lisa kleypas - jogadores 3 - escute o seu coração

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8/12/2019 Lisa Kleypas - JOGADORES 3 - Escute o seu coração http://slidepdf.com/reader/full/lisa-kleypas-jogadores-3-escute-o-seu-coracao 1/31 Escute o seu Coração Lisa Kleypas Livro 03 da Série Jogadores  Lydia Craven é uma jovem independente, ue sa!e ue não "aver possi!ilidades de se casar por amor, e por isso decide se casar com um "omem !om, por uem sente um certo carin"o e juntos compartil"am uma grande a#inidade pela matem$tica, ci%ncia ue Lydia ama de verdade& Ela sa!e ue encontrar um amor como aos do seus pais é imposs'vel, e por isso decidiu agir com a ca!eça e não com o coração& Ja(e Linley passou anos apai)onado por Lydia Craven, e acredita ue ela não suporta a sua presença, pois sempre ue se encontram aca!am por discutirem torridamente& *ara in#elicidade de Ja(e, Lydia aceita a proposta de casamento de Lord +ray& esanimado e in#eli-, pensa ter perdido Lydia para sempre e ue jamais poder$ ser sua& .as o destino planejou outro #inal para essa "ist/ria&&& 'tulo original1 2gainst t"e dds 'tulo em espan"ol1 Escuc"a a tu Cora-/n Casal principal1 Lydia Craven 4 Jake Linley 5%nero1 6ist/rico Série1 Livro 03 da Série Jogadores Série Gamblers (Lisa Kleypas) 7&"en Came 8ou 97::3; 9 Traduzido e revisado ARE – Quando você cheou; <& reaming o# 8ou 97::=; 9Traduzido e revisado ARE – !onhando com você; 3&2gainst t"e dds 9<003;2ntologia >+"ere?s my "eroe @A  Traduzido e revisado ARE – Escu"e o seu cora#$o;

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Escute o seu CoraçãoLisa Kleypas

Livro 03 da Série Jogadores

 

Lydia Craven é uma jovem independente, ue sa!e ue não "aver possi!ilidades de secasar por amor, e por isso decide se casar com um "omem !om, por uem sente um certocarin"o e juntos compartil"am uma grande a#inidade pela matem$tica, ci%ncia ue Lydiaama de verdade& Ela sa!e ue encontrar um amor como aos do seus pais é imposs'vel, e porisso decidiu agir com a ca!eça e não com o coração&

Ja(e Linley passou anos apai)onado por Lydia Craven, e acredita ue ela não suportaa sua presença, pois sempre ue se encontram aca!am por discutirem torridamente& *arain#elicidade de Ja(e, Lydia aceita a proposta de casamento de Lord +ray& esanimado ein#eli-, pensa ter perdido Lydia para sempre e ue jamais poder$ ser sua&

.as o destino planejou outro #inal para essa "ist/ria&&&

'tulo original1 2gainst t"e dds'tulo em espan"ol1 Escuc"a a tu Cora-/n

Casal principal1 Lydia Craven 4 Jake Linley5%nero1 6ist/rico

Série1 Livro 03 da Série Jogadores

Série Gamblers (Lisa Kleypas)

7&"en Came 8ou 97::3; 9Traduzido e revisado ARE – Quando você cheou;<& reaming o# 8ou 97::=; 9Traduzido e revisado ARE – !onhando com você;

3&2gainst t"e dds 9<003;2ntologia >+"ere?s my "eroe @A ( Traduzido e revisado ARE – Escu"e o seu

cora#$o;

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  Lisa Kleypas *BL5

Se algum "omem sa!ia agDentar !em a !e!ida, esse era Ja(e Linley& eus sa!ia ue tin"amuita pr$tica nisso e era uma !oa ualidade, por certo, de outro modo estaria cam!aleando!%!ado nesse momento& Fn#eli-mente, não importava o uanto !e!esse esta tarde, não ia acalmar aamarga consci%ncia do ue nunca poderia ter&

Ja(e estava cansado, e ardente, seu irGnico ressentimento parecia aumentar com cadamomento ue passava no lu)uoso e a!arrotado salão de !aile& SeparandoHse de um grupo deamigos, peram!ulou por uma galeria ue !eirava o salão, ol"ando ao céu ue estava escuro etranDilo além de uma #ileira de !ril"antes janelas& Io #inal da galeria, Bo!ert, Lorde +ray, estavarodeado por uma sorridente multidão de amigos e pessoas ue o #elicitava, todos eles dando ospara!éns pelo compromisso ue tin"a sido anunciado #a-ia uma "ora&

Ja(e sempre gostou de +ray, um tipo !astante agrad$vel cuja com!inação de intelig%ncia

e ino#ensivo engen"o o #a-ia !emHvindo em ualuer compan"ia& Entretanto, neste particularmomento, um sentimento de despre-o se retorcia dentro do estGmago de Ja(e uando ol"ava o"omem& Fnvejava +ray, uem não c"egava a compreender o alcance de sua !oa #ortuna tendogan"ado a mão de Lydia Craven& i-iaHse j$ ue o enlace !ene#iciava mais sen"orita Craven ue+ray, ue a posição social dele progrediria enormemente uando sua #ortuna se unisse a um t'tulorespeit$vel& Ja(e sa!ia mais& Lydia era o verdadeiro pr%mio, a pesar da origem vulgar de sua#am'lia&

Lydia não era uma !ele-a convencional& in"a os ca!elos negros de seu pai sua !oca, eseu uei)o ue era muito #irme para uma mul"er& Sua #igura era magra e de seios peuenos,#icando no taman"o padrão ue se considerava tão desej$vel& .as "avia algo irresist'vel nela,

possivelmente a encantadora distração ue #a-ia com ue um "omem uisesse cuidar dela, ou o#ascinante toue de provocação ue pulsava so! sua triste #ac"ada& E é /!vio estavam seus ol"osol"os de um verde e)/tico ue pareciam tão doce e in#antil rosto&

Suspirando #orçadamente, Ja(e a!andonou a calorosa galeria, saindo para a #ria noite deprimavera& ar era mido e#értil, impregnado com a #ragrMncia de rosas de Jeric/ ue #loresciamnos uintais dos jardins do andar térreo& longo, pavimentado atal"o se estendia ao longo de umasérie de estreitos leitos retangulares c"eios de gerMnios e uma densa !ruma de !rancos !otNes deprata& Ja(e passeou sem rumo ao longo atal"o, uase até o #inal, onde serpenteava !randamentepara um conjunto de degraus de pedra ue desciam aos jardins&

eteveHse de repente ao ver uma mul"er sentada em um !anco& Seu per#il estava

inclinado j$ ue se inclinava so!re algo ue sustentava em seu colo&Sendo um veterano nas noites e !ailes de Londres, a primeira "ip/tese de Ja(e #oi ue a

mul"er estivesse provavelmente esperando para encontrarHse com seu amante por algunsmomentos rou!ados& Entretanto, e)perimentou uma instantMnea sensação de recon"ecimentovendo a escura seda de seu ca!elo e as #irmes lin"as de seu per#il&

OLydiaP, pensou, #i)ando os ol"os nela avidamente& OEm nome de eus, o ue estava#a-endo aui #ora so-in"a, pouco depois de ue seu compromisso #ora anunciado@P

Em!ora não tivesse #eito som algum, Lydia levantou a ca!eça e o contemplou com uma#alta de entusiasmo&

 Qoutor Linley&

2pro)imandoHse, Ja(e viu ue o o!jeto so!re seu colo era algumas anotaçNes, as uaistin"am ra!iscado com uma parte do l$pis ue!rado& Euação matem$tica supGs& 2 o!sessão deLydia Craven por atividades tão masculinas como as matem$tica ou ci%ncias tin"a sido o!jeto de#alat/rios durante anos& Em!ora alguns amigos !emHintencionados tivessem aconsel"ado aosCraven desanimarem de tão convencionais interesses, eles tin"am #eito justo ao contr$rio,orgul"andoHse da $gil intelig%ncia de sua #il"a&

Colocando os o!jetos apressadamente dentro de sua !olsa, Lydia l"e dirigiu um ol"ara!orrecido&

 Q Ião deveria estar l$ dentro com seu prometido@ Qperguntou Ja(e em um tomligeiramente -om!ador&

 QRueria #icar so-in"a&SentouHse ainda mais erguida, as som!ras jogando !randamente so!re as elegantes lin"as

de seu corpo e a moldada seda !ranca de seu sutiã& espaço entre suas su!limes so!rancel"asnegras e a malH"umorada postura de sua !oca era tão contr$ria imagem de uma triste #utura noiva

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  Lisa Kleypas ue Ja(e não pGde conter um repentino sorriso -om!ador&

 Q +ray não sa!e ue est$ aui #ora, verdade@ QIinguém sa!e, e agradeceria ue seguisse sendo assim& Se tivesse a !ondade de

partir QIão antes de o#erecer min"as #elicitaçNes& Qapro)imouHse dela lentamente, os

!atimentos de seu coração aceleraram a um ritmo #orte e velo-, como sempre sua apro)imidadel"e e)citava, acelerando o sangue e enviando #renéticas mensagens a seus nervos& Qem #eito,Sen"orita Craven, pescou um conde, e um rico além disso& Supon"o ue não "$ maior %)ito ueesse para uma moça em sua posição&

Lydia o ol"ou& QSomente voc% pode #a-er com ue uma #elicitação soe o#ensiva, Linley& Q asseguro, min"a #elicitação é sincera& TQJa(e ol"ou o espaço va-io no !anco ao

lado dela& Q *osso@ Q*erguntouHl"e, e se sentou antes ue ela recusasse&2m!os se estudaram atentamente, seus ol"ares apan"ados em um desa#io&

 Qesteve !e!endo& Qisse Lydia, captando o aroma de !randy em seu #Glego& QSim& QSua vo- se engrossou levemente& Qestive !rindando por voc% e seu noivo&Bepetidamente&

 Q2precio seu entusiasmo por meu compromisso& Qisse Lydia docemente, detendoHseoportunamente antes de acrescentar1 Q u é entusiasmo pelo !randy de meu pai@

Ja(e riu !ruscamente& QSeu compromisso com o +ray, é o!vio& Becon#orta meu c'nico coração ser testemun"a

da ardente devoção ue se dispensam um ao outro&Sua !rincadeira #e- com ue o rosto dela avermel"asse com a irritação& Lydia e o conde

não eram precisamente os mais e#usivos dos casais& Ião tin"a ol"ares 'ntimos, nem um roçar

aparentemente acidental de seus dedos, nada ue indicasse nem seuer uma consci%ncia #'sicaentre eles& QLorde +ray e eu nos gostamos e nos respeitamos mutuamente& Qisse Lydia

de#ensiva& QU uma e)celente !ase para um matrimGnio& Q E a pai)ão@Lydia se deu de om!ros e tratou de soar so#isticada1

 QCon#orme di-em, isso é somente e#%mero&Ja(e torceu a !oca com impaci%ncia&

 Q Como pode sa!er@ Iunca sentiu um momento de verdadeira pai)ão em sua vida& Q *or ue di- isso@

 Q*or ue sim, se não teria envolvido em um matrimGnio ue contém todo o calor dasso!ras da noite passada&

 QSua caracteri-ação de min"a relação com Lorde +ray é completamente errGnea& Ele eeu nos desejamos muito um ao outro, se voc% uer sa!er&

 QIão sa!e do ue est$ #alando& Q 6, sei simV .as me nego a divulgar detal"es de min"a vida particular simplesmente

para provar ue est$ euivocado&l"ando #i)amente Lydia, Ja(e sentiu ue seu corpo era invadido por um veemente

desejo& *arecia imposs'vel ue #osse ser desperdiçada com um "omem tão #rio como +ray&ei)ou ue seu ol"ar descesse so!re sua !oca, os suaves, e)pressivos l$!ios ue o tin"am tentado

e atormentado durante anos& E estendeu as mãos para #ec"$Hlas em torno de seus !raços, sua carneera c$lida e suave so! a capa de seda& Ião pGde evitar, tin"a ue toc$Hla& Seus dedos se moveramem um lento e ascendente desli-amento, sa!oreando seu tato&

 Q*ermitiu ue a !eijasse, supon"o& E o ue mais@Lydia aspirou pro#undamente, seus om!ros suaves e tensos em suas mãos&

 QComo se #osse responder uma pergunta como essa& Qisse ela vacilante& Q *rovavelmente não #oi muito além dos !eijos& 6$ uma determinada e)pressão em uma mul"er ue#oi despertada pai)ão& E voc% não a tem&

Ios uatro anos de sua relação, Ja(e raramente a "avia tocado& Somente em ocasiNes deo!rigada cortesia, tais como l"e ajudar a cru-ar uma -ona acidentada do terreno, ou uando tin"amtrocado de par durante um !aile campestre& Fnclusive durante esses super#iciais momentos, suareação com ela tin"a sido imposs'vel de ignorar&

Com o ol"ar perdido em seus escurecidos ol"os verdes, Ja(e disse a si mesmo ue elapertencia a outro "omem& E se amaldiçoou por desej$Hla, entretanto seu corpo se endureceu de

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  Lisa Kleypas desejo e todo pensamento racional começou a dissolverHse em umredemoin"o de calor& En#rentouHse uma vida de noites sem ela, de !eijos ue nuncacompartil"ariam, de palavras ue nunca poderiam ser mencionadas&

al como estavam s coisas, os pr/)imos e escassos momentos não importariam aninguém e)ceto a ele& .erecia ter ao menos isso dela, tin"a pago por isso com anos de saudade&

Sua vo- #icou rouca e vacilante ao #alar1 Q*ossivelmente deveria l"e #a-er um #avor, Lydia& Se voc% se casar com um "omem

como +ray, deveria ao menos sa!er com o ue se parece o desejo& Q ue@ Q pergunto #rancamente, ol"andoHo perple)a&Ja(e sa!ia ue era um engano& Fnclinou sua ca!eça e tocou os l$!ios dela com os seus,

roçandoHos !randamente, seu corpo tremendo pelo es#orço de ser delicado& 2 !oca dela era tenra edoce, sua pele sutilmente suave uando ele estendeu as pontas de seus dedos passando em seuuei)o& *erce!endo seu sa!or ligeiro e esuivo, procurou mais, intensi#icando a pressão de sua!oca& 2s mãos de Lydia se agitaram contra seu peito ele sentiu sua indecisão, sua surpresa

diante da cortesia de seu a!raço& 2garrando seus !raços cuidadosamente, Ja(e as arrastou ao redorde seu pescoço& Sua l'ngua procurando as uentes e sedosas pro#undidades de sua !oca, a levepenetração !rindando um in#inito pra-er& Rueria satis#a-%Hla de todas as maneiras poss'veis,a#undarHse nela até encontrar o pra-er ue tin"a desejado durante tanto tempo&

2 inde#esa resposta de Lydia destruiu o ue restava de seu autocontrole& Ela se apoioucom #orça contra seu peito, uma de suas magras mãos desli-andoHse so! sua jaueta para encontraro calor corporal ue estava entre as capas de suas roupas& Seu contato e)citou Ja(e além dosuport$vel, além da prud%ncia, e se deu conta com incredulidade de ue não #aria #alta muito maisue isso para e)plorar& Seu corpo estava tenso e duro por inteiro, suas veias vi!ravam de desejo& es#orço de o!rigarHse a dei)$Hla ir provocou um gemido e trincou os dentes& 2#astou sua !oca da

dela, respirando violentamente enuanto lutava por seu autodom'nio& Sarcasticamente admitiu,com toda sua e)peri%ncia, nunca "avia sentido tão aniuilado por um simples !eijo e de umavirgem, além disso&

LevantandoHse com di#iculdade, Lydia arrumou seu vestido, enuanto o ar noturno a #a-iaestremecerHse& epois de um longo momento, ela #alou com o rosto a#astado&

 QFsso #oi !astante instrutivo, Linley& Qconseguiu di-er entrecortadamente& Q.as deagora em diante, não necessitarei mais de liçNes ue ven"am de voc%&

E o a!andonou com passos precipitados, como se pudesse evitar tornarHse a correr&

Cap'tulo 76avia duas #ormas de escol"er um marido1 com a ca!eça ou com o coração& Sendo uma

 jovem sensata, Lydia Craven escol"eria naturalmente o primeiro& ual não ueria di-er ue nãoimportasse seu #uturo marido& Ia realidade, gostava muito de Bo!ert, Lorde +ray, o ual era !ome a#$vel, com um encanto tranDilo ue nunca #icava nervoso& Era !onito de uma maneiraacess'vel, seus traços re#inados proporcionavam um par de inteligentes ol"os a-uis e um sorrisoue era empregado em certo modo com diplomacia&

Ião "avia duvida na mente de Lydia de ue +ray nunca se oporia a seu tra!al"o& e#ato, compartil"ava com seu interesse pela matem$tica e a ci%ncia& E se dava !em com sua #am'liasua pouco convencional e unida #am'lia, ue tin"a sido a!ençoada com uma enorme riue-a, mas

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  Lisa Kleypas ue possu'a

uma med'ocre lin"agem& Fam muito a #avor de +ray para ue pudesse passar por cimatão #acilmente a ascend%ncia despre-'vel de Lydia,era como ela pensava ironicamente, um poss'veldote de cem mil li!ras poderia ser um sa!oroso condimento incluso para o mais ple!eu dos pratos&

esde ue Lydia completou de-oito anos, e dois anos antes, tin"a sido perseguida poruma legião de caçadores de #ortunas& Entretanto, tin"a "erdado sua pr/pria e consider$vel "erança,+ray não tin"a necessidade do din"eiro de Lydia outro ponto a seu #avor&

odos aprovavam a união, inclusive o super protetor pai de Lydia& 2 nica o!jeção tin"avindo de sua mãe, Sara, ue tin"a parecido vagamente pertur!ada por sua determinação de casarHse com +ray&

 Q conde parece ser um "omem !om e "onor$velQ "avia dito Sara enuanto ela eLydia camin"avam pelos jardins da propriedade Craven em 6ere#ords"ire& QE se ele #or o nicono ual puseste seu coração, diria ue tem #eito uma !oa escol"a

 Q .as H tin"a insistido Lydia&

Sara #icou ol"ando pensativamente a a!undante e #értil plantação de dourados !otNes deouro e l'rios amarelos ue co!riam o cuidadoso passeio& in"a sido um dia uente de primavera, op$lido céu a-ul realçado com peuenas nuvens&

 Q2s virtudes de Lorde +ray são indiscut'veis Q"avia dito SaraQ Entretanto, não é aclasse de "omem com uem imaginava ue te casaria&

 Q.as Lorde +ray e eu somos muito parecidos Qtin"a protestado LydiaQ *aracomeçar, ele é o nico "omem ue con"eço ue gosta de ler meu artigo so!re geometriamultidimensional&

 QU o!vio, ele deve ser admirado por isso& Q"avia dito Sara, seus ol"os a-uis !ril"andocom uma repentina e irGnica diversão& Em!ora Sara #osse uma mul"er inteligente por direito

pr/prio, ela tin"a admitido livremente ue os avançados racioc'nios matem$ticos de sua #il"aestavam #ora de seu pr/prio entendimento& QEntretanto, eu esperava ue algum dia encontrasseum "omem ue pudesse euili!rar sua nature-a com um pouco mais de calor e irrever%ncia do ueLorde +ray parecia possuir& U uma garota tão séria, min"a uerida Lydia&

 QIão sou tão séria& Qtin"a protestado&Sara tin"a sorrido&

 QRuando era peuena, tentei em vão ue #i-esse desen"os de $rvores e #lores, e em trocavoc% insistia em desen"ar lin"as para demonstrar a di#erença entre os Mngulos o!tusos e osortogonais& Ruando !rinc$vamos com !locos e começava a construir casas e cidades com eles,voc% me mostrava como construir uma pirMmide diedra&

 QEst$ !em, de acordo& Qtin"a resmungado Lydia com um relutante sorrisoQ .as issos/ serve para demonstrar porue Lorde +ray é per#eito para mim& Ele adora as m$uinas, a #'sicae a matem$tica& e #ato, estamos pensando em escrever junto um artigo so!re a possi!ilidade deue os ve'culos #uncionem com propulsão atmos#érica& Sem necessidade de cavalosV

 QWascinante Ttin"a remarcado Sara vagamente, a#astando Lydia do atal"o pavimentado ecamin"ando para um prado de #lores silvestres ue se estendia além de um arvoredo #rut'#ero&

Sara tin"a levantado a saia altura do torno-elo e camin"ava entre o espessotapete de violetas e narc'seo !rancos, o sol !ril"ava so!re seu ca!elo castan"o, parecendo

muito jovem para ser uma mul"er de uarenta e cinco anos& *arou para recol"er um ramo devioletas e inalar seu #orte per#ume& Seus especulativos ol"os a-uis tin"am ol"ado para Lydia so!re

o !ril"ante pun"ado de #lores& QEntre todas essas conversas so!re m$uinas e matem$tica, !eijouHte Lorde +ray

alguma ve-@Lydia riu diante da pergunta&

 QIão tin"a ue perguntar a sua #il"a coisas como essa& Qem, #e-@Ia realidade, +ray tin"a !eijado Lydia em v$rias ocasiNes, e Lydia tin"a ac"ado

agrad$vel& U o!vio, ela tin"a levado uma vida e)tremamente protegida, e não tin"a !ases paracomparar, e)ceto

e repente a imagem de Ja(e Linley tin"a aparecido em sua mente, com seu ca!eloescuro inclinandoHse so!re o seu o doce #ogo de seu !eijo, o pra-er de suas mãos so!re seucorpo e Lydia tin"a a#astado esse pensamento imediatamente, igual tin"a #eito mil"ares deve-es antes& 2uela noite tin"a sido uma anomalia ue ela #aria !em em esuecer& Linley tin"asomente !rincado com ela, o !eijo não tin"a sido nada mais ue uma travessura alimentada por um

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  Lisa Kleypas copo com !randy de mais& Ião "avia tornado a ver Linley durante os tr%smeses ue tin"am transcorrido o !eijo, e uando eles se encontrassem de novo, ela simularia teresuecido todo o epis/dio&

 QSim, Qtin"a admitido a sua mãeQ o conde me !eijou, e #oi muito agrad$vel& Q.e alegro em ouvir& QSara tin"a dei)ado ue as violetas se derramassem de seus

dedos em uma vi!rante duc"a de pétalas voando& in"a es#regado as pontas de seus dedosper#umados atr$s de suas orel"as e lançou um ligeiro ol"ar travesso para Lydia& QIão desejariaue seu matrimGnio #osse principalmente de nature-a cere!ral& *ode encontrar muitos pra-eres nos!raços de um marido, se #or o "omem correto&

Lydia logo sa!ia como replicar& e repente "avia sentido o calor agrupandoHse no topo desuas !oc"ec"as e na ponta de suas orel"as& Em!ora Sara #osse discreta so!re tais assuntos, tin"asido sempre /!vio ue os pais de Lydia eram um casal apai)onado& 6avia ve-es ue seu pai #a-iaum coment$rio indireto no ca#é da man"ã ue #a-ia com ue Sara cuspisse so!re seu c"$, ve-esnas uais a porta de seu uarto permanecia ine)plicavelmente #ec"ada durante a metade do dia e

tam!ém trocavam ol"ares privados nos uais seu pai enviava para sua mãe, de uma maneiratravessa e tenra ao mesmo tempo& Lydia tin"a ue admitir ue +ray nunca a ol"ava desse modo&Entretanto, pouca gente e)perimentava a classe de amor ue seus pais compartil"avam&

 Q.amãe, sei o ue desejas QLydia "avia dito com um suspiro compungidoQ uer uetodos seus #il"os encontrem o amor verdadeiro, como o ue t%m papai e voc%& .as aspro!a!ilidades de ue isso me ocorra são apro)imadamente uma entre uatrocentos mil&

.uito acostumada ao "$!ito de sua #il"a de tradu-ir tudo a nmeros, Sara tin"a sorrido& QComo decidiste isso@ QComecei com o nmero de "omens eleg'veis na Fnglaterra, e estimeiuantos deles podiam ser apropriados para mim em termos de idade, sade, e assim

sucessivamente& epois calculei o nmero de resultados poss'veis de encontrar a cada um deles,o!servando uma amostra aleat/ria dos matrimGnios ue con"ecemos& 2o menos a metade delestin"am cansado com a indi#erença, um terço tin"am sido separados pela morte ou o adultério, e oresto estavam satis#eitos, mas não eram o ue alguém poderia c"amar almas g%meas& e acordocom meus c$lculos, a possi!ilidade de encontrar o amor verdadeiro comparado com o nmero totalde resultados poss'veis no processo da caça de marido é de um entre uatrocentos mil& E com unsprogn/sticos como esses, #arei mel"or me casando com alguém como Lorde +ray, ue esperar poruma sorte ue possivelmente não ocorra nunca&

 Q.eu deus, QSara tin"a e)clamado, claramente esmagadaQ Lydia, não posso acreditarue min"a #il"a ten"a c"egado a ser tão c'nica&

Lydia tin"a sorrido -om!adoramente& QIão sou c'nica, mamãe& S/ realista& E "erdei de papai& QFsso ue temia, QSara "avia dito, elevando !revemente seu ol"ar ao céu, como uma

splica a alguma idéia desatentaQCarin"o, Lorde +ray j$ disse alguma ve- ue te ama@ QIão, mas isso vir$ com o tempo& Q6ummm&Qsua mãe "avia dito, ol"andoHa cuidadosamente& QE se não #or assim QLydia "avia dito alegrementeQ terei todo o tempo ue uero para

meus estudos matem$ticos&Xendo ue Sara parecia a#ligida por sua irrever%ncia, Lydia a tin"a a!raçado

impulsivamente&

 Q.amãe, não se preocupe& Qisse contra o ca!elo per#umado de sua mãe QSereimuito, muito #eli- com Lorde +ray& *rometoHl"e isso&

Sara se inundou em uma enorme !an"eira de porcelana, esperando ue a $gua #umegantea ajudasse a aliviar a tensão de seus om!ros e costas& ladril"ado uarto de !an"o estavailuminado por um nico a!ajur, a suave c"ama !ril"ando #racamente através do glo!o de vidro&Suspirando, apoiou sua ca!eça so!re a !eirada de mogno da !an"eira enuanto considerava o ue#a-er com Lydia& Seus outros #il"os, Iic"olas, 2s", 6arry e aisy estavam sempre se metendo emcon#usNes e utili-ando seus encantos para sair dos pro!lemas& Lydia, por outra parte, erarespons$vel, intelectual e serena, e possu'a uma mente para os nmeros ue rivali-ava com a deseu pai&

esde sua apresentação na sociedade dois anos antes, Lydia tin"a mantido seuspretendentes com uma distante simpatia ue tin"a levado a muitos jovens decepcionados uea#irmavam ue era #eita de gelo& ual estava longe da verdade& Lydia era uma garota c$lida ecarin"osa, com uma reserva de pro#unda pai)ão ue estava esperando ser despertada pelo "omem

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  Lisa Kleypas correto&

esgraçadamente, Lorde +ray não era esse "omem& Fnclusive depois de seis meses denoivado, ele e Lydia não mostravam "averem se apai)onado& *ara Sara, sua amistosa relaçãoparecia mais a de um irmão e irmã ue a de dois noivos& .as se Lydia estava satis#eita com oacerto, e ela certamente parecia estar, era justo o#erecer alguma o!jeção@ Ruando era jovem, Saratin"a tido a li!erdade de encontrar seu pr/prio marido, e sua escol"a tin"a sido poucoconvencional no ponto de vista de ualuer pessoa& Lydia certamente merecia a mesmaoportunidade&

Becordando os dias de seu noivado com o ere( Craven, Sara se desli-ou um pouco maisa!ai)o dentro da $gua, enuanto os dedos de seus pés empurravam ociosamente a espuma de umlado a outro da !an"eira& Iauela época ere( tin"a sido o propriet$rio do clu!e de jogo maisnot/rio da Fnglaterra, #a-endo uma #ortuna e)plorando a avare-a de seus clientes aristocr$ticos&Ruando Sara o tin"a con"ecido, ere( era j$ um personagem legend$rio, um !astardo semdin"eiro ue #inalmente se converteu no "omem mais rico de Londres& Iinguém, e menos ainda o

pr/prio ere(, teria a#irmado ue ele era um partido poss'vel para uma jovem tão ing%nua comoSara& E então eles se atra'ram irresistivelmente, muito desesperados para tomar ualuer outradecisão&

Fsso era o ue a incomodava em Lydia e Lorde +ray, compreendeu Sara& odos tin"amosa sensação de ue sua relação sempre se manteria em um n'vel morno e seguro& U o!vio, Sara eraconsciente de ue na classe alta, as !odas por amor se consideravam ordin$rias e provincianas&Entretanto, ela procedia do campo, tin"a sido criada so! a tenra direção de dois pais ue seamaram pro#undamente& Ruando era jovem gostaria de ter encontrado isso para si mesmo, e comomãe, certamente, não ueria menos para seus #il"os&

Sara estava tão a!sorta em seus pensamentos ue não ouviu o som de alguém entrando no

uarto de !an"o& e repente se so!ressaltou pela visão de um colete desli-andoHse pela cadeira demadeira seguido imediatamente por uma escura gravata de seda& Ruando ela começava a sentarHse, um par de musculosos !raçou se desli-ou a seu redor por tr$s& Lentamente ele empurrou suascostas contra a c$lida parede de porcelana da !an"eira&

 QSenti sua #alta, anjo&Qsussurrou ele&Sorrindo, Sara se rela)ou apoiandoHse contra ele e !rincou com sua arregaçada camisa&

ere( tin"a estado #ora, em Londres, durante tr%s dias, negociando um trato entre sua compan"iade telégra#os e a #errovia Sout" +estern para colocar novas lin"as telegr$#icas ao longo das viasde trem& Em!ora ela se mantivesse ocupada em sua aus%ncia, os dias Qe as noitesQ l"e tin"amparecido realmente muito longos&

 QC"egou tardeQ disse ela, sua vo- a#etadaQ Esperava ue voltasse para o jantar&*erdesteHte um delicioso esturjão&

 Qerei ue jantar voc%, então&Suas largas mãos se inundaram so! a $gua&BendaHse, Sara virou seu rosto para ele, e sua !oca #oi instantaneamente capturada em um

!eijo a!rasador ue alterou sua respiração e levou seu coração a pulsar com um novo e urgenteritmo& Seus dedos apertaram seus duros e planos om!ros até ue o tecido de sua camisa estevesalpicado com $gua& Ruando seus l$!ios se separaram, um ligeiro e peueno suspiro saiu de suagarganta, e levantou as pestanas para ol"ar nos magn'#icos ol"os verdes de ere(& in"a vividocom ele durante mais de vinte anos, e esse vi!rante e auda- ol"ar nunca #al"ava em #a-er com ue

seus sentidos saltassem e)citados de pra-er& ere( em!alou seu rosto, seu polegar alisando asgotas de $gua salpicadas ao longo de sua !oc"ec"a !ril"ante& Era um "omem alto e moreno, comuma cicatri- na testa ue dava uma agrad$vel dure-a a seu atrativo rosto& 2parentemente o passardos anos tin"a tido poucas mudanças nele, e)ceto uns #ios !rancos no ca!elo de suas t%mporas& Ecomo sempre, possu'a um dia!/lico encanto ue com #reD%ncia #a-ia com ue as pessoas

esuecessem a nature-a depredadora ue se escondia so! sua elegante #ac"ada& ol"ar alerta d ere( se moveu so!re seu rosto&

 Q Rual é o pro!lema@ Qperguntou, atento a cada e)pressão& QIada, serio& U s/ ue QSara se calou e em!alou sua !oc"ec"a no uente oco de sua

mãoQ&Walei com Lydia enuanto esteve #ora& Woi primeira em admitir ue não esta apai)onadapor Lorde +ray e est$ decidida a casarHse com ele de todas as #ormas&

 Q por u%@ QLydia decidiu ue provavelmente nunca encontre uma alma g%mea, portanto deveria

escol"er um marido apoiandoHse em #atores pr$ticos& 2#irma ue as pro!a!ilidades de encontrar o

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  Lisa Kleypas amor verdadeiro são insigni#icantes&

 Q*rovavelmente ten"a ra-ão nisso& Qcomentou ere(&SeparandoHse dele, Sara #ran-iu o cen"o&

 QRuer di-er ue não espera ue nossos #il"os sejam tão #eli-es em seus matrimGnioscomo n/s somos@

 QIão desejo nada menos, para cada um deles& .as não, não espero necessariamente uetodos encontrem o amor verdadeiro&

 QIão espera@ QYm "omem ou uma mul"er podem passar uma vida procurando uma alma g%mea e

nunca encontrar uma& Em min"a opinião, Lydia é s$!ia ao escol"er uma mercadoria de primeiracomo +ray, em lugar de esperar até ue os mel"ores candidatos ten"am desaparecido& Estareicondenado se meu neto #or gerado por algum caçador de #ortunas de terceira&

 Q6, .eu eus, Q e)clamou Sara com uma risada a#ogada& QEntre Lydia e voc%, nãosei ual dos dois é mais ca!eça dura& ue tem a ver com a esperança, o romance, e a magia@

2lgumas coisas não podem ser e)plicadas pela ci%ncia, nem medidas em c$lculos matem$ticos& Q EstirandoHse so!re a !orda da !an"eira, !rincou com o ca!elo escuro ue revelava a gola a!erta desua camisa& QEu esperei por meu amor verdadeiro, e ol"e o ue consegui&

esli-ando a mão atr$s de seu pescoço, ere( atraiu seu rosto mais perto da dele& QConseguiu vinte anos de matrimGnio com um implac$vel descarado ue não pode

a#astar suas mãos de voc%&2 respiração dela se entrecortou com uma gargal"ada&

 Qaprendi a viver com isso&2 !oca de ere( se desli-ou com suavidade atr$s de sua orel"a, enuanto seus dedos

percorriam seus om!ros midos&

 Q.e diga ue uer ue #aça com Lydia& Ql"e disse ele contra sua pele&Sara negou com a ca!eça e suspirou& QIão "$ nada a #a-er& Lydia tomou sua decisão, e di#icilmente se pode mudar sua

escol"a& 2gora supon"o ue devo dei)ar tudo nas mãos do destino&Ela notou ue ere( sorria contra seu pescoço&

 QIão "$ nada de mau em l"e dar um empurrão ao destino na direção correta& Se aoportunidade se apresentar&

 Q6mmm&Considerando v$rias possi!ilidades, Sara agarrou o sa!ão e o #e- rodar entre suas mãos&ere( #icou de pé e desa!otoou a camisa& ei)ou ue sua roupa ca'sse ao c"ão, revelando

um magro e pro#undo msculo e um peludo peito& Seu uente ol"ar se desli-ou pela #iguraimprecisa de seu corpo na $gua&

 Qaca!ou seu !an"o@ QIãoSara sorriu provocadoramente, desli-ando o sa!ão em sua mão so!re sua perna&2s mãos dele se moveram para a!rir suas calças&

 QEntão é mel"or ue te prepare para rece!er compan"ia, Qdisse, e o tom de sua vo- #e-com ue Sara se estremecesse de antecipação&

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  Lisa Kleypas 

Cap'tulo <Em dois dias, Lydia se converteria em Lady +ray& 2 longa semana de cele!raçNes tin"a

começado na propriedade de Craven, com noturnas, danças de etiueta e espl%ndidos jantares& Iodomingo, as cele!raçNes concluiriam com uma cerimGnia na capela #amiliar& s convidadostin"am c"egado de todas as partes da Fnglaterra e o Continente, até ue cada casa particular,pensão e !oteuim em 6ere#ords"ire estivessem c"eia& s vinte salNes de convidados da maiorcasa de Craven estavam ocupadas e os serventes dos convidados andavam acima e a!ai)o comoa!el"as em uma colméia&

*ara Lydia parecia ue ultimamente cada pergunta dirigida a ela ia en#ocada ao tema deseus nervos, com a e)pectativa geral de ue toda jovem e correta dama deve so#rer de ataues de

agitação nupcial&Fn#eli-mente, Lydia se sentia !astante tranDila, declaração ue pareceu pertur!ar a todo

auele ue a escutou& *erce!endo ue essa calma poderia repercutir negativamente so!re Lorde+ray, Lydia tentou estimular alguma pontada de ansiedade, algum tremor ou contração nervosa,tudo inutilmente&

pro!lema era ue casarHse com Lorde +ray era tão sensato ue ela não via nen"umara-ão para estar nervosa por nada& Ião estava preocupada com a noite de !odas, j$ ue sua mãetin"a e)plicado essas coisas de tal #orma ue l"e tin"a tirado ualuer rastro de temeroso mistério&E se +ray demonstrasse ser tão aceit$vel amante como tin"a sido !eijando, Lydia esperavades#rutar !astante da e)peri%ncia&

2 nica coisa ue constitu'a um pro!lema para Lydia era todo auele in#ernalentretenimento& Iormalmente ela estava acostumada a dias de tranDilidade nos uais ela podiapensar e #a-er c$lculos, uanto tempo como ela desejasse&

2gora, depois de apro)imadamente cento e vinte "oras de intermin$veis #estividades,!rinde, conversas, risadas e !ailes, para Lydia tin"a sido su#iciente& Sua mente estava com idéiasue nada tin"a $ ver com o romance e o matrimGnio& Rueria terminar com as !odas e ser livre paratra!al"ar em seu novo projeto&

 QLydiaQ c"amou +ray entre risadas, enuanto a interrompia em seu #urtivo intento deescrever algumas anotaçNes durante a grande noite de se)taH#eira&

 Q ra!al"ando em suas #/rmulas, verdade@Com ar de culpa, Lydia tirou uma parte do papel e o l$pis na peuena !olsa de seda ue

pendia de seu !raço&Elevou os ol"os para +ray, cuja alta sil"ueta ponderava so!re ela&Como sempre, sua apar%ncia era imaculada& Seu liso e negro ca!elo !ril"ava so! uma #ina

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  Lisa Kleypas capa de seu traje de noite ue se adaptava a ele com precisão e o n/ desua gravata de seda negra estava per#eitamente atado&

 QSinto muito Qdisse ela com um envergon"ado sorrisoQ mas milorde, tive uma idéiadas mais interessantes so!re a m$uina de an$lise de pro!a!ilidade&&&

 QFsto é uma #esta Qdisse ele com um !rincal"ão movimento de seus dedosQ Xoc%,como supNe, deveria dançar, me)ericar, ou estar junto mesa de re#rescos& Ião v% todas essas

 jovens damas des#rutar com isso@ Fsso é o ue deveria estar #a-endo&Lydia deu um malH"umorado suspiro&

 QEstive #a-endo isso durante as ltimas duas "oras, e me #altam menos de uatro "oraspara ue a #esta termine& .antive a mesma conversa com de- pessoas distintas, e estou #arta de#alar do tempo e do estado de meus nervos&

+ray sorriu& QSe vai ser condessa, ue v$ acostumando com isso& Como casal de recém casados,

relacionaremos !astante com a sociedade uando começar a temporada&

 Q.aravil"oso Qdisse ela e ele soltou um sorriso su#ocadoQX%em dar uma voltacomigo&*endurandoHse em seu !raço, Lydia acompan"ou +ray para dar um passeio pelos

distintos salNes de entretenimento& *or onde passavam eram rece!idos com sorrisos de aprovação e#rases de #elicitação& Lydia sa!ia ue #ormavam um casal atrativo, am!os magros e com ca!eloescuro& Era /!vio ue +ray era um "omem de eruditas inuietaçNes, de !om car$ter, aristocr$ticase !elas cuidadas mãos& Ião "avia nada ue l"e gostasse mais ue uma longa e intrigada conversa arespeito de uma e)tensa variedade de temas& Ele era um convidado solicitado para o jantar deualuer #esta, j$ ue entretin"a mesa com uma per#eita mistura de intelig%ncia e cultura& Seuscon"ecimentos acad%micos eram vistos com aprovação geral, j$ ue um caval"eiro podia seguir

tais inuietaçNes, sempre uando não tra!al"asse e não pretendesse gan"ar din"eiro com isso&ei)aram de #alar com um grupo de amigos e Lydia sorriu com pesar uando viu ue+ray ia em!arcar se em uma longa conversa& Ysando seu leue como tela, #icou nas pontas dospés e sussurrou1

 Q.ilorde&&& Xamos escapulir juntos e encontrar algum lugar privado@ 2 estu#a ou aoroseiral&

 Qe#initivamente não& Seu pai poderia #icar sa!endo& QIão tem medo, verdade@Q perguntou com um incrédulo sorriso& QEle me aterrori-a Qadmitiu +ray&Q e #ato, de todos os pontos ue Linley me deu

uando me aconsel"ou $ não te propor matrimGnio, esse #oi o mais di#'cil de contestar&

 Q ue@Q Lydia o ol"ou com a !oca a!erta pelo assom!ro& Q Rual outor Linley, o pai ou o #il"o@ Q #il"o Qdisse ele com uma careta&Q.aldição, não ueria ue me escapasse isto&

*ossivelmente seria tão am$vel de passar por cima deste ltimo coment$rio&&& Q*ode estar seguro ue nãoV QEla #ran-iu o cen"o diante da revelaçãoQRuando te

aconsel"ou Linley ue não me propulsesse matrimGnio e uais#oram seus motivos@ Esse asno intoler$vel, eu gostaria de l"e di-er&&&

 QLydia, se acalme Q aconsel"ou +ray !randamenteQ 2lguém pode te escutar& Ião #oinada, s/ mantivemos um peueno !ateHpapo antes ue me apro)imasse de seu pai para pedir suamão& .encionei a Linley ue ia declarar me e ele me deu sua opinião so!re o assunto&

 QYma opinião negativa dedu-o& QLydia lutava por controlar seu car$ter, mas sentiauma onda de calor ue percorria seu rosto e pescoçoQRuais #oram suas o!jeçNes@

 QIão me recordo&2 c"ateação uase a as#i)iou&

 QSim o recorda& 2", dei)a de ser um caval"eiro por uma ve- e me diga isso&+ray sacudiu a ca!eça e respondeu #irmemente1

 QIão deveria ter sido tão descuidado com min"as palavras& Ião importam uais ten"amsido as o!jeçNes de Linley ou as de ualuer outro& ecidi tomar voc% como esposa e isso é tudo&

 Qecidiu@ T repetiu Lydia com um rosto cGmico&+ray a tomou pelo cotovelo&

 Qvamos unir nos com os outros Qdisse eleQ teremos tempo para conversa privadasuando estivermos casados&

 Q.as milorde&&&Ele a condu-iu para um grupo de amigos, e todos começaram a conversar rela)adamente&

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  Lisa Kleypas Lydia encontrou imposs'vel manter sua atenção na conversa& Em sil%ncio,ardia e tentava esuecer, sua ira ue se incrementava por momentos& Fnclusive antes disto, Lydiaconsiderava Ja(e Linley o "omem mais irritante ue con"ecia& Como tin"a se atrevido a tentardissuadir o conde para ue não se casasse com elaV 2ssom!ravaHl"e ue tivesse #alado com +ray,não ca!ia dvida ue ele tin"a #eito com ue parecesse ue casarHse com ela #osse um mauneg/cio na realidade&

Linley não tin"a #eito outra coisa mais ue -om!arHse e incomodar Lydia desde ue elesse con"eceram uatro anos antes, uando ela torceu o torno-elo enuanto jogava t%nis so!re agrama& in"a sido durante uma cele!ração de #im de semana na propriedade de um amigo, o ualtin"a convidado s #am'lias mais importantes de 6ere#ords"ire& epois ue Lydia torceu otorno-elo durante uma enérgica jogada de !ola, seu irmão mais novo Iic"olas a tin"a ajudado acamin"ar com di#iculdade para a som!ra de uma #rondosa $rvore&

 Q2credito ue os Linley estavam aui Q "avia dito Iic"olas, dei)andoHa com cuidadoso!re uma toal"a ue estava so!re a erva, junto com os restos de um picnic ue "aviam des#rutado

anteriormenteQ SenteHse aui enuanto vou c"amar o médico&Q ancião r& Linley era um"omem am$vel e de con#iança, ue tin"a ajudado a tra-er para o mundo s duas ltimas #il"as deCraven&

 QSe apresse Q "avia dito Lydia, es!oçando um a#ligido sorriso -om!ador uando viuapro)imarHse de tr%s impacientes jovensQ Estou a ponto de ser sitiada&

Iic"olas tin"a sorrido a!ertamente, parecendo der repente igual a seu pai& QSe algum deles tenta e)aminar seu torno-elo #ica enjoada e ameaça com seus vGmitos

por toda parte&Ruando seu irmão desapareceu correndo colina acima para principal casa,Lydia realmente se encontrou so! o assédio de seus entusiasmados pretendentes&

6avia sentido sem poder #a-er nada mais ue estar sentada ali, enuanto os jovens aatendiam, uns l"e servindo um copo de $gua, outro l"e pondo um pano mido so!re a testa, outromantendo seu !raço atr$s de suas costas, se por acaso so#resse um desvanecimento&

 QEstou per#eitamente !em&Qtin"a protestado ela, su#ocada por tantos cuidadosQ& S/ #oiuma torção no torno-elo não, sen"or& 5il!ert, não é necess$rio ue a e)amine, por #avor, todosvoc%s&&&

e repente, os tr%s ardentes jovens se so!ressaltaram por uma enérgica vo- masculina& QXãoHse, todos voc%s& Eu e)aminarei sen"orita Craven&2 contra gosto eles se viraram e partiram& recémHc"egado se ajoel"ou junto a ela&*or um momento, ela na realidade tin"a esuecido a dor palpitante de seu torno-elo,

enuanto ol"ava esses ol"os cin-a com escuras pestanas& Em!ora ele estivesse muito !em vestido,seu traje estava um pouco enrugado, sua gravata um pouco #rou)a e seu casaco mal colocado&*arecia ter uns de- anos mais ue ela, possuindo um vigor masculino ue ela tin"a encontradomuito atraente& Zs ve-es, os "omens muito !onitos pareciam um pouco va-io, possivelmente atéum pouco e#eminados por sua per#eição #'sica& .as este era todo masculino, com auda-es e #ortes#eiçNes, o ca!elo da cor do trigo, caindo até o pescoço&

in"aHl"e sorrido, seus !rancos dentes cintilaram contrastando com sua !ron-eada pele& QXoc% não é o outor Linley@Ql"e "avia dito ela& QSim, souQ tin"a estendido sua mão, ainda sorrindoQ& outor Ja(e Linley& .eu pai

me enviou em seu lugar, j$ ue neste momento se encontra des#rutando de um copo de porto e não

imagina a si mesmo camin"ando colina a!ai)o&s dedos de Lydia se perderam dentro de sua #orte mão, enuanto uma agrad$vel corrente

tin"a percorrido todo seu !raço&*or eusV Ela tin"a ouvido os #alat/rios so!re o gal"ardo #il"o mais vel"o do outor

Linley, mas nunca tin"a se encontrado com ele antes& QXoc% é o ue tem tão m$ reputação@ Q "avia dito ela&Li!erando sua mão, ele a ol"ou com ol"os rison"os&

 QEspero ue voc% não seja a classe de pessoa ue esgrime a reputação de um "omem& Q2!solutamente Q "avia dito elaQ s "omens de m$ reputação são geralmente mais

interessantes ue respeit$veis&Seu ol"ar se desli-ou so!re ela em uma r$pida, mas minuciosa o!servação, a!rangendo

desde seu ondulado ca!elo negro até os dedos de seus pés, ue apareciam entre a massa de !rancosvolantes de sua saia& 2 sua !oca se curvaram em um meio sorriso&

 QSeu irmão me "avia dito ue voc% mac"ucou uma perna& *osso dar uma ol"ada@

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  Lisa Kleypas e repente, Lydia secou sua !oca& Ião "avia sentido se

acovardada por nada em sua vida& Seu uei)o !ai)ou #a-endo um leve assentimento com a ca!eça,e tin"a #icado muito uieta enuanto Ja(e Linley agarrava a prega de sua saia

e a levantava v$rias polegadas para cima& Sua e)pressão se tornou séria, pro#issional, masde todas #ormas ela "avia sentido ue seu coração #a-ia um ensurdecedor ru'do em seu peito& Elatin"a dado uma ol"ada a sua ca!eça inclinada, enuanto a lu- do sol ue se #iltrava entre as #ol"asda $rvore #a-iam com ue seu ca!elo !ril"asse, #a-endo ue a tonalidade #osse de uma cor douradoescuro& Suas mãos grandes e gentis se moviam so!re sua perna&

 QS/ é uma peuena torção&Qdisse Q aconsel"o ue guarde repouso durante ospr/)imos dois dias&

 Qem& Qtin"a respondido ela sem #Glego&6a!ilmente en#ai)ou o torno-elo com um guardanapo de lin"o ue tin"a encontrado na

cesta de picnic& Q.in"a maleta est$ em casa Qmurmurou eleQ Se me permite lev$Hla até ali, en#ai)arei

seu torno-elo corretamente e aplicarei um pouco de gelo&&& E l"e darei algo para a dor, se uiser&Lydia tin"a respondido #a-endo um movimento a#irmativo com a ca!eça& QSinto ser um pro!lema& QEla o#egou uando ele a levantou com cuidado contra seu

peito& Seu corpo era duro e musculoso, seus om!ros ro!ustos so! suas mãos& QIão é nada& Qrespondeu alegremente ele, ajustando seus !raços ao redor dela& Q Besgatar don-elas #eridas é meu passatempo pre#erido&2té ue tivesse c"egado o desgosto de Lydia, auele primeiro encontro com Ja(e Linley

tin"a começado com uma teimosia descontrolada por parte dela, ue tin"a duradoapro)imadamente uatro "oras& Esse mesmo dia mais tarde ela tin"a escutado por acaso umaconversa entre ele e outro convidado desse #im de semana&

 QemGnios, Linley Qtin"a comentado com outro convidadoQ 2gora posso entenderporue se #e- médico& Xoc% conseguiu meterHse de!ai)o das saias de cada mul"er atrativa deLondres, inclu'da a #il"a de Craven&

 QS/ em sentido pro#issional Qtin"a sido a sardGnica resposta de Linley&QE l"easseguro ue não sinto a!solutamente nen"um interesse pela sen"orita Craven&

coment$rio tin"a #erido e morti#icado Lydia, matando suas ilusNes romMnticas de uma#orma desagradavelmente a!rupta& 2p/s, ter tratado Lydia com #rie-a Linley sempre seencontraram&

Com os anos, sua antipatia mtua #oi aumentando até o ponto ue não podiam estar juntos na mesma casa sem encetarHse em uma disputa, ue todos outros se apressavam a apa-iguar&

Lydia tin"a tentado ser indi#erente a ele, mas "avia algo nele ue a provocava até o mais pro#undode sua alma& Ruando estava com ele, encontravaHse di-endo coisas ue não pensava, e re#letindoso!re seus re!eldes encontros muito tempo depois ue eles se separassem& urante uma de suas!atal"as, Linley tin"a dado o en#urecedor apelido de [Lydia Logaritmos[, como a #am'lia e amigosde ve- em uando estavam acostumados a c"am$Hla&

E agora ele tin"a tentado #rustrar suas !odas com +ray&Werida e #uriosa, Lydia recordou uma ve- na noite em ue seu compromisso tin"a sido

anunciado&&& assom!roso momento em ue Linley a tin"a !eijado, e em sua pr/pria emorti#icante resposta& Se suas atitudes tin"am sido desen"adas para -om!arHse dela e con#undiHla,ele tin"a conseguido !ril"antemente&

Xoltando para o presente, Lydia decidiu ue não podia passar um momento mais de !ateHpapo in#rut'#ero& Entrou nas pontas dos pés e sussurrou a seu noivo1

 Q.ilorde, min"a ca!eça começou a doer, e uero encontrar um lugar tranDilo onde mesentar&

conde a ol"ou com preocupação& Q2compan"o voc%& QIão Qdisse ela depressaQ não "$ nen"uma necessidade disso& Encontrarei algum

lugar a#astado em alguma parte& *re#eriria ue #icasse com nossos amigos& Xoltarei logo, uandome sentir mel"or&

 Q.uito !em& QYma #a'sca de "umor !ril"ou nos ol"os a-uis de +rayQ& .eio suspeitoue min"a uerida Srta& [Lydia Logaritmos[ vai retirar se para dar voltas a alguma #/rmulamatem$tica&

 Q.ilorde& Qprotestou ela, #ran-indo o cen"o para ouvir o tão odiado apelido&Ele riu !randamente&

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  Lisa Kleypas  QSinto muito, carin"o& Ião deveria ter #eito essa !rincadeira& Est$

segura de ue não uer compan"ia@ QSim, completamente segura QLydia deu um sorriso, e o dei)ou com a promessa de

ue voltaria logo&Sair do a!arrotado salão de !aile #oi tudo o ue Lydia pGde #a-er para conterHse para não

sair correndo& ar estava espesso pelo aroma de #lores, per#ume, suor e vin"o, e os ouvidos-um!iam pelo ensurdecedor som dos !ateHpapos& Se ela pudesse tão somente retirarHse tranDilidade de seu uarto&&& .as não "avia nen"uma #orma de c"egar ali sem atravessar umamultidão de pessoas ue insistiriam em det%Hla com suas entristecedoras conversas& Xendo suamãe, ue estava com uns amigos perto das portas ue condu-iam aos jardins, Lydia se dirigiu paraonde estava ela&

 Q.amãe QdisseHQ aui est$ c"eio e min"a ca!eça d/i& Fmporta se desaparecer umpouuin"o@

Sara a ol"ou com preocupação, e desli-ou seu !raço enluvado ao redor de sua cintura&

 Q*arece triste& Envio um dos criados para te tra-er algo para a dor de ca!eça@ QIão, o!rigado QLydia sorriu uando sua mãe tirou a luva e pressionou sua #resca esuave mão contra seu rosto&Q Estou !em, mamãe& S/ estou&&& 2",j$ sei, cansada, supon"o&

Sara a o!servou com ol"ar perspica-, sentindo a #rustração de Lydia& Qocorreu algo, carin"o@ QIão realmente, mas&&& QLydia pu)ou sua mãe para a#ast$Hla do grupo e l"e sussurrou

 Q Lorde +ray aca!a de di-er ue Ja(e Linley o aconsel"ou ue não se casasse comigo& *odeconce!er tal arrogMncia@ Eu gostaria de golpe$Hlo com a primeira coisa ue encontrasse esseintoler$vel, mesuin"o, descarado, ego'sta&&&

 Q Rue motivos teria o r& Linley para pGr o!jeçNes a este matrimGnio@

 QIão sei QLydia soltou um sonoro suspiroQ Sem dvida Linley pensa ue sou poucacoisa para +ray, ue pode conseguir alguém mel"or ue eu& Q6mmm, isso não parece pr/prio dele& QSara acariciou as costas deLydia&Q Bespira #undo, uerida& Sim, isso est$ mel"or& 2gora, não "$ nen"uma ra-ão

para ue a opinião de Linley te altere, j$ ue não parece ter tido nen"um e#eito so!re o desejo de+ray casarHse com voc%&

 Qem, pois realmente me alterou Qresmungou LydiaQ e #ato, ten"o vontades deromper algo, como pGde Linley #a-er algo como isto@ Qjunto com seu desgosto, ela perce!eu umanota de decepção em sua pr/pria vo- QIunca entendi porue me tem tanta aversão&

 QIão acredito ue isso seja o caso a!solutamente& Qrespondeu Sara, dando um

consolador apertãoQ& e #ato, acredito ue a ra-ão da oposição de Linley a seu casamento& l"e,estive #alando com sua mãe outro dia uando nos encontramos ao vir da c"apelaria, e ela me disseue ele&&&

Sara soltou Lydia uando viu um novo grupo de convidados ue entrava no salão de!aile&

 Q2", os Bai#ord c"egaram Qe)clamou SaraQ Sua #il"a Iicole teve seu segundo #il"o#a- s/ uin-e dias, e devo perguntar por ela& Walaremos mais tarde, uerida&

 Q.as, mamãe, tem ue me di-er&&& Qcomeçou Lydia, mas sua mãe se dirigia ondeestavam seus amigos&

2 noite começava a piorar&

ue, em nome de eus, "avia dito a mãe de Linley dele@ C"eia de #rustração, Lydia sedirigiu para a porta ue condu-iam aos jardin e saiu para #ora sem vacilar, para dirigirHse a umlugar onde sa!ia ue poderia estar so-in"a, a adega de vin"os da mansão&

2té ue terminou sua in#Mncia, a adega tin"a sido seu lugar de retiro #avorito& Ela e seusirmãos menores tin"am estado sempre #ascinados por esse grande recinto clandestinamente comtr%s cMmaras, c"eias de centenas de prateleiras com garra#as verdes e am!arinas com etiuetasestrangeiras& 2 adega era re#utada como uma das mais #inas da Fnglaterra, a!astecida com umae)travagante variedade de estran"os e caros c"ampan"as, !randys, portos, )ere-, orgo\a,claretes&&&

Em um salão mais a#astado, um !anco, um arm$rio, e uma peuena mesa serviam comolugar onde colocavam rol"as nas garra#as e provavam seu contedo& Lydia recordava incont$veis!rincadeiras nos uais ela e o resto dos Craven tin"a !rincado de serem piratas, espiNes, ou noesconderijo nos som!rios cantos da adega& Em alguma ocasião, ela tin"a sentado nauela mesapara resolver algum pro!lema matem$tico, agradecendo o sil%ncio e o aroma de madeira vel"a,

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2

  Lisa Kleypas especiarias e cera&

2!rindo uma pesada porta de madeira, dirigiuHse para !ai)o so!re o c"ão de pedra& sa!ajures estavam acesos, j$ ue o mordomo #a-ia cont'nuas viagens adega para pegar as !e!idaspara os convidados& epois do !arul"o ue "avia acima, a !endita tranDilidade da adega era umal'vio indescrit'vel&

Lydia suspirou pro#undamente e começou a rela)arHse& Com um sorriso pesaroso,começou a massagear sua dolorida nuca& *ossivelmente #inalmente começava a e)perimentar osnervos npciais, depois de tanta preocupação durante tantos dias por não os ter&

Yma serena vo- interrompeu a tranDilidade do porão& Q Sen"orita Craven@Levantado a vista com so!ressalto, Lydia contemplou o "omem ue menos desejava ver&

 QLinley Qdisse ela com gravidade, dei)ando cair sua mão para um ladoQ ue #a-voc% aui@

Cap'tulo 3

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  Lisa Kleypas 

Iessa atmos#era mo#ada e densamente som!reada, o !ron-eado dr Ja(e Linley era aindamais not$vel ue "a!itualmente& e algum modo, não parecia apropriado ue ele estivesse em umporão, nem seuer para uma eventual visita a adega& Fnclusive sendo seu advers$rio, Lydia teveue recon"ecer ue era um dos "omens mais atrativos ue ela tin"a con"ecido& Linley não eramuito mais vel"o ue +ray, mas era imensamente mais e)periente& Seu mundanismo era muitomais evidente devido ao modo em ue tentava ocultar, com irreverente ligeire-a& Xendo o irGnico!ril"o de seu sorriso, e a graça e desenvoltura de seus movimentos, as pessoas podiam cair#acilmente presas em seu endia!rado encanto& .as seus ol"os o tra'am& 2s pro#undidades de seusol"os cin-a estavam c"eios do cansaço de um "omem ue tin"a visto e e)perimentado muitascoisas, e não tin"a encontrado a #orma de escapar da dolorosa realidade ue sua pro#issão oo!rigava a contemplar&

 QSeu pai me deu permissão para dar uma ol"ada aui em!ai)o& Qdisse ele& Fsto não eranada incomum&

Lydia estava acostumada ao interesse ue despertava entre os convidados a renomadacoleção de vin"os de seu pai& Entretanto, era de m$ sorte ue Linley se encontrasse e)aminando olugar justo uando ela tivesse ido ali em !usca de um pouco de tranDilidade&

 Q voc% j$ viu su#iciente@ Qperguntou Lydia, não sem estremecerHse diante de suapr/pria grosseria& Sua mãe tin"a criado todos os Craven com inue!r$veis princ'pios de cortesia&.as a presença de Ja(e Linley era mais do ue ela podia suportar&Q*or ue eu gostaria de estarso-in"a&

Sua ca!eça se inclinou ligeiramente uando ele a contemplou com ol"ar #i)o& Q voc% se encontra passando mau@ Qperguntou ele& QSe #or assim&&&Lydia o interrompeu com um desden"oso som&

 Q*or #avor, não se incomode em mostrar preocupação por mim& Con"eçoHl"e !em&Ja(e Linley se apro)imou dela devagar, apro)imandoHse do #oco da #raca lu- do a!ajur&Rue injusto era ue um "omem #osse tão pér#ido e de uma ve- tão !onito& Xestia um austero e#ormal traje !ranco e negro, com uma gravata de seda cin-a ue #avorecia seus transparecidosol"os& 2s roupas per#eitamente #eitas !ril"avam elegantes so!re seu magro e #orte corpo, mas,como sempre, ele parecia um pouco desalin"ado, como se tivesse espremendo e atirando comirritação a vestimenta ue o limitava& s sutis sinais de desordem pediam a gritos ue uma mul"erarrumasse sua gravata e endireitasse seu colete, os gestos 'ntimos ue uma esposa #aria a seumarido&

 Q por ue pensa voc% ue min"a preocupação por voc% é #ingida@ Qperguntou ele&

ressentimento, e outra emoção inclusos mais dolorosos e inidenti#ic$veis, #e- com ueLydia sentisse um n/ no estGmago&

 Q*orue voc% tentou convencer Lorde +ray de ue eu não era !oa para ele, e assimimpedir ue ele me pedisse em casamento&

Seus ol"os se entrecerraram& Q Fsso é o ue ele te disse@ QIão com essas palavras e)atamente& .as voc% o aconsel"ou ue não se casasse

comigo, e isso nunca o perdoarei&Linley suspirou com #orça e ol"ou #i)amente o antigo c"ão de pedra& *arecia estar

considerando algum comple)o pro!lema sem solução, parecido ao modo em ue Lydia o tin"a

#eito a primeira ve- ue compreendeu ue um nmero negativo não podia ter uma rai- uadradanegativa&

 Qem ra-ão Qdisse ele sem emoçãoQ 2consel"ei +ray ue não se casasse com voc%& Q por u%@ Q ue importa isso agora@ +ray não ouviu meu consel"o, voc% aceitou seu pedido, e o

assunto estar$ conclu'do em apro)imadamente trinta e oito "oras& Q Contando s "oras ue #altam, não@Com esse tiro indireto, Linley na realidade deu um passo para tr$s& Seus ol"os cintilaram

com cautela, como se ela tivesse golpeado um segredo vital& Qei)arei voc% em seu isolamento, Srta& Craven& .in"as desculpas por interromper sua

solidão&Ele se virou e começou a partir, enuanto Lydia o #ulminava com o ol"ar&

 Q desculpaHse por isso, mas não pelo ue disse a Lorde +ray@Ele se deteve um momento&

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  Lisa Kleypas  QE)ato& Qdisse ele sem ol"$H la, e prosseguiu seus passos&Lydia camin"ou com grandes passos para uma sala mais a#astada, e se sentou so!re uma

cadeira de madeira ue rangeu& ei)ou cair de repente sua !olsa de seda so!re a mesa, soltou um#rustrado suspiro e colocou sua ca!eça entre suas mãos& Yma noiva pr/)ima a casarHse não deveriasentirHse assim, con#usa, inuieta e -angada& everia sentirHse #eli-& Sua ca!eça deveria estar c"eiade son"os& Em todas as novelas ue tin"a lido, o dia das !odas de uma garota era a ocasião maismaravil"osa de sua vida& Se isso #osse certo, ela era uma ve- mais di#erente do resto, porue nãoesperava com ilusão& Ela sempre tin"a desejado ser como os outros&

Sempre tin"a tentado imitar suas amigas e tin"a #ingido interesse por !onecas e!rincadeiras do interior, uando na realidade tin"a pre#erido muito mais su!ir ns $rvores e !rincarde e)ército com seus irmãos&

.ais tarde, uando suas primas tin"am estado a!sortas com a moda, as intrigasromMnticas e outros entretenimentos pr/prios de garotas, ela tin"a entrado no #ascinante mundo damatem$tica e ci%ncia& Ião importou uanto a amou e protegeu sua #am'lia, eles não puderam

a#ast$Hla dos rumores e sussurros mal intencionados ue insinuavam ue não era #eminina, poucoconvencional,&&& *eculiar&2gora, tin"a encontrado um "omem ue era considerado por todos como um !om partido,

e ue inclusive compartil"ava suas a#eiçNes& Ruando se casasse com +ray, ela #inalmente seriaaceita& Seria parte da multidão, em ve- de distinguirHse dela& E isso seria um al'vio&

*or ue, então, não era #eli-@Lydia es#regou sua dolorida testa enuanto pensava com preocupação em sil%ncio&

*recisava #alar com alguém s$!io e pormenori-ado, ue a ajudasse a eliminar essas ine)plic$veispontadas de decepção e desejo ue Ja(e Linley tin"a despertado nela& Seu pai& Esse pensamento aacalmou imediatamente& Sim, ela se encontraria com seu pai mais tarde essa mesma noite& Sempre

era capa- de #alar com ele so!re ualuer tema, e seus consel"os, em!ora ditos com crueldade,eram sempre con#i$veis&SentindoHse ligeiramente mel"or, tirou um papel e um l$pis de sua !olsa e os colocou

so!re a mesa& Justo uando começava a escrever uma longa seD%ncia de nmeros so!re uma partedo papel j$ ra!iscado anteriormente, escutou o som de uns passos&

Wran-indo o cen"o, levantou a ca!eça e se encontrou com o severo rosto de Linley& Q por ue voc% ainda est$ aui@ QEst$ #ec"ado& Qdisse ele com vo- cortante& Q 2 porta e)terior@ .as isso é imposs'vel& Qom, estava sim& Lancei todo meu peso so!re ela e essa maldita porta nem se moveu&

 Q6$ outra porta na segunda sala, ue condu- despensa do mordomo& *ode sair por a'& QJ$ tentei& Est$ #ec"ada tam!ém&Wran-indo o cen"o, Lydia apoiou o uei)o em sua mão&

 Q Ruem ter$ #ec"ado a porta por #ora e por u%@ eve ter sido um engano& Iinguém temnen"um motivo para nos encerrar aui juntos&&& 2 não ser ue&&&

 Q 2 não ser o ue@ Q*oderia ter sido Eugenia King, Qdisse Lydia com c/lera&QRuis vingarHse de mim

desde ue #iuei com +ray uando ela tin"a #eito o laço para apan"$Hlo& 6, l"e encantaria ircontando por a' ue me vi comprometida com um li!ertino como voc% a s/ dois dias de min"as!odas Qoutro pensamento ocorreu de repente, e l"e lançou um cortante ol"ar&Qu possivelmente

voc% planejou isto& *oderia ser parte de seu plano para #rustrar min"as !odas com +ray& Q*or eus& Qdisse ele com irritaçãoQEu estava primeiro na adega, recorda@ Ião tin"a

nem idéia de ue voc% ia aparecer& E não me importa se voc% vai se casar com o conde ou não& Eus/ dei min"a opinião uando ele me pediu&

ei)ando cair o l$pis so!re a mesa, Lydia se virou na cadeira para con#ront$Hlo& Suaindignação era vis'vel uando respondeu&

 Q2o parecer voc% a deu com grande entusiasmo& Estou segura ue #icaste muito #eli-pela oportunidade de #a-er coment$rios depreciativos so!re mim&

 QIão #i- coment$rios depreciativos so!re voc%& S/ disse&&&& QLinley #ec"ou a !oca!ruscamente&

 Q ue@ Qdisse Lydia, apertando sua mão #ec"ada so!re a super#'cie da mesa&Ruando seu ol"ar se posou so!re ela, o sil%ncio se tornou tão espesso e 'ntimo, ue Lydia

mal podia respirar& *ela primeira ve-, eles tin"am li!erdade para #a-er ou di-er o ue uisessem, eisto #a-ia com ue a situação se voltasse potencialmente&&& E)plosiva&

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  Lisa Kleypas epois de uma longa pausa, Linley perguntou calmamente&

 Q Rue demGnios te importa o ue eu pense@SentindoHse apan"ada, Lydia se levantou e se a#astou dele, dirigindoHse s prateleiras

pr/)imas ue se estendiam do teto ao c"ão&Ela passou um dedo pela #ileira de cortiças seladas e inspecionou a manc"a cin-a de p/

ue se acumulou na ponta de seu dedo& QSupon"o ue não posso resistir em tentar resolver um enigma& Qdisse ela #inalmente&

 Q E nunca #ui capa- de entender ual é a #onte de disc/rdia entre voc% e eu& U /!vio para ualuerum ue não nos entendemos no princ'pio& U pelas origens de min"a #am'lia@

#ato de meu pai nascer de #orma ileg'tima e seus dias de salão de jogo&&& QIão, Qdisse Linley rapidamente H Iunca tive nada contra ele ou sua #am'lia& Ião sinto

nada mais ue admiração por seu pai e o modo em ue venceu por si mesmo& E min"as origens#amiliares não são muito mel"ores ue as suas& Como todo mundo sa!e os Linley t%m um poucode sangue a-ul& Qele sorriu antes de prosseguir& Q.as por mais ue estime seu pai, não "$

nen"uma dvida de ue tam!ém é manipulador e dominante, e ue não cede nada até conseguir oue uer& E, além disso, ac"a ue é tão rico como Crasso& Em outras palavras, Craven como sogroé um pesadelo& +ray est$ completamente intimidado por ele& Seu pai não duvidar$ em #a-erdançar seu marido ao som da msica ue ele toue&&& E nen"um matrimGnio pode tolerar essaclasse de inter#er%ncia&

 QIão dei)arei ue o intimide& Qdisse Lydia de#ensiva&Linley respondeu com um ar -om!ador& SentouHse mesa e um de seus pés começou a

!alançarHse ociosamente& QSeu marido necessitar$ de paci%ncia para en#rentar Craven sem seu amparo& E +ray

não as tem& Cedo ou tarde, ele se ressentir$ com voc% uase tanto como voc% se ressentira com ele&

Lydia teria ue di-er algo para poder contradi-er& QYm "omem pode mudar& QFnclusive tem um modo evidente de mudar essa situação& Q Rual@2 #raca lu- do a!ajur #a-ia com ue seu ca!elo !ril"asse como ouro antigo, e cintilasse

em sua suave e !ril"ante pele !ar!eada& QXoc%s não se amam&Lydia #oi incapa- de #alar& Seu pulso pulsava grosseiramente enuanto ele se apro)imava

dela& Ela não estava consciente de ue estava retrocedendo até ue sentiu a estante de vin"o contraseus om!ros e ouviu o estouro cont'nuo das garra#as&

2pro)imandoHse, Linley colocou seus !raços a cada lado dela, seus dedos se curvaram aoredor das !arras de metal ue sustentavam as garra#as& Ele estava de pé muito perto, seu corpopreponderava so!re ela& Lydia se alagou com sua #ragrMncia, o #resco aroma de sa!ão e o uente esalgado aroma masculino ue desprendia de sua pele& Ela inspirou pro#undamente, uma ve- eoutra, mas parecia ue seus pulmNes não podiam #uncionar !em& Era estran"o, mas até agora elanão tin"a reparado em uão alto era ele& Ela era um pouco mais alta ue a média, e ainda assim,ele preponderava so!re ela& Seus om!ros ocultavam a lu- do a!ajur&

Seus dedos apertaram ainda mais as !arras de metal& QXoc% deveria casarHse com um "omem capa- de vender sua alma s/ por passar uma

noite com voc%&

 Q Como sa!e ue +ray não sente isso por mim@ Qsussurrou ela& Q*or ue ele é assim, voc% não seria tão inocente agora& Qo ru!or co!riu as !oc"ec"as e

o nari- de Lydia&QSe voc% #osse min"a, eu nunca teria esperado todos estes meses sem&&&& Q deteveHse e engoliu a saliva com di#iculdade, seu #Glego golpeava as !oc"ec"as dela com ligeiras ec$lidas rajadas& Enuanto se apro)imava, mas a ela, uase podia sentir o calor animal ue seucorpo desprendia&

Seus pensamentos se dispersaram uando compreendeu ue ia !eij$Hla& Sentiu o calor desuas mãos na parte de tr$s de sua ca!eça, sustentandoHa, em!alandoHa& Sua ca!eça desceu para asua, até ue ela #ec"ou os ol"os& Sentiu um toue aveludado em um lado de sua !oca&&& utro nosens'vel centro de seu l$!io in#erior& Sua !oca se apoderou da dela, pouco a pouco, até ue acapturou em uma completa e mida posse&

e repente, Lydia se sentiu em!riagada, como no ltimo Iatal, uando ela !e!eu duasgrandes taças de ponc"e com rum e passou o resto da tarde em uma agrad$vel e pra-erosa ne!lina,com os joel"os tremulos&

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  Lisa Kleypas alançouHse enjoada e imediatamente #oi agarrada e

sustentada por ele contra a s/lida longitude de seu corpo& Ele a !eijou pro#undamente, mantendoos l$!ios dela separados para poder degust$Hla, com suaves e urgentes toues& pra-er asurpreendeu& Sua !oca estava a!erta #e!rilmente a dele, dando !oasHvindas s c$lidas insinuaçNesde sua l'ngua& Ele procedia lentamente, #a-endoHa retorcerHse contra ele& s dedos de Lydia sedesli-aram por seu espesso ca!elo, atirando sua ca!eça ainda mais so!re a dela, e um suave som!rotou pro#undamente da garganta de Linley&

ruscamente ele separou sua !oca da dela, respirando com di#iculdade& Q.aldição, não deveria ter #eito isto& Sinto muito& Qpassou seu polegar meigamente

so!re a #le)'vel parte do l$!io de Lydia, e a ol"ou com tal desejo ue a assom!rouQ Sinto muito& Qrepetiu ele&Q e dei)arei agora& Eu&&& Qseus !raços se a#rou)aram, mas parecia incapa- dea#astarHse delaQ eus, Lydia Qsussurrou com vo- rouca, e sua ca!eça !ai)ou de novo so!re ela&

Sua !oca tomou a sua compulsivamente, sa!oreando sua necessitada resposta& Lydiasentiu ue suas mãos se desli-avam para !ai)o, uma apertando mais #ortemente seus uadris

contra ele, outra se desli-ando so!re a redonda #orma de seu seio, levantandoHo ligeiramente& calor de seus dedos atravessou o grosso tecido de seu sutiã& Ele acariciou o topo de seu seio, ue#icou r'gido, com a ponta do polegar, movendoHo lentamente so!re ela, enuanto a !eijava uma eoutra ve-, com uma necessidade ue a assustou por sua intensidade&

Com um leve gemido, Lydia se separou dele, e de algum modo conseguiu #a-er opercurso até a mesa& ei)ouHse cair com #orça na cadeira, respirando !ruscas !a#oradas de ar,enuanto apertava as *almas de suas mãos midas contra a gasta super#'cie da mesa&

Ja(e permaneceu junto s prateleiras de vin"o, apoiando sua testa contra a prateleira&Winalmente se separou da prateleira e passou uma mão pelo ca!elo rudemente& Lydia viu o tremorde seus dedos e ouviu o estremecimento pro#undo de seu #Glego&

 Qen"o ue sair daui& Qdisse ele !ruscamenteQ Ião posso permanecer aui comvoc%&Lydia esperou até ue os !atimentos de seu coração se apa-iguassem, antes de tentar

#alar& QLinley&&& Ja(e&&& 2 ue classe de jogo est$ jogando@ QFsto não é um jogo Qseus p$lidos ol"os ol"avam diretamente aos seus& Qesejei desde a primeira ve- ue te vi& QXoc% não pode est$ certo& uvi voc% por acaso enuanto di-ia a alguém ue não sentia

nen"um interesse por mim& Q Ruando@

 Q dia ue nos con"ecemos, depois ue en#ai)ou meu torno-elo& QS/ tin"a de-esseis anos& Qrespondeu ele sardonicamente& QEu teria parecido um

vel"o e depravado li!ertino se tivesse admitido tal atração& Q2 noite de meu compromisso, uando me !eijou&&& We- porue se sentia atra'do por

mim@ Q Se não #osse por esse motivo, por ue teria #eito uma coisa assim@Suas !oc"ec"as se acenderam ao record$Hlo&

 Q*ensei ue simplesmente tratava de me envergon"ar& Q*ensou&&& Qcomeçou di-er Ja(e, com ol"ar assom!rado, mas se interrompeu de

repente& QXai casar dentro de dois dias& e ue serve discutir isto agora@

Lydia se sentia muito estran"a, desesperada e -angada, como se tivesse perdido algo uepara começar nunca tin"a tido& Como se tivesse sido enganada de alguma #orma&

 Qem ra-ão&Qdisse ela devagarQ Ião "$ nen"um motivo para discutir isto agora& Iada#ar$ mudar min"a decisão de me casar com Lorde +ray&

Ja(e permaneceu em sil%ncio, seus ol"os se escureceram e sua !oca pareceu levementemalH"umorada&

 Q+ray e eu somos compat'veis em tudo& Qdisse Lydia, sentindo a necessidade deacentuar este ponto&QEm primeiro lugar, é a nica pessoa ue con"eço ue tem lido meu artigopara o Jornal de Ci%ncia *r$tica&&&

 QEu o li Q interrompeu ele& Q Xoc% leu@Linley sorriu ligeiramente ao ver seu assom!ro&

 QS/ a primeira parte& Q E ue te pareceu@

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  Lisa Kleypas "averia sentido essa mesma atração&

 Q Io ue est$ pensando@ Qperguntou ele& Q*erguntoHme se na verdade é um li!ertino como a#irmam&Ele considerou a pergunta com cuidado&

 QIão sou um modelo de virtude& Qadmitiu ele& Qem reputação de sedutor de mul"eres& rosto de Ja(e era ine)press'vel, mas ela sentiu o descon#orto ue seu coment$rio tin"a

causado& *ermaneceu tanto tempo silencioso ue pensou ue não ia responder& Entretanto, ele #oio!rigado a en#rentar seu ol"ar, e #alou rigidamente&

 QIunca sedu-i ninguém& E nunca me deitei com alguém ue solicitou meus serviçospro#issionais& .as em alguma ocasião tomo o ue me o#erece&

#rio e escuro interior do porão os envolvia como em um casulo, isolandoHos do e)terioronde as garotas solteiras não discutiam temas indecentes, onde ela não teria a possi!ilidade de#alar com intimidade com o "omem ue a tin"a incomodado e #ascinado durante anos&

 Q por u%@ Qperguntou ela !randamente& Q*orue se sentia so-in"o@Ele negou com a ca!eça& QIão, não é solidão& .as !em é a necessidade de&&& istração& Q istração do ue@Ele poderia desviar #acilmente a uestão& Em troca, ol"ouHa #i)amente, com ol"os tristes&

 QSem #alsa modéstia, sou muito !om no ue #aço, mas em min"a pro#issão, encontrarmorte e dor é inevit$vel& Zs ve-es é o in#erno na terra, tentando ajudar a alguém com uma #eridamortal ou uma en#ermidade incur$vel, tendo um marido ao lado ue me pede ue salve sua esposa,ou a uma criança ue me pede ue não dei)e morrer sua mãe& WreDentemente, apesar de meusmel"ores es#orços, #racasso& ento encontrar as palavras corretas, o#erecer consolo, dar uma

e)plicação de por ue passam por essas coisas&&& .as não "$ palavras& Qseu rosto se inclinouparcialmente, mas ela viu o #raco ru!or ue coloria sua !oc"ec"a !ron-eada&QLem!ro do rosto decada paciente ue morreu so! meus cuidados& E nas noites ue não posso dei)ar de pensar neles,necessito algo&&& 2lguém&&& Rue me ajude a esuecer& 2o menos durante um momento Qdeu umaol"ada com cautelaQ Yltimamente isto não est$ #uncionando muito !em&

Lydia nunca tin"a imaginado ue ele #alaria com tão crua "onestidade& *arecia tão segurode si mesmo, tão invulner$vel&

 Q por ue segue então sendo doutor, se isso te produ- in#elicidade@ Qperguntou ela&2 garganta de Ja(e produ-iu um som entrecortado pela risada&

 Q*orue tem dias ue consigo #a-er as coisas irem !em e então ajudo a alguém a vivercontra todo progn/stico& Zs ve-es me c"amam para ue v$ ajudar a nascer um !e!%, e uando vejoessa nova vida em min"as mãos, me enc"o de esperança& Qele sacudiu a ca!eça e ol"ou #i)amentea parede, como se ol"asse através de uma grande distancia&Q Xejo milagres& e ve- em uando océu sorri s pessoas ue mais o necessita, e eles rece!em o mel"or presente de todos, uma segundaoportunidade para viver& E então agradeço a eus por ser médico e sei ue nunca poderei ser outracoisa&

Lydia o ol"ou como se tivesse rece!ido um golpe, enuanto seu coração pareceu contrairHse com uma doce dor& O6, nãoP& *ensou ela com um sentimento con#uso e de pMnico&

Em um momento, toda sua presunçosa auto complac%ncia sumiu& .uito temia ue se

apai)onasse por um "omem ao ual con"ecesse durante anos&&& Ym "omem tão #amiliar e de umave- tão descon"ecido&

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  Lisa Kleypas 

Cap'tulo = QJa(e Qdisse Lydia com nervosismoQ uero te pedir um #avor&Sua ca!eça dourada se ergueu&

 Q Sim@ Q.e conte o ue é pior em voc%& Seja sincero e admite seus piores de#eitos, #a- ue soe

o pior poss'vel&Ele soltou uma pro#unda gargal"ada&

 QFsso é !astante #$cil, mas não vou contar pra voc% meus de#eitos sem ouvir tam!ém osteus&

 Qe acordo& Qdisse ela com cautela&Ja(e tomou um gole de vin"o, seus ol"os se estreitaram ligeiramente enuanto a

o!servava por cima da !orda de sua taça& QXoc% primeiro&Sentada na !eira da cadeira, Lydia sustentou sua taça com as duas mãos e juntou com

#orça seus joel"os& Ela assentiu com a ca!eça com resolução& Q*ara começar, não sou muito soci$vel& Eu não gosto dos !ateHpapos su!stancial, sou

terr'vel #lertando e eu não gosto de dançar& Q Iem seuer com +ray@Lydia sacudiu a ca!eça com um torpe sorriso&

 Q*ossivelmente seja porue não tiveste um par adeuado& Qdisse Ja(e !randamente& ritmo da respiração de Lydia se alterou uando seus ol"ares se entrelaçaram

intimamente& Q *or ue não me convidaste para dançar@ Q*orue não con#io em mim mesmo para te tocar em p!lico&Lydia se ru!ori-ou intensamente, e tomou um !om gole de vin"o& Lutou para ue seu

pensamento voltasse para a conversa original& Q.ais #al"as&&& em, sou muito impaciente com as pessoas e odeio a inatividade, e sou

algo assim como uma s$!ia&&& Q IãoV Qmurmurou ele, #ingindo estar surpreso& Q 6, simV Qreplicou ela, sorrindo diante de sua !rincadeiraQSempre penso ue sei o

ue é mel"or& E odeio admitir ue me engano& .in"a #am'lia di- ue poderia discutir até com uma!ajur de pé&

 QEu gosto das mul"eres de temperamento #orte&

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  Lisa Kleypas  Q 2inda mais uando são o!stinadas e irracionais@ Qperguntou

ela com um tom depreciativo& QEspecialmente essas, se #orem tão !onitas como voc%& Qrespondeu ele, aca!ando seu

vin"o e dei)ando a taça de lado& elogio #e- com ue a percorresse uma grande onda de pra-er&

 Q Xoc% gosta de discutir@ Qperguntou ela sem #Glego& QIão, mas eu gosto das reconciliaçNes& Qseu ol"ar se desli-ou por seu corpo com um

apreciativo ol"arQU min"a ve-& J$ con"ecemos seu escandaloso passado& am!ém con#essareiuma completa #alta de am!ição& *re#iro manter min"a vida tão singela como é poss'vel&

en"o poucas necessidades, além de uma agrad$vel casa na ual ten"a, um !om cavalo ealguma viagem ocasional ao estrangeiro&

Lydia encontrou di#'cil de entender o ue ele ueria di-er& Ruão di#erente era de seuuerido pai, cujo apetite por triun#ar e conuistar dava amostras de ser ilimitado& 2 capacidade deser #eli- com o ue alguém possui, era um de#eito ou uma virtude@

 Q E se "erdasse uma #ortuna@ Qperguntou ela, lançando um cético ol"ar Q Bealmente o daria de presente@ QZ primeira o!ra de caridade ou "ospital ue encontrasse& Qrespondeu ele sem vacilar& Q 6V Q#ran-indo o cen"o, Sara #i)ou seu ol"ar em seus joel"os co!ertos por v$rias

capas de roupa&QSupon"o então ue casarHse com uma "erdeira seria inaceit$vel para voc%& QSim&Ela continuou #ran-indo o cen"o&

 Q2credito ue não seria um destino tão terr'vel casarHse por din"eiro& eria muitoscriados, coisas !onitas e uma grande mansão&&&

 QEu não desejo nada disso& 2ntes pre#eriria ue me pendurassem ue ser con"ecido em

toda Londres como um maldito caça #ortunas& Q E se não #osse verdade@ QIão importa se #or verdade ou não& U o ue todo mundo diria& QEntão dever'amos somar o orgul"o a sua lista de de#eitos& Qmurmurou Lydia,

dei)ando sua taça de lado& QSem dvida& Qrespondeu ele, desa#iandoHa com o ol"ar de protesto& Ruando ela

conseguiu conter sua l'ngua, ele sorriu levemente e continuou& Q E ao contr$rio de voc%, ten"o um grande a#eto aos pra-eres da inatividade& epois de

uma semana percorrendo Londres atendendo pacientes, eu gosto de vadiar durante "oras,conversando, !e!endo, #a-endo amor&&& Q#e- uma pausa antes de adicionar com #ranue-a& QEm

especial este ltimo& cére!ro de Lydia evocou de repente a n'tida imagem de seu !ron-eado corpo estendido

so!re imaculados lenç/is !rancos& *ensandoV Como seria #a-er o amor com ele durante "oras@ QIão me ca!e a menor duvida ue seja #$cil para voc% encontrar mul"eres com as

uais&&& Qela se interrompeu enuanto seu rosto se acendia de ru!or&Sua e)pressão se #e- impenetr$vel uando respondeu1

 Q*elo geral sim& Q estiveste apai)onado alguma ve-@ QYma ve-&Lydia sentiu a desagrad$vel ard%ncia do cime&

 Q isse a ela o ue sentia@Ele negou com a ca!eça&utra pergunta saiu de sua !oca, apesar de ue ela não ueria con"ecer a resposta&

 Q 2 amas ainda@CravandoHa em seu assento com um especulativo e #i)o ol"ar, ele assentiu com a ca!eça&e repente, Lydia se sentiu #ria e miser$vel, mesmo sa!endo ue não tin"a nen"um

direito de sentirHse assim& Ja(e Linley não era dela& Ião tin"a #eito nen"uma promessa oudeclaração de amor, s/ "avia dito ue a desejava&

E apesar de sua ine)peri%ncia, ela sa!ia ue o amor e o desejo podiam e)istir um sem ooutro&

 Q U alguém ue con"eço@ Qperguntou ela indecisa& Q Est$ casada com outro@Ja(e a ol"ou #i)amente em meio de um crescente sil%ncio, seu corpo estava visivelmente

tenso, a #orma em ue estava inclinado revelava uma energia contida ue #acilmente poderiaestourar&

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  Lisa Kleypas 6, a #orma em ue a ol"ava, o !ril"o ardente de seus ol"os em seu

som!rio rosto&&& *oderia jurar por sua vida ue ele sentia algo mais ue simples desejo por ela& Q2inda não& Qrespondeu com vo- rouca& coração de Lydia começou a pulsar com #orça, golpeando contra suas costelas com

espantosa viol%ncia& Q Ruem é ela, Ja(e@ Qconseguiu sussurrar&Ele lançou um suave gemido e #icou de pé, a!raçandoHa com impaci%ncia contra seu

corpo& Q Ruem voc% ac"a ue é@ Qdisse, l"e dando uma peuena sacudida& epois co!riu seus

l$!ios com os dele&Soltando as cadeias de seu autocontrole, !eijouHa com #ria, enuanto suas mãos

vagavam o!sessivamente so!re seu corpo, moldandoHa e apertandoHa com #orça contra ele& Q2doro cada !atal"adora e terr'vel polegada l/gica de voc%& Qdisse, arrastando sua

!oca por suas !oc"ec"as, seu uei)o e seu pescoçoQ& 2doro ue seja tão inteligente como o

mesmo demGnio, e não me importa ue todo mundo sai!a& 2mo seus ol"os verdes& 2mo a maneiraem ue te comporta com sua #am'lia& .in"a #ormosa Lydia&&& Q#oste um tolo& Qdisse ela su#ocadamente uando a#astou sua !oca da dele& Iunca se

"avia sentido tão e)citadaQ Esperaste para me di-er uando s/ #altam trinta e oito "oras paramin"as !odas&

 Qrinta e seis "oras e meia&e repente, a loucura da situação pareceu para Lydia e)tremamente divertida, e começou

a rir& QEu tam!ém te amo Q disse, superando o a!surdo da situação&Ja(e a !eijou então mais agressivamente, até ue sentiu arder todo seu corpo pela

necessidade&ocou um lado do rosto, onde seu incipiente p%lo raspou levemente sua mão& QIunca deu a entender ue sentisse algo mais por mim ue despre-o& QEu nunca te despre-ei& QSempre se e)altava comigo como um demGnio e sa!e&Ele teve o !om julgamento de mostrarHse arrependido&

 QS/ porue sa!ia ue não tin"a nen"uma possi!ilidade de te conseguir& Fsso me #a-iasentir um pouco irritante&

 Q FrritanteV &&& Qcomeçou a di-er Lydia com indignação, e ele capturou seus l$!ios umave- mais& 2 pai)ão se acendeu neles em uma r$pida e ardente e)plosão& #egando, ela se a!riu

totalmente a suas demandas, dei)andoHo e)plor$Hla vontade& Sua l'ngua !rincou com a dela,sa!oreando o sa!or do vin"o junto com o 'ntimo sa!or de sua !oca&

Ela sentiu o tremor ue o sacudiu e des#rutou da con#irmação de ue ele a desejava comdesespero&

erminando o !eijo !ruscamente, Ja(e a sustentou a#astada de tudo o ue l"e permitia alongitude de seus !raços, como se sua pro)imidade #'sica #osse um perigo mortal para ele&

Lydia #ec"ou suas mãos gentilmente ao redor de seus !raços& Q por ue estava tão convencido de ue era imposs'vel para n/s estarmos juntos@ Q Ião é /!vio@ Qisse ele tensoQ Como posso te pedir ue aceite uma vida ue para

voc% menos do ue sempre tiveste@ Como Lady +ray não te #altaria nada, e seus #il"os seriam

mem!ros da no!re-a& Ião pode recusar tudo isso para te converter na esposa de um médico&WreDentemente ten"o ue a!andonar min"a casa na metade da noite para ir atender alguém, edurante o dia o lugar est$ sempre c"eio de pacientes& U um caos& E, além disso, não sou rico, nemuero ser& ue ueria ue #i-esse, um sacri#'cio ue talve- mais adiante lamentasse@

 Qeria ue sacri#icar algo em am!os os casos&Qparticulari-ou Lydia&Qu me caso comum no!re ue não me ama, ou me caso com um médico ue di- me amar& Rual dos dois mecausaria mais pesar@

 Qantes desta noite, não tin"a nen"uma o!jeção em te casar sem amor& Qdisse ele com sarcasmoQ *or ue mudaste de opinião@

 Q Ião sa!ia o ue voc% sentiaV Iunca me tin"a dado esperanças& E se não podia estarcom voc%, pensei ue possivelmente estaria !em com Lorde +ray Qela es#regou os ol"os midoscom as *almas das mãos&Q Eu sempre me senti atra'da por voc%& *or ue ac"a ue est$vamossempre discutindo@

Ele torceu a !oca ironicamente&

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  Lisa Kleypas  Q*ensei ue tin"a um talento especial para #a-er voc% se -angar&Ela soltou uma entrecortada gargal"ada e agarrou uma parte de sua jaueta com am!as as

mãos& QRuero voc% Qdisse ela com urg%ncia&Q Ruero voc% de todas as #ormas poss'veis, para

sempre&Ele sacudiu a ca!eça, antes ue ela terminasse de #alar&

 Q*oderia mudar de opinião depois& Est$ segura de ue uer correr esse risco@Lydia não era covarde, mas tampouco era tola& Ela con"ecia muito !em os o!st$culos ue

e)istiam entre eles, e ue ser$ di#'cil para duas pessoas com um car$ter tão #orte a amoldarHse uma outra& .as ela era uma Craven, e os Craven eram implac$veis perseguindo o ue desejavam&

 QSou #il"a de um jogador& Q disse ela& QIão ten"o medo de correr riscos&Ja(e a ol"ou com um sorriso contido&

 Q E o ue a #e- escol"er com sensate-@ Q2lgumas decisNes são tão importantes ue devem ser tomadas com o coração&

omando a mão, !eijou as pontas dos dedos uma a uma& Q Ruando decidiste isso@ Qperguntou depois de !eijar seus dedos&Lydia sorriu a!ertamente uando sentiu ue sua resist%ncia sumiu&

 QWa- dois minutos& QIão deveria tomar decisNes estando so! a in#lu%ncia do desejo #'sico& Q advertiu !randamente&QCon#ia em mim, uando o cl'ma) tiver passado, ver$ as

coisas so! uma lu- completamente di#erente&Em!ora Lydia estivesse in#ormada so!re a pai)ão #'sica, essa palavra em particular era

descon"ecida& Q ue é o cl'ma)@

 Q Rue eus me ajude, uero mostrar isso& QEntão, #a-& Qdisse ela provocandoHo&Q.e .ostre o ue é um cl'ma), e uando tiver passado, veremos se meus sentimentos vão mais #rente do desejo #'sico&

 QEssa poderia ser a pior idéia ue ouvi em min"a vida& QYm cl'ma) peueno Q enrolou elaQ Ião deve reuerer muito es#orço& J$ sinto como

se mil mariposas voassem em meu estGmago& Qe#initivamente, pior& Qdisse ele com vo- rouca&Com decisão, ela atraiu seu corpo contra o seu, e #icou nas pontas dos pés para a!raç$Hlo&

Sua !oca suave roçou sua !oc"ec"a e sua !oca, enuanto sua mão se desli-ou pelo seu corpoe)citado, desde seu uente seio até o #inal de suas costas&

E mais a!ai)o& E)citada e envergon"ada, ela e)plorou a dura e proeminente e)tensão desua ereção, curvando seus dedos so!re sua #orma& Ele gemeu #racamente e agarrou seu pun"o&

 Q iga ue é meuV Ião, espera, Lydia&&& Est$Hme matando&&& Wa- tanto tempo ue eu&&&Ele separou sua mão e a colocou na parte posterior de seu vestido, #a-endo saltar os

!otNes dos laços ue os prendiam&Ela sentiu ue seu sutiã cedia, o tecido verde caiu até a curvatura de seus cotovelos&

Bespirando pesadamente, Ja(e a levantou e a sentou na mesa, e tomou a parte da #rente de seuespartil"o& Ele mostrava uma #amiliaridade vergon"osa com a roupa interior #eminina,desenganc"ando os o!jetos com uma "a!ilidade ue nem a pr/pria Lydia possu'a& espartil"o,ainda morno por seu calor, #oi tirado com descuido ao c"ão, e seu corpo #icou co!erto unicamente

com uma suave e #r$gil musselina de sua !lusa& Lydia engoliu com #orça, e)perimentando ummomento de incerte-a uando seu enorme corpo se situou entre suas co)as, as pernas de suascalças se perderam entre as capas de sua saia&

 Q*ara um "omem ue a#irma não ser um sedutor& Qdisse elaQ amostras uma not$veldvida&

2s pontas de seus dedos desli-aram os suspens/rios de sua !lusa por seus om!ros& QEstou #a-endo uma e)ceção com voc%&Seu dé!il sorriso se converteu em um suave gemido uando sentiu sua mida e ardente

!oca desli-andoHse ao longo de seu pescoço&Ele murmurava suaves palavras tranDili-adoras enuanto a sustentava, acariciavaHa, e

desli-ava sua !lusa cada ve- mais a!ai)o, até ue a desli-ou totalmente #ora de seus !raços&  Fnclinando as costas, e sustentandoHa com os !raços, roçou amorosamente o tenro

contorno de seus seios& Sua respiração acariciou o rosado mamilo, e seus l$!ios es#regaramligeiramente seu !ico& Winalmente, depois de lam!%Hlo e e)cit$Hlo, ele desli-ou o mamilo por

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  Lisa Kleypas inteiro dentro de sua !oca& Sua l'ngua #oi riscando c'rculos em aveludadosroçar, preparandoHa para o delicioso mordiscar de seus dentes&

Ela se arueou para ele com rendição, surpreendendoHa #acilmente por con#iar nele&*arecia imposs'vel ter pensado ue era seu advers$rio, este "omem ue podia l"e #a-er sentir tãouerida e segura& Fnclusive em sua inoc%ncia, ela sentia a #erocidade de seu desejo, mas seusmovimentos eram gentis e amorosos& Suas mãos se desli-aram so! suas saias, acariciando ocontorno de suas pernas através da capa de musselina e as meias de seda& Encantada por seussuaves e indagadores !eijos, Lydia não notou ue tin"a desatado os laços de suas meias até uesentiu as !ai)ando por seus uadris&

 QIão ten"a medo Q sussurrou ele, detendoHse para a!raç$Hla e tranDili-$HlaQ& S/uero te agradar& .e dei)e, Lydia, me dei)e te tocarV

Fncapa- de resistir, ela se rela)ou na curva de seus !raços, tremendo um pouco uandosentiu sua roupa 'ntima descendo pelas pernas& Seus dedos escorregaram atr$s da vulner$vel parteposterior de seus joel"os, escorregando #acilmente so!re a #ina seda de suas meias& Ele dei)ava um

rastro de #ogo onde uer ue a tocasse, o interior de suas co)as, a!ai)o de seus torno-elos, su!indopela parte e)terior de suas pernas, até alcançar a curva nua de seu uadril& Bespirando o#egante, elase concentrou nessa c$lida e enorme mão, desejando repentinamente ue a tocasse no secreto lugarentre suas pernas, onde estava pulsando e mida&

Sentiu a curva de seu sorriso contra sua !oc"ec"a, e pensou ue estava -om!andodeli!eradamente&

 QJa(e Qo#egouQ ue me #a-&&& U insuport$vel, dei)aHme louca&&& QEntão terei ue #a-er algo mais&&& Qsussurrou dia!olicamente, e riscou um delicado e

atormentador c'rculo no interior de sua co)a&Ym gemido !rotou de sua garganta, e ela se agarrou a seus om!ros, cravando os dedos

em seu poderoso msculo& Ele era desumano, dei)ando ue seus dedos acariciassem a !orda doescuro triMngulo de cac"os entre suas pernas& Winalmente, uando sua necessidade se converteu emuma dolorosa urg%ncia, sentiuHo separar a #enda e es#regar a carne ue tão docemente palpitava&

 Q2ui& Qmurmurou ele, seus dedos riscando c'rculos so!re a a!ertura de seu corpo edesli-andoHse so!re a suave protu!erMnciaQ& U isto o ue uer@

Ela s/ pGde responder com um incoerente som, enuanto o pra-er aumentava&Ele a !eijou pro#undamente, ao mesmo tempo ue desli-ava um de seus dedos dentro da

mida cavidade& Seus gemidos #oram a!sorvidos por seus ardentes !eijos, e o 'ntimo canal de seucorpo se prendeu #irmemente a gentil invasão& Ele acariciou seu interior, seu toue "$!il,apra-'vel, r'tmico, amoldavaHse ao tremor selvagem de seu corpo&

Fmersa em um sensual #renesi, Lydia se agarrou desamparadamente em seu colete e a suacamisa, #renética por sentir o duro corpo e a pele uente de!ai)o de suas roupas& 6, eusV Eladesejava ue ele estivesse nu, para ue co!risse seu corpo com o seu, e a go-asse durante "oras&

 Q Rue suave éV QSussurrou ele entrecortadamente, retirando seu dedo para acariciar e!rincar com ela uma ve- mais& Q Lydia, as coisas ue uero te #a-er&&&

 Q as #aça agoraV Qconseguiu di-er ela através dos dentes apertados&Ele lançou uma rouca risada, e cuidadosamente a incorporou na mesa para #a-%Hla sentar&

2 madeira com marcas se sentia dura so! seu traseiro, a !orda se cravava na parte posterior deseus joel"os, e suas pernas penduravam desamparadamente&

 Q Ião pares, nãoV Qimplorou ela, j$ ue o sentiu reme)er so! suas roupas&

Ele separou suas pernas e sua ardente respiração caiu so!re o interior de suas co)as&2turdidamente deuHse conta de ue estava sentando na cadeira, com seu rosto justo

altura do triMngulo de seus cac"os& E uma idéia inconce!'vel cru-ou sua mente&&& Certamente, elenão ia 2&&& Ião, não era poss'vel&&& .as seu !raço a segurou por tr$s dos joel"os e ela tentou torpemente det%Hlo, ele a impediu agarrando seus pun"os e as apan"ando a am!os os lados&

Ela lançou um apagado grito uando sentiu o roçar de sua !oca, !an"andoHa em ummido e ardente calor, e a desli-ante car'cia de sua l'ngua& Ele a lam!eu lentamente, emitindo umsom de primitivo pra-er ao provar a #eminina ess%ncia de seu corpo& Suas mãos li!eraram seuspun"os uando tremeram e se rela)aram, e se moveram para segurar suas n$degas com as *almasde suas mãos& Sua l'ngua encontrou a peuena protu!erMncia onde as sensaçNes se acumulavam emum ardente n/, e a #e- estourar repetidamente com e)u!erantes toues& Ela soluçou uando opra-er se precipitou através dela em ondas e grandes onda, e ondulaçNes sem #im&

Fnclusive depois de ue os ltimos redemoin"os de sensaçNes tivessem #inali-ado, elaestremeceu de esgotamento, Ja(e parecia relutante em solt$Hla, sua !oca continuava degustando

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  Lisa Kleypas sua #ragrante e salgada ess%ncia&

 QJa(e& Qgemeu ela, lutando por incorporarHse, enuanto a mesa rangia so! seusmovimentos&

Ele se incorporou e em!alou a ca!eça dela contra seu om!ro, compartil"ando um !eijosutilmente temperado com o 'ntimo sa!or&

 Q Como se sente depois deste cl'ma)@ Qperguntou ele com vo- rouca& Q Ruero mais de voc%V QLydia alcançou a #rente de suas calças, e começou a

desa!otoar seus !otNes ocultosQ uero tudo de voc%V Qesclareceu ela roucamente, seus dedosroçando de novo, a grossa e tensa ereção dele&

 Q eus, nãoV QEle saltou para tr$s, como se ela ueimasse& QIão vou sedu-ir #il"ade ere( Craven em sua pr/pria adega de vin"os& Em primeiro lugar, voc% merece algo mel"orue isso& E em segundo lugar, certamente ele me castraria com algum doloroso método medieval&

 QIão sei de onde tira todo esse conceito de papai& Ele é realmente o mel"or, o maismaravil"oso&&&

 QComo sogro é um pesadelo& Qmurmurou Ja(e, recordando o coment$rio ue tin"a#eito anteriormente& ei)ou escapar um suspiro, e recol"eu o espartil"o de Lydia do c"ãoQ&om,uma coisa é certa, eu me dou mel"or com ele do ue +ray&

Lydia tentava colocarHse torpe mente sua !lusa, uando sentiu ue Linley colocava oespartil"o ao redor dela&

 Q Fsso signi#ica ue vais pedir min"a mão@ Qperguntou ela com esperança&E)pertamente su!iu sua calça&

 Qemos ue negociar primeiro&Lydia saltou da mesa e colocou a roupa interior, atando os laços cuidadosamente&

 QEsse é outro de meus de#eitos ue me esueci de mencionar&

cetim de sua saia rangeu uando ela as dei)ou cair em seu lugar& Q Rual@ Qdeio #a-er concessNes& QEu tam!ém Qdisse ele, e trocaram um -om!ador sorriso&Ja(e serviu outra taça de vin"o& e!eu lentamente, e a contemplou #i)amente&

 Q6$ um ponto so!re o ue não vou ceder& Se nos casarmos, não aceitarei o din"eiro deseu pai nen"um maldito dote& Se ele uer a!rir uma conta para voc%, est$ !em& .as voc% ter$ ueaceitar a classe de vida ue eu posso te proporcionar& Fsso signi#ica nada de aceitar presentes comomansNes, lu)uosas carruagens ou coisas similares por parte de sua #am'lia&

Lydia separou os l$!ios para argumentar contra, mas logo #ec"ou a !oca& Se isso era o

ue ele necessitava para conservar seu orgul"o e sua autoHestima, ela teria ue adaptarHse a isso&*elo amor do céu, uanto necessitava ela para ser #eli-@ Ela teria seu tra!al"o, e uma vidacon#ort$vel e, o mais importante de tudo, um marido ue a amava& Fsto era imensamente mel"orue a vida lu)uosa, mas va-ia ue teria como Lady +ray&

Woi para ele e colocou seus !raços ao redor de sua cintura, emocionada pela li!erdade depoder toc$Hlo&

 Q E o ue #aço com o din"eiro ue gan"o com meu tra!al"o@ em alguma o!jeção se#icarmos com ele@

Ele #ran-iu o cen"o& Q U uma pergunta "ipotética, ou realmente gan"aste algo@

Ela #e- um modesto dar de om!ros& Qgan"ei um pouco por aui e por ali, inventando coisas& Io ano passado desen"ei um

transmissor modi#icado para a compan"ia de telégra#os&&& E ten"o uma idéia a respeito dapropulsão atmos#érica&&&

 Q Ruanto gan"aste até agora@ Qperguntou ele com descon#iança& QSomente uns mil"ares& Q Ruantos mil"ares@ QIão mais de&&& igamos uns vinte& Q2 soma não era nada comparada com a #ortuna

dos Craven, mas Lydia sa!ia ue uma pessoa consideraria isto uma uantidade consider$vel&Ja(e #ec"ou os ol"os e tomou o resto de seu vin"o&

 QSinto& Qdisse Lydia a toda pressaQ U s/ ue parece ue os Craven não podem #icarsem #a-er din"eiro& .eu pai, certamente, e logo min"a mãe gan"ou !astante com suas novelas, e oano passado meu irmão Iic"olas meteu na ca!eça a idéia de a!rir uma empresa de transportes denavios propulsados&&&

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  Lisa Kleypas  Q Iic"olas s/ tem de-oito anosV Qdisse ele, ol"andoHa com

evidente incredulidade& QSim, é por isso ue papai disse ue s/ poderia ter dois navios para começar&&& Qa vo-

de Lydia se ue!rou uando viu ue ele se sentava pesadamente na cadeira e se agarrava a ca!eçacom as mãos& QJa(e@

 QBindo Qdisse ele com vo- amortecidaQ .aldiçãoV Q Fsso signi#ica ue j$ não uer te casar comigo@ QSigni#ica ue pode conservar seus gan"os, mas manten"o o ue te "avia dito, nem um

din"eiro de seu pai& QFsso parece justo Qcomeçou ela e se so!ressaltou um pouco uando ouviu o som seco,

distante e met$lico de um trinco, e o rangido de uma porta a a!rirHse&O2 porta ue d$ para a co-in"aP, pensou Lydia& Oem ue ser o mordomo ue #inalmente

enviou alguém a pegar mais vin"oP&Ela deu uma ol"ada, e ajustou a cintura de seu vestido, levantando sua mão para seus

cac"os de ca!elo escuro& #eli-mente, seu penteado estava preso, e seus l$!ios in#lamados pelos!eijos rece!idos, e suspeitou ue ualuer ue a visse nesse momento sa!eria o ue tin"a estado#a-endo&

sardGnico sorriso de Ja(e con#irmou suas suspeitas&Esperaram na e)pectativa e em menos do meio minuto apareceu o criado& Wicou

congelado soltando um gemido uando os viu, seu peueno e enrugado rosto empalideceuprimeiro para depois ru!ori-arHse pro#undamente& Sua angstia #oi /!via enuanto se perguntavase devia cumpriment$Hlos ou a#astarHse rapidamente&

 Q!oa noite, Sen"or Weltner& Qdisse Lydia com calma& criado pGde por #im recuperar a vo-&

 QesculpeHme, Srta& Craven&Ele virou e se a#astou tão r$pido como permitiam suas curtas pernas&Lydia ol"ou Ja(e&Ja(e permaneceu onde estava, imo!ili-ado&

 QIão, eu #alarei com ele& Qrespondeu Ja(e #irmemente& Ym sorriso atravessou o rostode Lydia uando viu ue não estava intimidado diante da perspectiva de en#rentarHse com seu#urioso pai& Qeus, o ue seu sorriso me #a-&&&V

2lcançandoHa com duas pernadas, a!raçouHa e a !eijou pro#undamente& Lydia l"erespondeu com urg%ncia, logo jogou sua ca!eça para tr$s&

 Q e vais declarar agora@

 QEstava considerando, sim& Qantes ue o #aça, uero te perguntar algo&.eigamente, ele retirou uma mec"a de ca!elo de seu rosto&

 Q ue é@s l$!ios de Lydia se curvaram com um sorriso inseguro&

 Q Ser$Hme #iel Ja(e@ Com toda sua e)peri%ncia, perguntoHme se uma s/ mul"er ser$su#iciente para voc%&

Ja(e se estremeceu como se "ouvesse me)ido com um nervo sens'vel, e a triste-ao!scureceu seus ol"os&

 Q.eu amor& Qsussurrou ele&QIunca lamentei meu passado tanto como neste

momento& Ião posso pensar em nen"uma maneira de te #a-er entender uão apreciada é para mim&Iunca me separarei de seu lado, juro por tudo ue me é uerido& Xoltarei para casa cada noite paradormir com voc% em meus !raços, é tudo o ue sempre uis& Se #osse capa- de acreditar em mim&&&

 Q2credito& Q2 nua sinceridade de sua vo- era ineu'voca& Lydia sorriu e acariciou sua!oc"ec"a& Qeremos ue con#iar um no outro, não@

Ele co!riu sua !oca com um !eijo longo e apai)onado, e a a!raçou tão #orte ue ela malpodia respirar&

 Q Ruer casar comigo, Lydia Craven@Ela riu alegremente&

 Q SimV Em!ora todo mundo dir$ ue estamos loucos&Ele sorriu a!ertamente e a !eijou de novo&

 Q*re#iro estar louco com voc% ue ajui-ado sem voc%&Io momento em ue Ja(e saiu do porão com Lydia, um criado se apro)imou dele com a

mensagem de ue o Sen"or Craven desejava v%Hlo na !i!lioteca sem demora&

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  Lisa Kleypas  QIão demorou muito tempo& Qresmungou Ja(e ao ver ue o

primeiro criado não tin"a perdido tempo em ir contar para Craven&Lydia suspirou cansadamente&

 QSupon"o ue enuanto #ala com papai, eu deveria ir em !usca de Lorde +ray&.aldiçãoV Como vou e)plicar tudo isto a ele@

 QEspera ue #ale com seu pai e te ajudarei com +ray& QIão Qdisse ela imediatamenteQ 2credito ue ser$ mel"or ue #ale com ele em

particular& Q*ossivelmente ele não tome !em a not'cia Q advertiu Ja(e& Q*ode ser ue te surpreenda&Q#oi sua seca respostaQ& Em!ora o orgul"o do conde

possa so#rer um golpe tempor$rio, seu coração #icar$ intacto, sem dvida& QSeus sérios ol"osverdes ol"aram para cima& Q e verdade não uer ue te ajude@

Ja(e sorriu enuanto ol"ava seu rosto levantado para ele& Era muito mais !ai)a ue ele,por isso o comoveu e divertiu seu desejo de proteg%Hla&

 Q2rrumareiHme so-in"a& Q assegurou e deu um apertão na cintura antes de despedirHsedela&epois de ir ao uarto de "/spedes para arrumar seu aspecto e seu ca!elo despenteado,

Ja(e se encamin"ou para a !i!lioteca da mansão& 2 pesada porta estava ligeiramente entrea!erta, eele golpeou !revemente com os dedos&

 QLinley Q ouviu uma vo- escura e tranDila ue parecia provir do dia!o em pessoa& Q estava esperando por voc%&Ja(e entrou em uma #ormosa !i!lioteca com paredes #orradas de couro da orgo\a com

relevos& Seu #uturo sogro estava sentado em uma enorme poltrona atr$s de uma imponente mesa depesado mogno&

Em!ora tivesse coincid%ncia com ere( Craven em v$rias ocasiNes através dos anos, Ja(ese assom!rou como sempre diante da imponente presença deste "omem& Craven mostrou seupoder discretamente, mas era claramente um "omem a ter em conta, possuidor de segredos, um"omem ao ual temer e respeitar&

2 uantidade de riue-a ue Craven tin"a acumulado era uase incalcul$vel, mas não eranada di#'cil imagin$Hlo como o jovem po!re ue ele tin"a sido&&& *erigoso, ardiloso e carente porcompleto de escrpulos&

Craven o ol"ou com calculada ameaça& Q em algo para me contar, Linley@Ja(e decidiu ser direto&

 QSim sen"or, ue estou apai)onado por sua #il"a&2 declaração não agradou Craven&

 QU uma pena, porue ela vai casar se com Lorde +ray& QIesse momento parecia "aver alguma dvida so!re esse ponto&Suas escuras so!rancel"as se uniram #a-endo um sinistro cen"o&

 Q ue aconteceu nessa adega@Ja(e o ol"ou diretamente&

 QCom todo respeito, sen"or, isso é assunto da Lydia e meu&Io sil%ncio ue seguiu, Craven pareceu estar considerando as opçNes de

desmem!ramento, estrangulamento ou colocar um !alaço na ca!eça& Ja(e se o!rigou a esperar

pacientemente, sa!endo ue na opinião de Craven, nen"um "omem era !om para sua #il"a& Q.e diga por ue deveria começar a consider$Hlo como um potencial marido para

Lydia& Qgrun"iu Craven&Enuanto permanecia ol"ando #i)amente os duros ol"os verdes de Craven, Ja(e recordou

ue este não tin"a mais #am'lia ue sua esposa e #il"os&&& nen"um parente&&&, nem seuer con"ecia amul"er ue "avia o tra-ido para o mundo& Iaturalmente, isso #a-ia com ue sua #am'lia #osseainda mais preciosa para Craven& Ele nunca permitiria ue #erissem Lydia ou a maltratassem& E daperspectiva de um pai, Lydia estaria mais !em casada com um no!re e um intelectual ue com umple!eu com um escandaloso passado&

Ja(e gemeu por dentro& Ião estava em sua nature-a ser "umilde& *or outro lado, essaparecia ser a nica #orma de convencer Craven ue desse sua aprovação para o compromisso&

 Qen"o meus de#eitos, sen"or& Qadmitiu&Q .uitos de #ato& Q2inda estou esperando& QSei ue não sou su#icientemente !om para ela& .as amo Lydia, a respeito& E uero

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  Lisa Kleypas passar o resto de min"a vida cuidando dela, e tentando #a-%Hla #eli-& 2 ra-ãode ue nunca me ten"a apro)imado antes dela era porue pensava ue Lorde +ray era mel"orpara ela ue eu&

 Q .as agora j$ não ac"a@ Qperguntou Craven com sarcasmo& QIão, não acredito &Qcon#irmou Ja(e sem vacilar&Q+ray não a ama& Ião como a amo&Craven o o!servou durante um longo e incGmodo sil%ncio&

 Qemos algumas uestão ue discutir& Qdisse de maneira cortante& 2ssinalou umacadeira pr/)imaQ senteHse, isto nos tomar$ !astante tempo&

urante as seguintes tr%s "oras, Ja(e #oi interrogado de uma maneira tão implac$vel uetivesse destroçado os nervos do "omem mais paciente, coisa ue Ja(e não era& Lem!ravaHse ueCraven sa!ia tudo so!re todo mundo, mas Ja(e nunca tin"a acreditado até agora& Craven mostrouum con"ecimento alarmantemente e)ato de sua situação #inanceira, sua "ist/ria pessoal,travessuras ue tin"a #eito no colégio, as mul"eres com as uais marcou com escMndalos ue tin"acomprometido seu nome& XerdadeV Ele parecia sa!er mais dele ue seu pr/prio pai& E como Ja(e

tin"a esperado, não duvidou em l"e pedir e)plicaçNes so!re assuntos tão particulares, ue estevetentado em mand$Hlo ao in#erno& Entretanto, ele amava Lydia, e agDentou esse desumano ataue aseu orgul"o com uma "umildade anormal nele&

Winalmente, justo uando Ja(e pensava ue Craven ia permitir o perverso pra-er derecus$Hlo depois de tudo, o "omem soltou um comprido e tenso suspiro&

 Qerei ue atrasar min"a aprovação #inal até ue con#irme ue isto é o ue min"a #il"arealmente uer& QSeus verdes ol"os !ril"avam com "umor&

 Q .as se ela me convencer de ue realmente o ue deseja é casarHse com voc%, nãooporei a isso&

Ja(e não pGde re#rear um repentino e amplo sorriso&

 Q!rigado& Qdisse simplesmenteQ Ião se arrepender$ disso, sen"or& QFsso é o ue espero Qmurmurou Craven, l"e dando um vigoroso aperto de mãos&

Ep'logo Q .amãe, Lydia est$ !eijando um "omem na sala, e não é Lorde +rayVSentada junto janela de seu uarto, com uma taça de ca#é na mão, Sara sorriu para sua

#il"a mais nova, aisy, uma peuena de cinco anos muito esperta& Correndo para Sara tão r$pidocomo permitiam suas pernas curtas, aisy su!iu em seu colo& Sara se estremeceu um poucouando viu ue as mãos de aisy, estavam pegajosas de geléia de morango, sujou a ponta de suacamisola !ranca&

ere( estava !ar!eando no lava!o, sua !oca se contraiu enuanto seu ol"ar se encontravacom a de Sara no espel"o& Claramente, estava triste com as not'cias do ardente a!raço de sua #il"acom o doutor Linley, mas Sara sa!ia ue ele, em!ora a contra gosto, j$ tin"a se reconciliado com aidéia de ue sua #il"a logo seria a Sra& Linley em ve- de Sra& +ray&

Ela e ere( tin"am conversado até alta noite so!re essa situação, e Sara o convenceu deue tudo tin"a acontecido para seu !em&

 Q2 sen"ora Linley recentemente me disse ue descon#iava ue seu #il"o estivesse

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  Lisa Kleypas pro#undamente apai)onado por Lydia& E ele é um jovem espl%ndido, ere(,inclusive em!ora no passado ten"a sido um pouco&&& 2ventureiro&

 Q 2ventureiro@ Qin"a replicado ele #ran-indo o cen"o& Q.as esteve arrasando porLondres&&&

 QRuerido Qtin"a interrompido ela com gentile-aQ um "omem pode mudar& Elerealmente parece gostar de Lydia& E nunca vi Lydia tão #eli- como esta noite, ela estavatrans#ormada&

 QEu desejaria ue tivesse trans#ormado #il"a de ualuer outro& Qse uei)ou ere(,#a-endoHa rir&

Xoltando para o presente, Sara alisou os enredados cac"os castan"os de sua #il"a& Como apeuena começou a e)plicar mais detal"adamente a conduta de Lydia com Linley, Sara tentou emvão #a-%Hla calar&

 QJ$ est$ !em, aisy& *ode me contar isso mais tarde& QSim, mas é ue ela estava dei)ando ue ele pusesse a mão em&&&

 QIão tagarele, carin"o& Qinterrompeu Sara a toda pressa, vendo como crescia o cen"o#ran-ido de ere(& QBecorda uando n/s #alamos so!re isso outro dia@ QSim& Qdisse a menina asperamente& QisseHme ue s/ deveria desco!rir alguém se

encontrasse em perigo& Qem, pois Lydia não corre nen"um perigo& Q.as ele a estava !eijando muito #orte&Qdisse aisy depois de pensar um momento&Q 

E l"e estava #a-endo mal, mamãe, porue Lydia #a-ia ru'do&&& QJ$ é su#iciente, aisy& Qdisse Sara, com um repentino ataue de risada& QEstou segura ue não estava #a-endo mal a ela&ere( lavou o rosto, limpando o resto de sa!ão de !ar!ear de seu uei)o, e suspirou&

 Q.eu neto ia ser um conde& Qdisse com triste-aQ 2gora provavelmente

ser$ um médico ruim como seu pai&aisy saltou do colo de sua mãe e #oi para seu pai, ue a segurou em seus !raços&

 Q vai se casar Lydia com o Sen"or .édico ruim, papai@ere( a apertou contra seu peito, seu ol"ar se voltou c$lido&

 QFsso é o ue parece&Ela acariciou seu uei)o recém !ar!eado com sua peuena mão&

 QIão #iue triste, papai& Eu guardarei todos meus !eijos para voc%&Ele se pGs a rir, acariciando seus cac"os castan"os&

 Q.e d% um agora, então& QEla pressionou sua !oc"ec"a pegajosa de geléia contra ele&2 !a!$ apareceu, di-endo a aisy ue era "ora de tomar !an"o e se vestir, e a menina

a!andonou os !raços de seu pai&epois ue a porta se #ec"ou atr$s delas, Sara #oi para seu marido e passou suas mãos

so!re o traje de seda ue co!ria seu #orte peito& Qodos meus !eijos são tam!ém para voc% Q disse ela& Q!rigado carin"o& Q disse ele e co!riu seus l$!ios com os seus& !eijo despertou seus

sentidos, e ela uniu seus !raços atr$s de seu pescoço, des#rutando da car'cia de sua !oca& QS/ vão #icar uatro& Qdisse ela uando suas !ocas se separaram&Ele !rincou com a longa trança ue pendurava por suas costas, e dei)ou ue suas mãos

Xagassem intimamente pelo corpo dela& QemoHme não dar conta, anjo& QIossos outros #il"os& Qe)plicou ela& Qvou ajudar a cada um deles a encontrar o amor

verdadeiro, tal como ajudei Lydia& LevantandoHa com #acilidade, ere( a levou até a cama& Q 2jud$Hlos de ue #orma@ Qando a oportunidade dela #alar com o doutor Linley em particular& Qdisse SaraQ& Estava segura de ue se passassem um pouco de tempo juntos sem ser

interrompidos, eles recon"eceriam seus sentimentos, e logo&&& QEspera&Q interrompeu ere( seus ol"os verdes se entrecerraram uando a dei)ou cair

so!re o colc"ão& Ele avançou lentamente so!re ela, e pGs seus cotovelos a am!os os lados de seurosto&

 Q Est$ me di-endo ue uem os encerrou nesse maldito porão&&& Woi voc%@Ela sorriu com travessura&

 QXoc% me disse ue l"es desse um peueno empurrão na direção certa se encontrasse a

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  Lisa Kleypas ocasião& E #i-&

2 e)pressão de ere( era de incredulidade& Q Eu não ueria di-er ue encerrasse a min"a inocente #il"a no porão com um

mul"erengo como LinleyV QLydia não estava encerrada& *odia ter sa'do a ualuer momento se uisesse& Q 2s portas estavam #ec"adasV QIem todas& Qvendo seu desconcerto, Sara sorriu& QIão recorda a peuena passagem

ue vai da parte de tr$s do porão até a estu#a@ s meninos ainda a usam uando !rincam depiratas& Lydia sa!ia per#eitamente& 2 nica ra-ão pela ual permaneceu no porão com Linley, #oipor ue ela assim o uis& E tudo saiu !em, verdade@

ere( gemeu e dei)ou cair sua ca!eça contra o colc"ão&

 Q .eu eusV Ião sei a uem compadeço mais, se de Linley ou de mim&Sa!endo e)atamente como desarm$Hlo, Sara a!riu seu traje de seda e jogou suas pernas

contra as dele& Qe compadeça de voc%& Q disse ela, enuanto suas mãos vagavam por dentro de suasroupasQ Est$ a ponto de ser violado&

Ela sentiu a risada de ere( contra seu pescoço& QEu é ue #aço as violaçNes por aui Q in#ormou ele&&& E começou a demonstrar a ela&

Wim