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LIGEIRINHO Informativo do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (SINTET-UFU) IMPRESSO PODE SER ABERTO PELA ECT Edição nº 479 10 de março de 2016 Em andamento ... REITORIA

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Edição nº 479 10 de março de 2016

Emandamento ...

REITORIA

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LIGEIRINHO é o jornal informativo do SINTET-UFU.

Distribuição gratuita aos seus filiados. Tiragem: 3.500 exemplares. Redação: Rua Salvador, 995

B. Aparecida - Uberlândia - MG. Fone/Fax: 0 xx (34) 3214-1649

E-mail: [email protected]@sintetufu.org

Home page: www.sintetufu.org

COORDENAÇÃO COLEGIADA - GESTÃO 2016-2018

COORDENAÇÃO GERAL

CELESTE FRANCISCA DA SILVAMÁRIO COSTA DE P. GUIMARÃES JÚNIOR

ROBSON LUIZ CARNEIRO

COORDENAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

EDMÍLSON BORGES DA SILVALÁZARO MANOEL RODRIGUES

COORDENAÇÃO DE FORMAÇÃO E RELAÇÕES SINDICAIS

STÊNIO ALVESVALDEMIRO PAULINO DE LIMA

COORDENAÇÃO DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃO

MARIA CRISTINA SAGÁRIORODRIGO SOARES PORTO

COORDENAÇÃO DE ASSUNTOS DAS FUNDAÇÕES

FERNANDA ROSA DOS SANTOSPEDRO GOMES DA SILVA

COORDENAÇÃO DE ASSUNTOS DE APOSENTADOS

ELIZETE MENDES ROSAMARIA LAUDEMIRA DA SILVA REZENDE

COORDENAÇÃO DE ESPORTE, CULTURA E LAZER

FRANCISCO CASSIMIROOSVALDO RODRIGUES SILVA

COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS ANTIRRACISMO

MARIA AUXILIADORA GOMES DA CRUZMARIA JOSÉ NASCIMENTO FABIANO

COORDENAÇÃO DE AS. JURÍDICOS E RELAÇÃO DE TRABALHOCARLOS DÊNIS PEREIRAWILLER EDUARDO ALVES

COORDENADORES SUPLENTESARISTIDES VALDIVINO DE PAULAARIOSVALDO PEREIRA DE LIMA

CLÁUDIA REGINA PEREIRACLEIDE MARIA DE JESUS

LÁZARO ANTÔNIO DE ALMEIDA

CONSELHO FISCAL Efetivos : JOÃO FERNANDES DA SILVA

MARLÚCIA MOURA DE OLIVEIRARAFAEL MACIEL REIS

Suplentes:DANIEL CURYROSEMARY BORGES

GENONCIONE BARBOSA DA CUNHA

JORNALISTAGUILHERME GONÇALVES

MTB 19666/MG

ESTAGIÁRIOKENNEDY COSTA

DIAGRAMAÇÃO: GUILHERME GONÇALVES E KENNEDY COSTA

EXPEDIENTEEDITORIAL

Coordenação Colegiada - SINTET-UFU

UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTAEstamos vivenciando um momento delicado na conjuntura

econômica e política nacional que apresenta um cenário turbulento que tem dificultado significativamente a luta dos trabalhadores e trabalhadoras.

Nos últimos dias temos assistido um assedio perigoso do capital privado sobre estruturas que representam muito para a sociedade brasileira. Podemos citar, a exemplo desse assédio, a própria EBSERH, que representa um dos maiores assaltos à autonomia universitária, além de significar a privatização de fato dos Hospitais de Clínicas.

Outro exemplo de assedio que merece nossa atenção é o caso da abertura do capital das estatais em Sociedade Anônimas que pode resultar na intervenção do capital privado nestas estruturas.

Por outro lado, temos ainda o risco de perda do controle do pré-sal pela Petrobrás, que caminha a passos largos para a concretização, considerando os últimos movimentos do Governo Dilma que, aliado à oposição conservadora, conseguiu aprovação no Senado Federal do PLS 131/2015, de autoria do Senador José Serra (PSDB), que elimina a obrigatoriedade da Petrobrás participar na exploração do pré-sal.

Assim como no cenário nacional temos enfrentado localmente questões polêmicas que tumultuam o cotidiano do servidor e servidora, das quais podemos citar o reajuste de preço das refeições no Restaurante Universitário para os Técnico-Administrativos da UFU.

A forma e as justificativas utilizadas para tal reajuste, além de provocar uma insatisfação coletiva entre servidores e servidoras, deixaram a Coordenação Colegiada do SINTET-UFU muito preocupada, por se configurar uma ilegalidade que pode provocar danos futuros à UFU.

Outro tema que tem movimento bastante a base do SINTET-UFU é a expectativa diante das discussões, no Conselho Diretor da UFU, sobre a Flexibilização da Jornada de Trabalho em 30 horas.

Por se tratarem de dois assuntos que interferem diretamente na vida dos trabalhadores e trabalhadoras da UFU, a Coordenação Colegiada entende que o momento é de manter constante mobilização e atenção e convida a todos e todas que acompanhem as comunicações pelo sítio do SINTET-UFU na internet: www.sintetufu.org , e pelas redes sociais.

O momento é de muita luta e de demonstrarmos a força de nossa base na conquista de novos direitos e manutenção de direitos históricos que estão sendo ameaçados.

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Já imaginou poder passar uma tarde por semana na companhia de pessoas agradáveis? Contar ou ouvir boas histórias, trocar receitas, livros e colocar em prática tudo o que sabe de artesanato? Ensinar e aprender novas técnicas? Reciclar materiais que iriam ser descartados na natureza e ainda bater um papo agradável?

O projeto ‘SINTET ReciclArte’ acontece todas as terças-feiras das 14 às 17 horas, na rua Duque de Caxias, 285 (antiga Reitoria). Junte-se a nós!

Se você é artesã e pode nos ensinar, apresente-se!

Elizete e LaudemiraCoordenação de Assuntos de Aposentados

SINTET-UFUO leitor do Ligeirinho deve ter percebido que na

edição número 478 do jornal impresso do SINTET-UFU o papel utilizado foi diferente, assim como o desta edição. A partir de agora os jornais serão impressos em material reciclado. Mas por que tal mudança? A resposta é simples, SUSTENTABILIDADE.

O papel normal consome muita energia e água para ser produzido, sem contar a enorme quantidade de madeira cortada para se extrair a celulose, sua principal matéria-prima. Para se ter noção para produzir uma tonelada de papel é preciso utilizar de duas a três toneladas de madeira.

No Brasil, toda madeira utilizada na produção de papel vem de áreas de reflorestamento. No entanto, até o reflorestamento causa danos ao meio ambiente, pois diminui a biodiversidade em grandes áreas. Além da utilização de muita matéria-prima, e excessivo consumo de água e energia, o papel ainda consome grande quantidade de produtos químicos danosos à saúde e ao meio ambiente.

O papel reciclado além de preservar florestas e a biodiversidade, consome metade da energia e da água utilizada em sua produção se comparado ao processo tradicional. Há ainda a sua função na economia, pois gera renda para milhares de famílias que coletam materiais recicláveis.

Uberlândia conta com coleta seletiva de lixo. São 28 bairros beneficiados, o que representa 44% da área urbana uberlandense com um total de 269.412 habitantes. Dados da própria prefeitura da cidade. Na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) o papel é muito utilizado em todos os setores seja por técnicos-administrativos, docentes e discentes. Buscando ser mais sustentável a universidade adotou a separação e a coleta seletiva de lixo, bem como a coleta de pilhas e baterias, materiais que causam muitos danos ao meio ambiente.

No SINTET-UFU a utilização de papel também é grande, seja internamente na impressão de documentos, ou externamente na comunicação com a categoria por meio de cartazes, panfletos e o próprio jornal impresso. A utilização do papel reciclado na impressão do Ligeirinho é o primeiro passo adotado para que o sindicato seja sustentável. Outras medidas ainda serão adotadas internamente e esperamos que elas conscientizem a categoria.

Você servidor, você servidora, ativo(a), aposentado(a) ou pensionista, fique atento(a) nas atividades cotidianas. No trabalho revise o texto antes de imprimi-lo. Em casa separe o lixo orgânico do lixo reciclável. Atitudes pequenas, mas que fazem diferença para quem sobrevive de matérias reciclados, fazem diferença as futuras gerações e principalmente, para o meio ambiente.

Por Guilherme Gonçalves e a sustentabilidade

>> Aposentados

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Após um longo processo tortuoso, com nenhum debate promovido por parte da Administração Superior da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) com a comunidade acadêmica, passou a valer a partir do dia 5/2/2016 (de forma arbitrária e impositiva), o reajuste para R$7,50 do ticket alimentação no Restaurante Universitário para servidores técnicos administrativos em educação, aposentados, pensionistas e docentes que constroem cotidianamente a UFU.

As justificativas apresentadas pela Administração Superior para promover tal medida não conseguem justificar tal ato.

a) O primeiro argumento refere-se aos recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) que são destinados para manter o funcionamento do Restaurante Universitário (RU), mas que devem ser utilizados de forma exclusiva para atender os discentes matriculados na UFU, significando que tais recursos não podem subsidiar a alimentação dos Técnicos Administrativos em Educação. Insinuou-se que os Técnicos Administrativos em Educação de forma corporativa estariam negligenciando esse fato, passando a impressão de que estes concordariam com o uso dos recursos específicos do PNAES para subsidiar a alimentação da categoria. Esse argumento cai por terra, quando em nenhum momento o SINTET-UFU reivindicou (e jamais reivindicará) verbas do PNAES para subsidiar a alimentação no RU para os Técnicos Administrativos em Educação. Reconhecemos e defendemos a importância dos recursos destinados a permanência estudantil, inclusive

em vários momentos o SINTET-UFU e sua federação (FASUBRA) estiveram politicamente apoiando a causa justa e legítima encampada principalmente pelo movimento estudantil brasileiro ao longo de décadas.

O SINTET-UFU não reivindicará também nenhum recurso destinado para o Ensino, Pesquisa e Extensão. Como todos sabem, a Universidade recebe recursos para manter a administração e o funcionamento cotidiano da Instituição que são geridas pela Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAD). Levando em consideração que não se trata de um aporte grande de recursos para manter o valor de R$3,00 o ticket alimentação para os Técnicos Administrativos em Educação que utilizam o RU, o SINTET-UFU reivindica que o recurso tem que ser retirado dessa fonte, não prejudicando assim o Ensino, Pesquisa, Extensão e Assistência Estudantil na UFU. Nesse sentido, avaliamos que a Administração Superior da UFU não demonstrou até o momento nenhuma vontade e gesto político eficiente para buscar e apresentar alternativas de aporte de recursos. A escolha cômoda foi a opção do aumento, transferindo para os trabalhadores e trabalhadoras da UFU os prejuízos frente ao fato.

b) O segundo argumento foi uma suposta ilegalidade de se manter o valor a R$3,00 para os servidores Técnicos Administrativos em Educação utilizarem o RU, e que a UFU poderá sofrer pressão de órgãos externos.

Sobre a ilegalidade, o SINTET-UFU protocolou um recurso à

Administração Superior da UFU pedindo a suspensão do reajuste, e expondo que não existe ilegalidade; mas sim legalidade na opção de manter o valor de R$3,00. Confira aqui o link para acessar a íntegra do recurso protocolado pelo SINTET-UFU na qual demonstra que o argumento da ilegalidade não é válido.

Sobre a pressão de órgãos externos, a Administração Superior da UFU ainda não foi notificada por nenhum órgão do Estado. Não entendemos a insistência da Administração Superior da UFU em querer ser sempre, mais legalista que a Lei, mais governista que o próprio governo. Então a suposta pressão de órgãos externos não pode se configurar como um argumento para

marcas da administra ção superior da UFU!Ineficiência na gestão admi nistrativa e neoliberalismo:

R$ 7,50

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reajustar o ticket RU.c) O outro argumento

utilizado pela administração superior, demonstra que a gestão, representada por alguns de seus membros e apoiadores, caminhou de uma perspectiva “republicana” para uma perspectiva “neoliberal”. Na prática é um “Neoliberalismo revestido de Republicanismo”, pois recorre ao atrasado discurso de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de que servidores públicos possuem privilégios, e que portanto os mesmos não devem utilizar o restaurante da UFU ao valor de R$3,00. Esse discurso atrasado nos lembrou os tenebrosos tempos da década de 1990 em que o discurso neoliberal de FHC tanto assolou a vida e as condições de trabalho dos

servidores públicos federais.Recorrendo a esse argumento,

alguns membros da gestão da administração superior da UFU, tratam de um suposto duplo subsídio, o que teoricamente também não se valida! Cabe ressaltar ainda que existe uma grande diferença entre vale alimentação (que é utilizado nas compras em supermercados, padarias – se configurando portanto com uma abrangência maior) e o vale refeição que é mais restritivo pelo seu uso ser destinado para o período da jornada de trabalho, em restaurantes e lanchonetes.

As aberrações não param por aí!O SINTET-UFU, no recurso

apresentado à Administração Superior da UFU, demonstrou claramente que existe um erro, um vício de origem, nessa ação de reajuste do Ticket RU para os Técnicos Administrativos em Educação da UFU e Docentes. Pois conforme prevê o estatuto da UFU em seu artigo 14, inciso III, o órgão responsável pela deliberação de preços, taxas e emolumentos é o Conselho Diretor (CONDIR), e não o Conselho de Extensão.

Uma vez que o aumento do valor cobrado pelo Restaurante Universitário se configura como preço público o órgão competente para deliberar tal matéria é o CONDIR, sendo que qualquer outra decisão tomada por Conselho Deliberativo distinto é incompetente e, portanto, ilegal, não podendo produzir nenhum efeito jurídico.

A decisão da Administração Superior da UFU em relação a esse recurso protocolado pelo SINTET-UFU ainda não foi formalizada. Informalmente, o SINTET-UFU

recebeu a informação de que a Administração Superior da UFU vai submeter essa questão para debate no conselho superior competente, mas sem realizar a necessária suspensão desse reajuste durante o período em que o tema será objeto de debate no devido conselho superior.

O SINTET-UFU questiona qual é a verdadeira motivação da Administração Superior da UFU tentar impor uma decisão ilegal e que não foi devidamente debatida com a Comunidade Acadêmica e aprovada no Conselho Superior competente para deliberar sobre essa matéria. Por que manter um erro administrativo? Por que assinar um atestado de incompetência? Por que manter uma política que vai prejudicar as condições de vida de um grupo de Técnicos Administrativos em Educação na UFU que utilizam o RU?

O SINTET-UFU não possui respostas para essas perguntas! Ainda aguarda uma resposta formal da Administração Superior da UFU a respeito do recurso protocolado. Será bastante sensato e razoável por parte da Reitoria da UFU, se esse reajuste do ticket RU for suspendido durante o período em que o tema será debatido no Conselho Superior da UFU, que tem pelo estatuto de nossa Instituição, a competência para deliberar sobre tal matéria.

Continuaremos a nossa luta contra essa ação administrativa por parte da Reitoria da UFU que é equivocada, ilegal e neoliberal! Utilizaremos todos os recursos e todas as frentes necessárias para que possamos garantir a democracia na UFU e a qualidade de vida do Técnicos Administrativos em Educação que constroem essa Universidade.

marcas da administra ção superior da UFU!Ineficiência na gestão admi nistrativa e neoliberalismo:

Da Coordenação

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CUT: Do sindicalismo combativo e autônomo para o sindicalismo conciliador, atrelado ao Estado, ao governo e aos patrões

A CUT nasce após o retorno das mobilizações das classes trabalhadoras em diversas regiões do país. A partir de 1978 ocorreram centenas de greves reivindicando aumentos salariais, e reivindicando também o direito de organização no interior do local de trabalho, liberdade e autonomia sindical, direito de greve e o fim da ditadura empresarial-militar. Esse movimento contou com uma expressiva participação das Oposições Sindicais, que praticaram uma política de confronto com a estrutura sindical vigente.

A CUT nasce com debates divergentes sobre qual deveria ser a relação do movimento sindical com o Estado, de modo que o debate sobre a estrutura sindical definiu não apenas os princípios que nortearam a formação da CUT, mas também sobre a maneira que os trabalhadores e as trabalhadoras deveriam relacionar-se com a estrutura social econômica vigente.

Em 1984, ocorreu o 1º Congresso da CUT (1º CONCUT) no qual deliberou a proposta para substituir a estrutura sindical oriunda da década de 1930. Essa proposta expressava alguns princípios como, por exemplo, a democracia, permitindo a ampla liberdade de expressão das ideias; o classismo, combatendo a perspectiva de conciliação de classes e considerando que o movimento sindical está inserido em um contexto de luta de classes de modo que é impossível conciliar os interesses de quem vive explorando e de quem vive explorado; e a liberdade e autonomia sindical, contrapondo a intervenção de partidos políticos e do Estado no movimento sindical.

Ocorreu em 1986, o 2º Congresso Nacional da CUT que manteve a crítica a proposta sindical de colaboração de classes, não aceitando a realização de nenhum “pacto

social” proposto por setores do empresariado, e resistindo a adesão à filosofia do sindicalismo de resultados. Sobre a estrutura sindical, o 2º CONCUT manteve a proposta de luta contra o imposto sindical e pelo fim das práticas do sindicalismo assistencialista. É importante destacar contudo, que a partir desse congresso, um grupo político sindical (vinculado ao Partido dos Trabalhadores – PT), denominado de “Articulação Sindical” passou a ser a maioria dentro da CUT, e a partir daí nunca mais perdeu o controle político dessa Central.

Em 1988, ocorre o 3º CONCUT, no qual a Articulação Sindical impulsionou a aprovação da alteração no estatuto da CUT que construiu uma estrutura organizativa para a central que possibilitou anos depois a adequação a uma nova concepção sindical baseada na “conciliação de classes”, baseada na concepção da eterna negociação que sobrepõe a perspectiva de uma central de mobilização e organização política das classes trabalhadoras. Além disso, o novo estatuto promoveu uma restrição em relação a participação política nos fóruns da CUT, aos trabalhadores sindicalizados e trabalhadoras sindicalizadas com vínculo formal, com carteira de trabalho, excluindo do processo organizativo do trabalho uma importante parcela das classes trabalhadoras do país.

Nesse 3º CONCUT a “Articulação Sindical” utilizando de sua maioria política no interior do Congresso, aprovou medidas que restringiram a participação e o poder das bases, garantindo em contrapartida um peso maior para as direções oficiais da CUT e as direções dos sindicatos. Todas essas medidas pavimentaram, portanto, um processo de burocratização da CUT, aliado a um processo de domesticação da Central frente aos governos e empresários.

O 4º CONCUT, realizado em 1991, é um marco na história da CUT. Foi nesse congresso que a Central passa a adotar a mesma filosofia sindical (baseada no sindicalismo cidadão) adotado pela Força Sindical. A Filosofia do Sindicalismo Cidadão, estabelece uma concepção de que o sindicato deve prioritariamente apostar em um longo processo de negociação e colocar em segundo plano, a estratégia do enfrentamento direto com os governos e empresários, evitando o máximo possível a realização de greves. Não é a toa que dentro da FASUBRA, em 2011 e 2014, os setores da CUT defenderam que não era o momento de se realizar greves (mesmo com o Governo Dilma promovendo duros ataques à categoria e ao serviço público!).

Foto: Roberto Stuckert Filho/ Pagina13.com / Divulgação

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CUT: Do sindicalismo combativo e autônomo para o sindicalismo conciliador, atrelado ao Estado, ao governo e aos patrões

O SINTET-UFU se dispõe sempre a participar de negociações visando resolver os conflitos que existem dentro da UFU; mas compreende que o processo negocial tem limites e que diante da impossibilidade de resolver interesses inconciliáveis; as estratégias da PARALISAÇÃO e da GREVE são fundamentais para avançarmos na defesa e na conquista de novos direitos. Não tem eficácia nenhuma, o movimento sindical se manter em mesas permanentes de negociação, que na prática existem para retirar direitos dos trabalhadores e trabalhadoras!

É sintomático a avaliação do Secretário Geral vitorioso e reeleito pela Chapa da Articulação Sindical durante e 4º CONCUT, quando afirma que:

“Em 1983, no Congresso de fundação da CUT tiramos fora a direita. Neste IV CONCUT nos livramos da esquerda” 1

Essa afirmação demonstra que esse Congresso conduziu a CUT para um caminho distante dos seus marcos fundacionais, aproximando a central de uma perspectiva conciliadora de permanente negociação, combinado com um distanciamento das estratégias de enfrentamento e mobilizações.

Após esse Congresso, a CUT se aproxima significativamente do aparato Estatal. Diversos sindicatos filiados à CUT começaram a recolher o Imposto Sindical (valor referente a um dia de trabalho recolhido de forma compulsória pelo governo), e a Central começou a disputar verbas do Fundo de Amparo do Trabalhador. Já na segunda metade da década de 1990, a CUT já não era mais a mesma que surgiu no início da década de 1980 protagonizando diversas greves e mobilizações!

Em 2003, além da CUT estar bastante sintonizada

com o Estado; a Central perde sua total independência política no primeiro mandato do Governo Lula (PT). A partir daí CUT não teve condições de manter o mínimo de autonomia frente aos Governos Lula e Dilma, e não existe exemplo melhor para explicitar essa constatação, do que o posicionamento dessa Central frente a enorme GREVE dos Servidores Públicos Federais contra a Reforma da Previdência protagonizada pelo Governo Lula em 2003 que retirou direitos históricos dos trabalhadores e trabalhadoras do Serviço Público Federal.

Após 25 anos do 4º CONCUT, é possível constatar que a CUT já não é mais uma Central Sindical capaz de mobilizar os trabalhadores e trabalhadoras para lutarem contra as diversas políticas que são implementadas pelo Governo Federal e pelos Governos Estaduais. A CUT hoje já não é um instrumento de luta eficiente e não existe motivos lúcidos que justifiquem a manutenção da filiação do SINTET-UFU a essa Central.

É importante que o SINTET-UFU se some ao processo de reorganização das classes trabalhadoras no Brasil, visando reconstruir um sindicalismo forte, democrático, classista e independente dos governos e dos patrões, uma vez que os interesses de quem explora e de quem é explorado, SÃO INCONCILIÁVEIS!

Nesses 3 primeiros meses do ano o SINTET-UFU desembolsou R$21.600,00 para a CUT!Não existe nenhum problema o fato do SINTET-UFU contribuir com uma Central Sindical,

uma vez que é de extrema importância a existência de Centrais Sindicais que sejam capazes de articular nacionalmente as lutas em busca de novos direitos e em defesa de direitos que os Governos buscam retirar dos trabalhadores e trabalhadoras.

O problema é que todo esse dinheiro gasto com a CUT nesse ano, não teve nenhuma utilidade para as lutas que o SINTET-UFU e a FASUBRA desempenharam nesse período. O que a CUT fez para mobilizar os trabalhadores e trabalhadoras contra o PLS 555/2015? O que a CUT fez efetivamente para barrar o PLS 131/2015 de José Serra que privatiza o Pré-Sal? A CUT fez a crítica ao Governo Dilma que interviu favoravelmente a aprovação desse PLS 131/2015 no Senado? O que a CUT está fazendo para mobilizar os trabalhadores e as trabalhadoras contra a Reforma da Previdência (que vai aumentar a idade para se aposentar) já anunciada pelo Governo Dilma? A resposta para todas essas perguntas é a mesma: A CUT não fez nada!

Da Coordenação

VocêSabia

1 Trecho retirado do Jornal da Tarde. 12/9/1991. Citado por Sebastião Neto e Vito Giannotti, no livro “Para Onde Vai a CUT?” (Página 54)

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Como é do conhecimento de todos e todas, no dia 12/02/2016, foi realizada a primeira reunião do Conselho Diretor (CONDIR) do ano de 2016. Nesta reunião o terceiro ponto de pauta a ser discutido era a apresentação do Relatório sobre a implantação da jornada de trabalho de trinta horas semanais para técnicos administrativos em educação, cuja relatora foi a Profª. Kárem Cristina de Sousa Ribeiro.

Antes porém, vale registrar, o SINTET-UFU realizou uma série de atividades de mobilização e informação, envolvendo uma mesa-debate sobre o tema, uma reunião com os conselheiros(as) representantes dos técnicos no CONDIR e a convocatória de uma assembleia ato para toda a categoria (realizada no dia da reunião do CONDIR). Sobre a assembleia ato do dia 12/02 é importante ressaltar a presença e mobilização de dezenas trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativo que foram fundamentais para que houvesse uma presença política significativa capaz de reforçar para todo o conselho a importância da reivindicação, foi uma verdadeira demonstração de mobilização coletiva.

A mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras conseguiram garantir a participação na reunião do CONDIR, para além dos conselheiros(as) e chegado ao ponto da implantação da jornada das 30 horas de trabalho, transcorreu resumidamente da seguinte forma:

• A relatora apresentou o seu trabalho dividindo-o em dois tópicos, sendo o primeiro uma análise do tema com parecer final sobre a possibilidade e abrangência da flexibilização. Neste tópico o parecer foi favorável à implantação, considerando, inclusive, ser possível a flexibilização geral, porém

considerando que essa mudança demanda uma alteração profunda na estrutura atual, implicando em uma reestruturação organizacional.

• No segundo tópico, a relatora propôs uma Resolução como instrumento orientador da execução da flexibilização.

Tanto a análise, quanto o parecer e a resolução foram lidos na íntegra pela Relatora e foram apresentados destaques que ao final seriam discutidos, um por um.

Ao terminar a leitura do relatório, todavia, já não havia mais quórum para discussões e aprovações, considerando que alguns conselheiros(as) saíram antes do término.

Dessa forma, o tema entrou como primeiro ponto de pauta na última reunião do CONDIR realizada no dia quatro de março. Na reunião compareceram a representação da FASUBRA, do SINTET-UFU e dois companheiros do Hospital de Clínicas que tiveram direito a voz, além claro dos técnicos e técnicas-administrativas membros do Conselhor Diretor. Participaram ainda, dezenas de companheiros e companheiras que acompanharam o andamento da reunião.

Foram sugeridas alterações na resolução apresentada pela relatora, e aqui conseguimos conquistas importantes, pois, todas as propostas de mudanças sugeridas foram aprovadas integralmente nos 12 artigos discutidos na reunião.

O conselho aprovou ainda a supressão da regulamentação da jornada de trabalho de 40 horas, que caso fosse aprovada prejudicaria muitos trabalhadores e trabalhadoras da universidade, pois futuramente atrapalharia a flexibilização da jornada de trabalho ininterrupta (30 horas) para tais trabalhadores.

Informe da Assembleia Ato e Reunião do CONDIR sobre a implantação da jornada de 30 horas de trabalho para

técnicos administrativos em educação

Foto: Guilherme Gonçalves

Foto: Kennedy C

osta

Da coordenação

Todos xs trabalhadorxs presentes na assembleia foram autorizadxs a acompanhar o ponto de discussão no CONDIR

Antes da reunião do CONDIR, o SINTET realizou umDebate Público sobre o assunto no dia 04 de fevereiro

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AÇÕES REALIZADAS PELO SINTET-UFU SOBRE O TEMA

Diante do cenário surgido a partir do conhecimento real do teor do relatório, parecer e proposta de resolução apresentados pela Relatora, a Coordenação Colegiada do SINTET-UFU, reforça a compreensão de que o tema é muito delicado e o momento é de concentrar forças para conseguirmos atingir esta meta histórica de nossa categoria.

Nada se resolveu ainda de fato, nem favorável e nem desfavoravelmente para os nossos objetivos.

Esta Coordenação Colegiada, seguindo os princípios propostos durante a sua campanha, compreende que toda conquista só é possível com a participação de todos e todas na discussão e na construção de um modelo de Resolução que possa contemplar toda a categoria, independentemente de qual campus ou setor o(a) servidor(a) esteja alocado.

Dessa forma, a direção do SINTET-UFU propôs a toda categoria e realizou as seguintes ações:

1 – Disponibilizou no site do SINTET-UFU para conhecimento de todas e todos o relatório da implantação da jornada de 30 horas, para discussão e formulação de propostas;

2 – Realização de reuniões com todos(as) os(as) Conselheiros(as) representantes dos técnicos no CONDIR, e com trabalhadores e trabalhadoras do HC-UFU, com vistas à formulação de propostas para a Resolução;

3 – Apresentação das propostas formuladas à categoria, em seminário que foi realizado no dia 24 de fevereiro objetivando buscar mais contribuições sobre o tema e aprimoramento das propostas;

Assim, a Coordenação Colegiada do SINTET-UFU, solicita a todos e todas que acompanhem pelo site do sindicato e pelas redes sociais, novas informações. É hora de nos matermos mobilizados para defender as demais alterações no texto da resolução durante a próxima reunião do CONDIR. Será importante marcarmos presença na próxima Assembleia Ato que o SINTET-UFU convocará para o dia da próxima reunião, para que seja feita a pressão necessária sobre o conselho e assim garantirmos a instituição da flexibilização da jornada de trabalho ininterrupta (30 horas) em toda UFU começando inicialmente no HC-UFU, no Hospital Odontológico, no Hospital Veterinário e nas Bibliotecas.

UMA PRIMEIRA AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO COLEGIADA DO SINTET-UFU SOBRE A ANÁLISE E A RESOLUÇÃO

APRESENTADA PELA RELATORAA Coordenação Colegiada do SINTET-UFU,

após analisar todos os acontecimentos das últimas duas reuniões do CONDIR e, especificamente, sobre a proposta de Resolução apresentada pela Relatora, faz a seguinte análise:

1 - Na análise e no parecer da Relatora ela se propõe favorável à implantação das 30 horas, e apresenta uma proposta de Resolução para normatizar o assunto;

2 - Porém na normatização coloca-se pontos contraditórios com todo o parecer, refletindo em uma Resolução que dificulta a implantação das 30 horas em toda a UFU e, pelas regras, dificulta a implantação até nos setores estudados;

3 - A Resolução apresenta ainda um caráter antidemocrático que contraria os avanços já obtidos na UFU, sugerindo a criação de uma comissão permanente que proíbe a participação das entidades representativas dos seguimentos: SINTET, CIS, ADUFU e DCE. Cabe ressaltar que a prática na UFU é que todas as comissões criadas são, em geral, paritárias.

4 - A Definição de “público” na conceituação proposta na Resolução é extremamente restritiva e antiquada, definindo como público atendido somente discentes e comunidade externa, ignorando o fator “relacionamento” que na administração moderna entende como “público” qualquer usuário não pertencente ao setor ofertante dos serviços (dentro da estrutura) que se relaciona direta ou indiretamente com este. Ignorando este “relacionamento” que ocorre dentro da própria estrutura a Resolução nos remete aos primórdios da administração, contrariando tudo que há de mais moderno nas teorias atuais. Porém, essa definição já foi alterada durante o debate realizado na última reunião do CONDIR, de modo que essa definição está agora em sintonia com o que está definido pela lei 11091/2005 que “Dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, no âmbito das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da Educação, e dá outras providências”.

5 - A resolução não consegue expressar nem de perto o espírito fundamental de qualquer Lei, que é promover a organização e o bem estar social. Toda Lei, por mais restritiva que seja, só encontra razão se trouxer este espírito, e a Resolução o ignora completamente.

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SINTET-UFU promove debate sobre as 30 horasAconteceu na tarde do último dia

quatro de fevereiro o Debate Público sobre as 30 horas promovido pelo SINTET-UFU. O evento aconteceu no anfiteatro do bloco 8C no Campus Umuarama e contou com a presença de aproximadamente 200 pessoas. Os debatedores foram Gibran Ramos Jordão, Coordenador Geral da FASUBRA, Marlene Marins de Camargos Borges, Pró-Reitora de Gestão de Pessoas, Kárem Cristina de Souza Ribeiro, Relatora do Conselho Diretor (CONDIR), e Robson Luiz Carneiro, Coordenador Geral do SINTET-UFU.

O objetivo do debate foi ampliar ainda mais a discussão sobre o processo de implementação da jornada de trabalho de 30 horas na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O assunto está pautado na reunião do CONDIR de sexta-feira, dia 12/02, no qual o sindicato promoverá uma Assembleia Ato no saguão da Reitoria.

O primeiro a falar foi o coordenador da FASUBRA, Gibran Ramos Jordão que fez um breve histórico da luta dos trabalhadores, que eram forçados a trabalhar excessivas horas por dia gerando revolta da classe. “Obviamente a exploração do trabalhador gerou revoltas e lutas dos trabalhadores contra seus patrões”, disse.

Porém, mesmo com a redução da carga de trabalho, os burgueses passaram a esmagar e oprimir os trabalhadores para continuar produzindo em menos tempo o mesmo que produziam com carga de horário maior. E para Gibran esse modelo de administração da indústria foi incorporado na administração pública. “O desenvolvimento tecnológico já é um motivo para a redução da carga horária dos técnicos-administrativos. Por exemplo, 30 anos atrás o

técnico trabalhava com máquina de escrever, o que demandava mais tempo para elaboração do trabalho. Hoje o técnico utiliza computadores de última geração e impressoras modernas, ou seja, o funcionário hoje despacha muito mais documentos, ele faz muito mais trabalho no mesmo tempo”, explicou.

Ainda de acordo com o coordenador da FASUBRA, a maioria dos representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) é contra a redução da jornada de trabalho. “Poucos reitores tem a sensibilidade de ver que a redução da jornada de trabalho melhora o rendimento do trabalhador, diminui os afastamentos, principalmente por estresse, consequentemente os gastos das universidades diminuem. Se reunirmos forças para enfrentar com a administração superior da universidade poderemos provar para ela que a jornada pode ser reduzida sem comprometer a qualidade do serviço prestado”, finalizou.

A segunda a falar foi à relatora do CONDIR, Kárem Cristina de Souza Ribeiro. Explicou todo o processo de estudos da Comissão das 30 horas da UFU. “Não há dúvida quanto a legalidade da redução da jornada de trabalho, ainda assim estudamos universidades que já implantaram e as que estão em processo de implantação. A intenção é que se instaurado na universidade o processo não seja desfeito como foi no passado”, disse a relatora.

Kárem ainda explica que “o propósito principal da flexibilização é promover a melhoria da qualidade de vida dos servidores”. Para finalizar apresentou os pré-requisitos para que às 30 horas sejam implementadas. “No processo de flexibilização é preciso mostrar que o trabalho em 30

horas será tão bom ou melhor do que o feito em 40”, completou.

Em seguida foi à vez da Pró-Reitora de Gestão de Pessoas, Marlene Marins explicar a intenção da administração universitária. “A reitoria quer fazer o processo ouvindo os envolvidos para que não haja erros dentro dele e a decisão não seja revogada no futuro como aconteceu há alguns anos atrás”, falou a pró-reitora.

Finalizou explicando toda a cautela da reitoria com o assunto. “Há muito empenho por parte da administração para que a implementação ocorra, mas ela quer que tudo seja analisado com calma e paciência para que o não haja recuo da decisão no futuro. Às vezes pode parecer que somos duros nas questões, mas toda cautela é em respeito à história da instituição UFU”, completou.

Para fechar o debate falou o Coordenador Geral do SINTET-UFU, Robson Luiz Carneiro. “Diferentemente do setor privado que visa o lucro capital, o serviço público visa o lucro social, ele busca melhorias para a sociedade e para entregar um bom trabalho o técnico-administrativo precisa ter qualidade de vida”, disse.

O Coordenador Geral participou da comissão das 30 horas e afirmou que “Toda a UFU tem condições de fazer a flexibilização da jornada. A flexibilização será um bem para a sociedade que receberá um serviço melhor por parte do servidor. Estamos oferecendo a UFU uma oportunidade de melhoria no trabalho que é prestado e uma diminuição dos gastos da universidade”, finalizou.

Ao final o público pôde expor seus pensamentos e fazer questionamentos sobre o assunto. Todas as perguntas foram respondidas pelos debatedores.

3 HORAS JÁ!INTET-UFU

Por Guilherme Gonçalves

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Governo Dilma, os ataques aos trabalhadores e os lobos em peles de cordeiros

O Governo Dilma (PT) se sustenta politicamente em uma ampla aliança composta por setores das classes trabalhadoras e por diversas frações da burguesia brasileira. Ao mesmo tempo que setores desse governo se envolve em um amplo processo de corrupção e de favores, a política aplicada é de caráter neoliberal e se traduz concretamente em ataques ao serviço público federal e aos direitos das classes trabalhadoras nesse país.

Diante da ofensiva de outros setores conservadores da política brasileira (em sua maioria vinculada ao PSDB) referente ao impeachment, o Governo Dilma responde com o discurso de que é necessária a realização de uma reforma da previdência, que reduzirá benefícios e aumentará o número de anos de trabalho, em especial das mulheres, que fazem dupla jornada; além de ter intervido nessa última semana no Senado Federal para aprovar o Projeto de Lei do Senado 131/2015 de autoria do Senador José

Serra (PSDB) que visa ampliar drasticamente a privatização do Pré-Sal no Brasil (Privatização já iniciada pelo Governo Federal em 2013 com a realização do Leilão das bacias petrolíferas do Campo de Libra – localizada na Bacia de Santos, a 170 km do litoral do Estado do Rio de Janeiro).

Mas a reforma do estado não é só na previdência, pois o governo também trabalha para iniciar cobranças nas universidades, a partir dos cursos de especialização

Esses Projetos de Lei caminham na contra mão do acordo de greve assinado pela FASUBRA em 2015, pois tais projetos extinguem mais de 7000 cargos de auxiliar de enfermagem no âmbito das Instituições Federais de Ensino - IFEs (só na UFU serão mais de 300 cargos extintos) e não garantem a incorporação do Vencimento Básico Complementar (VBC); que traduzirá na extinção de 7003 cargos de Auxiliar de Enfermagem. Esses Projetos de Lei propostos pelo Governo Dilma (PT) além de inviabilizar parte do processo de racionalização proposto pela FASUBRA na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), aprofundam o processo de terceirização, pois esses cargos vinculados ao Regime Jurídico Único que o Governo propõe extinguir não serão repostos. Isso ocorre uma vez que o Governo avança no processo de precarização das condições de trabalho, como podemos vislumbrar em outros processos protagonizados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

A FASUBRA atua dentro do congresso e nas mesas de “negociação” com o governo exigindo efetividade aos pontos do acordo de greve. A FASUBRA reivindicou cumprimento do reajuste nos valores dos benefícios, e reivindica também a correta tramitação dos Projetos de Leis que tratam dos valores das tabelas salariais e da incorporação do VBC.

Ao contrário da inércia das gestões anteriores da FASUBRA (quando a CUT possuía um peso maior na Direção), atualmente a Federação além de debater e reivindicar o necessário processo de racionalização os cargos; reivindica também o reconhecimento adequado do trabalho dos(as) auxiliares de

e comemora decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que facilita a entrega da saúde e da educação para as Organizações Sociais (OS), que privatizará com mais rapidez esses e outros setores.

Como parte dessas medidas que atacam os trabalhadores e trabalhadoras, o Governo envia para o Congresso Nacional Projeto de Lei 4253/2015 que em seu Artigo 44 afirma que “Ficam extintos no âmbito das Instituições Federais de Ensino os cargos de Auxiliar em Enfermagem do Plano de Carreira dos CargosTécnico-Administrativos em Educação, de que trata a Lei no11.091, de 2005, que vierem a vagar”, além do Projeto de Lei 4153/2015 que em seu Artigo 43 afirma que “A parcela complementar de que tratam os § 2º e § 3º do art. 15 da Lei nº 11.091, de 2005, não será absorvida por força dos aumentos remuneratórios com efeitos financeiros no período de 2013 a 2017.”

Da Coordenação Colegiada

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enfermagem, buscando corrigir as distorções do enquadramento que não reconhecem a complexidade do trabalho desenvolvido por esses(as) profissionais.

Além disso, a FASUBRA pressiona o Governo em relação ao cumprimento do calendário sobre democratização das IFEs, luta contra as ações arbitrárias de cessão de trabalhadores(as) vinculados(as) ao RJU à EBSERH, defende melhores condições de trabalho e pressiona o Governo para a garantia da realização do seminário sobre assédio moral

Por isso a FASUBRA construiu a PARALISAÇÃO no dia 24 de Fevereiro, e está articulando calendários com outras entidades do funcionalismo, para estruturar a resistência política a esses e outros ataques do Governo.

Enquanto isso, os militantes do setor majoritário da Central Única dos Trabalhadores (Articulação Sindical), ao invés de denunciar o Governo

Dilma e se somar na construção desse calendário, prefere culpabilizar a FASUBRA e o SINTET-UFU por essa difícil situação causada pelo Governo, ao invés de e somarem na luta contra quem de fato está implementando esse projeto, que é o Governo Federal.

Infelizmente, a direção majoritária da CUT envolveu-se tão intimamente com esse governo, que está mais preocupada com atos contra o impeachment e em defesa de Dilma, do que em enfrentá-la. Não nos somamos aos setores do empresariado que disputam com o governo em torno ao mesmo projeto, apenas se confrontando para ver a quem cabe o direito de explorar o estado e realizar o seu desmonte com privatizações, mas também não somos como o presidência da CUT, que de forma simultânea defende a política do governo que possibilita a redução de salários nas empresas privadas e ao mesmo tempo defende pegar em

armas para defender a Dilma.Cabe lembrar que as Federações

cutistas, em 2015, não entraram na greve protagonizada por alguns setores do funcionalismo público, para evitar desgastar o governo, e assim colocaram limites e dificuldades adicionais a greve da FASUBRA. E mesmo com o abandono da CUT, a FASUBRA construiu a maior greve de sua História, com 133 dias sem desanimar na luta contra os ataques desse governo que deveria ser indefensável também para esses companheiros que compõe o campo majoritário da CUT.

Por isso, e entendendo a necessidade da classe seguir lutando com a maior unidade possível contra esses ataques, chamamos os companheiros e companheiras da Articulação Sindical/CUT a romperem com esse governo e se somarem conosco na defesa dos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras da UFU, das demais IFEs e das demais categorias.