livro de brás cubas

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Everson N 16 Ana Claúdia N 3°A

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Page 1: Livro de brás cubas

Everson N 16

Ana Claúdia N

3°A

Page 2: Livro de brás cubas

A infância de Brás Cubas, como a de todo membro da sociedade patriarcal brasileira da época, é marcada por privilégios e caprichos patrocinados pelos pais. O garoto tinha como “brinquedo” de estimação o negrinho Prudêncio, que lhe servia de montaria e para maus-tratos em geral

Na juventude do protagonista, as benesses ficam por conta dos gastos com uma cortesã, ou prostituta de luxo, chamada Marcela, a quem Brás dedica a célebre frase: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”. Essa é uma das marcas do estilo machadiano, a maneira como o autor trabalha as figuras de linguagem

Apaixonado por Marcela, Brás Cubas gasta enormes recursos da família com festas, presentes e toda sorte de frivolidades. Seu pai, para dar um basta à situação, toma a resolução mais comum para as classes ricas da época: manda o filho para a Europa estudar leis e garantir o título de bacharel em Coimbra. Brás Cubas, no entanto, segue contrariado para a universidade. Marcela não vai, como combinara, despedir-se dele, e a viagem começa triste e lúgubre.

Em Coimbra, a vida não se altera muito. Com o diploma nas mãos e total inaptidão para o trabalho, Brás Cubas retorna ao Brasil e segue sua existência parasitária, gozando dos privilégios dos bem-nascidos do país.

Page 3: Livro de brás cubas

Brás Cubas – Sarcástico, sem escrúpulo, preconceituoso, bom vivant, personagem principal. Escreveu o romance depois de morto, por isso, póstumo. Viveu sozinho e morreu só. Pensava que amava Virgilia, mas gostava apenas do sabor da aventura. Traía a todos e a tudo, por seus ideais. Ambicioso, brigou com a irmã na divisão da herança.

Virgilia – linda, casada, mãe de um filho, ambiciosa, mantinha um relacionamento com Brás.

Lobo Neves – casado com Virgilia, homem sério, fechava os olhos para a traição da esposa e queria sempre o mais alto cargo para que a própria não o abandonasse.

Quincas Borba – companheiro de colégio de Brás e mentor na fase adulta. Sábio, filósofo, terminou louco.

D. Eusébia - viúva, rica, mãe de Eugênia

Eugênia - dezesseis anos, linda, coxa e cheia de complexos.

Marcela – espanhola, interesseira, usava a beleza para conseguir vantagens

Sabina - irmã, casada com Cotrim.

Cotrim - Bom rapaz, gentil, inteligente e sagaz.

Nhã-loló – Simples, nível social inferior a Brás Cubas, tinha complexo de inferioridade.

Capitão – poeta, casado com uma tísica e ficara viúvo a caminho da Europa.irmã de Brás Cubas, casada com Cotrim.

Cotrim, cunhado de Brás Cubas.]

Page 4: Livro de brás cubas

A obra é apoiada em dois tempos. Um é o tempo psicológico, do autor além-túmulo, que, desse modo, pode contar sua vida de maneira arbitrária, com digressões e manipulando os fatos à revelia, sem seguir uma ordem temporal linear. A morte, por exemplo, é contada antes do nascimento e dos fatos da vida.

No tempo cronológico, os acontecimentos obedecem a uma ordem lógica: infância, adolescência, ida para Coimbra, volta ao Brasil e morte. A estranheza da obra começa pelo título, que sugere as memórias narradas por um defunto. O próprio narrador, no início do livro, ressalta sua condição: trata-se de um defunto-autor, e não de um autor defunto. Isso consiste em afirmar seus méritos não como os de um grande escritor que morreu, mas de um morto que é capaz de escrever.

O pacto de verossimilhança sofre um choque aqui, pois os leitores da época, acostumados com a linearidade das obras (início, meio e fim), veem-se obrigados a situar-se nessa incomum situação.

Page 5: Livro de brás cubas

Narrador A narração é feita em primeira pessoa e postumamente, ou seja,

o narrador se autointitula um defunto-autor – um morto que resolveu escrever suas memórias. Assim, temos toda uma vida contada por alguém que não pertence mais ao mundo terrestre. Com esse procedimento, o narrador consegue ficar além de nosso julgamento terreno e, desse modo, pode contar as memórias da forma como melhor lhe convém.

Foco Narrativo Com a narração em primeira pessoa, a história é contada

partindo de um relato do narrador-observador e protagonista, que conduz o leitor tendo em vista sua visão de mundo, seus sentimentos e o que pensa da vida. Dessa maneira, as memórias de Brás Cubas nos permitirão ter acesso aos bastidores da sociedade carioca do século XIX.