liderança no reino: capítulo 18 - escolhendo e nomeando presbíteros e diáconos
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8/13/2019 Liderana no Reino: Captulo 18 - Escolhendo e Nomeando Presbteros e Diconos
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CAPTULO 18:ESCOLHENDO E NOMEANDO PRESBTEROS E DICONOS
Um Processo de Seleo Participativo, Parte 1
Apesar do Novo Testamento falar claramente sobre a necessidade de terpresbteros e diconos, e apesar de ter muito material escrito discursando sobre
aquelas qualidades desejadas em ambos os grupos ministeriais, pouco tem sido
falado ou escrito a respeito doprocesso de escolher estes servos especiais.
Em Atos 14:23, vemos Paulo e Barnab envolvidos em escolhendo
presbteros em cada igreja que tinham estabelecido. Nada, porm, dito a respeito
do processo que seguiam para escolher esses presbteros. Anos depois, Paulo
escreveu para Tito em Creta, explicando sua razo por ter deixado Tito em Creta.
Tito devia corrigiro que era defeituoso e nomear presbteros em cada cidade. De
novo, nada dito a respeito de qualquer procedimento a ser adotado na seleo e
nomeao destes lderes.
H indicao, porm, em Atos 1:15-26 e Atos 6:1-7 ao processo de seleo de
certos servos da igreja. Dessas passagens aprendemos que um processo
participativofoi adotado na comunidade da igreja primitiva, com forte iniciativa
sendo fornecida pelos apstolos. Alguns parmetros foram estabelecidos e
definidos. Muita orao foi oferecida ao Senhor. F na presena e operao do
Esprito Santo foi evidente. Finalmente, a cooperao e envolvimento do grupo ou
congregao inteira foi obtido.
Este captulo recomendar um processo de seleo participativo e sugerir
como este processo pode ser adaptado em igrejas hoje em dia. Ateno especial ser
dada ao processo registrado em Atos 1:15-16 e 6:1-7.
Aprendemos num captulo anterior que o estilo de liderana determinado
fundamentalmente pela sociologia. Tambm observamos que a cultura sociolgica
das Novas Realidades nas quais ministramos atualmente nos levam a um modelo
participativo de liderana na igreja e seleo da liderana. impressionante e at
espantoso quanta teoria de liderana moderna est incorporando modelos
bblicos de liderana em teoria de liderana contempornea. Qualquer pessoa que
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l os livros do guru de liderana moderno Stephen Covey sobre liderana focada
em princpios, ficar impressionada com este fato. Talvez a razo por isso possa ser
encontrada nas nfases contemporneas em pessoas em vez de organizaes ou
tarefas. Cristos naturalmente ficam felizes em descobrir que teoristas de liderana
contempornea incorporam princpios bblicos nas suas teorias de liderana.
UM MODELO TRADICIONAL PARA ELEIO DE PRESBTEROS
As igrejas de Cristo tradicionalmente tm adotado vrios modelos para a
seleo/eleio de lderes da igreja. Pelo fato do estilo de liderana ser determinado
sociologicamente, esta variedade em metodologia entendvel.
Um modelo, porm, tem predominado em certas localidades. Este modelo
chama os presbteros existentes a nomear um certo nmero de candidatos pelo
cargo de presbtero, e pede para a congregao informar os presbteros at certa
data se houver quaisquer objees bblicas que desqualificariam qualquer candidato
de servir. Se no houver objees at a data prevista, ento os candidatos seriam
consagrados como presbteros. Este modelo de cima para baixo de seleo, encaixa
bem numa cultura sociolgica confortvel com um modelo autocrtico, autoritrio,
hierrquico de governo na igreja. Em geraes passadas mais confortveis com um
ambiente autoritrio, este modelo serviu bem. Na sociedade culturalcontempornea, porm, este modelo muitas vezes leva ao descontentamento,
desconforto e apatia congregacional. Por alguma razo, muitos cristos so
incapazes de distinguir entre respeito por autoridade e uma mentalidade
autoritria. Consequentemente, interpretam autoridade bblica e congregacional
com linhas de pensamento autoritrio. J observamos em captulos anteriores que
autoridade bblica no significa um conceito autocrtico de posio e cargo, mas
servio e ministrio cristo amoroso.Aparentemente, este modelo de cima para baixo tem persistido apesar de
fortes crticas por eruditos bblicos e lderes da igreja. Robertson L. Whiteside,
pregador do evangelho, ministro na College Church of Christ em Abilene, Texas,
EUA, erudito da Bblia e ex-presidente de Abilene Christian College, ops fortemente
este modelo tradicional de seleo de liderana.
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A seleo de bispos para a igreja uma questo sria e solene, porque a
utilidade futura da igreja, e talvez seu destino, esto envolvidos... O dever e
responsabilidade de escolher presbteros pertence congregao como um
todo. Nenhum homem ou conjunto de homens deve responsabilizar-se para
escolher para a igreja...
Outro plano carregado com muito perigo para a igreja quando presbteros
escolhem outros presbteros para servir com eles... Nem melhor para os
presbteros conferirem e decidirem que querem um certo homem para servir
com eles, e ento avisar, Temos escolhido Fulano de Tal como presbtero.
Se no tiver nenhuma objeo, a escolha permanece. Isso tirar proveito da
igreja...
Dr. Howard Norton, erudito bblico e ex-missionrio no Brasil, ministro,
professor na Harding University e ex-redator do jornal Christian Chronicle, escreveu
estes comentrios num editorial em 1993:
Pessoas e igrejas tm de largar o passado... Assim como indivduos tm de
estar dispostos para desistir de atitudes ou circunstncias no seu passado
para sobreviver e prosperar e as congregaes devem libertar-se de prticas
improdutivas para serem mais eficazes.Algumas congregaes esto morrendo hoje, por exemplo, porque recusam
desistir de um estilo de liderana obsoleto que autocrtico e ditatorial. Este
tipo de liderana talvez fez sentido no Exrcito ou na Marinha durante uma
guerra, mas no tem lugar na igreja do Senhor hoje. Lderes da igreja que
insistem em administrar a igreja atrs de portas fechadas num clima de
segredo esto matando a igreja, no importa quo boas sejam suas intenes.
Algumas congregaes hoje esto morrendo porque recusam deixar asmetodologias dos anos 1930s, 1940s e 1950s de lado que no encaixam nos
padres culturais urbanos dos 1990s. Estou confiante que uma parte da
lacuna entre as geraes existente nas igrejas de Cristo hoje tem origem
neste fato: Cristos jovens que foram criados num ambiente urbano sentem
que muitos mtodos da igreja hoje so estranhos no mundo onde vivem.
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Estes jovens amam a igreja, mais questionam seriamente a maneira que a
igreja realiza sua tarefa.
No somente indivduos, mas congregaes devem aprender a deixar de lado
algumas coisas para serem produtivas no presente e prepararem-se para o
futuro. Congregaes no devem deixar a verdade bblica de lado... Porm,
podem ser flexveis em metodologia.166
UM MODELO PARTICIPATIVO PARA A SELEO DE PRESBTEROS, DICONOS
OU LDERES CONGREGACIONAIS.
Aqui esboamos um modelo participativo de seleo de lderes de acordo
com a tradio bblica respeitada pelas igrejas de Cristo. Um nmero crescente de
congregaes, pequenas e grandes, no decorrer dos ltimos vinte e cinco anos tm
adotado este modelo com resultados satisfatrios. A primeira vez que este modelo
foi usado, que sabemos, foi em Abilene, Texas, EUA, em 1966 quando a igreja de
Cristo de South 11th e Willis escolheu seus primeiros presbteros. O modelo foi
desenvolvido e adaptado por congregaes de menos de cem membros at
congregaes com mais de mil membros.
Vrios passos crticos so essenciais neste processo participativo de escolha
dos presbteros, diconos e outros lderes da igreja como evangelistas, ministros dejovens e missionrios.
ENVOLVA A CONGREGAO NO PROCESSO
Numa matria no jornal Millennial Harbingerde 1835, Alexander Campbell
fez a seguinte observao astuta:
A voz da igreja deve ser ouvida diretamente antes de qualquer
pessoa ser aceita por ela... ordenar nomear (to ordain is toappoint); e todas as nomeaes, desde o sucessor de Judas como
testemunho da ressurreio, de um apstolo ao mensageiro de uma
igreja, ou um doador, foi no incio por eleio da comunidade inteira
(itlico adicionado).
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A seleo ou escolha da comunidade (itlico adicionado), guiado na
escolha pelos Orculos Viventes (Living Oracles) (os termos que
Campbell usou para o Novo Testamento), uma considerao
essencial, sem a qual todas as formas seriam invlidas.
O fato de a congregao inteira ser envolvida ativamente na seleo dos seus
lderes, exige que tempo adequado deva ser dado para o preparo, instruo e
amadurecimento para que o processo seja eficaz. Tempo significativo deve ser
devotado ao estudo das Escrituras relevantes e orao. Este preparo pode ser feito
atravs de seminrios sobre liderana, sermes especiais, material de aulas bblicas
bem preparado e reunies especiais chamadas estaes de orao (seasons of
prayer). Todos os esforos devem ser feitos para incluir a congregao inteira no
processo. Todos os membros devem ser includos, com esforo especial para incluir
mulheres, jovens e os idosos. O processo de seleo participativa de liderana, se
conduzido sabiamente, pode ser uma experincia maravilhosa de aprendizagem e
amadurecimento para a congregao inteira.
DETERMINE A NECESSIDADE DE LDERES CONGREGACIONAIS
O primeiro passo no processo de seleo de lderes determinar a
necessidade. A necessidade de lderes na igreja pode surgir de duas dimenses.Primeiro ser a necessidade sociolgica entre a congregao para liderana forte e
espiritual. Segundo ser a necessidade para congregaes seguirem um modelo
bblico para a igreja.
Membros da igreja devem entender claramente por qu o processo para a
escolha de lderes ser iniciado. Lderes atuais devem articular claramente sua viso
para a igreja. Se a congregao no comprar a necessidade de liderana, a
liderana enfrentar a tarefa impossvel de liderar pessoas que no enxergam anecessidade para liderana.
Primeiro, a premissa bsica de cristos conservadores que todos os lderes
sirvam debaixo da vontade e propsito de Deus, como prescrito nas Escrituras.
Assim, congregaes precisam ser bem informadas sobre o modelo bblico para
lderes na igreja, sua funo ou ministrio bblico, as qualidades necessrias para
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lderes e o processo de escolha de lderes. Tempo suficiente e compromisso devem
ser dados para preparar a congregao, bblica e emocionalmente, para o processo
de escolha de presbteros, diconos, evangelistas e quaisquer outros lderes.
Segundo, todos os lderes servem sob a vontade imediata da congregao
local. A no ser que a congregao concorde na seleo dos lderes, abrace o
processo, ou inicie o processo de seleo de lderes, os lderes escolhidos no
sero inteiramente aceitos como seriam se fossem verdadeiramente representativos
do povo. Membros da igreja, sendo bons cristos, se submetero aos presbteros por
causa do seu senso de responsabilidade, mas isso ser mais como um obrigao a
no ser que os membros sintam que tiveram um papel significativo na seleo dos
seus lderes. Frequentemente, uma mentalidade de ns-eles existe em
congregaes porque os membros se sentem sem direito no processo de escolha dos
presbteros ou no processo de tomar tais decises significativas.
Finalmente, participao congregacional na seleo de lderes um modelo
bem documentado na Bblia.
AO CONSIDERAR A NECESSIDADE PARA LDERES, VRIOS CENRIOS SE
APRESENTAM
A congregao talvez esteja servindo sem presbteros e diconos e o tempochegou para a escolha de lderes bblicos. De certa forma, congregaes que nunca
tiveram presbteros e diconos esto com vantagem. Elas podem entrar num
processo sem ter um modelo tradicional para seguir. Em outras situaes,
congregaes que j tiveram presbteros e diconos, mas por uma variedade de
razes, e muitas vezes por causa de discrdia no presbitrio ou congregao, o
presbitrio foi destituido. Tais situaes podem ser difceis se os presbteros
anteriores permanecem na congregao. Congregaes escolhendo presbteros ediconos pela primeira vez tm no processo de seleo participativa de lderes uma
oportunidade de edificao congregacional e crescimento em unio. Quando o
processo tratado de maneira espiritual atravs de orao e estudo bblico
cuidadoso enfatizando as qualidades espirituais e a necessidade por amor, a mente
de Cristo e a necessidade de unio, muitas coisas boas vm como resultado. Ateno
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considervel ao estudo e orao deve ser dada antes de qualquer processo de
escolha de presbteros ser considerado.
Uma congregao pode ter uma situao desafortunada em que, por causa de
problemas entre o presbitrio ou congregao, medidas desesperadas estejam
sendo consideradas para retificar o problema. Em algumas situaes, um presbitrio
pode congelar econsequentemente estar incapacitado de liderar por causa de um
modelo faltoso na tomada de decises. Seja qual for o caso, escolher novos
presbteros ser ftil se acontecer antes de resolver conflitos bblicos e espirituais e
permitir a cura espiritual. O processo de seleo participativa de liderana, apesar
de apresentar uma tima ocasio para crescimento na congregao, no uma
panaceia para todos os males. Liderana eficaz acontece somente numa congregao
na qual a unio do Esprito no vnculo da paz seja uma realidade (Efsios 4:1-16,
nfase nos vv. 1-3).
Seria ideal se um esprito de unio fosse a experincia normal na vida
congregacional, mas isso nem sempre o caso. De qualquer forma, quando uma
congregao v a necessidade para mais lderes como uma oportunidade para
crescimento espiritual atravs de melhor pastoreio e ministrio, boas coisas podem
acontecer.
A congregao deve entender claramente por qu est considerando oprocesso de seleo de lderes, os prs e contras do processo e quais passos devem
seguir para o processo ser realizado de maneira espiritual e eficaz. Antes de
discutirmos em detalhe um processo participativo de seleo de lderes no qual a
congregao inteira est envolvida, devemos enfatizar at o ponto de exagerar o
ponto, a necessidade incondicional de bastante ensinamento bblico, meditao,
exame profundo na alma, e oraodurante todo o processo. Devemos falar bastante
sobre o poder de orao nas vidas de pessoas espirituais que esto decididas a fazera vontade de Deus de acordo com seu Esprito e propsito.
APRESENTE ENSINAMENTO BBLICO SOBRE LIDERANA E QUALIDADES DE
LIDERANA
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Todos os que estaro envolvidos no processo a congregao e as pessoas
indicadas para o ministrio especfico sendo considerado devem entender
claramente os princpios bblicos do processo e as qualidades requisitadas
envolvidas no ministrio de liderana sendo considerado.
Ressaltamos como anteriormente que existem muito princpios bblicos
envolvidos nas qualidades de lderes alm daquelas mencionadas em 1 Timteo 3 e
Tito 1, reconhecendo a importncia destas passagens. Quando estas duas passagens
so reduzidas a uma lista de qualificaesnecessrias, injusto aos princpios
bblicos envolvidos nestas duas grandes passagens, assim como ao escopo completo
de qualidades espirituais desejadas em presbteros, diconos e evangelistas.
As seguintes passagens e princpios bblicos, s para comear, nos ajudam a
entender o tipo de pessoaque lderes da igreja devem ser.
A Igreja o Corpo de Cristo.Todos ns somos batizados em um corpo pelo mesmo
Esprito Santo. Isso contribui a uma unio de Espritocriada pelo Esprito Santo e o
novo nascimento. Esta unio do Esprito deve ser mantida num esprito de paz.
Neste corpo, nenhum membro mais importante do que qualquer outro, e todos
contribuem ao bem-estar dos outros. somente num corpo no qual todos os
membros trabalham juntos em harmonia e apoio mtuo que crescimento pode ser
possvel. A unio do Esprito no vnculo da paz no corpo de Cristo absolutamenteessencial liderana eficaz (1 Co. 12:1-31; Rm. 12:3-8; Ef. 4:1-17).
Ministrios so Dons da Graa de Deus. Liderana no corpo de Cristo no uma
questo de posio ou autoridade, mas de ministrio. Seja qual for o ministrio para
o qual somos chamados, o resultado da graa de Deus trabalhando nas nossas
vidas, e no a prpria habilidade ou posio da pessoa (1 Pe. 4:7-11; Rm. 12:3-8; Ef.
4:7,11; 1 Co. 4:1-2; 2 Co. 5:18-19; 1 Co. 12:27-31).
Qualidades de Presbteros e Diconos. Vrias passagens enfatizam a qualidade devida desejada em lderes. Em cada uma dessas passagens, o modelo exemplar Jesus
Cristo. Como discpulos e servos, buscamos ser como ele. Estamos sendo
transformados pela renovao da nossa mente, e renovados no nosso interior na
imagem do nosso criador (Rm. 12:1,2; Cl. 3:10; 2 Co. 3:18).
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Cada uma das seguintes passagens, apesar de representar apenas poucas
possibilidades, fala sobre o tipo de pessoa o homem de Deus (1 Tm. 6:11; 2 Tm.
3:17) deve ser para ser um lder escolhido por Deus.
Joo 13:3-15; Tiago 3:1-12, 13-18; Mt. 5:1-12; Mt. 18:1-20; Gl 5:26-6:10; Hb. 13:7;
Rm. 12:9-21; 2 Pe. 3:9; 2 Co. 2:4-17; 2 Co. 5:17-20; 1 Tm. 3:1-13; Tt. 1:5-9; 1 Pe. 5:1-
4; Hb. 13:7; Ef. 4:11; 1 Tm. 5:17 At. 20:28-35; Jo. 19:1-18.
EXEMPLOS BBLICOS DE SELEO PARTICIPATIVA DE LIDERANA EM ATOS
O processo que identificamos como um modelo participativo de seleo de
lideres tem suas razes no livro de Atos. O termo grego do qual nosso ttulo Atos
derivado prxis, significando atividade, funo, maneira de agir, trabalhar,
conduzir negcios. ao livro de Atos que vamos para ver a igreja apostlica
funcionando ou conduzindo seu trabalho. Vrias passagens em Atos demonstram a
igreja, sob a liderana dos apstolos, seguindo um modelo participativo de liderana
na igreja. As ocasies variam desde a seleo de Matias que aconteceu no ministrio
apostlico para tomar o lugar de Judas (Atos 1:15-16), seleo de servos
especiais (possivelmente diconos) em Atos 6 para ministrar s vivas da igreja em
Jerusalm, reunio da igreja inteira em Jerusalm para discutir o problema criado
por certos judaizantes de Jerusalm que tentaram obrigar a lei de Moiss noscristos gentios (Atos 15).
Na seleo importante de um apstolo para substituir Judas em Atos 1:15-26,
Pedro forneceu a iniciativana liderana ao chamar os 120 crentespara se
envolverem no processo. Pedro estabeleceu osparmetrosda deciso (um
testemunho ao ministrio de Jesus e sua ressurreio), e guiou o grupo no processo
que envolveu muita orao (Atos 1:24). Os nomes de Barsabs e Matias foram
colocados pelogrupo inteiroque, depois de muita orao e dependncia na obra doEsprito Sano nas suas vidas, tiraram a sorte(votaram) sob a direo do Senhor, e
escolheram Matias. Neste processo participativo vemos iniciativa criativa(Pedro),
envolvimento do grupo inteiro(os 120, Atos 1:15,26), algumpreparo antecipado em
estabelecer parmetros(Atos 1:21),fna obra do Senhor (Atos 1:24), orao(Atos
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1:24), e aparticipao corporativa do grupo inteiro por votar(tirar a sorte, Atos
1:26).
Um problema sensvel e delicado tinha surgido na vida nascente da igreja em
Jerusalm sobre o cuidado das vivas. O problema tinha implicaes sociolgicas e
doutrinrias. Os helenistas (cristos judeus que falavam grego que tinham adotado
algumas caractersticas culturais gregas) sentiam que estavam sendo negligenciados
na distribuio diria de comida. Sentiam que os hebreus (cristos judeus que
falavam aramaico que resistiram influncias pags gregas) estavam sendo
favorecidos nesta distribuio. Os apstolos, fornecendo a iniciativa, estabeleceram
os parmetros para a soluo por instruir a congregao inteirapara escolher entre
eles sete homens com qualidades espirituais especficas, ou seja, homens de boa
reputao e cheio do Esprito Santo, para assumir a responsabilidade de cuidar da
distribuio justa de alimentos. A congregao apresentou sete homens aos
apstolos que primeiro orarampor eles, e depois consagraram os sete homens neste
novo ministrio. Este processo agradou a multido inteira(a igreja, Atos 6:5), e
levou a um crescimento incrvel (Atos 6:7).
Aprendemos vrios lies significativas deste processo. Os apstolos
entenderam a natureza do seu ministrio pessoal (orao e pregando a palavra, Atos
6:4. Ele no presumiram sua autoridade apostlica, sabendo que seria muito maiseficaz envolver a congregao inteira nesta questo sensvel. Tambm aprendemos
que nem todos os membros da igreja tm o mesmo ministrio, mas todos so
importantes vida e crescimento da igreja.
Finalmente, Atos 15:1-35 fornece talvez o exemplo mais impressionante de
liderana participativa dentro do contexto da igreja inteira de Jerusalm ao tomar
uma grande deciso com implicaes doutrinrias srias para a misso apostlica
inteira. A ocasio para este cenrio foi que certos homens vieram para Antioquia daJudia exigindo que os gentios convertidos adotassem os costumes de Moiss.
Aps muito debate, a igreja em Antioquia escolheu Paulo, Barnab e outros para
irem at Jerusalm para discutir a questo com os presbteros e apstolos naquela
cidade. Em Jerusalm, Paulo e Barnab reuniram-se com os presbteros e os
apstolos, junto com a igreja inteira(Atos 15:6, 12, 22), para discutir a questo.
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importante que a discusso no aconteceu numa reunio particular dos presbteros
e apstolos.A igreja inteiraestava presente na assembleia! Iniciativafoi fornecida
por Pedro (Atos 15:7), seguida por Tiago, que apresentou uma estrutura de uma
soluo(Atos 15:13-21). Depois da discusso aberta, uma carta foi escrita igreja
em Antioquia propondo uma soluo ao problema.
Em Antioquia a igreja inteira reuniu-se para ouvir a soluo proposta (Atos
15:30. O interessante sobre este cenrio que envolveu um grande problema
teolgico e doutrinrio que teria uma consequncia significativa para o futuro do
evangelho. Mas tal discusso com implicaes to profundas para a igreja inteira
no foi decidida atrs de portas fechadas por alguns poucos lderes autoritrios, e,
depois comunicada aos nveis inferioresna igreja. Certamente, os apstolos
tinham a autoridade para agir desta forma, mas na sua sabedoria sabiam que tal
deciso no seria amplamente aceita, se no fosse discutida abertamente. O
processo obviamente no foi a resoluo mais eficientedo problema, mas
certamente foi a mais eficaz. s vezes eficincia deve abrir mo eficcia!
Nas trs ilustraes acima, vemos a igreja em Atospraticandosua f. Temos
observado como a igreja conduziu seu trabalhosob a direo dos apstolos e o
Esprito Santo. O modelo adotado, pelo menos nestas trs ocasies significativas, foi
um modelo participativo. Liderana e seleo de liderana participativa um modelobblico!
Os princpios acima de seleo de liderana participativa tem estado conosco
por muito tempo. Em vrias ocasies ao longo da histria do Movimento de
Restaurao, este sentimentos tm surgido. Alexander Campbell os articulou no
Millenial Harbingerde 1835, afirmando claramente que o dever da igreja inteira
escolher seus lderes, no somente de um ou dois homens. J.W. McGarvey
argumentou o mesmo na sua obraA Commentary: Acts of the Apostles (UmComentrio: Atos dos Apstolos)de 1863 quando comentava sobre Atos 6:24:
Parecia bom para o Esprito Santo e os apstolos que a multido inteira dos
discpulos deveria participar na escolha desses oficiais. Igualmente, em 1918, e em
acordo com o Irmo Campbell, T.W. Brents citou Atos 6:2-5 em apoio sua viso
que a igreja inteira deve esta envolvida no processo (Gospel Sermons, pp. 353ff).
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CONCLUSO
O ponto deste captulo foi demonstrar que um modelo participativo de seleo de
lderes contemporneo em termos sociolgicos e bblicos em questes teolgicas.
Temos enfatizado que a congregao deve estar bem preparada atravs do
ensinamento bblico e orao para tal processo, e que um ambiente no qual a unio
do Esprito prevalece essencial ao sucesso e operao do processo. No prximo
captulo esboaremos um processo participativo em mais detalhe.