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Literatura Portuguesa I A poesia romântica de Almeida Garrett Prof. Dr. Carlos Francisco de Morais

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Literatura Portuguesa IA poesia romântica de Almeida Garrett

Prof. Dr. Carlos Francisco de Morais

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Este inferno de amar — como eu amo! —Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi?Esta chama que alenta e consome,Que é a vida — e que a vida destrói —Como é que veio a se atear,Quando — ai quando se há de ela apagar? Eu não sei, não me lembra: o passado,A outra vida que dantes viviEra um sonho talvez... — foi um sonho —Em que paz tão serena a dormi!Oh! que doce era aquele sonhar...Quem me veio, ai de mim! despertar? Só me lembra que um dia formosoEu passei... dava o Sol tanta luz!E os meus olhos, que vagos giravam,Em seus olhos ardentes os pus.Que fez ela? eu que fiz? — Não no sei,Mas nessa hora a viver comecei...

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“É, pois, chegado o momento de afirmar sem rodeios que seria estranho que nos dias de hoje a liberdade, tal como a luz, penetrasse em todos os domínios exceto naquilo que há de mais naturalmente livre no mundo, que são as coisas do pensamento.”

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Derrubemos a golpes de martelo as teorias, as poéticas e os sistemas. Atiremos por terra o velho revestimento de estuque que mascara a fachada da arte! Não existem regras, nem modelos!

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Convém insistir que o poeta só deve guiar-se pela Natureza, pela verdade e pela inspiração, que é igualmente uma verdade e uma natureza. Palavras de Lope de Vega:

Quando he de escribir una comedia,Encierro los preceptos con seis llaves.

Para trancar os preceitos, seis chaves não são demais. E que o poeta, acima de tudo, evite copiar alguém, quer seja Molière ou Corneille, até mesmo Shakespeare ou Schiller.

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