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Novo Regime Jurídico da Segurança e Saúde no Trabalho Lisboa, 28 e 29 de Junho de 2010 1 Novo Regime Jurídico da Segurança e Saúde no Trabalho Lisboa, 28 e 29 de Junho de 2010 REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL Lisboa, 20 e 21 de Maio

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Novo Regime Jurídico da Segurança e

Saúde no Trabalho

Lisboa, 28 e 29 de Junho de 2010

1 Novo Regime Jurídico da Segurança e

Saúde no Trabalho

Lisboa, 28 e 29 de Junho de 2010

REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Lisboa, 20 e 21 de Maio

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SOBRE O BRASIL

DO

SÉCULO XXI

REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

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SOBRE O BRASIL DO SÉCULO XXI

O Brasil é hoje um dos principais mercados do mundo…

• Sexta maior economia do mundo, com o Produto Interno Bruno - PIB (2011) de R$

4,143 trilhões, sendo a maior economia da América latina e do hemisfério sul;

• No plano internacional, o Brasil exerce hoje uma posição de liderança no grupo de

países emergentes, fruto da expansão do Mercosul, criação da União Sul-Americana

de Nações, e abertura de novas rotas comerciais , em especial os países árabes e

africanos.

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• É membro fundador da Organização das Nações Unidas (“ONU”) , G20, Comunidade

dos Países de Língua Portuguesa (“CPLP”), Organização dos Estados Ibero

Americanos (“OEA”), Mercado Comum do Sul (“Mercosul”) e da União de Nações Sul

Americanas (“UNASUL”);

• Em janeiro de 2007, o Governo Federal do Brasil lançou o Programa de Aceleração do

Crescimento – “PAC”, um conjunto de medidas que visa a aceleração do ritmo de

crescimento da economia brasileira, com investimentos de mais de R$ 500 bilhões;

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O PAC é composto por:

• Medidas de infra-estrutura, como habitação, saneamento, transporte;

• Medidas para estimular o crédito e o financiamento;

• Desoneração tributária;

• Medidas fiscais de longo prazo;

• O Brasil começa a atrair cada vez mais a confiança dos investidores nacionais e

internacionais.

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O Sistema legal do Brasil

• O Brasil adopta o sistema jurídico de “Civil Law”, cuja fonte de direito principal é a lei.

Em oposição ao sistema do “Common Law” (do ingles "direito comum"), o qual é

baseado no costume e na jurisprudência dos tribunais, em que vigora o precedente

das decisões dos tribunais que vinculam as decisões futuras.

• A organização política da federação brasileira (Estados Federados e Municípios),

resulta numa estrutura tripartida em termos legislativos:

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O Sistema legal do Brasil:

A Constituição Federal:

Assegura os direitos e garantias fundamentais do cidadão;

Disciplina a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil;

Define a esfera de actuação dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;

Dispõe sobre a ordem econômica e financeira e sobre a ordem social;

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O Sistema legal do Brasil

• A Constituição Federal é a lei Suprema do Brasil, emitida pela União Federativa e

vinculativa para todos os Estados.

• A legislação emitida pelos diversos Estados federados pelos respectivos Municípios

vigora apenas no âmbito da sua circunscrição, o que conduz a um panorama legislativo

diversificado em toda a união: (Leis ordinárias, Resoluções, Decretos legislativos)

• Os principais diplomas legislativos são: Código Civil, Código Tributário Nacional, o

Código Penal, a Consolidação das Leis Trabalhistas, o Código de Processo Civil

e o Código de Processo Penal.

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QUE

TIPO DE VEÍCULOS DE

INVESTIMENTO

ESTÃO DISPONÍVEIS

?

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Que tipo de veículos

de investimento estão disponíveis

• Sociedade “Limitada”

• Sociedade Anônima

• Sociedade em Nome Coletivo

• Sociedade em Conta de Participação

• SPE (Sociedades de Propósito Específico)

• Sociedade Gestora de Participações Sociais (“Holding”)

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1. Tipos de sociedades:

Especificidade da Sociedade Limitada vs Sociedade Anónima

Sócios

A sociedade limitada deverá ter, no mínimo, 02 (dois) sócios que em regra, não precisam ser cidadãos brasileiros,

podendo ser pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou não no Brasil.

No caso de sócio estrangeiro, este deverá constituir como seu procurador pessoa física residente no Brasil, nos

termos da legislação aplicável.

Denominação

O contrato social deverá indicar a denominação da sociedade, na qual irá constar, obrigatoriamente, a atividade

preponderante da sociedade, seguido da expressão “Limitada”, ou sua forma abreviada, “Ltda.”;

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1. Tipos de sociedades:

Especificidade da Sociedade Limitada vs Sociedade Anónima

1.1 Sociedade Limitada

Capital Social

O capital social deve ser dividido em quotas, iguais ou desiguais, de mesmo valor nominal, e pode

ser integralizado em dinheiro, bens ou créditos, se assim previsto no contrato social

Não há exigência legal quanto ao capital mínimo a ser integralizado no momento da subscrição inicial, nem mesmo

necessidade de apresentação de comprovante do pagamento do capital social ou prazo mínimo para a realização do

pagamento.

Apenas poderá haver um novo aumento do capital se o capital inicialmente subscrito já estiver totalmente integralizado

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1. Tipos de sociedades:

Especificidade da Sociedade Limitada vs Sociedade Anónima

1.1 Sociedade Limitada

Administração

A administração será sempre exercida por pessoa física, residente no Brasil, que poderá ser sócia ou não, a

depender do que foi fixado pelos sócios no contrato social.

A nomeação de administradores poderá ser feita no próprio contrato social ou em ato separado;

A pessoa física estrangeira está autorizada a ocupar cargos de administrador, em regra, desde que possua o visto de

permanência no Brasil.

Os sócios podem estabelecer limites à atuação do administrador local e controlar suas decisões por´meio de

mecanismos previstos no contrato social, nos quais haja a necessidade de prévia aprovação dos sócios.

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1. Tipos de sociedades:

Especificidade da Sociedade Limitada vs Sociedade Anónima

1.1 Sociedade Limitada

Administração

Outros Aspectos Relevantes

As sociedades limitadas deverão manter livros sociais para registro das atas da administração, atas e pareceres do

conselho fiscal, se houver, e atas de reunião ou assembleia de sócios.

Obrigatoriedade de ser realizada, no mínimo, uma vez ao ano, reunião ou assembleia de sócios, nos 04 (quatro)

meses subseqüentes ao término do exercício social, para aprovação das contas e do balanço patrimonial, decisão

sobre a alocação dos resultados e distribuição dos dividendos.

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1.2. Sociedade Anônima:

As sociedades por ações são pessoas jurídicas empresárias com capital social dividido em ações, sendo que a

responsabilidade dos seus acionistas está limitada ao valor total do preço de emissão das ações subscritas ou

adquiridas por cada um.

A denominação social das sociedades por ações deve ser seguida da expressão “Sociedade Anônima” ou “S.A.”, ou,

ainda, antepondo-se à denominação a palavra “Companhia” ou “Cia”.

1.2.1 Tipos de Sociedades Anônimas:

As companhias abertas têm seus valores mobiliários admitidos à negociação nas bolsas de valores ou mercados de

balcão e podem captar recursos junto ao público para o seu próprio financiamento, devendo, para tanto, estar

regularmente registradas na Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

Companhias fechadas são aquelas que não negociam valores mobiliários de sua própria emissão no mercado de capitais,

não estando, portanto, sujeitas ao controle regulatório da CVM, e conseqüentemente, aptas a adotar uma forma de

funcionamento e de administração muito mais simples que a de uma companhia aberta.

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1.2. Sociedade Anônima:

1.2.2 Constituição: (Artigo 80.º da Lei nº 6.404, de 15.12.1976)

Como regra geral, na constituição de uma sociedade por ações, faz-se necessário observar os seguintes requisitos:

(i) subscrição, por pelo menos 02 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social;

(ii) realização de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas, em dinheiro;

(iii) depósito, no Banco do Brasil S.A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado a funcionar pela Comissão de

Valores Mobiliários, dos 10% realizados; e,

(iv) arquivamento dos atos constitutivos no Registro Público de Empresas Mercantis (Juntas Comerciais).

Em regra, não existe qualquer quantia mínima para o capital social de uma sociedade por ações, nem mesmo prazo

para a sua total realização, mas os sócios devem aportar na sociedade os recursos financeiros suficientes à

consecução dos fins sociais da sociedade

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1.2. Sociedade Anônima:

1.2.3 Direitos dos Acionistas:

O Acionista enquanto titular de ações tem como direitos:

a) Participar dos lucros da sociedade e de sua eventual liquidação;

b) Direito ter preferência para a subscrição de ações, e/ou partes conversíveis em ações;

c) Fiscalizar a administração da sociedade;

1.2.3 Obrigaçoes dos Acionistas

A integralização do capital social constitui uma obrigação do acionista, mediante o pagamento do preço de emissão

das ações que possui (Artigo 106/LSA).

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1.2.3 Obrigaçoes dos Acionistas:

As condições resultantes desta obrigação, como valor e vencimento, deverão constar no boletim de subscrição,

instrumento este assinado pelo subscritor e pela companhia emissora, por ocasião da constituição ou do aumento

do capital social, ou ficar definido no estatuto da sociedade.

Incorre em mora o acionista que não paga o preço das ações por ele subscritas, nas condições estipuladas,

ficando devedor de juros, correção monetária e de multa estatuaria não superior a 10%, e sendo considerado

remisso poderá vir a ser executado judicialmente , podendo a sociedade promover a venda das suas ações em

bolsa.

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1.2.4 Órgãos Societários:

a) Conselho de Administração:

Composto por, no mínimo 3 membros, que devem ser acionistas pessoas físicas, podendo ou não ser

residentes no país;

Os estatutos devem regular a sua composição, a escolha do seu presidente, e o respectivo mandato que

não poderá ser superior a três anos;

Compete ao Conselho de Administração:

Fixar a orientação geral dos negócios da companhia;

Eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições, observado o que a respeito dispuser o

estatuto;

fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da companhia, solicitar

informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos;

I

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a) Conselho de Administração:

Compete ao Conselho de Administração: (Artigo 142.º da Lei das Sociedades Anônimas)

Convocar a Assembleia-geral quando julgar conveniente;

Manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da diretoria;

Manifestar-se previamente sobre atos ou contratos, quando o estatuto assim o exigir;

Deliberar, quando autorizado pelo estatuto, sobre a emissão de ações ou de bônus de subscrição;

Autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a alienação de bens do ativo não-circulante, a constituição

de ónus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros;

b) Directoria:

Órgão composto de, no mínimo, 02 (dois) diretores, acionistas ou não, pessoas físicas necessariamente

residentes no país, com um prazo de gestão máximo de três anos.

Orgão executivo da sociedade anônima, ao qual compete a representação da sociedade e a prática de

todos os atos necessários ao seu funcionamento regular.

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c) Conselho Fiscal:

Órgão de fiscalização da sociedade que tem como atribuição, a fiscalização das contas e da gestão sociais;

O seu funcionamento pode ser permanente ou eventual, isto é a pedido do acionista;

O Conselho Fiscal é composto de, no mínimo, 03 (três) e, no máximo, 05 (cinco) membros, com igual número de

suplentes, acionistas ou não, eleitos pela Assembléia Geral.

d) Assembleia Geral dos Accionistas:

A assembléia geral é a reunião de acionistas, com poderes para decidir sobre todos os negócios pertinentes ao

objeto da sociedade;

A Assembléia geral é ordinária, reunindo nos termos da lei para:

• Deliberar sobre as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras;

• Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos;

• eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o caso;

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d) Assembleia Geral dos Accionistas:

A assembleia geral é extraordinária nos demais casos;

A convocação da Assembleia cabe ao conselho de administração, com a indicação das matérias a serem tratadas, e

na sua ausência esta incumbência passa para a diretoria;

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2. O regime de responsabilidade dos sócios

Sociedade Limitada:

A responsabilidade dos sócios é limitada ao montante do capital social investido, ou seja até ao valor das

respectivas quotas;

Os sócios respondem, tão-somente, pela integralização do capital e, realizando este, sem maior responsabilidade,

quer para a sociedade, quer para com terceiros.

A responsabilidade directa de cada sócio limita-se à obrigação de integralizar as quotas que subscreveu;

Existe no entanto a obrigação solidária de todos os sócios pela integralização das quotas subscritas pelos demais

sócios.

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2. O regime de responsabilidade dos sócios

Sociedade Anónima:

Nas sociedades anônimas a responsabilidade dos sócios é limitada ao preço de emissão das ações subscritas;

Sociedades em comandita: (Sociedade de Resposnabilidade Mista)

As sociedades em comandita têm duas categorias de sócios:

Os de responsabilidade ilimitada, a quem competem os atos de administração e representação social, que são

denominados sócios “comanditados”, e respondem com o seu património perante terceiros;

Os comandatários, que têm a responsabilidade de ser obrigados somente pelo valor de seu quinhão de

participação, representado por quotas sociais na sociedade em comandita simples e por ações na sociedade em

comandita por ações.

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2. O regime de responsabilidade dos sócios

Sociedade em Nome Colectivo: (Sociedade de pessoas, de cariz familiar)

• Este tipo societário caracteriza – se pela responsabilidade ilimitada e solidária de todos os sócios que compõem a

sociedade

• Só existe uma categoria de sócios: os sócios solidários, que respondem ilimitadamente com a totalidade do seu

património;

• Embora solidários entre si, tais sócios respondem pelas obrigações sociais, não de forma subsidiária, sendo que

os seus bens não podem ser executados, a não ser que excutidos os bens da sociedade.

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2. O regime de responsabilidade dos sócios

Sociedade em Conta de Participação:

A conta de participação tem por objeto determinado empreendimento, a duração da sociedade se dá por um período de tempo

determinado, visando ao atendimento das determinadas operações mercantis.

Além do sócio ostensivo, há a categoria formada pelos sócios participantes, que contribuem com o capital ou outro aporte

necessário ao empreendimento, obrigando-se exclusivamente perante o sócio ostensivo, nos termos do respectivo contrato

social.

É uma sociedade que existe apenas entre os sócios e não perante terceiros , sendo que estes tratam exclusivamente com o

sócio ostensivo, que responde perante eles.

A administração da sociedade em conta de participação cabe exclusivamente ao sócio ostensivo, sendo dele a

responsabilidade ilimitada pelos negócios da sociedade.

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3. Os critérios que estão na base da escolha do tipo de

sociedade

A complexidade e dimensão do empreendimento;

A capacidade de contribuição financeira dos interessados na sociedade;

O vínculo de solidariedade e as relações existentes entre os interessados, futuros sócios;

A natureza da actividade e o objecto social da sociedade;

A transmissão do património;

O regime fiscal;

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4. Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de

sociedade

Sociedades Anónimas:

As sociedades anônimas, têm por características a limitação das responsabilidades dos sócios e a livre circulação

das Acções, propiciando assim o interesse dos investidores e a formação de grandes capitais.

Constitui a estrutura societária mais adequada a conjugar os interesses da obtenção de um aporte maior de capital,

para os grandes empreendimentos, e dos investidores que procuram resultados satisfatórios para a aplicação do

seu investimento;

A sociedade anônima, por sua vez, de estrutura mais complexa, pressupõe despesas de valores elevados, porém

fornece instrumentos à captação de recursos.

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4. Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de

sociedade

Sociedades Anónimas:

Os Acionistas não têm de ter necessariamente conhecimento e/ou aptidão para a atividade a ser desenvolvida;

Estimulados pela segurança e liquidez do investimento, em razão da confiabilidade do empreendimento e da

limitação da responsabilidade dos sócios;

Tipo societário mais adequado às sociedades que necessitam de recursos de terceiros para fomentar o seu capital

de giro e o regular desenvolvimento de suas atividades.

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4. Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de

sociedade

Sociedades Limitadas:

Estrutura societária mais adequada a empreendimentos menores, i.e. pequenas e médias empresas;

É comum nas sociedades formadas por pessoas, com um número reduzido de sócios;

Os sócios intervêm directamente na sua actividade, conhecem a respectiva actividade, possuindo geralmente

aptidões para as atividades a ser desenvolvidas nesta forma de sociedade;

Opção societária com menores custos, estrutura mais simples a nível de gerência;

Estrutura societária adequada a sociedades que dispõe de capital próprio suficiente para a consecução dos seus

objetivos sociais, não dependendo de empréstimos de terceiros.

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5. Outros veículos de Investimento

5.1 Consórcio

No sentido etimológico da palavra, consórcio significa união, combinação, associação. No Direito societário, o

consórcio é um tipo de associação de empresas com o objetivo de desenvolver determinado empreendimento.

O consórcio é um contrato entre duas ou mais sociedades, não perdendo as consorciadas sua própria autonomia,

conjugam seus esforços para a obtenção de certos objetivos comuns.

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5. Outros veículos de Investimento

5.1 Consórcio

Do contrato a ser firmado pelas sociedades devem constar:

Designação do consórcio, no caso de haver designação;

O empreendimento que será objeto do consórcio;

A duração do empreendimento;

A definição de obrigações e responsabilidades das sociedades participantes, assim como das prestações;

As normas de recebimento de receitas e partilhas dos resultados;

A forma de deliberação dos assuntos de interesse comum, bem como o número de votos que caberá a cada um dos

consorciados;

A contribuição que cada consorciado fará para as despesas comuns, se houver.

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5. Outros veículos de Investimento

5.2 - SPE (Sociedades de Propósito Específico)

Modelo de organização empresarial pelo qual se constitui uma nova sociedade limitada ou sociedade anônima com

um objetivo específico.

A SPE é uma sociedade criada para explorar determinada atividade específica, mediante a segregação de recursos

e isolamento de ativos, sob a forma de um daqueles tipos societários já existentes em nosso ordenamento jurídico.

O conceito de Sociedades de Propósito Específico (SPE) está presente na prática das grandes empresas,

principalmente por se tratar de uma modalidade de joint venture (equity ou corporate joint venture), mas também

pode ser utilizado pelas micro e pequenas.

Depois de esgotado o prazo ou realizado o objeto social, a tendência será a extinção da pessoa jurídica criada para

a exploração daquele negócio específico.

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5. Outros veículos de Investimento

5.2 - SPE (Sociedades de Propósito Específico)

Tradicionalmente, as SPEs são utilizadas para grandes projetos de engenharia, com ou sem a participação do Estado,

como, por exemplo, na construção de usinas hidroelétricas, redes de transmissão ou nos projetos de Parceria Público

Privadas (PPP) ainda recentes no Brasil.

Na PPP, por exemplo, seria extremamente difícil para o parceiro público fiscalizar o parceiro privado se não houvesse

a determinação de criação de uma SPE. O mesmo se diga em relação à concessão de serviços públicos. Geralmente

a administração pública insere nos editais de licitação a obrigatoriedade do vencedor criar uma SPE, que geralmente é

constituída após o resultado da licitação.

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5. Outros veículos de Investimento:

5.2.1 Vantagens das SPEs:

• Maior competitividade das empresas;

• Conquista de novos clientes e/ou mercados;

• Redução de custos com o processo de exportação;

• Acesso direto a fornecedores que possuem políticas de volumes mínimos de venda;

• Eliminação de intermediários que, muitas vezes, manipulam preços e volumes;

• Possibilidade de venda de produtos que trazem sinergia entre si, provenientes de sócias distintas da SPE;

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5. Outros veículos de Investimento:

5.3 Sociedade Gestora de Participações Sociais (“Holding”)

Tem por objecto societário, participar no capital de outras empresas, exercendo o controle accionário, incluindo a

administração de bens que a empresa controla e, de uma forma genérica, direta ou indiretamente, controla as

políticas operativas e de financiamento.

Razões que presidem à formação de uma Holding:

A holding define e decide o caminho que o grupo deverá seguir delineando uma estratégia comum para todas

empresas.

Racionalização e maior eficiência operacional e financeira;

Planeamento financeiro, administrativo e jurídico dos investimentos assim como gerir todas as actividades do

grupo;

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5. Outros veículos de Investimento:

5.3 Sociedade Gestora de Participações Sociais (“Holding”)

Vantagens

Facilitar o crescimento do grupo assim como o planeamento, controlo e decisões a seguir por todas as empresas

do grupo;

Permitem administrar todos os investimentos e gerir os diferentes interesses e negócios.

Maior poder de negociação com os bancos e permitem uma melhor captação de recursos;

Para alem disso representam todo o grupo facilitam a administração e conferem vantagens no aproveitamento

da legislação fiscal.

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6. Investimento Estrangeiro

Enquadramento legal:

• Lei nº 4.131, de 03/09/1962 (Lei de Capitais Estrangeiros);

• Lei N.º 4.390, de 29/08/1964;

• Decreto nº 55.762, de 17/02/1965;

Capitais estrangeiros:

Consideram-se capitais estrangeiros para os efeitos da Lei 4.131 os bens, máquinas e equipamentos

entrados no Brasil sem dispêndio inicial de divisas, destinados à produção de bens ou serviços, assim como

os recursos financeiros ou monetários trazidos ao Brasil para aplicação em atividades econômicas, desde

que pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliada ou com sede no exterior.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

a) Registro do Investimento no Banco Central do Brasil:

A legislação e regulamentação brasileira exigem para todos os investimentos estrangeiros no País

independentemente da sua modalidade, a realização do seu registro no Banco Central do Brasil;

Tal registro, repita-se, é essencial para a remessa de lucros ao exterior, para o repatriamento de capital e para o

registro de reinvestimento de lucros.

O registro no sistema RDE-IED deve ser feito no prazo de 30 (trinta) dias a contar do correspondente ato

societário ou, no caso de transferência de participação, do contrato de compra e venda ou da liquidação de

contrato de câmbio, ou dos registros das transferências internacionais em moeda nacional;

.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

a) Registro do Investimento no Banco Central do Brasil:

O registro do capital estrangeiro ingressado no País é feito por meio eletrônico, no “SISBACEN” - Sistema de

Informações Banco Central, no sistema Registro Declaratório Eletrônico, vulgarmente conhecido como RDE-IED –

“Registro Declaratório Eletrônico - Investimento Externo Direto.

Consideram-se investimentos estrangeiros diretos, as participações permanentes em empresas receptoras no

País, ou, segundo as práticas usuais de mercado, as participações com ânimo de permanentes, detidas por

pessoa física ou jurídica residente, domiciliada ou com sede no exterior, mediante a propriedade de ações ou

quotas representativas do capital social de empresas brasileiras, bem como o capital destacado de empresas

estrangeiras autorizadas a operar no País.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Registro do Investimento no Banco Central do Brasil:

O não residente que desejar investir no Brasil deve, inicialmente, constituir um representante no País que,

juntamente com o representante da empresa receptora do investimento estrangeiro, serão os responsáveis pelo

registro da operação no módulo Investimento Estrangeiro Direto – IED do RDE no Banco Central do Brasil.

O registro é caracterizado pela atribuição de um número ao binômio investidor – receptor, sob o qual deverão ser

registradas todas as mudanças, e posteriores inclusões referentes ao investimento registrado.

O não cumprimento do prazo para registro de investimento no Banco Central sujeita a sociedade brasileira a

multas pecuniárias que poderá atingir valores bastante consideráveis, mormente, até R$125.000,00

.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Investimento Direto:

A forma mais comum – se assim a poderemos denominar, de investir no Brasil é mediante a remessa de

divisas como meio de contribuir para a formação do capital de uma empresa de direito brasileiro;

A remessa de divisas não carece de prévia autorização das competentes autoridades brasileiras;

As remessas efectuadas no âmbito do investimento estrangeiro direto devem ser realizadas para as seguintes

operações:

.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Investimento Direto:

(i) A integralização de quotas e/ou ações subscritas pelo investidor não residente no capital social de empresas com

sede no Brasil;

(ii) O pagamento do preço de aquisição, pelo não residente, de e/ou ações integralizadas, detidas por residentes.

.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Remessa de Lucros:

Por norma, não existem restrições à distribuição de lucros e sua conseqüente remessa ao exterior.

Os lucros gerados a partir de 1/1/996 estão isentos de imposto de renda retido na fonte.

As remessas relativas a lucros devem ter sua destinação registrada no Módulo RDE – IED, tendo em vista a

participação no total de ações ou quotas que compõem o capital social integralizado da empresa receptora do

investimento.

O Brasil assinou tratados para evitar dupla tributação com os seguintes países: Suécia, Japão, Noruega,

Portugal, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Áustria, Luxemburgo, Itália, Argentina, Canadá, Equador, Holanda,

Filipinas, França, Coréia, República Eslovaca e Tcheca, Finlândia, Hungria, Índia, China, Chile e Israel.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Remessa de Lucros:

A remessa de lucros a investidores domiciliados no exterior está condicionada a dois pré-requisitos:

(i) os investimentos estrangeiros efetuados pelos sócios/acionistas deverão estar devidamente registrados no

RDE-IED; e,

(i) A sociedade brasileira deverá apresentar lucros. Após deliberação dos sócios/acionistas, a remessa de

lucros deve ter a sua destinação registrada no RDE-IED;

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Reinvestimento de Lucros:

Entende-se por reinvestimentos os lucros auferidos por empresas sediadas no Brasil e atribuíveis a pessoas

físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior, lucros estes que foram reinvestidos na empresa que os

gerou ou em outro setor interno da economia.

O registro do reinvestimento é efetuado na moeda do país para o qual poderiam ter sido remetidos os rendimentos,

ou em reais, no que diz respeito à parcela do investimento registrada em moeda nacional

Os rendimentos auferidos pelo investidor estrangeiro que venham a ser reaplicados em empresas receptoras

nacionais, mesmo que distintas das que originaram o rendimento, com o objetivo de integralização ou aquisição de

ações e/ou quotas, são passíveis de registro no Sistema RDE – IED.

Tais lucros a serem reinvestidos são registrados como capital estrangeiro, da mesma forma que o investimento

inicial, aumentando assim a base de cálculo para futura repartição de capital para fins tributários.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Repatriamento de capital:

O capital estrangeiro registrado no Banco Central do Brasil pode ser a qualquer tempo repatriado ao seu país

de origem, dispensando-se para tanto qualquer espécie de autorização prévia;

Os valores em moeda estrangeira registrados no Banco Central do Brasil como investimentos realizados por

não residentes podem ser repatriados sem a incidência do imposto de renda na fonte.

Nesse caso, os valores em moeda estrangeira que ultrapassem, proporcionalmente, o investimento

originalmente realizado (ganho de capital) estão sujeitos ao imposto de renda na fonte à alíquota de 15%.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Restriçoes para Remessas ao Exterior:

As remessas de moeda ao exterior podem sofrer restrições sempre que não houver o correspondente

registro no Sistema RDE – IED, uma vez que a remessa de lucros, o repatriamento de capital e o registro de

reinvestimentos baseiam – se todos no montante registrado a título de investimento estrangeiro.

Restriçoes a Investimento Estrangeiro:

Destacam-se abaixo algumas vedações e restrições à participação do capital estrangeiro na economia brasileira.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Restriçoes a Investimento Estrangeiro:

a) Vedações:

É vedada a participação de capital estrangeiro nas seguintes atividades economicas:

Desenvolvimento de atividades envolvendo energia nuclear;

Serviços de saúde;

serviços de correios e telégrafos; e

Indústria aeroespacial (Referente a lançamento e colocação em órbita de satélites, veículos, aeronaves, entre outras

atividades, nas quais não estão incluídas a produção ou a comercialização desses itens, ou de seus acessórios).

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Restriçoes a Investimento Estrangeiro:

b) Restrições:

A aquisição de imóveis rurais por estrangeiro residente no país ou pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar

no Brasil sujeitam-se aos condicionamentos previstos em lei e à autorização do Congresso Nacional.

A aquisição de propriedades localizadas em áreas de fronteira, consideradas indisponíveis à segurança nacional,

terras estas cuja aquisição depende de consentimento prévio da Secretaria Geral do Conselho de Segurança

Nacional.

Restrições à participação do capital estrangeiro em instituições financeiras, embora tais restrições possam ser

afastadas por interesse nacional.

Restrição do investimento estrangeiro nos sectores de aviação, pesca, imprensa, televisão, seguros, bancos e

fundos de pensão.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Restriçoes a Investimento Estrangeiro:

b) Restrições:

As restrições à propriedade de imóveis rurais e ao controle de empresas jornalísticas e de pesca, não se aplicam

aos cidadãos portugueses que requeiram a igualdade de direitos e obrigações civis, nos termos do Estatuto

da Igualdade.

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Investimento estrangeiro Capitais estrangeiros:

Incentivos Fiscais:

O Governo Federal oferece incentivos fiscais para investimentos industriais, agrícolas e agro-industriais nos estados

de Amazonas, Pará, Maranhão e Espírito Santo. Adicionalmente, o Governo Federal criou uma zona franca em

Manaus, AM.

Os incentivos fiscais federais consistem em:

i) Redução de taxas ou isenção do Imposto de Renda (IRPJ), IPI e Imposto de Importação (II);

i) Aportes de capital com recursos do Fundo de Investimentos da Amazónia;

i) Cedência de lotes com infra-estrutura, para fins industriais.

Em todos os casos, a outorga dos benefícios e a sua extensão estão condicionados à aprovação do respectivo

projecto.

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Investimento estrangeiro

Incentivos Financeiros

A principal, senão a única, fonte de financiamento subsidiado é o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e

Social (BNDES) que oferece linhas de crédito de longo prazo com juros substancialmente inferiores aos praticados,

pelos bancos privados brasileiros

De forma geral, a concessão de empréstimos pelo BNDES é condicionada à apresentação e aprovação do projecto

do investimento, com uma contrapartida de recursos próprios e com a oferta de garantias;

Algumas linhas de crédito não estão disponíveis para empresas de capital estrangeiro

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Linhas Gerais

do Regime dos

Vistos de Trabalho

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Folha de São Paulo, 17/05/2013

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Principais tipos de vistos de trabalho:

1)Investidor Estrangeiro Pessoa Física – Resolução Normativa do Conselho

Nacional de Imigração nº 84/09

• Visto permanente

• Condição: investir recursos próprios, de origem estrangeira, equivalente ao mínimo de

R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) em atividades produtivas.

• Deve ser requerido pela pessoa jurídica (empresa) estabelecida no Brasil que absorve

este investimento (i.e. capital social).

2)O administrador, gerente, diretor ou executivo estrangeiro com poderes de

gestão estrangeiro - Resolução Normativa do Conselho Nacional de Imigração nº

62/04

• Visto permanente

• Condição: investimento mínimo, pela empresa requerente do visto, de R$ 600.000,00

por cada estrangeiro designado, ou R$ 200.000,00 mais a geração de dez novos

empregos ao longo dos dois anos posteriores, por cada estrangeiro designado.

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3) Técnico/ Assistência Técnica – Resolução Normativa do Conselho Nacional de

Imigração nº 61/04

• Visto temporário

• Condição: o estrangeiro deve vir ao Brasil para cumprir exclusivamente funções técnicas, não

podendo haver vínculo do empregado com a empresa brasileira para a qual prestará serviços

•Modalidades:

1.Normal

-Prazo: até um ano, prorrogável por mais um ano, comprovado efetivo treinamento de mão-de-obra

-Concedido quando há um contrato de prestação de serviço de assistência técnica e/ou transferência

de tecnologia

2. Expressa

-Prazo: até 90 (noventa) dias dentro de 180 dias. Prazo improrrogável. É possível pedir novo visto para

a mesma pessoa física.

-Exigências documentais reduzidas

-Concedido para prestação de serviços técnicos por prazos determinados curtos

3. Situação de Emergência

-Prazo: até 30 (trinta) dias. Prazo improrrogável

-Concedido em situação fortuita, que coloque em risco iminente a vida, o meio-ambiente, o patrimônio,

ou que tenha gerado a interrupção da produção ou prestação do serviço

-Requerido no Consulado Brasileiro

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4) Turista e Negócios – Lei nº 6.815/80 e Decreto 7.821/12

•Vistos temporários

•É dispensado o visto prévio à viagem. Concessão de entrada e estadia de até 90 dias em um

período de 6 (seis) meses para cidadãos portugueses.

•Prazo prorrogável uma única vez por mais 90 dias, totalizando o máximo de permanência de 180

dias por ano.

• Não podem ser usufruídos estes 180 dias no ano de forma corrida. Deve-se respeitar a permanência

de 90 dias dentro de um período de 6 meses, e os outros 90 dias nos seis meses seguintes.

5) Trabalhador estrangeiro com contrato de trabalho – Resolução Normativa do

Conselho Nacional de Imigração nº 99/12

• Visto temporário

• Prazo de até dois anos, prorrogável.

• Condição: exercício de atividades remuneradas com vínculo de emprego com entidade estabelecida

no Brasil

• Artigo 353 da CLT – equipara, para fins de trabalho, os portugueses aos brasileiros

• Artigo 354 da CLT – proporcionalidade de 2/3 de empregados brasileiros (onde se enquadram os

portugueses e detentores de visto permanente) e 1/3 de empregados estrangeiros.

• Proporcionalidade de 1/3 – 2/3 é para nº da folha de pagamento.

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6) Autorização de trabalho a estrangeiros – Resolução Normativa do Conselho

Nacional de Imigração nº 104/13

• Simplifica o procedimento de requerimento de visto

• Apresentação de documentos de forma digital

• Dispensa de reconhecimento de firma

• Documentos estrangeiros, sujeitos à consularização e tradução juramentada, podem

ser apresentados inicialmente sem estes procedimentos

• Prazo de até 60 dias para apresentação da consularização e tradução, sob pena de

cancelamento de vistos

• Pessoa física pode requerer visto de trabalho para estrangeiro

• Havendo, dentro do mesmo grupo econômico, mudança de empresa ou de função, não

é necessário outro visto, bastando comunicação ao Ministério do Trabalho e Emprego,

apresentando aditivo ao contrato de trabalho, dentro de 15 dias.

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7) Novo visto: Profissionais em pós-graduação – Resolução Normativa do

Conselho Nacional de Imigração nº 103/13

•Profissionais matriculados em cursos de pós-graduação (mestrado ou doutorado) no

exterior

•Requerimento diretamente no Consulado Brasileiro

•Comprovante de matrícula e contrato de trabalho no Brasil

• Prazo de 90 dias, improrrogáveis e sem possibilidade de transformação em outro tipo

de visto

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DIREITO SOBRE

OS IMÓVEIS

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Direito Sobre Imóveis Catálogos dos principais direitos sobre imóveis

1. Compromisso de compra e venda

2. Transferência para o adquirente

3. Permuta

4. Doação

5. Locação Predial

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Direito Sobre Imóveis Catálogos dos principais direitos sobre imóveis

1. Compromisso de compra e venda (Lei 6.766, de 19/12.1979)

É o contrato por meio do qual o proprietário ( compromissário ou promitente vendedor ) se obriga a alienar um bem

ao compromissário comprador ou promitente comprador.

Trata-se, com efeito, de um negócio jurídico que tem por objeto a obrigação de fazer um contrato definitivo.

Para ter efiácia real operando-se a translatividade, o contrato deverá ter uma i) cláusula de irrevogabilidade, que

impede a revogação unilateral do contrato, e a ii) clausula de irretratabilidade, que impede as partes de alterar o

conteúdo do contrato.

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Direito Sobre Imóveis Catálogos dos principais direitos sobre imóveis

1. Compromisso de compra e venda (Lei 6.766, de 19/12.1979)

Para ter eficácia real, é imprescindível que as partes tenham o contrato registrado no Cartório de registro de

imóveis, sem o qual será um mero contrato de promessa de compra e venda, que gera apenas direitos

obrigacionais e não reais.

Escritura Pública (Artigo 108.º Código Civil Brasileiro):

Salvo lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à

constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta

vezes o salário mínimo vigente no País.

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Direito Sobre Imóveis Catálogos dos principais direitos sobre imóveis

1. Compromisso de compra e venda (Lei 6.766, de 19/12.1979)

Fora das situações previstas na lei, e estando em causa imóvel de valor igual ou inferior a 30 vezes o salário

mínimo vigente no País, poderá o compromisso de compra e venda ser validamente celebrado por

Instrumento Particular.

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Direito Sobre Imóveis Catálogos dos principais direitos sobre imóveis

2. Transferência para o Adquirente:

No direito brasileiro o adquirente não é proprietário do imóvel, enquanto não for registrado o título

translativo no Registro de Imóveis.

O registo do título aquisitivo no Cartório de Registro de Imóveis competente é essencial para que o contrato

produza seus efeitos jurídicos, relativamente a terceiros. (Artigo 1245.º do Código Civil)

Estabelece o Artigo 1417 do Código Civil Brasileiro, que mediante promessa de compra e venda, em que não

se pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de registro de

Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.

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Direito Sobre Imóveis Catálogos dos principais direitos sobre imóveis

2. Transferência para o Adquirente:

Exemplo:

Se o comprador não registra a escritura pública ou o documento particular, o vendedor continuar a ser o

proprietário, e os seus credores poderão pedir que seja o imóvel executado para pagamento das dívidas. Além

disso, poderá o vendedor, que é ainda o proprietário, vender novamente o bem para outra pessoa,

outorgando a ela outra escritura de compra e venda. O registro do título no cartório imobiliário é, assim,

constitutivo do direito de propriedade.

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Direito Sobre Imóveis Catálogos dos principais direitos sobre imóveis

2. Transferência para o Adquirente:

Direito de ajudicação compulsória do imóvel: (Artigo 1418.º do Código Civil Brasileiro)

O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os

direitos, deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto e, se

houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel. (Artigo 1418.º Código Civil)

Após a celebração do compromisso de compra e venda, tendo sido pago totalmente o preço estipulado, em caso

de recusa da entrega do imóvel comprometido ou da outorga da escritura definitiva, ou na hipótese de o

imóvel ter sido alienado a terceiro, o compromissário poderá propor Ação de adjudicação compulsória, cuja

sentença transitada em julgado valerá como título para registro de propriedade.

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Direito Sobre Imóveis Catálogos dos principais direitos sobre imóveis

2. Transferência para o Adquirente:

Direito de ajudicação compulsória do imóvel: (Artigo 1418.º do Código Civil Brasileiro)

A adjudicação compulsória é uma Ação, um pedido, que poderá ser exercido pelo compromissário para, no

final, adquirir a propriedade do imóvel pago, conforme previsto no Artigo 16 do Decreto-Lei n° 58/3773.

A sentença que julgar procedente esta Ação produzirá todos os efeitos da declaração não emitida pelo

compromissário vendedor e constitui-se num título para execução, no cumprimento de sentença, na qual o

compromissário poderá requerer ao juiz a transferência da propriedade do imóvel.

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I. Aspectos a considerar na aquisição de imóveis:

Para a realização de um negócio imobiliario seguro, que não gere futuros problemas para o adquirente, é necessaria

a verificação da atual situação do imóvel e do seu titular.

A contratação imobiliaria pode parecer burocratica e complicada. Se alguns cuidados não forem tomados, o

adquirente do imóvel pode vir a se incomodar e até a perder o imóvel, necessitando ingressar com uma ação judicial

para tentar reaver a coisa ou o preço pago, o que é muito mais oneroso e demorado.

Para o registro de um contrato envolvendo bem imóvel, a lei faz algumas exigencias, como a comprovacao de

inexistencia de debito com a Uniao Federal e com o Instituto Nacional do Seguro Social (“INSS”), mediante

apresentacao de certidoes negativas.

E prudente a exigencia das certidoes negativas no momento da formalizacao do contrato, e nao somente

quando do registro. A apresentacao da maioria das certidoes nao e obrigatoria, mas recomendavel.

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II. Documentação Necessária relativas ao imóvel:

a) Certidoes da matricula, de Acoes Reais e de Onus Reais – São obrigatórias para a formalização de escrituras

publicas. Entretanto, não sera possivel realizar um instrumento particular sem analisar a atual situação do imóvel.

São obtidas no Registro de Imóveis da situação da coisa.

b) Certidao Negativa de Debito de Tributos Municipais Incidentes sobre a Coisa – Refere-se à quitação do

Imposto Predial e Territorial Urbano (“IPTU”). A eventual divida acompanha a coisa em nome de quem ela estiver

(obrigação propter rem). Se alguém adquirir um imóvel que possua débito de “IPTU”, vai receber também tal

passivo. A apresentação dessa certidão não é obrigatória, mas o adquirente pode exigi-la. E obtida na prefeitura

municipal.

c) Certidao Negativa de Debito do Imposto Territorial Rural (ITR) – É obrigatória a sua apre-sentação para

contratações envolvendo imóveis rurais. Pode ser suprida mediante apresentação dos comprovantes de

pagamentos dos ultimos cinco exercicios do “ITR”. E expedida pela Receita Federal.

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II. Documentação Necessária relativas ao imóvel:

d) Certificado de Cadastro de Imovel Rural (CCIR) – Obrigatória quando se tratar de negociação envolvendo

imóveis rurais. E obtido no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria (“Incra”), a quem compete o cadastro

dos imóveis rurais.

e) Certidao Negativa de Debito com o Condominio – Exigivel apenas nos casos dos condominios edilicios. Também

é uma obrigação propter rem, podendo o adquirente assumir eventual débito existente. Essa certidão é expedida pelo

sindico ou pela administradora do condominio.

III. Documentação Necessária relativas aos sujeitos

a) Certidao Negativa de Debito com a Receita Federal e com o INSS – a União Federal e o INSS estabeleceram

uma forma de fiscalização indireta dos tributos e contribuições a eles devidos, exigindo, em alguns casos, a

comprovação da regularidade fiscal de um sujeito de direito quando ele pretender realizar negociações, quando

envolver bens imóveis.

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III. Documentação Necessária relativas aos sujeitos

Serão exigidas certidões das pessoas juridicas e das pessoas fisicas a elas equiparadas. Excepcionalmente essas

pessoas poderão, quando enquadradas em situações especiais, serem dispensadas de apresentar certidões

negativas, devendo realizar declarações especiais, previstas na lei.

Tais certidões podem ser obtidas nas repartições publicas competentes, ou pela internet. Equiparam-se às certidões

negativas, as certidões positivas com efeitos de negativas, que também autorizam a concretização dos negócios.

Para formalização desses negócios, os prazos de validade destas certidões deverão ser observados.

Observa-se que essa atividade de fiscalização é outorgada aos notarios e registradores, os quais ficam

solidariamente responsaveis pelos tributos se realizarem algum ato com infração a lei, isto é, sem exigir a

comprovação da regularidade fiscal.

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III. Documentação Necessária relativas aos sujeitos:

b) Certidao Negativa de Multas do Ibama – Para qualquer registro envolvendo bens imóveis rurais, seja por ato inter

vivos ou causa mortis, devera ser apresentada a certidão negativa de multas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais (“Ibama”).

O objetivo dessas certidões é verificar se o proprietario de imóvel rural foi penalizado com multa por ter cometido

alguma infração ao meio ambiente. Ela pode ser obtida na internet ou na repartição publica competente.

c) Certidao Negativa de Debito com a Receita Estadual – A exigencia dessa certidão, para realização de negócios

imobiliarios dependera da legislação de cada Estado. Via de regra, nao e necessaria. Porem, se o vendedor estiver

devendo um tributo estadual ou se ja estiver tramitando uma ação de execução fiscal contra ele, o imóvel alienado

podera vir a responder judicialmente, uma vez reconhecida fraude à execução, ou seja, a tentativa que alguém fazer

dilapidar seu patrimonio para não cumprir suas obrigações tributarias.

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III. Documentação Necessária relativas aos sujeitos:

d) Certidoes Negativas de Acoes Judiciais – As certidões forenses, expedidas pela justiça, comprovam a existencia

ou não de ação judicial contra determinada pessoa.

Existem ações que tem competencia especial para julgamento e não são movidas onde o réu tem seu domicilio.

Isso dificulta a verificação da existencia de ações contra um alienante, porque necessitaria buscar informações em

qualquer parte do território nacional, o que é inviavel.

Por isso, a jurisprudencia tem entendido que se o adquirente tomar as devidas providencias e exigir do alienante ao

menos as certidões negativas forenses do seu domicilio, tera tomado as cautelas necessarias, sendo considerado

adquirente de boa-fé e, por via de consequencia, o negócio realizado não sera afetado por eventual ação judicial.

Recomendamos que em todos os contratos o alienante declare, sob penas de responsabilidade civil e penal, que

contra ele não tramitam ações judiciais que possam comprometer a negociação com imóvel especifico. Se a

declaração não for verdadeira, ele respondera criminalmente.

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III. Documentação Necessária relativas aos sujeitos:

d) Certidoes Negativas de Acoes Judiciais

i) Justica do Trabalho – É muito importante exigir a certidão negativa de ação trabalhista, tendo em vista que os

créditos reconhecidos por essa justiça especializada tem carater privilegiado frente a diversos outros, pela

natureza alimenticia que possuem.

Portanto, se alguém aliena um imóvel tendo dividas na Justiça do Trabalho, com grande probabilidade a alienação

sera atingida pela ação, gerando grandes transtornos para o adquirente. Deve ser requerida no domicilio dos

contratantes.

ii) Justicas Federal e Estadual – Da mesma maneira é importante buscar informações sobre a tramitação de ação no

juizo federal e no comum (estadual), acerca da existencia de ações civeis e criminais contra o alienante.

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III. Documentação Necessária relativas aos sujeitos:

d) Certidoes Negativas de Acoes Judiciais:

iii) Certidao Negativa de Protesto de Titulos – A exigencia dessa certidão tem menos importancia para o caso de

alienação de bem. Todavia, é recomendavel pedi-la para saber a real situação do alienante. Pode ocorrer o alienante

ter protestos registrados em seu nome, sem que o credor tenha promovido ação judicial, mas não impedindo que o

faça, o que, podera comprometer o negócio realizado.

IV. Declarações das Partes:

Existem declarações que os transmitentes devem ou podem fazer nas negociações com seus bens imóveis.

Em todas as escrituras publicas é obrigado constar, por exigencia legal, declaração daquele que esta alienando ou

onerando seu bem imóvel, independentemente se pessoa fisica ou juridica, sob pena de responsabilidade civil e

penal, sobre a existencia ou não de ações reais ou pessoais relativas ao imóvel, ou de outros onus reais incidentes

sobre ele.

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IV. Declarações das Partes:

Em todos os negócios imobiliarios é conveniente fazer constar declaração das partes, também sob pena de

responsabilidade civil e penal, sobre a veracidade dos seus dados pessoais, como estado civil, tendo em vista que

qualquer alteração desse tipo pode repercutir na propriedade sobre a coisa imóvel.

No caso das pessoas juridicas, ou fisicas a elas equiparadas, obrigadas a apresentar as certidões negativas de

débito com a Receita Federal e com o INSS, poderão declarar, também sob as penas da lei, que o imóvel alienado

ou onerado faz parte do ativo circulante, e não do ativo imobilizado da empresa, ficando dispensadas, assim, da

apresentação das certidões.

Existem, ainda, casos excepcionais aplicaveis às empresas comercializadoras de bens imóveis. O primeiro, que

dispensa a apresentação da certidão negativa do INSS na alienação ou oneração de bens imóveis, para a empresa

vendedora ou a ela equiparada, quando explorar com exclusividade a atividade de compra e venda de imóveis,

locação, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliaria ou construção de imóveis destinados

à venda, decorrentes de sua atividade economica, e o imóvel esteja lançado no ativo circulante, não podendo ter

constado no ativo permanente da mesma.

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IV. Declarações das Partes:

O outro, afirmando ser inexigivel a apresentação da certidão negativa da Receita Federal na alienação ou oneração

de bens imóveis de empresa, não integrante do seu ativo permanente (difere da regra do INSS, porque pode um dia

ter integrado o ativo permanente), desde que explore atividade de compra e venda de imóvel, desmembramento ou

loteamento de terrenos, incorporação imobiliaria ou de construção de prédios destinados à venda.

Verificamos que, nesse caso, quando realizar a locação, devera apresentar a certidão negativa, porque para tal

atividade não fora prevista a inexigibilidade.

Outra diferença é que a norma do INSS exige que as atividades apresentadas sejam realizadas com exclusividade,

o que não esta previsto na norma da Receita Federal.

Objectivo: Evitar que os transmitentes de bens imoveis negligenciem informacoes sobre sua situacao

financeira. Se todos agissem sempre com boa-fe, seria prescindivel toda essa estrutura de controle e

fiscalizacao.

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V. Tributos:

I. Imposto Predial e Territorial Urbano ("IPTU")

O “IPTU” é um imposto municipal incidente anualmente e com aliquotas normalmente progressivas baseadas no uso

e no valor de avaliação da propriedade imóvel.

II. Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis ("ITBI")

O ITBI é um imposto municipal incidente sobre a transferência de propriedade imóvel.

Suas alíquotas podem variar de acordo com o valor real da operação ou o valor de avaliação da propriedade imóvel,

aquele que for maior. Note que no Município de São Paulo existe previsão para que, a Prefeitura realize pesquisas

de mercado para atualizar o valor venal dos imóveis. Aplica-se ainda, no município de São Paulo uma alíquota fixa

de 2%.

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V. Tributos:

II. Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis ("ITBI")

O “ITBI” não se aplica a transferências de propriedade imóvel relativas a fusões societárias ou contribuições para

integralização do capital social, nos casos em que o objeto social do contribuinte não seja relacionado à atividade

imobiliária.

III. Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação ("ITCMD")

O ITCMD é um imposto estadual incidente sobre a transmissão de bens móveis ou imóveis como resultado de uma

doação ou pela morte. Atualmente, no estado de São Paulo, o ITCMD possui uma alíquota de 4% sobre o valor de

avaliação do bem móvel, imóvel ou a transmissão de direitos.

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VI. Aquisição de Imóveis por estrangeiro:

Relativamente a imóveis urbanos em princípio, não existem restrições para o estrangeiro;

A Constituição Federal , estabelece limites à aquisição ou ao arrendamento de propriedade rural por pessoa

física ou jurídica estrangeira no Brasil

Vigora legislação específica, regulando a aquisição de propriedade rural por estrangeiro no país - Lei N.º 5.709/71;

Outras restrições se referem a imóveis localizados na faixa costeira, em áreas fronteiriças ou em áreas

designadas como sendo de segurança nacional

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3. Permuta (Artigo 533.º do Código Civil)

Trata-se do negócio jurídico em que as partes se obrigam, reciprocamente, a entregar coisas.

Na permuta um dos contratantes promete uma coisa em troca de outra, ou seja, uma parte se obriga a dar uma

coisa por outra, que não seja dinheiro. (permuta de bens móveis ou imóveis)

São elementos da permuta, troca ou escambo:

a) O consenso

a) As coisas diversas de dinheiro a serem entregues de um contratante para o outro e vice versa;

A troca ou permuta de bens entre ascendente e descendente, carece de consentimento dos demais descendentes e

e do cônjuge do ascendente;

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4. Doação (Artigos 538 a 564.º do Código Civil)

• Contrato por meio do qual uma parte assume a obrigação de entregar à outra, a título gratuito, determinado bem

que este aceita.

• São elementos do contrato de doação:

a) A liberalidade do doador;

b) Aceitação da liberalidade por parte do donatário, que poderá ser expressa ou tácita;

c) A intenção do doador de efetivar a transferencia definitiva e gratuita da propriedade (“animus donandi”)

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Direito Sobre Imóveis Catálogos dos principais direitos sobre imóveis

4. Doação (Artigos 538 a 564.º do Código Civil)

Espécies de doação:

Doação pura ou simples: É aquela realizada sem qualquer ónus ou restrição para o donatário e

independentemente de qualquer evento.

Doação impura - É aquela que se sujeita aos elementos acidentais do negócio jurídico que lhe moficiam o

conteudo; É o caso da doação condicional, doação a termo e a doação com encargo

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5. Locação Predial

Contrato por meio do qual o locatário ou inquilino obtém a transferência provisória de um imóvel , mediante o

pagamento periódico de remuneração (aluguel) ao locador.

A lei distingue entre a locação de imóvel urbano e os contratos de locação que tenham como fim a exploração

agrícola ou agrária, como o arrendamento rural, a locação não residencial incluindo-se a comercial e a locação de

temporada (“time sharing”);

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5. Locação Predial

Regras comuns à locação residencial, não residencial e de temporada:

a) O contrato de locação de imóvel pode ser celebrado por qualquer prazo;

b) O Contrato de locação de imóvel celebrado por prazo superior a 10 anos, carece de autorização marital;

c) Pode haver sublocação, mediante a concordÂncia prévia do locador, se a locação for de prédio urbano;

O sublocatário possui os mesmos direitos obtidos pelo sublocador no contrato principal;

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Direito Sobre Imóveis Catálogos dos principais direitos sobre imóveis

5. Locação Predial

Obrigações do locatário:

Pagar o aluguel e os encargos legais e contratuais, entre eles despesas ordinárias de condomínio, àgua luz e gás;

Utilizar o imovel para o fim convencionado;

Cuidar do imovel como fosse seu, restituindo-o, ao termo final do contrato, no estado em que o recebeu,

consideradas as deterirações normais decorrentes do uso;

Permitir a vistoria do locador no imóvel;

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Direito Sobre Imóveis

Ónus sobre imóveis

- Hipoteca

A gravação de garantia sobre um imóvel, visando cobrir/garantir o pagamento de uma dívida originária de uma

obrigação, perdurando tal garantia enquanto a obrigação existe. O credor tera preferencia total, podendo “excuti-lo,

aliená-lo” tudo com intuito de satisfazer a totalidade do seu crédito, bem como dos acessórios.

A hipoteca pode ser : hipoteca legal, hipoteca judicial e hipoteca voluntária;

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Direito Sobre Imóveis

Ónus sobre imóveis

- Penhor

O penhor é o negócio jurídico pelo qual é garantido o pagamento de uma dívida com a entrega de uma coisa

móvel para guardá-la e retê-la enquanto não é paga a dívida ou pagar-se pelo seu produto se não for satisfeita.

O penhor pode ser : penhor legal e penhor convencional;

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Direito Sobre Imóveis

Pontos essenciais do Arrendamento:

A locação urbana, encontra-se regulada pela Lei n.º 8.245, de 18 de Outubro de 1991, alterada recentemente pela

Lei n.º 12.112, de 09 de Dezembro de 2009;

Tratando-se de locação com prazo determinado, o que é a regra, o locador, em princípio, não poderá reaver o

imóvel alugado.

Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a 30 (trinta) meses, porém, a resolução do contrato

ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.

Sem prejuízo deste prazo contratual, o contrato de locação sempre pode ser rescindido por mútuo acordo, em

decorrência da prática de infração legal ou contratual, em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais

encargos e pela necessidade de realização de obras

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Direito Sobre Imóveis

Pontos essenciais do Arrendamento:

Nas locações não residenciais, como regra geral, o contrato por prazo determinado cessa, de pleno direito, findo o

prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.

O contrato de locação por prazo indeterminado pode ser denunciado por escrito, pelo locador, concedidos ao

locatário 30 (trinta) dias para a desocupação

Restrições na rescisão nas locações de imóveis utilizados por hospitais, unidades sanitárias oficiais, asilos,

estabelecimentos de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público.

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Direito Sobre Imóveis

Pontos essenciais do Arrendamento:

Proteção do Locatário em caso de venda do imóvel pelo locatário, das seguintes formas:

a) Manutenção da Vigência da Locação em Caso de Alienação do Imóvel a Terceiros (desde que o contrato

contenha expressamente a cláusula de vigência e esteja registrado no Registro Imobiliário competente, o que obrigará

o adquirente do imóvel a respeitar a locação existente até o seu prazo final);

b) Preferência na Aquisição (o locatário deverá ter igualdade de condições com terceiros, nos casos de venda,

promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de direitos ou dação em pagamento. O locatário pode retomar

o imóvel pelo locatário mediante o depósito do preço, ou ser indemnizado por perdas e danos.

c) Renovação Compulsória da Locação (Ação renovatória confere ao locatário o direito de obter a renovação

compulsória do contrato de locação, contanto que sejam cumulativamente atendidos os seguintes requisitos legais:

(i) o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;

(ii) O prazo mínimo do contrato a renovar seja de 5 anos;e

(iii) O locatário esteja explorando seu comércio no mesmo ramo pelo prazo mínimo e ininterrupto de 3 (três) anos.

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RELAÇÕES LABORAIS

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Empregado

• É toda PESSOA FÍSICA que prestar serviços de

natureza NÃO EVENTUAL, sob a DEPENDÊNCIA do

EMPREGADOR e MEDIANTE SALÁRIO

(Art. 3º, CLT).

• A doutrina acrescenta a PESSOALIDADE, a prestação

pessoal do serviço, deduzida a partir da definição de

empregador.

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Requisitos Essenciais Trabalho prestado por PESSOA FÍSICA; • NÃO-EVENTUALIDADE; • DEPENDÊNCIA JURÍDICA (SUBORDINAÇÃO); • Mediante SALÁRIO; • PESSOALIDADE.

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Elementos não Essenciais LOCAL da PRESTAÇÃO de SERVIÇOS: • Não se DISTINGUE entre o trabalho realizado no ESTABELECIMENTO do EMPREGADOR e o executado no DOMICÍLIO do EMPREGADO, desde que esteja caracterizada a relação de emprego.

(Art. 6º) EXCLUSIVIDADE • Não EXIGE que o EMPREGADO preste serviços a somente UM EMPREGADOR.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Empregador

É a EMPRESA, individual ou coletiva, que, ASSUMINDO

OS RISCOS da atividade econômica, ADMITE,

ASSALARIA e DIRIGE a PRESTAÇÃO PESSOAL de

serviço.

(Art. 2º) OBSERVAÇÃO:

• Nada impede que o empregador seja PESSOA

NATURAL, JURÍDICA ou ainda ENTE

DESPERSONALIZADO.

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Grupo Econômico •Sempre que UMA ou MAIS EMPRESAS, tendo, embora, cada uma delas, PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA, estiverem sob a DIREÇÃO, CONTROLE ou ADMINISTRAÇÃO de outra, constituindo GRUPO INDUSTRIAL, COMERCIAL ou de qualquer outra atividade ECONÔMICA,

•Serão SOLIDARIAMENTE RESPONSÁVEIS a EMPRESA PRINCIPAL e cada uma das SUBORDINADAS.

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SÚMULA 129 TST

•A PRESTAÇÃO de SERVIÇOS a MAIS de UMA EMPRESA do

MESMO GRUPO ECONÔMICO, durante a MESMA JORNADA de

trabalho, NÃO caracteriza a COEXISTÊNCIA de MAIS de UM

CONTRATO de trabalho, SALVO AJUSTE em contrário.

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Sucessão de Empregador • Com a TRANSFERÊNCIA DA TITULARIDADE do negócio de um

proprietário para outro, o NOVO PROPRIETÁRIO ASSUME TODOS os DIREITOS e DÍVIDAS existentes;

• Qualquer ALTERAÇÃO na ESTRUTURA JURÍDICA da EMPRESA

NÃO AFETARÁ os DIREITOS ADQUIRIDOS por seus EMPREGADOS;

(Art. 10) • A MUDANÇA na PROPRIEDADE ou na ESTRUTURA JURÍDICA da

EMPRESA NÃO AFETARÁ os CONTRATOS DE TRABALHO dos respectivos EMPREGADOS;

(Art. 448)

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Contrato de Trabalho

CONCEITO LEGAL

CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO é o ACORDO

TÁCITO ou EXPRESSO, correspondente à relação de

emprego.

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Modalidade

(Art. 442)

• Contrato TÁCITO; • Contrato EXPRESSO; • Contrato POR PRAZO INDETERMINADO; • Contrato POR PRAZO DETERMINADO; • Contrato DE SUBEMPREITADA;

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Contrato Tácito

• Caracterizado pela INEXISTÊNCIA de AJUSTE

ESCRITO ou VERBAL.

• Resulta de um COMPORTAMENTO: Alguém, SEM

QUE EXISTA SOLICITAÇÃO EXPRESSA, presta

serviços a outrem sem que este se oponha.

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Contrato Expresso ESCRITO •Quando HÁ um CONTRATO ESCRITO de TRABALHO.

VERBAL •Quando entre empregado e empregador há simples TROCA ORAL de PALAVRAS que, tratando-se de ACORDO DE VONTADES, produzirá EFEITOS JURÍDICOS, obrigando reciprocamente as partes.

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Por prazo Indeterminado

•É a REGRA GERAL para os contratos de trabalho,

PRESUMIDA SEMPRE que HOUVER DÚVIDA.

•Assim, SILENCIANDO as partes sobre o PRAZO de

DURAÇÃO DO CONTRATO, será ele por PRAZO

INDETERMINADO.

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Contrato Por Tempo Determinado CONCEITO LEGAL

Contrato de trabalho cuja VIGÊNCIA dependa:

•de TERMO PREFIXADO; ou

•da EXECUÇÃO de SERVIÇOS ESPECIFICADOS; ou ainda

•da realização de CERTO ACONTECIMENTO SUSCETÍVEL de

PREVISÃO APROXIMADA;

(Art. 443, § 1º)

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Contrato Por Tempo Determinado O contrato por prazo determinado SÓ será VÁLIDO em se tratando (Art. 443, § 1º); a)de SERVIÇO cuja NATUREZA ou TRANSITORIEDADE justifique a predeterminação do prazo; b) de ATIVIDADES EMPRESARIAIS de CARÁTER TRANSITÓRIO; c) de CONTRATO DE EXPERIÊNCIA;

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Terceirização SÚMULA 331/TST •I - A CONTRATAÇÃO de TRABALHADORES por EMPRESA INTERPOSTA é ILEGAL, formando-se o VÍNCULO DIRETAMENTE com o TOMADOR DOS SERVIÇOS, SALVO no caso de TRABALHO TEMPORÁRIO. (Lei nº 6.019, de 03.01.1974)

•II – A CONTRATAÇÃO IRREGULAR de trabalhador, mediante EMPRESA INTERPOSTA, NÃO gera VÍNCULO de emprego com os ÓRGÃOS da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, INDIRETA ou FUNDACIONAL. (art. 37, II, da CF/1988)

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

• III - NÃO forma VÍNCULO de EMPREGO com o TOMADOR a

CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS de VIGILÂNCIA (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de CONSERVAÇÃO E LIMPEZA, bem como a de SERVIÇOS ESPECIALIZADOS ligados à ATIVIDADE-MEIO do TOMADOR, desde que INEXISTENTE a PESSOALIDADE e a SUBORDINAÇÃO DIRETA.

• IV - O INADIMPLEMENTO das OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, por parte do EMPREGADOR, implica a RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA do TOMADOR DOS SERVIÇOS, quanto àquelas obrigações, INCLUSIVE quanto aos ÓRGÃOS da ADMINISTRAÇÃO DIRETA, das AUTARQUIAS, das FUNDAÇÕES PÚBLICAS, das EMPRESAS PÚBLICAS e das SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, desde que hajam PARTICIPADO da RELAÇÃO PROCESSUAL e CONSTEM também do TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL.

(art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993)

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Resumo dos Encargos Sociais do

Empregador

TABELA “A”

01 – INSS 20%

02 - SENAC/SESC 1,50%

03 - SENAI/SESI 1%

04 – SEBRAE 0,60%

05 – INCRA 0,20%

06 - Salário-Educação 2,50%

07 – RAT 2%

08 – FGTS 8%

Total 35,80%

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Resumo dos Encargos Sociais do

Empregador

TABELA “B”

09 - Repouso Semanal Remunerado 23,19%

10 – Férias + 1/3 Constitucional 12,67%

11 – Feriados 4,34%

12 - Aviso Prévio Indenizado 10,86%

13 - Auxílio Doença - 15 dias 1,90%

14 - 13º Salário 10,86%

15 - Licença-paternidade 0,02%

Total 63,84%

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Resumo dos Encargos Sociais do

Empregador

TABELA “C”

16 - Multa rescisória de 40% do FGTS nas dispensas sem

justa causa

2,10%

17 - Adicional 10% referente a Lei Complementar nº

110/01

1,31%

Total 3,41%

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Incidências da Tabela (“A” sobre a Tabela “B”)

+ a soma das Tabelas “A” + “B” + “C”

(0,3580 x 0,6384) = (22,85%) + 35,80% + 63,84%

+ 3,41% =

Total dos Encargos = 125,90%

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O SISTEMA TRIBUTÁRIO

NO BRASIL

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

1 – Características Gerais do STN;

2 – Tributação Sobre o Lucro;

4 – Sucursal ou Subsidiária;

5 – Empréstimo ou Juros sobre Capital Próprio;

6 – Convenção Brasil/Portugal sobre Bitributação.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

• Prestação Pecuniária – prestação exigida em moeda, dinheiro –

“pecuniariu = dinheiro”

• Compulsória – pagamento é obrigatório

• Que Não Constitua Sanção de Ato Ilícito – penalidades por

infração à lei tributária (multa) não é TRIBUTO

• Instituída em Lei – previsto em lei - LEGALIDADE

• Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente

Vinculada – Autoridade administrativa está vinculada à previsão

legal, não sendo mera liberalidade

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REGI REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Instituídos por lei, são devidos, independentemente de

qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte.

Ex.: impostos

Art. 16 CTN

Competência: União/Estados/Municípios

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

São devidos quanto houver atividade estatal prestada ou à disposição.

Ex.: taxas e contribuições de melhoria

Art. 77 e 78 CTN

F.G.: Exercício regular do Poder de Policia ou utilização efetiva ou

potencia de serviços público especifico e divisível, prestado ou

colocado à disposição do contribuinte.

Competência: União/Estados/Municípios

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Tributos Directos

Que recaem s/ pessoa física ou pessoa jurídica

que tem relação pessoa e direita com o fato

gerador.

Incidem s/ patrimônio e renda e são de

responsabilidade pessoa.

Ex.: IRPF, IRPJ, IPTU, ITR, IPVA

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REGIM REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

TRIBUTOS INDIRECTOS

Incidem s/ produção e a circulação de bens e

serviços e são repassados p/ o preço, pelo

produtor, vendedor ou prestador de serviços.

Contribuinte final = contribuinte de fato ≠ Contribuinte de direito = responsavel

Ex.: ICMS, IPI, ISS, COFINS e etc. .

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REGIM REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

TRIBUTO FIM EXCLUSIVAMENTE

FISCAL Visa carrear recursos para o Estado, para que

pudesse satisfazer as necessidades básicas

Ex.: IR, ISS, e etc

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REGIM REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Fim Extra-Fiscal Empregado como instrumento de intervenção do Estado para

resolver problemas surgidos nas áreas econômica e social, embora

sem desaparecer a sua finalidade fiscal, que fica relegada a segundo

plano.

Ex.: II, IE, ITR, IOF

• Imposto fiscal mas com segundo plano extrafiscal

Ex.: IPI, ICMS, IPTU

(Princípio da seletividade e progressividade)

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Tributo Para-Fiscal

É a delegação da capacidade tributária ativa

para um órgão paraestatal, em benefício das

próprias finalidades.

Ex.: Sociais (COFINS, SAT, PIS, FGTS)

Intervenção no domínio econômico (CIDE)

Copororativas (OAB)

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

IMPOSTOS:

• Patrimônio e Renda: ITR, ITBI, I. Causa Mortis e Doação,

IPTU, IPVA, IR I. Grandes Fortunas

• Produção e circulação: ICMS, IPI, IOF, ISS

TAXAS:

• De serviço

• De polícia

Art. 77 e 78 CTN

• F.G.: Exercício regular do Poder de Policia ou utilização

efetiva ou potencia de serviços público especifico e divisível,

prestado ou colocado à disposição do contribuinte.

• Competência: União/Estados/Municípios

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

CONTRIBUIÇÕES

De melhoria

• Art. 81 e 82 CTN

• Características: virtude de obra pública

• Sociais: Estas se dividem em:

• Sociais gerais: FGTS, Salário educação, CPMF

• Sociais de Seguridade: PIS, Cofins, CSL, previdenciária.

• Art. 195 CF/88; Lei 8.212/91;Lei 9.718;Lei 10.637/02; Lei 10.833/03

• De Intervenção no Domínio Econômico, de Interesse de categorias

profissionais: OAB, CREA, CRM e ainda contribuição sindical.

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REGIME REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Empréstimos Compulsórios

Art. 148 da CF/88

Características: - atender a despesas extraordinárias;

- devolvido ao final do período, conforme

lei.

CONTRIBUIÇÕES MUNICIPAIS E DF P/ CUSTEIO DE ILUMINÇÃO

PÚBLICA

EC 39/02 •.

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REGI R REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Federal:

•Imposto de Importação;

•Imposto de Exportação

•Imposto de Renda;

•Imposto sobre Produtos Industrializados:

• IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro e

sobre Operações Relativas a Títulos de Valores Imobiliários;

•Imposto Territorial Rural - ITR

•Grandes Fortunas (não instituído);

•Empréstimos compulsórios, Contribuições Sociais, Econômicas e

Profissionais.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Estadual:

• Imposto Causa Mortis e Doação;

• Imposto sobre circulação de mercadorias, prestação de

serviços de transporte e comunicação;

• Imposto sobre propriedade de veículos automotores: fato

gerador: propriedade de veículo automotor.

Municipal:

• Imposto sobre a propriedade territorial urbana;

• ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis;

• ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

SISTEMA TRIBUTARIO FEDERADO

Subsistema de Imposição Tributária Extraordinária

• Federal – Imposto Extraordinário de Guerra

Subsistema de Imposição Tributária Comum

• Federal, Estadual e Municipal: Taxas,

Contribuições de melhoria, Contribuições

Previdenciárias dos Servidores Públicos

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO

Duas questões importantes:

2- TRIBUTAÇÃO: Enquadramento

Tributário e Benefícios.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

• Empresário;

• Sociedade Empresarial;

• Sociedade Simples;

• Microempreendedor Individual (MEI);

• Sociedade Anônima;

• Sociedade Cooperativa.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

CLASSIFICAÇÃO

Empresário: 1 pessoa – comércio,

indústria e serviço

Não há a presença de

sócios e o proprietário assume

integralmente a responsabilidade

pelos resultados e riscos,

de forma ilimitada.

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R REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Sociedade Empresarial: 2 ou mais pessoas –

comércio, indústria e serviço

A atividade empresarial é representada

pelos seus administradores, e quem

responde pelas dívidas contraídas

é o patrimônio da sociedade.

A responsabilidade dos sócios é limitada.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

CLASSIFICAÇÃO

Sociedade Simples: 2 ou mais pessoas

Formadas por profissionais liberais,

desde que o exercício da profissão

não constitua elemento de empresa,

somente a atividade de serviços.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Microempreendedor Individual (MEI): 1

pessoa

Empreendimento com

faturamento de até

R$ 36.000,00/ano

Não pode ter sócio e deve ter

no máximo um funcionário.

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R REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

CLASSIFICAÇÃO

Sociedade Anônima (S/A):

Constituição de empresas com

capital social não atribuído a um

nome específico, mas dividido em

ações, transacionadas livremente,

sem necessidade de escritura pública ou ato notarial.

Por ser uma sociedade de capital, prevê a obtenção de

lucros a serem distribuídos aos acionistas.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Sociedade Cooperativa: É constituída por

20 pessoas (mínimo)

Associação autônoma de pessoas

para satisfazer aspirações e

necessidades em empresa

de propriedade comum.

Auto-gestionária, cada sócio tem o mesmo poder de

decisão e o controle é democrático.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

DE ACORDO COM

Com Fins Lucrativos:

•Empresário;

•Sociedades Simples e

Empresarial;

•Microempreendedor Individual (MEI);

•Sociedade Anônima (S/A).

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

LEI GERAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA

Unificação de conceitos para União, Estados, Distrito Federal e

Municípios:

ME – MICRO EMPRESA

• Faturamento de até R$ 240.000,00/ano

EPP – EMPRESA DE PEQUENO PORTE

• Faturamento de até R$ 2.400.000,00/ano

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Benefícios:

•Regime unificado de apuração e recolhimento

dos impostos e contribuições da União, dos

estados do Distrito Federal e dos municípios,

inclusive com simplificação das obrigações fiscais

acessórias;

•Simplificação do processo de abertura, alteração

e encerramento das MPEs;

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Benefícios:

• Facilitação do acesso ao crédito e ao mercado;

• Preferência nas compras públicas;

• Estímulo a inovação tecnológica;

• Regulamentação, criando condições para

formalização.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Benefícios:

•Desoneração tributária das receitas de

exportação;

•Dispensa do cumprimento de certas obrigações

trabalhistas e previdenciárias;

•Incentivo ao associativismo na formação de

consórcios para fomento de negócios;

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

As vedações ao ingresso no Simples Nacional,

estão estabelecidas no art. 17, da Resolução do

Comitê Gestor do Simples Nacional.

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L

Lei Geral – Opçao pelo Simples Nacional

COMO REGRA GERAL:

Atividades comerciais e industriais,

normalmente podem optar pelo sistema.

Atividades de serviços, muitas estão

excluídas do sistema.

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Benefícios Lei Geral da Micros e Pequena Empresas

Outros Benefícios

Cada Estado e Município poderá

dar incentivos próprios para

instalação e ampliação de

empresas em seus territórios.

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REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Tributação sobre o Lucro

Regra Geral : Os lucros ou dividendos calculados com

base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro

de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas

tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado,

não estão sujeitos à incidência do imposto de renda na

fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de

renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado

no país ou no exterior (artigo 10 da Lei 9.249/1995);

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LUCRO PRESUMIDO OU ARBITRADO :

No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro

presumido ou arbitrado, poderá ser distribuído, a título de lucros,

sem incidência de imposto: I) o valor da base de cálculo do

imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que

estiver sujeita a pessoa jurídica;II) a parcela dos lucros ou

dividendos excedente ao valor determinado no item I, desde que

a empresa demonstre, através de escrituração contábil feita com

observância da lei comercial, que o lucro efetivo é maior que o

determinado segundo as normas para apuração da base de

cálculo do imposto pela qual houver optado, ou seja, o lucro

presumido ou arbitrado.

REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

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Distribuição dos Lucros antes do

Encerramento do Trimestre:

A pessoa jurídica poderá distribuir lucros

antecipadamente aos seus sócios antes do

encerramento do exercício social. Para isto deverá

levantar balanços intermediários, semestrais ou

em períodos menores, com previsão contratual

(para as sociedades limitadas) ou estatutária (para

as sociedades anônimas).

REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

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Tributação do Sistema Normal Lucro Presumido

Tipo de

Imposto

Tipo de

Atividades Alíquota

Base de

Cálculo Observação

IR - Imposto de

Renda sobre o

Lucro Líquido

Comércio,

Indústria e

Serviços

1,2% a

4,8%

Lucro

líquido

Se o lucro líquido for

superior a R$ 20.000

por mês, haverá um

adicional de 10% sobre

o excedente.

CSLL -

Contribuição

Social sobre o

Lucro Líquido

Comércio,

Indústria e

Serviços

1,08% e

2,88%

Lucro

Líquido

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Tr Tributação do Sistema Normal – Lucro Presumido

Tipo de

Imposto

Tipo de

Atividades

Alíquota Base de

Cálculo

Observação

PIS - Programa de

Integração Social

Comércio,

Indústria e

Serviços

0,65% Valor da

Venda

O imposto sobre a

venda deverá ser

compensado com o

imposto sobre a

compra.

COFINS -

Contribuição

Financeira Social

Comércio,

Indústria e

Serviços

3,0% Valor da

Venda

O imposto sobre a

venda deverá ser

compensado com o

imposto sobre a

compra.

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TTributação do Sistema Normal Lucro Presumido

Tipo de

Imposto

Tipo de

Atividades

Alíquota Base de

Cálculo

Observação

IPI - Imposto

Produtos

Industrializados

Indústria Variável

(ver TIPI)

Valor da

Venda

O imposto sobre a

venda deverá ser

compensado com o

imposto sobre a

compra.

II - Imposto de

Importação Importação Variável

Valor da

Importação

Simulção no site da

Receita Federal

TIPI – Tabela de Impostos sobre Produtos Industrializados

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Tributação do Sistema Normal Lucro Presumido

Tipo de

Imposto

Tipo de

Atividades

Alíquota Base de

Cálculo

Observação

ICMS - Imposto de

Circulação de

Mercadorias e

Serviços.

Indústria e

Comércio

Variável

17% a

25%

Valor da

Venda

O imposto sobre a

venda deverá ser

compensado com o

imposto sobre a

compra

ISSQN - Imposto

sobre Serviços de

Qualquer Natureza

Serviços Variável

2% a 5%

Valor da

Venda

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Subsidiária e Filial

O caput do artigo 1.134 estabelece que “A

sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu

objeto, não pode, sem autorização do Poder

Executivo, funcionar no País, ainda que por

estabelecimentos subordinados, podendo, todavia,

ressalvados os casos expressos em lei, ser

acionista de sociedade anonima brasileira”.

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Subsidiária e Filial

Diante dessa distinção, há de se interpretar a

expressão “estabelecimentos subordinados” empregada no

artigo 1.134 do Código Civil Brasileiro, como tão-somente

as filiais, sucursais, agências ou outros meios de

representação de uma sociedade sediada no exterior, que,

pela sua natureza, não se constituem no país e, por isso,

estão alheias ao poder fiscalizatório estatal

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Subsidiária e Filial

No entanto, a hipótese da sociedade empresária

limitada que conta com sócio estrangeiro é diversa: trata-

se de verdadeira sociedade subsidiária a ser constituída

conforme a lei brasileira, sob os auspícios do poder público

nacional e sujeita à inspeção e controle pelos órgãos

competentes. Nesse caso, seria paradoxal ressalvar-se a

necessidade de “autorização do Poder Executivo” nos

termos do artigo 1.134 do Código Civil Brasileiro; afinal, o

seu próprio funcionamento e regular constituição

pressupõem a autorização da administração púlica.

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Tributos

Além dos tributos previstos na legislação tributária que

incidem sobre o seu faturamento,

como PIS, COFINS e ISS, que são comuns a todas

empresas prestadoras de serviços, essas empresas ainda

pagam impostos e contribuições sobre o Lucro.

Para esse fim, as empresas podem optar por umas das

duas modalidades previstas na Lei:

• Lucro Presumido; ou

• Lucro Real.

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Lucro Presumido

A expressão Lucro Presumido representa uma modalidade de

apuração de apenas 2 tributos:

• Imposto de Renda – Pessoa Jurídica (IRPJ); e

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL),

pagos trimestralmente.

As alíquotas dos tributos são aplicadas sobre um lucro que se

presume, que constitui a base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Para as

empresas de prestação de serviços, de modo geral, a base de cálculo

do Lucro Presumido é de 32% do faturamento mensal.

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Lucro Presumido/Alíquotas

Essas alíquotas são:

• IRPJ: 15% para faturamento trimestral até R$ 187.500,00;

• IRPJ: 25% sobre a parcela do faturamento trimestral superior a R$

187.500,00

• CSLL: 9% sobre qualquer valor de faturamento.

Tais alíquotas são aplicáveis sobre a base de cálculo presumida

de 32%. Portanto, 15% X 32% é igual a 4,8% do Faturamento mensal.

E 25% X32% é igual a 8% do valor acima de R$ 187.500,00.

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Lucro Presumido/Vantagens

A opção pelo Lucro Presumido é vantajosa para as

empresas cujo Lucro (Receitas (-) Despesas) é

igual ou superior a 32%.

Quando a margem de lucro é inferior a 32% é mais

vantajoso optar pelo pagamento dos tributos acima

com base no Lucro Real.

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Lucro Presumido/Exemplo

TRIBUTO VALOR % S/ FAT

COFINS 4.500,00 3%

PIS 975,00 0,65%

IRPJ 7.200,00 4,8%

CSLL 4.320,00 2,88%

Total 16.995,00 11,33%

1) Faturamento trimestral: R$ 150.000,00 (100%)

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Lucro Presumido/Exemplo

TRIBUTO VALOR % S/ FAT

COFINS 6.000,00 3%

PIS 1.300,00 0,65%

IRPJ (Parcela até R$ 187.500,00) 9.000,00 4,8%

IRPJ (Sobre o excedente de R$ 12.500,00) 1.000,00 0,5%

CSLL 5.760,00 2,88%

Total 23.060,00 11,83

2) Faturamento trimestral: R$ 200.000,00 (100%)

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Lucro Presumido/Exemplo

TRIBUTO VALOR % S/ FAT

COFINS 9.000,00 3%

PIS 1.950,00 0,65%

IRPJ (Parcela até R$ 187.500,00 X 4,8%) 9.000,00 3%

IRPJ (Sobre o excedente de R$ 112.500,00 X 8%) 9.000,00 3%

CSLL 8.640,00 2,88%

Total 37.950,00 12,53

3) Faturamento trimestral: R$ 300.000,00 (100%)

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Lucro Real

Essa opção deve ser adotada quando

o Lucro efetivo (Receitas menos Despesas

efetivamente comprovadas) é inferior a 32% do

Faturamento do período e pode ser apurado:

• Trimestral; ou

• Anualmente.

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Lucro Real/Alíquota

As alíquotas dos tributos para cálculo do IRPJ e da CSLL

nessa modalidade são:

• IRPJ: 15% para Lucro até R$ 20.000,00/mês

• IRPJ: 25% para Lucro acima de R$ 20.000,00/mês;

• CSLL: 9% sobre qualquer Lucro apurado.

Em resumo, no Lucro Real os dois tributos variam

de 24% (9% + 15%) a 34% (9% + 25%), aplicados sobre

o Lucro e não sobre o faturamento.

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Lucro Real/Apuração

A apuração pelo Lucro Real pode ser:

• Trimestral; ou

• Anual.

• A apuração pelo Lucro Real trimestral só é recomendada quando a

empresa apresenta resultados relativamente uniformes durante o ano.

Quando há sazonalidade em suas operações, em que num mês ocorre

Lucro e em outro Prejuízo, este Prejuízo só é compensado no limite de

30% do lucro do período.

• Já na apuração pelo Lucro Real Anual a empresa pode levantar balanços

mensais acumulados, cujos resultados positivos (lucros) e negativos

(prejuízos) são compensados automaticamente no período de apuração,

sem limitação.

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Lucro Real/Apuração

Apurando-se o Lucro Real, aplicam-se as alíquotas do IRPJ e da CSLL acima

descritas.

No caso de opção pelo Lucro Real, a alíquota do PIS muda: passa

de 0,65% para 1,65%.

Já a alíquota da COFINS passa de 3% para 7,6% da Receita.

Porém neste caso, podem ser feitas deduções da base de cálculo da Receita

sobre alguns pagamentos feitos a outras pessoas jurídicas, diretamente

ligados à produção dos serviços, com o que a alíquota efetiva passa a ser

inferior a 1,65% ou a 7,6%.

Essas deduções ou recuperações do chamado PIS não cumulativo

e COFINS não cumulativa na área de prestação de serviços acabam

representando um percentual igual ou menor a 1,65% ou 7,6%, dependendo

dos custos de cada empresa.

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Lucro Real/Exemplo

TRIBUTO VALOR % S/ FAT

COFINS (7,6% X R$ 100.000,00) 7.600,00 3,8% (1)

PIS (1,65% X R$ 100.000,00) 1.650,00 0,82% (1)

IRPJ (15% X R$ 40.000,00) 6.000,00 3%

CSLL (9% X R$ 40.000,00) 3.600,00 1,8%

Totais 18.850,00 9,42

1) Faturamento trimestral: R$ 200.000,00 (100%)

Lucro Real Apurado: R$ 40.000,00 (20%)

1) Considerando deduções do PIS e COFINS não cumulativos de 50%.

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Lucro Real/Exemplo

TRIBUTO VALOR % S/ FAT

COFINS (7,6% X R$ 150.000,00) 11.400,00 3,8% (1)

PIS (1,65% X R$ 150.000,00) 2.475,00 0,82% (1)

IRPJ (15% X R$ 60.000,00) 9.000,00 3,00%

IRPJ (25% X R$ 15.000,00) 3.750,00 1,25%

CSLL (9% X R$ 75.000,00 6.750,00 2,25%

Totais 11,12%

2) Faturamento trimestral: R$ 300.000,00 (100%)

Lucro Real Apurado: R$ 75.000,00 (25%)

(1) Considerando deduções do PIS e COFINS não cumulativos de 50%.

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Lucro Real/Quando optar

A opção pelo pagamento do IRPJ e da CSLL com base no Lucro

Presumido ou no Lucro Real é feita com o pagamento do DARF da

• 1ª parcela do IRPJ trimestral (Lucro Presumido); ou

• Mensal ou trimestral (Lucro Real). e

É válida para todo o Ano Calendário, não podendo, pois, ser

alterada em qualquer mês do ano. Isso significa que o empresário

deve consultar sua “bola de cristal” no inicio do ano para poder

planejar o resultado (Lucro ou Prejuízo) do ano para seu negócio e

fazer a melhor opção.

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Empréstimos e Juros sobre Capital Próprio

Juros sobre capital próprio (JSCP) é uma das formas de se

distribuir o lucro entre os acionistas, titulares ou sócios de uma

empresa, a outra é sob a forma de dividendos. Esse pagamento

é tratado como despesa no resultado da empresa, enquanto o

dividendo não. Neste caso, o investidor terá que pagar o

Imposto de Renda sobre o capital recebido. Essa questão fiscal

é justamente o benefício da companhia, como esse pagamento

é contabilizado como despesa da empresa, antes do lucro, ela

não arca com os tributos repassando este ônus ao investidor. A

opção entre dividendos e juros sobre capital próprio compete à

assembléia geral, ao conselho de administração ou à diretoria

da empresa.

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Empréstimos e Juros sobre Capital Próprio

A pessoa jurídica poderá deduzir na determinação do

lucro real, observado o regime de competência, os juros

pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios

ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio,

calculados sobre as contas do patrimônio líquido e

limitados à variação pro rata dia da Taxa de Juros de

Longo Prazo - TJLP (Lei n o 9.249, de 1995, art. 9 o ;

RIR/1999, art. 347; e IN SRF n o 93, de 1997, art. 29).

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Empréstimos e Juros sobre Capital Próprio

O montante dos juros remuneratórios do capital

passível de dedução como despesa operacional

limita-se ao maior dos seguintes valores

(RIR/1999, art. 347, § 1 o ):cinqüenta por cento

do lucro líquido do período de apuração a que

corresponder o pagamento ou crédito dos juros,

após a dedução da contribuição social sobre o

lucro líquido e antes da provisão para o imposto

de renda e da dedução dos referidos juros.

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Empréstimos e Juros sobre Capital Próprio

Cinquenta por cento dos saldos de lucros

acumulados e reservas de lucros de períodos

anteriores (as reservas de lucros somente foram

incluídas para efeito do limite da dedutibilidade

dos juros a partir de 1 o /01/1997, pela Lei n o

9.430, de 1996, art. 78).

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Acordo de Bitributação Brasil/Portugal

Decreto Legislativo nº 188/2001 Aprova o texto da

Convenção entre a República Federativa do Brasil e a

República Portuguesa destinada a Evitar a Dupla

Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de

Impostos sobre o Rendimento, celebrada em Brasília, em

16 de maio de 2000.

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Acordo de Bitributação Brasil/Portugal

Decreto nº 4012/2001 Promulga a Convenção entre a

República Federativa do Brasil e a República Portuguesa

Destinada a Evitar a Dupla Tributação e a Prevenir a

Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o

Rendimento, celebrada em Brasília, em 16 de maio de

2000.

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Acordo de Bitributação Brasil/Portugal

Portaria MF nº 28/2002 Métodos de aplicação da

Convenção destinada a Evitar a Dupla Tributação e a

Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Imposto sobre o

Rendimento assinada pela República Federativa do Brasil

com a República Portuguesa.

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OS

INCENTIVOS

AO

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

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Parte II – Incento ao Investimento Estrangeiro

1 – INCENTIVOS FINANCEIROS

2 – INCENTIVOS FISCAIS

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Parte II – Incento ao Investimento Estrangeiro

1 – INCENTIVOS FINANCEIROS

BNDES, CEF, BB, INCENTIVOS REGIONAIS E

AGÊNCIAS ESTADUAIS

(NÃO HÁ DISCRIMINAÇÃO)

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nome do formador Regime Legal e Fiscal do Brasil 183

Em relação aos investimentos oriundos de Portugal, o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta

entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa (datado de 22/4/00), assegura a

estes tratamento não menos favorável que o outorgado a investidores nacionais do Brasil ou de

terceiros países, sem prejuízo:

(I) das restrições ao investimento estrangeiro previstas na legislação nacional ;

(II) dos regimes especiais oriundos de processos de integração regional (ex.: Mercosul, CEE) ou

acordos para evitar a dupla tributação.

REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

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Parte II – Incento ao Investimento Estrangeiro

2 – INCENTIVOS FISCAIS

(EMPRESAS BRASILEIRAS)

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PROPRIEDADE

INTLECTUAL NO BRASIL

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Marcas – Lei 9.279/96

1) Tipos:

•Nominativa, mista, figurativa e tridimensional

2) Quem pode registrar:

•Pessoa física (nacional ou estrangeiro)

•Pessoa jurídica (nacional ou estrangeiro)

•O titular deve efetivamente exercer a atividade para a qual se requer a marca (Princípio da

Especialidade)

3) Prazo de proteção:

•Prazo inicial de proteção de 10 anos, contados da data de concessão do registro da marca pelo INPI,

prorrogável de forma sucessiva e ilimitada por períodos iguais

4) Prazo para a concessão do registro:

•Aproximadamente 2 anos do protocolo

5) Orgão competente do registro

• INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial (RJ)

• Atenção: Brasil não aderiu ao Protocolo de Madri.

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Patentes – Lei 9.279/96

1) Tipos:

• Patentes de Invenção (PI)

o Produtos ou processos que atendam aos requisitos de atividade inventiva, novidade e

aplicação industrial.

o Validade de 20 anos, contados a partir da data do depósito.

• Modelo de Utilidade (MU)

o Objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova

forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou

em sua fabricação.

o Validade de 15 anos, contados a partir da data do depósito

2)Prazo para a concessão do registro

8 anos

4) Confidencialidade das invenções

Até a publicação do pedido (18 meses)

3) Orgão competente do registro

• INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial (RJ)

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Desenho Industrial – Lei 9.279/96

Proteção do design (forma ornamental) de produtos.

1)Duração da proteção

10 anos, prorrogáveis por três períodos de 5 anos.

2) Prazo para a concessão do registro

•Depositado o pedido de registro de desenho industrial, será automaticamente publicado e

simultaneamente concedido o registro, expedindo-se o respectivo certificado

•Podem ocorrer exigências – pedido será considerado depositando quando as exigências forem

supridas.

• Exame de érito dos aspectos de originalidade e novidade: pode ser requerido pelo titular do desenho

integral, a qualquer tempo

3) Orgão competente do registro

• INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial (RJ)

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Patentes e Desenho Industrial – Lei 9.279/96

Invenção desenvolvida sob contrato de trabalho ou de prestação de serviço

•Titularidade do empregador quando decorrer de contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil

e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos serviços

para os quais foi o empregado contratado.

O empregador, titular da patente, poderá conceder ao empregado, autor de invento ou

aperfeiçoamento, participação nos ganhos econômicos resultantes da exploração da patente,

mediante negociação com o interessado ou conforme disposto em norma da empresa

•Titularidade do empregado quando por ele desenvolvido, desde que desvinculado do contrato de

trabalho e não decorrente da utilização de recursos, meios, dados, materiais, instalações ou

equipamentos do empregador.

•Titularidade comum, em partes iguais, quando resultar da contribuição pessoal do empregado e de

recursos, dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, ressalvada expressa

disposição contratual em contrário.

•Importante: inserir previsão no contrato de trabalho

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REGI

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Indicação Geográfica – Lei 9.279/96

1) Tipos:

• Indicação de Procedência

-Nome do local que se tornou conhecido por produzir, extrair ou fabricar determinado

produto ou prestar determinado serviço.

• Denominação de Origem

-Nome do local, que passou a designar produtos ou serviços, cujas qualidades ou

características podem ser atribuídas à sua origem geográfica.

2) Orgão competente do registro

INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial (RJ)

3) Exemplos

• Vale dos Vinhedos (vinhos – RS);

• Cachaça (Salinas/ MG e Paraty/ RJ)

• Arroz Vermelho do Vale do Pinacó

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Direito Autoral – Lei 9.610/98

1)Obras abrangidas

Obras intelectuais, artísticas, literárias, científicas, audiovisuais, etc.

2) Prazo de proteção

70 (setenta) anos, contados de 1° de janeiro do ano subseqüente ao do falecimentodo autor.

Quando a obra literária, artística ou científica realizada em co-autoria for indivisível, o prazo será

contado da morte do último dos co-autores sobreviventes.

3) Registro

•Registro é facultativo (proteção independe de registro).

• Conforme natureza da obra: Biblioteca Nacional, Escola de Música, Escola de Belas Artes da

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Cinema, ou Conselho Federal de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

4) Vala comum para a proteção por propriedade intelectual (questões relacionadas à internet,

sítios, etc.)

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Programas de Computador – Lei 9.609/98

1)Objeto

Programas de computador (lei específica, proteção por direito autoral, aplicação

subsidiária da Lei de Direitos Autorais)

2) Prazo

Cinquenta anos, contados a partir de 1º de janeiro do ano subseqüente ao da sua

publicação ou, na ausência desta, da sua criação.

3) Registro

• Órgão a quem compete o registro do código fonte do software é o INPI (prova de

autoria)

• O registro é facultativo (proteção independe do registro).

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REGIME

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Programas de Computador – Lei 9.609/98

4) Desenvolvimento sob contrato de trabalho

“Salvo estipulação em contrário, pertencerão exclusivamente ao empregador,

contratante de serviços ou órgão público, os direitos relativos ao programa de

computador desenvolvido e elaborado durante a vigência de contrato ou de vínculo

estatutário, expressamente destinado à pesquisa e desenvolvimento, ou em que a

atividade do empregado, contratado de serviço ou servidor seja prevista, ou ainda, que

decorra da própria natureza dos encargos concernentes a esses vinculos”. (Art.4º,

caput)

• Importância de previsão contratual

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Cultivar – Lei 9.456/97

Direito sobre variedades agrícolas, florestais, forrageiras, frutíferas, orelícolas e

ornamentais

1)Prazo

•Prazo comum – 15 anos.

•Prazo para videiras, frutíferas, florestais e ornamentais – 18 anos

•Ambos os prazos serão contados a partir da concessão do Certificado Provisório de

Proteção

•Findo o prazo, a cultivar cai em domínio público.

2) Órgão responsável pelo registro

•SNPC – Serviço Nacional de Proteção de Cultivares

•Brasil aderiu à Convenção de UPOV, Ata de 1978.

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REGI

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Segredo de Negócio

• Protegido no Brasil por arranjos contratuais e concorrência desleal (Lei 9.279/96)

1)Concorrência desleal

•Confere direitos de ação contra aquele que divulga (empregado, concorrente)

•Caindo em domínio público, não há o que fazer

•Sugestão: multa contratual pela violação

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Contratos que impliquem em Transferência de Tecnologia

(relacionados à propriedade industrial)

1) Devem ser averbados no INPI:

• Licença para exploração de patente e desenho industrial;

•Licença para uso de Marca;

• Fornecimento de Tecnologia;

• Serviços de Assistência Técnica e Científica;

• Franquia

2) Por não caracterizarem transferência de tecnologia, alguns serviços técnicos

especializados são dispensados de registro pelo INPI (i.e. marketing, consultoria,

etc.)

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RE REGIME LEGAL E FISCAL DO BRASIL

Contratos que impliquem em Transferência de Tecnologia

(relacionados à propriedade industrial)

2) Franquia – Lei 8.955/94

o O franqueado deverá comprovar conhecimento da Circular de Oferta de Franquia:

documento produzido pelo franqueador, que conterá histórico resumido da empresa,

balanços e demonstrativos financeiros, perfil do “franqueado ideal”, e a situação,

perante o INPI, das marcas ou patentes envolvidas. Ela deverá ser entregue ao

franqueado até 10 dias antes da assinatura do contrato.

o Falta de entrega da Circular de Oferta de Franquia: franqueado poderá argüir a

anulabilidade do contrato e exigir devolução de todas as quantias que já houver

pago ao franqueador ou a terceiros por ele indicados, a título de taxa de filiação e

royalties, mais perdas e danos.

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3) Efeitos da averbação de contrato no INPI

A averbação/Registro é condição para:

• Produzir efeitos perante terceiros (i.e. legitimidade ativa);

• Legitimar os pagamentos decorrentes do contrato averbado para o exterior (pré-

requisito para registro no Banco Central do Brasil – BACEN);

• Dedutibilidade fiscal dos pagamentos.

4) Limites de Dedutibilidade

• 5% das vendas líquidas;

• 1% royalties de marca;

• Empresas relacionadas: limite de dedutibilidade fiscal torna-se também limite máximo

de remessa ao exterior.

5) Licença de Direitos

Outros contratos de licença relacionados à Propriedade Intelectual: isentos de registro

no INPI (ex: software, direitos autorais, cultivar)

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RESOLUÇÃO

DE

CONFLITOS

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Contencioso 1) Juizados especiais:

• Justiça Trabalhista

• Primeira Instância (Fórum)

•Tribunais Regionais do Trabalho – TRT

•Tribunal Superior do Trabalho – TST

• Justiça Militar

• Primeira Instância (Fórum)

•Tribunais de Justiça Militar - TJM

• Superior Tribunal Militar - STM

• Justiça Eleitoral

• Tribunais Regionais Eleitorais - TRE

• Tribunal Superior Eleitoral - TSE

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Contencioso 1) Juizados Comuns

• Justiça Cível

• Primeira Instância (Fórum)

•Tribunais de Justiça – TJ/ Tribunais Regionais Federais - TRF

• Superior Tribunal de Justiça – STJ

• Justiça Criminal

• Primeira Instância (Fórum)

•Tribunais de Justiça – TJ

• Superior Tribunal de Justiça – STJ

• 3ª instância: constitucionalidade/ foro privilegiado

•Supremo Tribunal Federal – STF

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Métodos Adequados de Resolução de Conflitos:

•Arbitragem;

•Mediação;

•Outros (i.e. nomes de domínio [SACI/ Registro.br], marcas [CEDPI/

INPI], CONAR, Dispute Board [metrô SP])

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Arbitragem

•Lei de Arbitragem – Lei nº 9.307/96 (conforme lei modelo da UNCITRAL)

•Brasil aderiu à Convenção de Nova Yorque de 1958 em 23/07/2002 por meio do

Decreto 4.311/02

Arbitragem declarada constitucional pelo STF em 2002 (STF, Agravo Regimental contra

Sentença Estrangeira nº 5.206-7)

Arbitragem Institucional:

•Câmara de Comércio Brasil-Canadá – CCBC - www.ccbc.org.br (Centro de Arbitragem e Mediação CCBC - http://www.ccbc.org.br/default.asp?categoria=2&id=35)

•Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP - www.fiesp.com.br (Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem Ciesp/Fiesp - http://www.fiesp.com.br/sobre-a-fiesp/camara-de-arbitragem/)

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Mediação

Não existe, ainda, marco regulatório no Brasil.

Mediação Institucional:

•Instituto de Mediação e Arbitragem do Brasil – IMAB: www.imab-br.net

• Câmara de Comércio Brasil-Canadá – CCBC: www.ccbc.org.br (Centro de Arbitragem e Mediação CCBC - http://www.ccbc.org.br/default.asp?categoria=2&id=35)

•Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP - www.fiesp.com.br (Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem Ciesp/Fiesp - http://www.fiesp.com.br/sobre-a-fiesp/camara-de-

arbitragem/)

• Centro de Mediação do INPI – Projeto Piloto Marcas - http://www.inpi.gov.br

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Novo Regime Jurídico da Segurança e

Saúde no Trabalho

Lisboa, 28 e 29 de Junho de 2010

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