lista de tabelas - contagem
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01. Volume de Corte e Aterro ......................................................................... 7
Tabela 02. Muros de Arrimo ....................................................................................... 7
Tabela 03. Delimitação das sub-bacias de drenagem ............................................. 10
Tabela 04. Dimensionamento das tubulações ......................................................... 11
Ferreira Costa Engenharia e Consultoria Ltda. (37) 3351-2221 / 9966-1647 – [email protected]
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PROJETO ..................................................... 2
2.1. Estabilidade local e global das intervenções propostas ............................... 2
2.1.1.1. Estabilidade Local ................................................................................. 2
2.1.1.2. Estabilidade Global ............................................................................... 5
2.2. Pontos de Intervenções Propostos ..................................................................... 6
2.2.1. Corte e Aterro .............................................................................................. 7
2.2.2. Muro de Arrimo ............................................................................................ 7
2.2.3. Parâmetros Hidrológicos utilizados nas Obras de Drenagem 8
2.2.3.1. Área de Drenagem (A) .......................................................................... 8
2.2.3.2. Coeficiente de Impermeabilização (C) .................................................. 8
2.2.3.3. Período de Recorrência (T) ................................................................... 8
2.2.3.4. Duração da Chuva de Projeto (D) ......................................................... 8
2.2.3.5. Intensidade da Chuva de Projeto (I) ...................................................... 8
2.2.3.6. Cálculo Vazões das Bacias ................................................................... 9
2.2.3.7. Tubulação de dreangem...................................................................... 10
2.2.4. Pavimentação ............................................................................................ 11
2.2.5. Esgotamento Sanitário ............................................................................... 12
2.2.5.1. Quantificação do Esgoto ..................................................................... 12
2.2.5.2. Dimensionamento ............................................................................... 12
3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ........................................................................ 12
3.2. Especificações Gerais ...................................................................................... 13
3.3. Especificações Complementares ..................................................................... 13
3.3.1. Condução da Obra ..................................................................................... 13
3.3.2. Qualidade da Obra ..................................................................................... 14
3.3.3. Imprevistos da Obra ................................................................................... 14
3.3.4. Segurança e Meio Ambiente ...................................................................... 14
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3.3.5. Locação de Obra ....................................................................................... 15
3.3.5.1. Pavimentação ...................................................................................... 15
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1. INTRODUÇÃO
O presente Memorial Técnico é parte integrante dos projetos de contenção de encostas das
áreas de risco da Vila Buraco da Coruja II, localizada na cidade de Contagem/MG. Tal
documento visa criar diretrizes e estabelecer normas necessárias a uma execução satisfatória
dos serviços nele referidos.
Como o interior da área está parcialmente ocupado optou-se, nesse projeto, por uma solução
que cause o menor impacto para a população residente. Nesta diretriz a concepção se deu por
muros de arrimo, padrão URBEL, acompanhando as curvas de nível.
Os muros de arrimo padrão URBEL são muros sob estacas de fundação ou tubulões,
escavados manualmente, moldados “in loco”, com pilares em concreto armado, e paramento
arrimado em blocos de concreto preenchidos com ferragem e concreto estrutural. O processo
construtivo destas contenções, por exigir poucos equipamentos (e de pequeno porte)
representa menor impacto na comunidade, com menores requisitos de área e de acessos.
Ressalta-se que o presente documento, deve ser seguido na íntegra e em caso de dúvidas
quanto à interpretação do texto, ou até mesmo dos projetos, esta consultoria e a
FISCALIZAÇÃO da obra deverão ser consultadas.
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2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PROJETO
2.1. Estabilidade local e global das intervenções propostas
2.1.1.1. Estabilidade Local
Na Vila Buraco da Coruja II foram analisadas algumas áreas de riscos, como visto
anteriormente, encontrando-se fatores de segurança insuficientes para a segurança exigida.
Para obter os fatores de segurança necessária foram propostos muros de arrimo realizando a
contenção das encostas, seccionando os taludes inseguros, em outros menores, obtendo-se
fatores adequados.
Para verificar a estabilidade dos taludes foi considerado o tipo de solo local, a inclinação e
altura dos taludes. A análise foi realizada no programa computacional GeoStudio (módulo
Slope), método Fellenius (ou Ordinário). Os parâmetros utilizados são os seguintes:
a) Argila:
✓ Ângulo de atrito: 24º; ✓ Peso específico: 19kN/m³; ✓ Coesão efetiva: 3,0 tf/m².
b) Argila Siltosa:
✓ Ângulo de atrito: 25º; ✓ Peso específico: 20kN/m³; ✓ Coesão efetiva: 4,0 tf/m².
c) Silte Arenoso:
✓ Ângulo de atrito: 27°; ✓ Peso específico: 20 kN/m³; ✓ Coesão efetiva: 3,0 tf/m².
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A análise baseou-se em procurar uma altura de talude para a qual o fator de segurança (FS)
fosse maior ou igual a 1,5.
Entende-se, então, que limitando-se as alturas de projeto às encontradas na análise do
GeoSlope, o solo terá uma estabilidade local com FS maior ou igual a 1,5.
A seguir estão os perfis das piores situações encontradas na Vila Buraco da Coruja II.
SUPERFÍCIE DE RUPTURA
Name: ARGILA SILTOSA
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 20 kN/m³
Cohesion: 40 kPa
Phi: 25 °
Name: ARGILA
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 19 kN/m³
Cohesion: 30 kPa
Phi: 24 °
Name: SILTE ARENOSO
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 20 kN/m³
Cohesion: 30 kPa
Phi: 27 °
PERFIL 01 - TERRENO NATURAL- FS - 1,8
COMPRIMENTO
0 10 20 30 40 50
AL
TU
RA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
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SUPERFÍCIE DE RUPTURA
Name: ARGILA SILTOSA
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 20 kN/m³
Cohesion: 40 kPa
Phi: 25 °
Name: ARGILA
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 19 kN/m³
Cohesion: 30 kPa
Phi: 24 °
Name: SILTE ARENOSO
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 20 kN/m³
Cohesion: 30 kPa
Phi: 27 °
PERFIL 02 - TERRENO NATURAL- FS - 1,7
COMPRIMENTO
0 10 20 30 40 50 60
AL
TU
RA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
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30
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SUPERFÍCIE DE RUPTURA
Name: ARGILA SILTOSA
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 20 kN/m³
Cohesion: 40 kPa
Phi: 25 °
Name: ARGILA
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 19 kN/m³
Cohesion: 30 kPa
Phi: 24 °
Name: SILTE ARENOSO
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 20 kN/m³
Cohesion: 30 kPa
Phi: 27 °
PERFIL 03 - TERRENO NATURAL- FS - 1,4
COMPRIMENTO
0 10 20 30 40 50 60 70
AL
TU
RA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
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SUPERFÍCIE DE RUPTURA
Name: ARGILA SILTOSA
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 20 kN/m³
Cohesion: 40 kPa
Phi: 25 °
Name: ARGILA
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 19 kN/m³
Cohesion: 30 kPa
Phi: 24 °
Name: SILTE ARENOSO
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 20 kN/m³
Cohesion: 30 kPa
Phi: 27 °
PERFIL 04 - TERRENO NATURAL- FS - 2,2
COMPRIMENTO
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
AL
TU
RA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
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26
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2.1.1.2. Estabilidade Global
Para a análise da estabilidade global dos taludes recorreu-se à verificação da estabilidade local
do muro sobre estacas/tubulões, padrão URBEL. Na lógica, se o muro proposto em posição
central ao talude, dividindo-o em 2 de alturas parecidas, atravessando a curva de ruptura global
provável, está estável, pode-se afirmar que a estabilidade global é atendida, restando avaliar a
estabilidade local do talude inferior.
Para a avaliação da estabilidade local do muro, suportando o talude superior, recorreu-se ao
uso de software de cálculo estrutural que permitisse avaliar a interação estacas/solo,
considerando o efeito elástico. Foi empregado o Eberick Next Gold, da AltoQi, que possui estes
recursos, sendo possível, também, verificar o detalhamento feito pela URBEL.
Como se faz, praticamente em todos os casos, pequeno desaterro em corte para a inserção
das estacas, aproveitando o solo escavado para configurar o aterro atrás do muro, obtêm-se
terraplano superior e inferior ao muro feito, condição que valida a hipótese de cálculo desta
verificação e a considerada pela URBEL, no desenvolvimento de seus padrões.
A URBEL considera sobrecarga distribuída de 700 kgf/m², no terraplano superior, que além de
simular prováveis efeitos de máquinas/veículos garante empuxo superior ao obtido pelo efeito
da inclinação do talude. Nesta verificação também foi considerada esta sobrecarga, validando
o uso do muro padrão.
A seguir apresentamos os padrões de cálculo, alinhados com o padrão URBEL:
SUPERFÍCIE DE RUPTURAName: ARGILA SILTOSA
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 20 kN/m³
Cohesion: 40 kPa
Phi: 25 °
Name: ARGILA
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 19 kN/m³
Cohesion: 30 kPa
Phi: 24 °
Name: SILTE ARENOSO
Model: Mohr-Coulomb
Unit Weight: 20 kN/m³
Cohesion: 30 kPa
Phi: 27 °
PERFIL 05 - TERRENO NATURAL- FS - 2,0
COMPRIMENTO
0 10 20 30 40 50 60 70
ALT
UR
A
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
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✓ Terrapleno plano;
✓ Sobrecarga/efeito da inclinação: 700 kgf/m²;
✓ Peso específico do solo: 1800 kgf/m³;
✓ Ângulo de atrito do solo: 27o;
✓ Coesão: 0,3 kgf/cm²;
✓ Peso específico do concreto: 2500 kgf/m³;
✓ Concreto fck 20 MPa;
✓ Cobrimento das armações: 3 cm;
✓ Presença de drenagem efetiva, sem pressão de água;
✓ Solo de apoio dos tubulões: Silte Arenoso medianamente compacto;
✓ Coeficiente de empuxo ativo: 0,4;
✓ Vinculo com o solo: elástico em x, y e z;
✓ Coeficiente de mola vertical do solo: 9.600 tf/m³;
✓ Coeficiente de Poisson: 0,3;
✓ Coeficiente de recalque horizontal: 2.880 tf/m³;
✓ Tensão admissível no solo (ponta do tubulão): 6,0 kgf/cm²;
À partir destas condições de contorno, processando as diversas hipóteses condizentes com os
muros empregados, chegou-se às conclusões:
✓ Todas as verificações feitas se mostraram estáveis, atestando o padrão de
muros usado pela URBEL;
✓ As flechas nos muros mostraram-se inferiores aos limites normativos (L/125);
✓ Os comprimentos de fundações profundas estipulados pela URBEL foram
suficientes para transpor com segurança a curva de ruptura global e para dar
estabilidade aos muros lançados;
✓ As ferragens obtidas nos pilares e nas estacas de fundação estão coerentes (as
vezes um pouco menor) que as ferragens do padrão URBEL;
✓ Os muros inseridos em posições intermediárias aos taludes globais foram
suficientes para assegurar a estabilidade global.
2.2. PONTOS DE INTERVENÇÕES PROPOSTOS
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2.2.1. Corte e Aterro
Foram lançados no projeto 05 cortes para identificar os volumes de cortes e aterros na
colocação dos muros, como mostrado nas tabelas 01.
Projeto: Vila Buraco da Coruja II CÁLCULO DE VOLUME POR COMPRIMENTO DE MURO
ÁREAS MURO VOLUME IDENT. CORTE ATERRO COMPR. CORTE ATERRO MURO (m²) (m²) (m) (m³) (m³)
2,17 57,49 241,13 32,22 1/2 M02 (m)8,30 (m)0,22 21,62 179,45 4,65
M3 4,26 0,19 7,00 29,82 1,33 M6 0,75 0,77 10,63 7,97 8,19 M9 1,31 0,99 18,24 23,89 18,06
14,62 2,17 241,13 32,22
Tabela 01. Volume de Corte e Aterro
O projeto terá uma sobra de 208,91 m³ de terra (corte e aterro), 58,43 limpeza do terreno,
22,21 m³ na drenagem superficial, 1,27 m³ no esgotamento sanitário e 457,09 m³ na
construção dos muros de arrimo. Contudo a obra terá uma sobra de 747,91 m³ sobre os quais .
2.2.2. Muro de Arrimo
Serão construídos 16 muros com altura variando entre 2,20 e 4,20 m e com comprimento total
de 136,01 m. Encontram-se em anexo o detalhamento dos muros. A Tabela 02 refere-se à
caracterização dos muros.
IDENTIFICAÇÃO COTA TOPO
COMPRIMENTO ALTURA
M-01 896,00 2,00 2,20
M-02 898,00 21,62 4,00
M-03 898,00 7,00 3,20
M-04 898,00 3,46 3,00
M-05 898,00 3,38 3,00
M-06 898,00 10,63 3,00
M-07 898,00 3,54 3,00
M-08 898,00 3,42 2,80
M-09 898,00 18,24 2,80
M-10 886,00 6,75 3,40
M-11 886,50 6,75 2,80
M-12 887,00 2,25 3,40
M-13 887,50 4,50 3,00
M-14 7,60 3,20
M-15 12,37 3,20
M-16 22,50 4,20
Tabela 02. Muros de Arrimo
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Os muros 13, 14, 15 e 16 serão construídos fora da área levantada. No orçamento está
previsto projetos complementares e levantamento para a área dessas contenções.
2.2.3. Parâmetros Hidrológicos utilizados nas Obras de Drenagem
Entende-se por drenagem a captação e/ou captação dos escoamentos de áreas urbanizadas
desprovidas de infraestrutura para drenagem.
2.2.3.1. Área de Drenagem (A)
A área total de drenagem é de 4.879,05 m², dividida em 08 sub-bacias de escoamento.
2.2.3.2. Coeficiente de Impermeabilização (C)
Os coeficientes de impermeabilização considerados foram de 46,9% e 90%, para interiores de
lotes e áreas pavimentadas, respectivamente.
2.2.3.3. Período de Recorrência (T)
Será adotado um período de recorrência 10 anos.
2.2.3.4. Duração da Chuva de Projeto (D)
A duração de chuva de projeto deve igualar ao tempo de concentração (tc)
D = tc = 10 min = 0,17 h
2.2.3.5. Intensidade da Chuva de Projeto (I)
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De acordo com a Instrução Técnica Elaboração de Estudos e Projetos de Drenagem para a
cidade de BH da SUDECAP, as intensidades de chuvas deverão ser calculadas através da
equação de chuvas intensas apresentada na dissertação de mestrado de Márcia Maria
Guimarães Pinheiro (Escola de Engenharia da UFMG, Orientador: Prof. Mauro Naghettini,
1997) estabelecida com base nas relações intensidade-duração-frequência e de ietogramas
típicos de distribuição temporal, para as precipitações históricas da Região Metropolitana de
BH.
A expressão geral da equação é:
IT,i= 0,76542 x D-0,7059 x P0,5360 x μT,d
IT,ié a estimativa da intensidade de chuva no local “i” associada ao período de retorno T
(mm/h).
D é a duração da chuva (horas). P é a precipitação média anual no local “i” (mm).
μT,dé o quantil adimensional de frequência regional associado ao período de retorno T e à
duração d (tabelado). A tabela 1 (Quantis Adimensionais de Frequência Regional μT,d), da
Instrução Técnica da SUDECAP, mostra o valor utilizado de 1,4233.
A precipitação média anual a ser adotada nos estudos e projetos de microdrenagem, no
município de Belo Horizonte, será de 1.500 mm.
Chegou-se então em uma intensidade de chuva de 194,48 mm/h.
2.2.3.6. Cálculo Vazões das Bacias
Pelo Método Racional C x I x A, foram encontradas as vazões de drenagem para cada bacia e
dimensionadas as canaletas através do caminhamento da água proposto pelo projeto.
Optou-se por um sistema superficial composto por:
• 04 Bocas de lobo simples;
• 81,67 m Tubo de concreto armado com DN 400 e 500 mm;
• 04 Poço de visita Tipo A.
A Tabela 03 mostra a delimitação das sub-bacias de drenagem.
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ESTUDO HIDROLÓGICO - MICRODRENAGEM
BURACO DA CORUJA
Sub-Bacias Dados da Bacia
Escoamento Vazão
Área de Drenagem
Área (m²) C Q
min m³/s
4.879,05 -
0,1345
BACIA 01 185,69
46,9%
0,0047
BACIA 02 25,52
90,0%
0,0012
BACIA 03 1.208,79
46,9%
0,0307
BACIA 04 71,70
90,0%
0,0035
BACIA 05 1.374,69
46,9%
0,0349
BACIA 06 188,48
90,0%
0,0092
BACIA 07 1.648,42
46,9%
0,0418
BACIA 08 175,78
90,0%
0,0086
Resumo 4.879,05
0,1345
Tabela 03. Delimitação das sub-bacias de drenagem
2.2.3.7. Tubulação de dreangem
As tubulações foram dimensionadas através da equação de Manning.
Cálculo de Vazão das Canaletas
Equação 01
Onde:
Q = Vazão em m³/s;
n = Rugosidade do material;
Rh = Raio Hidráulico = 𝐴𝑚
𝑃𝑚;
iSRhn
Q .1
3
2
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Am = Área Molhada;
Pm = Perímetro molhado;
S = Área molhada;
i = Inclinação.
Cálculo da Velocidade
Equação 02
A tabela 04 mostra o dimensionamento das tubulações.
DIMENSIONAMENTO DA REDE TUBULAR DE MICRODRENAGEM PLUVIAL - BURACO DA CORUJA Poço de
Visita/Boca de Lobo
Q (m³/s) D Cota do Terreno Cota Tubo Distancia Manning (n) i v y/D
Projeto (mm) Montante Jusante Montante Jusante (m) - (%) m/s
BL-01 - PV-01 0,0060 400 895,300 893,388 894,300 891,988 6,72 0,014 34,38 2,39 0,052
PV-01 - PV-02 0,0060 500 893,388 890,000 891,988 888,600 18,81 0,014 18,01 1,70 0,049
PV-02 - PV-03 0,0060 500 890,000 889,000 888,600 886,600 18,81 0,014 10,63 1,70 0,049
BL-02 - PV-03 0,0341 400 888,100 889,000 887,100 886,600 2,79 0,014 17,94 3,22 0,139
PV-03 - PV-04 0,0401 500 889,000 885,104 886,600 883,704 30,54 0,014 9,48 2,62 0,132
BL-03 - PV-04 0,0440 400 885,500 885,104 884,500 883,704 3,62 0,014 22,00 3,73 0,150
BL-04 - PV-04 0,0504 400 885,500 885,104 884,500 883,704 3,09 0,014 25,79 4,10 0,154
PV-04 - Rede Exist.
0,1345 500 885,104 * 883,704 * * 0,014 1,00 1,67 0,430
Vazão total 0,1345 m³/s
Tabela 04. Dimensionamento das tubulações
2.2.4. Pavimentação
A pavimentação ocorrerá nos becos de acesso e na rua que dá acesso ao interior da vila
Buraco da Coruja II, em bloco de concreto intertravado espessura 8,0 cm, assentados sobre
colchão de areia.
✓ Beco:
• Pavimentação intertravado espessura 8 cm – 523,46 m².
5,03
2
.1
iRhn
V
12
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2.2.5. Esgotamento Sanitário
2.2.5.1. Quantificação do Esgoto
A quantificação do esgoto permite definir a capacidade do sistema de coleta. Essa grandeza se
define com base nos seguintes parâmetros:
✓ Período de projeto;
✓ Previsão demográfica;
✓ Contribuição “per capta”;
✓ Acréscimos de vazão – coeficientes k1 e k2;
✓ Acréscimos devido à infiltração permanente;
✓ Incremento de águas pluviais;
✓ Vazão mínima de projeto;
✓ Vazão mínima para fixação da declividade.
2.2.5.2. Dimensionamento
O sistema será composto por 72,56 m de tubulação e 04 poços de visita. Na extensão da rede
encontra-se 36 lotes considerados com ocupação de 04 pessoas/lote. O coeficiente de
infiltração foi de 0,05 l/s.km, com um consumo de água de 200 l/hab.dia, e um coeficiente de
retorno de 0,8.
Considerando inclinação mínima de 0,005 m/m, tensão trativa mínima de 1,0 Pa foi adotada
tubulação de 150 mm.
3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Apresentam-se neste item, especificações técnicas para os serviços a serem executados, na
Vila Buraco da Coruja II.
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3.2. ESPECIFICAÇÕES GERAIS
Serão utilizadas as especificações técnicas da SUCECAP (Caderno de Encargos de
Infraestrutura Urbana), em primeira instância, do DEOP/MG (Parte C - Descrição dos Serviços),
em segunda instância e da URBEL em suas notas gerais de projeto. Não havendo nestas duas
referências, as especificações procuradas, dever-se-á usar as complementares, elaboradas
neste relatório, e ou pela Fiscalização das obras.
3.3. ESPECIFICAÇÕES COMPLEMENTARES
3.3.1. Condução da Obra
Competirá à Prefeitura Municipal de Contagem a supervisão e FISCALIZAÇÃO de toda a obra,
devendo ficar à disposição da FISCALIZAÇÃO todos os meios necessários a permitir o controle
dos serviços executados e daqueles em execução, a inspeção das instalações como também
dos materiais e equipamentos.
Qualquer sub-empreitada de serviços especializados deverá ser previamente aceita pela
FISCALIZAÇÃO, à qual será dirigido o pedido e consentimento, acompanhado do nome e da
relação dos serviços a serem executados.
Imediatamente após o início das obras, os trabalhos deverão ser executados de forma contínua
e regular, dentro do cronograma estabelecido.
A CONTRATADA deverá disponibilizar como administração da obra, o seguinte quadro
mínimo:
✓ Engenheiro pleno de obras, que deverá cumprir carga mínima de 4 horas diárias;
✓ Auxiliar de engenharia (estagiário de 3º ano de engenharia civil, no mínimo, ou técnico
em edificações graduado), em tempo integral;
✓ Mestre de obras com experiência comprovada em obras de mesma natureza, em tempo
integral;
✓ Técnico de segurança do trabalho, em tempo integral;
✓ Almoxarife, em tempo integral;
✓ Vigias de obra, em tempo integral, inclusive em horários noturnos;
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✓ Auxiliar de escritório de RH, em tempo integral.
Caberão à administração todas as despesas indiretas e diretas, decorrentes da obra, como
carretos de pessoal, em veículos adequados, e as despesas com energia elétrica, durante a
obra, despesas com vigília e canteiro de obras, despesas com eventuais danos a terceiros, etc.
A FISCALIZAÇÃO poderá glosar das medições realizadas, a parcela referente à Administração
local, caso a CONTRATADA não cumpra as exigências acima.
3.3.2. Qualidade da Obra
Todo o material a ser utilizado deverá ser de ótima qualidade, dentro das especificações
técnicas, e no caso de não estarem especificados, deverão ser apresentados previamente à
FISCALIZAÇÃO que os aprovará ou não, registrando o fato no Diário de Obras.
As obras devem obedecer rigorosamente às plantas, desenhos e detalhes do projeto e aos
demais elementos que eventualmente a FISCALIZAÇÃO venha a fornecer.
3.3.3. Imprevistos da Obra
Não poderão ser executados quaisquer serviços que não estejam projetados, especificados,
orçados e autorizados pela FISCALIZAÇÃO, salvo os eventuais de emergência, necessários à
estabilidade e segurança da obra ou do pessoal encarregado da mesma.
3.3.4. Segurança e Meio Ambiente
Antes do início de obras a CONTRATADA, obrigatoriamente terá de contratar o SEGURO DE
RISCO DE ENGENHARIA do valor da obra de modo a garantir o ressarcimento a pessoas
físicas e jurídicas quanto a possíveis danos que possam ser causados por obras ou
equipamentos. Este SEGURO DE RISCO DE ENGENHARIA deverá ser segurado por empresa
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especializada nesta modalidade de seguro. Os custos são considerados incluídos na
composição ofertada pela CONTRATADA.
É necessário, para atendimento legal, apresentar a anotação de responsabilidade técnica dos
trabalhos.
Deverá ser observada a legislação que determina obrigações no campo de Segurança, Higiene
e Medicina do Trabalho.
Todos os funcionários que estiverem na obra deverão usar obrigatoriamente e corretamente,
os equipamentos de proteção individual que lhes serão fornecidos, de acordo com as Normas
do Serviço de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
3.3.5. Locação de Obra
Este serviço deverá ser desenvolvido por profissionais habilitados, com equipamento tipo
estação total, obedecendo coordenadas e cotas constantes do projeto.
Caso sejam observadas discrepâncias entre o levantamento planialtimétrico do projeto e a
situação real do terreno, por ocorrência de novos escorregamentos em datas posteriores ao
levantamento planialtimétrico, deverão ser informadas para providências de adequações se
necessárias. A consultoria que elaborou os estudos, neste caso, deverá rever os cálculos nas
seções alteradas.
3.3.5.1. Pavimentação
A pavimentação será toda em material do tipo bloco de concreto intertravado, conforme áreas
determinadas em projeto. O assentamento deverá ser feito em linhas descontínuas com ângulo
de 45º em relação ao tráfego e sobre colchão de areia de 10 cm, observando-se seu
acabamento e nivelamento. O rejunte deverá ser feito com areia limpa, seca e solta, varrida e
deixada sobre o mesmo no mínimo por 20 dias. No caso de necessidade de acelerar a
penetração, deverá ser feita consulta ao fabricante, a fim de saber o tipo de placa vibratória
adequada a ser utilizada sobre o piso a fim de não danificá-lo.
✓ Especificação do Material
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Os blocos pré-moldados deverão ser fornecidos no formato intertravado em concreto maciço,
nas dimensões 30 cm no comprimento e altura 8,0 cm com arestas superiores chanfradas (que
não exceda a 01 cm), devendo atender um valor característico da resistência à compressão as
de 28 dias (fck) igual ou maior à 35 MPa – conforme preconiza o item 6.6 da norma NBR 9781 -
Peças de Concreto para Pavimentação.
Os blocos deverão ser fabricados pelo sistema de vibro-compactação (concreto altamente
vibrado, prensado e sazonado).
Para o parâmetro de resistência à abrasão, o produto deverá atender ao limite preconizado
pelo método C418 citado na ATSM C936-82 (Standart Specification for Solid Concret
Interlocking Paving Units).
Absorção média de água deverá estar em torno de 5% sendo que nenhum valor unitário deverá
exceder à 7%. Os blocos deverão ter superfícies planas e formato geométrico uniforme.
As variações máximas dimensionais serão as permitidas pela norma NBR 9780.
O traço do concreto a ser utilizado deverá observar: Fator água cimento baixo (inferior a 0,40),
agregados com índice Los Angeles (abrasão) não acima de 20.
Consumo mínimo de cimento de 350 kg/m3 (resistência e durabilidade).
A superfície de assentamento dos blocos deverá possuir grau de compactação 95% e I.S.C
Índice de Suporte Califórnia compatível com as especificações de referência (URBEL,
SUDECAP e SETOP).