linguagem musical - i - violão 2017

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GOVERNO DE GOIÁS Secretaria de Desenvolvimento Econômico Superintendência Executiva de Ciência e Tecnologia Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica Linguagem Musical - I - Violão 2017

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Page 1: Linguagem Musical - I - Violão 2017

GOVERNO DE GOIÁSSecretaria de Desenvolvimento Econômico

Superintendência Executiva de Ciência e TecnologiaGabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica

Linguagem Musical - I - Violão2017

Page 2: Linguagem Musical - I - Violão 2017
Page 3: Linguagem Musical - I - Violão 2017

Linguagem Musical - I Violão

ETAPA I CURSO TÉCNICO DE MÚSICA

Setembro 2017

Page 4: Linguagem Musical - I - Violão 2017

Ficha Catalográfica

Page 5: Linguagem Musical - I - Violão 2017

Governador do Estado de GoiásMarconi Ferreira Perillo Júnior

Secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e IrrigaçãoThiago Mello Peixoto da Silveira

Superintendente Executivo de Ciência E TecnologiaThiago Camargo Lopes

Chefe De Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação TecnológicaSoraia Paranhos Netto

Coordenação Pedagógica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego José Teodoro Coelho

Equipe de ElaboraçãoSupervisão Pedagógica e EaDDenise Cristina de Oliveira Maria Dorcila Alencastro Santana

Professor ConteudistaSrilis Leonel Mourão

Projeto GráficoAndré Belém Parreira

Designer Maykell Mendes Guimarães

Revisão da Língua Portuguesa Cícero Manzan CorsiKelly Ferreira dos Santos

Banco de Imagens http://freepik.comhttp://pt.freeimages.comhttps://pixabay.com

Expediente

Page 6: Linguagem Musical - I - Violão 2017

6

Apresentação

Empreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o

profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento de Goiás (SED), em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visam a garantir o desenvolvimento dessas competências.

Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos, nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e promoção do empreendedorismo.

Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos, ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.

Bom curso a todos!SED – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecno-

lógico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação

Page 7: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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SumárioMÚSICAIntrodução - Instrumentos Musicais / Violão 9

Competências 10Habilidades 10

UNIDADE IElementos da Música 11

Música 11Parâmetros do som 11O pentagrama 11Figuras de som 12Compasso 13Fórmula de compasso 14

UNIDADE IIClaves 17

As notas musicais 18Escala 19Exercícios de Fixação 20Escalas Diatônicas, Modo Maior 21Armadura de Clave 22

UNIDADE IIIIntervalos melódicos da escala diatônica Maior 26

Campo Harmônico 29Intervalos Harmônicos 30Revisão do módulo I 34

REFERÊNCIAS

Conteúdo de áudioEsta apostila foi construída com recursos que possibilitam a interatividade, tais como hiperlinks e páginas com hipertexto.

Pré-requisitos:

Page 8: Linguagem Musical - I - Violão 2017

8

Lista de Ícones

FIQUE ATENTO A exclamação marca

tudo aquilo a que você deve estar atento. São assuntos que causam

dúvida, por isso exigem atenção redobrada.

CONTEÚDO INTERATIVO

Esse ícone indica fun-ções interativas como

hiperlinks e páginas com hipertexto.

DICAS Este baú é a indicação de onde você pode encontrar informações impor-tantes durante a construção e apro-fundamento do seu conhecimento. Aproveite, destaque, memorize e utilize essas dicas para facilitar os

seus estudos e a sua vida.

VAMOS REFLETIR Este quebra-cabeças indica o mo-mento em que você pode e deve

exercitar todo seu potencial. Nesse espaço, você encontrará reflexões e desafios que tornarão ainda mais

estimulante o seu processo de aprendizagem.

VAMOS RELEMBRAR Esta folha do bloquinho

autoadesivo marca aquilo que devemos lembrar e

faz uma recapitulação dos assuntos mais importan-

tes.

MÍDIAS INTEGRADAS Aqui você encontra dicas para enriquecer os seus conhecimentos na área, por meio de vídeos, fil-

mes, sites, podcasts e ou-tras referências externas.

VOCABULÁRIOO dicionário sempre nos ajuda a

compreender melhor o significado das palavras, mas aqui resolvemos dar uma forcinha para você e trou-

xemos, para dentro da apostila, as definições mais importantes na construção do seu conhecimento.

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

Este é o momento de praticar seus conhe-cimentos. Responda

as atividades e finalize seus estudos.

SAIBA MAIS Aqui você encontrará

informações interes-santes e curiosidades.

Conhecimento nunca é demais, não é mesmo?

HIPERLINKSAs palavras grifadas em amarelo levam você a referências

externas, como forma de aprofundar

um tópico.

Texto Hiperlinks

Page 9: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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MÚSICA

Introdução - Instrumentos Musicais / Violão

Caro(a) estudante! Esta apostila foi elaborada com base nos trabalhos: Teoria da Música de Buhomil Med (1996), Treinamento Elementar para Músicos, de Paul Hindemith (1988), Compêndio de Teoria Elemen-tar da Música, de Oswaldo Lacerda (1967) e Princípios básicos da Música para a juventude Maria Luiza

de Matos Priolli (2006). Com o objetivo de facilitar sua compreensão no que tange à linguagem musical, sinteti-zou-se o conteúdo, direcionando-o como material específico ao estudo do violão.

Aos estudantes que quiserem buscar um aprofundamento em teoria musical, as referências apresentadas ao final da apostila apresentam indicações ao material utilizado para confecção da mesma.

Lembro-lhe que o estudo de música exige disciplina e constância, mais vale o estudo de 15 minutos todos os dias, do que estudar durante 5 horas, 1 vez por semana.

Portanto, organize um horário, pela manhã ou à noite, para que se possa dedicar à música, adquira um cader-no de música (pautado) para fazer os exercícios de fixação e mãos à obra.

Bons estudos e sucesso na carreira musical! Profº Srilis Leonel Mourão

Page 10: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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Executa e interpreta músicas do repertório mundial, improvisa em músicas do repertório mundial.Analisa, arranja e compõe músicas, a partir de técnicas de harmonia e contraponto, organiza apresentações musicais. Discorre a respeito de períodos históricos. Identifica as características dos diversos gêneros musicais, aplicando os conhecimentos de forma criativa.

Executar, no violão, músicas do repertório mundial, erudito e popular em compassos ter-nário, binário e quaternário simples e composto, aplicando acordes aumentados e diminutos, com sétima e nona.

Improvisar músicas eruditas e populares, utilizan-do dedilhados e progressões harmônicas.

Reconhecer intervalos de escalas exóti-cas, bem como identificar as cadências e modulações em músicas tonais e exóticas.

Elaborar e organizar acordes a partir dos conceitos de contraponto e fun-ção harmônica.

l Identificar funções harmônicas e modulações em composições eruditas e populares.

Discernir e registrar alturas sonoras com figuras sincopadas e intervalos dissonantes de músicas eru-ditas e populares.

Conhecer as características dos diversos gê-neros musicais, no que tange à forma e es-trutura musical.

Selecionar e manipular esteticamente diferentes fontes e materiais utilizados nas

composições musicais, bem como seus diferentes resultados artísticos de for-ma a criar relações harmônicas.

Improvisar, utilizando técnicas de dedilhado. Executar batidas em ritmos compostos. Identificar progressões harmônicas através de cadên-

cias e modulações. Coordenação motora ao representar ritmos. Perceber as dissonâncias, partindo do raciocínio ló-

gico. Compor músicas, fazendo uso de técnicas de harmo-

nização popular e erudita.

Criar, usando progressões harmônicas. Identificar modulações, partindo de funções harmô-

nicas. Elaborar músicas a partir de uma determinada forma

musical. Criar arranjos para músicas, harmonizando as diver-

sas vozes instrumentais, utilizando técnicas de harmo-nia e contraponto.

Competências

Habilidades

Perfil profissional

Page 11: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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Elementos da Música

Música

Parâmetros do som

O pentagrama

É a arte de se combinar sons simultânea e sucessivamente, com equilíbrio e proporção dentro de um deter-minado tempo. Ordenado sob as leis da estética.

As principais partes constituintes da música são:Melodia: referente aos sons ocorrentes em ordem sucessiva, compreendem o aspecto horizontal da músi-

ca.Harmonia: concernente aos sons simultâneos, compreendem o aspecto vertical da música.Ritmo: relativo à duração do som.

Os parâmetros definem as propriedades do som, podemos classificá-los com as seguintes qualidades. Altura: referente às propriedades graves ou agudas. Duração: ligada às propriedades longa ou curta. Intensidade: referente às propriedades forte ou fraca. Timbre: alude à identidade ou cor de um som.

As linhas nas quais representamos a música são chamadas de pentagrama, do grego: penta (cinco), e grama (linha), ou seja, cinco linhas. Elas são conhecidas também por pauta pelo fato de que, antes do período conhe-cido como Renascença. A música era registrada, utilizando-se menos linhas.

Temos cinco linhas e quatro espaços no pentagrama, nos quais podemos escrever as notas musicais.

Se a música superar as cinco linhas do pentagrama, adicionamos linhas e espaços suplementares, tanto para baixo, quanto para cima.

5ª Linha4ª Espaço3ª Espaço2ª Espaço1ª Espaço

4ª Linha3ª Linha2ª Linha1ª Linha

UNIDADE I

Page 12: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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Figuras de som

Para definir os limites do pentagrama, utilizamos as barras de compasso para início e meio, Dupla ou Traves-são final para o final da música.

No pentagrama, escrevemos as notas musicais representadas por signos ou figuras que representam a dura-ção ou valor de cada uma, e que são:

Barra de compasso Barra Dupla Ou Travessão final

Semibreve:------------

Mínima:---------------

Semínima:------------

Colcheia:--------------

Semicolcheia:--------

Fusa:------------------

Semifusa:-------------

=

=

=

=

=

=

=

1

2

4

8

16

32

64

1

12

14

18

116

132

164

Observe que: Para cada figura de som temos uma figura de silêncio, que corresponde ao mesmo valor de sua figura de som.

Page 13: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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As figuras de som delimitam a duração do som, conforme o exemplo acima, subdividem-se em partes iguais.Ou seja, cabem 64 semifusas dentro de uma semibreve.Ou, 32 fusas, dentro de uma semibreve, ou, tendo em vista que a mínima é a metade do valor de uma semi-

breve, cabem 16 fusas dentro de uma mínima, e assim por diante, quatro colcheias dentro de uma mínima e etc. É apenas uma forma de se registrar a música com mais precisão.

O compasso, como o próprio nome diz “com-passo”, é um espaço delimitado pelas barras onde será indicado um valor de duração sonora e uma quantia destes valores, para uma melhor organização musical. Para tanto, determinou-se quantias preestabelecidas que se inter-relacionam.

Os compassos podem ser:

O compasso BINÁRIO apresenta o seu 1º tempo forte e o 2º fraco.O compasso TERNÁRIO apresentará seu 1º tempo forte, o 2º e 3º fraco.O compasso QUATERNÁRIO mostrará o 1º tempo forte, o 2º fraco, o 3º Meio forte e o 4º fraco.O compasso binário composto segue a mesma regra, terá o 1º tempo forte, 2º fraco, o 3º fraco., o 4º Meio forte, o 5º fraco e o 6º fraco. Abaixo, temos o exemplo só com os tempos. E mais os compassos, ternário e quaternário, compostos.

SIMPLES E COMPOSTOSBinário = 2 Binário composto = 6

Ternário = 3 Ternário composto = 9

Quaternário = 4 Quaternário composto = 12

Compasso

As figuras musicais podem ser divididas em até 3 partes: cabeça, haste, col-chete ou bandeirola. Confor-me figura ao lado.

Haste

Cabeça

Colchete ou Bandeirola

Page 14: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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E, assim por diante, o primeiro tempo dos compassos será sempre forte.Os compassos compostos são aqueles nos quais a unidade de tempo é um valor composto, ou seja, pontuado,

podem ser formados por conjuntos de compassos simples. Portanto, podem ter esta relação de tempos fortes, fracos, Meio fortes, fracos alterados conforme a fórmula de compasso.

Por exemplo, a combinação de compassos compostos irregulares, ou seja, uma combinação de compassos simples de diferentes valores, como um compasso quinário. Trata-se da combinação de um compasso binário simples, com um compasso ternário simples. Então, teremos conforme exemplo acima:

Perceba que o tempo forte do compasso ternário perdeu um pouco de força, isto é para que facilite para nossa percepção e haja um destaque no tempo forte da música.

É a partir das relações de duração do som e do silêncio que se formam os ritmos, a organização do tempo musical em um espaço determinado, alternando-se a intensidade, o som e o silêncio.

Agora, veremos o que é fórmula de compasso e como as relacionamos musicalmente.Quando relacionamos as quantidades com os valores das figuras de som, temos a fórmula de compasso.Por exemplo:Um compasso simples, onde a figura de duração será a semínima e vamos utilizar 4 tempos, escrevemos a

fórmula de compasso assim: 4/4, então temos 4 tempos + uma semínima, figura que representa 1/4 ,ou 4. Quan-do colocamos no pentagrama, o número de cima corresponderá ao número de tempos e o de baixo o valor da figura de tempo.

Quando colocamos no pentagrama, o número de cima corresponderá ao número de tempos e o de baixo o valor da figura de tempo.

2 = Forte+fraco = F, f.3 = Forte+fraco+fraco = F,f, f.4 = Forte+fraco+Meio Forte+fraco = F, f, MF, f.6 = Forte+fraco+fraco+Meio Forte+fraco+fraco = F,f, f, MF, f, f.9 = Forte+fraco+fraco+Meio Forte+fraco+fraco+Meio Forte+fraco+fraco = F, f, f, MF, f, f, MF, f, f.12 = Forte+fraco+fraco+Meio Forte+fraco+fraco+Meio Forte+fraco+fraco+Meio Forte+fraco+fraco = F, f, f, MF, f, f, MF, f, f, MF, f, f.

2 = F, f + 3 = F, f, f = 5 = F, f, MF, f, f.

Fórmula de compasso

PENTAGRAMA 01

F Ff f MF MF f f Observe que a figura de silêncio é correspondente à figura de som que preenche um compasso inteiro, ou

seja, a semibreve ( ).

Page 15: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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Abaixo, temos um outro exemplo em um compasso ternário.

No exemplo acima, utilizamos uma figura de silêncio pontuada. O ponto aumenta a metade do valor da nota a qual ele pontua. Então, na figura acima, temos uma figura de silêncio ou pausa de Mínima ( ), que equivale a 2 semínimas, necessitando de mais uma semínima para completar o compasso que pede 3 semínimas, assim utilizamos o ponto de aumento na pausa de mínima para completar o compasso.

Para os compassos compostos, a figura de som será representada acompanhada do ponto, desta forma:

O número 8 representa a figura de colcheia, sendo assim, cada compasso do sistema acima pede 6 colcheias, ou duas semínimas pontuadas por ser um compasso binário composto.

As fórmulas de compasso podem ser representadas da seguinte maneira:

Copie em seu caderno o exercício a seguir e dê a fórmula de compasso para os seguintes sistemas:

PENTAGRAMA 02

F Ff f MF MF f f

PENTAGRAMA 03

PENTAGRAMA 04

PENTAGRAMA 05

PENTAGRAMA 06

4 ou 3 ou 6 Unidade de compasso (quantia de figuras por compasso).4 4 8 Unidade de tempo (valor da figura).

Exercícios de Fixação

FIQUE ATENTO

Page 16: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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Complete com pausas conforme a fórmula de compasso dada:

Agora, faça em seu caderno cinco compassos binário simples, com figuras de semínimas.Cinco compassos ternário simples com figuras de colcheias, com no mínimo 3 pausas.Cinco compassos quaternário simples com figuras de mínimas, com no mínimo 3 pausas.Cinco compassos binário composto com figuras de colcheias com no mínimo 3 pausas.

Leve seu caderno para o professor regente avaliar nas aulas presenciais.

PENTAGRAMA 07

PENTAGRAMA 09

PENTAGRAMA 10

PENTAGRAMA 11

PENTAGRAMA 12

PENTAGRAMA 13

PENTAGRAMA 08

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - NÃO AVALIATIVO

Page 17: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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Para facilitar a escrita musical no pentagrama e evitar de se adicionar muitas linhas suplementares, criou-se claves que delimitam a partir de uma nota as alturas sonoras.

Os sinais que representam as claves foram introduzidos pelo papa Gregório Grande, + ou – por volta de 540 D.C, chamado de sistema alfabético, e representavam as notas musicais, A = Lá, B= Si, C = Dó, D = Ré, E = Mi, F = Fá, G = Sol.

No período medieval, a música ainda não era representada da forma convencionada atual, o pentagrama, por exemplo, iniciou com apenas uma linha na qual se grafava somente os sons agudos, médios e graves, consecutivamente, acima da linha, na linha e abaixo da linha. Com o tempo, surgiram outras linhas e as claves do grego Chave (MED, 1996, p.13-16). Para tanto, temos três claves:

Na figura acima, podemos ver as claves reunidas em seus pentagra-mas. Quando usamos uma clave, objetivamos uma certa tessitura ou extensão sonora do grave para o agudo.

A clave de Sol trabalha na região mais aguda, portanto, é usada para escrever músicas para instrumentos de tessitura aguda. Por exem-plo, o violino, flauta, oboé, canto.

A clave de Dó é uma clave usada para uma região média, portanto, usada para escrever músicas para instru-mentos de tessitura média. Por exemplo, a viola de arco ou erudita.

A clave de Fá é usada para escrever músicas para instrumentos que alcançam tessituras mais graves. Como podemos ver na figura acima. Por exemplo: violoncelo, contrabaixo, fagote, trombone etc.

Cada clave é nomeada conforme a nota que é adotada como referência para se estabelecer as outras.

Clave de sol Clave de Fá

Fá Sol Sol Sol SolLá Lá LáSi Si SiDó Dó DóRé Ré RéMi Mi MiFá Fá Fá

Clave de DóPENTAGRAMA 14

SAIBA MAIS!Tessitura ou extensão é a região que um instrumento tem condi-ções de alcançar do grave até o agudo.

ClavesUNIDADE II

Page 18: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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As notas musicais

Como o próprio nome diz, marca a linha da nota Dó. A clave de Dó, atualmente, é mais usada na terceira linha, conforme figura abaixo.

Conforme a figura, a ponta da cla-ve se inicia na segunda linha, a qual será a linha da nota Sol.

A clave de Dó utiliza-se nas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª linhas.

A clave de Fá, Re-ferência com dois pontinhos a 4ª linha, na qual será escrita a nota Fá.

Agora que já conhecemos as claves e suas funções, vamos às notas musicais. Temos sete notas musicais que foram introduzidas na música como a conhecemos somente a partir do século XI, por Guido D’Arezzo, utilizando-se as primeiras sílabas de um hino cantochão dedicado a São João, composto por Paulo Diácono, historiador Lombardo do século VIII.

Conforme o quadro ao lado, depois o UT foi substituído por Dó pela facilidade de entonação com a terminação em vogal. Mais informações em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ut_queant_laxisComo vimos acima, as sete notas musicais passaram por algumas transformações

no que diz respeito a sua representação, porém o seu som e suas relações entre notas permanecem inalteradas. Na página seguinte, temos a representação de uma escada na qual temos no primeiro degrau a nota Dó, que vem ser a nossa nota mais grave, em seguida, nossa escada sobe em direção a outra nota dó uma oitava acima, para a região mais aguda, em seguida ela desce, retornando à região mais grave. Observe que, ao descer a escada ou escala musical, as notas se man-tém no mesmo lugar, sendo lidas apenas de trás para frente.

Clave de Sol

Nota Sol

1ª linha 2ª linha 3ª linha 4ª linha

HINO A SÃO JOÃOUT queant laxisREsonare fibrisMIra gestorumFamuli tuorumSOLve pollutiLabii reatumSancte Iohanes

Clave de Dó Clave de Fá

Nota Dó Nota Fá

Page 19: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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REGIÃO AGUDA

ESCALA MUSICAL

ORDEM CRESCENTE ORDEM DECRESCENTE

DÓ DÓRÉ RÉ

MI MIFÁ FÁ

SOL SOLLÁ LÁ

SI SI

DO DORÉ RÉ

MI MIFÁ FÁ

LÁ LÁSI SI

DO

SOL SOL

Conforme a figura acima, as notas podem ser contadas da região grave para aguda (ordem crescente) e da região aguda para a região grave (ordem decrescente), como mostra a figura abaixo.

A escala é uma sequência de notas equidistantes com intervalos de tons e semitons . A escala diatônica Maior é composta por 5 tons e 2 semitons naturais, ficando dividida assim:

Acima, temos a escala de Dó Maior escrita no pentagrama, utilizando a clave de Sol.Vemos que entre Dó e Ré temos o intervalo de 1 tom.Entre Ré e Mi temos também 1 tom de intervalo. Observe que entre Mi e Fá temos apenas ½ tom ou, um semitom natural.

O que é um semitom?Do Fá para o Sol temos mais um tom.Do Sol para o Lá mais um tom.E do Si para o Dó uma oitava a acima, ½ tom ou um semitom natu-

ral.Assim, está composta a estrutura de todas as escalas diatônicas

maiores, com esta sequência de 2 tons, 1 semitom, 3 tons, 1 semitom.

Tom Tom Semitom SemitomTom Tom Tom

IIº IIIº IVº Vº VIº VIIº Iº8

NOTASAGUDAS

NOTASGRAVES

Escala

PENTAGRAMA 15

SAIBA MAIS!Um semitom corresponde à meta-de do valor de uma nota ou tom. Ou seja, todas as notas podem ser divididas, exceto, o Mi e o Si, que são semitons naturais.

Page 20: Linguagem Musical - I - Violão 2017

20

Dó central

Si Lá Sol Fá Mi Ré Dó

Chamamos oitavas as diversas alturas as quais as notas podem atingir, ou seja, a cada sete notas, atingimos na oitava nota a repetição da primeira, uma oitava. Para tanto, enumerou-se a nota Dó, para que se possa ser utilizado como referencial de altura. Então temos Dó 1, depois uma oitava acima Dó 2, mais uma oitava acima Dó 3 e assim por diante.

Abaixo, vemos a representação do Dó 2 a nota mais grave, depois o Dó 3, também chamado de Dó central e o Dó 4 na região mais aguda do pentagrama. Temos como referência para as notas mais graves a clave de Fá e para as notas mais agudas a clave de Sol.

Exercícios de Fixação

Na clave de Fá, as notas estão no sentido descendente, ou seja, do agudo para o grave e, na clave de Sol, estão no sentido ascendente, ou seja, do grave para o agudo.

Copie no seu caderno a clave de Sol, em seguida construa a escala de Dó Maior, do Dó 3 ao Dó 4, de forma ascendente (do grave para o agudo).

Agora, faça a escala de Dó maior na clave de Fá, do Dó 2 ao Dó 3, em figuras de colcheia de forma ascendente.

PENTAGRAMA 18

PENTAGRAMA 19

PENTAGRAMA 16

PENTAGRAMA 17

Dó2

Page 21: Linguagem Musical - I - Violão 2017

21

Escreva a escala de Dó Maior de forma descendente com figuras de semínima

Para cada nota, temos uma escala ou sequência de tons e semitons. A partir da nota dada, manteremos a mesma estrutura de tons e semitons da escala de Dó Maior.

Por exemplo, se usarmos a nota Sol como referência teremos:

Não! Então, na escala de Sol Maior, temos que manter a mesma estrutura das escalas diatônicas Maiores, ou seja, Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom, Tom e Semitom.

Veja que de Sol para Lá temos 1 Tom.De Lá para Si 1 Tom.Entre Si e Dó temos um Semitom, até agora estamos acompanhando a estrutura das escalas Maiores.De Dó para Ré temos 1 Tom.De Ré para Mi também 1 Tom.Agora, de Mi para Fá é um semitom natural, então temos um problema, como faremos? Já que a regra da

estrutura das escalas maiores pede que tenhamos mais um tom.Chegou a hora de usarmos o Sustenido e alterar a nota elevando-a meio tom, ou seja, agora o nosso Fá será

Sustenido ou melhor Fá #.Agora, temos de Mi para Fá# um tom.E de Fá # para Sol um Semitom diatônico.

Agora sim, nossa escala ficou dentro da estrutura das escalas diatônicas maiores, dessa mesma forma, fare-mos para todas as escalas diatônicas maiores.

PENTAGRAMA 20

PENTAGRAMA 21

Dó4

Tom

Si-Dó, semitomnatural

Fá-Sol, é um semitom natural?

TomTom

Tom Tom

Tom

Escalas Diatônicas, Modo Maior

Page 22: Linguagem Musical - I - Violão 2017

22

Ao invés de colocar o acidente ou sinal de alteração (# sustenido ou bemol) na nota, vamos colocá-lo na armadura de clave. Vai ficar assim:

O sinal de alteração é colocado ao lado da clave. Por esse motivo, é chamado de armadura de clave, ou seja, local onde serão colocados os acidentes ou alterações (# sustenidos ou bemóis) fixos durante a música. Então, dizemos que a escala de Sol Maior, tem um sustenido na sua armadura de clave, ou, que tem o Fá #.

Ok! Agora ficou fácil.Vamos ver as outras escalas maiores.

Escala de Lá Maior, com 3 sustenidos em sua armadura de clave (Fá#, Dó#, Sol#), em figuras de som de Colcheias. Observe que as figuras, ao ultrapassar a linha do meio do pentagrama, ficam com suas hastes dire-cionadas para baixo.

Escala de Mi Maior, com 4 sustenidos em sua armadura de clave (Fa#, Dó#, Sol#, Ré#), em figuras de semínimas.

Escala de Ré Maior, com 2 sustenidos em sua armadura de clave (Fá# e Dó#), em figuras de som de Semi-breve.

Armadura de Clave

PENTAGRAMA 22

PENTAGRAMA 23

PENTAGRAMA 24

PENTAGRAMA 25

Fá#

Page 23: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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Escala de Si Maior, com 5 sustenidos em sua armadura de clave (Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá#), em figuras de Semicolcheias.

Escala de Fá # Maior, com 6 sustenidos em sua armadura de clave (Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá#, Mi#), em grupos de colcheias.

Escala de Dó# Maior, com 7 sustenidos em sua armadura de clave (Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá#, Mi#, Si#). Em figuras de semínimas.

E as escalas diatônicas maiores com bemóis. Escala de Fá Maior, com 1 bemol em sua armadura de clave (Si ). Em figuras de mínimas.

Escala de Si Maior, com 2 bemóis em sua armadura de clave (Si e Mi ). Em figuras de colcheias.

PENTAGRAMA 26

PENTAGRAMA 27

PENTAGRAMA 28

PENTAGRAMA 29

PENTAGRAMA 30

Page 24: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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Escala de Mi Maior, com 3 bemóis em sua armadura de clave (si , Mi e Lá ). Em figuras de semicol-cheias.

Escala de Lá Maior, com 4 bemóis em sua armadura de clave (Si , Mi , Lá e Ré ). Em figuras de semí-nimas.

Escala de Ré Maior, com 5 bemóis em sua armadura de clave (Si , Mi , Lá , Ré e Sol ). Em figuras de mínimas.

Escala de Sol Maior, com 6 bemóis em sua armadura de clave (Si , Mi , Lá , Ré , Sol e Dó ). Em figuras de colcheia.

PENTAGRAMA 31

PENTAGRAMA 32

PENTAGRAMA 33

PENTAGRAMA 34

Page 25: Linguagem Musical - I - Violão 2017

25

PENTAGRAMA 35

PENTAGRAMA 36

Escala de Dó Maior, com 7 bemóis em sua armadura de clave (Si , Mi , Lá , Ré , Sol , Dó e Fá ) Em figuras de semínimas.

Como vimos, os Sustenidos e os bemóis tem uma sequência que se repete em todas as escalas. As escalas de Dó# Maior, contém a sequência de Sustenidos e a escala de e Dó Maior contém a sequência de bemóis. A sequência de sustenidos é: Fá, Dó, Sol, Ré, La, Mi, Si.

A Sequência de bemóis é a mesma de sustenidos anterior para frente: Si, Mi, Lá, Ré, Sol, Dó, Fá.Para se identificar a escala pela armadura de clave, quando temos sustenidos, fica assim: Uma nota à frente

da última alteração da sequência de sustenidos, por exemplo:

A nota é o Fá#, logo a escala será de Sol Maior, ou sua relativa menor que veremos mais à frente, pois para cada escala Maior temos uma relativa menor.

Para as escalas com bemóis, a regra muda, ficando a alteração anterior ao último bemol da sequência, por exemplo:

No pentagrama, acima temos a sequência de alterações: Si, Mi, Lá e Ré bemol. A nota Ré é a última altera-ção, então nossa escala será de Lá Maior, ou sua relativa menor, que veremos mais à frente.

PENTAGRAMA 37

Construa em seu caderno as escalas de Réb Maior, Si Maior e Mib Maior, nas claves de Fá e Sol, respectivamente em compassos 4/4, 6/8, 2/2. Lembre-se de colocar, ao final, as barras duplas ou travessão final.

Leve seu caderno para o professor regente avaliar nas aulas presenciais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - NÃO AVALIATIVO

Page 26: Linguagem Musical - I - Violão 2017

26

Temos as distâncias entre uma nota e outra, as quais chamamos de intervalos, como já vimos anteriormente, os intervalos podem ser:

Justos, Maiores, Menores. E também: Melódico, formado por notas sucessivas. Harmônico, formado por notas simultâneas. Ascendente, quando a primeira nota é mais grave que a

segunda . Descendente, quando a primeira nota é mais aguda que

a segunda. Simples, quando as notas ficam dentro de uma oitava . Composto, quando as notas excedem uma oitava.

No próximo sistema, teremos um intervalo de 3ª Maior, ou seja, uma distância de 2 Tons. Grau disjunto, simples, ascendente, melódico.

No sistema abaixo, temos um intervalo de 4ª justa, ou seja, uma distância de 2 tons e 1 semi-tom, justo, simples, em grau disjunto, ascendente, melódico. Daqui por diante, os intervalos serão classificados da mesma forma do anterior.

*A nota preta é apenas referencial

Semitom natural

PENTAGRAMA 38

PENTAGRAMA 39

PENTAGRAMA 40

2ª Maior

3ª Maior

4ª Justa

Mi Fá

*

Intervalos melódicos da escala diatônica Maior

UNIDADE III

SAIBA MAIS!Os intervalos melódicos

podem ser classificados como: Grau conjunto, formado por notas consecutivas ou intervalos de 2ª Maior ou menor.

E Grau disjunto, formado por intervalos de 3ª acima, Maiores e menores.

Abaixo, temos um intervalo de 2ª Maior, ou seja, a distância de um Tom. Podemos classifi-cá-lo por: Grau conjunto, simples, ascendente, melódico.

Page 27: Linguagem Musical - I - Violão 2017

27

Neste próximo sistema, temos um intervalo de 5ª justa, com uma sequência de: 2 tons, 1 semi-tom e mais 1 tom, ou, 3 tons e 1 semitom .

Todos estes intervalos são importantes para melhor compreender o campo harmônico e a formação de tríades ou acordes.

Abaixo, temos um intervalo de sexta Maior, com 4 tons e 1 semitom.

O intervalo de sétima Maior, com 5 tons e 1 semitom .

E o intervalo de 8ª justa, com 5 tons e 2 semitons .

Semitom natural

Semitom natural

Semitom natural

5 tons e 2 semitons de distância

Semitom

PENTAGRAMA 41

PENTAGRAMA 42

PENTAGRAMA 43

PENTAGRAMA 44

PENTAGRAMA 42

5ª justa

7ª maior

8ª Justa

8ª Justa

6ª Maior

Mi Fá

SAIBA MAIS!Lembrando que

as notas em negro são apenas referen-ciais, pois classifica-se o intervalo en-tre uma nota e outra, mesmo que não estejam grafadas as intermediárias da escala. Conforme figura ao lado.

Page 28: Linguagem Musical - I - Violão 2017

28

Os intervalos compostos são aqueles que excedem uma oitava ou mais. Para se formar um intervalo compos-to adiciona-se uma oitava ou mais ao intervalo simples, por exemplo:

Na figura acima, temos o Dó3 como fundamental, e depois de Ré3 a Ré4 uma oitava, se contarmos a partir do Dó3 teremos um intervalo de 9ª, para classificá-lo se é Maior, menor ou Justo, retiramos sete notas de cima para baixo e somamos a partir da fundamental ou seja a nota mais grave, no exemplo acima, temos de Dó3 a Ré3 uma segunda Maior então teremos de Dó3 até o Ré4 um Intervalo de 9ª Maior. Conforme o exemplo abaixo em figuras de colcheias:

A mesma regra vai servir para todos os outros intervalos.Intervalo de 10ªMaior, ou retirando sete notas de cima para baixo, 3ª Maior, em figuras de semicolcheias.

Intervalo de 11ª Justa, ou retirando sete notas de cima para baixo, 4ª Justa, em figuras de fusas.

PENTAGRAMA 45

PENTAGRAMA 46

PENTAGRAMA 47

PENTAGRAMA 48

Ré3

2ª Maior

Ré4

Page 29: Linguagem Musical - I - Violão 2017

29

Intervalo de 12ª Justa, ou retirando sete notas de cima para baixo, 5ª justa, em figuras de fusas.

Intervalo de 13ª Maior, ou retirando sete notas de cima para baixo, 6ª maior, em figuras de fusas.

Intervalo de 14ª diminuta, ou retirando sete notas de cima para baixo, 7ª diminuta, em figuras de semi fusas.

Para entendermos o campo harmônico, precisamos conhecer a série harmônica. A série harmônica é o efeito produzido por um corpo vibrante, ou seja, ao se tocar uma nota, temos o som fundamental e os sons harmôni-cos que acompanham o som fundamental. O som fundamental é o mais perceptível aos ouvidos, embora não seja o único a ressoar.

A série harmônica consiste no conjunto de sons que ocorrem simultaneamente ao som fundamental, cada nota tem o seu próprio campo harmônico. Abaixo, a série harmônica da nota Dó.

PENTAGRAMA 49

PENTAGRAMA 50

PENTAGRAMA 51

Campo Harmônico

Escreva uma pequena melodia de no mínimo 3 pautas (pentagramas), em Láb Maior, com a fórmula de compasso; ternário composto. Você deve utilizar os intervalos de 3ª, 5ª e 8ª ascendente nos cinco primeiros compassos, alternado no meio e descendente nos cinco últimos compassos, terminando com a fundamental da escala, sendo que a penúlti-ma nota deverá ser a 5ª nota da escala.

Leve seu caderno para o professor regente avaliar nas aulas presenciais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - NÃO AVALIATIVO

Page 30: Linguagem Musical - I - Violão 2017

30

Então, temos de Dó 1 à Dó 2 uma 8ª justa.

De Dó 2 à Sol 2 uma 5ª justa.De Sol 2 à Dó 3 uma 4ª Justa.De Dó 3 à Mi 3 uma 3ª Maior.De Mi 3 à Sol 3 uma 3ª menor.De Sol 3 à Si b 3 uma 3ª menor. De Si b 3 à Dó 4 uma 2ª Maior.De Dó 4 à Ré 4 uma 2ª Maior.De Ré 4 à Mi 4 uma 2ª Maior, e

assim por diante.

Agora, vamos trabalhar com essas relações de terças, maiores e menores para formar as tríades ou acordes, a música em seu aspecto vertical (harmonia), que chamamos de intervalos harmônicos.

Conforme a terça mais grave, teremos um acorde maior ou menor, sendo que a nota mais grave, a fundamental, é quem dá o nome ao acorde. Por exemplo, a tríade abaixo, temos no 1º grau da escala, a nota Dó, a tônica (por ser a nota que dá o nome a escala) e, neste caso, a fundamental do acorde (por ser também a que dá nome ao acorde), em seguida temos, o 3ºgrau da escala, a nota Mi, e em seguida, o 5º grau da escala, a nota Sol. Observe que estas notas são as mesmas que compõem o arpejo de Dó Maior, o qual falamos acima no estudo do campo harmônico.

PENTAGRAMA 52

PENTAGRAMA 53

Mi

Dó central

ARPEJO

Sol

Intervalos Harmônicos

PENTAGRAMA 54

SAIBA MAIS!

ARPEJOA sequência de graus, Dó = 1º grau, Mi = 3º grau e Sol

=5º grau, forma o que chamamos de Arpejo, esta sequência pode seguir, descendo ou subindo as oitavas da escala.

Denomina-se, Grau a nota, pois o arpejo pode ser realiza-do em qualquer escala, também são os intervalos, de 1ª justa, 3ª Maior ou menor e 5ª justa. Por exemplo, a escala de Mi Maior, o Arpejo será: Mi = 1º grau, Sol# = 3º grau e Si = 5º grau.

Page 31: Linguagem Musical - I - Violão 2017

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De Dó a Mi temos 2 tons, ou seja, uma terça maior, e a segunda terça, de Mi a Sol, 1 tom e ½ uma terça me-nor, lembrando que Mi é um semitom natural. Este acorde é de Dó Maior, classificado como um acorde Perfeito Maior, por ter duas terças, uma Maior e uma menor.

Agora, vamos para o 2º grau da escala a nota Ré, a fundamental do acorde (que dá nome ao acorde). Vamos ver como é que fica este acorde?

Então, temos a tríade, Ré, Fá, Lá. Observe que de Ré para Fá, temos 1 tom e ½ , isso quer dizer, uma terça menor, e de Fá para Lá temos 2 tons,

ou seja, uma terça Maior.Então, temos um acorde de Ré menor, classificado como um acorde Perfeito menor. O 3º grau da escala a nota MI (fundamental do acorde) e sua tríade.

Nessa tríade, temos de Mi para Sol, 1 tom e ½, uma terça menor, e de Sol para Si, 2 tons, uma terça Maior, formando um acorde de Mi menor, classificado como um acorde Perfeito menor.

Abaixo, a tríade a partir da nota Fá, 4º grau da escala, a nossa fundamental para este acorde.

Temos de Fá a Lá, 2 tons, uma terça Maior, de Lá a Dó, 1 tom e ½, uma terça menor, logo um acorde de Fá Maior, classificado como um acorde Perfeito Maior.

Opa! Chegamos ao acorde de 5º grau, conhecido também como acorde de dominante, mais a frente estuda-remos mais este acorde. Nesse caso, a fundamental é a nota Sol. Vamos à nota Sol.

Nesta tríade, temos 2 tons de Sol a Si, uma terça Maior, e 1 tom e ½, de Si a Ré, pois de Sí, para Dó é um semitom natural, então temos uma terça menor. Logo, temos um acorde de Sol

Maior, classificado como um acorde Perfeito Maior.

PENTAGRAMA 55

PENTAGRAMA 56

PENTAGRAMA 57

PENTAGRAMA 58

Page 32: Linguagem Musical - I - Violão 2017

32

Chegamos ao 6º grau da escala de Dó Maior, a nota Lá. A nossa nota fundamental do acorde.

Esta tríade fica assim, de Lá a Dó temos 1tom e ½, portanto, uma terça menor, e de Dó a Mi temos 2 tons, uma terça Maior, formando um acorde de Lá menor, ou seja, um acorde Perfeito menor.

Este acorde tem uma característica muito particular, pois é composto por duas terças menores. Vejamos de Si a Ré, temos um tom e ½, e de Ré a Fá, mais um tom e ½, o chamado trítono. Então, temos um acorde de Si Diminuto ou de 5ª diminuta.

Agora, vamos ver como fica nossa escala de Dó Maior com todos as suas tríades montadas. Vamos utilizar a abreviatura PM, para acorde perfeito Maior. Pm, para acorde perfeito menor e 5ªdim, para 5ª diminuta

Vamos para a sensível, o 7º grau de nossa escala, a nota Si.

PENTAGRAMA 59

PENTAGRAMA 60

DICAS

É o trítono, um som pra lá de dissonante, obtido quando determinadas notas são tocadas simultaneamente. Esse intervalo musical pode ser obtido a partir de variadas combinações de notas, mas o resultado é sempre um som carregado de tensão. O ape-lido "som do diabo" nasceu ainda na Idade Média, quando ele foi proibido pela Igreja, que considerava maligna a sua sonoridade desarmônica. Compositores e músicos que

insistissem em tocá-lo corriam até o risco de ir parar na fogueira! "Naquela época, a música tinha que ter um ideal de pureza. Como o trítono era muito dissonante, acabou sendo chamado de diabolus in musi-ca, pois iria contra a lei de Deus, que é a lei da harmonia", explica o músico paulista David Diniz Loubeh. Passado o período das trevas medievais, o trítono foi "absolvido", podendo ser ouvido hoje em várias canções, como na abertura da música Purple Haze, do roqueiro Jimi Hendrix. Ou, claro, em qualquer encruzilhadazinha à meia-noite...

(Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-e-o-som-do-diabo- Acesso em: 05/08/2016)

Page 33: Linguagem Musical - I - Violão 2017

33

PENTAGRAMA 61

PM1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º grau

PM PMPm Pm Pm 5º Dim

Da mesma forma que as escalas possuem uma sequência determinada, as tríades mantêm um padrão para todas as escalas maiores conforme o grau. Na figura acima, podemos perceber essa sequência, temos o 1º grau, o 4º grau e o 5º grau, formando acordes perfeitos Maiores. O 2º grau, o 3º grau e o 6º grau, formando acordes perfeitos menores. O 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º graus são acordes consonantes. O 7º grau é um acorde diminuto e, portanto, dissonante.

RELEMBRAR

Podemos distinguir o acorde se é perfeito Maior, ou, perfeito menor, conforme a terça a partir da nota fundamental, se for uma terça Maior, ele será Maior. Se for uma terça menor, ele será menor. Se a tríade for composta por duas terças menores, será diminuto.

Acordes CifradosAs tríades podem ser representadas através de cifras, uma forma muito utilizada para registro de har-

monias em piano e violão. Então, as tríades de nossa escala ficarão representadas da seguinte maneira:

PENTAGRAMA 62

PM1º

C

Dm

Em

F

G

Am

7º grau

B (-5) ou B (5 )

PM PMPm Pm Pm 5º Dim

Construa uma melodia com no mínimo 3 pautas, no tom de Ré Maior, em 4/4, utilizan-do os intervalos até no máximo de 4ª, sendo que no 1º grau, no 4º grau e no 5º grau monte as tríades (acordes), cifrando-os acima.

Leve seu caderno para o professor regente avaliar nas aulas presenciais.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO - NÃO AVALIATIVO

Page 34: Linguagem Musical - I - Violão 2017

34

Vimos que para a música ser escrita necessitamos do pentagrama, para que possamos registrar as alturas das notas.

As claves, para definir uma extensão ou tessitura musical adequada à escrita de vozes:

Também aprendemos que foram criadas figuras de som para que se pudessem ser registradas as músicas de forma mais precisa. Estas figuras se subdividem de forma igual.

Semibreve

Mínima

Semínima

Colcheia

Semicolcheia

GRAVE MÉDIA AGUDA

Revisão do módulo I

Page 35: Linguagem Musical - I - Violão 2017

35

Os compassos servem para dividir e organizar o ritmo da música em tempos iguais, sendo que temos com-passos simples e compostos, também que utilizamos a fórmula de compasso para definir o tempo forte da música.

As notas musicais são sete, contando mais sete a partir de cada nota, temos as escalas, e que as mesmas precisam manter a forma de 2 tons, 1 semitom, 3 tons, 1 semitom. Para isso, precisamos utilizar os acidentes ou sinais de alteração: # sustenido ou bemol, sendo que os mesmos são colocados na armadura de clave para servirem de alteração fixa na música conforme a escala.

Aprendemos que a série harmônica fornece as relações harmônicas entre as notas. Utilizamos como exemplo o arpejo, quando sobreposto, forma o acorde, que também podemos chamar de tríades.

Também vimos que podemos classificar os intervalos musicais tanto melódicos (sentido horizontal da músi-ca), quanto harmônicos (sentido vertical da música), os mesmos quando sobrepostos em terças formam acordes maiores ou menores conforme a terça da nota fundamental.

Por fim, aprendemos que assim como nas escalas maiores que temos uma sequência definida de tons e se-mitons, os acordes também mantêm uma sequência definida de acordes Perfeitos Maiores, acordes perfeitos menores e o acorde diminuto.

Bons estudos e até o próximo conteúdo!

PENTAGRAMA 63

PENTAGRAMA 64

Page 36: Linguagem Musical - I - Violão 2017

36

HINDEMITH, Paul. Treinamento elementar para músicos. Ricordi, 4ª edição; São Paulo, 1988.

LACERDA, Oswaldo. Compêndio de teoria elementar da música. Ricordi Brasileira. São Paulo, 1967.

MED, Buhomil. Ritmo- 3ª edição ampliada. Musimed; Brasília, 1984.

MED, Buhomil. Teoria da música- 4ª edição ampliada. Musimed; Brasília, 1996.

PRIOLLI, Maria Luiza de Matos. Princípios básicos da Música para a juventude. 1º volume, 48ª edição revisada e atualizada, Casa Oliveira de Músicas; Rio de Janeiro, 2006.

VASCONSELOS, Yuri. O que é o“som do diabo?”. Mundo Estranho, <http://mundoestranho.abril.com.br/mate-ria/o-que-e-o-som-do-diabo-> Acesso em: 05/08/2016)

Referências

Page 37: Linguagem Musical - I - Violão 2017

Inaciolândia

Gouvelândia

Quirinópolis

V icentinópolis

Acreúna

Santo Antônioda Barra

Rio Verde

Jataí

Turvelândia

Porteirão

Maurilândia

Castelândia

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Buriti Alegre

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V ianópolis

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Inhumas

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Goianira

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Firminópolis

Turvânia

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A velinópolis

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Sanclerlândia

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São Miguel do AraguaiaNovoPlanalto

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Colinasdo Sul

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Alto Paraísode Goiás

Teresinade Goiás

Divinópolisde GoiásMonte Alegre

de Goiás

CamposBelos

Nova Roma

Guaranide Goiás

Iaciara

Posse

Buritinópolis

Alvoradado Norte

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Damianópolis

Mambaí

Flores deGoiás

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Amaralina

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Campinorte

AltoHorizonte

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Uruaçu

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Hidrolina

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ItapaciNovaAmérica

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FainaMatrinchã

Montes Clarosde Goiás

Itapirapuã

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Cocalzinhode Goiás

JaraguáItaguaru

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