liderança no reino: capítulo 18 - escolhendo e nomeando presbíteros e diáconos

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  • 8/13/2019 Liderana no Reino: Captulo 18 - Escolhendo e Nomeando Presbteros e Diconos

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    CAPTULO 18:ESCOLHENDO E NOMEANDO PRESBTEROS E DICONOS

    Um Processo de Seleo Participativo, Parte 1

    Apesar do Novo Testamento falar claramente sobre a necessidade de terpresbteros e diconos, e apesar de ter muito material escrito discursando sobre

    aquelas qualidades desejadas em ambos os grupos ministeriais, pouco tem sido

    falado ou escrito a respeito doprocesso de escolher estes servos especiais.

    Em Atos 14:23, vemos Paulo e Barnab envolvidos em escolhendo

    presbteros em cada igreja que tinham estabelecido. Nada, porm, dito a respeito

    do processo que seguiam para escolher esses presbteros. Anos depois, Paulo

    escreveu para Tito em Creta, explicando sua razo por ter deixado Tito em Creta.

    Tito devia corrigiro que era defeituoso e nomear presbteros em cada cidade. De

    novo, nada dito a respeito de qualquer procedimento a ser adotado na seleo e

    nomeao destes lderes.

    H indicao, porm, em Atos 1:15-26 e Atos 6:1-7 ao processo de seleo de

    certos servos da igreja. Dessas passagens aprendemos que um processo

    participativofoi adotado na comunidade da igreja primitiva, com forte iniciativa

    sendo fornecida pelos apstolos. Alguns parmetros foram estabelecidos e

    definidos. Muita orao foi oferecida ao Senhor. F na presena e operao do

    Esprito Santo foi evidente. Finalmente, a cooperao e envolvimento do grupo ou

    congregao inteira foi obtido.

    Este captulo recomendar um processo de seleo participativo e sugerir

    como este processo pode ser adaptado em igrejas hoje em dia. Ateno especial ser

    dada ao processo registrado em Atos 1:15-16 e 6:1-7.

    Aprendemos num captulo anterior que o estilo de liderana determinado

    fundamentalmente pela sociologia. Tambm observamos que a cultura sociolgica

    das Novas Realidades nas quais ministramos atualmente nos levam a um modelo

    participativo de liderana na igreja e seleo da liderana. impressionante e at

    espantoso quanta teoria de liderana moderna est incorporando modelos

    bblicos de liderana em teoria de liderana contempornea. Qualquer pessoa que

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    l os livros do guru de liderana moderno Stephen Covey sobre liderana focada

    em princpios, ficar impressionada com este fato. Talvez a razo por isso possa ser

    encontrada nas nfases contemporneas em pessoas em vez de organizaes ou

    tarefas. Cristos naturalmente ficam felizes em descobrir que teoristas de liderana

    contempornea incorporam princpios bblicos nas suas teorias de liderana.

    UM MODELO TRADICIONAL PARA ELEIO DE PRESBTEROS

    As igrejas de Cristo tradicionalmente tm adotado vrios modelos para a

    seleo/eleio de lderes da igreja. Pelo fato do estilo de liderana ser determinado

    sociologicamente, esta variedade em metodologia entendvel.

    Um modelo, porm, tem predominado em certas localidades. Este modelo

    chama os presbteros existentes a nomear um certo nmero de candidatos pelo

    cargo de presbtero, e pede para a congregao informar os presbteros at certa

    data se houver quaisquer objees bblicas que desqualificariam qualquer candidato

    de servir. Se no houver objees at a data prevista, ento os candidatos seriam

    consagrados como presbteros. Este modelo de cima para baixo de seleo, encaixa

    bem numa cultura sociolgica confortvel com um modelo autocrtico, autoritrio,

    hierrquico de governo na igreja. Em geraes passadas mais confortveis com um

    ambiente autoritrio, este modelo serviu bem. Na sociedade culturalcontempornea, porm, este modelo muitas vezes leva ao descontentamento,

    desconforto e apatia congregacional. Por alguma razo, muitos cristos so

    incapazes de distinguir entre respeito por autoridade e uma mentalidade

    autoritria. Consequentemente, interpretam autoridade bblica e congregacional

    com linhas de pensamento autoritrio. J observamos em captulos anteriores que

    autoridade bblica no significa um conceito autocrtico de posio e cargo, mas

    servio e ministrio cristo amoroso.Aparentemente, este modelo de cima para baixo tem persistido apesar de

    fortes crticas por eruditos bblicos e lderes da igreja. Robertson L. Whiteside,

    pregador do evangelho, ministro na College Church of Christ em Abilene, Texas,

    EUA, erudito da Bblia e ex-presidente de Abilene Christian College, ops fortemente

    este modelo tradicional de seleo de liderana.

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    A seleo de bispos para a igreja uma questo sria e solene, porque a

    utilidade futura da igreja, e talvez seu destino, esto envolvidos... O dever e

    responsabilidade de escolher presbteros pertence congregao como um

    todo. Nenhum homem ou conjunto de homens deve responsabilizar-se para

    escolher para a igreja...

    Outro plano carregado com muito perigo para a igreja quando presbteros

    escolhem outros presbteros para servir com eles... Nem melhor para os

    presbteros conferirem e decidirem que querem um certo homem para servir

    com eles, e ento avisar, Temos escolhido Fulano de Tal como presbtero.

    Se no tiver nenhuma objeo, a escolha permanece. Isso tirar proveito da

    igreja...

    Dr. Howard Norton, erudito bblico e ex-missionrio no Brasil, ministro,

    professor na Harding University e ex-redator do jornal Christian Chronicle, escreveu

    estes comentrios num editorial em 1993:

    Pessoas e igrejas tm de largar o passado... Assim como indivduos tm de

    estar dispostos para desistir de atitudes ou circunstncias no seu passado

    para sobreviver e prosperar e as congregaes devem libertar-se de prticas

    improdutivas para serem mais eficazes.Algumas congregaes esto morrendo hoje, por exemplo, porque recusam

    desistir de um estilo de liderana obsoleto que autocrtico e ditatorial. Este

    tipo de liderana talvez fez sentido no Exrcito ou na Marinha durante uma

    guerra, mas no tem lugar na igreja do Senhor hoje. Lderes da igreja que

    insistem em administrar a igreja atrs de portas fechadas num clima de

    segredo esto matando a igreja, no importa quo boas sejam suas intenes.

    Algumas congregaes hoje esto morrendo porque recusam deixar asmetodologias dos anos 1930s, 1940s e 1950s de lado que no encaixam nos

    padres culturais urbanos dos 1990s. Estou confiante que uma parte da

    lacuna entre as geraes existente nas igrejas de Cristo hoje tem origem

    neste fato: Cristos jovens que foram criados num ambiente urbano sentem

    que muitos mtodos da igreja hoje so estranhos no mundo onde vivem.

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    Estes jovens amam a igreja, mais questionam seriamente a maneira que a

    igreja realiza sua tarefa.

    No somente indivduos, mas congregaes devem aprender a deixar de lado

    algumas coisas para serem produtivas no presente e prepararem-se para o

    futuro. Congregaes no devem deixar a verdade bblica de lado... Porm,

    podem ser flexveis em metodologia.166

    UM MODELO PARTICIPATIVO PARA A SELEO DE PRESBTEROS, DICONOS

    OU LDERES CONGREGACIONAIS.

    Aqui esboamos um modelo participativo de seleo de lderes de acordo

    com a tradio bblica respeitada pelas igrejas de Cristo. Um nmero crescente de

    congregaes, pequenas e grandes, no decorrer dos ltimos vinte e cinco anos tm

    adotado este modelo com resultados satisfatrios. A primeira vez que este modelo

    foi usado, que sabemos, foi em Abilene, Texas, EUA, em 1966 quando a igreja de

    Cristo de South 11th e Willis escolheu seus primeiros presbteros. O modelo foi

    desenvolvido e adaptado por congregaes de menos de cem membros at

    congregaes com mais de mil membros.

    Vrios passos crticos so essenciais neste processo participativo de escolha

    dos presbteros, diconos e outros lderes da igreja como evangelistas, ministros dejovens e missionrios.

    ENVOLVA A CONGREGAO NO PROCESSO

    Numa matria no jornal Millennial Harbingerde 1835, Alexander Campbell

    fez a seguinte observao astuta:

    A voz da igreja deve ser ouvida diretamente antes de qualquer

    pessoa ser aceita por ela... ordenar nomear (to ordain is toappoint); e todas as nomeaes, desde o sucessor de Judas como

    testemunho da ressurreio, de um apstolo ao mensageiro de uma

    igreja, ou um doador, foi no incio por eleio da comunidade inteira

    (itlico adicionado).

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    A seleo ou escolha da comunidade (itlico adicionado), guiado na

    escolha pelos Orculos Viventes (Living Oracles) (os termos que

    Campbell usou para o Novo Testamento), uma considerao

    essencial, sem a qual todas as formas seriam invlidas.

    O fato de a congregao inteira ser envolvida ativamente na seleo dos seus

    lderes, exige que tempo adequado deva ser dado para o preparo, instruo e

    amadurecimento para que o processo seja eficaz. Tempo significativo deve ser

    devotado ao estudo das Escrituras relevantes e orao. Este preparo pode ser feito

    atravs de seminrios sobre liderana, sermes especiais, material de aulas bblicas

    bem preparado e reunies especiais chamadas estaes de orao (seasons of

    prayer). Todos os esforos devem ser feitos para incluir a congregao inteira no

    processo. Todos os membros devem ser includos, com esforo especial para incluir

    mulheres, jovens e os idosos. O processo de seleo participativa de liderana, se

    conduzido sabiamente, pode ser uma experincia maravilhosa de aprendizagem e

    amadurecimento para a congregao inteira.

    DETERMINE A NECESSIDADE DE LDERES CONGREGACIONAIS

    O primeiro passo no processo de seleo de lderes determinar a

    necessidade. A necessidade de lderes na igreja pode surgir de duas dimenses.Primeiro ser a necessidade sociolgica entre a congregao para liderana forte e

    espiritual. Segundo ser a necessidade para congregaes seguirem um modelo

    bblico para a igreja.

    Membros da igreja devem entender claramente por qu o processo para a

    escolha de lderes ser iniciado. Lderes atuais devem articular claramente sua viso

    para a igreja. Se a congregao no comprar a necessidade de liderana, a

    liderana enfrentar a tarefa impossvel de liderar pessoas que no enxergam anecessidade para liderana.

    Primeiro, a premissa bsica de cristos conservadores que todos os lderes

    sirvam debaixo da vontade e propsito de Deus, como prescrito nas Escrituras.

    Assim, congregaes precisam ser bem informadas sobre o modelo bblico para

    lderes na igreja, sua funo ou ministrio bblico, as qualidades necessrias para

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    lderes e o processo de escolha de lderes. Tempo suficiente e compromisso devem

    ser dados para preparar a congregao, bblica e emocionalmente, para o processo

    de escolha de presbteros, diconos, evangelistas e quaisquer outros lderes.

    Segundo, todos os lderes servem sob a vontade imediata da congregao

    local. A no ser que a congregao concorde na seleo dos lderes, abrace o

    processo, ou inicie o processo de seleo de lderes, os lderes escolhidos no

    sero inteiramente aceitos como seriam se fossem verdadeiramente representativos

    do povo. Membros da igreja, sendo bons cristos, se submetero aos presbteros por

    causa do seu senso de responsabilidade, mas isso ser mais como um obrigao a

    no ser que os membros sintam que tiveram um papel significativo na seleo dos

    seus lderes. Frequentemente, uma mentalidade de ns-eles existe em

    congregaes porque os membros se sentem sem direito no processo de escolha dos

    presbteros ou no processo de tomar tais decises significativas.

    Finalmente, participao congregacional na seleo de lderes um modelo

    bem documentado na Bblia.

    AO CONSIDERAR A NECESSIDADE PARA LDERES, VRIOS CENRIOS SE

    APRESENTAM

    A congregao talvez esteja servindo sem presbteros e diconos e o tempochegou para a escolha de lderes bblicos. De certa forma, congregaes que nunca

    tiveram presbteros e diconos esto com vantagem. Elas podem entrar num

    processo sem ter um modelo tradicional para seguir. Em outras situaes,

    congregaes que j tiveram presbteros e diconos, mas por uma variedade de

    razes, e muitas vezes por causa de discrdia no presbitrio ou congregao, o

    presbitrio foi destituido. Tais situaes podem ser difceis se os presbteros

    anteriores permanecem na congregao. Congregaes escolhendo presbteros ediconos pela primeira vez tm no processo de seleo participativa de lderes uma

    oportunidade de edificao congregacional e crescimento em unio. Quando o

    processo tratado de maneira espiritual atravs de orao e estudo bblico

    cuidadoso enfatizando as qualidades espirituais e a necessidade por amor, a mente

    de Cristo e a necessidade de unio, muitas coisas boas vm como resultado. Ateno

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    considervel ao estudo e orao deve ser dada antes de qualquer processo de

    escolha de presbteros ser considerado.

    Uma congregao pode ter uma situao desafortunada em que, por causa de

    problemas entre o presbitrio ou congregao, medidas desesperadas estejam

    sendo consideradas para retificar o problema. Em algumas situaes, um presbitrio

    pode congelar econsequentemente estar incapacitado de liderar por causa de um

    modelo faltoso na tomada de decises. Seja qual for o caso, escolher novos

    presbteros ser ftil se acontecer antes de resolver conflitos bblicos e espirituais e

    permitir a cura espiritual. O processo de seleo participativa de liderana, apesar

    de apresentar uma tima ocasio para crescimento na congregao, no uma

    panaceia para todos os males. Liderana eficaz acontece somente numa congregao

    na qual a unio do Esprito no vnculo da paz seja uma realidade (Efsios 4:1-16,

    nfase nos vv. 1-3).

    Seria ideal se um esprito de unio fosse a experincia normal na vida

    congregacional, mas isso nem sempre o caso. De qualquer forma, quando uma

    congregao v a necessidade para mais lderes como uma oportunidade para

    crescimento espiritual atravs de melhor pastoreio e ministrio, boas coisas podem

    acontecer.

    A congregao deve entender claramente por qu est considerando oprocesso de seleo de lderes, os prs e contras do processo e quais passos devem

    seguir para o processo ser realizado de maneira espiritual e eficaz. Antes de

    discutirmos em detalhe um processo participativo de seleo de lderes no qual a

    congregao inteira est envolvida, devemos enfatizar at o ponto de exagerar o

    ponto, a necessidade incondicional de bastante ensinamento bblico, meditao,

    exame profundo na alma, e oraodurante todo o processo. Devemos falar bastante

    sobre o poder de orao nas vidas de pessoas espirituais que esto decididas a fazera vontade de Deus de acordo com seu Esprito e propsito.

    APRESENTE ENSINAMENTO BBLICO SOBRE LIDERANA E QUALIDADES DE

    LIDERANA

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    Todos os que estaro envolvidos no processo a congregao e as pessoas

    indicadas para o ministrio especfico sendo considerado devem entender

    claramente os princpios bblicos do processo e as qualidades requisitadas

    envolvidas no ministrio de liderana sendo considerado.

    Ressaltamos como anteriormente que existem muito princpios bblicos

    envolvidos nas qualidades de lderes alm daquelas mencionadas em 1 Timteo 3 e

    Tito 1, reconhecendo a importncia destas passagens. Quando estas duas passagens

    so reduzidas a uma lista de qualificaesnecessrias, injusto aos princpios

    bblicos envolvidos nestas duas grandes passagens, assim como ao escopo completo

    de qualidades espirituais desejadas em presbteros, diconos e evangelistas.

    As seguintes passagens e princpios bblicos, s para comear, nos ajudam a

    entender o tipo de pessoaque lderes da igreja devem ser.

    A Igreja o Corpo de Cristo.Todos ns somos batizados em um corpo pelo mesmo

    Esprito Santo. Isso contribui a uma unio de Espritocriada pelo Esprito Santo e o

    novo nascimento. Esta unio do Esprito deve ser mantida num esprito de paz.

    Neste corpo, nenhum membro mais importante do que qualquer outro, e todos

    contribuem ao bem-estar dos outros. somente num corpo no qual todos os

    membros trabalham juntos em harmonia e apoio mtuo que crescimento pode ser

    possvel. A unio do Esprito no vnculo da paz no corpo de Cristo absolutamenteessencial liderana eficaz (1 Co. 12:1-31; Rm. 12:3-8; Ef. 4:1-17).

    Ministrios so Dons da Graa de Deus. Liderana no corpo de Cristo no uma

    questo de posio ou autoridade, mas de ministrio. Seja qual for o ministrio para

    o qual somos chamados, o resultado da graa de Deus trabalhando nas nossas

    vidas, e no a prpria habilidade ou posio da pessoa (1 Pe. 4:7-11; Rm. 12:3-8; Ef.

    4:7,11; 1 Co. 4:1-2; 2 Co. 5:18-19; 1 Co. 12:27-31).

    Qualidades de Presbteros e Diconos. Vrias passagens enfatizam a qualidade devida desejada em lderes. Em cada uma dessas passagens, o modelo exemplar Jesus

    Cristo. Como discpulos e servos, buscamos ser como ele. Estamos sendo

    transformados pela renovao da nossa mente, e renovados no nosso interior na

    imagem do nosso criador (Rm. 12:1,2; Cl. 3:10; 2 Co. 3:18).

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    Cada uma das seguintes passagens, apesar de representar apenas poucas

    possibilidades, fala sobre o tipo de pessoa o homem de Deus (1 Tm. 6:11; 2 Tm.

    3:17) deve ser para ser um lder escolhido por Deus.

    Joo 13:3-15; Tiago 3:1-12, 13-18; Mt. 5:1-12; Mt. 18:1-20; Gl 5:26-6:10; Hb. 13:7;

    Rm. 12:9-21; 2 Pe. 3:9; 2 Co. 2:4-17; 2 Co. 5:17-20; 1 Tm. 3:1-13; Tt. 1:5-9; 1 Pe. 5:1-

    4; Hb. 13:7; Ef. 4:11; 1 Tm. 5:17 At. 20:28-35; Jo. 19:1-18.

    EXEMPLOS BBLICOS DE SELEO PARTICIPATIVA DE LIDERANA EM ATOS

    O processo que identificamos como um modelo participativo de seleo de

    lideres tem suas razes no livro de Atos. O termo grego do qual nosso ttulo Atos

    derivado prxis, significando atividade, funo, maneira de agir, trabalhar,

    conduzir negcios. ao livro de Atos que vamos para ver a igreja apostlica

    funcionando ou conduzindo seu trabalho. Vrias passagens em Atos demonstram a

    igreja, sob a liderana dos apstolos, seguindo um modelo participativo de liderana

    na igreja. As ocasies variam desde a seleo de Matias que aconteceu no ministrio

    apostlico para tomar o lugar de Judas (Atos 1:15-16), seleo de servos

    especiais (possivelmente diconos) em Atos 6 para ministrar s vivas da igreja em

    Jerusalm, reunio da igreja inteira em Jerusalm para discutir o problema criado

    por certos judaizantes de Jerusalm que tentaram obrigar a lei de Moiss noscristos gentios (Atos 15).

    Na seleo importante de um apstolo para substituir Judas em Atos 1:15-26,

    Pedro forneceu a iniciativana liderana ao chamar os 120 crentespara se

    envolverem no processo. Pedro estabeleceu osparmetrosda deciso (um

    testemunho ao ministrio de Jesus e sua ressurreio), e guiou o grupo no processo

    que envolveu muita orao (Atos 1:24). Os nomes de Barsabs e Matias foram

    colocados pelogrupo inteiroque, depois de muita orao e dependncia na obra doEsprito Sano nas suas vidas, tiraram a sorte(votaram) sob a direo do Senhor, e

    escolheram Matias. Neste processo participativo vemos iniciativa criativa(Pedro),

    envolvimento do grupo inteiro(os 120, Atos 1:15,26), algumpreparo antecipado em

    estabelecer parmetros(Atos 1:21),fna obra do Senhor (Atos 1:24), orao(Atos

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    1:24), e aparticipao corporativa do grupo inteiro por votar(tirar a sorte, Atos

    1:26).

    Um problema sensvel e delicado tinha surgido na vida nascente da igreja em

    Jerusalm sobre o cuidado das vivas. O problema tinha implicaes sociolgicas e

    doutrinrias. Os helenistas (cristos judeus que falavam grego que tinham adotado

    algumas caractersticas culturais gregas) sentiam que estavam sendo negligenciados

    na distribuio diria de comida. Sentiam que os hebreus (cristos judeus que

    falavam aramaico que resistiram influncias pags gregas) estavam sendo

    favorecidos nesta distribuio. Os apstolos, fornecendo a iniciativa, estabeleceram

    os parmetros para a soluo por instruir a congregao inteirapara escolher entre

    eles sete homens com qualidades espirituais especficas, ou seja, homens de boa

    reputao e cheio do Esprito Santo, para assumir a responsabilidade de cuidar da

    distribuio justa de alimentos. A congregao apresentou sete homens aos

    apstolos que primeiro orarampor eles, e depois consagraram os sete homens neste

    novo ministrio. Este processo agradou a multido inteira(a igreja, Atos 6:5), e

    levou a um crescimento incrvel (Atos 6:7).

    Aprendemos vrios lies significativas deste processo. Os apstolos

    entenderam a natureza do seu ministrio pessoal (orao e pregando a palavra, Atos

    6:4. Ele no presumiram sua autoridade apostlica, sabendo que seria muito maiseficaz envolver a congregao inteira nesta questo sensvel. Tambm aprendemos

    que nem todos os membros da igreja tm o mesmo ministrio, mas todos so

    importantes vida e crescimento da igreja.

    Finalmente, Atos 15:1-35 fornece talvez o exemplo mais impressionante de

    liderana participativa dentro do contexto da igreja inteira de Jerusalm ao tomar

    uma grande deciso com implicaes doutrinrias srias para a misso apostlica

    inteira. A ocasio para este cenrio foi que certos homens vieram para Antioquia daJudia exigindo que os gentios convertidos adotassem os costumes de Moiss.

    Aps muito debate, a igreja em Antioquia escolheu Paulo, Barnab e outros para

    irem at Jerusalm para discutir a questo com os presbteros e apstolos naquela

    cidade. Em Jerusalm, Paulo e Barnab reuniram-se com os presbteros e os

    apstolos, junto com a igreja inteira(Atos 15:6, 12, 22), para discutir a questo.

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    importante que a discusso no aconteceu numa reunio particular dos presbteros

    e apstolos.A igreja inteiraestava presente na assembleia! Iniciativafoi fornecida

    por Pedro (Atos 15:7), seguida por Tiago, que apresentou uma estrutura de uma

    soluo(Atos 15:13-21). Depois da discusso aberta, uma carta foi escrita igreja

    em Antioquia propondo uma soluo ao problema.

    Em Antioquia a igreja inteira reuniu-se para ouvir a soluo proposta (Atos

    15:30. O interessante sobre este cenrio que envolveu um grande problema

    teolgico e doutrinrio que teria uma consequncia significativa para o futuro do

    evangelho. Mas tal discusso com implicaes to profundas para a igreja inteira

    no foi decidida atrs de portas fechadas por alguns poucos lderes autoritrios, e,

    depois comunicada aos nveis inferioresna igreja. Certamente, os apstolos

    tinham a autoridade para agir desta forma, mas na sua sabedoria sabiam que tal

    deciso no seria amplamente aceita, se no fosse discutida abertamente. O

    processo obviamente no foi a resoluo mais eficientedo problema, mas

    certamente foi a mais eficaz. s vezes eficincia deve abrir mo eficcia!

    Nas trs ilustraes acima, vemos a igreja em Atospraticandosua f. Temos

    observado como a igreja conduziu seu trabalhosob a direo dos apstolos e o

    Esprito Santo. O modelo adotado, pelo menos nestas trs ocasies significativas, foi

    um modelo participativo. Liderana e seleo de liderana participativa um modelobblico!

    Os princpios acima de seleo de liderana participativa tem estado conosco

    por muito tempo. Em vrias ocasies ao longo da histria do Movimento de

    Restaurao, este sentimentos tm surgido. Alexander Campbell os articulou no

    Millenial Harbingerde 1835, afirmando claramente que o dever da igreja inteira

    escolher seus lderes, no somente de um ou dois homens. J.W. McGarvey

    argumentou o mesmo na sua obraA Commentary: Acts of the Apostles (UmComentrio: Atos dos Apstolos)de 1863 quando comentava sobre Atos 6:24:

    Parecia bom para o Esprito Santo e os apstolos que a multido inteira dos

    discpulos deveria participar na escolha desses oficiais. Igualmente, em 1918, e em

    acordo com o Irmo Campbell, T.W. Brents citou Atos 6:2-5 em apoio sua viso

    que a igreja inteira deve esta envolvida no processo (Gospel Sermons, pp. 353ff).

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    CONCLUSO

    O ponto deste captulo foi demonstrar que um modelo participativo de seleo de

    lderes contemporneo em termos sociolgicos e bblicos em questes teolgicas.

    Temos enfatizado que a congregao deve estar bem preparada atravs do

    ensinamento bblico e orao para tal processo, e que um ambiente no qual a unio

    do Esprito prevalece essencial ao sucesso e operao do processo. No prximo

    captulo esboaremos um processo participativo em mais detalhe.