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Limeira n o 37 | Setembro de 2015 jornal brasil atual distribuição gratuita @jorbrasilatual (11) 7757-7331 Cidadania Comitê da Saúde da População Negra reivindica atendimento especializado Habitação Coordenador do MTST critica avanço da especulação imobiliária e propõe alternativas Educação Escola municipal realiza semana de atividades culturais com homenagem à cantora Inezita Barroso Cultura independente Como novos conceitos, coletivo King Chong fomenta debates, mostras e festivais artísticos desde 2012

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Jornal Brasil Atual Limeira - 36ª edição

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Limeira no 37 | Setembro de 2015jornal brasil atual

distribuição gratuita

@jorbrasilatual (11) 7757-7331

CidadaniaComitê da Saúde da População Negra reivindica atendimento especializado

HabitaçãoCoordenador do MTST critica avanço da especulação imobiliária e propõe alternativas

EducaçãoEscola municipal realiza semana de atividades culturais com homenagem à cantora Inezita Barroso

Cultura independenteComo novos conceitos, coletivo King Chong fomenta debates, mostras e festivais artísticos desde 2012

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Depois de um primeiro semestre tumultua-do no cenário político nacional, muitas conclu-sões acerca da incapacidade do governo federal em lidar com as crises (política e econômica) foram bradadas aos quatro cantos do país.

A composição de um ministério pouco har-monioso, que abriga lideranças ruralista, do mercado financeiro, de grupos fundamenta-listas religiosos, era o prenúncio dos conflitos de interesses que a presidenta Dilma teria de administrar, sobretudo após seu apelo popular para se eleger no segundo turno da eleição, sem aventar uma caminhada ao lado desses setores.

A debilidade foi tamanha nessa primeira metade do ano, que o vice-presidente Michel Temer também ganhou espaço, tornando-se o articulador político na tentativa perma-nente de acalmar os ânimos acirrados pre-sentes na Câmara e no Senado (ambos pre-sididos por seus correligionários do PMDB). Este é o cerne da discussão: são desmedidas as críticas ao governo quando comparadas ao pouco que se fala sobre a sabotagem do Congresso Nacional fisiológico, que funcio-na na base da barganha e do clientelismo, misturando o público com o privado.

O deputado Eduardo Cunha e o senador

Renan Calheiros, presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, decidiram como bem entenderam as pautas “importantes para o Brasil” que seriam votadas. É o caso do PLC 30/2015, que tramita no Senado e pode acabar com a CLT, possibilitando a terceirização de toda e qualquer atividade trabalhista.

É importante recordar que o Congresso Nacional é composto por vários parlamen-tares empresários e ruralistas; lá, quase não há mulheres, negros, indígenas ou jovens. Um contraste gritante com o que é a socie-dade de fato. E é este modelo excludente que gira a engrenagem da corrupção, a inimiga nacional combatida aos domingos, uma vez que o modelo de financiamento das campa-nhas eleitorais permite doações milionárias de empresas, as patrocinadoras que depois cobram os juros do empréstimo.

Se o governo federal tem sido pouco hábil em gerir as crises, as duas Casas do Povo, até então, somente aprofundaram o momento delicado do país. Porém, dizem que é nessas horas que a criatividade aflora. Reinventar a nossa democracia representativa, de forma que ela amplie a participação popular direta, pode ser a maior vitória desses anos difíceis.

ExpEdiEntE REdE BRasil atual – limEiRaEditora Gráfica atitude ltda. diretor de Redação Paulo Salvador Editor Enio Lourenço Repórter Giovanni Giocondo Editor de arte Adriano Kitani Revisora Malu Simões Foto capa Arquivo Coletivo King Chong telefone (11) 3295-2819 Endereço Rua São Bento, 365, 19o andar – Centro, São Paulo, SP CEp 01011-100tiragem 15 mil exemplares distribuição Gratuita

Editorial

Congresso irresponsável sabotou o país no primeiro semestre

telefone: (19) 3443-1365 | (11) 3295-2819

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3Limeira

Comitê da Saúde da População Negra exige atendimento especializado

Cidadania

Integrantes alertam sociedade para doenças predominantes entre afrodescendentes, que podem levar a óbitos prematuros

O Comitê de Saúde da Po-pulação Negra de Limei-ra, criado em dezembro de 2014 por decreto do

prefeito Paulo Hadich (PSB) e ofi-cializado em maio deste ano, tem o objetivo de garantir o preparo dos profissionais da saúde públi-ca para atender as pessoas dessa etnia com equidade, de modo que possam identificar corretamente as doenças que atingem os negros de forma mais recorrente.

A ideia principal é que diagnós-ticos e tratamentos bem-feitos aumentem a expectativa e a qua-lidade de vida dos afrodescenden-tes. De acordo com a enfermeira Elisângela Bueno, integrante do Comitê, um dos principais males que afetam a população negra é a anemia falciforme, doença genéti-ca que pode ser detectada no nas-cimento, com o exame do pezinho. “Na primeira infância, o inchaço das mãos e dos pés é um dos sinto-mas visíveis da anemia”, lembrou.

Uma pesquisa da Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo mostrou que esta doença atinge um a cada 380 nascidos, com predominância na população negra. A principal característica da enfer-midade é a deformação causada na membrana dos glóbulos vermelhos do sangue, que, em vez de serem arredondados, tomam a forma de foice, aglomerando-se e provocando úlceras nos membros inferiores.

A anemia falciforme é uma doença incurável e muitas vezes tratada como reumatismo devido às dores sentidas pelos pacientes, afirma a enfermeira Elisângela Bueno, que

ainda destacou o diabetes e a hiper-tensão como doenças recorrentes entre a população negra.

O Comitê segue as diretrizes da Política Nacional da Saúde Inte-gral da População Negra, lançadas em 2010 pelo Ministério da Saúde. O documento foi criado como “res-posta às desigualdades em saúde

que acometem essa população” e cita, entre esses fatores, a “preco-cidade de óbitos, as altas taxas de mortalidade materna e infantil e a maior prevalência de doenças crô-nicas e infecciosas”.

Segundo Elisa da Costa, outra das integrantes do Comitê, a enti-dade já conseguiu uma sede para

fazer o acolhimento humanizado, oferecer informações e encami-nhar a população negra para o atendimento de especialistas. A sala fica dentro do Posto de Saúde da Família do bairro Nossa Senho-ra das Dores, na Avenida Vitório Bortolan, s/nº. Os horários de fun-cionamento ainda serão definidos.

Uma pesquisa da Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo mostra que esta doença atinge um a cada 380 nascidos, com predominância na população negra.

Elisângela Bueno

Elisa da Costa

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A política dos jovens Escola municipal usa folclore para homenagear Inezita Barroso

Direitos Educação

Depois de três anos, 2a Conferência Municipal da Juventude reata o protagonismo da moçada

Semana de atividades culturais da EMEIF José Paulino Araújo Vargas lembrou da cantora caipira, que faleceu em março

Após o hiato de três anos, a 2ª Con-ferência Municipal da Juventude de Limeira retomou os trabalhos no último dia 5 de setembro, no Teatro Nair Bello, debatendo pautas volta-das à representatividade dessa faixa da população, como: acesso ao mun-do do trabalho, educação, cultura, la-zer, diversidade, igualdade, direito à comunicação, entre outras.

A atividade definiu os novos 30 delegados do Conselho Municipal da Juventude, que pretende se tor-nar um órgão deliberativo para es-tar mais próximo das instâncias de-cisórias da cidade. Representantes de movimentos sociais, sindicatos, clubes de serviço, igrejas, associa-ções de bairro e outras entidades da sociedade civil enviaram represen-tantes para o evento.

“O objetivo era promover o pro-tagonismo, a participação social e as mais variadas formas de mobi-

lização dos jovens dos mais diver-sos segmentos”, explicou Douglas Rodrigo Silva, assessor especial da Ouvidoria do Município e um dos organizadores do evento.

Outra meta da Conferência foi a de levar informações sobre serviços oferecidos pelo poder público mu-nicipal à juventude. “Muitas vezes os jovens desconhecem as medidas pensadas prioritariamente pela Prefeitura”, disse Myke Oliveira, assessor da secretaria municipal de Desenvolvimento e Inovação.

Myke, que tem 22 anos, iniciou sua participação na vida política aos 14 anos, em grupos de jovens da Paróquia São José. Mais maduro, ele acredita que a juventude de Limeira quer mesmo é ser ouvida com aten-ção. “Os jovens querem ter voz e essa abertura do município já é um avan-ço no sentido de descobrir o que eles enxergam como renovação”, exalta.

A Escola Municipal de Educa-ção Infantil e Ensino Fundamental (EMEIF) José Paulino Araújo Vargas, no Parque Hypolito, foi palco de uma bonita homenagem à cantora e apre-sentadora Inezita Barroso, falecida em 8 de março, aos 90 anos. Símbolo da valorização da cultura caipira, a vida de Inezita serviu de mote para a “Primeira Semana do Folclore e Cul-tura Popular Inezita Barroso”, reali-zada entre os dias 27 e 31 de agosto.

Um dos objetivos do evento, se-gundo o coordenador pedagógico Augustinho Martins, foi “com-preender a identidade cultural bra-sileira e o conhecimento popular, e repassar às novas gerações através do artesanato, da música, das cren-ças, das narrativas e da culinária”,

valorizando os saberes de pessoas de todos os cantos do país.

Com fantasias de boi-bumbá, ba-tuques do maracatu, adornos indí-genas ou vestidos de Luiz Gonzaga, com sanfonas de brinquedo e cha-péus de cangaceiro, as crianças colo-riram o ambiente do colégio durante os dias de apresentação. A cultura caipira, tão defendida por Inezita, não ficou de fora.

O projeto interdisciplinar desenvol-veu diversas linguagens integradas às manifestações folclóricas. A profes-sora de artes Tânia Teodoro acredita que a atividade contemplou todo o conteúdo transmitido pela escola e ao mesmo tempo “resgatou de forma sublime a cultura brasileira, muitas vezes esquecida no interior do país”.

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A moradia digna é um di-reito social do ser hu-mano e, no Brasil, uma garantia constitucional.

Na opinião de Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movi-mento dos Trabalhadores Sem-Te-to (MTST), a moradia sempre foi tratada no país como mercadoria pelo poder público e pelo capital imobiliário (construtoras e incor-poradoras), que controlam a ges-tão do tecido urbano.

Para Boulos, esse direito jamais foi negado sem que houvesse re-

Líder do MTST critica especulação imobiliária, que avança por todo o país

Do centro para a periferia das cidades de médio porte

Prós e contras do programa Minha Casa, Minha Vida

Habitação

Em seminário, Guilherme Boulos propôs ações para conter déficit habitacional e reverter lógica atual

O coordenador do MTST lembrou que, nas últimas décadas, aumentou o número de bairros carentes e mais distantes dos centros das cidades de médio porte do interior (além das metrópoles) sem que houvesse a ex-pansão de serviços públicos básicos para essas novas regiões.

“Simultaneamente, casas e pré-dios antigos das regiões centrais são abandonados pelos proprietários, nos moldes idênticos aos das capi-tais. É um formato de crescimento das cidades que parece natural, mas que, na verdade, reproduz interesses econômicos e sociais das elites, despejando os mais pobres para as periferias em loteamentos sem in-fraestrutura”, apontou Boulos.

Segundo ele, os proprietários utilizam os espaços vazios disponí-veis entre as periferias e o centros

para obter a supervalorização dos imóveis. Uma das alternativas para conter a “especulação imobiliária” seria adotar o IPTU progressivo, instrumento previsto no Estatuto das Cidades, que garante a desapro-priação de espaços que não cum-prem com sua função social.

“Também é preciso requalificar esses locais para a moradia popu-lar, garantindo o uso dos imóveis para a locação social, além de fazer uma nova lei do inquilinato. O alu-guel é um tema de interesse públi-co”, destacou Boulos.

Segundo dados do Ministério das Cidades, coletados em parceria com a Fundação João Pinheiro, o Brasil tinha 5,4 milhões de famílias sem lu-gar para morar em 2012. Em 2010, o IBGE registrou mais de 6 milhões de imóveis ociosos no país.

Por Giovanni Giocondo

Lançado em abril de 2009 pelo governo federal, o programa Minha Casa, Minha Vida já entregou mais de 2,3 milhões de moradias, subsi-diadas pela Caixa Econômica Fede-ral, para atender às demandas da população de baixa renda.

Boulos concorda com a importân-cia do programa para os mais po-bres, mas pensa que ele apenas “en-xuga gelo”, pois não cobre o déficit habitacional e atende aos interesses

sistência da população mais po-bre, “que não aceita ser excluída”. Organizados de forma espontânea ou via movimentos sociais, esses trabalhadores, segundo ele, lutam contra a “lógica da expulsão e da segregação” para as periferias.

Esses embates foram a tônica do seminário ministrado pelo líder dos Sem-Teto no curso “A cidade do capi-tal e o direito à cidade”, realizado na última semana de agosto pelo Insti-tuto Pólis em parceria com o Centro Ecumênico de Serviços à Evangeli-zação e Educação Popular (Ceseep).

das grandes construtoras, que rece-bem valores fixos para erguer resi-dências de baixa qualidade em ter-renos desvalorizados nas periferias.

“Defendemos o fortalecimento da gestão direta pelos moradores, como acontece no Minha Casa, Minha Vida Entidades. Com os mesmos recursos, eles [beneficiários] fazem projetos melhores do que os das construtoras, porém representam apenas 2% de todo este programa”, explicou.

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É um formato de crescimento das cidades

que parece natural, mas que, na verdade, reproduz interesses

econômicos e sociais das elites, despejando os mais pobres para as periferias

em loteamentos sem infraestrutura

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antena atual o que acontece no mundo você confere aqui

viralizouTorcedores do Borussia Dortmund, do Wolfsburg e do Bayern de Munique, três dos maiores clubes de futebol da Alemanha, se solidarizaram com os milhares de imigrantes que estão chegando ao país. “Refugees Welcome” (Bem-vindos refugiados) estava escrito nas faixas estendidas nas arquibancadas durante a 3ª rodada do Campeoanto Alemão.

Campeonato de Futsal Amador de LimeiraEm 10 de setembro, o esporte da bola pesada pede passagem com mais uma edição do Campeonato de Futsal Amador de Limeira. A competição reúne 68 equipes, em três divisões. Na 1ª fase, todos os times se enfrentam. As partidas acontecem em oito ginásios diferentes da cidade, além de Iracemápolis, que também terá representantes no torneio.

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sem ruídos“Os estudantes têm que se dar conta que não é só uma mudança do sistema, é uma mudança de cultura, é uma cultura civilizatória. E não tem como sonhar com um mundo melhor se não gastar a vida lutando por ele. Temos que superar o individualismo e criar consciência coletiva para transformar a sociedade”, disse o ex- -presidente do Uruguai Pepe Mujica para uma plateia de 10 mil pessoas na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, no dia27 de agosto.

Fale conoscoleia, opine, critique, sugira, curta,

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No dia 28 de agosto, ativistas da ONG Rio da Paz realizaram uma intervenção na Avenida Paulista para cobrar providências das autoridades públicas na investigação da chacina de Osasco e Barueri, que vitimou 19 pessoas no dia 13 do mesmo mês.

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(1985)

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1.052, emromanos

Monogramade "Alan" Também,em inglês

País da autobahn,autoestrada que não

possui limite develocidade

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Ala da esco-la de samba

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vacinaçãocontra oHPV, por

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Enquanto o rock segue doente, o rap esbanja vitalidade Por Enio Lourenço

Entrelinhas

O rock and roll respira através de aparelhos. A simplicidade de uma guitarra, um baixo e uma ba-teria, com canções irreverentes e/ou politizadas, é quase um álbum de fotografias amareladas que olhamos com nostalgia. O estilo musical que marcou a cultura do século XX por promover debates sobre o comportamento de uma juventude inquieta hoje vive como um cordeirinho adestrado da in-dústria fonográfica.

No Brasil, ao se falar de rock é obri-gatório falar dos pioneiros Raul Sei-xas e Os Mutantes, ou da moçada dos anos 1980, como o Legião Urbana, o Barão Vermelho e os Titãs (estes ain-da em atividade), que despontaram na cena musical dando um chute na bunda daquela velha e carcomida di-tadura militar, censores da cultura brasileira por mais de duas décadas.

Viramos o século e o pouco que so-brou daquela geração aderiu ao con-servadorismo político de outrora. Os casos mais emblemáticos são os dos músicos Lobão e Roger, do Ultraje a Rigor, que aparecem nos holofotes mais pelas bandeiras retrógradas, preconceituosas e elitistas que atual-mente defendem, do que propria-mente pela arte que produzem.

Claro que todos os exemplos cita-dos compõem o chamado mainstream

(basicamente, os famosos), porque no cenário independente as bandas de punk rock e hardcore jamais deixaram de cantar a revolta contra os opres-sores, é o que fazem os capixabas do Dead Fish há mais de 20 anos.

Enquanto a Rede Globo tenta for-jar novas bandas de rock (leia-se pro-dutos) através do seu programa “Su-perstar” para preencher essa lacuna, a turma do hip-hop vai conquistando cada vez mais os corações e mentes dos nascidos neste milênio.

Os rappers Emicida e Criolo são as principais referências do momento. Ambos conseguiram absorver “o dedo na ferida” das denúncias sociais dos Racionais Mc’s – os maiores ícones do rap nacional –, cantando em alto e bom som o cotidiano e as nossas ma-zelas, e também experimentando a mescla com influências das músicas africanas e latinas, do samba, do funk, do reggae e de tantos outros estilos, como bases do próprio rock.

É, meu caro rock, lamento muito seu estado atual. Você tornou-se ba-nal e passou a fazer parte daquele sis-tema que tanto criticávamos juntos. Não sei se você vai resistir, mas saiba que sempre nos lembraremos do seu auge. Agora, fica tranquilo e deixa por conta do rap, que com suas rimas e improvisos tem cantado muito bem a metáfora de nossas vidas.

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Coletivo navega por mares da multiculturaHiperconectados, coletivo King Chong sacode Limeira com festivais de música, intervenções artísticas e mostras audiovisuais

Cultura

Formado em 2012 em Limei-ra e desde então seguindo os ideais do coletivismo na pro-dução cultural, o King Chong

tem ganhado notoriedade por movi-mentar a cena regional. A ocupação dos espaços públicos com manifes-tações artísticas e ações sociais sin-tonizadas, sempre com auxílio da tecnologia, são marcas do coletivo.

“Limeira sempre foi uma cidade pa-rada, retrato fiel da desigualdade, onde quem tinha condições financeiras visi-tava outras cidades com o discurso de que ‘Limeira não tem nada’, enquanto os menos providos se contentavam em lamentar a ausência de lazer de qua-lidade. O King Chong surge desse ‘de-sespero’”, explica Punk B. Mello (apeli-do de Rafael Massaro de Mello), de 25 anos, um dos fundadores do grupo.

O rapaz conta que um dos traba-lhos do coletivo consiste em garantir que toda a diversidade artística pro-duzida pela população local “gere conteúdo e seja compartilhada com a comunidade”. “O mais impressio-nante foi ver o quanto a cidade nos abraçou, mostrando claramente sua carência, resultado de uma política pública pouco funcional, quando não, ausente”, ressalta Mello.

Com o hip-hop como carro-chefe, o grupo tem conquistado adeptos ligados ao mundo da fotografia, do audiovisual, do grafite e das artes plásticas. Ademais, os jovens também se posicionam politicamente contra medidas que consideram opressoras, como a redução da maioridade penal.

“O coletivo é uma produtora cultu-ral que passou a usar suas ferramentas para levar conhecimento ao público. A ideia sempre foi clara, e mesmo sendo algo totalmente novo, sem parâmetros para nos dar referência de como agir ou pensar, não perdemos a real mis-

são de disseminar a arte, o respeito e o amor”, comenta Mello.

A vivência distinta desses jovens começa na divisão das tarefas den-tro de uma casa compartilhada na Vila Santa Lina, onde moram cinco pessoas. Além de Punk, que atua com mídia e projetos, lá tam-bém estão Thais Chio (designer e fotógrafa), Thiago Val (jornalista e músico), Gustavo Ribeiro (designer e projetos) e José Carlos Marquetti (programador de web).

“Viver em coletivo, às vezes, pa-

rece ter um protocolo, mas é muito mais simples do que se pensa. Basta estar disposto, porque não há regras, é como toda casa de família. Não nos vemos como uma república por um fator essencial: não voltamos pra casa aos fins de semana, aqui é a nossa casa”, explica Punk.

O King Chong é responsável pela promoção do Quintal Coletivo, que acontece em julho e oferece mostras de artesanato, oficinas sobre culinária vegana, brechó e exposição de ilustra-ções; da S.E.D.A. (Semana de Audiovi-

sual), que exibe filmes e “tudo o que rola no mundo das câmeras e plataformas operacionais”; e do Grito Rock, festival de bandas independentes que ocorre durante dois dias no Parque da Cidade.

Considerado um dos principais eventos originais do King Chong, o R.U.A (Respeito, União e Arte) envol-ve todos os interessados em arte ur-bana, com shows de hip-hop, grafite, oficinas e debates. De Limeira para o mundo, o R.U.A já ganhou, inclusive, uma versão internacional em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

O mais impressionante foi ver o quanto a cidade nos abraçou, mostrando claramente sua carência, resultado de uma política pública pouco funcional,

quando não, ausente.– Punk B. Mello

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