linear clipping :: anfip -...

28
Clipping ANFIP ÍNDICE Auditor fiscal para em todo o País. ..........................................................................................................2 Auditores fiscais da RF paralisam por tempo indeterminado ..............................................................2 Auditores da Receita decretam greve .....................................................................................................3 Receita apreende carga de cigarros ........................................................................................................3 Ensino superior............................................................................................................................................4 Onda de greve - Ponto do servidor ..........................................................................................................4 Receita apreende 250 mil maços .............................................................................................................6 Barreiras dos dois lados (Informe Econômico) ......................................................................................6 Governo negocia isenção de ICMS para Farmácia Popular ...............................................................7 Operação tartaruga na Receita ..............................................................................................................10 A Grécia é uma vítima ..............................................................................................................................11 Justiça dá mais garantias a aposentados por invalidez .....................................................................12 Comissão quer devolver INSS a aposentado que trabalha ...............................................................13 Empresa que contratar ex-dependente químico pode receber isenção de tributo ........................13 Seguridade beneficia, com seguro-desemprego, vítimas de enchentes .........................................14 Definição de greve (Saúde e previdência) - COLUNA DO SERVIDOR ..........................................15 Projeto padroniza processo orçamentário ............................................................................................15 Empresas deixam de pagar Refis e afetam arrecadação da Previdência.......................................16 A cultura da fraude (Editorial) .................................................................................................................17 Brasileiros pagaram R$ 700 bi só este ano. .........................................................................................18 Dívidas vão retardar o consumo para 2013 .........................................................................................18 Impostômetro atinge R$ 700 bilhões nesta terça-feira .......................................................................20 Mercado derruba previsão de alta do PIB pela 6ª vez, agora para 2,3% ........................................21 Parlamentares lançam Frente Mista para debater gestão eficiente .................................................21 Incentivos fiscais na mira do STF (Artigo) ............................................................................................22 Governo grego perto da coalizão ...........................................................................................................23 Senado quer mais incentivos para quem preserva .............................................................................24 Retorno às compras, só em 2013 ..........................................................................................................25 Foco no investimento (Editorial) .............................................................................................................26 G20 apoia plano para sanear bancos espanhóis em dia de tensão nos mercados ......................27

Upload: dominh

Post on 03-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Clipping ANFIP

ÍNDICE

Auditor fiscal para em todo o País. .......................................................................................................... 2

Auditores fiscais da RF paralisam por tempo indeterminado .............................................................. 2

Auditores da Receita decretam greve ..................................................................................................... 3

Receita apreende carga de cigarros ........................................................................................................ 3

Ensino superior............................................................................................................................................ 4

Onda de greve - Ponto do servidor .......................................................................................................... 4

Receita apreende 250 mil maços ............................................................................................................. 6

Barreiras dos dois lados (Informe Econômico) ...................................................................................... 6

Governo negocia isenção de ICMS para Farmácia Popular ............................................................... 7

Operação tartaruga na Receita .............................................................................................................. 10

A Grécia é uma vítima .............................................................................................................................. 11

Justiça dá mais garantias a aposentados por invalidez ..................................................................... 12

Comissão quer devolver INSS a aposentado que trabalha ............................................................... 13

Empresa que contratar ex-dependente químico pode receber isenção de tributo ........................ 13

Seguridade beneficia, com seguro-desemprego, vítimas de enchentes ......................................... 14

Definição de greve (Saúde e previdência) - COLUNA DO SERVIDOR .......................................... 15

Projeto padroniza processo orçamentário ............................................................................................ 15

Empresas deixam de pagar Refis e afetam arrecadação da Previdência ....................................... 16

A cultura da fraude (Editorial) ................................................................................................................. 17

Brasileiros pagaram R$ 700 bi só este ano. ......................................................................................... 18

Dívidas vão retardar o consumo para 2013 ......................................................................................... 18

Impostômetro atinge R$ 700 bilhões nesta terça-feira ....................................................................... 20

Mercado derruba previsão de alta do PIB pela 6ª vez, agora para 2,3% ........................................ 21

Parlamentares lançam Frente Mista para debater gestão eficiente ................................................. 21

Incentivos fiscais na mira do STF (Artigo) ............................................................................................ 22

Governo grego perto da coalizão ........................................................................................................... 23

Senado quer mais incentivos para quem preserva ............................................................................. 24

Retorno às compras, só em 2013 .......................................................................................................... 25

Foco no investimento (Editorial) ............................................................................................................. 26

G20 apoia plano para sanear bancos espanhóis em dia de tensão nos mercados ...................... 27

FOLHA DE PERNAMBUCO - PE | ECONOMIA

RECEITA FEDERAL DO BRASIL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Auditor fiscal para em todo o País.

Servidores públicos federais de todo o País estão em mobilização por tempo indeterminado. A movimentação começou ontem e reúne os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil (RFB) de todo o Brasil. A categoria segue em operação-padrão. Os

auditores fiscais do trabalho estudam a possibilidade de aderir ao movimento. Na próxima quinta-feira será a vez dos servidores do Banco Central e da Advocacia-Geral da União se reunirem para decidir se participarão da mobilização.

Todas as categorias pleiteiam um aumento salarial de 30,19%, melhores condições de trabalho e maior cuidado com as fronteiras. Durante a paralisação, os auditores da Receita irão trabalhar com operação "crédito zero" na área de fiscalização tributária interna, além de realizarem a operação padrão em portos e aeroportos, que tornará o processo de fiscalização mais lento. "Esta operação padrão vai impactar diretamente na armazenagem das cargas a serem exportadas e importadas", comentou o presidente da Delegacia Sindical no Recife do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), Dauzley Miranda.

Segundo a presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado de Pernambuco (Afitep) - ligados ao Ministério do Trabalho e Emprego -, Lêda Valença, a categoria se reunirá para determinar o rumo da movimentação. "Estamos mobilizados e queremos mobilizar todos os auditores do Estado. Fizemos hoje (ontem) uma assembleia e prosseguiremos amanhã (hoje) para decidir como será feita a nossa operação padrão. De modo geral, será uma intensificação das fiscalizações", explicou Lêda.

De acordo com Miranda, o Governo ainda não se manifestou sobre os pleitos apresentados pelos representantes das carreiras federais. "Até agora não tivemos nenhuma reunião com o Governo. Estamos aguardando alguma posição, mas nenhuma proposta concreta foi apresentada", sinalizou.

AGORA - RS | GERAL

RECEITA FEDERAL DO BRASIL 18/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Auditores fiscais da RF paralisam por tempo indeterminado

Depois de dois eventos de manifestação - um com paralisação por 24 horas e outro por 48 horas -, nesta segunda os auditores fiscais da Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto do Rio Grande iniciaram paralisação por tempo indeterminado,

acompanhando movimento nacional da categoria. A paralisação dos auditores se constitui na realização de operação padrão na zona primária, com os fiscais dedicando-se à análise detalhada de todas as cargas, e crédito zero na zona secundária.

Na área portuária a verificação das cargas ocorrerá com conferências física e documental mais detalhadas, o que significará mais demora na liberação das mercadorias tanto na exportação quanto na importação. Conforme o presidente da delegacia Rio Grande/Chuí do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da RF (Sindifisco), João Carlos Melo Nunes, 100% dos auditores fiscais que atuam em Rio Grande aderiram ao movimento.

Na manhã desta segunda, primeiro dia de paralisação por tempo indeterminado, os auditores lotados no Município participaram de um café da manhã, na sede da Alfândega. O evento foi promovido pela delegacia local do Sindifisco para definir como seria feita a operação padrão. A categoria está lutando por reposição salarial de 30%, "percentual referente à inflação dos últimos

quatro anos", e melhoria das condições de trabalho.

Por Carmem Ziebell

[email protected]

CORREIO DO POVO - RS | ECONOMIA

RECEITA FEDERAL DO BRASIL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Auditores da Receita decretam greve

Foi deflagrada ontem uma paralisação dos auditores da Receita Federal por tempo indeterminado em 80 delegacias sindicais

do todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, nas 11 unidades do órgão, a estimativa é de que 80% dos cerca de 900 auditores gaúchos tenham interrompido as atividades, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Tributária (Sindifisco) em Porto Alegre, Vilson Romero. Os servidores realizaram a Operação Padrão nas aduanas, regiões de fronteira e no Aeroporto Internacional Salgado Filho. "Foi usado mais rigor ao analisar bagagens e mercadorias", assinalou Romero.

A paralisação, segundo Romero, não deve trazer problemas à população. Dentro das repartições, ocorre a operação Crédito Zero. "A intenção não é causar prejuízo. Fazemos o trabalho, porém, sem cumprir as metas estabelecidas pela Receita", disse. Algumas áreas continuam funcionando normalmente. Grupos fizeram manifestações nas unidades para pedir reposição salarial e melhores condições de trabalho. Na Capital, servidores se reuniram no prédio do Ministério da Fazenda e organizaram café da manhã para chamar a atenção para a falta de reajuste desde 2008. No dia 26 haverá avaliação sobre os rumos da greve.

O Sindifisco Nacional reclama que o governo não apresentou proposta às reivindicações das carreiras nem previsão. A entidade deverá enviar um documento para a presidente Dilma Rousseff, reafirmando o compromisso com o Estado de garantir o bom andamento da Rio+20 e solicitando audiência sobre o reajuste.

CORREIO DO POVO - RS | POLÍCIA

RECEITA FEDERAL DO BRASIL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Receita apreende carga de cigarros

A Receita Federal apreendeu ontem uma carga de cigarros contrabandeados em Gravataí. O produto estava escondido na

carroceria de um caminhão-tanque bitrem. De acordo com os fiscais, havia em torno de 250 mil maços do produto. O veículo foi interceptado na RS 118, junto à freeway, e levado ainda à noite para a sede da Receita Federal, na Capital. Já o condutor

foi encaminhado à Polícia Federal.

JORNAL DA CÂMARA - DF | GERAL

RECEITA FEDERAL DO BRASIL 19/06/2012 18:59 Veja a matéria no site de origem

Ensino superior

A Câmara aprovou a Medida Provisória 559/12, que estabelece o programa de estímulo à reestruturação e ao fortalecimento das instituições de ensino superior. Onofre Santo Agostini (PSD-SC) acredita que a medida trará benefícios às universidades de Santa Catarina. O deputado explicou que a MP permite às instituições de ensino superior permutar o seu passivo com a Receita Federal em parcelamento dos valores e concessões de bolsas de estudo.

JORNAL DE BRASILIA - DF | ECONOMIA

SERVIDOR PÚBLICO | SEGURIDADE SOCIAL | RECEITA FEDERAL DO BRASIL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Onda de greve - Ponto do servidor

Os servidores dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Trabalho e Emprego (MTE), da Previdência Social (MPS), Funasa, Incra e Arquivo Nacional estão em greve. Servidores do Ministério da Justiça também aderiram à greve

nacional. Ao longo desta semana, servidores de outros órgãos devem se reunir para aderir ao movimento, que tem como mote reajuste salarial ainda este ano. Também estão de braços cruzados os professores das universidades federais, servidores de apoio e também os funcionários das escolas e institutos técnicos federais.

PARALISAÇÃO PODE CHEGAR A 90%

O movimento grevista dos servidores públicos federais deve chegar ao auge por volta do dia 26, com a paralisação de 90% dos trabalhadores. A informação é do diretor-executivo da CUT, Pedro Armengol, coordenador do setor público na central sindical e dirigente também da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Na opinião do sindicalista, a decisão da categoria por greve geral é reflexo de "desgaste" na negociação com o governo. "É preocupante a qualidade da interlocução com o Governo Federal", afirmou. A greve foi aprovada no início do mês por mais de 300 representantes sindicais de 20 estados, durante assembleia da categoria em Brasília. Após 120 dias de negociações, sem avanços, Armengol critica exigências dos representantes do governo de não negociar durante a greve.

REAJUSTE, CONCURSOS, DATA-BASE...

Além de reajuste salarial, os servidores públicos federais de diversos setores cobram a reestruturação das carreiras antes da realização de novos concursos públicos e protestam contra a Medida Provisória 568, de 2012, em tramitação no Congresso

Nacional, que propõe mudança no cálculo dos adicionais de insalubridade e de periculosidade, além de alterar a carga horária de médicos e outras categorias que possuem jornada estabelecida em lei. A categoria reclama ainda a falta de definição de uma data-base.

SÓ EM 2014

O governo, por sua vez, aponta o baixo crescimento da economia e as distorções entre as carreiras como justificativa para a injustiça contra setores do funcionalismo público. Já concluiu que não haverá recursos no Orçamento de 2013 para bancar aumentos generalizados, como o esperado e, por isso, pretende empurrar os reajustes para 2014, uma vez que uma das prioridades da proposta orçamentária em elaboração é aumentar os investimentos públicos para fazer rodar a economia mais rapidamente.

ITAMARATY CRUZA OS BRAÇOS

Os servidores do Itamaraty aderiram à greve. Ontem a categoria fez paralisação de 24 horas e, a partir de hoje, cruza os braços por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), funcionários de ao menos 50 postos no exterior participaram, por meio de redes sociais, da assembleia que decidiu pela primeira greve do Itamaraty. De acordo com o Sinditamaraty, a categoria pede, entre outras coisas, equiparação salarial de assistentes e oficiais de chancelaria a carreiras correlatas. O salário inicial de um oficial de chancelaria é R$ 6.299 e de um técnico de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), carreira correlata, de R$ 11.941, segundo o sindicato.

RECOMPOSIÇÃO DE PERDAS

Já um assistente de chancelaria recebe R$ 3.134 e sua carreira correlata na Abin, R$ 4.914. O salário dos diplomatas (R$ 12.962) já está equiparado ao de oficial de inteligência da Abin, mas mesmo assim representantes participam da paralisação. A revisão salarial, segundo nota do sindicato, é para" recompor perdas dos últimos 25 anos, além da valorização das atividades exercidas pela categoria, com garantias efetivas e equivalentes às dadas para as demais carreiras consideradas típicas de Estado". Segundo o Sinditamaraty, os funcionários do Ministério que atuam na Rio+20 não paralisarão suas atividades. Já as atividades consulares e das embaixadas pelo mundo devem ser afetadas.

AUDITORES EM OPERAÇÃO PADRÃO

Outro foco de descontentamento está entre os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil. A categoria iniciou uma

operação padrão, o que pode afetar o ritmo em aeroportos e portos, entre outros setores. Os servidores da Receita pedem reajuste de 30,19% nos salários. A categoria já havia feito uma primeira mobilização de advertência, nos dias 9 e 30 de maio passados e outra nos dias 12 e 13 da semana passada. Mas, segundo o sindicato, o governo "manteve silêncio em relação aos pleitos apresentados". A Receita Federal, por meio da assessoria de imprensa, informou que não vai se manifestar sobre o assunto.

JUDICIÁRIO PARA POR 24 HORAS

Quem também cruza os braços essa semana é o pessoal do Judiciário. Amanhã, fazem paralisação de 24 horas. Querem a aprovação do PL 6.613, que desde 2009 está no Congresso Nacional à espera de aprovação. De acordo com o projeto, o vencimento básico do analista judiciário no início de carreira será de R$ 6.855,73 e, no final de carreira, de R$ 10.883,07. A esse valor é acrescida a Gratificação Judiciária (GAJ), que corresponde a 50% do vencimento básico do servidor, além de vantagens pecuniárias. Somadas as gratificações, a remuneração inicial do analista judiciário passará dos atuais R$ 6 mil para cerca de R$ 10 mil. A remuneração do mesmo cargo em final de carreira vai de R$ 10 mil para cerca de R$ 16 mil.

NEGOCIAÇÃO SUSPENSA

O Governo Federal cancelou a reunião agendada para hoje entre representantes do Ministério do Planejamento, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e outros representantes dos professores de universidades federais. Uma nova data deve ser divulgada pelo governo. De acordo com o Andes, os representantes do Governo Federal alegaram que ainda não tiveram tempo para elaborar uma nova proposta que atenda às demandas dos professores. A previsão é que a reunião seja realizada na próxima semana. A greve dos professores foi deflagrada no dia 17 de maio, com adesão de 29 instituições. De acordo com o último balanço do sindicato, o número já chega a 55. Eles reivindicam um plano de reestruturação da carreira docente, que teria sido prometido pelo governo para março deste ano. Isso inclui o estabelecimento de 13 níveis de remuneração (atualmente são 17), variação salarial de 5% entre eles e piso para a carreira de R$ 2.329,35 referente a 20 horas semanais de trabalho (hoje, o valor é R$ 1.597,92).

ZERO HORA - RS | GERAL

RECEITA FEDERAL DO BRASIL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Receita apreende 250 mil maços

A Receita Federal apreendeu ontem, em Gravataí, com apoio da Brigada Militar, uma carga de cigarros contrabandeados

estimada em cerca de R$ 600 mil. Os aproximadamente 250 mil maços estavam escondidos na carroceria de um caminhão-tanque com placas de São Paulo que foi abordado por volta das 21h na rodovia Gravataí-Alvorada (ERS-118).

Segundo Leonardo Iglesias, auditor da Divisão de Repressão ao Contrabando da Receita Federal, a seção gaúcha do órgão

foi alertada por colegas do Paraná e de Santa Catarina, que informaram a descrição e a placa do veículo.

O motorista foi detido e seria encaminhado a uma delegacia da Polícia Civil.

ZERO HORA - RS | ECONOMIA

RECEITA FEDERAL DO BRASIL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Barreiras dos dois lados (Informe Econômico)

Se de um lado os exportadores brasileiros sofrem com a imposição das barreiras argentinas à entrada de produtos verde-amarelos, agora a dificuldade ficou um pouco maior diante da operação padrão dos funcionários da Receita Federal. Ou seja,

entraves dos dois lados.

Na sexta-feira, uma reunião promovida pela bancada gaúcha e pela Fiergs voltará a discutir o crescente impedimento a exportações brasileiras para o mercado argentino. Um dos prejudicados pela situação - setor de máquinas e implementos agrícolas - estará no encontro para um novo alerta.

Além do fato de que algumas empresas do setor já transferiram parte de suas instalações para o país vizinho - a mais recente é a New Holland, do Paraná -, Claudio Bier, presidente do Sindicato de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado, vai advertir que o Brasil começará também a perder em exportações. Reflexo do fato de que o incentivo dado pelo governo argentino para exportação é quatro pontos percentuais acima do brasileiro: 14% ante 10% aqui:

- O prejuízo tende a ser gigantesco.

VALOR ECONÔMICO -SP | ESPECIAL

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS | RECEITA FEDERAL DO BRASIL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Governo negocia isenção de ICMS para Farmácia Popular

Preocupado com o elevado déficit da balança comercial do setor de saúde, o governo federal se empenha para estimular a produção nacional de equipamentos médicos e remédios. Em entrevista ao Valor, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, diz que está pronto para lançar mão de várias medidas para enfrentar um déficit comercial que pode atingir valor recorde de US$ 12 bilhões neste ano. O arsenal inclui uso do poder de compra do governo, promessa de isenção fiscal para os medicamentos incluídos no programa social Farmácia Popular e ampliação das exportações brasileiras de vacinas.

Padilha afirma que o país receberá investimentos de R$ 500 milhões para a construção de uma fábrica de equipamentos radioterápicos, o que reduzirá a dependência externa dessas máquinas. As gigantes Siemens, GE e Elektra disputam o mercado com a promessa de que o Ministério da Saúde será o principal comprador. O ministro também costura com os secretários estaduais de Fazenda isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os mais de cem medicamentos disponíveis no Farmácia Popular, que oferece remédio com subsídio federal.

Outra arma do Ministério da Saúde para combater o déficit comercial é ampliar a produção de vacinas com o objetivo de elevar as exportações brasileiras. A pasta comandada por Padilha também trabalha para melhorar a gestão e estancar o desperdício de recursos. Os recursos excedentes engordam o orçamento de compra de medicamentos pelo governo e ajudam a elevar a capacidade produtiva da indústria. Além disso, o governo cada vez mais aperta o cerco aos planos de saúde, cujos clientes utilizam o serviço público. De acordo com o ministro, os reembolsos das seguradoras ao Sistema Único de Saúde (SUS) saíram de uma média anual de até R$ 15 milhões entre 2003 e 2010 para algo em torno de R$ 80 milhões no ano passado. "No futuro, queremos chegar a uma marca de até R$ 400 milhões por ano", projeta Padilha. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Valor: Há uma meta para reduzir o déficit da balança comercial da saúde? Os incentivos às Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) devem ajudar?

O Farmácia Popular aumentou em três vezes o acesso para remédio para hipertensão e diabetes"

Alexandre Padilha: Não estabelecemos meta. O ministério tem uma política para estímulo à produção nacional. Nossa preocupação é como garantir que o acesso a medicamentos e as transferências de tecnologia sejam sustentáveis. Um exemplo é a campanha de vacinação. O Brasil só tem um dos maiores programas do mundo porque 96% dessas vacinas são produzidas no país.

Valor: O que é importado?

Padilha: A injetável para pólio era importada, mas agora não mais. A da varicela, que utilizamos em grupos específicos, não é produzida no Brasil. Há algumas específicas para febre tifoide que também não são produzidas aqui. Esses são os três grandes exemplos. A HPV é importada.

Valor: O país exporta vacinas?

Padilha: Uma parte é doada, como para o Haiti. Também fazemos doação para alguns países da África ou fornecemos via fundos multilaterais existentes. O próximo passo é buscar o mercado global. A primeira iniciativa é a vacina MMR (na sigla em inglês), que inclui sarampo, caxumba e rubéola. Essa vacina é produzida no Brasil pela Fiocruz. Estamos fazendo uma aposta com a Fundação Bill e Melinda Gates, que financia a oferta internacional de vacinas para países de baixa renda. Também produziremos vacina pentavalente, incluindo numa dose de cinco doenças: DPT (difteria, caxumba e tétano), hepatite e hemófilos. Até 2015, experimentaremos a heptaBrasil. As três devem render US$ 500 mil em exportações.

Valor: Houve avanços nas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo? Quantos acordos foram fechados?

Padilha: Atingimos 34. Nas PDPs, que são parcerias público-privadas, o Ministério da Saúde define o laboratório público, a indústria privada nacional ou internacional. O ministério garante a compra centralizada desse medicamento. Temos feito PDPs para estimular outros Estados, evitando a concentração em São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais. Além desses três Estados, temos PDPs na Bahia, em Pernambuco e Alagoas, além de parcerias no Acre para produção de camisinha. Não tem nenhum país com mais de 100 milhões de habitantes que busque o desafio de ter saúde universal para todos, como o Brasil. Um exemplo é o programa de centros de radioterapias. São 80 novos centros, com R$ 500 milhões de investimento e a maior compra pública de aceleradores lineares.

Valor: Quais os critérios para o país receber esse investimento?

Padilha: A cláusula em edital é de que a indústria produza no Brasil. São três indústrias mundiais, nenhuma na América Latina. Estamos colocando na cláusula que quem ganhar começa a produzir aqui no Brasil.

Valor: Alguém interessado? Há acordo assinado?

Padilha: Temos o termo de referência feito. Agora tem um processo de audiências públicas. São três grandes fornecedores interessados: Siemens, Elektra e GE.

Valor: Isso é sem concorrência?

Padilha: Vamos abrir um processo de concorrência. A distribuição nós já fechamos.

Valor: Pode ser em parceria com laboratório público?

Padilha: O principal modelo do processo de acelerador é ser uma empresa privada. Tem que ter transferência de tecnologia e produção no Brasil. No começo pode importar. A partir de 2015 tem que produzir aqui. Senão devolve todo o dinheiro que foi ganho na concorrência.

A estimativa é que os reembolsos ao SUS fiquem entre R$ 300 e R$ 400 milhões por ano, futuramente"

Valor: A área de diagnóstico tem quanto do déficit da saúde?

Padilha: Dos US$ 11 bilhões em 2011, US$ 6,5 bilhões são medicamentos e insumos fármacos e US$ 4,5 bilhões são na área de equipamentos. Nessa parte somos superavitários na área odontológica.

Valor: As empresas contam com incentivos para ajudar o governo contra o déficit?

Padilha: Aprovamos uma lei no governo Lula, que permite ter margem de preferência para produtos frutos de inovação tecnológica ou produção nacional. Qualquer produto nacional tem margem de 20% nas compras governamentais e até 25% se for fruto de inovação. Essa lei ainda tem que ser regulamentada. O primeiro decreto regulamentou equipamentos de defesa, rurais e para área da saúde (medicamentos e fármacos). A parte de equipamentos da saúde não está regulamentada. Hoje podemos aplicar essa margem, no caso de medicamentos, até o topo dela (25%), e também para remédios biotecnológicos, que o Brasil quer começar a produzir. Nós incentivamos a criação de dois grandes produtores privados (Bionovis e Orygen), com o apoio financeiro do BNDES e Finep.

Valor: Um desses grupos (Bionovis) está fechando acordo com Coreia, China e Índia para transferência de tecnologia. É permitido?

Padilha: Sim. Esse acordo é para um produto chamado Imatinib [contra câncer].

Valor: Voltando às Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo, os 34 acordos são de transferência de tecnologia pura de medicamentos? Muitos grupos não querem transferir tecnologia de drogas cujas patentes ainda não expiraram.

Padilha: São duas combinações que têm de ser feitas. O que nos interessa é passar a produzir aqui no Brasil, reduzir o déficit e consolidar plantas que passem a produzir outros medicamentos similares. Para a maior parte da indústria interessa transferir tecnologia de uma droga que está para perder patente - caso do Imatinib. Nos interessa porque passamos a produzir aqui e desenvolvemos outros produtos. Só no ano passado fizemos uma economia de R$ 1,8 bilhão com compra centralizada. Uma parte disso foi com negociação de compras, maior eficiência de gestão e também as PDPs.

Valor: Essa economia é diluída no orçamento do ministério?

Padilha: Só ampliamos o Farmácia Popular porque diminuímos o gasto. No caso das vacinas, só foi possível pela maior eficiência de gestão e economia.

Valor: Esses acordos de transferência de tecnologia são os mesmos com as estrangeiras?

Padilha: O interesse é que seja com grupos que tenham planta no Brasil ou atrair para que tenham produção aqui. Roche, Novartis, Merck, com todas elas temos conversas. Algumas participam de PDPs. O interesse deles é no mercado público grande e também no privado, que é crescente. O Brasil tem hoje 50 milhões de pessoas com convênio.

Valor: O sr. não acha que o desafio também passa por produção nacional de insumos, considerando que o país importa cerca

de 80% desses produtos?

Padilha: É decisivo. As PDPs agora têm uma regra de verticalização da produção. As novas PDPs, firmadas a partir do fim do ano passado, estimulam a apresentação de propostas de verticalização da produção - desde o insumo, química fina até a produção final do remédio. Nós não temos estrutura para produtos biológicos. Precisamos começar desde o início.

Valor: Temos hoje poucos laboratórios públicos capacitados para esse tipo de inovação.

Padilha: Dos públicos, o principal hoje é o Fiocruz. Conseguimos fortalecer recentemente outros laboratórios, como Instituto Butantan, de São Paulo, Instituto Vital Brasil, do Rio, que estava parado. O Lafepe, de Pernambuco, um da Bahia que está ressuscitando, o Lifal, outro de Alagoas, pequeno ainda, e um de Minas Gerais, o da Funed, além da Tecpar do Paraná. Vamos investir até 2014 cerca de R$ 2 bilhões.

Valor: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem sido criticada pela morosidade na liberação dos registros de medicamentos. O que tem sido feito para melhorar essa imagem?

Padilha: Regulação é um outro desafio. Por isso, estabelecemos no ano passado um contrato de gestão entre Anvisa e Ministério da Saúde, que passou a presidir o conselho da agência. Criamos uma lista de produtos considerados estratégicos e passamos a exigir um rito de aprovação mais rápido que outros. O registro de uma vacina, por exemplo, tem que sair mais rápido que o de um cosmético, por exemplo. Desde então, aumentamos em 78% a quantidade de registros de medicamentos genéricos na Anvisa na comparação com o ano anterior. Outro desafio é o dos produtos biotecnológicos, fixar seus parâmetros para registro. A Anvisa acabou de mudar um conjunto de regras sobre pesquisas clínicas no país. Para produzir um medicamento é necessário um grande campo de pesquisa. Montamos uma rede para oncologia envolvendo hospitais e institutos que podem participar com pacientes, acompanhamentos e dados para o registro de pesquisas.

Valor: Conversamos com um laboratório nacional (Biolab) que firmou parceria com um indiano, mas está fazendo os estudos clínicos na França para o desenvolvimento de sua primeira molécula nacional.

Padilha: Esse também é um desafio para o setor privado porque hoje o que o setor público investe em ciência e inovação é comparado com o que investem países desenvolvidos, em termos de percentual do Produto Interno Bruto [PIB]. Ainda temos uma grande defasagem em relação a quanto o setor privado investe em pesquisa na área de saúde.

Valor: A distribuição de cada vez mais medicamentos gratuitos no Farmácia Popular pode afetar o orçamento do ministério?

Padilha: Quanto maior o acesso a medicamentos maior é o impacto de redução de custos no longo prazo. Um exemplo: colocamos no ano passado medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes no Farmácia Popular e o acesso aumentou em três vezes. Em 2012, constatamos, pela primeira vez, a queda no número de internações por diabetes no Brasil. E isso já ocorreu num prazo curto, então tanto no médio como no longo prazo vamos ter retorno em termos de custo sempre que ampliarmos o acesso a medicamentos.

Valor: Mas de onde vem o dinheiro para a ampliação de acesso?

Padilha Melhorando a gestão. O Ministério da Saúde fez um esforço para economizar R$ 1,8 bilhão no ano passado. Centralizamos as compras de medicamentos e passamos a considerar os preços internacionais até descobrir que tinha indústria que vendia mais barato na Inglaterra do que estavam vendendo para nós aqui. Negociamos com o TCU [Tribunal de Contas da União] mudanças na forma de contratação das compras de hemoderivados, que passaram a ser considerados gasto contínuo, permitindo que fechássemos contratos de mais de um ano e, logo, mais baratos. Com as PDPs também conseguimos reduzir preços no fornecimento de produtos graças à garantia do nosso poder de compra. O esforço de eficiência de gestão garantiu forte aumento do acesso a medicamentos do Farmácia Popular e ainda a inclusão, recentemente, de um novo remédio grátis no programa, contra asma.

Valor: Qual foi o critério para a escolha da gratuidade no remédio de asma?

Padilha: A gratuidade do remédio para asma foi incluída no Farmácia Popular há três semanas e já teve aumento de 27% no acesso na comparação com as semanas anteriores. A gente montou um comitê de acompanhamento [varejo, indústria e governo] do programa. De tempos em tempos, vamos analisar a inclusão de novos medicamentos. Após um ano de avaliação da gratuidade dos remédios de hipertensão e diabetes, decidimos incluir asma seguindo a mesma lógica inicial. No primeiro mês de gestão do governo da presidenta Dilma, de 1,2 milhão de pessoas que iam no Farmácia Popular todo mês, 900 mil pegavam remédios para hipertensão e diabetes, então beneficiamos o maior público. No caso da asma, trata-se da segunda maior causa de internações de criança de até seis anos no país - a primeira é internação de causas agudas, como diarreia.

Valor: Alguma perspectiva para a introdução de um quarto medicamento gratuito no programa?

Padilha: Serão sempre medicamentos de doenças crônicas, porque é o que faz sentido. A ideia principal do Farmácia Popular é ampliar o acesso ao maior número de medicamentos da maneira mais rápida possível.

Valor: O peso da tributação sobre medicamentos atrapalha a execução do programa?

Padilha: O maior peso hoje dos impostos de medicamentos é o ICMS. Há várias situações diferentes em função das regras

que os Estados criam, como a substituição tributária. Nós trabalhamos para ser aprovado no âmbito do Confaz [Conselho Nacional de Política Fazendária] um acordo de isenção tributária para os medicamentos que fazem parte do Farmácia Popular.

Valor: Quando essa decisão pode sair?

Padilha: Ela está em debate. Quem leva para o conselho é o presidente do Confaz. Essa é uma reivindicação também apresentada pela indústria e pelo varejo, a isenção total do ICMS ou de redução da alíquota, chegando a 5%, 6% - hoje ela chega a 19%.

Valor: O sr. mencionou que o setor de saúde tem um papel importante para ajudar na sustentação do crescimento econômico. Estamos assistindo o governo lançar mão de várias medidas para facilitar o investimento privado. A indústria da saúde será beneficiada com alguma isenção fiscal?

Padilha: A discussão de incentivo tributário é mais ampla, passa pelo Ministério da Fazenda, pela Receita Federal. O principal

incentivo é estimular a produção nacional. Para isso vamos definir a margem de preferência de compras de equipamentos médicos. Também temos o poder de compra do Ministério da Saúde. Além dos medicamentos, todo ano compramos 1,1 mil ambulâncias para o Samu para renovação de frota. Já autorizamos a liberação de R$ 800 milhões para reforma e construção de UPAs e UBSs [Unidades Básicas de Saúde] no âmbito do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. A própria expansão do acesso a medicamentos tem impacto decisivo na economia das famílias. Uma coisa interessante: tem secretário municipal de Saúde que ganha prêmio de associações comerciais, porque reduz a inadimplência local ao expandir o Programa Saúde da Família [PSF]. Afinal, quando as pessoas começam a se tratar no próprio município sobra mais dinheiro para circular na cidade, pois ela não tem mais a expectativa de deixar a cidade e gastar com remédios.

Valor: A expectativa de redução do déficit da balança comercial para este ano é de US$ 12 bilhões. Quando ele será mais baixo?

Padilha: É muito difícil fazer esse cálculo. Mas estamos ampliando o acesso, buscando ofertar mais serviços e incorporar mais tecnologia no setor. Não focamos numa meta de redução do déficit. Nosso objetivo é ampliar cada vez mais a produção nacional, sobretudo trazendo produtos de ponta para o Brasil. Os produtos biotecnológicos significam 5% de todas as unidades que o Ministério da Saúde tem que comprar, um impacto muito grande no orçamento.

Valor: A política de reembolso dos planos de saúde ao SUS está avançando?

Padilha: Em 2011, batemos o recorde de reembolso: R$ 82,8 milhões. A média anual entre 2003 e 2010 variava de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões. Tivemos um salto ano passado, porque aprimoramos a gestão, com um novo sistema de informação na ANS. Isso permitiu identificar melhor e com maior velocidade um usuário de plano de saúde que tem usado o SUS. Além disso, o Ministério da Saúde só paga a ficha de internação pública do hospital credenciado ao SUS se o paciente tiver o número do cartão SUS - caso o paciente não tenha, um número é emitido na hora, não precisa da mídia plástica. Isso ajudará a aumentar os reembolsos ainda mais. A estimativa é que fiquem entre R$ 300 e R$ 400 milhões por ano, futuramente.

CORREIO BRAZILIENSE - DF | ECONOMIA

RECEITA FEDERAL DO BRASIL 19/06/2012

Operação tartaruga na Receita

Quem procurou ontem a Delegacia da Receita Federal, no setor de Autarquias, teve que enfrentar uma operação tartaruga.

Analistas tributários mandavam distribuir somente dez senhas de cada vez. Ao público, diziam que o sistema de informática, operado pelo Serpro, estava fora do ar e que, por isso, o atendimento estava parado. O tempo médio de espera chegou a três horas.

O consultor de tecnologia Gabriel Nunes, 34 anos, chegou ao local às 9h40, depois de receber uma notificação da Receita Federal. Na luta pelo atendimento, chegou a retirar meia dúzia de senhas diferentes, que foram invalidadas posteriormente

pelo sistema. Após muito transtorno, foi recebido por um analista e orientado a entrar na internet para corrigir dados da declaração de rendimentos.

"Eu não precisava ter vindo aqui para ter essa informação. Posso fazer a retificadora de minha casa, pela internet. É uma vergonha que o sistema do Serpro saia do ar e não haja um plano B para que o procedimento seja feito em papel ou que não haja uma lista de espera para ser seguida quando o sistema volte", argumentou. Gabriel disse ainda ter visto idosos e deficientes aguardando pelo atendimento de pé. "Eu os vi serem mal tratados pelos servidores", protestou.

Fora do ar

O aposentado Darse Arimatéia Ferreira Lima, 68, também sofreu para ser atendido. Ele chegou às 8h ao posto para buscar informações sobre a restituição do IR. Às 11h30, entretanto, ainda não havia sido atendido. Perto do meio dia, durante o atendimento que durou 15 minutos, ele recebeu a informação de que sua declaração continha erro e que ele deveria entrar na página da Receita na internet e fazer uma declaração retificadora, corrigindo o valor do rendimento. "Já liguei para o Serpro e eles disseram que não havia registro de queda no sistema, mas a Receita Federal disse que o sistema estava fora do ar e por

isso parou de atender no Plantão Fiscal", relatou.

ESTADÃO ONLINE | ECONOMIA

SEGURIDADE SOCIAL | TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 03:09 Veja a matéria no site de origem

A Grécia é uma vítima

As origens desse desastre estão bem mais ao norte, em Bruxelas, Frankfurt e Berlim, onde as autoridades criaram um sistema monetário profundamente - e talvez fatalmente - falho, e depois agravaram os problemas desse sistema substituindo a análise pelo moralismo. E a solução da crise, se é que será possível, terá de ser encontrada por essas autoridades.

Voltando à Grécia: de fato, nesse país é grande a corrupção e a sonegação de impostos, e o governo grego tem o hábito de

viver além dos próprios recursos. Sem falar que a produtividade grega é baixa pelos padrões europeus - cerca de 25% inferior à média da União Europeia. Entretanto, vale notar que no Mississippi, por exemplo, a produtividade também é baixa pelos padrões americanos - mais ou menos na mesma porcentagem.

Por outro lado, muito do que se ouve a respeito da Grécia não corresponde à verdade. Os gregos não são preguiçosos - ao contrário, sua jornada de trabalho é mais longa do que a dos alemães, particularmente. Nem a Grécia tem um estado do bem-estar social que não consegue controlar, como os conservadores gostam de dizer. Os gastos na área social da Grécia, enquanto porcentagem do PIB, são bem inferiores aos da Suécia ou da Alemanha, países que até agora suportaram bastante bem a crise europeia. Portanto, como foi que a Grécia chegou a esse ponto? A culpa é do euro.

Há 15 anos, a Grécia não era nenhum paraíso, entretanto não estava em crise. O desemprego era elevado, mas não catastrófico, e a nação mais ou menos se mantinha à tona nos mercados mundiais, ganhando o suficiente com as exportações, o turismo, o transporte marítimo, e conseguia pagar mais ou menos as suas importações.

Então a Grécia aderiu ao euro, e aconteceu algo terrível: passou-se a acreditar que era um lugar seguro para investir. O dinheiro de fora começou a inundar a Grécia, financiando em parte, mas não totalmente, os déficits do governo; a economia cresceu; a inflação subiu; e a Grécia se tornou cada vez menos competitiva. Na verdade, os gregos dilapidaram grande parte, quando não a maior parte do dinheiro que entrava incessantemente, mas isso aconteceu também com todos os outros países que ficaram presos na bolha do euro.

Bolha. A bolha estourou quando as falhas fundamentais de todo o sistema do euro tinham se tornado plenamente evidentes. Uma pergunta: por que a área do dólar - também conhecida como Estados Unidos da América - funciona mais ou menos, sem

as profundas crises regionais que hoje afligem a Europa?

A resposta é que nós temos um governo central forte, e as atividades desse governo na realidade proporcionam ajudas automáticas aos Estados que enfrentam dificuldades financeiras. Por exemplo, o que aconteceria com a Flórida, neste momento, em consequência de sua enorme bolha imobiliária, se o Estado tivesse de tirar o dinheiro da Seguridade Social e

da assistência médica aos idosos de suas receitas repentinamente minguadas. Felizmente para a Flórida, Washington paga, e não Tallahassee, a capital do Estado, o que significa que, de fato, a Flórida recebe uma ajuda numa escala com a qual nenhuma nação europeia sequer sonharia.

Portanto, embora a Grécia não deixe de ter seus pecados, enfrenta graves problemas por causa da arrogância das autoridades europeias, que estavam convencidas de que poderiam fazer funcionar uma moeda única sem um governo único. E essas mesmas autoridades tornaram a situação ainda mais grave ao insistir, apesar das evidências, que todos os problemas da moeda eram causados pelo comportamento irresponsável dos países do sul, e que tudo se resolveria se as pessoas estivessem dispostas a sofrer um pouco mais.

E chegamos às eleições gregas de domingo, que acabaram não apresentando uma solução a esses problemas. A coalizão governista talvez tenha conseguido permanecer no poder, embora até isso não esteja tão claro. De qualquer maneira, os gregos não conseguirão solucionar a crise.

Talvez o euro se salve - talvez - se os alemães e o BCE se compenetrarem de que são eles que precisam mudar o comportamento, gastando mais e, pois é, aceitando uma inflação maior. Do contrário - a história futura mostrará a Grécia como a vítima da prepotência./ TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA

AGORA - SP | GRANA

SEGURIDADE SOCIAL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Justiça dá mais garantias a aposentados por invalidez

Os aposentados por invalidez estão conseguindo ampliar seus direitos na Justiça.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) mandou o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) fornecer uma prótese a um

aposentado por invalidez.

Em outra decisão, o TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), que atende casos de São Paulo e Mato Grosso do Sul, ampliou os atrasados de um segurado com direito ao adicional de 25% do benefício por invalidez (pago a quem comprova a necessidade de auxílio permanente).

Na primeira decisão, o INSS recorreu ao STJ para não pagar uma prótese a um vigia que perdeu parte da perna após um

acidente de trabalho.

O órgão alegou que não tinha a obrigação de pagar pelo equipamento ou custear a manutenção porque o aposentado não tinha mais perspectiva de voltar ao trabalho.

A Justiça, no entanto, disse que a incapacidade do ex-vigia não tirava seus direitos de segurado.

O ministro Cesar Asfor Rocha, relator do caso no STJ, afirmou que "o fato de o segurado estar aposentado por invalidez não o exclui" do direito de receber uma prótese e, ainda, ter a manutenção ou a substituição do aparelho, se precisar.

Ele ressaltou que esses benefícios são obrigatórios aos segurados do INSS, inclusive aos aposentados.

AGORA - SP | GRANA

SEGURIDADE SOCIAL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Comissão quer devolver INSS a aposentado que trabalha

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou, na última quarta-feira, projeto determinando que o aposentado que voltar a trabalhar deverá receber a grana paga a mais de contribuições ao INSS.

O projeto, que está sendo analisado em caráter conclusivo e não precisará ser aprovado em plenário, passará por mais duas comissões: a de Finanças e Tributação, e a de Constituição e Justiça.

Segundo a proposta, a devolução, chamada de pecúlio, seria feita em pagamento único no valor de todas as contribuições à Previdência após o pagamento do primeiro benefício quando o segurado se afastar definitivamente do trabalho.

JORNAL DA CÂMARA - DF | VOTAÇÃO

SEGURIDADE SOCIAL 19/06/2012 18:59 Veja a matéria no site de origem

Empresa que contratar ex-dependente químico pode receber isenção de tributo

Empresas que recebem benefícios do governo para a reinserção social de ex-usuários de drogas e alcoólatras em abstinência também poderão ser isentas da contribuição previdenciária por um ano. A medida foi aprovada pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

O texto aprovado é um substitutivo do deputado Pastor Eurico (PSB-PE) ao Projeto de Lei 3079/11, do Senado. O novo texto incluiu os alcoólatras entre o público alcançado pela medida, uma vez que a redação original apenas fazia referências aos ex-usuários de drogas. O projeto tramita em regime de prioridade e em caráter conclusivo, e ainda deve ser analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Exigências - Pelo substitutivo, a indicação para a ocupação das vagas com isenção previdenciária será regulada pelas normas do Sistema Único de Assistência Social (Suas). As empresas deverão articular a oferta das vagas com a coordenação do Suas. Já o candidato, deverá cumprir seu plano individual de atendimento, abster-se do uso de drogas ou álcool, atender aos requisitos de habilitação informados pela empresa e cumprir as normas estabelecidas.

Reconhecimento - "O reconhecimento das pessoas que estão recuperadas do vício do álcool é importante, porque existem empresas que olham para o passado e acham que um ex-dependente pode voltar ao vício e dar prejuízos", declarou Pastor Eurico.

Atualmente, a Lei 11.343/06 autoriza a União, os estados e os municípios a conceder benefícios às instituições privadas que desenvolverem programas de reinserção no mercado de trabalho do usuário e do dependente de drogas encaminhados por

órgão oficial.

JORNAL DA CÂMARA - DF | VOTAÇÃO

SEGURIDADE SOCIAL 19/06/2012 18:59 Veja a matéria no site de origem

Seguridade beneficia, com seguro-desemprego, vítimas de enchentes

O agricultor familiar rural ou extrativista que tenha suas terras inundadas por enchentes pode ser beneficiado com o seguro-desemprego. A medida, prevista no Projeto de Lei 380/11, da deputada Rebecca Garcia (PP-AM), foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família.

A proposta tramita em caráter conclusivo e já passou pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Agora, segue para Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça.

O benefício de um salário mínimo mensal será pago por um período fixado pela Agência Nacional de Águas (ANA). Para requerer o seguro, o agricultor ou extrativista terá de se habilitar no órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego.

Também é necessário que o produtor tenha como única fonte de renda a agricultura ou o extrativismo, e tenha se dedicado a essas atividades durante o período compreendido entre duas inundações. O beneficiário não pode receber nenhum benefício de prestação continuada da Previdência ou da Assistência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte.

O benefício será pago com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), instituído pela Lei 7.998/90.

Sobrevivência dos produtores - O relator do projeto, deputado Padre João (PT-MG), disse que a proposta vai garantir a sobrevivência dos produtores familiares atingidos por enchentes, possibilitando a retomada das atividades rurais. "Ao inviabilizar sua única fonte de sustento, a inundação das terras do pequeno produtor rural em regime de economia familiar constitui questão social de relevância, que requer reparo urgente", defendeu.

O projeto determina que o seguro seja cancelado se o agricultor receber outra fonte de renda, se desrespeitar as normas de preservação ambiental ou se for comprovado que ele utilizou informações falsas para receber o benefício. No caso de morte do beneficiário, o seguro será cancelado apenas se não houver dependente econômico.

Punição por fraudes - A eventual constatação de fraude para receber o seguro-desemprego implicará o cancelamento imediato do benefício, a devolução do valor recebido indevidamente, além de outras medidas civis e penais cabíveis.

O DIA - RJ | ECONOMIA

SEGURIDADE SOCIAL 19/06/2012

Definição de greve (Saúde e previdência) - COLUNA DO SERVIDOR

Servidores dos ministérios da Saúde, do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, que atuam no Rio de Janeiro, decidem

hoje se vão entrar em greve. As classes são contra o reajuste unicamente no no vencimento básico.

VALOR ECONÔMICO -SP | POLÍTICA

SEGURIDADE SOCIAL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Projeto padroniza processo orçamentário

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) entregou, ontem, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o seu parecer ao projeto de lei complementar que estabelece novas regras para o processo de planejamento, orçamento e controle da administração pública brasileira, em substituição à Lei 4.320 de 1964. O substitutivo apresentado por Dornelles propõe a redução do estoque de restos a pagar em 10% ao ano, de maneira a abrir espaço para que a lei orçamentária do exercício possa ser executada. Outra mudança importante prevê que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deverá fixar limites para os orçamentos do Judiciário e do Legislativo.

Essa nova Lei de Finanças Públicas está prevista no artigo 165 da Constituição, mas até hoje não foi aprovada. Nesse sentido, ela complementa a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Enquanto a LRF é uma espécie de manual de conduta do gestor público, fixando limites para algumas despesas, a Lei de Finanças Públicas é um manual de contas, com regras a serem seguidas pela União, Estados e municípios.

A Lei 4.320, que define as normas para a elaboração e controle dos orçamentos dos entes da federação, está desatualizada, pois não disciplina várias questões que foram introduzidas pela Constituição de 1988, como o Plano Plurianual (PPA), a LDO, o desdobramento do Orçamento em fiscal e da Seguridade Social, e o orçamento de investimento das empresas estatais.

Pela inexistência dessa lei, hoje cada ente da federação faz o seu PPA e a sua LDO de acordo com seus próprios critérios, sem uma padronização. "O projeto de lei complementar que será apreciado pela CAE é, em primeiro lugar, um manual de contas, pois estabelece uma disciplina mínima sobre a contabilidade, o planejamento e o controle", explicou Dornelles. "O objetivo é padronizar os procedimentos orçamentários, de planejamento e de controle".

Dornelles fez um parecer sobre quatro projetos de lei que tramitam conjuntamente no Senado desde 2009 e que tratam do mesmo assunto. O substitutivo apresentado pelo senador procura impedir a proliferação de programas na administração pública, sem que as despesas correspondentes possam ser identificadas na lei orçamentária. Assim, o projeto determina que os planos regionais e setoriais precisam estar em consonância com o PPA.

Houve uma preocupação, no substitutivo, de hierarquizar os vários instrumentos do processo orçamentário brasileiro. Neste sentido, o projeto determina que o PPA seja aprovado antes do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) e que seja enviado à sanção até o encerramento da sessão legislativa do primeiro ano do mandato do chefe do Poder Executivo. Atualmente, nada obriga essa prática e houve caso, na área federal, em que o PPA foi aprovado depois da LOA.

O artigo 99 da Constituição estabelece que os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO. O problema é que a LDO nunca trouxe esses limites, o que tem dado origem a conflitos entre o Executivo e o Judiciário. O substitutivo apresentado por Dornelles obriga a LDO a fixar os limites orçamentários não apenas para o Judiciário, mas também para o Legislativo, o Ministério Público e Defensoria Pública.

Outra mudança significativa é o prazo para a apresentação e aprovação da LDO. O substitutivo propõe que o Executivo encaminhe o projeto da LDO ao Legislativo até o dia 15 de março e que ele seja aprovado até o dia 31 de maio. Atualmente, no caso federal, a data limite para a envio é 15 de abril e a aprovação ocorre em julho, mas já houve caso de envio da proposta orçamentária da União ao Congresso antes da aprovação da LDO.

O substitutivo prevê vários mecanismos para aproximar as autorizações orçamentárias à capacidade de pagamento da

administração pública. Para isso, foram fixadas regras rígidas de controle dos restos a pagar, que são despesas autorizadas e que não foram pagas no exercício. Os restos a pagar podem ser processados (quando falta apenas o pagamento) ou não processados (quando não houve a liquidação, ou seja, o serviço não foi feito ou a obra não foi entregue).

Os restos a pagar não processados que não forem liquidados até o fim do exercício seguinte serão cancelados, de acordo com o substitutivo. Além disso, o projeto determina que o estoque de restos a pagar deverá ser reduzido à razão de 10% a cada exercício. O objetivo dessa medida é abrir espaço fiscal para a execução da programação orçamentária do exercício.

Outro artigo do projeto determina que a lei orçamentária anual não poderá autorizar a abertura de crédito suplementar ou o cancelamento compensatório em montante superior a 25% da despesa total autorizada para cada unidade orçamentária. Esse dispositivo deve afetar vários Estados e municípios que abrem crédito suplementar superior a 50% da despesa total autorizada pela lei orçamentária.

Dornelles disse ao Valor que solicitará, na reunião de hoje da CAE, a realização de audiências públicas para discutir o projeto.

VALOR ECONÔMICO -SP | BRASIL

SEGURIDADE SOCIAL 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Empresas deixam de pagar Refis e afetam arrecadação da Previdência

A queda no recolhimento de depósitos judiciais e do parcelamento de dívidas, como do Programa de Recuperação Fiscal (Refis), afetou o desempenho da arrecadação total da Previdência Social deste ano. De janeiro a abril, a receita bruta

previdenciária cresceu 4,28%, em termos nominais, na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar de as contribuições de empresas, empregados e de profissionais autônomos terem superado em mais 10% o valor registrado em igual período do ano passado, a arrecadação da parte judicial e de dívidas administrativas caiu mais de 66% na mesma comparação.

O secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, disse ao Valor que há uma tendência de as companhias

incluídas em parcelamento de dívidas deixarem de pagar os débitos com o tempo. "Quando tem um Refis, tem um "boom" de recuperação desse item. À medida que o Refis vai ficando mais distante, alguns vão deixando de pagar, esperando mais um programa de parcelamento." Segundo ele, o governo não discute um novo Refis, mas "isso não significa que não se possa fazer outro".

De um total bruto de R$ 84,5 bilhões arrecadados pela Previdência no primeiro quadrimestre do ano, a parcela que compreende devolução de benefícios, recuperação administrativa e judicial de receitas, inclusive com parcelamento, chegou a R$ 3,1 bilhões - no mesmo período do ano passado, a parcela chegou a R$ 9,4 bilhões.

Os dados são do Boletim Estatístico da Previdência Social de abril e não consideram a inflação. Os números podem divergir dos anunciados mensalmente pelo Ministério da Previdência Social, que usa a arrecadação líquida total. Ao considerar

apenas depósitos judiciais, o boletim mostra que houve uma queda de 21,5% no acumulado de janeiro a abril deste ano na comparação com igual período do ano passado.

Rolim reconhece que as receitas recuperadas, judicialmente ou administrativamente, são relevantes na conta da Previdência, mas que esses recolhimentos estão abaixo do esperado pelo governo. Diz ainda que a projeção para esses itens é feita com base em séries históricas. A margem de erro dessa estimativa, de acordo com o secretário, é maior, pois "não há um parâmetro tão objetivo quanto o das outras receitas."

Rolim explicou que a queda da arrecadação judicial e administrativa não preocupa o governo, pois está sendo compensada por uma menor despesa judicial da Previdência, além do "bom resultado" registrado na arrecadação vinculada a empresas (que inclui a parte das contribuições da companhia e também a parcela dos empregados) e contribuintes individuais.

Desde o início do ano, quatro setores da indústria - calçados e couro, confecções, tecnologia da informação e comunicação,

call-centers - foram beneficiados por uma medida de estímulo econômico: desoneração da folha de pagamento e, em troca, passaram a pagar um percentual sobre o faturamento bruto, como forma de contribuição previdenciária. Entretanto, no acumulado do ano, a Previdência registra uma arrecadação bruta por parte das empresas 13,5% superior a igual período de 201.

"Dentro da indústria, os setores beneficiados pela desoneração da folha estão entre os que mais empregam", destacou o secretário. "Se fosse para a arrecadação [do lado das empresas] cair, iria acontecer já nesses primeiros meses, o que não foi observado." Segundo ele, isso foi possível graças à formalização de trabalhadores e à criação de empregos em diversos setores da economia.

A partir de agosto, mais 11 setores da indústria serão beneficiados pela medida de desoneração. Além disso, a alíquota cobrada sobre o faturamento dos quatro ramos industriais já contemplados será reduzida. Mesmo assim, Rolim diz que o ritmo de contribuição das empresas e empregados será mantido, pois o governo espera maior atividade econômica no segundo semestre deste ano.

ZERO HORA - RS | EDITORIAIS

SERVIDOR PÚBLICO 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

A cultura da fraude (Editorial)

Reportagem do jornalista Giovani Grizotti, da RBS TV, exibida no programa Fantástico de domingo mostra o grau de refinamento atingido pela corrupção no Brasil, incluindo o Rio Grande do Sul, que já teve orgulho de cultivar valores republicanos e éticos supostamente diferenciados em relação ao restante do país. Em conversas gravadas, oito representantes de empresas especializadas em concursos, entre as quais duas gaúchas, duas paranaenses e uma catarinense, admitiram cobrar valores que chegam a R$ 5 mil para inclusão de nomes em listas de aprovados. Além da fraude na rea-lização de concursos, o esquema se estende para direcionamento de licitações e propina. Um dos ouvidos explicou que, após a realização do acerto, participantes do esquema efetuam a troca do cartão de respostas do beneficiado por outro com as opções marcadas conforme o gabarito oficial. Outro disse que, em caso de concursos para médico e dentista, o valor deveria ser de R$ 20 mil. Em uma declaração que seria ridícula se não fosse revoltante, dois entrevistados informaram que, como teriam de incluir os R$ 3 mil de propina na nota fiscal de serviço, seriam obrigados a recolher R$ 500 em imposto, sendo, por isso, obrigados a acrescentar mais esse valor ao custo cobrado.

A reportagem deveria ser o estopim para a deflagração de um amplo movimento nacional pela moralização das provas e das licitações de empresas especializadas em organizar os concursos. Tudo é imoral nesse processo, a começar pela ideia equivocada de que o serviço público é um prêmio a ser conquistado, capaz de contemplar os que nele ingressam com estabilidade e outras garantias inacessíveis aos que estão fora dele. Registre-se que, nos casos abordados, houve ação pronta do Ministério Público, do Legislativo e da Polícia Civil, além de suspensão de concursos por parte de prefeituras.

O serviço público eficiente, impessoal, transparente e acessível a toda a população é um direito do cidadão e dever do Estado e não pode ser encarado como moeda de troca em transações inaceitáveis como a flagrada pelo Fantástico. É evidente que, se existem portas laterais de acesso a vagas de SERVIDOR PÚBLICO, contrariando a Constituição Federal, deve-se procurar

na conduta dos próprios agentes públicos, tanto quanto na dos corruptores externos, as causas desses ilícitos. A continuidade de esquemas desse tipo nada mais faz do que reproduzir as condições para que o malfeito se alastre, uma vez que maus servidores públicos permitem a seleção e o ingresso, por meio de fraude, de outros maus servidores, que perpetuam o ciclo vicioso e se tornam predadores ativos ou potenciais do Erário. A fatura desse moto-perpétuo é, finalmente, apresentada ao contribuinte, seja na forma de achaque, seja na de desperdício de recursos carreados para saciar a ganância de particulares. Feche-se a porta que permite acesso a vagas no serviço público mediante propina, e a sociedade se verá livre de custos crescentes no combate à corrupção.

FOLHA DE PERNAMBUCO - PE | ECONOMIA

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Brasileiros pagaram R$ 700 bi só este ano.

SÃO PAULO (AE) - O Impostômetro vai chegar aos R$ 700 bilhões em Tributos pagos pelos brasileiros às 21h de hoje, de

acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em 2011, a marca foi alcançada no dia 27 de junho, oito dias mais tarde do que este ano. A contagem considera os Tributos federais, estaduais e municipais pagos desde 1º de janeiro.

"Apesar de a crise mundial continuar ameaçando o desempenho da economia global, de as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) recuarem este ano e dos incentivos fiscais oferecidos pelo Governo, como redução do IPI para manter as vendas de alguns setores produtivos específicos, a carga tributária brasileira não diminui", disse o presidente da ACSP, Rogério Amato, em nota distribuída à Imprensa.

Hoje, a população da cidade de São Paulo vai alcançar os R$ 15 bilhões pagos em Tributos. Entre as cidades do Estado que mais recolheram Tributos este ano estão Campinas, que terá colaborado com R$ 1,4 bilhão para a marca geral do

Impostômetro, São José dos Campos, com R$ 969 milhões, Sorocaba, com R$ 881 milhões, e Santos, com R$ 753 milhões. A virada para a marca de R$ 700 bilhões pode ser acompanhada tanto no painel que fica na rua Boa Vista, no Centro da capital paulista, quanto no site do Impostômetro na internet.

JORNAL DO COMÉRCIO - RS | ECONOMIA

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Dívidas vão retardar o consumo para 2013

O esforço do governo para ampliar o consumo através da redução de juros bancários e de incentivos, como o corte de impostos, só deverá ter efeito significativo a partir do segundo trimestre de 2013. Segundo economistas, as taxas de

endividamento e inadimplência devem entrar em trajetória declinante a partir dos próximos meses, mas não o suficiente para reconduzir os consumidores às compras de bens duráveis, especialmente carros, ainda neste ano.

Segundo o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, os consumidores que fizeram dívidas de longo prazo para compra de carros estão fora do mercado. Seja por estarem no limite do endividamento pessoal ou porque suspenderam o pagamento e entraram na lista de inadimplentes. "Quem está pagando o carro não vai trocar de carro tão cedo e quem deixou de pagar está impedido de fazer outra compra no momento", diz.

A inadimplência nesse segmento, segundo dados do Banco Central, passou de 5,7% em março para 5,9% em abril, maior taxa desde junho de 2000. O Indicador de Inadimplência do Consumidor da Serasa Experian subiu 6,2% de abril para maio, acumulando a terceira alta consecutiva.

A tendência é que daqui para o final do ano os consumidores de um modo geral renegociem suas dívidas e terminem de pagar seus compromissos, mas o movimento de retorno ao consumo será bem mais lento do que o esperado pelo governo. "Certamente que vai ter mais consumo, mas há um caroço a ser digerido no resto desse ano e no primeiro semestre do próximo ano até que seja reduzido o peso desse endividamento", diz Barros, reforçando que as vendas da indústria automobilística não crescerão mais de 2% em 2012 e devem acompanhar a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no

próximo ano. "E quando voltar o consumo, ele não será a taxas explosivas como em 2009", reitera o economista.

Para estimular imediatamente a demanda, o economista Amir Khair avalia que o governo teria que agir rapidamente para reduzir o custo do crédito. A pressão para diminuição dos spreads por meio de concorrência dos bancos públicos teria que ser acompanhada, segundo ele, de tabelamento imediato de taxas bancárias e de cortes mais fortes da Selic para o nível de 5% ao ano. Com isso, Khair diz que o governo abriria espaço, no orçamento das famílias, para novas compras e dívidas.

"A taxa de juros ao consumidor precisa sair dos 105% ao ano para 10% ao ano até o final de 2013", afirma o economista, sugerindo que essa média de custo recue para, ao menos, 50% até o final deste ano. Segundo ele, se nada for feito nesse sentido, a inadimplência ficará estancada em níveis altos, de 6% a 7%, e o endividamento ficaria na faixa de 22% da renda até 2013.

Mendonça de Barros avalia que as reduções de juros e custos de crédito feitas até agora são positivas, mas só terão efeito a partir do segundo trimestre, quando o endividamento estiver mais baixo e os inadimplentes conseguirem voltar a consumir. "Daí sim, haverá um efeito mais forte. Mas, no curto prazo, os estímulos não funcionarão e o crescimento econômico será mais fraco mesmo."

O espaço entre a fatia atual de comprometimento de 22% da renda com dívidas e o limite de 30% estabelecido pelo setor financeiro seria ilusório segundo Barros, pois nas faixas de renda C, D e E, essa média já estaria em 26% da renda. Além disso, dentro da classe C cerca de 25% das famílias já superou o limite de 30% da renda com dívidas, o que representa 5,8 milhões de famílias.

Calote só deve cair no segundo semestre deste ano, prevê estudo da Serasa Experian

Pesquisa mensal realizada pela Serasa Experian para medir a tendência dos níveis de inadimplência nos próximos meses mostrou que os atrasos nos pagamentos entre os consumidores devem seguir diminuindo até o fim do ano, mas que os das empresas custarão a cair. A companhia informou que seu Indicador de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor caiu 1,4% em abril na comparação com março, para 95,8 pontos. Foi o nono recuo mensal consecutivo, um movimento que, de acordo com a Serasa, sinaliza que o nível de inadimplência dos consumidores será menor no segundo semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado e também ao primeiro semestre de 2012.

"O ritmo menor de crescimento no endividamento do consumidor, o maior rigor na concessão de crédito por parte dos agentes financeiros, a manutenção das taxas de desemprego em níveis historicamente baixos e a continuidade dos ganhos salariais acima da inflação deverão sustentar a queda da inadimplência dos consumidores, especialmente na segunda metade deste ano", avaliou a empresa por meio de nota.

Já entre as empresas, o Indicador de Perspectiva da Inadimplência da Serasa cresceu 1% em abril de 2012, para 106,6 pontos. Os atrasos de pagamentos das pessoas jurídicas já não crescem mais com tanta intensidade, mas, apesar disso, devem continuar em nível elevado nos próximos meses, segundo a companhia. "O lento processo de reativação do crescimento econômico, o nível ainda elevado da inadimplência dos consumidores e o agravamento da crise financeira internacional tenderão a postergar a concretização de uma trajetória de queda mais consistente da inadimplência das empresas", observou a Serasa Experian.

O gerente da Divisão de Macroeconomia da BB DTVM, Marcelo Arnosti, analisa que os altos níveis de emprego, o crescimento da massa salarial e a possibilidade de refinanciamento de dívidas por causa do processo de redução de juros em curso no Brasil são fatores que prenunciam a queda do calote em um prazo de cerca de três meses. "A inadimplência pode até subir um pouquinho no curtíssimo prazo, mas cederá neste segundo semestre", afirmou.

Economista sugere aumento dos gastos públicos

O economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano, diz que com a capacidade de endividamento dos consumidores esgotada no momento, o governo terá de fazer concessões e ampliar o gasto público. "Nós pregamos austeridade, mas em situações, como essa, isso é válido", diz.

Serrano acrescenta que é incerto o sucesso dos estímulos do governo para que os brasileiros voltem a consumir, tendo em vista a necessidade atual de sanear o orçamento familiar. "Nos próximos meses, a tendência da inadimplência é de queda, mas o endividamento ainda está alto. Então, acreditamos que a resposta a estes estímulos para o consumo não será tão veloz como foi depois da crise (em 2009)", diz Serrano.

Um fator que pode contribuir para a retomada do consumo é o ciclo curto de endividamento, com média inferior a dois anos. Para Luis Otávio Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil, a partir deste mês, os compradores inadimplentes conseguirão renegociar suas dívidas a taxas mais baixas, o que também deve ajudar a dar uma folga na capacidade de consumo. Além disso, a média de endividamento de 22% da renda deve cair nos próximos três meses e ficar abaixo de 20%, prevê o economista.

R7 | ECONOMIA

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 06:00 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem

Impostômetro atinge R$ 700 bilhões nesta terça-feira

No ano passado, impostos pagos pelos brasileiros só chegaram a esse volume em 27 de junho

O Impostômetro da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) atingirá, às 21h desta terça-feira (19), a cifra de R$ 700 bilhões. O volume representa a quantidade de impostos pagos pela população brasileira desde o dia 1º de janeiro deste ano, incluindo Tributos federais, estaduais e municipais.

Os Tributos de 2012 pesaram mais cedo no bolso dos consumidores; no ano passado, a marca de R$ 700 bilhões só foi

atingida no dia 27 de junho.

A cifra poderá ser acompanhada pelo painel na rua Boa Vista, 51, Centro, São Paulo (SP), e também pela internet, no site

.

Os moradores da capital paulista ficam com boa parte da "mordida", sendo responsáveis pelo pagamento de R$ 15 bilhões.

De acordo com a ACSP, o ano de 2011 encerrou com um total de R$ 1,5 trilhão em Tributos pagos, recorde desde a criação do Impostômetro, em 2005.

Para este ano, a previsão é de que a arrecadação chegue a R$ 1,6 trilhão.

O presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), Rogério Amato, critica a alta carga tributária do País, mesmo com medidas como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para manter as vendas de alguns setores produtivos específicos.

- A carga tributária brasileira não diminui, como atesta mais uma vez o nosso Impostômetro, ao bater R$ 700 bilhões. Portanto, este pode ser o momento para estimular os investimentos em produtividade, como meio de melhorar a competitividade dos nossos produtos e da nossa economia.

O Impostômetro foi lançado em 20 de abril de 2005 e considera os Tributos arrecadados pelas três esferas de governo: impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária.

ESTADÃO ONLINE | ECONOMIA

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 03:10 Veja a matéria no site de origem

Mercado derruba previsão de alta do PIB pela 6ª vez, agora para 2,3%

Mesmo com o esforço da equipe econômica em tentar acelerar a atividade econômica, analistas estão cada vez mais cautelosos. Ainda que iniciativas como a redução do juro, oferta de mais crédito e recursos para investimentos públicos ajudem, o efeito deve demorar a aparecer.

"As medidas recentemente anunciadas de investimentos, como a liberação de R$ 20 bilhões para os Estados, só terão efeito claro lá para 2013", diz o economista-chefe da Gradual Investimentos, Andre Perfeito.

O símbolo do pessimismo está na indústria. Mesmo com financiamentos mais baratos e redução de impostos, o setor segue

estocado e empresas já dão sinais de problemas. Em abril, segundo dados do IBGE, a indústria cortou postos de trabalho pelo segundo mês consecutivo.

Diante do quadro desanimador, a previsão dos analistas para o crescimento do setor industrial em 2012 caiu pela metade em um mês: de 1,58%, há quatro semanas, para 0,63%, ontem.

Juros. Com a economia lenta e sem sinais de solução na crise externa, o mercado reforça a aposta de que o Banco Central seguirá com a estratégia de cortar o juro para baratear o crédito e, assim, incentivar a demanda interna. Na pesquisa, analistas mudaram a previsão e passaram a apostar que o ciclo de redução da Selic só será encerrado em agosto, e não mais em julho, como era a aposta até semana passada.

Para o mercado, o juro atualmente em 8,50% ao ano deve cair 0,50 ponto porcentual em 11 de julho. Depois, o ciclo de cortes continua em 29 de agosto, quando a taxa deve recuar pela última vez no ano e atingir 7,50%.

O espaço para o movimento existe, avaliam os analistas, porque a economia fraca diminui a pressão sobre os preços. Na pesquisa do BC, a estimativa de alta do IPCA este ano caiu pela quinta semana seguida, de 5,03% para 5,0%. O movimento leva a previsão cada vez mais perto do centro da meta de inflação: 4,5%.

O GLOBO | O PAÍS

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 Imagem 1

Parlamentares lançam Frente Mista para debater gestão eficiente

Iniciativa quer difundir meritocracia e profissionalização dos serviços públicos

Isabel Braga

BRASÍLIA. Definir um novo marco na gestão pública, com base em experiências de sucesso que garantam um padrão de eficiência no uso dos recursos públicos. Essa é a principal bandeira da Frente Parlamentar Mista para o Fortalecimento da Gestão Pública que será lançada oficialmente hoje no Congresso Nacional. Para colocar o tema da gestão pública na agenda do país, a frente inova, criando coordenações temáticas e responsáveis estaduais, que terão como missão debater e difundir questões como a profissionalização e meritocracia no serviço público.

- Queremos, com a frente, levar ao Executivo e ao Judiciário a visão do cidadão contribuinte, que é quem paga os impostos. O

principal consumidor da gestão pública está frustrado com a falta de gestão eficiente em saúde, educação - afirma o presidente da Frente, deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF). - O Legislativo tem sido omisso nos últimos anos em relação a esse tema, com projetos aleatórios.

O primeiro vice-presidente da Frente, senador Aécio Neves (PSDB-MG), acrescenta:

- Temos que investir em resultados. Nenhuma medida tem maior alcance social que gastar com eficiência os recursos públicos. É preciso superar a máxima de que, no Brasil, o setor público é ineficiente por natureza. Se houver critério, metas, cobrança de desempenho, o setor público pode apresentar resultados tão positivos como a gestão privada.

Segundo Aécio, há hoje no Brasil experiências bem sucedidas de gestão pública em estados e municípios, mas não existe nada no plano federal nesse sentido. O senador cita o exemplo de Minas, onde os funcionários públicos são avaliados, têm que cumprir metas e são remunerados por isso. A meritocracia no serviço público era uma das marcas de seu governo em Minas.

- Criamos em Minas uma relação pró-ativa. Todos os servidores são avaliados, têm metas e quem alcança é remunerado por isso. Não sou a favor de novas estruturas, mas novos métodos de gestão. O Congresso pode buscar as várias experiências e transformar num padrão de eficiência que todos terão que seguir - afirmou o senador.

Proposta em 2011 pelo deputado Luciano Moreira (PMDB-MA), a frente ganhou apoio de 214 parlamentares. Luciano faleceu em acidente de carro antes que ela saísse do papel.

A frente terá 11 coordenações temáticas, abordando os seguintes temas: reforma de estado; profissionalização e meritocracia; educação; segurança; obras e transportes; inovação e tecnologia, assuntos federativos e saúde. Foram escolhidos parlamentares com atuação em casa uma dessas áreas para comandar o debate, como é o caso do senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, responsável pela coordenação de educação.

O coordenador de reforma do estado é o deputado Rogério Carvalho (PT-SE). A deputada Andréia Zito (PSDB-RJ) fará o debate sobre profissionalização e meritocracia.

Outra inovação da frente foi escolher deputados e senadores para levar o debate aos estados. Antes mesmo do lançamento oficial da frente, Cristovam já marcou para agosto um debate sobre problemas na educação pública. O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) também criou, com a Assembleia Legislativa do Paraná, grupo de gestão estadual.

- Decidimos inovar, criando setoriais e representantes estaduais, porque isso dá motivação. Cada uma das coordenações captará a opinião do cidadão e trabalharemos em sintonia com o Executivo e o Judiciário - afirmou o presidente da frente.

Pittman salientou que serão consideradas as discussões em curso na Câmara de Gestão da Casa Civil, coordenada pelo empresário Jorge Gerdau, mas o roteiro ainda não está pronto.

BRASIL ECONÔMICO | PONTO FINAL

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem

Incentivos fiscais na mira do STF (Artigo)

Adonilson Franco

Advogado especializado em Direito Tributário, sócio-titular do escritório Franco Advogados Associados

No final de maio de 2011 o STF julgou 14 Ações Diretas de Inconstitucionalidades propostas contra leis e decretos promulgados por sete estados que concediam benefícios fiscais. Para os contribuintes beneficiados, há risco de devolução, com multa e juros, do valor do benefício utilizado nos últimos cinco anos. Agora, o STF poderá editar Súmula Vinculante visando pôr fim à guerra fiscal, considerando inconstitucional "qualquer isenção, incentivo, redução de alíquota ou de base de cálculo, crédito presumido, dispensa de pagamento ou outro benefício fiscal relativo ao ICMS, concedido sem prévia autorização em convênio celebrado no âmbito do Confaz".

O que ocorrerá se os estados negarem-se a revogar suas próprias legislações? E quanto às legislações concessivas de

benefícios fiscais que vêm vigendo, há anos, ao desamparo de Convênios ICMS? Qual o possível efeito da revogação dessas leis, no tempo? Se os estados se recusarem a revogar suas próprias legislações é cabível a intervenção da União para prover a execução de decisão judicial mediante requisição do STF (CF, art. 34, VI c/c 36, II), podendo suspender a execução do ato impugnado se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade (CF, art. 36, § 3º). As legislações em vigor perderão, assim, sua eficácia uma vez consideradas inconstitucionais pela Suprema Corte.

Se o objetivo da Súmula Vinculante é afastar controvérsias capazes de acarretar grave insegurança jurídica (Lei 11417, art. 2º, § 1º) e se o STF pode restringir os efeitos vinculantes das Súmulas ou decidir que só tenham eficácia a partir de outro momento (Lei 11417, art. 4º), é de se presumir que a razão de ser da Súmula Vinculante, a segurança jurídica, determine sejam tais benefícios e incentivos preservados em seus efeitos por um certo tempo. Qual esse tempo? Aquele que o bom senso dos Ministros do STF considere suficiente para não serem os investimentos transformados emprejuízos irrecuperáveis. Afinal, os investidores de boa fé, que confiaramnos estados que lhes acenaram com benefícios tentadores capazes de fazê-los muitas vezes transferir sua planta fabril, são também merecedores de terem suas opções amparadas pela mesma segurança jurídica que a Súmula Vinculante tem em sua essência o supremo objetivo de resguardar. Efeitos pretéritos obrigariam os estados que concederam os benefícios a exigir com acréscimos legais (multa + juros) os Tributos não recolhidos por força de

tais benefícios, implicaria em contrariar por completo o espírito inspirador do instituto da Súmula Vinculante, ou seja, a segurança jurídica.

Interessante notar que o alcance da proposta da Súmula Vinculante tem efeito limitado. É que a Lei Complementar 24/75, sobre a qual todos sempre falam, ainda porque o STF sempre julga as inconstitucionalidades de leis estaduais com base nela, somente trata de isenções. Mas existe um quasimodo denominado Protocolo ICMS 21, o qual não versa sobre isenções ou desonerações de qualquer espécie, como redução de base de cálculo, restituição do ICMS, crédito presumido, incentivos ou favores fiscais ou financeiros, logo inaplicáveis a ele as regras da referida LC 24/75, o qual é tão ou mais nocivo que os incentivos e benefícios que alimentam a "guerra fiscal".

----

Efeitos pretéritos obrigariam os estados a exigir acréscimos legais, com multas mais juros, os Tributos não recolhidos por

força de tais benefícios

BRASIL ECONÔMICO | MUNDO

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 Veja a matéria no site de origem

Governo grego perto da coalizão

Postura veio em resposta à promessa de suavizar programa de austeridade do país

Renee Maltezou e Lefteris Papadimas

Reuters, Atenas

Os conservadores da Grécia estão perto de formar um novo governo de coalizão após uma vitória eleitoral apertada, depois que o líder deles prometeu suavizar o programa de austeridade do país, apesar da oposição da Alemanha.

Um breve rali motivado pelo alívio nos mercados financeiros internacionais após a eleição de domingo rapidamente se dissipou, ao ficar claro que o Nova Democracia, de Antonis Samaras, havia fracassado em ganhar um mandato popular convincente para implementar os cortes de gastos profundos e o aumento de impostos exigidos pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional.

O partido radical de esquerda Syriza e uma série de pequenos partidos contrários às condições atreladas ao resgate de 130 bilhões de euros ganharam cerca de metade dos votos, embora tenham conquistado menos cadeiras porque o sistema

eleitoral recompensa de forma desproporcional o partido que conquista a primeira colocação.

Samaras recebeu do presidente da Grécia, Karolos Papoulias, um mandato para formar um governo de coalizão, e uma fonte do Nova Democracia disse que o partido esperava chegar a um acordo hoje, depois que Samaras se reuniu com o terceiro colocado, os socialistas do Pasok, e o pequeno grupo Esquerda Democrática. Samaras disse que o seu país honraria seus compromissos no âmbito de um resgate que salvou a Grécia da falência e de uma saída dramática da zona do euro.

JORNAL DO SENADO-DF | MEIO AMBIENTE

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 18:59 Veja a matéria no site de origem

Senado quer mais incentivos para quem preserva

A discussão do novo Código Florestal deixou claro que é necessário incentivar proprietários rurais a manter em pé as florestas. Afinal, se a preservação não trouxer ganhos ao produtor, a pressão para que a mata dê espaço para a plantação - e maior renda - continua.

Para isso, senadores sugerem mecanismos para pagamentos por serviços ambientais (PSA), fórmula que permite compensação financeira para que, entre outras medidas, áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal (RLs) sejam mantidas e recompostas, e a nova lei surta os efeitos desejados. Porém, há dificuldades para retirar a ideia do papel.

"Se quisermos trazer de volta parte dos milhões de hectares [de florestas] que perdemos, precisamos estabelecer uma aliança com proprietários rurais e remunerar aqueles que prestam serviços ao meio ambiente, preservando os recursos naturais", frisou Jorge Viana (PT-AC), relator do Código Florestal na CMA,

PSA significa uma premiação, geralmente financeira, com o fim de motivar os donos da terra a cuidar dos ecossistemas que geram benefícios como a melhoria da qualidade do ar (neutralização de gases causadores do efeito estufa, como o CO2), da água (redução do assoreamento e da contaminação dos rios), do solo (redução da erosão e aumento da capacidade de absorção de água) e a conservação da biodiversidade e dos recursos genéticos (usados na agricultura, na medicina, na indústria de cosméticos etc.), bem como a preservação da beleza natural, a navegação fluvial e o controle da das enchentes.Com o PSA, os beneficiados (a sociedade) pagariam pelo esforço do dono das terras.

Alguns instrumentos para esse pagamento incluem crédito e seguro agrícola em condições vantajosas; linhas de financiamento para preservação e proteção de vegetação nativa e de recuperação de áreas degradadas; uso restrito da base de cálculo do Imposto Territorial Rural (ITR), descontadas APPs e RLs; e isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos.

Desafios

Porém, são muitos os desafios para que o PSA saia da teoria para a prática. Primeiro, faltam fontes de recursos para remunerar adequadamente os proprietários de terras. Outra dificuldade é dar valor aos serviços prestados pelas florestas, mesmo que já haja estimativas. Ou seja, ainda não se sabe qual a conta exata e nem a quem (União, estados ou municípios) ou como apresentá-la.

Ivo Cassol (PP-RO) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) sugerem que municípios e estados que preservarem obtenham fatias maiores de fundos constitucionais. Eduardo Braga (PMDB-AM) cita o fundo para agricultura de baixo carbono, administrado pelo BNDES, que já tem R$ 2 bilhões sem que nenhum projeto tenha sido beneficiado até o momento.

JORNAL DO COMMERCIO - RJ | ECONOMIA

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012

Retorno às compras, só em 2013

O esforço do governo para ampliar o consumo através da redução de juros bancários e de incentivos, como o corte de impostos, só deverá ter efeito significativo a partir do segundo trimestre de 2013. Na avaliação de economistas, as taxas de

endividamento e inadimplência devem entrar em trajetória declinante a partir dos próximos meses, mas não o suficiente para reconduzir os consumidores às compras de bens duráveis, especialmente carros, ainda neste ano.

Segundo o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, os consumidores que fizeram dívidas de longo prazo para compra de carros estão fora do mercado. Seja por estarem no limite do endividamento pessoal ou porque suspenderam o pagamento e entraram na lista de inadimplentes. "Quem está pagando o carro não vai trocar de carro tão cedo e quem deixou de pagar está impedido de fazer outra compra no momento", diz.

A inadimplência nesse segmento, segundo dados do Banco Central, passou de 5,7% em março para 5,9% em abril, maior taxa desde junho de 2000. O Indicador de Inadimplência do Consumidor da Serasa Experian subiu 6,2% de abril para maio, acumulando a terceira alta consecutiva.

A tendência é que daqui para o final do ano os consumidores de um modo geral renegociem suas dívidas e terminem de pagar seus compromissos, mas o movimento de retorno ao consumo será bem mais lento do que o esperado pelo governo. "Certamente que vai ter mais consumo, mas há um caroço a ser digerido no resto desse ano e no primeiro semestre do próximo ano até que seja reduzido o peso desse endividamento", diz Mendonça de Barros, reforçando que as vendas da indústria automobilística não crescerão mais de 2% em 2012 e devem acompanhar a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano. "E quando voltar o consumo, ele não será a taxas explosivas como em 2009", reitera o economista.

Taxas bancárias

Para estimular imediatamente a demanda, o economista Amir Khair avalia que o governo teria que agir rapidamente para reduzir o custo do crédito ao consumidor. A pressão para diminuição dos spreads por meio de concorrência dos bancos públicos teria que ser acompanhada, segundo ele, de tabelamento imediato de taxas bancárias e cortes mais fortes da taxa Selic para o nível de 5% ao ano. Com isso, Khair diz que o governo abriria espaço, no orçamento das famílias, para novas compras e dívidas.

"A taxa de juros ao consumidor precisa sair dos 105% ao ano para 10% ao ano até o final de 2013", afirma Khair, sugerindo que essa média de custo recue para, ao menos, 50% até o final deste ano. Segundo ele, se nada for feito nesse sentido, a inadimplência ficará estancada em níveis altos, de 6% a 7%, e o endividamento ficaria na faixa de 22% da renda até 2013.

Mendonça de Barros avalia que as reduções de juros e custos de crédito feitas até agora são positivas, mas só terão efeito a partir do segundo trimestre, quando o endividamento estiver mais baixo e os inadimplentes conseguirem voltar a consumir. "Daí sim, haverá um efeito mais forte. Mas, no curto prazo, os estímulos não funcionarão e o crescimento econômico será mais fraco mesmo", diz o economista da MB.

O espaço entre a fatia atual de comprometimento de 22% da renda com dívidas e o limite de 30% estabelecido pelo setor financeiro seria ilusório, segundo Barros, pois nas faixas de renda C, D e E essa média já estaria em 26% da renda. Além disso, dentro da classe C cerca de 25% das famílias já superou o limite de 30% da renda com dívidas, o que representa 5,8 milhões de famílias.

O Estudo da MB mostra que esses grupos de consumo estariam com o restante do salário comprometido com a compra de itens de necessidade básica, sem nenhum espaço para novas compras. Na classe C, por exemplo, a mais endividada com financiamento de veículos, 65% da renda são gastos com gêneros de primeira necessidade; nas classes D e E,esses gastos consomem 70% da renda.

Concessões

O economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano, diz que com a capacidade de endividamento dos consumidores esgotada no momento, o governo terá de fazer concessões e ampliar o gasto público. "Nós pregamos austeridade, mas em situações, como essa, isso é válido", diz.

Serrano acrescenta que é incerto o sucesso dos estímulos do governo para que os brasileiros voltem a consumir tendo em vista a necessidade atual de sanear o orçamento familiar. "Nos próximos meses, a tendência da inadimplência é de queda, mas o endividamento ainda está alto. Então, acreditamos que a resposta a estes estímulos para o consumo não será tão veloz como foi depois da crise (em 2009)", afirma Serrano.

Um fator que pode contribuir para a retomada do consumo é o ciclo curto de endividamento, com média inferior a dois anos.

FOLHA DE S. PAULO - SP | OPINIÃO

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 Imagem 1 Veja a matéria no site de origem

Foco no investimento (Editorial)

[email protected]

Editoriais

A reunião da presidente Dilma Rousseff com governadores, na sexta-feira, frustrou expectativas de que estivesse próximo um acordo com os Estados para pôr fim à guerra fiscal e dar um passo importante na reformulação do ICMS.

Continua na gaveta, assim, um dos melhores instrumentos para iniciar a reforma tributária em fatias, preferida no Planalto.

O governo federal limitou-se a anunciar R$ 20 bilhões de linhas de financiamento do BNDES para investimentos regionais. Criou com isso mais um rótulo -o Pró-Investe- no já longo acervo de medidas pirotécnicas do Ministério da Fazenda para estimular a economia, que insiste em patinar.

O ministro Guido Mantega apresentou ainda uma medida contábil para estimular parcerias entre o setor público e o privado nos Estados, ao permitir que pagamentos estatais a empresas deixem de ser escriturados como receita e fiquem, portanto, livres de PIS/Cofins e Imposto de Renda. Por fim, divulgou nova rodada de negociações sobre elevação do limite de endividamento estadual.

Não se anunciaram avanços, como seria desejável, em duas questões essenciais: a redução da alíquota do ICMS nas transações interestaduais (quando o bem é produzido num Estado e consumido noutro) para 4%, contra 7% a 12% atualmente (dependendo da origem), e a cobrança no destino.

A primeira mudança reduziria o uso do ICMS para atrair empresas, pois a alíquota mais baixa diminuiria o benefício da "guerra fiscal". E, no caso do local da cobrança, o objetivo é centralizá-la onde de fato se dá o consumo, aproximando o ICMS do conceito de imposto de valor agregado de outros países.

A possibilidade de acordo foi reforçada após os benefícios fiscais de ICMS terem sido considerados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Aguarda-se a edição da súmula vinculante do STF, que permitiria a derrubada imediata de novos incentivos sem aprovação do Conselho de Política Fazendária (Confaz).

A ambição do governo federal nessa matéria precisaria ser muito maior. Há uma convergência de temas de interesse dos Estados -redefinição de critérios de partilha do fundo de participação dos Estados em Tributos federais e divisão dos royalties do pré-sal, por exemplo, além da renegociação das dívidas com a União e a própria questão do ICMS.

Deixa-se passar, assim, oportunidade única para desoneração da economia que vá além da alíquota do ICMS interestadual. Planalto e Fazenda, na sua fixação com fomento estatal via BNDES, dissipam o potencial da reforma tributária -ainda que em fatias- para alavancar o investimento privado.

YAHOO NOTÍCIAS |

TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS 19/06/2012 00:02 Veja a matéria no site de origem

G20 apoia plano para sanear bancos espanhóis em dia de tensão nos mercados

Los Cabos (México), 18 jun (EFE).- O G20 apoiará em sua declaração final após a cúpula de Los Cabos, no México, o plano para recapitalizar as instituições financeiras da Espanha, que viveu um dia negro nos mercados nesta segunda-feira, quando o prêmio de risco do país atingiu altas históricas.

"Estamos convencidos de que a situação atual de penalização dos mercados que estamos sofrendo hoje não corresponde nem com os esforços nem com a potencialidade da economia espanhola, e que isso é algo que será reconhecido nos próximos dias ou nas próximas semanas", disse pouco antes de começar a cúpula o ministro da Economia, Luis de Guindos.

Após constatar que as eleições gregas não dissiparam as dúvidas dos mercados, o prêmio de risco disparou até os 574 pontos básicos e o bônus espanhol a dez anos ficou em 7,15%, De Guindos quis deixar claro que "Espanha é um país solvente" e que mantém seu compromisso com a redução do déficit público e as reformas estruturais.

Este é a mensagem que defenderá o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, no plenário da cúpula que reúne as principais economias do mundo e os países emergentes, onde defenderá também que a União Europeia (UE) promova uma maior integração fiscal e bancária.

Seu desejo foi registrado na minuta de conclusões da cúpula, no qual os parceiros do euro se comprometem a "melhorar o funcionamento dos mercados financeiros e romper a vinculação entre o risco bancário e o risco soberano".

Segundo o texto, o G20 apoia que a zona do euro dê "passos concretos para uma arquitetura financeira mais integrada, combinando a supervisão bancária, a liquidação e capitalização (das instituições), e um seguro de depósitos", eixos do que seria, segundo a Espanha, a desejada união financeira da eurozona.

"Damos as boas-vindas ao plano da Espanha para recapitalizar seu sistema bancário", acrescentou o documento.

De Guindos considerou que a Espanha corrigiu seus principais "desequilíbrios", no âmbito imobiliário e bancário, e se mostrou convencido de que os esforços realizados começarão a dar frutos em breve.

O ministro não revelou se o governo adotará algumas das reformas propostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), como a alta do IVA e os impostos especiais.

De Guindos, que se reuniu em Los Cabos com a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, disse apenas que o governo "olha com atenção e considera" todas as recomendações que recebe de diferentes organismos internacionais, como o FMI, a Comissão Europeia e a OCDE.

Entre os pontos positivos da economia espanhola, o ministro destacou sua capacidade de crescimento, a força de suas empresas, o superávit comercial com a zona do euro e a rápida redução do déficit exterior, até chegar a uma situação "praticamente de equilíbrio".

De Guindos acredita que do G20 sairá uma mensagem "muito conclusiva" em prol da correção dos desequilíbrios e das reformas econômicas, não só na Europa, pois agora seria iniciada uma etapa de desaceleração da economia mundial que afetaria também os Estados Unidos e os países emergentes.

Esta noite, Rajoy participará de uma reunião com o presidente americano, Barack Obama, e os sócios europeus membros do G20: a chanceler alemã, Angela Merkel; o presidente francês, François Hollande, e os primeiros-ministros da Itália, Mario Monti, e do Reino Unido, David Cameron.

Também estarão na reunião o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel

Durão Barroso. EFE