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“Pátio de preparação de caldas de pulverização e eliminação de resíduos de agrotóxicos” Leo Rufato José Carlos Fachinello Andrea De Rossi Alci Enimar Loeck PELOTAS 2006 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DEAGRONOMIA ELISEU MACIEL UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS

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“Pátio de preparação de caldas de pulverização e eliminação de resíduos de

agrotóxicos”

Leo Rufato José Carlos Fachinello Andrea De Rossi Alci Enimar Loeck

PELOTAS 2006

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

FACULDADE DEAGRONOMIA ELISEU MACIEL

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS

Pátio de preparação de caldas de pulverização e eliminação de resíduos de agrotóxicos UFPel – UDESC - 2006

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“Pátio de preparação de caldas de pulverização e eliminação de resíduos de

agrotóxicos” Leo Rufato Engenheiro Agrônomo. Prof. Adjunto, UDESC. Av. Luís de Camões, 2090, Caixa Postal 281, CEP: 88520-000, Lages – SC, Brasil . E-mail: [email protected] José Carlos Fachinello Engenheiro Agrônomo. Prof. Titular em Fruticultura FAEM/UFPel. Campus Universitário, Caixa Postal 354, CEP:96010-970, Pelotas - RS, Brasil. E-mail: [email protected] Andrea De Rossi Engenheira Agrônoma. Profa. Adjunta em Fruticultura, FAEM/UFPel. Av. Saldanha Marinho, 108/308, CEP 96020-370, Pelotas – RS, Brasil. E mail: [email protected] Alci Enimar Loeck Engenheiro Agrônomo. Prof. Titular em Entomologia, FAEM/UFPel. Campus Universitário, Caixa Postal 354, CEP: 96010-970, Pelotas – RS, Brasil. E-mail: [email protected]

Pátio de preparação de caldas de pulverização e eliminação de resíduos de agrotóxicos UFPel – UDESC - 2006

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Sumário

Lista de figuras e tabelas.....................................................................................................4

1. Introdução.................................................................................................................5

2. Modelo para preparo de calda de abastecimento para pulverizadores do tipo

turbo..........................................................................................................................7

3. Equipamentos de emergência................................................................................17

3.1 Principais vias de contaminação.............................................................................17

3.2 Vestimentas (calça e jaleco)..................................................................................17

3.3 Botas.......................................................................................................................18

3.4 Avental....................................................................................................................18

3.5 Respirador..............................................................................................................18

3.6 Viseira.....................................................................................................................19

3.7 Boné Árabe.............................................................................................................19

3.8 Luvas......................................................................................................................20

3.9 Classe toxicológica de produtos............................................................................20

4. Equipamentos de emergência em caso de contaminação acidental........................21

Pátio de preparação de caldas de pulverização e eliminação de resíduos de agrotóxicos UFPel – UDESC - 2006

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Lista de figuras e Tabelas Figura 01. Exemplo de contaminação do solo e do lençol freático por agrotóxicos no momento do

preparo da calda de pulverização.......................................................................................................7

Figura 02. Vista frontal do local de preparo com corte esquemático para construção.......................8 Figura 03. Vista superior do local de preparo com corte esquemático para construção....................9

Figura 04. Vista da rampa de coleta do local de preparo com corte esquemático da barreira de

contenção..........................................................................................................................................10

Figura 05. Local de pesagem e medida de produtos, com bancada de concreto e ventilação

adequada...........................................................................................................................................11

Figura 06. Vista da caixa de pré mistura, com acesso superior, e depósito de embalagens sobre a

rampa do local de preparo.................................................................................................................12

Figura 07. Caixa de coleta na rampa de preparo, com depósito de areia (caixa de areia), com

esquema de construção....................................................................................................................12

Figura 08. Corte esquemático para construção da caixa de decantação de resíduos sólidos e

coleta do lodo tóxico..........................................................................................................................13 Figura 09. Vista superior da caixa de separação de partículas sólidas de partículas flutuantes.....14

Figura 10. Vista superior da caixa de separação de partículas sólidas com esquema de drenagem

da caixa com moto bomba................................................................................................................14

Figura 11. Esquema de funcionamento da coleta de resíduos sólidos e líquidos produzidos no local

de preparo de agrotóxicos com correto destino................................................................................16 Figura 12. Lava olhos de emergência, desenvolvido com materiais de baixo custo desenvolvido..21

Figura 13. Chuveiro de emergência, com acionamento facilitado, desenvolvido com materiais de

baixo custo desenvolvido..................................................................................................................21

Lista de tabelas Tabela 01. Relação das áreas de preservação permanentes regulamentadas pelo Código florestal

e CONAMA para corpos de água não Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná........................6

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1. Introdução

Com a necessidade de garantir a qualidade na produção de frutas, a Produção

Integrada, EUREPGap, USGap eNature’s Choice preocupa-se com a qualidade do

ambiente, principalmente quando se trabalha com produtos poluentes. De maneira geral,

os agrotóxicos são produtos químicos que, em sua maioria causam danos aos animais e

ao ambiente. A tecnologia de aplicação de agrotóxicos evoluiu no aspecto de proteção ao

operador e ao ambiente, porém em relação à tecnologia de preparo das caldas ainda

deixa a desejar em relação à segurança ambiental. O preparo da calda de aplicação,

geralmente é feito no próprio equipamento em margens de açudes, rios, córregos ou

poços, representando um grande risco de contaminação aos mananciais (Figura 01).

Apesar de haver um interesse por parte dos agricultores em atender as exigências

de protocolos de produção de frutas e legumes, muitas vezes na necessidade de atender

a conformidades dos mesmos é induzido a construir estruturas inadequadas,

comprometendo inclusive recursos financeiros. Até o momento, não há uma cobrança

mais rígida ou determinação da metodologia de construção de locais adequados para

preparo de calda, por parte dos órgãos ambientais apesar de existir um conjunto de leis e

normas ambientais que abrangem o código florestal (Lei Federal 4.771/65, modificada

pela Medida Provisória 2.166-65/02), a Lei de crimes ambientais (Lei Federal 9.605/98),

as resoluções do CONAMA (004/85 e 020/86 e 302/02) que regulamentam alguns

aspectos, como a área de preservação permanente em corpos de água (Tabela 01).

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Tabela 1. Relação das áreas de preservação permanentes regulamentadas pelo Código florestal e

CONAMA para corpos de água não Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Largura do corpo de água Largura da área de preservação

Até 10 metros 30 metros

De 10 a 50 metros 50 metros

De 50 a 200 metros 100 metros

De 200 a 600 metros 200 metros

Acima de 600 metros 500 metros

Nascentes ou “olhos d’água 50 metros

Lagoas, lagos ou reservatórios de água

naturais ou artificiais.

Áreas urbanas: – 30 metros;

Áreas rurais:

Área superficial até 20 ha – 50 m:

Área superficial mais de 20 ha –100 m

Fonte: Código Florestal e CONAMA.

Toda a informação de armazenagem de agrotóxicos e embalagens e forma de aplicação

encontra-se regulamentada pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) com acesso

pelo site http://www.andef.com.br/ e publicações que podem ser obtidas pelo fone (11) 3087 5033.

A evolução da tecnologia de aplicação de agrotóxicos tem contribuído para a diminuição da

contaminação ambiental, porém no local de preparo e abastecimento do pulverizador, não tem se

observado melhorias. Isso pode ser facilmente demonstrado com um exemplo hipotético de um

pulverizador com capacidade para 2000 litros, se ele for reabastecido 30 vezes em um ano no

mesmo local, considerando-se uma perda durante o preparo, por derrame acidental de 2 litros por

abastecimento, resultaria no final de um ano em perda de 60 litros de calda em um mesmo local,

contaminando o solo e o lençol freático. Esta operação repetida em 10 anos, que é a vida média de

um pomar, pode levar a resultados catastróficos (Figura 1).

Considerando que o local de preparo da calda e abastecimento dos pulverizadores deva

ser seguro e permita à pronta descontaminação dos pulverizadores, assim como, a desativação de

resíduos resultantes de possíveis acidentes será apresentado um protótipo com propósito de

minimizar o problema.

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Figura 01: Exemplo de contaminação do solo e do lençol freático por agrotóxicos no momento do

preparo da calda de pulverização.

O protótipo consiste de um local apropriado para preparo e abastecimento das caldas de

forma a evitar a contaminação ambiental e aumentar a segurança do agricultor de forma acessível,

de baixo custo e fácil construção. O modelo proposto é composto de uma rampa de concreto com

sistema de coleta de derrames acidentais, caixa de pré-mistura de produtos, local para pesagem e

medida de agrotóxicos, depósito de embalagens vazias, tanque para lavagens de EPI´s, chuveiro

de emergência e lava-olhos dentro de uma única estrutura (Figura 2).

2. Modelo para preparo de calda e abastecimento de pulverizadores do tipo turbo.

A base é de concreto com dimensões de 6,0 X 4,5 m, do tipo Portland de acordo com a

NB-1 da ABNT, com Fck ≥ 110Kg/cm2 e consumo mínimo de 300Kg/m3 com a composição de 1:3:5

(cimento, areia e pedra nº 1 e 2), espessura de 10 cm, com uma malha de ferro tipo CA50 de 6,3

mm, montada com 15 X 15cm, sendo a base construída com desnível mínimo de 1,5 % no sentido

da caixa de coleta ao centro da rampa (caixa de areia), conforme planta (Figura 02 e 03).

Contaminação do solo

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Figura 02: Vista frontal do local de preparo com corte esquemático para construção. Pelotas, 2006

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Figura 03: Vista superior do local de preparo com corte esquemático para construção. Pelotas, 2006

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Em torno da rampa de abastecimento, recomenda-se uma elevação da borda de 10cm

para prevenir eventuais derrames acidentais o que garante uma retenção de 2700 litros servindo

de garantia para eventuais rompimentos de mangueiras, vazamento em filtros, bombas, etc, no

momento do abastecimento do mesmo, Figura 04.

O aterro para a construção da rampa deve ser perfeitamente apiloado e nivelado, o

concreto deverá ser polido e submetido à cura de pelo menos 8 dias, conservando constantemente

umedecido.

O deposito de embalagens vazias poderá ser construído sobre a rampa de preparo, com 4

postes de concreto, cercado com tela metálica com portão fechado a cadeado e devidamente

coberto com dimensões de 1,00m x1,00m x 2,00m de altura, com a devida sinalização de

advertência de perigo de agrotóxicos. O local de mistura e pesagem de produto devera ser

construído em alvenaria com dimensões de 1,60m x 1,20m x 2,10m de altura. No interior deverá

conter um armário para guardar os EPI`s, uma mesa feita de concreto armado nas mesmas

especificações da rampa para apoiar os utensílios utilizados no preparo das caldas de

pulverização. Deve ser bem iluminado, ventilado, além de conter as orientações sobre

procedimentos em caso de acidentes, assim como contatos telefônicos de emergência (Figura 05).

Figura 04: Vista da rampa de coleta do local de preparo com corte esquemático da barreira de contenção. Pelotas, 2006

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Na parte superior será acondicionada uma caixa d’água de “plástico tipo PVC” com

capacidade de 500 litros para depósito de calda de pulverização. Na parte inferior será acoplado

um cano de PVC com diâmetro de 75mm com um registro de vazão total, e na outra extremidade

uma mangueira para abastecer o pulverizador (Figura 06). Recomenda-se o acoplamento de uma

mangueira nível na caixa. O acesso do preparador de calda à parte superior da caixa é realizado

através de escada metálica com um ângulo de 45° em relação ao solo e com corrimão em toda a

extensão, assim como, na parte superior da laje onde se encontra a caixa. Para prevenir eventuais

acidentes, os degraus deveram estar espaçados de forma a facilitar o deslocamento do operador.

A estrutura da caixa de preparo da coleta deverá ser construída com capacidade para

suportar com folga seu peso quando completamente cheia.

Figura 05: Local de pesagem e medida de produtos, com bancada de concreto e ventilação adequada. . Pelotas, 2006

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Ao centro da rampa deverá ser construída uma caixa de coleta de possíveis derrames.

Esta caixa é importante no que se refere a decantação de materiais em suspensão também,

conhecida como caixa de areia. As dimensões da caixa de areia são de 30X30x30cm, localizada

no centro da rampa. Esta caixa é conectada ao decantador com cano de PVC 70mm. A conexão

do cano deve ser 15cm do fundo da caixa, para proporcionar a primeira decantação da terra que

pode ser carregada com a água residual, Figura 07.

30 cm

15 cm

30 cm

15 cm

Figura 06: Vista da caixa de pré mistura, com acesso superior, e deposito de embalagens sobre a rampa do local de preparo. Pelotas, 2006

Figura 07: Caixa de coleta na rampa de preparo, com depósito de areia (caixa de areia), com esquema de construção.Pelotas, 2006

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A decantação da água residual é o processo mais importante para o bom funcionamento

do sistema de coleta de água residual do pulverizador. Deve ser construído sobre a rampa e é

composto por duas caixas interligadas em desnível, abaixo do nível solo, para coletar a água

residual da rampa, com capacidade de 500 litros. Deve-se utilizar concreto, do tipo Portland de

acordo com a NB-1 da ABNT, com Fck ≥ 110Kg/cm2 e consumo mínimo de 300Kg/m3 com a

composição de 1:3:5 (cimento, areia e pedra nº 1 e 2), espessura de 10 cm, com um bom

polimento para garantir a impermeabilização da das caixas de coleta (Figura 08).

Em torno das caixas, antes de iniciar a concretagem, deve ser preparada uma base de 10

cm de calcário para garantir a inativação de possíveis micros vazamentos que possam vir a ocorrer

nas caixas.

Além do sistema de coleta de águas residuais, existe outra caixa conectada ao decantador

com uma bomba que permite o reaproveitamento das águas residuais.

A decantação das partículas mais pesadas ocorre na caixa 01 do decantador, onde a água

da rampa entra, existe também uma barreira que impede das partículas flutuantes de passar para

caixa 02 (Figura 09). Na caixa 01 deve ser instalado um registro para esgotamento do lodo, que é

aberto após o destino final da água da segunda caixa (Figura 10). O tempo de decantação

adequado para que ocorra a deposição de todo o lodo deve ser superior a 24 horas.

Figura 08: Corte esquemático para construção da caixa de decantação de resíduos sólidos e coleta do lodo tóxico

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Destino dos resíduos líquidos

Nem sempre é viável a reutilização imediata de resíduos líquidos produzidos; por isso, a

caixa de decantação permite a coleta das sobras de caldas para posterior utilização ou descarte.

Quando a caixa 02 está completa (água que já passou por um processo de decantação

das partículas sólidas mais pesadas, na caixa de areia, logo após na caixa 01), podemos captar

EntradaEntrada dadaááguagua

Cai

xaC

aixa

0101

Cai

xaC

aixa

0202

Dec

anta

dor

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anta

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cula

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EntradaEntrada dadaááguagua

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Figura 09: Vista superior da caixa de separação de partículas sólidas de partículas flutuantes. . Pelotas, 2006

Figura 10: Vista superior da caixa de separação de partículas sólidas com esquema de drenagem da caixa com moto bomba. Pelotas, 2006

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esta água com uma moto bomba, munida de filtro de linha, com malha igual a do pulverizador para

evitar a entrada de partículas capazes de entupir os bicos de pulverização enviando-a a caixa de

preparo da calda (Figura 11). Esta calda pode conter os seguintes destinos:

1. Caso exista muita partícula de argila em suspensão, a calda pode ser utilizada diluída 2

vezes o seu volume e a aplicamos sobre a área já tratada;

2. Caso não exista muita partícula em suspensão, a calda pode ser utilizada na preparação

de caldas de herbicidas;

3. Quando a água residual é de proveniência de herbicidas, o cuidado deve ser redobrado

para evitar fitotoxicidade às plantas. Neste caso, dilui-se 3 a 5 vezes o volume de calda e aplica-se

sobre a área já tratada ou em áreas de pousio;

O lodo remanescente no fundo da caixa de areia e das caixas 01 e 02 do decantador deve

ser coletado, após o esvaziamento das respectivas caixas, com auxilio de uma pá e acondicionado

em um recipiente completamente vedado até seu destino final.

Pode-se encaminhar este lodo para um aterro legalizado que receba material contaminado

ou diluir este lodo na porção de uma parte para 2 partes de cal virgem e após uma boa mistura,

distribuir nas entrelinhas dos pomares de forma alternada. Assim a cal e a radiação solar

acelerarão a desativação da molécula em questão.

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Figura 11: Esquema de funcionamento da coleta de resíduos sólidos e líquidos produzidos no local de preparo de agrotóxicos com correto destino. Pelotas, 2006

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3. Equipamentos de emergência

Alem dos avisos de perigo e telefones de emergência próximo ao local de preparo,

é necessário para a segurança do preparador o uso correto de EPI´s, que consiste de

treinamentos específicos para o preparador e o aplicador, o uso dos EPI é fundamental

para reduzir o risco de absorção do produto tóxico pelo organismo, protegendo a saúde

do trabalhador, conforme metodologia de para uso de EPI, recomendada pela ANDEF

(Associação Nacional de Defesa Vegetal).

3.1 Principais vias de contaminação:

Fonte: www.andef.com.br

Uso dos EPI - como vestir

3.2 Vestimentas (calça e jaleco)

• Devem ser tratados com hidrorrepelentes; • Para aplicações com equipamento de pulverização

costal ou mangueira; • A calça deverá ter um reforço extra na perna com

material impermeável (perneira), para aumentar a proteção;

• Vestir sobre a roupa comum (bermuda e camisa de algodão) para aumentar o conforto e permitir a retirada em locais abertos;

• Os cordões da calça e do jaleco devem estar bem ajustados e guardados para dentro da roupa.

Fonte: www.andef.com.br

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3.3 Botas

Fonte: www.andef.com.br

• Devem ser de PVC, de preferência brancas. Botinas de couro não são recomendadas, pois não são impermeáveis e encharcam facilmente;

• A bota deve ser usada com meia e a barra da calça deve ficar para fora do cano, para o produto não escorrer para os pés.

3.4 Avental

• Tem o objetivo de proteger o corpo durante o preparo da calda e durante a pulverização com equipamento de pulverização costal ou mangueira;

• Deve ser de material impermeável e de fácil fixação nos ombros;

• O comprimento deve ser até a altura dos joelhos, na altura da perneira da calça.

Fonte: www.andef.com.br

3.5 Respirador (máscara)

• Tem o objetivo de evitar a inalação de vapores orgânicos, névoas e partículas finas através das vias respiratórias;

• Existem basicamente dois tipos de respiradores: sem manutenção (chamados descartáveis) e os de baixa manutenção, que possuem filtros especiais para reposição;

• Os respiradores devem sempre possuir carvão ativado; • O aplicador deve estar barbeado para permitir que o respirador fique encaixado

perfeitamente na face.

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Fonte: www.andef.com.br

3.6 Viseira

• Deve ser utilizada para proteger os olhos e o rosto das gotas ou névoa da pulverização;

• A viseira deve ser de acetato com boa transparência para não distorcer a imagem, forrada com espuma na testa e revestida com viés para evitar cortes.

Fonte: www.andef.com.br

3.7 Boné árabe

Fonte: www.andef.com.br

• Feito em tecido de algodão tratado para tornar-se hidrorrepelente;

• Protege o couro cabeludo e o pescoço contra respingos.

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3.8 Luvas

• As luvas protegem a parte do corpo com maior risco de exposição: as mãos;

• As luvas mais recomendadas são de borracha nitrílica ou neoprene, pois servem para todos os tipos de formulação.

Fonte: www.andef.com.br

3.9 Classe toxicológica de produtos

Fonte: www.andef.com.br

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4. Equipamentos de emergência em caso de contaminação acidental

Em caso de contaminação acidental, foi desenvolvido um lava olhos, (Figura 11) e

um chuveiro de emergência, (Figura 12) com materiais encontrados em revendas de

material de construção, com baixo custo com acionamento facilitado.

Figura 12: Lava olhos de emergência, desenvolvido com materiais de baixo custo desenvolvido. . Pelotas, 2006

Figura 13: Chuveiro de emergência, com acionamento facilitado, desenvolvido com materiais de baixo custo desenvolvido. . Pelotas, 2006