livro verde da mobilidade urbana
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Mobilidade numacidade verde
Nuno Quental(Doutorando no Instituto Superior Técnico e
colaborador da Escola Superior de Biotecnologia)
S - Estado•Qualidade do ar
•Concentração de GEE (alterações climáticas)
•Temperatura do ar (efeito de ilha de calor)
I - Impactes•Doenças respiratórias
•Stress
•Mortos e feridos (acidentes)
P - Pressões•Emissões atmosféricas
•Consumo energético
•Usos do solo
•Ruído
•Intrusão visual
R - Respostas•Ruas pedonais
•Eliminação de barreiras à circulação a pé
•Ciclovias
•Sinalização das vias
•Corredores bus
•Campanhas de sensibilização e acesso à informação
•Oferta e qualidade do transporte público
•Intermodalidade
•“Taxas verdes”, estrutura dos financiamentos, política de preços
•Bilhética
•Coordenação e planeamento regionais
D - Forças motrizes•Dinâmicas populacionais
•Dinâmica económica
•Expansão e dispersão urbanas
•Condições socioeconómicas
•Estilos de vida
•Motorização e consumo de combustíveis
•Movimentos pendulares e tempos de viagem
•Repartição modal
•Eficiência económica
Os problemas avolumam-se
Emissões poluentes(dos transportes terrestres)◦ Representam 21% das emissões
totais de GEE (UE) /23% em Portugal
◦ Desde 1990, as emissões de GEE cresceram 23% (UE)
◦ Representam 31% do consumo de energia final (UE, incluindo aviação)
Portugal
Os problemas avolumam-se
Emissões poluentes(dos transportes terrestres)◦ Emissão de partículas e de
percursores do ozonoprovenientes dos transportesdiminuíram de 30 a 40% entre1990 e 2003 (países da AEA)
Aglomeração do Porto Litoral
Os problemas avolumam-se
Impactes na saúde◦ 370 000 mortes prematuras devido à
diminuição da qualidade do ar (UE)
◦ 1,64 milhões de mortes em acidentes desde 1970 (Europa)
◦ Mais de 40 000 mortes em 2000 (UE)
◦ 1094 mortes em 2005 (Portugal)
Impactes nos ecossistemas◦ Fragmentação dos habitats
◦ Impermeabilização do solo
Custos externos◦ Equivalentes a 7% do PIB
(UE + Suiça + Noruega)
Um contexto favorável
Carta de Leipzig sobre as Cidades Europeias Sustentáveis◦ Necessitamos cada vez mais de estratégias globais e da acção
concertada de todas as pessoas e instituições que participam no processo de desenvolvimento urbano, mesmo para além dos limites da cidade.
◦ Deve ser, por isso, incrementada a interacção entre a arquitectura, o planeamento das infra-estruturas e o ordenamento urbano de modo a criar espaços públicos atraentes, construídos em função das necessidades dos seus utilizadores e um ambiente de vida de nível elevado, uma cultura arquitectural.
Livro verde dos transportes urbanos
Negociações no âmbito das alterações climáticas
Planos e programas de acção para a melhoria da qualidade do ar
Um contexto favorável
Portugal União Europeia
Alterações
climáticas
•Entre 2008 e 2012, Portugal pode aumentar as
emissões de GEE em 27% relativamente a 1990 /
ou 29,4% em 2020.
•Pode aumentar, em relação a 1990
•Redução das emissões de gases com efeito de
estufa em 8% no período entre 2008 e 2012
relativamente a 1990.
•Reduzir até 2020 pelo menos 20% das emissões
de GEE relativamente a 1990.
Energia
•Produzir 45% da energia eléctrica através de
fontes renováveis em 2010.
•Produzir 31% do consumo total de energia com
origem renovável em 2020.
•Produzir 39% da energia eléctrica através de
fontes renováveis em 2010.
•Reduzir o consumo de energia primária em 20%
até 2020.
•Produzir 20% de energia primária em 2020 (meta
intermédia em vigor de 12% para 2012) por via
renovável.
•Produzir 18 % da electricidade por cogeração até
2010.
Biocombustíveis•Atingir um consumo de 10% de biocombustíveis
pelos transportes rodoviários em 2010.
•Atingir um consumo de 10% de biocombustíveis
pelos transportes rodoviários em 2020.
•Redução do teor de enxofre nos combustíveis
rodoviários até aos 50 ppm em 2005, e até aos 10
ppm em 2009.
Um contexto favorável
Automóveis mais limpos◦ Eficiência dos automóveis ligeiros permitirá reduzir o seu consumo de
energia em 2,1% ao longo da próxima década
◦ Normas EURO para automóveis ligeiros (g/km)
Tipo Data CO HC HC+NOx NOx PM
Gasóleo
Euro IV Jan. 2005 0.50 - 0.30 0.25 0.025
Euro V (proposed)
Sept. 2009
0.50 - 0.23 0.18 0.005
Euro VI (proposed)
Sept. 2014
0.50 - 0.17 0.08 0.005
Gasolina
Euro IV Jan. 2005 1.0 0.10 - 0.08 -
Euro V (proposed)
Sept. 2009
1.0 0.10 - 0.06 0.005b
Euro VI (proposed)
Sept. 2014
1.0 0.10 - 0.06 0.005
O desafio
Maia
Gondomar
Vila do Conde
Vila Nova de Gaia
Valongo
Porto
Matosinhos
Póvoa de Varzim
Espinho
±
0 10 205
km
Repartição modal (2001)
% do total de movimentos pendulares
A pé
Transporte colectivo
Transporte individual
Outros
Utilização do transporte colectivo (2001)% do total de movimentos pendulares
13,8 - 22,8
28,6 - 28,9
31,9 - 33,5
Maia
Gondomar
Porto
Vila do Conde
Vila Nova de Gaia
ValongoMatosinhos
Póvoa de Varzim
Espinho
±
0 10 205
km
Variação da repartição modal (1991-2001)
%
A pé
Transporte colectivo
Transporte individual
Outros
Variação no transporte colectivo (1991-2001)%
-3,8 - -2
-11,4 - -7,2
-16,8 - -15,2
Recuperar a relevância do transporte público
O desafio
O desafio
Eliminar barreiras à circulação...
O desafio
... favorecendo os meios amigos do ambiente
O desafio
Criar espaços públicos atractivos...◦ Copenhaga: mais de 96000 m2 de zonas pedestres
◦ Gent: enorme zona pedestre no centro
◦ Oxford: novas zonas pedestresreduziram tráfego no centro em 20%
O desafio
... ajudando o comércio local
O desafio
Valorizar o verde que ainda resta criando uma rede de corredores
Comentários finais
Alguns desafios fundamentais para se estabelecer uma nova cultura de mobilidade urbana:◦ Resolver os estrangulamentos institucionais (a sempre adiada AMT...)
◦ Estudar e concretizar mecanismos de incentivo e desincentivo económicos
◦ Concertar as políticas de ordenamento com as de transportes (transit oriented development, novo urbanismo...)
◦ Reinvestir fortemente na qualidade do espaço público
◦ Criar uma rede de ciclovias e de corredores verdes
◦ Continuar a apostar numa política de frotas mais amigas do ambiente
◦ Melhorar a comunicação e a informação