licoes que escolas medicina nao ensinam

7/25/2019 Licoes Que Escolas Medicina Nao Ensinam

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2. No ensina a correlacionar as matrias de base com a

pr'tica mdica

Esse um ponto de aten$o fundamental para poder desenvolver o tra!al'o

adequado6 a necessidade de relacionar as matrias !sicas, dos primeiros anos

de faculdade, com a prtica mdica.

)os dois primeiros anos de medicina, o aluno cursa as matrias de !ase como

anatomia, siologia, 'istologia, farmacologia, parasitologia, micro!iologia

dentre outras. )em sempre as matrias so ministradas por mdicos, voc( tem

aulas com micro!iologista, parasitologista, farmac(uticos entre tantos outros4

E, mesmo quando o professor do ensino !sico mdico, ' pouca, ou

mesmo nenhuma ligao daquele conhecimento com a pr'tica mdica.

E sem correlacionar aquele con'ecimento com o seu uso aplicado, o aluno

aca!a sem fa%er as devidas cone#7es entre aquilo que aprendeu no inicio docurso com a tempestade de con'ecimentos que precisa a!sorver ao nal.

5o invs do aprendi%ado isolado, seria preciso, na realidade, estudar a

mesma coisa de forma integrada, so! todos os 8ngulos, desde os primeiros

anos.

verdade que algumas faculdades mais inovadoras possuem o estudo

da medicina baseado em problemas, mas uma mudan$a de paradigma, e

mesmo quando isso acontece, os prprios professores t(m diculdade em dar

aula dessa forma, porque no foram formados so! essa forma integrada.3u se+a, so!re determinada patologia, seria mais efetivo estudar a anatomia, a

'istologia, a siologia, o meta!olismo, a etiopatogenia, os sinais e sintomas, e o

tratamento. 5ssim caria mais fcil o!ter o con'ecimento macro, a !ase, antes

do especco, o micro.

9ara fugir disso o mdico precisa ser muito mais proatio para buscar a

aplicao pr'ticade cada novo aprendi%ado desde a faculdade.

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3. No ensina a plane(ar a pr%pria carreira

Bmagina que voc( vai a!rir uma padaria. 3 que acontece se voc( inaugurar essa

padaria em uma regio que no ten'a mercado Coc( no vai vender nen'um

po. Bmagine a!rir uma padaria em uma regio com outras ;-- padarias Cai

ter um esfor$o muito maior pra vender e provavelmente uma margem de lucro

muito menor no seu po%in'o. 3u pior ainda, imagina a!rir uma padaria

tradicional num !airro de celacos, por e#emplo.

3 mesmo acontece com as especialidades mdicas. @omo a viso do sacerdcio

da medicina muito forte, e no se fala tanto do mercado como ele , muitas
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ve%es o mdico se forma sem saber para onde apontar sua mira

pro$ssional.

possvel terminar a faculdade sem nem mesmo saber da e!ist)ncia de

algumas das *+ especialidades.

3ra, se voc( nem sequer con'ece suas op$7es, como ai saber as 'reas em

que pode atuarcom mais pra%er e anidade E, mesmo quando escol'e uma

especialidade preferida, se voc( no con'ece o mercado de tra!al'o dela, o

que acontece quando voc( termina a resid(ncia, conquista um ttulo de

especialidade com tanto sangue e suor simplesmente para descobrir que sua

cidade no apresenta aquela demanda de mercadoque voc( imaginava

Em momento algum mostrada ao futuro mdico qualquer anlise de mercado

no curso, e o formando aca!am no tendo essa viso so!re o mercado da

Medicina na regio que pretende atuar. Bsso acarreta uma grande quantidade demdicos em algumas poucas especialidades, alm de uma demanda no

atendida em outras tantas.

3 estudante quem precisa se interessar e correr atrs da informa$o para

em!asar !em suas escol'as.

4. No Ensina a tratar quem N- est' doente

3 !om mdico sai da faculdade sabendo identi$car e tratar patologias.

5gora, como cuidar de pessoas que no t(m diagnstico @B02>- 5quele

paciente que, a cada dia mais, procura o mdico, no porque est doente oupara e#ames de rotina, mas porque quer constantemente mel'orar algum

aspecto de sua sa1de4 este ca desamparado.

5quele que no tem dores ou ma%elas evidentes, mas sa!e que pode se sentir

mel'or que 'o+e. 5quele que quer estar acima da mdia em sade e

desempenho, como os prprios atletas, prossionais ou amadores. 5

faculdade tem pouco a di%er so!re como cuidar desses casos.

Coc( vira um expert em aprender a interpretar sintomas, dar um diagnstico e

fa%er uma prescri$o, mas ca perdido so!re o que recomendar para

melhorar a sade de algum que no precisa de remdios. )a prtica, no

lugar de fa%er com que a pessoa no que doente, espera2se que ela que

doente para poder trat2la.

como se o prprio mdico acreditasse que Dmdico pra quem est doente, e

no pra quem quer sa1de. 3 pro!lema que /no ter uma doena0 no

sin1nimo autom'tico de ter sade.

Fuem realmente dese+a tra!al'ar so! os preceitos da preven$o de doen$as,

vai precisar de suporte alm dos estudos acad(micos ociais.


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5. No ensina a trabalhar com outras especialidades

Fuando voc( entra numa especialidade mdica, + na faculdade mesmo, voc(

no ca se perguntando quando precisar de outras especialidades para o seu

tra!al'o. 5 faculdade no incentiva essa intera$o.

@ada mdico aca!a aprendendo a focar na sua prpria especialidade como

sendo autGnoma para tomar suas prprias decis7es. Hma e#ce$o para isso so

os casos de emerg(ncia, mas em regra, tra!al'ar de forma isolada e autGnoma

o padro.

5gora, quando um endocrinologista vai precisar de um nutrlogo Fuando um

otorrino precisa de um pneumologista Fuando um alergista precisa tra!al'ar

+unto com um dermatologista@omo na faculdade no ' incentivo a esse tipo de intera$o, com diferentes

com!ina$7es entre as IJ especialidades para cada caso, os mdicos

adquirem 'rios conhecimentos separados, isolados. Bsso fa% com que

muitos mdicos, ao se formarem, nem con'e$am todas as especialidades e

muito menos sai!am como demandar a+uda de determinada especialidade para

cada caso, o que facilitaria um tratamento mais eca% para o paciente.

claro que e#iste o que c'amamos de refer(ncia e contra2refer(ncia6 voc(

encamin'a um paciente, e espera uma resposta desse encamin'amento. 5gora,estatisticamente, a ta#a de retorno de uma especialidade de volta & outra

muito pequena. E o primeiro prossional que o paciente procurou no aca!a

no se sentindo parte do tratamento e cura daquela pessoa. Kem!rando que

um pedido de inter2consulta dentro do am!iente 'ospitalar no sinGnimo de

tra!al'ar numa equipe eciente/

Lalta essa integra$o e a possi!ilidade de mel'oria do paciente com as vrias

especialidades envolvidas no caso tra!al'ando +untas. Bsso a faculdade no

ensina. 3s mdicos que envolvem outras especialidades na anlise de seus

casos so aqueles que se empen'aram nisso por impulso pessoal e direto

na pr'tica, no pelo incentivo da academia.

6. No ensina onde e como estudar depois da faculdade

)ormalmente, na faculdade, os alunos aprendem algo (' consolidado, que

+ se tornou p1!lico, econsagrado pela tradio por anos a $o.

Bsso fa%ia todo sentido ' algumas dcadas, quando novas desco!ertas, teses e

pu!lica$7es na realeaam muito mais tempo para serem lan$adas,

compartil'adas e contestadas.


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o+e, as fontes da Medicina em si esto em constante processo de atuali%a$o.

9esquisas em que o foco de anlise o ser 'umano so in1meras. E a cada

semana surgem novos tra!al'os cientcos com desco!ertas inovadoras.

Nasicamente isso signica que, no primeiro ano de medicina, voc( estuda por

um livro que, no seu quinto ano de estudo, + est desatuali%ado, + com uma

ou duas novas edi$7es. 3u se+a, no seu quinto ano de estudo o

conhecimento do primeiro ano (' est' desatuali"ado, e nem mdico

formado voc( ainda.

)esse cenrio de necessidade de atuali%a$o constante, ' grande diculdade

no meio mdico, inclusive, de sa!er onde procurar a informa$o nova. Coc(

sa!e, por e#emplo,como o seu professor se atuali"a23 que ele l(, por

onde ele estuda, com que frequ(ncia ele questiona a informa$o que est

ensinando Eu arrisco di%er que a grande c'ance que ele este+a repetindo ociclo deensinar o que aprendeu (' desatuali"ado.

certo que ' especialidades que alteram suas guidelinesa cada dois anos,

outras a cada ano. 5gora, ser mesmo que se limitar apenas 3s noas

diretri"es da sua especialidade o su$ciente diante das desco!ertas que

podem fa"er a diferena no tratamento do seu paciente2*e o prprio

medico no se atuali%a, quem vai questionar, pedir e se movimentar para

quenoas pr'ticas e tecnologias positias cheguem rapidamenteaos

protocolos !rasileiros)esse sentido, a !usca por atuali%a$o constante outra li$o que o mdico

precisa aprender por contra prpria e adicionar &s suas prticas dirias.



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melhorar.

Um abrao!

Clsio Castro

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