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l lNSTITUTOSOCK)AMS~WTAl Data ,, I 1 __ ~-· c;rDct>~-~~ _ _ _ _ 31. 5. 83_- _P. K.N. _ - _PROJETO_KAIOWA_NANDEVA_ - _AMAMBAI-_MATO_GROSSO_DO_SUL. --- --- o P.K.N., iniciado há 7 anos, contou desde 1979 com o apoio do fundo Sa muel e posteriormente da A.D.E. (Diaconato Mundial -da Holanda) e B.f.d.W (Pão para o Mundo -Alemanha) no desenvolvimento de um programa de roças-nas reservas proximas a Amambai. O objetivo é de possibilitar ao indio maior autononiacom relação a sua rubsistencia, para a qual vinha dependendo em alto grau da "Changa'', do trabalho mal remunerado nas fazendas. Des:a forma se propõe também a contribuir para a organização interna des- tas comunidades frente a seus problemas. Atualmente o PKN atua em tres reservas (TAKUAPIRY, RAMADA e JACAREY), dando apoio a grupos de roças comunitarias através de fornecimento de s~ mentes, ferramentas e previstas, apoio em sementes para roças familiares e ajuda ~a comercialização da produção. Neste ano termina o contrato com ADB e BfdW e será feita uma avaliação do trabalho com vistas a traçar os rumos de sua continuidade. A visita ao PKN, juntamente com Rev. W. Hoekstra (secretário para America._\ Latina da ADB), teve como objetivo discutir a situação atual do projeto, r""' a proposta de avaliação e o encaminhamento de sua continuidade frente à ADB. Os ternas discutidos foram basicamente: o trabalho nas reservas - relacionamento com as Missões - relacionamento com a FUNAI envolvimento do PKN na política indigenista da região proposta para avaliação do PKN continuidade a parlir de 1984. ,-... Trabalho nas reservas O equipe do PKN, formado por Celso Aoki (antropologo e Coordenador) r Paulo Pepe da Silva (antropologo) e Israel (tecnico ~gricola), dividiu a responsabilidade de cada um perante urna Reserva (Celso ~Takuapiry, Paulo - Jacarey, Israel - Ramada) e buscam realizar visitas conjuntas as aldeias para acompanhamento e avaliação do programa desenvolvido .• A assessoria ao PKN é de responsabilidade de Rubem de Almeida (CEDI- RJ) e Carlos Alberto Ricardo (CEDI-S.P.}. · Para a realizaçã~ do trabalho a equipe dispõe de um pick-up Toyota e um caminhão medio Mercedes Benz. A impressão é de que o trabalho de roças nestas reservas realmente _se consolidou, tendo am?la aceitação por parte da comunidade. Um sinal disto é que dos mais de cincoenta grupos existentes, apenas um aderiu ao pr2;t;arna de roças implantado pela FUNAI nas ·reservas. Oútro sinal é que novos grupos vem se formando e chefes de familia bus cam apoio para suas roças "Particulares". - No decorrer dos anos os criterios para fornecimento de sementes, ferra- mentas e previstas se aprimoraram de tal forma que se pode dizer que de fato está reduzido ao rninimo necessário para possibiliar a implan- tação das roças. · A colheita deste ano, ~om exceção do arroz, foi muito prejudicada pe- las intensas chuvas que ainda agora continuam a cair sobre a região. O empenho maior da equipe neste'ultimo anos tem sido na comercializa- ção da nrodução das roças, que os indios costumam vender a preços -i~- risorios as intermediarias da região. O PKN vem organizando a comunidade no sentido ae·escoar a produção de uma forma coordenada, em que o PKN adiantaa~s indios o preço minimo pago pelo Banco do Brasil. 1

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Page 1: lNSTITUTOSOCK)AMS~WTAl l Data ,, ~-· c;rDct>~-~~ fileData ,, I 1 __ ~-· c;rDct ... PKN na continuidade de seu trabalho a partir de 1984. Pela exiguidade do tempo e pela condição

llNSTITUTOSOCK)AMS~WTAl Data ,, I 1 __

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31. 5. 83_- _P. K.N. _ - _PROJETO_KAIOWA_NANDEVA_ - _AMAMBAI- _MATO_GROSSO_DO_SUL. --- ---

o P.K.N., iniciado há 7 anos, contou desde 1979 com o apoio do fundo Sa muel e posteriormente da A.D.E. (Diaconato Mundial -da Holanda) e B.f.d.W (Pão para o Mundo -Alemanha) no desenvolvimento de um programa de roças-nas reservas proximas a Amambai.

O objetivo é de possibilitar ao indio maior autononiacom relação a sua rubsistencia, para a qual vinha dependendo em alto grau da "Changa'', do trabalho mal remunerado nas fazendas. Des:a forma se propõe também a contribuir para a organização interna des­ tas comunidades frente a seus problemas. Atualmente o PKN atua em tres reservas (TAKUAPIRY, RAMADA e JACAREY), dando apoio a grupos de roças comunitarias através de fornecimento de s~ mentes, ferramentas e previstas, apoio em sementes para roças familiares e ajuda ~a comercialização da produção.

Neste ano termina o contrato com ADB e BfdW e será feita uma avaliação do trabalho com vistas a traçar os rumos de sua continuidade. A visita ao PKN, juntamente com Rev. W. Hoekstra (secretário para America._\ Latina da ADB), teve como objetivo discutir a situação atual do projeto,

r""' a proposta de avaliação e o encaminhamento de sua continuidade frente à ADB. Os ternas discutidos foram basicamente:

o trabalho nas reservas - relacionamento com as Missões - relacionamento com a FUNAI

envolvimento do PKN na política indigenista da região proposta para avaliação do PKN continuidade a parlir de 1984.

,-...

Trabalho nas reservas O equipe do PKN, formado por Celso Aoki (antropologo e Coordenador) r Paulo Pepe da Silva (antropologo) e Israel (tecnico ~gricola), dividiu a responsabilidade de cada um perante urna Reserva (Celso ~Takuapiry, Paulo - Jacarey, Israel - Ramada) e buscam realizar visitas conjuntas as aldeias para acompanhamento e avaliação do programa desenvolvido .•

A assessoria ao PKN é de responsabilidade de Rubem de Almeida (CEDI- RJ) e Carlos Alberto Ricardo (CEDI-S.P.}. ·

Para a realizaçã~ do trabalho a equipe dispõe de um pick-up Toyota e um caminhão medio Mercedes Benz.

A impressão é de que o trabalho de roças nestas reservas realmente _se consolidou, tendo am?la aceitação por parte da comunidade. Um sinal disto é que dos mais de cincoenta grupos existentes, apenas um aderiu ao pr2;t;arna de roças implantado pela FUNAI nas ·reservas. Oútro sinal é que novos grupos vem se formando e chefes de familia bus cam apoio para suas roças "Particulares". - No decorrer dos anos os criterios para fornecimento de sementes, ferra­ mentas e previstas se aprimoraram de tal forma que se pode dizer que de fato está reduzido ao rninimo necessário para possibiliar a implan- tação das roças. · A colheita deste ano, ~om exceção do arroz, foi muito prejudicada pe­ las intensas chuvas que ainda agora continuam a cair sobre a região. O empenho maior da equipe neste' ultimo anos tem sido na comercializa­ ção da nrodução das roças, que os indios costumam vender a preços -i~­ risorios as intermediarias da região. O PKN vem organizando a comunidade no sentido ae·escoar a produção de uma forma coordenada, em que o PKN adiantaa~s indios o preço minimo pago pelo Banco do Brasil.

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Page 2: lNSTITUTOSOCK)AMS~WTAl l Data ,, ~-· c;rDct>~-~~ fileData ,, I 1 __ ~-· c;rDct ... PKN na continuidade de seu trabalho a partir de 1984. Pela exiguidade do tempo e pela condição

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Esse programa de comercialização deverá ser uma das prioridades do PKN na continuidade de seu trabalho a partir de 1984.

Pela exiguidade do tempo e pela condição das estradas não foi pos­ sivel urna visita as reservas. Acredito que a avaliação programada trará maiores esclarecimentos sobre o desenvolvimento deste trabalho e das dificuldades encontradas.

- Relacionamento com as Missões - Junto aos indios desta regiao atuam diversas missões. A lªdelas,por oidemde chegàda, é a Missão Kaiowá, com sede em Dourados onde con­ str~iu um ho~pital para atendimento da tuberculose, com sub-sedes junto a gran~ parte das reservas. ~ presença ma·s forte desta Missões é na reserva de Dourados, e nos últimos anos, em se enfraquecido nas outras reservas. O trabalho se\aã no campo da evangelização, saude e educaçã?, e des­ ta forma - apesar das tensões iniciais durante a implantação do PKN - cada um leva seu trabalho, sem maiores interferencias.

A 2ª delas é a Missão Alemã, com sede junto à Reserva de Pirajui: As tensões ini iais com a chegada do PKN com nova proposta de traba­ lho, somado a m grave conflito interno da comunidade criou um clima que ~mpossibil"tou a continuidade do trabalho nesta reserva. Como a Missão Alemã no está presente nas outras reservas onde atua o PKN· o relacionamen o praticamente inexiste. '

A 3ª delas é a Missão Tapeporã, Metodista, na reserva·de Dourados. Entre as missõ s evangelicas é a que tem demonstrado maior comprome timento com a auto-determinação da população indigena, e estão sendo feitas.tehtati~as de maipr artiçulação e coordenação entre os traba­ lhos de PKN, C'~IMI, Missão Tapeporã, encontrando ainda obstaculos. . .

Por Gltimo, o IMI (Conselho Indigenista Missio~ario~ .•. da Igreja Cat6lica, que tem assumido firme· posição na defesa doé direitos das_Q1opulaçõES.ind!genas da região, promovendo a sua cresce~ te articulaçao1 e organ1~açao. · _ Entre PKN e CI~I existe grande entrosamento e verdad~ira coordenaçao dos trabalhos as reservas, o que vem sendo um apoio e estimulo pàra .. ambas as parte.

Relacionamento/ com a FUNAI A nivel local com os chefes de posto, em Takuapiry e Jacarey existe pouca interfe~1encia, mas nenhuma colaboração,e em Ramada o chefe ~e posto tem bus ado exercer influencia junto aos indios no sentido de inviabilizar , trabalho do PKN, com pouco sucesso.

A nivel regioJa! - o novo Delega~o Regional recentemente nomeado tem pessima reput~çao pela sua atuaçao em detrimento dos indios no norte do Brasil e,sqa nomea~ão parece estar ligadoª implantação de urna "linha dura" ~m relaçao a crescente organizaçao indigena.

' 1 A nivel nacional a politica da FUNAI vem se tornando cada vez mais repressiva, ; em s errt.í.do inverso do processo de abertura democra tica nacional. Os nume:tu5Gsconflitos entre grupos indigenas e interesses .economicos locais faz com que haja enorme desconfiança em relação a "agentes infiltrados" que teriam interesse em promover tais confli­ tos, ao inves de a FUNAI encarar de frente a realidade que os torna inevitaveis. Isto provavelmente explica o fato de a equipe do PKN não ter recebido a renovação de sua autorização para entrada nas are as indigenas, o que vem dificultando a sua atuação nas reservas.

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___ ·----~_:- __ Envolvimento do PKN na poli tica indigenista regional l · · -·· · - · - · · --Pe-1-~-promoção das II Semana do Indio" -em Campo Grande ve. se ar-t í.cu Lan

do um crescente numero de pessoas de diversas profissõ~s que se pro­ põe a promover a defesa da causa indigena. Com a vitorla da oposição para o governo do Estado tal articulação vem se fortalecendo, resul­ tando numa divulgação mais ampla pela impresa e televisão de denun - cias a respeito da situação indígena no Estado e na di~cussão da po- lítica estadual em relação a estas questões. 1 O coordenador do PKN~ Celso Aoki, vem tendo uma participação bastan­ te ativa nesta articulação que poderá ter um peso crescente no desen volvimento da luta indigenista na região.

1 - AValiação do PKN -

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A ~artir do final do m~s de junho, at~ final de julho,·o PKN passar~ po~ um processo de avaliação de seu trabalho de sete anos junto aos indios Kaiowá-Nandeva da região. · A expectativa em relação a esta avaliação é bastante grande no senti do de possibilitar uma visão critica desta caminhada e definir as prioridades para a continuidade deste trabalho. As pesso?~ convidadas a·contribuir para esta avaliação fazem preyer que esta expectativa seja realizada. J.Grünberg, solicitado a participar da avaliação por parte da ADB e BfdW, tem larga experiência em projeto semelhante, junto aos índios Kaiowá do Paraguay, além de ter participado da avaliação de muitos outros projetos indígenas na America Latina. Pe. Mehliat, jesuíta, tem longo tempo de convivia e profundo conheci­ mento do povo Guarani e deverá participar também da avaliação do tra­ balho desenvolvido pelo CIMI nesta região. Ambos dominam a língua guarani·o que· faciiita a comunicação e mais ainda a'confiança dos índios em relação a sua presença. Marçal é ele mesmo um indio Guarani, liderança reconhecida a niv~l pa cional. Ele poderá contribuir imensamente para esclarecer a compree~­ são e··a visão que os proprios indios tem do PKN e do trabalho desen - volvido. · Gilberto Azanha é coordenador do Centro de Trabalho Indigenista, .que atua junto a dive~sas comunidades indígenas com base.numa ·opção· e· at~ ação firme~ pela auto-determinação destes povos. Sua participação pq­ derá em muito enriquecer a discussão da política indigenista do PKN em relação a.situação dos índios nesta região. A~reditam:,sque esta proposta para avaliação do PKN, para a qual a pro­ pria equipe indicou os nomes mencionados, vai possibilitar uma ampla revisão critica de todo o trabalho desenvolvido, contribuindo.com ele mentas valiqsos para traçar os rumos de sua continuidade. Poderá con= tribuir ainda para fortalecer a articulação. entre distintos grupos que atuam no mesmo campo com propostas semelhantes, como o CIMI e o CTI.

~ Continuidade a partir de 1984 -

A definição dos ru~os para a continuidade do PKN a partir de 1984 será feita com base na ~tual avaliação e sua posterior discussão. No entan­ to já está clara a posição da equipe de que a sua participação no pro­ jeto de roças comunitarias deverá diminuir e ter um novo carater/e que se buscará dar continuidade ao apoio à comercialização da produção, contribuindo para a articulação interna das comunidades para este fim. O papel político do PKN em relação a questões basicas, como a grave si tuação de falta de terras e a expulsão dos índios das fazendas para as reservas, ou em relação a situações de emergência a exemplo do surto de sarampo na reserva de AmambaiJvem dando um peso crescente a sua a­ tuação, o que deverá se refletir também na proposta de continuidade.

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Será também avaliada a necessidade ou validade de se abrir uma nova frente de ~atuação por parte do PKN nas reservas, p.ex. no campo da saude ou educação.

Conclusão

A atuação e a presença do PKN junto aos indios Kaiowá-Nandeva desta região representa, junto com o CIMI, a única alternativa à presença e atuação da FUNAI e das Missões, atuação alienada e alienante em re lação às questões básicas para a sobrevivência e o futuro deste povo.

O PKN con~uistou nestes anos um espaço voltado para a organização destas comunidades com vistas a su'a auto-determinação. Apropria ava liação poder~ contribuir para esclarecer em que medida a potenciali= dadé de tal ~tspaço foi de fato utilizada na concretização destes ob­ jetivos, que everão também orientar a continuidade do trabalho.

Para a contin idade do trabalho do PKN na realização dos objetivos que não só justificam mas tornam imprescindível a sua presença na re gião é essenc]al: 1) - o apoio da\S Comunidades onde atua - a caminháda dos índios rume a.

sua crescente auto-determinação apenas se torna viavel com·base - em sua org1nizacâo crescente e autônorn& frente a suas necessida-

des. - O PKN cont ibuiu decisivamente para a organização das comunidades onde atua rente à sua necessidade mais premente: alimentação. No ~ntanto é essenci~l avaliar o grau de autonomia adquirida pela comunidade nesta organização para a) garanti que com a retirada ou a alteração da participação ·de

PKN no programa de roças não se comprometa a organização da co munidade frente a ésta necessidade basica;

b) ·que a c ntinuidade do apóio do PKN a este programa se dê no · sentido dé c0nso1tidàr;:· a autonomia desta organização. O progr ma de r-oça s ,' somado à· articulação . com vis tas a um~. co mercial"zação mais favoravel do excedente produzido p9de con- . tribuir para·uma crescente independencia em relação· à·"changa"· como un·ca forma.de acesso aos recursos riecessarios para o â.ten:dim nto de outras necessidades. · ·:.·.

O apoio dap comunidades à presença do PKN na região se dá na· 'med í, da em que p projeto contribue para o fortalecimento concreto da· comunidade! frente a.suas necessidades, seja a nível de roças, seja a .nível de outra necessidade definida como prior~taria ·tam- bém pelos ~ndios. · · Uma necess"dade vital não só para a auto-determinação, mas para apropria obrevivência física e cultural deste povo, nos parece ser a terr.

As reserva~b existentes se demonstram claramente insuficientes pa­ ra garanti à crescente população Kaiowá-Nandeva as condições de que ne cés slí.t a.: pa r a a sua sobrevivência como povo inGigena, ao mesmo tém~o em que este seu direito está em conflito mais direto com os interesses economicos da sociedade envolvente. Esta tensão se torna visível nas tentativas ainda timidas dos indios de re­ haverem terras a que tem direito pelo proprio Estatuto do Indio, e como isto se refletiu no relacionamento ~ntre PKN e FUNAI.

2)- articulação dos trabalhos e do apoio - A articulação crescente dos trabalhos que se desenvolvem junto aos indios desta região dentro deste mesmo espirita, e o crescente a­ poio a estes trabalhos por parte de entidades e grupos de apoio à causa indígena nos parece um desenvolvimento muito positivo e es - sencial para fortalecer~ posição dos indios na defe<:flde seus di­ reitos. 4

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- Apoio econômico - a continuidade deste trabalho e o .desenvolvimento . desta proposta dependem também essencialmente do apoio economico- ··-··----····­ que garanta as condições imprescindiveis à sua realização. Por sua vez, a continuidade do apoio economico é mais viavellpara u ma porposta de continuidade que não altere basicamente as proporções atuais do projeto, no que diz respeito à equipe, atualmente estavel, à infraestrutura (especialmente veicules) e os criterios desenvol­ vidos para o apoio necessario à comunidade na organização de um pro­ grama de trabalho.

Dentro destas perspectivas o Rev. W.Hoekstra, ao mesmo tempo em que noticiava a intenção de a Comissão Agro-social da ADB diminuir a sua participação no projeto a partir do ano que vem, se demonstrou dii­ posto a solicitar à Comissão para America Latina da ADB, da qual é secretario, participar na continuidade deste trabàlho •.

Acredito que o PKN, com base na experiencia acumulada durante estes sete·anos e nos resultados alcançados pelo seu trabalho, ainda tem muito a oferecer às comunidades indigenas desta região em busca de seu pleno direito ã existencia oomo.·~pby~~tndigena.

são Paulo, junho de 1983

J.Schoenmaker

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