livro texto: andrade, eduardo, leopoldino. de.; introdução à pesquisa operacional. 3 a. ed. rio...
TRANSCRIPT
Livro Texto:
ANDRADE, Eduardo, LEOPOLDINO. de.; Introdução à pesquisa operacional. 3a. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2004.
AULA 02AULA 02
MODELAGEM DE MODELAGEM DE PROBLEMAS GERENCIAISPROBLEMAS GERENCIAIS
PESQUISA OPERACIONAL
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA:
Três aspectos a serem levados em conta:
1. Descrição exata dos objetivos do estudo;
2. Identificação das alternativas de decisão
existentes;
3. Reconhecimento das limitações, restrições e
exigências do sistema.
CONSTRUÇÃO DO MODELO:
É a fase mais criativa: a qualidade de todo o processo
depende do grau de representação da realidade.
Os modelos variam de simples modelos conceituais até
complexos modelos matemáticos.
SOLUÇÃO DO MODELO:
Depende da:
Escolha do algoritmo ou método matemático mais
adequados às características do modelo.
Disponibilidade de software apropriado para
solução e produção das informações necessárias
para a decisão.
VALIDAÇÃO DO MODELO:
O modelo é válido quando for capaz de fornecer
uma previsão ACEITÁVEL do comportamento do
sistema.
Modo de avaliar: utilizar dados passados e verificar
se o modelo reproduz o comportamento manifestado
pelo sistema.
IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO:
A solução deve ser convertida em regras
operacionais.
Deve ser controlada e monitorada pela equipe
responsável; eventuais correções podem ser
necessárias.
AVALIAÇÃO FINAL:
Garante a adequação das decisões às reais
necessidades do sistema e a aceitação mais fácil
pelos setores envolvidos.
Nenhum modelo capta todas as características e
nuanças da realidade: A EXPERIÊNCIA É
FUNDAMENTAL.
O MODELO NO PROCESSO DE DECISÃO
DECISÃO
PERCEPÇÃO
RECONHECI-MENTO DO PROBLEMA
CRIAÇÃO DE ALTERNA-TIVAS
AVALIAÇÃO DAS ALTER-NATIVAS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
FACILIDADES OFERECIDAS PELOS
MODELOS:
Visualização da estrutura do sistema real em análise;
Representação das informações e suas inter-relações;
Sistemática de análise e avaliação do valor de cada
alternativa;
Instrumento de comunicação e discussão com outras
pessoas.
MODELO MENTAL PARA A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS SIMPLES:
Todas as pessoas normais utilizam experiência, conhecimento e
racionalidade para avaliar as conseqüências de cada alternativa:
TODOS OS GERENTES POSSUEM SEU PRÓPRIO
MODELO MENTAL DE DECISÃO
MODELO FORMAL:
Necessário para problemas mais complexos;
Complementa o modelo mental dos gerentes;
Estruturas lógicas e ordenadas para avaliação dasconseqüências.
VARIÁVEIS
TIPOS:
VARIÁVEIS DE DECISÃO: Fornecem a base para a
decisão;
CONTROLÁVEIS OU ENDÓGENAS: Geradas pelo
modelo, dependem dos dados e das informações, e da
estrutura do modelo;
NÃO-CONTROLÁVEIS OU EXÓGENAS: São
fatores ou dados externos, ou condições que devem ser
respeitadas.
CONCEITUAIS: Relacionam informações e
fases do processo de decisão;
SIMBÓLICOS ou MATEMÁTICOS: Todas
as informações podem ser quantificadas;
HEURÍSTICOS: Baseados em regras empíricas
ou experimentais.
TIPOS DE MODELO
MODELOS MATEMÁTICOS:
O MODELO MAIS APROPRIADO DEPENDE DE FATORES COMO:
Natureza matemática das relações entre as variáveis;
Objetivos da decisão;
Extensão do controle sobre as variáveis de decisão;
Nível de incerteza associado ao ambiente da decisão.
DOIS GRANDES TIPOS:
MODELOS DE SIMULAÇÃO
MODELOS DE OTIMIZAÇÃO
MODELOS DE SIMULAÇÃO
Oferecem uma representação do mundo real para
geração e análise de alternativas;
Dão ao analista um grau de liberdade considerável
para a escolha da ação mais conveniente;
Permitem a criação de ambientes futuros possíveis;
Respondem a questões do tipo “E se...”?;
CARACTERÍSTICA IMPORTANTE:O critério de escolha da melhor alternativa
não faz parte da estrutura do modelo.
APLICAÇÃO DOS MODELOS DE SIMULAÇÃO
MODELO
DE
SIMULAÇÃO
PROCESSO DE
ESCOLHA DA MELHOR SOLUÇÃO
HIPÓTESE 1
HIPÓTESE 2
HIPÓTESE 3
SOLUÇÃO 1
SOLUÇÃO 2
SOLUÇÃO 3
SOLUÇÃO FINAL
CRITÉRIO DE
ESCOLHA
SOLUÇÃO ESCOLHIDA
MODELOS DE OTIMIZAÇÃO
Não permitem flexibilidade na escolha das
alternativas;
Estruturados para selecionarem uma única
alternativa de solução, que será considerada “ÓTIMA”
segundo o critério estabelecido previamente;
O critério faz parte da estrutura do modelo;
A melhor alternativa é obtida por análise matemática:
ALGORITMOS;
Grande aplicação em problemas nos quais as
variáveis podem assumir muitos valores ou variar a
intervalos muito amplos.
APLICAÇÃO DOS MODELOS DE OTIMIZAÇÃO
MODELO DE OTIMIZAÇÃO
Representação do sistema.
Critério de escolha da melhor alternativa.
MODELO DE OTIMIZAÇÃO
Representação do sistema.
Critério de escolha da melhor alternativa.
Dados e informações do sistema
DECISÃO
SOLUÇÃO ÓTIMA
DEFINIÇÃO DO ESCOPO DO MODELO
PRIMEIRO PASSO:
Identificação das CARACTERÍSTICAS
RELEVANTES do sistema a ser modelado, no
contexto do problema em estudo.
ABRANGÊNCIA OU ESCOPO DO MODELO
CONSTRUÇÃO DOS MODELOS DE SIMULAÇÃO
1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Especificar as informações necessárias para a tomada de decisão;
Compreender o procedimento do sistema;
Identificar as questões que devem ser respondidas.
2. IDENTIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS RELEVANTES
3. REPRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO DO SISTEMA POR MEIO DE EQUAÇÕES
4. CODIFICAÇÃO DO MODELO E TESTES
EXEMPLO DE MODELO DE SIMULAÇÃO
Objetivo: Simular o lucro obtido com um produto a partir de várias hipóteses de preço.
1.000
10050
500
QUANTIDADE VENDIDA
PREÇO
VARIÁVEIS:
PREÇO:Preço de 1 unidade;
QUANT.:Quantidade vendida por mês;
RECEITA: Receita total;
LUCRO:Lucro líquido obtido no mês;
HIPÓTESE BÁSICA:
Relação PREÇO QUANTIDADE VENDIDA
MODELO: QUANT = 1.000 10 PREÇO
RECEITA = QUANT PREÇO
LUCRO = RECEITA CUSTO
CUSTO
CONCLUSÃO: FAIXA DE PREÇOS PARA LUCRO MÁXIMO
PREÇO
LUCRO
P2P1
CONSTRUÇÃO DOS MODELOS DE OTIMIZAÇÃO
1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
2. IDENTIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS RELEVANTES
a. as variáveis de decisão b. variáveis exógenas definição de restrições c. variáveis endógenas outras medidas de
desempenho
3. FORMULAÇÃO DA FUNÇÃO OBJETIVOCritério de otimização das variáveis.
4. FORMULAÇÃO DAS RESTRIÇÕESEquações matemáticas de todas as condições que devemser obedecidas.
5. ESCOLHA DO MÉTODO MATEMÁTICO DE SOLUÇÃODepende das características matemáticas das funções do modelo.
6. APLICAÇÃO DO MÉTODO E TESTES
EXEMPLO DE MODELO DE OTIMIZAÇÃO:
OBJETIVO: Calcular o lote a ser encomendado, para minimizar o custo total de operação do estoque.
VARIÁVEIS:
A = quantidade anual vendida do produto;
S = custo de manutenção do estoque, por unidade, por
ano;
P = custo fixo de colocação da encomenda, por pedido;
Q = quantidade ordenada ao atacadista para suprimento.MinimizarCUSTO TOTAL = (CME) CUSTO DE MANUTENÇÃO DO ESTOQUE +
(CCE) CUSTO DE COLOCAÇÃO DA ENCOMENDA.
MODELO:
Restrição: Q 180
Minimizar CT = Q AS P2 Q
× + ×
Custo de Manutenção de Estoque
Custo de Colocação da Encomenda
Onde: A = quantidade anual vendida do produto = 1000 unidades;S = custo de manutenção do estoque, por unidade, por ano = 50,00;P = custo fixo de colocação da encomenda, por pedido = 1000,00;
A maneira mais simples de resolver o problema é derivando a função objetivo (CT) em relação à variável de decisão (Q) e igualando a o resultado a zero:
d(CT) = S A x P = 0 d(Q) 2 Q²
Q* = raiz quadrada de 2 x A x P = 200 S
Resolvendo
RESULTADO DO MODELO:
CUSTO DE MANUTENÇÃO
CUSTO DE COLOCAÇÃO
CUSTO TOTAL
QUANTIDADE
CUSTOS
($)
Q* = 200
Vale ressaltar que existe uma restrição do fornecedor, onde este
fornece apenas uma quantidade Q = 180 itens deste produto por
vez, onde:
Q ≤ 180
INTEGRAÇÃO DOS MODELOS COMPUTACIONAIS NO PROCESSO DE
PLANEJAMENTO HIPÓTESES, PREVISÕES E CENÁRIOS FUTUROS
ANÁLISE DO AMBIENTE EXTER NO
FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS
RESULTADOS O.K.?
HÁ OUTRAS SOLUÇÕES?
NÃO
MUDANÇA DE OBJETIVOS
SIM
HIPÓTESES, PREVISÕES E CENÁRIOS FUTUROS
ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO
MODELOS PARA AVALIAÇÃO DOS PLANOS
HÁ OUTRAS SOLUÇÕES?
NÃO
MUDANÇA DE PLANOS
NÃO
SIM
FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS
CRIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS E
PLANOS ALTERNATIVOS
IMPLEMENTAR O PLANO
MODELO DE SIMULAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
RECEITA LÍQUIDA
DESPESAS OPERACIONAIS
ENTRADAS DE FINANCIAMENTOS
SAÍDAS DO SERVIÇO DA DÍVIDA
APORTES DE CAPITAL
PAGAMENTOS DE DIVIDENDO
ENCARGOS SOBRE O LUCRO
REFORMAS E RECUPERAÇÕES
INVESTIMENTOS EM EXPANSÃO
FLUXO OPERACIONAL
LÍQUIDO( - )
( - )
( - )
( + )
FLUXO DEFINANCIAMENTO
LÍQUIDO
FLUXO DECAPITAL LÍQUIDO
( - )
SALDO PARA INVESTIMENTOS
( + )
FLUXO DE INVESTIMENTOS EMPRESARIAIS
( - )DÉFICIT OU
SUPERÁVIT DECAIXA
DADOS Ano 1 Ano 2 Ano 3 ... Ano N
1. PREÇO 2. QUANTIDADE VENDIDA 3. FATURAMENTO (1) (2) () IMPOSTOS 4. RECEITA BRUTA
() COMISSÕES 5. RECEITA LÍQUIDA
EXEMPLO:
EXECUÇÃO DO COMANDO FERRAMENTAS/CENÁRIOS...
Exemplo de Projeção de Cenário para Receita Líquida:
EXERCÍCIOS
Uma empresa produtora de fundos para a indústria moveleira
deseja avaliar o melhor processo de corte para as partes de um
determinado produto. Neste sentido, a empresa possui duas opções
de corte de chapas: o corte 01 e o corte 02. Observe que as peças a
serem cortadas estão dispostas sobre a chapa principal e que cada
uma delas possui uma quantidade diferente no processo de corte.
Sendo o tamanho das chapas de 2750 x 2130 mm e com as
limitações apresentadas em anexo, determine um modelo
completo de simulação para cada uma das possibilidades de corte
em metros quadrados, em porcentagem e em custo das peças,
sabendo que o valor da chapa inteira é de R$ 50,00.
Por fim, aponte qual das duas possibilidades de corte é mais
vantajosa para a empresa.