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Justiça e Graça Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos Lição 8 21 de Fevereiro de 2016 Cristo e a Graça

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Justiça e Graça

Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos

Lição 821 de

Fevereirode 2016

Cristo e a Graça

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EXPLICAR que a graça de Cristo

proporciona justiça e vida;

MOSTRAR o que é a graça de Cristo;

SABER que a graça de Cristo reina pela justiça para a vida

eterna.alvo

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Texto Bíblico

Romanos 5.15-21.

15 — Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.16 — E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou; porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.17 — Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.18 — Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.19 — Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos.20 — Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;21 — para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor.

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INTRODUÇÃO

Ao estudarmos Romanos 5.1-11 nós vimos que os crentes são justificados e reconciliados com Deus por meio da fé no sacrifício de

Cristo. Este conceito da certeza da salvação por meio de Cristo é reforçado no texto que vamos estudar nesta lição (Rm 5.15-21), com a

informação paulina de que a graça de Cristo vai além do que mera anulação do pecado, pois mais do que simplesmente anular os efeitos

do pecado, outorga ao crente a vida eterna com Deus.

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I. A GRAÇA DE CRISTO PROPORCIONA JUSTIÇA E VIDA (vv.15-19)

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A graça de Cristo abundou sobre todos os que creem (v.15).

Neste momento o apóstolo não faz mais uso da dicotomia entre judeuse gentios, a abordagem da história da redenção é realizada em umescopo universal. A dicotomia agora é entre o relacionamento de doishomens: o primeiro e o segundo Adão (Cristo). A parte da humanidadeque se relaciona com o primeiro Adão está debaixo da sentença demorte por causa da desobediência e pecado, enquanto a outra partetem a segurança da vida eterna por causa da obediência e graça deCristo, que abundou e desfez os efeitos do pecado. Em Cristo ahumanidade renasce para uma vida plena com Ele. A graça tem muitomais a oferecer, o tempo da graça é eterno, portanto, infinitamentemaior do que o tempo da escravidão no pecado e morte espiritual. Aparticipação na morte (justificação) e na ressurreição de Cristo(glorificação), faz-nos passar da morte para a vida.

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O dom gratuito da salvação veio de muitas ofensas para justificação (vv.16,19).

O apóstolo chama o pecado de Adão de ofensa para contrastar coma palavra “dom”. Enquanto o pecado de Adão trouxe julgamento econdenação para muitos, a obra de Cristo na cruz foi abundantesobre muitos, aqueles que reconheceram seu sacrifício pela fé,sendo justificados. Se a condenação daqueles que estão em Adão écerta, muito mais garantida é a vida eterna por meio da graça e dodom da salvação para as pessoas que estão em Cristo. O contrasteentre a condenação introduzida por Adão e a justificação asseguradapor Cristo, traz de volta o tema central de que a justificação estádisponível para “todos os que creem” (Rm 3.22). Como vimos ajustificação é exclusiva para os que creem e não para “todos”, comoafirmam alguns que defendem o universalismo (salvação para todasas pessoas, justas ou injustas).

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A graça de Cristo trouxe um reino de justiça (vv.17-19).

Pela desobediência de Adão a morte passou a reinar, enquantoCristo pela sua obediência trouxe um novo reino de justiça, paz ealegria no Espírito Santo (Rm 14.17). Desse modo, é inconcebívelque os que conheceram a Cristo e se dizem cristãos salvos deixem dese esforçar em benefício do reino de Deus e pela justiça, como Paulovai enfatizar nos próximos três capítulos (Rm 6-8). Quem pertence aCristo deve observar sua vida de obediência como vemos emFilipenses 2.8: “achado na forma de homem, humilhou-se a simesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz”. A obediênciade Cristo à vontade revelada de Deus envolve uma vida toda, assimtambém o crente deve envolver-se no reino da justiça, obedecendoà vontade revelada de Deus em sua Palavra.

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“Que um único erro de alguém deveria ser respondido com julgamento, é perfeitamente

compreensível: que o acúmulo do pecado e da culpade todas as eras deveria ser respondido com o livre dom de Deus, esse é o milagre dos milagres, muito

além da compreensão humana” (Granfield).

A graça de Cristo está disponível a todos, mas somente as pessoas que creem na obra de Cristo a desfrutarão, pessoas que se submetem de forma contínua à vontade revelada de

Deus.

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II. A GRAÇA DE CRISTO (v.20)

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Paulo era testemunha viva de alguém que havia sido privado pela lei.

A ênfase muda, agora não é mais a dicotomia entre Adão e Jesus, mas a lei. Oapóstolo tinha propriedade para falar sobre a privação daqueles que estavamdebaixo da lei. Certamente ele tinha em mente a rejeição de Jesus pelosjudeus, além de o terem entregado aos romanos para ser crucificado. E opróprio Paulo, quando motivado pelo rigor da lei perseguia os cristãos,pensando estar fazendo um favor para Deus. Paulo e os judeus de sua época,pela lei, afundaram no pecado. O que disse Jesus com relação aos judeus eseus algozes, durante sua crucificação? Foram somente palavras de perdão emisericórdia “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34a).Para Paulo, no caminho de Damasco, Ele disse: “Saulo, Saulo, por que mepersegues?” (At 9.4). A graça de Cristo superabundou para Paulo e demaisjudeus que creram nEle. Paulo não podia deixar de testemunhar da liberdadeque ele alcançou em Cristo.

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Paulo e seu relacionamento com os crentes judaizantes.

Novamente o ensino apostólico entra em conflito com a doutrina de redençãosinagogal judaica, pois para os crentes judaizantes o cumprimento concreto dalei constitui o homem justo diante de Deus. O cumprimento da lei, segundo oensinamento judaico, garante ao judeu um tesouro para a absolvição no dia dojulgamento. Os judeus não conheciam outra forma de salvação a não ser pelalei, este era o cerne da doutrina judaica. O zelo demasiado fazia com que elesconfiassem em suas próprias obras e impedia que eles alcançassem ajustificação para qual a lei aponta. Os judeus deveriam ter deixado de procurarestabelecer a sua própria justiça pela prática da lei porque por ela ninguém serájustificado, visto que todos, judeus e gentios, estão debaixo do pecado. Paulo,mesmo não havendo consenso pleno, jamais rompeu com os apóstolos judeu-cristãos. Contudo, o apóstolo entendeu seu chamado especial, evangelizar aosgentios, conhecidos como “os sem lei”, mas justificados por meio de CristoJesus.

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O legalismo na Igreja de Cristo.

O conteúdo histórico-redentor da doutrina de Paulo demonstra que a únicabase para a justificação é a morte e ressurreição de Cristo, sendo que Jesus é ofim da lei para justificação de todo aquele que crê (Rm 10.4). Com isso, épossível compreender nossa insuficiência, culpa e dependência da graça deDeus. O problema do legalismo não é somente algo do judeu, mas está presentecomo uma tentação para os cristãos também. É comum hoje encontrar crenteslegalistas que não se dão conta da incoerência de suas posições, eles afirmamconfiar em Cristo como Salvador, mas sentem que precisam fazer algo paramerecer a sua salvação. Pastores se debatem contra o legalismo de suasovelhas. Problemas de depressão espiritual têm, por vezes, como raiz umaapreensão defeituosa e distorcida da justificação pela fé. Ademais, naevangelização do povo brasileiro é imprescindível focalizar que Cristo põe fim àtendência humana de pensar que se pode “comprar” com obras a eternasalvação.

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Pelo pecado de Adão veio a lei para demonstrar a incapacidade de o ser humano

se salvar.

O apóstolo Paulo havia “bebido” do exclusivismo da lei judaica, mas uma vez experimentado a graça de Cristo e liberto, dedica

praticamente todo o período de seu ministério para pacientemente esclarecer os cristãos judaizantes que a

salvação ocorre por meio da fé em Cristo, gratuitamente.

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A GRAÇA DE CRISTO REINA PELA JUSTIÇA PARA A VIDA ETERNA (v.21)

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Deus faz justiça.

A base para absolvição no julgamento divino é a morte de Cristo e,antes da primeira vinda de Jesus, Deus fazendo justiça, não haviadado o castigo devido pelos pecados de todas as geraçõesanteriores. Portanto, reteve seu julgamento e fez de Cristo o meio depropiciação mediante sua morte, após ter ajuntado os pecados domundo e lançado sobre Cristo. Na morte de Cristo Deus demonstra ojulgamento justo e na sua ressurreição a prova de sua justiça.Conforme já visto, a ideia legal de um ambiente forense édemonstrada no fato de Cristo ter sofrido a morte de cruz em nossolugar, Ele que sem pecado, foi feito pecado por nós, para que nElefossemos feitos justiça de Deus. Aqueles que estão em Cristo, pelafé, são absolvidos no julgamento de Deus.

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A absolvição pela fé em Cristo.

Cristo realizou aquilo que é impossível aos homens, para obter-lhes a justiça, aqual ele lhes oferece gratuitamente pela fé, à parte das obras da lei. Os judeusdeveriam, portanto, ter compreendido que Cristo, para aquele que crê, põe umfim a esta maneira errônea de buscar a justiça pelas obras da lei. Conforme jáparcialmente mencionado, Paulo não está afirmando que a lei foi abolida, eleestá tratando a partir da perspectiva da experiência dos crentes, do problema dolegalismo dos judeus: Cristo, para o crente, é o fim do legalismo. A graça de Deusé dada sem lei, ou seja, é uma experiência caracterizada pela alegria que causa,pois não exige de quem recebe nenhum pressuposto ou preparo, simplesmenteé um puro presente que jorra de Deus sobre sua criação humana. Uma vezjustificado, basta ao crente manter sua fé obediente em Cristo para ter uma vidaeterna com Deus, não descuidando de sua salvação, seu bem mais precioso.

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Jovem, que vida você tem escolhido? A vida da desobediência à vontade de Deus, como o exemplo de Adão, ou a vida de

obediência, como o exemplo de Cristo?

O fruto da desobediência humana só pode desfrutar do complexo gerado a partir de

Adão: pecado-condenação-morte. Mas todas as pessoas que seguirem o exemplo de

obediência de Jesus desfrutarão da salvação completa: justiça-justificação-vida eterna.

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Nesta lição, estudamos a relação tipológica entre Adão e Cristo (segundo Adão) e foi possível constatar o que eles

trazem de similar é o fato de ter o ato de cada um, desobediência e obediência, respectivamente, implicado em consequências para os grupos que pertencem a eles,

morte eterna separada de Deus ou vida eterna com Deus.

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1. Por que o apóstolo chama o pecado de Adão de “ofensa”?O apóstolo chama o pecado de Adão de ofensa para contrastar com a palavra dom.

2. O que defende o universalismo?O universalismo defende que no julgamento final todas as pessoas serão salvas, independente de terem sido justas ou não durante sua vida terrena.

3. O que Jesus disse durante sua crucificação com a respeito dos judeus e seus algozes?Jesus disse somente palavras de perdão e misericórdia: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34a).

4. Qual era o cerne da doutrina judaica?A crença de que o cumprimento da lei garante ao judeu um tesouro para a absolvição no dia do julgamento. Os judeus não conheciam outra forma de salvação a não ser pela lei, este era o cerne da doutrina judaica.

5. Explique a frase: Deus faz justiça, uma vez que não julgou o ser humano antes da morte de Cristo.A base para absolvição no julgamento divino é a morte de Cristo e, antes da primeira vinda de Jesus, Deus fazendo justiça, não havia dado o castigo devido pelos pecados de todas as gerações anteriores. Reteve seu julgamento e fez de Cristo o meio de propiciação.