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II ANNO DOMINGO, 8 DE JUNHO DE 1902 N.° 47 SEM AN ARI O NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA mSm Assigaaaía Anno, iSooo reis; semestre, Soo réis. Pagamento Pura o Brazil, anno, 2$5oo réis (moeda fortej. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. EDITOR — José Augusto Saloio ^ S liEDACCÁO , ADUIXISmOáOETYP 0 CRAPH 1 .V S JSTÍT. *** fS -------------- Á 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto esp.'dal. Os auto- 51 16— LARGO DA MISERICÓRDIA — 16 I «raPhos ^ er ou nr,° P*blicados- A L D K G A L I , K G V PROPRIETÁRIO - ■José Augusto Saloio EXPEDIEN TE Aeceitam-sc com grati dão <|tiaes«|uer noticias que sejam «le iuíei-esse pu)>Iico. Aos cavalheiros a «naem hoje enviamos pela jtri- 111 eira vez « nosso mo desto scniaxario, roga mos o favor «la seia assi- gnatura. que asmito agra decemos. s;m caso contrario ro- gnmos saiais o favor «la (Icvoiiieáo «lo mesmo itn- mero. sessa o «pae ficarão <•« n s I«1 c r a «los a s s i g n a se- tcs. Esvoaça nos ai'es a pom ba branca, levando o ramo de oliveira. Terminou em- íim a cruenta guerra que tão tristemente ensanguen tou os campos da Africa do Sul. Os valentes boers, que deram ao mundo o mais frisante exemplo do . que podem o amoi' patrio e a coragem levada até ao he- roismo, estão finalmente senhores do seu paiz. Glo ria aos valentes que soube ram defender, palmo a pal mo, perdendo milhares de vidas, o terreno sagrado da patria, e vergonha eter na aos causadores dessa guerra terrivel que foi mais uma pagina negra a accres- centar aos horrores da his toria da humanidade. Que de feitos heroicos se praticaram nessas bata lhas sanguinolentas! Que actos de bravura, de dedi cação, de arrojo, d esse po vo altivo, nobre e indepen dente ! De um lado os inva sores, cubicando os terre nos onde podiam encontrar ■nquezas para satisfazer a sua ambição, do outro um punhado de homens valen tes, dispostos a tudo, para defender a terra em que nasceram,, onde repousam as cinzas dos seus antepas sados, onde vivem suas macs, esposas e filhos, a quem elles ensinam, des- ue creanças, a respeitar, como uma reliquia sagrada, a bandeira do Transvaal! Um povo assim merece a admiração universal, de ve servir de lição e de exemplo aos que até rene gam a patria para servirem as suas conveniencias. Ponha a Europa os olhos nesses intemeratos defen sores da causa mais justa e nobre que pode haver no mundo e admire-os, por que nos tempos que vão correndo, de tão triste de- cadencia e desalento em to das as almas, em todos os espíritos, consola vêr ainda actos de tão alta coragem, de tão comprovada heroi cidade. Emfim, terminaram as sc-enas horriveis do morti cínio; o Transvaal pode continuar a entregar á sua vida laboriosa e pacifica e o mundo tem de applau- dir-se por vêr acabar mais uma scena vergonhosa pa ra os homens que se des pedaçam com as podero sas machinas de guerra, em vez de se unirem para dividir fraternalmente a Terra que a todos perten ce. Que seja esta a ultima guerra; que o seculo xx, com a sua poderosa luz libertadora, ponha cobro de vez aos actos desta or dem que envergonham a Humanidade. JOAQUIM DOS ANJOS. A BENEFÍCENCÍA Esta virtude faz parte da justiça dos homens, e nenhuma outra se liga me lhor com a natureza huma na. Os homens mais perfei tos são os que se consideram obrigados a soccorrer, de fender e salvar o seu seme lhante. E’, todavia, necessário ha vei' o maior critério na es colha daquelles a quem soc- corrermos. Judiciosamente disse En- nio:— «Um beneficio mal empregado, é verdadeira mente uma acção má.» E Horacio:—«Quero que o homem verdadiiramente liberal dè á sua patria, aos seus alliados e amigos, mas aos seus amigos pobres: que ha uns ricos que só presenteiam aquelles que podem dar. Isto não se cha ma dar, são antes dadivas cavilosas para usurpar os bens de outrem.» A beneficencia é pressu rosa, de prompto se faz o que se íaz de boa vontade. Quem se demora a prati car qualquer beneficio é porque lho não pede o co ração. Se nos anteciparmos aos rogos d aquelle que precisa, duplicamos a sua gratidão. Ha muito quem favoreça quem lhe pede, sem discer nimento nem medida, leva do da sua phantasia, como de uma lufada de vento sú bita. Taes serviços não te em certamente o valor dos que se prestam com refle xão e escolha. Se um homem honrado é rico sem desfalcar nin guém, não deve aferrolhar seus haveres como avaren to, nem esbanjal-os como prodigo. Dè aos infelizes honestos e aos que encon tre opprimidos por qual quer infortúnio, e que os possa tornar bons. Não olhemos nunca a nacionalidade, porque onde está um pobre está o logar da caridade. «Se eu fosse artista,— dizia De Ségur— pintaria a Beneficencia velada como o Pudor, com o dedo posto nos labios como o Silencio, e a Gratidão com uma trombeta como a Fama.» V lios Tem ultimamente, nesta villa e logares limitrophes, sido vendidas algumas ade gas de vinho por um preço regular. Os compradores — é o que nos parece — fornecem-se antecipada mente para na próxima colheita brincarem de co leira larga com os incautos viticultores. Bíxcnrsão a Thomar Prevenimos os nossos leitores, que é no proximo domingo que a commissão promotora efesta excursão, tenciona fechar a inscripção. E’ aproveitar emquanto ha tempo. \ Imprensa lBorfoigHcza contra o anaiphabe- iismo. Da Associação dos Jor nalistas de Lisboa acaba mos de receber «ma circu lar e um questionário, que a absoluta falta de espaço nos não deixa hoje dar pu blicidade, mas de que nos occuparemos no proximo numero. K*rovÍdencias Chamamos a attenção de quem competir para o esta do anti-hygienico em que se encontram os urinoes que estão no ediíicio do tribunal, pois que achando- se estes ha tanto tempo obstruídos, exhalam um cheiro pestifero, devido á grande falta de limpeza o que é bastante perigoso para a saude publica. Sociedade 5 'a ião e Tra balho «Se Sarilhos tfiíra af.«les. Es':a laboriosa Sociedade, abriu uma subscripção pa ra a construcção de um co reto no largo do Rocio. O local escolhido é magnifico, pois que é o largo mais amplo de Sarilhos Grandes e de mais movimento. *5uss4o m e l h o r a m e n t o Estão soífrendo um grande melhoramento as ruas do Norte e Vau que ha tanto precisavam, pois que nas inverneiras torna- va-se-nos impossível tran sitar por ellas. Nestas ruas estão alguns montes de pe dra e escavações, dando occasião a quem seja obri gado a passar alli de noite tenha de cahir pela falta de luz. Seria conveniente que se déss e pr e ça áq ue 11 e tr aba - lho augmentando-lhe o nu mero de calceteiros e tra balhadores, para evitarmos de lamentar aqui algum desastre. Centro Commercial Este importante estabele cimento acaba de receber um variado sortimento de fazendas para vestidos de senhoras e creanças pro prios da estação, e vendidos por preços que ninguém pode fazer. Experimentar para acre ditar! Ha grande diversidade de números para a próxi ma loteria dos 5o contos de réis. Rua Direita, 2 e Praça Serpa Pinto, 52. Os srs. Antonio Rodri gues Samoreno e Sebas tião Gil de Mattos, teem andado a pedir a pessoas de merecida confiança, uma pequena mensalidade para a criação de um collegio no logar da Atalaya. Louvamos sinceramente os bondosos iniciadores de tão util estabelecimento, e agradecemos em nome dos habitantes daquella lo calidade a todas as pessoas que tão promptamente ac- cederam, quotisando-se as sim para bem futuro das creancas. Sixjsosição de cravos Promette o maior bri lhantismo a grande expo sição de cravos que a As sociação de classe dos Jar dineiros promove e inau gura no dia 12 do corrente nas esplendidas salas do Atheneu Commercial de Lisboa. São já muitos os expositores inscriptos bem como são em grande nu mero as collecções que vão figurar no proximo certa- men de floricultura, que tanto interesse está desper tando entre fioricultores, jardineiros e amadores. Ha já muitas inscripçõês para o concurso especial de mangericos. A direcção da Associa ção promotora avisa os srs. expositores de que pódem effectuar vendas de man gericos, se assim o enten derem, sem que hajam de soffrer nenhum desconto de percentagem.

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Page 1: liEDACCÁO, ADUIXISmOáOETYP0CRAPH1.V S JSTÍT. · Que de feitos heroicos se praticaram nessas bata lhas sanguinolentas! Que actos de bravura, de dedi cação, de arrojo, d esse po

I I ANNO DOMINGO, 8 DE JUNHO DE 1902 N.° 47

SEM AN A R I O N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R ÍC O L AmSm

AssigaaaíaAnno, iSooo reis; semestre, Soo réis. Pagamento Pura o Brazil, anno, 2$5oo réis (moeda fortej. Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— José Augusto Saloio

^ S liEDACCÁO, ADUIXISmOáOETYP0CRAPH1.V S J S T Í T . * * *fS -------------- Á 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto esp.'dal. Os auto-

51 16— LARGO DA MISERICÓRDIA — 16 I «raPhos ^ er ou nr,° P*blicados-A L D K G A L I , K G V PROPRIETÁRIO - ■José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

Aeceitam-sc c o m g ra ti­d ã o < | t i a e s « |u e r n o t i c i a s q u e s e j a m «le i u í e i - e s s e p u )> I ico .

Aos cavalheiros a «naem hoje enviam os pela jtri-111 eira vez « nosso m o­desto scn iaxario , roga­m o s o favor «la seia assi- gnatura. que asmito agra­decemos.

s;m c a s o c o n t r a r i o ro- g n m o s sa ia is o f a v o r «la ( I c v o i i i e á o «lo m e s m o i tn - m e r o . sessa o «pae ficarão <•« n s I «1 c r a « lo s a s s i g n a se - t c s .

Esvoaça nos ai'es a pom­ba branca, levando o ramo de oliveira. Terminou em- íim a cruenta guerra que tão tristemente ensanguen­tou os campos da Africa do Sul.

Os valentes boers, que deram ao mundo o mais frisante exemplo do . que podem o amoi' patrio e a coragem levada até ao he- roismo, estão finalmente senhores do seu paiz. Glo­ria aos valentes que soube­ram defender, palmo a pal­mo, perdendo milhares de vidas, o terreno sagrado da patria, e vergonha eter­na aos causadores dessa guerra terrivel que foi mais uma pagina negra a accres- centar aos horrores da his­toria da humanidade.

Que de feitos heroicos se praticaram nessas bata­lhas sanguinolentas! Que actos de bravura, de dedi­cação, de arrojo, d esse po­vo altivo, nobre e indepen­dente ! De um lado os inva­sores, cubicando os terre­nos onde podiam encontrar ■nquezas para satisfazer a sua ambição, do outro um punhado de homens valen­tes, dispostos a tudo, para defender a terra em que nasceram,, onde repousam as cinzas dos seus antepas­sados, onde vivem suas macs, esposas e filhos, a quem elles ensinam, des- ue creanças, a respeitar, como uma reliquia sagrada,

a bandeira do Transvaal!Um povo assim merece

a admiração universal, de­ve servir de lição e de exemplo aos que até rene­gam a patria para servirem as suas conveniencias.

Ponha a Europa os olhos nesses intemeratos defen­sores da causa mais justa e nobre que pode haver no mundo e admire-os, por­que nos tempos que vão correndo, de tão triste de- cadencia e desalento em to­das as almas, em todos os espíritos, consola vêr ainda actos de tão alta coragem, de tão comprovada heroi­cidade.

Emfim, terminaram as sc-enas horriveis do morti­cínio; o Transvaal pode continuar a entregar á sua vida laboriosa e pacifica e o mundo tem de applau- dir-se por vêr acabar mais uma scena vergonhosa pa­ra os homens que se des­pedaçam com as podero­sas machinas de guerra, em vez de se unirem para dividir fraternalmente a Terra que a todos perten­ce.

Que seja esta a ultima guerra; que o seculo xx, com a sua poderosa luz libertadora, ponha cobro de vez aos actos desta or­dem que envergonham a Humanidade.

JO AQ UIM DOS ANJOS.

A BENEFÍCENCÍA

Esta virtude faz parte da justiça dos homens, e nenhuma outra se liga me­lhor com a natureza huma­na.

Os homens mais perfei­tos são os que se consideram obrigados a soccorrer, de­fender e salvar o seu seme­lhante.

E’, todavia, necessário ha­vei' o maior critério na es­colha daquelles a quem soc- corrermos.

Judiciosamente disse En- nio:— «Um beneficio mal empregado, é verdadeira­mente uma acção má.»

E Horacio:— « Quero que o homem verdadiiramente liberal dè á sua patria, aos

seus alliados e amigos, mas aos seus amigos pobres: que ha uns ricos que só presenteiam aquelles que podem dar. Isto não se cha­ma dar, são antes dadivas cavilosas para usurpar os bens de outrem.»

A beneficencia é pressu­rosa, de prompto se faz o que se íaz de boa vontade. Quem se demora a prati­car qualquer beneficio é porque lho não pede o co­ração.

Se nos anteciparmos aos rogos d aquelle que precisa, duplicamos a sua gratidão.

Ha muito quem favoreça quem lhe pede, sem discer­nimento nem medida, leva­do da sua phantasia, como de uma lufada de vento sú­bita. Taes serviços não te­em certamente o valor dos que se prestam com refle­xão e escolha.

Se um homem honrado é rico sem desfalcar nin­guém, não deve aferrolhar seus haveres como avaren­to, nem esbanjal-os como prodigo. Dè aos infelizes honestos e aos que encon­tre opprimidos por qual­quer infortúnio, e que os possa tornar bons.

Não olhemos nunca a nacionalidade, porque onde está um pobre está o logar da caridade.

«Se eu fosse artista,— dizia De Ségur— pintaria a Beneficencia velada como o Pudor, com o dedo posto nos labios como o Silencio, e a Gratidão com uma trombeta como a Fama.»

V i » l i o s

Tem ultimamente, nesta villa e logares limitrophes, sido vendidas algumas ade­gas de vinho por um preço regular. Os compradores— é o que nos parece — fornecem-se antecipada­mente para na próxima colheita brincarem de co­leira larga com os incautos viticultores.

B í x c n r s ã o a T h o m a r

Prevenimos os nossos leitores, que é no proximo domingo que a commissão

promotora efesta excursão, tenciona fechar a inscripção. E’ aproveitar emquanto ha tempo.

\ I m p r e n s a l Bo r f o i g H c z a contra o a n a i p h a b e - iism o .

Da Associação dos Jo r­nalistas de Lisboa acaba­mos de receber «ma circu­lar e um questionário, que a absoluta falta de espaço nos não deixa hoje dar pu­blicidade, mas de que nos occuparemos no proximo numero.

K * r o v Í d e n c i a s

Chamamos a attenção de quem competir para o esta­do anti-hygienico em que se encontram os urinoes que estão no ediíicio do tribunal, pois que achando- se estes ha tanto tempo obstruídos, exhalam um cheiro pestifero, devido á grande falta de limpeza o que é bastante perigoso para a saude publica.

Sociedade 5 'a i ã o e T ra ­balho «Se S arilhos tfiíra af.«les.

Es':a laboriosa Sociedade, abriu uma subscripção pa­ra a construcção de um co­reto no largo do Rocio. O local escolhido é magnifico, pois que é o largo mais amplo de Sarilhos Grandes e de mais movimento.

*5uss4o m e l h o r a m e n t o

Estão soífrendo um grande melhoramento as ruas do Norte e Vau que ha tanto precisavam, pois que nas inverneiras torna- va-se-nos impossível tran­sitar por ellas. Nestas ruas estão alguns montes de pe­dra e escavações, dando occasião a quem seja obri­gado a passar alli de noite tenha de cahir pela falta de luz. Seria conveniente que se d éss e p r e ç a áq u e 11 e t r ab a - lho augmentando-lhe o nu­mero de calceteiros e tra­balhadores, para evitarmos de lamentar aqui algum desastre.

Centro Com m ercial

Este importante estabele­cimento acaba de receber um variado sortimento de fazendas para vestidos de senhoras e creanças pro­prios da estação, e vendidos por preços que ninguém pode fazer.

Experimentar para acre­ditar!

Ha grande diversidade de números para a próxi­ma loteria dos 5o contos de réis.

Rua Direita, 2 e Praça Serpa Pinto, 52.

Os srs. Antonio Rodri­gues Samoreno e Sebas­tião Gil de Mattos, teem andado a pedir a pessoas de merecida confiança, uma pequena mensalidade para a criação de um collegio no logar da Atalaya.

Louvamos sinceramente os bondosos iniciadores de tão util estabelecimento, e agradecemos em nome dos habitantes daquella lo­calidade a todas as pessoas que tão promptamente ac- cederam, quotisando-se as­sim para bem futuro das creancas.

S i x j s o s i ç ã o d e c r a v o s

Promette o maior bri­lhantismo a grande expo­sição de cravos que a As­sociação de classe dos Jar­dineiros promove e inau­gura no dia 12 do corrente nas esplendidas salas do Atheneu Commercial de Lisboa. São já muitos os expositores inscriptos bem como são em grande nu­mero as collecções que vão figurar no proximo certa- men de floricultura, que tanto interesse está desper­tando entre fioricultores, jardineiros e amadores.

Ha já muitas inscripçõês para o concurso especial de mangericos.

A direcção da Associa­ção promotora avisa os srs. expositores de que pódem effectuar vendas de man­gericos, se assim o enten­derem, sem que hajam de soffrer nenhum desconto de percentagem.

Page 2: liEDACCÁO, ADUIXISmOáOETYP0CRAPH1.V S JSTÍT. · Que de feitos heroicos se praticaram nessas bata lhas sanguinolentas! Que actos de bravura, de dedi cação, de arrojo, d esse po

O D O M I N G O

estes festejos a distincta phylarmonica do Lavradio.

T alho d© P o io

O proprietário d’este es­tabelecimento, participa a todos os seus freguezes que acaba de baixar os preços da carne de vacca e chiba­to.

Vacca a 280 réis o kilo.Chibato a 220 réis o ki­

lo.Largo da Egreja, Alde­

gallega.

C O F R E B E P É R O L A S

A

T o a : d a C a r i d a d e

Recebemos o n.° 17 de esta interessante revista mensal illustrada, que se publica na Covilhã.

O producto liquido d’es- ta publicação é destinado ao pão de Santo Antonio, estabelecido na egreja de Santa Mafia da Covilhã.

Agradecemos.

SSíst ies

E’ extraordinário o en- thusiasmo este anno pelos bailes públicos nesta villa.

Todas as noites se en­contram grandes bandos de formosas raparigas que, depois dos seus affazeres, corre m p r e ss u rosa m ente aos bailaricos para alli gor- gearem improvisadas can­ções em phrenetico desafio com o seu mais que tudo.

E ainda dizem que Al­degallega não tem diverti­mentos!

Vê tu como no céo a estrella d alva Que brilha ao vosso olhar,

A medonha distancia vence e salva Da cruz crepuscular.

Eu dera certamente a vida inteira P o r uma coisa rara:

Para poder vencer essa barreira Que a ambos nos separa.

Tu, risonha e feliz, peito formado De lu~ e de ventura;

Eu, triste e pensativo, condemnado *4os transes da amargura.

Em li tudo seduz'.... Quwdo me illude A pobre estrella m inha!...

Como se um pastor, um homem rude, Amasse uma rainha!

JOAQUIM DOS ANJOS.

PENSAMENTOSTodas as felicidades se parecem umas com as outras,

mas cada infortúnio tem a sua physionomia particu­lar.— Leão Tolstoi.

— Os malvados sempre acham motivos par a justifica­rem as suas acções e condemnarem as alheias.

— 0 silencio dd peso aos pensam mios e credito ds palavras.

— Quando 0 ventre nao se contenta com pão, as cos­tas são faceis de se dobrar para o servilismo.

— A pobreza faz perder o sentimento da altivez■ E dijficil que um sacco vasio se conserve de pé.

A N E C D O T AS

A ianiversarlos

Completa no dia i 3 do corrente o i.° anniversario natalicio a linda íilhinha do nosso amigo João Raphael Alves.

Os nossos sinceros pa­rabéns.

— Tambem no dia 14 do corrente completa mais um anniversario natalicio o sr. João Thomaz da Cunha, digno empregado no com­mercio, em Lisboa.

Enviamos-lhe as nossas felicitacões.

Discutiam dois alentados cidadãos de Tuy sobre o que é um milagre.

Um d elles confessava ingenuamente que não sabi.i o que isso era.

0 outro, embora não inspirado pelo Espirito Santo, quiz levar o seu digno amigo d alia comprehensão de caso.

Nada. 0 outro não percebia nem patavina. (Pudera!)— Baia!... que tu nun intendes o que és um mila­

gre!. .. Bolta-le p ra Id, que eu xd t’o isplico ...E prega-lhe um valente pontapé... em sitio que não

tem querella...— Doeu-te?— Baia, que xim !— Pois olha, que xe nun te doesse é que era um

milagre!

A avósinha recebe a visita de seu neto e pergunta-lhe:— Então, jd sabes contar, Julio.— Sei, sim, minha avósinha. Olhe, quer ouvir: um,

dois, tres, quatro, cinco, seis...— Oh! que bonito menino! Continua, minha joia.— Sete, dama, valete, rei...- - A i, que patife!

SSlMHsaliãaçã© e l e c t r i e a

No dia 6 do corrente foi escolhido pelos srs. Car­dozo, Dargent & C.a, d’ac- cordo com a Camara o terreno destinado á instal- lação da fabrica para a illu- minação electrica desta vil­la, cujas obras devem co­meçar ainda este mez.

Ficou combinado para a referida installação o terre­no municipal existente na rua do Quartel.

2 ________________ ________________

A s f e s t a s d© S S iv in © S2s - p i r i t o ftamt©

Nao se fazem este anno as sumptuosas festas ao Di­vino Espirito Santo que tão grande valor deram a esta villa, durante tres annos consecutivos que aqui tive­ram logar com a maior pompa, luzimento e ordem.

Estas festas que custa­vam a Aldegallega não poucos contos de réis, co­mo todos sabem, deixam- se este anno de fazer não por falta desse dinheiro, mas sim por uma insignifi­cante questiuncula entre as commissões de que eram compostas.

Parece impossível!...Pois não seria mais bo­

nito em vez de quatro com­missões, como nos annos anteriores, haver só uma, ser composta de pessoas idóneas e em numero egual de todas as classes? Depois entre os mesmos indivi­duos que componham es­sa commissão, escolherem, por meio de votos, um pa­ra presidente. Assim seria provável que se evitassem essas questões que só tra­zem o prejuizo do com­mercio da terra e que são uma vergonha para o hon­rado povo que a compõe.

------------ «s—-&<?8€>5- —•»»-----------

F e s t e j o s a S - P e d r o

A honrada classe pisca­tória deliberou fazer um grandioso festejo ao seu devotado S. Pedro nos dias 28, 29 e 3o do corrente mez.

Tem já contratada para

FOLHETIM

Traducção de J. DOS AN.IOS

UMA HISTORIADO

OUTRO MUNDORomance de aventuras

VIIIC o m o o s s a p o s p o d e m i n ­

f l u i r n o d e s t i n o d o s h o ­m e n s e d o i n c o n v e n i e n ­t e d e u s a r c a i x a s d e f o s f o r o s d e f o l h a .

O João, mais forte contra e;tassensa- çõas, quando apanha um dos reptis ao seu alcance, eontenta-se com so­

prar vigorosamente e atiral-o de per­nas para o ar entre a:, duas folhas. Afinal o Jo io passou pri.neiro e. o Mario seguiu-o.

N'este momento a lua apparecia detraz ue uma nuvem e .Iluminava a superfície ne ,ra do paul. A ’ sua luz, pareceu ao Mario notar um mo rime.i-

to na casa da guarda no lado da pia- nicie. T ocou p o r debaixo d'agua, no braço do João, e deitando a bòcca de fóra das hervas, disse lhe em voz bai­xa que olhasse.

Effectivamente, o ponto vermelho

do lampeão que illuminava a casa da guarda acabava de m over-se; desap- pareceu por um momento e depois

tornou a aj parecer á porta. O ajudan­te Barballez traz:a-o na máo e parecia mostrar com o dedo o paul aos seus companheiros. O João e o Mario só

estavam a duzentos m eto s d’aqueile grupo.

E is o que se passara:O João fizera uma certa bulha ao

afiistar os sapos. 0 ajudante tinha ou­vido fino, e o som, propagando se so­bre a agua, chegára-lhe nitidamente pela janella aberta. Levanta:a-se e olhára para o longe.

— Com certeza não é um sapo que faz aquella bulha, disse elle. Parece uma bofetada ou pistola que erra fogo. H um ! hum! é celebre!

E sahira então com os seus dois acolytos, para vêr se os tres desco briam alguma coisa.

Mas no m e .o da herva negra dos grupos de sr.pos, era impossível re­conhecer d ia s cabeças humrnas, de mais a mais cobertas com o barrete de lá escura dos deportados. Isto con­fundia-se com a supercie obscura e

amaçada do paul. Os tres debalde cor­riam com os olhos toda a exten<ão da campina pantanosa. Não viam nada. De mais a mais os dois fugitivos não se moviam.

O ajudante ia voltar para casa. quando atinai viu uma especie de re­flexo branco, como se estivesse uma chapa de prata n’uma folha.

— Que diabo é aquillo ? clisse elle aos seus homens. Olhem! lá em bai­xo, na direcção do meu dedo. Reluz ao clarão da lua. Vêem?

E ra a caixa de folha que o Mario levava por cima do barrete. Apesar da sua firme vontaJe de ficar immo- vel de todo. náo pudera deixar de voltar a cabeça, p ra evitar um sapo, e na posição em que ficou, a folha brilhava aos raios da lua.

— Olá! di se-lhe muito baixo o Joáo Pioux. aquelles patifes seriam

LÍTTERATORA

L U IZ A(Continuado do n.° 46)

Em uma rústica cabana., distante duas leguas da vil­la, vivia pobre, porém feliz, o velho Fernando com sua filha Luiza: a bellezadesta era o modelo ideal, sobre que os habitantes baseavam suas comparações: longos e negros cabellos annelados lhe cahiam sobre os hom- bros, que rivalisavam em alvura com a neve; dois olhos suaves e celestes or­navam sua frente, e como brilhantes estrellas giravam sob suas formosas pálpe­bras; uns labios de carmim; uns dentes que mais brilha­vam do que um fio de pé­rolas; eis aqui as menores per feições d’este composto de graças, que não temeria de apresentar-se ao lado da Venus de Canova, e de Medieis: suas feições eram de tão sublime esphera, de tão angélica forma, que não podiam ser considera­das como coisas mortaes: jámais Corregio, Raphael e Guido pintaram anjos tão belios como era Luiza; jámais os poetas poderam descrever em seus versos uma tão rara formosura.

E a infeliz era devorada por um amor sem esperan­ças, um primeiro amor, que exalta e endoidece... um joven de vinte e quatro an­nos, caracterisado por to­dos os vicios, ainda que descendente de uma honra­da familia, era o objecto dos desvelos de Luiza... Náo sabemos achar a razão de este phenomeno... a mais virtuosa donzella amar n mais preverso de todos os homens!... Mas tal era o facto; e elle tambem a ama­va, e seu amor ás vezes o impedia de commetter al­guma acção má, que medi­tava ...

Era no tempo da chega­da da familia real portugue­za ao Brazil, e como todoí sabem, houve muitos recru­tamentos para o serviço militar, por quanto o Prin-

capazes de nos vêr? Parece q':e es­tão a olhar justamente para e .te lado. O diabo do Barballez tema vista mui­

to apurada, sabes?— Cala-te, e ní.o faças tanta bulha,

respondeu o M ario. Digo-te que náo nos podem vêr.

Ora, o velho via dlstinctamente 0 reflexo branco da caixa. Mas nem ell« nem os outros conseguiram adivinhar o que podia ser. Já não pensavam barulho de ha boccaJo, que tinha uw tanto de suspeito; mas estavam devf ras admirados com aquelle boccad0 de metal que luzia no meio do pa®1

— Com a bréca, disse o ajudanKi quero saber o que é. Dê cá a mini11 carabina, br gadeiro. Vou-lhe man<Jar uma bata.

'.C ontinuai

Page 3: liEDACCÁO, ADUIXISmOáOETYP0CRAPH1.V S JSTÍT. · Que de feitos heroicos se praticaram nessas bata lhas sanguinolentas! Que actos de bravura, de dedi cação, de arrojo, d esse po

O DOMI NGOcipe Regente, deixando a! •nietropole do remo para' escapar ás furias do leão do seculo xix, julgou necessá­rio rodear-se de uma força respeitável, que defendesse sua pessoa...- Carlos, o amante de Luiza, foi preso para assentar praça, e im- mediatamente depois en­viado á Europa com o seu batalhão para a defeza de Portugal, que com tudo nao tinha esquecido a glo­ria do seculo xvi, e o valor dos Menezes, e dos Albu- querques.

A infeliz donzella, longe d’aquelle que tanto amava apezar de suas más quali­dades, murchava como a flôr aos ardentes raios do sol.

Aquella rosada côr, que tão bella a fazia, ia desap- parecendo pouco a pou­co... dois lividos e azulados circulos amorteciam seus olhos, que uma lagrima trazia húmidos de conti­nuo.. .

E o pobre Fernando cho­rava com eila, esforçava-se em vão por desarraigar- lhe do coração o mortal cancro que a carcomia.

Um primeiro amor pó- de-se acaso arrancar com insinuações, conselhos, ou força? Ignorava o velho que elle a conduziria á sepultu­ra, que eternamente lhe

•-■ralaria as entranhas!....Entretanto eram já pas­

sados tres annos, e nem uma noticia tinham elles recebido de Carlos; igno­ravam completamente o seu destino, e isto ainda mais os magoava.

Um irmão de Carlos, por nome Alberto, joven bem feito, dotado de sentimen­tos de honra e de probida­de,' e que tambem já ha muito tempo adorava Lui­za, pede neste momento sua mão ao velho Fernan­do. que acceita a offerta, sob a condição do consen­timento de sua filha.

(Continúa)

AGRI CULTORA51 esá realça© do gorgíiSho

d© grãe

A infecção dos celeirosé a causa principal para o gorgulho se desenvolver, porque, vindo elle da eira e mesmo da terra, e tendo no celeiro a humidade ou ° g'rão molhado na eira, el­le desenvolve-se extraordi­nariamente.

Em muitos paizes fazem grades decannas em fórma de cylindro; enchem-se es­ses cylindros de grão e de- penduram-se, e neste caso 0 grão conserva-se enxuto e arejado e por conseguin­te livre dos ataques dos insectos nocivos.

Não se podendo conser­var assim o grão pelo facto de haver grande quantida­de de cereal, ha um proces­so muito simples e facil de executar: perfura-se o fun­do duma dorna e depois lança-se dentro o grão; na parte de fora do fundo da dorna coiloca-se uma vasi­lha com enxofre a arder.

O fumo carregado de gaz sulfuroso penetra pelos buracos e atravessa toda a massa dos grãos; os gor­gulhos, não podendo sup- portar o gaz sulfuroso, veem á superfície, onde é muito facil apanhal-os. Se se deixar estar bastante tempo o enxofre a arder, o gorgulho desapparece por completo, porque en­tão é asphyxiado.

Ha um processo muito seguido e de grandes van­tagens: a semente, quando se lança á terra, já leva muitos- ovos, que, com a acção do calor e cia humi­dade, se desenvolvem e se conservam ahi até que haja fructo onde se possam alojar, e para que isso se não dè, lança-se a semente dentro dagua aonde se te­nha addicionado solfato de ferro (i por iooo) durante 24 horas, lançando em se­guida a semente á terra.

Procedendo-se assim, não só são destruídos os ovos dos animaes, como os esporos dos parasitas vege- taes.

íCi»Domingos Simões dos

Santos cumpre o grato de­ver de patentear por este meio o seu eterno reco­nhecimento ao ex.mo sr. dr. Manuel da Cruz Junior, pela maneira porque o tra­tou durante a grave enfer­midade que o prostrára e de que se acha completa­mente restabelecido.

A sua gratidão fica, pois, indelevei para com o dis­tincto medico, por que ao seu muito zelo e sciencia deve a vida.

Aldegallega, 6 de junho de 1902.

~~ÃNN ÚNCIÒS~

A N N U N C I O

COMARCA DE ALDEGALLEGA1118110

(4 .'1 I*0a3»!Iiíaiíão)

Pelo Juizo de Paz da Moita, no inventario por obito de João Antonio Es- comalha, e no qual é inven­tariante Emilia dos Santos, hão de ser postos em pra­ça na casa de habitação que foi do inventariado sita na villa da Moita, no dia 8 de Junho proximo pelo meio

dia os seguintes bens: 1 cama de ferro completa — Outra cama de ferro com­pleta— 6 cadeiras — 3 ban­cas— 1 meza dabas— 1 commoda— 1 relogio de meza— 1 espelho— 1 quar- tolade 100 litros— 1 quar- tolade 5oo litros— 1 caval­lo pequeno— 1 * jumento.

Aldegallega do Ribatejo, 26 de maio de 1902.Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Antonio Augusto Noguei­ra Sonto.

O E S C R IV Á O

José Maria de Mendonça.

A N N U N C I O

COMARCA DE ALDEGALLEGA

( f . a a*8ililieação)

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, no inventa­rio por obito de João An­tonio Escomalha, no qual é inventariante Emilia dos Santos, hão de ser postos em praça á porta do Tri­bunal deste Juizo, no dia 15 do corrente pelo meio dia, e arrematados a quem maior lanço offerecer so­bre o valor da sua avalia­ção, as uvas e azeitonas ainda em flôr, existentes nas propriedades que per­tenceram a este casal, si­tas na Cartageira.

Aldegallega do Ribatejo, 3 de junho de 1902.Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

N. Souto.O E S C R IV Á O

José Maria de Mendonça.

A N N U N C IO

ARCA DE ALDEGA

( l . a Pá!»!!cação)

No dia i 5 do corrente, pelo meio dia, á porta do tribunal judicial desta villa de Aldeia Galiega cio Riba­tejo, nos autos de inventa­rio orphanologico a que se procede por obito de Ale­xandrina Henriqueta, viuva, moradora que foi na Quin­ta dos Fundilhões, fregue­zia da Moita, se hão de vender e arrematar em hasta publica a quem maior lanço offerecer sobre os valores abaixo designados os prédios seguintes: 1." Uma marinha denominada AS NAVES no sitio da QuinCa dos Fundilhões, e

vae á praça no valor de 1:700,$000 réis. 2.“ Outra marinha denominada A COSÍNHEÍilA, á qual per­tence metade do pinhal de Areia, no mesmo sitio, de­nominado a Quinta dos Fundilhões, e vae á praça no valor de 1 :iooSoooréis. 3.° Outra marinha deno­minada O JOSE’ CAETA­NO, á qual pertence a ou­tra metade do pinhal de Areia, no mesmo sitio, e vae á praça no valor de i:3oo$ooo réis. 4.0 Outra marinha denominada A NOVA, e uma casa que serve de abegoaria, no mesmo sitio, e vae á praça no valor de i:3oo-3ooo réis. As marinhas NAVES e NO­VA, estão sujeitas ao arren­damento feito pela inventa­riada ao cabeça de casal Manuel Rollo dos Santos, pela. quantia de 2008000 réis, por 19 annos que ter­minam cm 3 i de dezembro de 1913. Pelo presente são citados quaesquer crédo- res incertos para assistirem á dita arrematação e usa­rem dos seus direitos sob pena de revelia.

Aldegallega do Ribatejo, 5 de junho de 1902.

O E S C R IV Á O

Antonio Augusto da SilvaCoelho.

V erifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

N. Souto.

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Nesta redacção se trata.

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O D O M I N G O

N O V A S A L C H I C H A R I AD E

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PEDIDOS A LUCAS & C,A — ALDEGALLEGA

R E L O J O A R I A G A R A N T I D AD E

AVELINO MARQUES CONTRAMESTRE

Relogio, de ouro. de p aia. de aço. de nickel, de p.Iaquet. de phanti- s a, am -ri. a '<>3. s.iiss)- dc p i eie» ma itim o-, despert-.dores americanos, des- pe tadeves de phantasia. desp-rta iores com musica, suisso.s de ilgtbeira com corda para oito dias. „

Recom nen Ia-se o relogio de A V E L IN O M A R Q U E S C O N T R A M E S T R E , um bom escape d"ancora muito forte por .íSooo reis.

Oxidi-m-sc caixa; d aço cora a maxitni perfeição. Ciarantem-se todo; os concertos.O p o p r e t .r io d’csta reíoio r a com pra ouro e prata pelo preç

1 - R U A D O F O Ç O — 1pelo p:eço mais elevaJo.

ALDEGALLEGA DO RIBATEJO