livro de resumos da iii jornada de letras do campus de cametá

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LIVRO DE RESUMOS Cametá, PA, de 28 a 30 de Junho de 2010. UFPA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTIS/CAMETÁ

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A III Jornada de Letras do Campus de Cametá constitui-se em evento anual promovido pela Faculdade de Linguagem do Campus Universitário do Tocantins/Cametá, objetivando promover intercâmbio entre a universidade e a sociedade que a permeia, no tocante a questões relacionadas a língua, literatura e outras linguagens.

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Page 1: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

LIVRO DE RESUMOSCametá, PA, de 28 a 30 de Junho de 2010.

UFPA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTIS/CAMETÁ

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Page 3: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

LIVRO DE RESUMOSIII Jornada do Curso de Letras do Campus Universitário do Tocantins/Cametá

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

ReitorCarlos Edílson de Almeida Maneschy

Vice-ReitorHorácio Schneider

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ

Coordenador do CampusGilmar Pereira da Silva

Vice-Coordenador do CampusDoriedson S. Rodrigues

Diretor da Faculdade de EducaçãoRaimundo Nonato de Oliveira Falabelo

Diretor da Faculdade de HistóriaFrancivaldo Alves Nunes

Diretor da Faculdade de Linguagem Ivone dos Santos Veloso

Coordenadora de ExtensãoÂngela Maria Vasconcelos Sampaio

Secretário ExecutivoOsias do Carmo Cruz

Coordenador de Planejamento e GestãoRubens da costa ferreira

Secretária da Faculdade de LinguagemMaria Durcilene Freitas Corrêa

Secretária da Faculdade de EducaçãoSolange Maria Martins Valente

BibliotecárioÉder Antônio Sousa Ferreira

Page 5: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

LIVRO DE RESUMOSIII Jornada do Curso de Letras do Campus Universitário do Tocantins/Cametá

________________________

Língua, Literatura e outras Linguagens:Sujeitos, Objetos e Ensino na Amazônia

De 28 a 30 de Junho de 2010.

UFPA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTIS/CAMETÁ

2010

Page 6: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

III Jornada do Curso de Letras do Campus Universitário do Tocantins/Cametá

Comissão CientíficaAngela Maria Vasconcelos Sampaio/ MSc.Doriedson do Socorro Rodrigues/ MSc.Glaucy Ramos de Figueiredo/ MSc.Ivone dos Santos Veloso/ Msc.Jorge Domingues Lopes/ Msc.

Secretaria do EventoMaria Durcilene Freitas Corrêa

Capa, Projeto Gráfico e Editoração EletrônicaJorge Domingues Lopes

Blog do eventohttp://jornadadeletrascameta.blogspot.com

[email protected]

Faculdade de Linguagem do Campus de CametáTrv. Padre Antônio Franco, 2617 – MatinhaCEP 68400-000 Cametá-Pará – Fone: (91) 3781-1182/1258www.ufpa.br/cameta e-mail: [email protected]

Page 7: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

A III Jornada de Letras do Campus de Cametá constitui-se em evento anual promovido pela Faculdade de Linguagem do Campus Universitário do Tocantins/Cametá, objetivando promover intercâmbio entre a universidade e a sociedade que a permeia, no tocante a questões relacionadas a língua, literatura e outras linguagens. Previsto para ser realizado nos dias 28, 29 e 30 de junho de 2010, estima-se, em termos de público para o evento, mais de 200 participantes, envolvendo docentes da Educação Básica e Superior, discentes de Letras (graduação e pós-graduação) e educadores ligados a movimentos sociais, a fim de debater assuntos ligados ao tema Língua, Literatura e Outras Linguagens: Sujeitos, Objetos e Ensino na Amazônia.O evento será consubstanciado por conferências, palestras, mesas-redondas, minicursos, comunicações orais e sessão de painéis. Está prevista a participação de conferencistas, além de outros participantes, oriundos de outros estados, o que atribui um cunho nacional ao evento. Como resultado dos debates e produções desenvolvidas durante o evento, pretende-se reunir todos os trabalhos nos Anais da Jornada.Esta Jornada pretende atuar como um amálgama entre o que se produz em termos de conhecimento e o que a sociedade vem produzindo em termos de saberes experienciais no ensino-aprendizagem de língua, bem como para processos de leitura em que estão envolvidos os sujeitos escolares ou não, atentando-se para questões de letramento no Brasil, mas também, e sobretudo, nos municípios onde há Campi da UFPA.

Apresentação

Profa. Msc. Ivone dos Santos VelosoProf. Msc. Doriedson do Socorro Rodrigues

Coordenadores do evento

Page 8: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

Este livro pode ser reproduzida livremente, desde que seja devidamente citada a fonte.

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Sumário

Apresentação 7

Resumos 10

Normas para publicação dos Anais 44

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10 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Resumos Resumos

Dêixis na análise do discurso

Adila do Socorro Nascimento Cardoso ([email protected])

O trabalho a respeito dos termos dêiticos tem fundamentos teóricos na área da linguística, em especifico na semântica e pragmática; consiste na apresentação, conceitualização e relevância ao estudo da Dêixis, e através do estudo mostrar que na estrutura formal da língua existe um grande número de termos com funções dêiticas, termos esses que muitas vezes passam imperceptíveis. O objetivo proposto neste trabalho é fundamentalmente ressaltar a importância dos dêiticos dentro da análise linguística, possibilitando assim a compreensão e classificação destes termos que são parte integrante e indissociável do conhecimento humano. A metodologia da pesquisa foi qualitativa e pragmática, de cunho biográfico realizado através do gênero diálogo, com o intuito de analisar os dêiticos dentro do trecho do filme “o homem que desafiou o diabo”, naturalmente trata-se de uma transcrição de parte de uma conversação informal face a face. “E observada à fala de cada personagem, e no quanto ela faz o uso da palavra, temos uma definição clara de dêiticos”. No decorrer da pesquisa em torno do tema, foram utilizados como base teórica Zélio dos Santos, e também “(Benveniste 1974) que os termos com funções dêiticas, formam um conjunto que foi designado como dispositivo formal da enunciação”; e, segundo Lyons (1977), “há muitas coisa na estrutura das línguas que só pode ser explicado se assumimos que elas se constituem para a comunicação em situação e interação a face a face”.Palavras-chave: Compreensão; Definição; Classificação.

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Resumos Resumos

11Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Marcador conversacional “aí”: Um estudo semântico da fala dos cametaenses

Adenil Alves Rodrigues ([email protected])

Marcadores conversacionais são elementos linguísticos que exercem funções importantes na interação, amarrando o texto no plano cognitivo e também interpessoal no discurso dos falantes. Assim, no presente trabalho procura-se verificar os vários sentidos, que dependendo do contexto situacional de fala, o marcador conversacional “ai” pode assumir. Também com o estudo desse marcador, pretende- se verificar a estigamatização que o sujeito praticante desse marcador sofre na sociedade e na sala de aula, uma vez que estas estruturas são estigmatizadas, sendo tratadas como formas que expressam o “falar errado” dentro de um contexto discursivo. A análise do presente trabalho partiu de pesquisas de campo de cunho qualitativo visando uma melhor interpretação das manifestações linguísticas no que tange à finalidade de se usar na linguagem ordinária elementos que têm uma carga de intenções e significados. Dessa forma, o trabalho aqui denominado “O Sentido Semântico do Marcador Conversacional ‘aí’ na fala dos Cametaenses” tem por objetivo mostrar através de análise o uso real de uma variante presente no dialeto empregado pelo povo cametaense oriunda de narrativas espontâneas orais, e dentro dessas narrativas, verificar os fatores semânticos empregados no marcador aqui em estudo, além de fazer uma abordagem sobre o preconceito linguístico que sofre o cametaense diante do seu dialeto.Palavras-chave: Teoria da variação, marcadores conversacionais, sentido, preconceito linguístico.

Page 12: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

12 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Resumos Resumos

Trabalhando a educação oral na escola a partir do gênero seminário

Amanda Jenner Araújo ([email protected]) Edilene do Socorro Corrêa ([email protected])

O projeto tem como propósito esboçar uma ferramenta metodológica para o ensino de gênero oral formal na escola. Trata-se de um trabalho com o gênero seminário a partir de lendas regionais para alunos do 6º ano do ensino fundamental. A base teórica e metodológica do trabalho consiste nos estudos do grupo de Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz (2004) onde ressaltam que as atividades escolares devem ser organizadas sistematicamente em torno de um gênero textual oral ou escrito, que possam ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de texto, permitindo-lhe dessa forma escrever ou falar de forma mais adequada numa determinada situação de comunicação; assim como os estudos vygotskiano, com relação à aprendizagem. Espera-se que os alunos consigam se apropriar discursivamente do discurso oral formal e que os professores consigam evidenciar e se apropriar da ferramenta “sequência didática” esboçada no trabalho.Palavras-chave: Gênero; Ensino; Oral.

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Resumos Resumos

13Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Teatro e Literatura como metodologia de desenvol-vimento humano em espaços formais de educação

Ângela Maria Vasconcelos Sampaio Góes ([email protected]) Hélio Vasconcelos França Góes ([email protected])

A Literatura e o Teatro caminham lado a lado na história da humanidade. Não é, portanto, coincidência que grande parte das referências bibliográficas do estudo formal do Teatro sejam as mesmas do estudo formal da Literatura. Ésquilo, Gil Vicente, Shakespeare, Goethe e Maria Clara Machado são exemplos de autores comuns a essas duas disciplinas. Perguntamos, então, onde está a diferença que coloca a Literatura como ciência, dita séria e verdadeira, e o Teatro como arte, tão depreciado no meio acadêmico; muitas vezes posta como alternativa de quem não tem outra coisa melhor para fazer. E a resposta está em tratarmos a Literatura como história e o Teatro como arte. Ou seja, não há, para essa diferenciação, uma comparação apropriada, ou de fundamentos estudados. Ambas são artes, possuindo fundamentos comuns, apesar de suas especificidades enquanto disciplinas distintas. O que existe é um pré-conceito histórico que abriu espaço acadêmico para a marginalização destes saberes no ensino. Daí a Literatura ter um espaço como história dentro do Ensino Médio e do curso de Letras, enquanto o Teatro ficou até bem pouco tempo atrás sem aceitação alguma dentro da educação formal, que não fosse para aspectos de entretenimento. Com isso propomos uma reflexão acerca das possibilidades de desenvolvimento humano encontradas entre a relação entre o fazer teatral e o fazer literário e consequentemente propormos uma metodologia de trabalho para o uso da relação entre Literatura e Teatro em espaços formais de educação.Palavras-chave: Literatura; Teatro; Educação.

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14 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Resumos Resumos

A animalização humana retratada na obra “Vidas secas”, de Graciliano Ramos

Assis dos Prazeres Rodrigues ([email protected]) Paulo dos Prazeres Rodrigues ([email protected])

Vidas secas é uma obra de Graciliano Ramos que foi escrito entre 1937 e 1938, onde retrata vários aspectos e condições de vida miseráveis do homem sertanejo como a seca, miséria, fome, exploração, etc. porem, o foco de analise desta obra é a animalização do homem, uma vez que esta característica é percebida em varias passagens da obra pelas condições e atitudes dos personagens. Sendo assim, o romance começa com a fuga da seca de uma família composta por seis membros (Fabiano, sinhá vitória, o filho mais novo, o filho mais velho, a cachorra baleia e o papagaio) que almejavam encontrar um lugar que lhes oferecessem melhores condições de vida. Mas devido a falta de esclarecimento e pobreza, essa família foi explorada e ridicularizada por outras pessoas que possuíam um certo poder aquisitivo e teve que fugir novamente a procura de uma vida melhor. Nesse romance, há pouco dialogo entre Fabiano e seus familiares, a comunicação entre eles é feita através de ruídos e exclamações, por isso homem é reduzido a condição de animal. Também pode-se perceber essa característica nas atitudes desse grupo no momento em que sinhá vitoria lambe o sangue do preá que estava no focinho da cadela baleia e Fabiano se compara a um macaco e a um cavalo.Palavras-chave: Exploração; Animalização; Seca.

Page 15: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

Resumos Resumos

15Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Fábulas e lendas: Mecanismos para a prática de leitura e produção textual

Aurilene Amaral Sousa Jocelina de Jesus Maciel Gonçalves Lindalva Fernandes Meireles Maria Durcilene Freitas Corrêa ([email protected]) Maria Jorielma Oliveira Furtado

As práticas de leitura são de fundamental importância para o desenvolvimento intelectual do indivíduo. E uma das possibilidades para essa atividade de leitura pode ser o uso de fábulas e lendas. Trabalhar leitura nos dias atuais tornou-se um desafio para a educação, uma vez que os inúmeros aparelhos eletrônicos existentes mostram-se grandes adversários dos livros. E a utilização desses dois gêneros textuais como prática de leitura pode ser vista como um atraente e enriquecedor recurso para despertar o indivíduo para o fantástico mundo da leitura. E com isso, ele pode vir a desenvolver suas habilidades de escrita. Tal atividade pode ocorrer através de leitura em grupo, leitura individual, tanto silenciosa ou oral e posteriormente a discussão dos textos para que possam ter acesso as diversas opiniões do texto lido. Após a leitura, os alunos poderão desenvolver um texto escrito, através, por exemplo, da retextualização e / ou criação de novos textos que irão fluir a partir do contato, das experiências após análise e discussões de textos em sala de aula. Portanto, como afirma Paulo Freire, “a importância do ato de ler (...) implica sempre percepção crítica, interpretação linguística e “re-escrita” do lido...”.Palavras-chave: Leitura; Fábula; Lendas.

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16 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Resumos Resumos

O alteamento vocálico em posição pretônica no português falado em Mocajuba: A atuação da escolaridade e da faixa etária

Benedita Maria do Socorro Pinto Campos

O Alteamento Vocálico em Posição Pretônica no Português Falado em Mocajuba: a atuação da escolaridade e da faixa etária é uma pesquisa vinculada ao projeto “Vozes da Amazônia” e mais, especificamente, ao projeto “Descrição Sócio-Histórica das Vogais do Português do Norte do Brasil” que por sua vez está diretamente ligado ao projeto de pesquisa nacional Descrição Sócio-Histórica das Vogais do Português (do Brasil). Nele investigamos o comportamento das vogais médias /e/ e /o/, em posição pretônica, na área urbana do município de Mocajuba, Nordeste do Pará, com objetivo de colaborar para a caracterização do dialeto urbano do município em questão inserido nas variantes linguísticas da Amazônia, uma vez que o alteamento das vogais é um fenômeno recorrente no português do Norte do Brasil. Fizemos uma abordagem probabilística aos moldes labovianos, na qual utilizamos o programa computacional VARBRUL, o corpus foi composto por uma amostra estratificada de 48 informantes da área urbana, considerando variáveis linguísticas e não linguísticas. Aqui tomamos apenas as variáveis sociais, considerando a escolaridade, a faixa etária e o gênero/sexo, dos informantes para demonstrar de que forma fatores considerados extralinguísticos influenciam na variante utilizada pelos moradores da cidade de Mocajuba/PA. Para tanto, por meio do programa computacional, verificamos que na localidade estudada, há um fenômeno em variação neutra, uma vez que o peso relativo de .50 apresenta igual possibilidade para a presença ou para a ausência de alteamento de /e/ e /o/. Dos fatores sociais estudados, a escolaridade e a faixa etária foram consideradas relevantes para explicar a regra variável de alteamento em Mocajuba. Demonstrando, assim, o papel significativo da escola para a seleção da variante linguística pelo falante.Palavras-chave: Vogais Médias; Alteamento; Variação; Escolaridade.

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17Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Meandros de pesquisa em ensino, história oral e linguagens

Benedita Celeste de Moraes Pinto

Com o minicurso Meandros de Pesquisa em Ensino, História Oral e Linguagens pretende-se proporcionar a clientela inscrita, alunos de graduação e professores de ensino fundamental, a possibilidade de um contato inicial com trabalhos de pesquisa produzidos a partir dos aportes teórico-metodológicos da História Oral. Nestas condições, o minicurso tem como objetivo proporcionar aos alunos momentos de prática e experiências de pesquisa para que possam vivenciar resultados e problemas típicos desta atividade. Valorizando, portanto, os procedimentos metodológicos básicos exigidos para a execução de uma pesquisa e da sua conexão com o ensino a partir do levantamento e da analise do papel das fontes orais, o uso da memória e das diferentes linguagens.Palavras-chave: Ensino, Práticas de Pesquisa, Oralidade e Linguagens.

Page 18: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

18 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

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Ouvindo o silêncio: Ensino especializado de língua portuguesa para surdos

Cristiane Viana Pantoja Helton Correa Alves

O projeto tem como objetivo refletir e propor metodologias sobre o ensino de língua portuguesa nas escolas regulares inclusivas para alunos com deficiência auditiva. Tendo em vista que há necessidade de maiores reflexões sobre as formas mais adequadas de viabilizar um ensino de qualidade para estes. A percepção da inclusão representa a busca por uma sociedade mais justa e igualitária, permitindo que educadores possam encarar os desafios que se interpõem no decorrer de sua atuação profissional, neste caso particular, enfatizando que as pessoas com surdez podem e devem ter os mesmos direitos destinados as consideradas normais, objetivando vencer o preconceito e discriminação, um dos entraves para o acolhimento de tais pessoas. O suporte teórico desse trabalho baseou-se nos estudos feitos por Ronice Muller de Quadros que propôs ideias para ensinar português para alunos surdos. Assim a metodologia usada terá como requisito a aquisição da escrita e o desenvolvimento da leitura que são imprescindíveis para o ensino da língua portuguesa. Propomos atividades que vão ocorrer a partir de brincadeiras, desenhos, jogos, gravuras e o alfabeto em libras. Espera-se com isso alcançar nesses alunos a competência e habilidade da leitura bem como a escrita, além de desfazer a ideia de separação com relação às atividades elaboradas em sala de aula que ainda persistem nos dias atuais.Palavras-chave: Linguagem; Surdez; Educação.

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19Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Chove nos campos de cachoeira, de Dalcídio Jurandir: Relações entre sujeito e cidade para compreender a realidade amazônica

Daniela dos Santos Brandão

Tendo como ponto de partida para a análise proposta a obra Chove nos campos de Cachoeira, do escritor paraense Dalcídio Jurandir, pretende-se mostrar a relação (ou relações) entre o sujeito e a cidade, compreendida, neste caso, como base para entender a realidade amazônica, uma vez concebendo a literatura como representação dessa realidade tanto para os habitantes de Belém quanto para os que desejam viver nesta cidade. Assim, este trabalho aponta para o conflito da personagem Alfredo, como as suas relações (familiar e/ou pessoal), dentre as quais ressaltam-se as impressões desta personagem sobre o ambiente no qual vive. Deste modo, chega-se às primeiras reflexões sobre a relação do sujeito com a cidade, ou melhor, de como se dão os processos de negação ou de identificação do sujeito para com o espaço onde vive ou se quer viver e de que maneira isto se torna fundamental para a definição da realidade de uma sociedade.Palavras-chave: Cidade; Sujeto; Identidade.

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20 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

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Having fun with English: Games for language teaching and learning

Dante Luiz de Lima ([email protected])

Aprender inglês é uma tarefa bastante árdua, requer bastante esforço tanto da parte do professor(a) quanto dos alunos(as), pois requer longos períodos de concentração. Neste mini curso, ministrado em inglês, os participantes farão exercícios práticos para o ensino e o aprendizado da língua inglesa. O objetivo é mostrar o lado lúdico do aprendizado de uma língua estrangeira, através de jogos. Jogos e brincadeiras ajudam os alunos a manter o interesse e podem ser relaxantes. Jogos também são úteis para professores (as) de língua inglesa, pois através deles podemos contextualizar as estruturas da língua de uma forma divertida e significativa. Alguns professores (as) e também alguns alunos(as) não se dão conta da importância de atividades recreativas para aprendizagem de uma língua estrangeira, alguns até acham que jogos e brincadeiras lúdicas são uma perda de tempo, mas de acordo com algumas pesquisas, atividades lúdicas ajudam bastante na aprendizagem de uma língua estrangeira (Desde que sejam selecionadas de uma maneira adequada e de acordo com o nível dos alunos), pois alguns jogos e atividades são motivantes e desafiadores e também quebram a rotina imposta por alguns livros didáticos. Jogos também são importantes para ensinar os alunos a se comunicar e a interagir em língua inglesa.Palavras-chave: Jogos; Língua Inglesa; Motivação.

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21Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Jesus Cristo: O menino que desconhecia seu pai

Dante Luiz de Lima ([email protected])

As divergências encontradas na Bíblia a tornam um livro intrigante e admirado por estudiosos de várias áreas. A literatura tendo como matéria prima o texto escrito, não poderia deixar de incorporar o texto bíblico à sua hermenêutica. A literatura tem bebido desta fonte por vários séculos. Escritores de várias nacionalidades, de renome internacional, têm encontrado na Bíblia uma fonte de inspiração inesgotável. Grandes escritores tais como: William Blake, Milton, Machado de Assis, Dante Alighieri, José Saramago e uma infinidade de outros já buscaram inspiração neste livro enigmático. Cada escritor por sua vez, encontra uma maneira nova de reler o texto bíblico e uma maneira nova de o incorporarem as suas escritas, algumas vezes de uma forma bastante fiel ao texto original, outra vezes recriando-o ao seu bel prazer para dar mais sagacidade à sua obra. Um fato que nos chama a atenção é que a vida de Jesus quando criança quase não é mostrada nos evangelhos canônicos. Instigada por este fato e pelo fato de estar voltando ao Catolicismo, Anne Rice uma escritora que dedicou sua vida à literatura gótica e depois de quase trinta anos sendo atéia, retorna ao Catolicismo e começa escrever literatura religiosa. Para celebrar esta nova fase Rice decide escrever a vida de Jesus Cristo quando criança. Baseada em livros históricos, na Bíblia e nos evangelhos apócrifos Rice recria em seu livro Cristo Senhor – A Saída do Egito Rice a história de Jesus menino, uma criança sábia e perturbada, que está em busca de sua identidade sem saber que é o filho de Deus. Este trabalho faz uma análise do romance de Rice e sua relevância para os estudos de Teopoética.Palavras-chave: Literatura, Teologia, Jesus.

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22 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Resumos Resumos

As vogais médias pretônicas /e/ e /o/: Um estudo sobre a elevação sem motivação aparente no português falado em Cametá

Doriedson Rodrigues ([email protected]) Giussany Socorro Campos dos Reis

O trabalho trata do alteamento das médias pretônicas /e/ e /o/, observando-se casos de “elevação sem motivação aparente”, destacando-se que no português falado em Cametá é baixa a probabilidade da variante presença de elevação sem motivação aparente tanto em relação à manifestação da média pretônica anterior /e/ como em relação à manifestação da posterior /o/, haja vista o peso relativo de 0,23 para a primeira e 0,29 para a segunda. Do ponto de vista teórico-metodológico seguiram as orientações da Sociolinguística de Linha Laboviana, quer quanto ao tratamento dos dados como na correlação língua e sociedade no contexto do português falado no município de Cametá, Nordeste do Estado Pará. Na análise dos dados linguísticos em correlação com o social, quatro categorias são observadas: sexo, faixa etária, escolaridade e procedência, a fim de se observar questões de urbanização, escolarização, gênero e mudança em tempo aparente na configuração do aspecto linguístico sob análise.Palavras-chave: Médias Pretônicas; Variação; Elevação sem Motivação Aparente.

Page 23: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

Resumos Resumos

23Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

As unidades da Linguística/Linguagem, Trabalho e Ideologia

Doriedson Rodrigues ([email protected]) Orlando Cassique Sobrinho Alves

O Minicurso “Linguagem, Trabalho e Ideologia” pretende contribuir com reflexões sobre a Linguagem, tomando-a como resultado da categoria ontológica do ser humano, o trabalho. Metodologicamente, partimos dos pressupostos do materialismo histórico-dialético, compreendendo a consciência como resultado das condições materiais produzidas pelos homens e, por conseguinte, entendendo as práticas linguageiras como resultantes também dessas condições, o que permite por seu meio compreender as contradições de classe pelas quais vive a sociedade capitalista, bem como construções hegemônicas distintas disputadas pelas classes sociais.Palavras-chave: Materialismo; Linguagem; Ideologia; Trabalho.

Page 24: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

24 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Resumos Resumos

A construção de uma identidade ribeirinha na Amazônia

Eder Jacson dias Pereira Ivone dos Veloso santos

O presente artigo trata de observar as (re) construções identitarias que se dão a partir das narrativas orais dos moradores do São Benedito do Vizeu, juntamente com sua auto-representação (interioridade) e hetero-representação (exterioridade) que constituem essas narrativas e levam para esse processo de (re) construção, representações que identificam o homem como o sujeito narrador e personagem das suas histórias. A pesquisa realizou-se na comunidade ribeirinha de São Benedito do Vizeu, município de Mocajuba, localizada no Nordeste do Estado do Pará. O objetivo da pesquisa foi procurar entender como se dá o processo de formação da identidade através das narrativas desse lugar; no estudo foram realizada pesquisa de cunho qualitativo, a partir de gravações das narrativas orais dos moradores dessa localidade, através das quais são reconstruídas histórias de vida e a de origem da localidade. Para analise do material coletado foi tomado como aporte teórico às definições de identidade de (HALL, 2000), (CASTILHO, 2001), (MARTINS, 2001), bem como, os conceitos de cultura e memória apresentado respectivamente por (BHABHA, 1998), (POLLAK, 1989). Nesse trabalho observou-se principalmente que os ribeirinhos se identificam por meio das narrativas orais, rememorando histórias de vida, de origem, formação de família, religião, do miraculoso, etc.Palavras-chave: Identidade; Narrativas Orais; Representação.

Page 25: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

Resumos Resumos

25Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

A paisagem em pessoa: Intervalo e intersecção na representação do espaço

Edir Augusto Dias Pereira ([email protected])

A paisagem tornou-se um conceito geográfico dos mais destacados, assumindo papel central em determinado momento da história da Geografia e atualmente ganha relevo com a emergência das abordagens culturais. A paisagem, portanto, está no cerne da emergência histórica de novas experiências espaciais, a partir do século 15, e da construção de um novo modo de representação do espaço (Claval, 2004), constitutivo do imaginário moderno-colonial eurocentrado (Mignolo, 2003). Em fins do século 19 e início do século 20 o movimento cultural conhecido como modernismo recupera e transforma o dispositivo de representação de mundo que constituía a paisagem – largamente usado pelo romantismo e realismo. A paisagem se firma como uma categoria fundamental de produção de representações artísticas, literárias e científicas do mundo, num amplo espectro de significações para a modernidade. O presente artigo pretende explorar os significados da paisagem na obra literária do escritor português Fernando Pessoa, em diálogo com as conceituações e abordagens da Geografia. Utilizando aportes teóricos e metodológicos dos estudos culturais, defendemos que a categoria paisagem é um nexo estruturante na representação do espaço na poética de Pessoa, constituindo um dispositivo da modernidade que realiza intersecção entre subjetividade e objetividade, espaço e ser, pensar e sentir, lembrar e imaginar. Pessoa em sua obra faz uso da categoria sempre nessa fronteira das dicotomias do paradigma moderno, em particular no Livro do Desassossego. A paisagem não é aí um mero recurso para descritivo, mas um dispositivo de construção de sentido aos lugares, mediação necessária da relação do ser com a espacialidade.

Palavras-chave: Paisagem; Fernando Pessoa; Modernidade.

Page 26: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

26 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Resumos Resumos

Gênero propaganda: Uma proposta para a produção textual

Eunice Gonçalves Neves ([email protected]) Kaciane Monteiro Louzada ([email protected]) Marcos César Corrêa Gonçalves ([email protected]) Maria Iranildes de Melo Mendes ([email protected]) Naiara Martins Santos ([email protected]) Wanessa Oliveira dos Santos ([email protected])

Sabemos que uma das grandes discussões nas instituições de ensino de Língua Materna é a reflexão acerca do trabalho realizado em sala de aula, no que tange a produção textual. Nesse contexto, propor o uso do gênero para produção textual, seria interessante, já que, na visão de Marcushi, (2002, p. 32) “os gêneros são textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica”. Nesse âmbito enquadra-se perfeitamente a propaganda, uma vez que, está impregnada em nosso cotidiano, podendo exercer um grande poder persuasivo sobre a opinião das pessoas. Então, o nosso objetivo com esse trabalho, é mostrar aos professores e alunos do curso de letras e áreas afins que utilizando esse recurso em sala de aula, iria aguçar a produção textual escrita e a oralidade, pois apresenta vários requisitos para serem explorados, como a linguagem, a estrutura, o estilo, etc. Ao mesmo tempo em que iriam compreender o que está implícito nas propagandas. Para isso seguiremos uma perspectiva de ensino que tem a linguagem como mediadora de interação, pretende-se oportunizar aos alunos a apropriação e o domínio discursivo de um gênero através da sequência didática, teoria que os estudiosos Dolz, Noverraz e Schneuwly defendem.

Palavras-chave: Produção textual; Linguagem; Gêneros Textuais.

Page 27: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

Resumos Resumos

27Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Atlas Prosódico Multimédia do Município de Cametá (PA)

Ilma Pinto do Espírito Santo

“Atlas prosódico multimédia do Português do Município de Cametá (PA)” está diretamente ligado ao Projeto de Pesquisa Atlas Prosódico Multimédia do Português do Norte do Brasil coordenado pela Dr. Regina Cruz, que por sua vez compreende um subprojeto do projeto de pesquisa internacional Atlas Multimédia Prosodique de l’Espace Roman (AMPER), coordenado pelos professores Michel Contini e Jean-Pierre Lai, do Centro de Dialectologie da Universidade de Grenoble 3 (França); Antonio Romano da Universidade de Turim (Itália) e Albert Rillard do CNRS, Paris (França) e do qual fazem parte 9 (nove) outras instituições além da UFPA responsáveis por investigar o português (AMPER-POR). O grupo de investigadores do projeto AMPER realiza uma investigação que tem como objetivo principal o estudo da organização prosódica das variedades faladas no espaço dialetal românico. O grupo também planeja uma disponibilização online do corpus com a intenção de possibilitar futuras investigações a diversos níveis da análise linguística. O projeto Atlas Prosódico Multimédia do Português do Norte do Brasil é sediado no laboratório de Ciência e Tecnologia da Fala do Instituto de Letras e Comunicação da UFPA (UFPA) e conta com a infra-estrutura deste para a execução de suas atividades.Palavras-chave: Dialetologia; Prosódia; Português.

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28 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

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Adalcinda Camarão: “Vidências” eróticas no imaginário amazônico

Iris de Fátima Lima Barbosa ([email protected])

Este trabalho, apresentado como projeto de pós-graduação no curso de Mestrado em Letras (Estudos Literários) pela UFPA – Campus de Belém –, inserido na linha de pesquisa Literatura, Cultura e História, estuda a autora Adalcinda Magno Camarão Luxardo (18/07/1920-17/01/2005) - nascida na cidade de Muaná na Ilha do Marajó – e sua obra Vidência (1941). Como uma das poucas mulheres que militaram no universo da arte, a autora destacou-se no cenário cultural literário paraense, como uma das figuras mais expressivas deste período, portanto, através desta pesquisa, procuraremos abordar temáticas relacionadas ao imaginário amazônico e o erotismo que o envolve em Vidência, uma vez que este erotismo partirá de uma visão mais simbolista, estabelecendo analogias entre as questões modernistas e os aspectos simbolistas, ainda existentes na produção da autora e de outros autores da Geração de 45. Esta obra, portanto, constitui-se como uma literatura poética chave para elucidar essas questões, pois ela transparece essa mistura, essa transição Simbolismo-Modernismo. De início, sugere-se que as poesias expressas nesta obra ressoam a erotização da Amazônia, em que perpassam mitos e lendas presentes nesta cultura. Além disso, infere-se que elementos como a água, a noite, a terra, a lua, o vento associados às figuras do Boto, Iara e Boiúna, remetem ao universo simbólico da sedução presente nas imagens evocadas por Adalcinda em diversos poemas do livro.Palavras-chave: Adalcinda Camarão; Vidência; Imaginário Amazônico.

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29Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Meu nome é um rio: Identidade e imaginá(rio) Amazônico

Ivone dos Santos Veloso ([email protected])

O trabalho ora proposto discute a razão histórica para a relevância que o rio tem para a região como meio de subsistência, de transporte, e, sobretudo, para a constituição do imaginário social da/sobre essa região, imprimindo-lhes muitas vezes o seu “tempo lento”, bem como a sua configuração labiríntica, deslizante e sinuosa. Desse modo, nos propomos a compreender porque emerge no imaginá(rio) amazônico a relação rio x homem na representação da identidade amazônica, uma relação tão arraigada que quando falamos em identidade dos povos amazônicos, inevitavelmente, a imagem do ribeirinho e tão logo lembrada como a mais típica representação da cultura da região, muito embora essa não seja a única imagem identitária marcada pela relação com o rio, como intento demonstrar nesse breve estudo. Assim, busco observar como e até que ponto a imagem do rio afeta as representações identitárias na literatura da Amazônia, sem, contudo, homogeneizá-la. Para tanto me reporto ao poema de Max Martins, Rasuras, e ao personagem Missunga, do romance Marajó de Dalcídio Jurandir, obras de autores paraenses que representam essa relação significativa entre o rio e o sujeito amazônico, seja pela sua lassidão, melancolia, ou pelo seu caráter deslizante e sinuoso, conformando, assim, um novo signo cultural.Palavras-chave: Imaginário Amazônico; Identidade; Marajó.

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30 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

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“O Primo Basílio”, de Eça de Queirós

Jonaia Mendes Gomes Simone Maciel Nonato

Trata da análise do romance O Primo Basílio de Eça de Queirós, que narra a história de Luísa, uma burguesa que pelo afastamento de seu esposo Jorge e a aproximação com seu primo Basílio, acaba cometendo adultério, e a partir do momento em que a mesma passa a saber que seu esposo havia tomado conhecimento do adultério, fica tão fragilizada e acaba morrendo. Objetivamos assim, demonstrar que através da literatura, podemos retratar a realidade de gerações. Desse modo, a obra revela uma forte crítica à sociedade burguesa de Lisboa do final do século XIX, ao destacar principalmente o casamento como instituição falida e evidenciar o adultério como consequência dessa fragilidade matrimonial, além de mostrar as condições sócio-econômicas e históricas. Portugal nesse período observa a Europa renovada com seus planos políticos, sociais econômicos e culturais, e ao se avaliar encontra-se impossibilitado de realizar tais mudanças. Nesse ambiente, os jovens acadêmicos portugueses absorvem teorias como o Determinismo, o Positivismo, o Socialismo, o Evolucionismo e outras novidades no campo da ciência e da filosofia. Nesse sentido a linha em que se insere esse trabalho é a de Literatura, Cultura e Sociedade.Palavras-chave: Burguesia; Casamento; Críticas.

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Memórias sentimentais de João Miramar: “Invencionices” na narrativa modernista de Oswald de Andrade

Joisângela Wanzeler Freitas ([email protected])

Esta “comunicação oral” tem como objetivo apresentar a obra Memórias Sentimentais de João Miramar, do escritor modernista Oswald de Andrade, dando ênfase na análise, a respeito da linguagem cinematográfica que se tornou revolucionária e inovadora da expressão artística do início do século XX. Fiel ao projeto do Modernismo, sobretudo na ruptura com os cânones do passado, Oswald de Andrade causou impacto com essa obra, fruto do experimentalismo e da pesquisa estética incansável. Primando pela linguagem reduzida, telegráfica, coloquial e repleta de humor, este livro de memórias traz fragmentos justapostos, seguindo a técnica cinematográfica da montagem e encerrando um simultaneísmo inovador de flashes do subconsciente. Além é claro, da presença de neologismos, estrangeirismos, ilogismos, falta de pontuação, relação com as vanguardas européias. De modo geral, pode-se dizer que Oswald, apresenta-nos uma nova forma de narrar, uma linguagem distinta, com mescla de linguagem formal e informal. Oswald, a partir de um enredo simples e comum, experimenta a linguagem e a própria estrutura narrativa para inovar a literatura brasileira e, com isso, re-nova o próprio Brasil. No entanto, é de suma importância que as pessoas passem a ter conhecimento dessas novas técnicas de expressão que surgiram no século XX do escritor modernista brasileiro. Contudo, torna-se claro, a intenção de aproximar as pessoas desse conhecimento literário, afim de que possamos cada vez mais, aproximar o diálogo entre literatura e sociedade.Palavras-chave: Modernismo; Linguagem; Narrativa.

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Introdução à análise variacionista quantitativa: Pacote Varbrul Classic

Marcelo Dias

O presente mini-curso tem como objetivo introduzir os procedimentos básicos a serem aplicados no tratamento estatístico de dados de natureza variacionista, por intermédio do pacote de programas Variable Analysis Rules Classic – Varbrul (Pintzuk & Sankoff, 1974). Serão tratados ao longo do mini-curso os conceitos e comandos básicos, a natureza dos programas e suas aplicações na fase de processamento de dados, assim como a sua utilização em outros tipos de pesquisa.Palavras-chave: Sociolinguística; Variação; Varbrul.

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33Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

O ensino-aprendizagem de língua inglesa no desenvolvimento da autonomia do aprendiz

Márcia do Carmo da Silva ([email protected])

O estudo no campo de Ensino-aprendizagem tem muitas questões a ser avaliadas no sistema de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira (LE). Neste contexto, uma das avaliações refere-se ao processo de aprendizagem autônoma em língua estrangeira em especial o inglês. Em relação ao conceito de autonomia, que trata de uma capacidade a ser desenvolvida pelos alunos e como princípio didático geral, orientador das práticas pedagógicas. Freire não define autonomia, mas induz a conclusão de que é papel do professor criar possibilidades para que o aluno produza e construa seu próprio conhecimento. Assim, o presente trabalho tem por objetivo abordar O ensino-aprendizagem de Língua Inglesa no desenvolvimento da autonomia do aprendiz. Para isso, teço que não se pode alcançar uma aprendizagem autônoma com a atitude do aluno individualista que se basta a si próprio, mas que só é possível realizá-la como processo coletivo. Assim, concluo que o professor deve ser aquele que age como facilitador e conselheiro, incentivando os alunos a se responsabilizarem por sua própria aprendizagem dentro e fora da sala de aula, o que certamente ajudara na sua autonomia no ensino-aprendizagem de língua inglesa.Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; Autonomia; Língua Inglesa.

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O panorama da literatura estadunidense do século XX: “O velho e o mar” de Ernest Hemingway

Márcia do Carmo da Silva ([email protected])

O estudo no campo da Literatura de modo geral amplia e diversifica nossas visões e interpretações sobre o mundo e a vida como um todo. Assim, o presente trabalho intitulado O Panorama da Literatura Estadunidense do século XX: “O Velho e o Mar” do escritor Ernest Hemingway, tem por objetivo abordar genérica e resumidamente esta obra literária produzida por um autor americano no período do Modernismo. Para isso, teço dentro de um breve histórico em que a obra foi escrita, características fundamentais do autor, a sua biografia, a poesia, a linguagem e o estilo. E é claro uma resumida análise da narrativa, em que o escritor demonstra fantasticamente a relação do ser humano com o mar e a luta pela sobrevivência. Visto que o trabalho de ficção de Hemingway foi publicado ainda durante a sua vida em 1952, retratando muito bem sua época. Tendo reconhcimento como uma das suas obras mais famosas, com o qual ganhou o prêmio Pulitzer (1953), considerada a sua obra-prima e o Nobel de Literatura em 1954. Concluo desta forma que se tenha uma visão geral da obra e da mensagem que o autor quis repassar e retirando como lição que qualquer homem pode superar as suas mais extenuantes dificuldades, em prol da legítima afirmação da dignidade humana.Palavras-chave: Literatura americana; O velho e o mar; Ernest Hemingway.

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O comunicativo e o intercultural no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras: O caso do português para estrangeiros

Marcos dos Reis Batista ([email protected])

Esta pesquisa tem o intuito de oferecer embasamento teórico quanto à abordagem comunicativa intercultural. Ao tratar do material didático, considera-se que seja necessária uma sensibilização por parte dos que cuidam da didática das línguas para uma inserção desse material considerando os aspectos levantados pelos teóricos apresentados, valorizando as culturas de partida (do aprendente) e de chegada (estrangeira). O tipo de pesquisa empregada é analítica e qualitativa. Conclui-se que os aspectos comunicativos e interculturais podem colaborar positivamente com a inserção do aprendente em nova cultura por meio de materiais adequadamente produzidos. Além disso, a abordagem comunicativa intercultural não é um elemento estanque, pronta no livro didático, e deve ser fortemente explorada de outras formas no processo de ensino-aprendizagem de línguas. Este trabalho está vinculado à pesquisa “A abordagem (inter)cultural em manuais para o ensino do português língua estrangeira” no âmbito do Curso de Mestrado em Letras, na linha de pesquisa de ensino-aprendizagem de línguas da UFPA e tem apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (FAPESPA).Palavras-chave: Ensino-Aprendizagem de Línguas; Interculturalidade; Português para Estrangeiros.

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36 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

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Roteiro de análise de livros didáticos em uma perspectiva intercultural

Marcos dos Reis Batista ([email protected])

Neste trabalho é apresentada a proposta de análise de livros didáticos de português para estrangeiros em uma perspectiva intercultural. Tendo como objetivo de auxiliar na análise de manuais para um ensino intercultural, a proposta tem como base os trabalhos de Kramsch (1993) e de Oliveira Santos (2004). A metodologia empregada para esta proposta foi bibliográfica – o estudo da problemática do intercultural no ensino-aprendizagem de línguas – e a análise dos trabalhos da base teórica utilizada para o desenvolvimento da proposta, além dos estudos culturais no campo da didática das línguas de Byram (1993). Tendo como resultado um roteiro de análise de livros didáticos, essa proposta ainda está em pleno desenvolvimento, podendo sofrer algumas alterações de ordem metodológica, teórico-prática e de formalidade. Este trabalho está vinculado à pesquisa “A abordagem (inter)cultural em manuais para o ensino do português língua estrangeira” no âmbito do Curso de Mestrado em Letras, na linha de pesquisa de ensino-aprendizagem de línguas da UFPA e tem apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (FAPESPA).

Palavras-chave: Ensino-Aprendizagem de Línguas; Interculturalidade; Livros Didáticos.

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37Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Análise do livro didático de português para o Ensino Fundamental

Maria Cleunice da Silva ([email protected]) Natália Pantoja Moraes ([email protected])

Analisa o papel que o livro didático de língua portuguesa para o ensino fundamental tem assumido no contexto que vai dos anos 80 até os dias atuais dentro das práticas escolares realizadas em nosso país. De tal maneira verificamos que o ensino-aprendizagem no Brasil ainda enfrenta grandes dificuldades tanto materiais quanto técnicas tornando muitas vezes o livro didático a única ferramenta a ser utilizada (ou sub-utilizada) em sala de aula pelo professor. Por esse motivo, surgiu a preocupação de analisar este instrumento de ensino e como o mesmo vem sendo aplicado em sala de aula. Tal atenção se faz necessária uma vez que este recurso apresenta-se não muito raramente como substituto do docente, fator que pode comprometer a aprendizagem do aluno. Diante desta situação temos como propósito fazer uma explanação acerca da importância do livro didático para o ensino de português. Para isso, será traçada primeiramente sua trajetória histórica, seguida de conceitos a respeito do que é o livro didático, suas características norteadoras, conteúdos e estrutura. A base teórica e metodológica deste trabalho consiste na avaliação dos conteúdos de dois livros didáticos levando em consideração uma produção atual e outra produzida na década de 80. Espera-se com essa proposta que ao utilizar um livro didático em sala de aula os professores levem em consideração a localidade do aluno e acrescentem outros recursos condizentes com suas realidades.Palavras-chave: Ensino-Aprendizagem de Português; Livro Didático; Prática Docente; Instrumento Norteador.

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A apropriação do conceito de gênero no discurso de estudantes da graduação em Letras sobre o ensino-aprendizagem de língua portuguesa

Nora Monteiro Pinto de Almeida ([email protected])

Neste trabalho temos como objetivo investigar a forma como se incorpora o conceito de gênero no discurso dos estudantes de Letras, durante o período de graduação, a partir de sua produção escrita. Nossa hipótese aponta para trabalhos com adesão, praticamente hegemônica, aos teóricos e postulados da teoria dos gêneros, tal como formulada pela “escola de Genebra”, seguida de uma análise de dados e resultados que são interpretados como positivos no ensino de língua, mas que a) não se sustentam claramente nos dados; ou b) poderiam ser analisados igualmente de outra maneira. Teoricamente, este trabalho está inserido nas áreas de leitura e escrita e análise do discurso, especificamente nas reflexões de M. Bakhtin sobre o gênero e nos estudos sobre discurso de M. Foucault. Nesse sentido, faz-se necessária uma investigação sobre a forma como tem se realizado a incorporação do conceito de gênero no discurso dos estudantes de Letras durante o período da graduação, levando-se em conta a cobrança da sociedade a partir de um novo paradigma de ensino. É importante que possamos refletir sobre as dificuldades em sua atuação como futuros professores que precisarão posicionar-se sobre o conceito de gênero e sobre o ensino a partir dos gêneros, modificando sua concepção sobre os objetivos do ensino de língua portuguesa e sobre sua própria formação docente. Para a coleta de dados será feito um levantamento dos Trabalhos de Conclusão de Curso realizados na UFPA, na Universidade do Estado do Pará e nas instituições particulares de ensino superior nos últimos 5 anos, tematizando o ensino de língua e adotando a teoria dos gêneros como perspectiva teórico-metodológica.Palavras-chave: Gêneros; Estudantes de Letras; Produção Escrita.

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Descrição sociolinguística das vogais médias postônicas não-finais /o/ e /e/ no português falado no município de Cametá-PA

Raquel Maria da Silva Costa ([email protected]) Regina Célia Fernandes Cruz ([email protected])

Este trabalho vincula-se ao projeto Descrição Sócio-histórica das vogais do Português do Brasil, coordenado nacionalmente pelo Dr. Seung-Hwa Lee (UFMG), e ao sub-projeto regional Descrição Sócio-histórica das vogais do português do norte do Brasil, coordenado pela professora Dra. Regina Célia Fernandes Cruz (UFPA). Seu objetivo é verificar o comportamento das vogais médias /e/ e /o/ em posição postônica não-final, na área urbana e rural do município de Cametá, Nordeste do estado do Pará, Brasil. As vogais médias postônicas, ora se manifestam como [E/e] e [O/o], ora como /i/ e /u/, respectivamente. O corpus foi constituído por uma amostra estratificada de 96 informantes, selecionados de acordo com sexo, faixa etária, nível de escolaridade e procedência. A coleta dos dados foi realizada através de dois tipos de entrevista: a livre (48 informantes) e o teste ou nomeação de figuras (48 informantes), que consistiu na identificação de desenhos pelos informantes. O corpus apresenta 2.177 dados, sobre o qual se observou a partir de uma análise estatística, no programa computacional Varbrul nos moldes labovianos, considerando variáveis linguísticas e não linguísticas, que o fenômeno de alteamento com peso relativo de .46 apresenta probabilidade menor de ocorrência do que sua ausência com peso relativo de .54. Examinou-se, também, que as vogais médias em posição tônica desempenham um papel bastante favorecedor do alteamento da média postônica /o/ em estudo. Dos fatores sociais estudados, a escolaridade e a procedência foram consideradas relevantes para explicar a regra variável de alteamento em Cametá.Palavras-chave: Vogais médias postônicas; Alteamento; Variação sociolinguística.

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40 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

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Apropriação da leitura e da escrita a partir do gênero manchete de jornal

Roberto Costa de Sousa ([email protected]) Vadivaldo Gonçalves Pereira ([email protected])

A partir de pesquisas realizadas no ensino fundamental especialmente na 8ª série encontrou-se certa dificuldade por parte dos alunos no que diz respeito a leitura, compreensão e produção textual em sala de aula. Tendo em vista isso, foi elaborado um projeto com intuito de sanar essas deficiências apresentadas. Para realizar a pesquisa, teve como referencial teórico Moita Lopes. A luz desse teórico, fomos para campo acreditando que tudo deve ser investigado e analisado em sala de aula e a partir do resultado dessa análise (pesquisa) trabalhar em cima das dificuldades encontradas. Usou-se a manchete de jornal como objeto de ensino e recurso para melhor desenvolver a leitura, escrita e produção textual na turma, visto que o jornal impresso torna-se um meio de comunicação em que o leitor se depara com diversos assuntos e com uma veracidade confiável de fatos, além de poder conhecer o mundo sem sair de casa e ser de fácil acesso. Assim, é através da leitura que o educando irá conhecer, receber e dar sugestões a respeito do que leu. Além disso, o jornal é o principal meio pelo qual se vai desenvolver a capacidade de raciocínio dos alunos e consequentemente formar sujeitos pensantes, ativos e críticos na sociedade. O estudante também irá conhecer novas palavras, ampliar seu vocabulário e grafá-las de forma correta na hora da produção de textos.Palavras-chave: Leitura, Escrita, Produção de texto.

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41Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

Ensino-aprendizagem de Geografia nas séries iniciais em comunidades rurais: “Um olhar” a partir da EMEF de Bituba, Cametá/PA

Rosi Cleide de Jesus Baia Corrêa

O presente trabalho traz como proposta debater as práticas pedagógicas do ensino de geografia nas séries iniciais do ensino fundamental na EMEF de Bituba, localizada na zona rural do Município de Cametá a aproximadamente 15 km da sede. A partir de autores centrados na discussão da prática do professor, focando a necessidade do conhecimento teórico-metodológico e a busca do conhecimento dos problemas sociais que se apresentam no cotidiano de nossos alunos. Com análises visando o conhecimento em sua totalidade e não mais o conhecimento fragmentado. Mas considerando, que apesar de muitas tentativas e propostas de inovação, verifica-se que ainda se utilizam muitas metodologias de ensino com base na transmissão de conteúdos fragmentados, dicotomizados e superficiais não permitindo fazer análises do espaço social e síntese das relações homem-natureza. Dessa forma, busca-se identificar o ensino-aprendizagem de Geografia nas séries iniciais na EMEF de Bituba, verificando os processos metodológicos adotados para o ensino de geografia e sua adequação para o desenvolvimento de um saber crítico, a partir da leitura do Lugar na Totalidade-mundo e a relação entre o ensino de geografia e o processo de letramento geográfico. Por fim, considerando o valor prático que a geografia tem na sociedade nos leva à necessidade de um conhecimento geográfico mais crítico, que venha contribuir na formação de valores para a vida de nossos educandos.Palavras-chave: Ensino-Aprendizagem; Letramento Geográfico; Totalidade-Mundo.

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42 Jornada do Cu r s o d e Le t ra s do Campu s d e Cametá

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A apropriação do gênero oral formal como objeto do processo de ensino-aprendizagem – uma abordagem sobre o gênero-exposição oral (seminário)

Maria Sebastiana da Silva Costa ([email protected]) Joaquim Maia de Lima ([email protected])

Este trabalho é uma proposta pedagógica de estudo a partir de um gênero da esfera oral, o seminário. Baseia-se nos pressupostos teóricos dos PCN - Língua Portuguesa 3º e 4º ciclos (BRASIL, 2003) e nos estudos sobre gêneros Dolz e Schneuwly (2004). Teve como propósito a aplicação de uma sequencia didática a partir do gênero discursivo oral, exposição (seminário), a fim de se verificar quais os fatores que possibilitam ou não um estudo sistemático desse gênero pelos alunos da 8ª série da E.M.E.F Coronel Raimundo Leão. Assim ratifica-se a proposta de uma pesquisa participante, de cunho qualitativo, realizada por meio da aplicação de uma sequencia didática em sala de aula. O conteúdo observável foi focado nas práticas discursivas orais utilizadas pelos alunos, buscando analisar diversos fatores que contribuem para o aprendizado do uso de gênero oral seminário. A coleta dos dados ocorreu no decorrer da pesquisa, seguindo algumas etapas: levantamento do referencial teórico; aplicação das sequencias didáticas; observação do nível de desenvolvimento do aluno; levantamento descritivo dos objetivos; e análise dos dados. Constatou-se que não há um uso efetivo dos gêneros orais na escola pesquisada, haja vista a produção inicial dos alunos apresentarem falta de discernimento entre oralização de textos escritos com a exposição oral, seminário. Dessa forma por intermédio desta pesquisa, espera-se contribuir pra que os gêneros orais formais assim como o seminário possam tornar-se objetos ensináveis nas escolas de nível fundamental e médio colaborando para que o ensino torne-se mais interativo, e, portanto, significativo, almejando sempre uma Educação melhor.Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; Assimilação do Oral; Seminário.

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Virgílio: Interseção de personagem e espaço em “Belém-do-Grão-Pará”

Tereza Cristina dos Santos Veloso ([email protected]) Ivone dos Santos Veloso ([email protected])

A presente comunicação se constitui de uma breve análise sobre o personagem Virgilio Alcantara do romance de Dalcídio Jurandir, Belém-do-Grão-Pará. Tal narrativa é o quarto romance desse escritor paraense que compõe, juntamente com outros romances nove romances, o chamado ciclo Extremo Norte. Esse romance publicado em 1960, ganhou dois prêmios literários, os quais já assinalavam o valor literário desse romance e de seu autor. Nessa narrativa a relevância do aspecto espacial é relevante, tanto que nos é sugerida desde o seu título, no qual se evoca um espaço específico da Amazônia, Belém, a capital paraense. Na abordagem aqui empreendida faz-se referências à caracterização, a função e a representatividade desse personagem, observando, principalmente, que há uma interseção entre personagem e espaço no desenrolar do referido romance, de modo que se verifica como isso se configura em relação ao personagem Virgilio e o espaço das casas habitados por ele.Palavras-chave: Personagem; Espaço.

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Normas para apresentação dos trabalhos completos para publicação nos Anais da

III Jornada de Letras do Campus de Cametá

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Para serem incluídos nos Anais do evento, os textos devem impreterivelmente respeitar as seguintes normas:

Redigir o texto em português e utilizar margens de 3 cm em papel 1 formato A4 (21x29,7cm).

O texto digitado deve ter entre 2 mil e 6 mil palavras, incluindo os 2 anexos.

Digitar o texto em Word for Windows ou BrOffice, fonte Times 3 New Roman, corpo 12, espaçamento simples entre linhas e parágrafos, em modo justificado.

Para texto citado com mais de três linhas, adentrar o texto em 2 cm. 4 e utilizar fonte Times New Roman, corpo 10.

Para texto citado com menos de três linhas, usar aspas no próprio 5 corpo do texto.

Para notas de rodapé, usar fonte Times New Roman, corpo 10.6

Apresentar o texto na seguinte sequência: título do artigo, 7 nome(s) do(s) autor(es), resumo em português, palavras-chave em português, texto, referências e anexos.

Digitar o título do artigo centralizado na primeira linha da primeira 8 página com fonte Times New Roman, tamanho12, em formato negrito, todas as letras maiúsculas.

Digitar o(s) nome(s) do(s) autor(es) de forma completa na ordem 9 direta, na segunda linha abaixo do título, com alinhamento à direita, seguido do nome completo da Instituição de filiação. Letras maiúsculas devem ser utilizadas apenas para as iniciais.

Os resumos devem ser antecedidos pela expressão RESUMO em 10 maiúsculas, seguida de dois pontos, na terceira linha abaixo do nome do autor e sem adentramento. O texto dos resumos segue na mesma linha e deve ficar entre 150 e 250 palavras. Digitá-lo em fonte Times New Roman, corpo 11.

As palavras-chave devem ser antecedidas pela expressão 11 PALAVRAS-CHAVE em maiúsculas, seguida de dois pontos, na segunda linha abaixo do resumo e duas linhas acima do início do texto. Utilizar três palavras-chave com fonte Times New Roman, tamanho 11, separadas por ponto e vírgula.

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Digitar os títulos de seções com fonte Times New Roman, 12 tamanho12, em negrito. O título da introdução deve ser redigido na terceira linha após as palavras-chave. Os demais títulos, duas linhas após o último parágrafo da seção anterior (pular linha). Os títulos de seções são numerados com algarismos arábicos seguidos de ponto (por exemplo, 1. Introdução, 2. Fundamentação teórica). Apenas a primeira letra de cada subtítulo deve ser grafada com caracteres maiúsculos, exceto nomes próprios.

Digitar a primeira linha de cada parágrafo de texto com 13 adentramento de 1,5cm.

As referências no texto devem ser indexadas pelo sistema autor 14 data. Para citar, resumir ou parafrasear um trecho da página 36 de um texto de 2005 de Pedro da Silva, a indexação completa deve ser (SILVA, 2005, p. 36). Quando o sobrenome vier fora dos parênteses deve-se utilizar apenas a primeira letra em maiúscula.

Citações no meio do texto sempre devem vir entre aspas e nunca 15 em itálico. Use itálico para indicar ênfase ou grafar termos estrangeiros.

Exemplos de corpus analisados devem vir no padrão de citação.16

Caso seja necessária transcrição fonética, o autor deve enviar a 17 fonte utilizada juntamente com seu artigo, a fim de que a mesma possa ser instalada para editoração do artigo.

Notas devem ser digitadas em rodapé em sequência numérica. Não 18 se deve usar nota para citar referência.

Tabelas, quadros, ilustrações (desenhos, gráficos etc.) devem ser 19 entregues prontos para a editoração eletrônica. Não se admitem ilustrações xerocopiadas. Elas deverão ser devidamente escaneadas e inseridas no texto. Os títulos de figuras devem ser digitados com fonte Times New Roman, tamanho 11, em formato normal, centralizado. Tabelas, quadros, ilustrações devem ser identificados por legendas.

As referências devem ser antecedidas da expressão Referências, em 20 negrito. A primeira referência deve ser redigida na segunda linha abaixo dessa expressão. As referências devem seguir a NBR 6023 da ABNT: os autores devem ser citados em ordem alfabética, sem

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numeração, sem espaço entre as referências e sem adentramento; o principal sobrenome do autor em maiúsculas, seguido de vírgula e iniciais dos demais nomes do autor. Se houver outros autores devem ser separados uns dos outros por ponto e vírgula; título de livro, de revista e de anais, em itálico; título de artigo: letra normal, como a do texto; se houver mais de uma obra do mesmo autor, seu nome deve ser substituído por um traço de cinco toques; mais de uma obra do mesmo autor no mesmo ano, use uma letra (a, b, ...) após a data. Ordene referências de mesmo autor em ordem decrescente. Exemplos:

JESUS, Raimundo Jorge Nascimento de. A “Campanha Escola para Todos” — Movimentos sociais, Estado e partidos políticos na transição democrática no Pará. 1997. Dissertação (Mestrado em Educação) — Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, 1997.

POPKEWITZ, Thomas S. Reforma, conhecimento pedagógico e administração social da individualidade: a educação escolar como efeito do poder. In: INBERNÓN, F. (Org.). A educação no século XXI: Os desafios do futuro imediato. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

SANTOS, Terezinha Fátima A. Monteiro; FARIAS, Maria Celeste. Breves incursões pelas políticas públicas de gestão dos anos noventa no Brasil. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL EDUCAÇÃO, 5, 2008, João Pessoa. Anais... João Pessoa: UFPB, 2008. CD-ROM.

SILVA, Luiz Antonio Machado da. Cidadania, democracia e justiça social. Disponível em: < http://www.ibase.br/anexos/ibase_dvb_capitulo3.pdf >. Acesso em: 22 janeiro 2008.

WEFFORT, Francisco C. Por que democracia? 2.ed. São Paulo: Brasiliense,1984.

Page 48: Livro de Resumos da III Jornada de Letras do Campus de Cametá

A III Jornada de Letras do Campus de Cametá constitui-se em evento anual promovido pela Faculdade de Linguagem do Campus Universitário do Tocantins/Cametá, objetivando promover intercâmbio entre a universidade e a sociedade que a permeia, no tocante a questões relacionadas a língua, literatura e outras linguagens.

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