

setores e departamentos da COBEB – Companhia de Bebidas Brasil, sendo

estes relatórios de tempos e movimentos, banco de dados, planilhas

específicas com movimentação interna de colaboradores e programas

específicos da empresa.

Trabalhamos a pesquisa de campo dentro da empresa e foi relacionada com

entrevistas com colaboradores dos níveis gerenciais e operacionais. Tais

entrevistas estavam relacionadas diretamente como o tema do estudo. O

tempo gasto para essas entrevistas não foi medido devido ser o ambiente de

trabalho das pessoas envolvidas neste estudo. (VERGARA, 2000)

O tipo de pesquisa utilizado segue a linha de critério citado por Vergara (2000),

“ Existem dois critérios básicos para classificação de uma pesquisa: quanto aos

fins e quanto aos meios”. Em relação aos fins nossa pesquisa utilizada foi à

exploratória e descritiva.

Decidimos utilizar tais tipos de pesquisa porque na COBEB nunca se foi

questionado, de forma objetiva, como o layout impactaria nas atividades

operacionais dos colaboradores da empresa.

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A pesquisa descritiva visa descrever os acontecimentos gerados pela baixa

eficiência atual do modelo utilizado pela empresa, trazendo down time (perda

de tempo) ou perda de produtividade dos colaboradores envolvidos.

Segundo Gil (2008), o estudo de caso caracteriza-se pelo estudo profundo e

exaustivo de um ou poucos objetos, de modo a permitir seu amplo e detalhado

conhecimento.

Ainda segundo o autor, o método de estudo de caso foi adotado neste trabalho

pelo melhor condicionamento de informações que serão trabalhadas para gerir

conhecimentos e hipóteses uma busca de melhor entendimento, tendo como

base informações cedidas pela empresa e opiniões obtidas por

questionamentos realizados junto aos colaboradores envolvidos diretamente no

processo.

O estudo de caso, na empresa citada, procurou abordar principalmente os

processos logísticos. Com relação aos demais dados não houve como ter

acesso a outras informações; sendo assim, podemos relatar que os processos

envolvidos na metodologia englobam aspectos físicos, e lógicos para a

composição deste estudo.

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5 REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 Conceito e definições

Definimos uma empresa, com ênfase em maximização de resultados, como

sendo aquela que desempenha todas as funções e processos de forma a

colocá-la dentro do mercado globalizado com reais chances de liderança e de

figurar como uma grande empresa em seu ramo de negócio.

Segundo Bertaglia ( 2005), a logística é um esforço integrado com o intuito de

ajudar a criar valor ao cliente pelo menor custo total possível, pois este esforço

existe para satisfazer às necessidades dos clientes.

Ainda segundo o autor, a logística envolve diretamente o valor final de cada

produto, ou seja, quanto mais alto e com menor custo em sua fabricação ou

produção, trará uma maior lucratividade para a empresa.

A logística teve seu aparecimento ligado inicialmente a estratégias militares,

absorvendo idéias e filosofias de guerras, no momento que estava somente

relacionada a movimentação e abastecimento de tropas. (BALLOU,2001)

Para Ballou (2001), definimos seu parâmetro inicial de movimentações

baseado nas estratégias de guerra, o sistema logístico foi desenvolvido nestes

moldes no intuito de abastecer, transportar e abrigar tropas, para propiciar um

ambiente para que estivesse no local certo na hora certa.

Segundo Ballou (2001), a logística empresarial estuda como a administração

pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos

clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle

efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar

o fluxo de produtos.

Segundo a ASLOG (Associação Brasileira de Logística), logística se define

como sendo uma área do conhecimento relacionado ao planejamento,

implementação e controle com eficácia do fluxo de armazenagem de bens e

serviços através da gestão de informação entre o ponto de origem e o ponto de

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consumo destes bens e serviços, a fim de satisfazer exigências de

consumidores.

5.2 A logística no Brasil

A logística no Brasil começou na década de 80, logo após a explosão da

tecnologia da informação, momento em que muitas empresas procuraram se

aprimorar tecnologicamente em diversos ramos como as associações ASBRAS

(Associação Brasileira de Supermercados), IMAM (Instituto de Movimentação e

Armazenagem) entre outras.

Nos anos 80, a logística apenas começava a se desenvolver no Brasil e seu

trabalho inicial limitava-se a melhoria dos sistemas operacionais de

armazenagem e transporte. (BALLOU,2001)

Na década de 90 as empresas perceberam a necessidade de analisar os

números obtidos através da logística e colocarem em prática, novas ações,

decisões e novas técnicas, como administração de matérias e distribuição e

continuando a aprimorar a movimentação e armazenagem de

materiais.(FLEURY,2002)

A partir deste patamar, alcançado pelas empresas brasileiras, e com a

crescente globalização, novamente se verificou a maior complexidade dos

processos logísticos e novas situações passaram a ser praticadas dentro das

empresas, como fusões, planejamentos de custos, utilização de sistemas de

logísticas, tais como ERP´s (Enterprise Resource Planning ou Planejamento de

Recursos do Negócio) – tal sistema ajuda a integrar todos os departamentos da

empresa para melhor visualização de estoques, fabricação entre outros.

O WMS´s (Warehouse Management Systems ou Sistema de Gerenciamento

de Armazém) – muito utilizado para gerenciar e otimiziar movimentação de

mercadorias. (KOBAYASHI,2000)

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5.3 Estrutura do transporte logístico no Brasil

Para Fleury (2002), administrar transportes significa tomar decisões sobre um

contexto de grande complexidade. As decisões estão divididas entre as mais

estratégicas até as mais operacionais. As estratégicas têm relação com o longo

prazo, enquanto as operacionais estão intimamente ligadas ao dia-a-dia da

operação. Ainda segundo o autor, entre as decisões estratégicas destacam-se:

l Definição da rede;

• A escolha de modais;

• Decisões sobre propriedade da frota;

• Seleção e negociação com transportadores;

• Política de consolidação de cargas (FLEURY, 2OO2)

Entre as decisões táticas e operacionais, Fleury (2002) destaca:

• Planejamento de embarque;

• Programação de veículos;

• Roteirização;

• Auditoria de fretes;

• Gerenciamento de avarias;

A definição da rede refere-se a forma de distribuição dos produtos, se será

diretamente ou indiretamente, para termos noção do volume a ser trabalhado

diariamente.

A escolha dos modais refere-se a qual estilo de transporte a empresa pretende

utilizar para distribuir seus produtos, esta escolha é muito importante, pois

depende da forma de transporte que o produto pode chegar até o armazém e

como o produto irá ser transportado para chegar até o cliente final.

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A frota da empresa deve ser bem definida, pois é feito um levantamento do

volume a ser trabalhado e em quantos veículos estes produtos podem ser

transportados de forma correta, sem problemas de acomodação das mesmas,

sem excesso de peso para não termos problemas jurídicos com órgãos

responsáveis de fiscalização de trânsito.

A seleção do transportador refere-se se a empresa possui uma transportadora

terceirizada para levar seu produto até o cliente final. A política de

consolidação de cargas é feita através de uma criação de pontos estratégicos,

onde a mercadoria é acondicionada em pontos de apoio para que seja

distribuída de forma objetiva, evitando o não aproveitamento completo de seus

veículos.

O planejamento de embarque é realizado quando a equipe do armazém,

separa, acomoda, e carrega os caminhões de forma correta para a distribuição

no dia seguinte, este trabalho é realizado com a supervisão de um conferente,

este encarregado de corrigir erros dos ajudantes da equipe do armazém.

A programação dos veículos e roteirização são realizadas pelo roadshow

(coordenador de rotas), este faz um controle de rotas que o caminhão irá fazer

durante o dia, para traçar esta rota o mesmo possui um programa que têm

mapas digitais com ruas e endereços de clientes.

A auditoria de fretes é realizada quando se é contratado um freteiro para

compor cargas extras, tais freteiros possuem um contrato de entrega de

produtos atrelados no conhecimento de frete.

As avarias são relatadas pelos conferentes, onde o mesmo verifica o que foi

quebrado durante o carregamento do veiculo, a descarga de carretas e

descarregamento dos veículos de rotas, quando é verificada uma quebra, a

mesma é feita uma avaliação para que o sinistro seja relatado e catalogado e

depois uma auditoria verifica a causa e o responsável pela mesma.

Para Ballou (2001), as decisões de transporte são fundamentalmente as

mesmas citadas acima. Agregam-se na descrição das decisões seus principais

trade-offs com as demais áreas funcionais da logística.

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O nível de serviço, a localização, os estoques e o transporte são as principais

áreas de planejamento por conta do impacto que provocam sobre a

lucratividade, sobre o fluxo de caixa e no retorno sobre os investimentos da

empresa ( BALLOU, 2001).

5.4 Evolução da logística

Segundo Ballou (2001) o grande motivador para tornar a administração de

logística integrada está no potencial de racionalização dos custos das

operações e/ou do potencial de melhoria de serviço, provocados por esta

transformação. Esta afirmação nos remete a entender o porquê a logística hoje

engloba todos os preceitos da administração de empresas e seus centros de

custos.

Fleury (2000) também descreve como sendo uma mudança de conjuntura

econômica e tecnológica o grande estopim para a mudança de posicionamento

da logística nas organizações. Destacam-se no cenário econômico cinco

fatores como sendo chave neste processo:

1. A globalização como fator de acesso a novos mercados, em novos

locais, com complexidades logísticas distintas;

2. Aumento das incertezas econômicas, pois dado a maior amplitude do

comercio e transações entre varias nações do globo, crises locais

podem espalhar rapidamente;

3. Proliferação de produtos como resposta à demanda cada vez mais

especializada que agrega complexidade na distribuição, nos

suprimentos na gestão dos armazéns, potencializando a elevação de

custos;

4. Menores ciclos de vida dos produtos, pois dado o constante surgimento

de novos produtos há uma tendência a abandonar o antigo. Assim, a

indústria e a logística passam a ter de conviver com uma realidade de

muita incerteza no momento de definir os estoques, políticas de

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ressuprimento de matérias-primas, dentre outros compromisso que

podem gerar grandes estoques de produtos e insumos obsoletos;

5. E como complemento a um universo de fatores que tendem a provocar

uma avalanche de complexidades adicionais, o mercado passa a ter

maiores exigências de serviço, não necessariamente aceitando pagar

mais por isto.

Tais fatores citados acima foram decisivos para a evolução da logística interna

e externa da empresa, alem de trazer um grande salto para a evolução

tecnológica da mesma.

6. ESTUDO DE CASO

A empresa pesquisada e escolhida para análise de seus processos neste

estudo de caso é uma empresa atacadista, do setor de bebidas, atuando há

mais de 50 anos no mercado mineiro. A Organização é composta fisicamente

da seguinte forma:Uma matriz localizada em Pará de Minas – MG

• Uma filial localizada em Lagoa da Prata – MG

• Seu CD é localizado em Pará de Minas – MG

O nome da empresa na razão social é COBEB – Companhia de Bebidas Brasil,

localizada na Alameda do Angelim número 631 bairro jardim serra verde na

cidade de Pará de Minas – MG, CNPJ nº: 18.423.681/0001-66. Com uma filial

localizada na Rua Paraná, 88, centro cidade Lagoa da Prata – MG, CNPJ: nº

18.423.681/0003-28. Têm seu ramo de atuação no setor atacadista de bebidas

onde a empresa revende produtos da AMBEV – Companhia Brasileira de

Bebidas localizada em Juatuba – MG.

Como foi dito o ramo de atividade é o de revenda de bebidas para os PDV

(Ponto de Venda), estes podem ser supermercados, bares, restaurantes,

Quiosques entre outros que se habilitem a vender produtos.

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Os setores que a empresa possui é departamentalizado em: Área de

vendas/comercial; administrativo/financeiro e logística. Todos possuem

gerentes e supervisores para auxiliarem nas tomadas de decisões.

O setor abordado em pesquisa, no contexto atual é muito dinâmico e rotativo,

ou seja, mudanças acontecem do dia para noite e sem prévio informativo,

rotativo devido termos um alto custo de giro de pessoas envolvidas nos

processos, pois o ramo requer pessoas dedicadas ao máximo nas atividades,

com garra, determinação e força de vontade, pois no momento em que as

pessoas estão se divertindo, há sempre um colaborador de uma revenda ou

distribuidora de bebidas realizando uma entrega.

6.1 Distribuição de bebidas

No ramo de distribuição de bebidas a logística também agrega muito valor em

relação à tomada de decisões, informações gerenciais, análise de custos e

otimização de resultados.

A logística funciona da mesma forma que todas as empresas operam nos

tempos atuais, armazenamento de produtos, distribuição e movimentação de

produtos. Algumas formas de armazenamento e movimentações de produtos

serão abordadas de formas mais especificas para explorar melhor o tema

abordado de estudo.

Os tipos de layout utilizados ultimamente levam ao melhor posicionamento no

espaço do armazém, de modo a minimizar um custo, otimizando as atividades

envolvidas no processo logístico.

Tais tipos de layout são adequados aos tipos de mercadorias que serão

transportadas no interior do armazém.

Assim a empresa COBEB – Companhia de Bebidas Brasil é do ramo de

bebidas sendo essa empresa o objeto do nosso estudo.

AMBEV,é a empresa que distribui os seus produtos dentro da região oeste de

Minas Gerais. A mesma possui em sua logística:

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• 7 carretas Truck que carregam 24 pallets;

• 40 caminhões entre trucks e toco;

• 4 empilhadeiras;

• 2 Armazéns;

Esta estrutura física é coordenada por:

• 1 Gerente de logística;

• 2 Supervisores de distribuição;

• 2 Analista de rota;

• 2 Supervisores de Armazém;

• 1 Analista de logística;

As sete carretas que carregam vinte e quatro palltes (material feito de madeira

para acondicionar produtos) trabalham diariamente com um motorista para

cada uma. Vinte quatro pallets é a capacidade que a carreta consegue

transportar sendo que estes sendo de cerveja equivale a hum mil e oito dúzias

ou vinte e quatro mil cento e noventa e duas unidades de cerveja 600ml, sendo

este um carregamento padrão para a empresa.

Os caminhões de entrega sendo este no total de quarenta realizam entregas

diárias com sua capacidade de peso total, cada caminhão possui seu peso

certo, este sendo em média acima das oito toneladas para ser viável para a

empresa.

Truck são caminhões que possuem dois eixos na parte traseira para que

possam ter maior capacidade de peso, já os caminhões toco possuem somente

um eixo traseiro, tendo sua capacidade de carga reduzida mais da metade de

um truck.

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As quatros empilhadeiras servem para carregar e descarregar os caminhões e

carretas no dia a dia da empresa, são operadas por operadores de

empilhadeiras que possuem habilitação registrada no SENAI, com cursos

específicos.

Os dois armazéns são utilizados para armazenar todos os tipos de produtos

que a empresa comercializa atualmente da AMBEV, sendo que suas estruturas

são padronizadas de forma uniforme evitando desperdício de espaço no

momento de carregamento dos lotes.

O gerente de logística é responsável diretamente por todas as atividades

envolvidas na empresa relacionada ao setor logístico operacional. Sua função

é simples, deve monitorar, acompanhar, planejar e executar novas técnicas

operacionais para que as atividades diárias fluam automaticamente, de forma

que a empresa possa ter ganhos profissionais em todos os rendimentos

diários.

Os supervisores de distribuição fazem um trabalho em conjunto, trazendo

relatórios diários de como estão sendo realizados as entregas, o carregamento,

os problemas operacionais e como resolvê-los.

Sua função dentro da logística requer pulso e disciplina, pois ele lidera todos os

motoristas e ajudantes de forma conjunta, sem preconceito e discriminação,

tendo que verificar diariamente todos os uniformes, higiene e os demais

quesitos para que os mesmos estejam aptos para realizar a entrega.

Caso haja algum problema em suas rotas de entrega, o mesmo aciona o

supervisor para que ele assuma o problema e resolva de forma rápida e eficaz,

sendo assim a entrega não demorará mais de sete minutos dependendo de

seu volume.

O analista de rota serve com um auxiliar para o supervisor de distribuição, o

mesmo realiza um trabalho externo junto ao cliente final como um pós venda,

tendo com principal objetivo melhorar gradativamente o trabalho da equipe de

distribuição.

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Os supervisores de armazém possuem atividades distintas, devido um deles ter

a responsabilidade de englobar em suas atividades há de responsável pela

puxada de produtos na fábrica. Com isso as atividades aumentam

consideravelmente, as atividades do mesmo referem-se ao layout do ambiente,

a sinalização do mesmo, configuração do lote de armazenagem, regularização

do PEPS (primeiro que entra é o primeiro que sai), informações dos índices de

controle das atividades dos demais subordinados.

A atividade de puxada entende-se como um trabalho que envolve produtividade

das carretas envolvidas, controle do estoque da revenda, análise de vendas,

controle de produtividade de carregamento e descarregamento na revenda e

na fábrica. Tais atividades demandam tempo, avaliações de números e

responsabilidade que deve ser prioridade no dia a dia.

O analista de logística trabalha para as duas revendas, informando todos os

números de produtividade da distribuição do armazém e das equipes

envolvidas. Essas informações auxiliam os supervisores a tomarem decisões

importantes referentes às suas equipes, e com isso realizarem um trabalho

eficaz nas atividades de sua responsabilidade.

6.2 Tipos de layout e definições

O objetivo deste trabalho é revelar o impacto que o layout do armazém afeta

nas atividades internas dos colaboradores do setor.

Para isso definimos layout como sendo o posicionamento no espaço de

departamentos ou postos de trabalho, de modo a minimizar um custo,

satisfazendo um conjunto de restrições. (BALLOU,1993).

De certa forma o layout podemos simplificar dizendo que é a melhor forma de

organizar produtos e matéria-prima em um espaço físico onde o melhor

posicionamento atenderá as expectativas da empresa e dos colaboradores

envolvidos.

O objetivo principal podendo ser mais especifico do layout dentro de uma

organização pode ser relacionado segundo Fleury ( 2000):

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• Minimizar custos de manuseio dos materiais;

• Utilização eficiente do espaço;

• Promover a qualidade de serviços e produtos;

• Providenciar flexibilidade para a adaptação a mudanças;

• Reduzir os tempos de produção e de entrega ao cliente;

• Eliminar desperdícios ou movimentações redundantes;

Na criação de um layout dentro de uma empresa sendo ela ou não do ramo de

bebidas devemos explorar todos os aspecto que podem impactar na

movimentação interna das máquinas e colaboradores.

Tais movimentações agregam tempos e movimentos para cada atividade e

essas atividades são relacionadas como de vital importância para processo

final do serviço que é a entrega da mercadoria ao cliente final.

A movimentação interna depende de um bom layout, um espaço físico

suficiente para as máquinas circularem de forma livre e objetiva, e que os

colaboradores internos possam andar livremente para exercer sua função e

não perderem tempo nas atividades que exercem.

Temos restrições que temos que analisar na criação de um layout, segundo

Fleury (2000):

• Especificação dos objetivos do sistema em termos de output (saída de

produtos) e flexibilidade;

• Obter estimativas das quantidades de produto e de procura que o

sistema deverá fornecer;

• Requisitos de processamento nas células de trabalho, fluxo de

quantidade de produtos entre os departamentos/ postos de trabalhos;

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• Espaço ocupado e necessário para os elementos, e disponível no local;

Existem vários tipos de layout, estes sendo definidos como: layout posicional

que tem como base a posição fixa dos produtos, ou por localização fixa do

material. É usado para montagens complexas. O material ou componente

principal fica em um lugar fixo.

Usamos este layout quando as operações de conformação do material utilizam

apenas ferramentas manuais ou máquinas simples, estiverem sendo feitas

poucas unidades de certo tipo e se o custo de movimentação for alto.

Layout funcional ele é usado para agrupar todas as operações de um mesmo

tipo de processo ou produto. Usa-se este tipo de layout quando as máquinas

utilizadas forem de difícil movimentação, tiver grande variedade de produtos,

tiver grande variações nos tempos para diferentes operações e se tiver

demanda pequena.

Temos o layout linear que é utilizado para produção em linha ou por produto, o

material que se move, o equipamento não se move (empilhadeiras). Usa-se

este tipo de layout quando tiver grandes quantidades de peças, o produto for

padronizado; a demanda for estável e se puder manter a continuidade dos

produtos – operação balanceada.

Além das restrições para implantação do layout, o responsável pela criação do

mesmo deve realizar um estudo junto à empresa para absorver algumas

informações relevantes para o processo. Tais informações encontradas e

assimiladas serão de grande valia para que o armazém tenha um bom layout e

aproveite bem os espaços.

A logística da empresa COBEB está definida de forma simples e objetiva, ela

funciona o dia todo, sem intervalos de tempo programado, devido que o ramo

de atividade que ela se encontra é dinâmico e muito flexível a mudanças de

tempo e ambientes externos.

As atividades começam pela manhã onde os caminhões de rota saem com sua

equipe estabelecida para realizar a entrega das mercadorias com um roteiro

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estabelecido pelo Roadshow (Supervisor de rota ou roterizador), que avalia a

melhor opção de trajeto para cada caminhão usar em menos tempo e mais

eficiência.

Enquanto os caminhões estão em rota, as carretas estão no trajeto fábrica –

armazém para abastecer de forma que não falte nenhum produto para

comercialização. A equipe do armazém neste momento verifica os lotes

existentes, as datas de validade e organização, para que os novos produtos

possam ser acomodados de forma correta e não haja furo no PEPS (primeiro

que entra, primeiro que sai).

Quando os caminhões chegam da rota de abastecimento, eles são

descarregados pela equipe do armazém e após essa atividade é destinados a

outra área da empresa para ser feito a limpeza e abastecimento do tanque de

combustível, para a saída no dia seguinte.

Pela noite a equipe do armazém realiza o carregamento dos caminhões com os

pedidos já digitados pelos vendedores para que os mesmos possam sair pela

manhã e realizar a entrega correta no tempo hábil.

As equipes são dotadas da seguinte forma:

• 5 conferentes;

• 15 ajudantes de armazém

• 6 operadores de empilhadeira;

• 38 motoristas;

• 72 ajudantes de rota;

Essa equipe é treinada para realizar as atividades logísticas da empresa

COBEB durante o tempo de jornada diária. O conferente é responsável pela

organização dos produtos, o layout, a conferência dos caminhões, a

conferência das carretas, relatório de produtos perto do vencimento, relatório

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de inventário diário, posição do estoque, carregamento dos caminhões e

descarregamento dos caminhões.

Para cada atividade listada existem processos e pessoas envolvidas para

auxiliarem o mesmo a realizá-la de forma eficaz e sem erros para evitarmos

retrabalho. Os ajudantes auxiliam seus encarregados nas operações do dia a

dia.

6.3 Impacto do layout nos custos e atividades

Hoje nos tempos atuais onde a globalização, a competitividade acirrada, a crise

mundial e a falta de controle operacional, fazem da supply chain

(gerenciamento da cadeia de suprimentos) um aliado ideal para que as

empresas possam se destacar cada vez mais no mercado tão competitivo de

hoje em dia.

Em uma época em que os consumidores estão cada vez mais exigentes com

suas mercadorias e as empresas precisam de qualquer formar atender as

necessidades dos mesmos, a empresa ao mesmo tempo têm que reduzir seus

custos é necessária uma eficiente área de logística para compor seu quadro de

departamentos, onde visam à qualidade de serviços prestados e produtos

acabados.

Hoje a empresa COBEB trabalha com um layout simples onde a mesma é

utilizada pela AMBEV como modelo para as revendas, mas não há uma

verificação de estudo do tamanho físico, nem a quantidade de pessoas que

irão trabalhar diariamente no setor.

O trabalho de organização fica de acordo com o volume de mercadorias que a

empresa trabalha para três dias de vendas. Os produtos são separados

conforme seu giro de vendas, como segue abaixo:

• Alto giro: Produtos com estoque para três dias de vendas mais n dias de

trânsito;

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• Médio giro: Produtos com estoque para cinco dias de vendas mais n

dias de trânsito;

• Baixo giro: Produtos com estoque para sete dias de vendas mais n dias

de trânsito;

O trânsito refere-se ao tempo de deslocamento que a carreta demora a chegar

da fábrica até o armazém. Dependendo este trânsito pode ser de mais de um

dia ou em um intervalo de menos de um dia.

6.4 Layout - AMBEV

A AMBEV recomenda para as revendas definir seu layout para ter as seguintes

obrigações futuras (GPO- Guia de produtividade Operacional – AMBEV 2007):

• Organização = 5s;

• Agilidade/ confiabilidade nos inventários;

• Diminuição das avarias na armazenagem;

• Produtividade na movimentação;

Para reduzir o impacto das atividades logísticas do armazém devemos obter

maior produtividade como o GPO orienta as revendas. Para isso devemos

diminuir o raio de movimentação das empilhadeiras dentro do armazém, com

isso podemos ganhar produtividade na maximização no giro dos boxes de

produtos, posicionamento de produtos acabados em função de giro de vendas

e localização da área de carregamento.

O posicionamento do produto acabado dentro do armazém deve estar com

conformidade com o perfil de fornecimento da revenda, de forma que no

momento do carregamento as empilhadeiras realizem deslocamentos menores,

com ganhos de produtividade de operação, e conseqüente redução no tempo

médio de carregamento.

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Os boxes destinados a produtos acabados devem ter tamanho que garantam a

rápida liberação para nova ocupação, maximizando a capacidade de

estocagem.

Abaixo temos uma linha de raciocínio que a AMBEV oferece para que suas

revendas formem seu layout para uma melhor estrutura física e lógica.

Dentro do armazém existem atividades e áreas de atividades que são

desenvolvidas pelos ajudantes, onde cada uma requer espaço e tempo para

ser desenvolvidas, sendo elas:

• Área de Picking: área destinada a montagem dos pallets mistos, ou seja,

montagem de pallets que tenham mais de 1 produto;

• Área de Estoque de Segurança: estoque propriamente dito, onde

guardamos o produto acabado;

• Área de descarga de retorno: descarga de devolução de produtos que

não foram entregue devido erro de NF, preço entre outros.

• Área de descarga de vasilhame;

• Área de apuração de refugo;

• Área de blitz;

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• Área de estratificação de trocas e repack;

A área de picking (montagem de cargas dos produtos) é realizada diariamente

pela equipe do armazém quando há um mix de produtos a serem carregados,

quando a carga é homogênea, ou seja, somente um tipo de produto, o mesmo

é feito no seu pallet de produto acabado.

Área de estoque de segurança é feito normalmente para que não faltem

produtos na empresa. A descarga de retorno é uma área que os ajudantes

auxiliam a descarregar os produtos que não foram entregues durante a rota do

dia, devido problemas com NF, pagamento, prazo entre outros, onde nem o

envolvimento de gerentes e supervisores soluciona devido erro do vendedor.

A descarga de vasilhame é realizada pela equipe do armazém e da rota, é feita

em um local determinado onde também acontece a conferência de vasilhames

junto ao que saiu.

O refugo é um item de suma importância para o setor, ele é medido conforme

o volume que retorna de vasilhame, é feita uma varredura nas garrafas de

cervejas que voltam da rota, nelas não podem conter bico quebrado interno e

externo, papéis dentro da garrafa, outro tipo de garrafa divergente da usada na

fabricação de cerveja.

Esse levantamento é feito em todos diariamente, caso o número de refugo seja

alto, todo o caminhão será inspecionado. Este refugo não é aprovado pela

AMBEV, aonde caso esta garrafa chegue à linha de produção é feito uma nota

de pagamento para a revenda.

A blitz é feito sempre na entrada e saída de todos os caminhões e carretas

para a rota, são verificados todos os pallets, uma nova conferência dos

produtos de alto giro, vasilhames vazio vindo da rota, carregamento de carretas

e descarregamento.

Trocas e repack (reembalamento) são realizadas diariamente, a troca é feita

quando o vendedor autoriza tal troca de produtos, este podendo estar mal

cheio, mal embalado entre outros, o repack é realizado pela equipe do

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armazém, onde reembalamos produtos que não tiveram avarias, mas tiveram

suas embalagens avariadas por fenômenos naturais ou humanos.

6.5 Proposta para o novo layout

Abaixo estamos disponibilizando um formato ideal para que a revenda trabalhe

de forma eficiente e eficaz dentro de sua estrutura física e humana, para que

não comprometa mais de 80% dos espaços com produtos e que tenha espaço

para o giro das máquinas que trabalham diariamente.

Tal layout acima reporta a necessidade do ambiente do armazém ter as

definições corretas para um bom trabalho a ser realizado pela equipe do

armazém.

Podemos verificar que o novo layout para o armazém é visto de um ângulo

onde as carretas, empilhadeiras e produtos acabados, tendem a ficar em

espaços pré definidos evitando constantemente o down time (baixa

produtividade) das empilhadeiras, e dos ajudantes que andam constantemente

dentro do armazém.

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A posição de entrada das carretas é feita de uma forma uniforme com o

cavalinho (parte que puxa a carreta) virado para a saída do armazém, visando

menos manobras de forma a ganhar tempos e movimentos.

O layout dos produtos é definido da forma que os autores indicam para uma

melhor distribuição de carga, área e movimentação de pessoas para a criação

de pedidos e evitando o desperdício de temo para a procura desnecessária a

produtos.

Os produtos ficam em lotes respeitando o PEPS (Primeiro que entra, Primeiro

que saí), para que haja um controle mais fácil de suas movimentações, além de

termos dois tipos de lotes de cada produto de alto giro, onde a necessidade de

volume é maior.

Há um espaço de um lote ao outro de no máximo setenta centímetros para que

o conferente consiga enxergar ao final do lote e possa fazer a conferência

correta.

Entre um lote de um produto e outro lote de outro determinado produto há uma

distância considerável onde a empilhadeira possa realizar sua movimentação,

a paleteira e o ajudante, para que seu giro, sua agilidade não seja

comprometida.

Este novo layout investe principalmente na:

• Redução do custo de mão-de-obra;

• Aumento da produtividade;

• Aumento do controle através de maior e melhor informação;

• Melhor nível de serviço;

A redução do custo de mão-de-obra refere-se a termos um novo

redimensionamento do quadro de colaboradores, visto que o espaço físico foi

otimizado para que um melhor aproveitamento dos colaboradores, evitando a

contratação excessiva de pessoas para compor rupturas em nossas atividades.

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O aumento da produtividade refere-se a termos melhorado consideravelmente

a utilização dos espaços por uma nova redistribuição da localização do

produto, onde as máquinas podem trabalhar de forma mais eficiente e com um

grau de giro e produção maior, evitando maiores consumo de gás.

Melhora gradativa do controle de avarias, perdas, furtos e controle operacional

no intuito de avaliar desempenho, despesas e custos onde agregam valores

para tomada de decisões posteriores.

Com todas as melhorias contínuas explanadas acima, o desempenho das

atividades dos envolvidos torna-se mais visível e se transfere automaticamente

para o relacionamento pessoal com o consumidor final.

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CONCLUSÃO

Este trabalho objetivou mostrar como as empresas devem administrar suas

atividades logísticas, estrutura física e flexibilidades dentro dos setores. Essa

preocupação busca reduzir custos, down time e melhor atender as

necessidades dos clientes e de dos colaboradores da empresa.

O tema logística sempre está sob objeto de interesse dos empresários. A

redução de custos aliados ao aumento de produtividade nesse setor nunca

deixará de ser perseguido pelos gestores. Diante do mercado globalizado em

que vivemos e com constantes mudanças, qualquer alteração pode provocar

incertezas para o planejamento e operação das atividades da logística. Isto

exigirá habilidade e constante atualização por parte da administração das

empresas.

Para se atingir a excelência logística, torna-se necessário conseguir ao mesmo

tempo redução de custos e melhoria do nível de serviço ao cliente.

Para o sucesso na implementação de estratégias de operações de logísticas

deve-se sempre adotar a administração de um sistema de medida e avaliação

de desempenho, além do desenvolvimento de uma estrutura organizacional

apropriada para se atingir a excelência nas operações e nas atividades

logísticas.

Na revisão da literatura o tema layout vem a ser o mais apropriado a ser

destacado visto que ele é o maior responsável pelos impactos diretos nas

atividades logísticos.

Sua estrutura lógica no armazém deve ser tratada de forma a trazer a melhor

estrutura física para a revenda adotar no seu armazém.

Definimos logística como sendo a melhor maneira de realizar a melhor

distribuição na hora certa e no lugar certo, com o menor custo e maior

rentabilidade para a empresa.

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O layout impacta diretamente nas atividades e nos custos operacionais da

empresa, onde os controles através das informações podem avaliar a

viabilidade de mudanças e tomada de decisões no momento em que a

empresa visa uma redução de quadros ou aquisições de capital humano ou

investimentos futuros.

Cada empresa deve verificar seus custos, sua estrutura e sua forma de

trabalho para avaliar seu desempenho operacional e se deve reestruturar sua

aplicação operacional na distribuição de seus produtos ou serviços para o

consumidor final.

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REFERÊNCIAS

ARAUJO, Jorge Sequeira de. Administração de materiais. 3 ed. São Paulo:

Atlas, 1974 310p

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos:

planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. São Paulo:

Bokman, 2001.

BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de

abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2005.

FLEURY, Paulo Fernando. Perspectivas para a Logística Brasileira. São

Paulo Atlas, 2002

GIL, Antonio Carlos.Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo:

Atlas, 2008

KOBAYASHI, Shun´ichi. Renovação da logística: como denifir as

estratégias de distribuição física global. São Paulo: Atlas, 2000. 249p.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em

administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2006