lição 05 - a maravilhosa graça
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Texto Áureo
"Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da le i , mas debaixo da graça."(Rm 6.14)
Verdade Prática
Cristo Jesus é a graça divina manifestada em forma humana
1 – Que diremos, pois? Permaneceremos no Pecado, para que a graça seja mais abundante?; 2 - De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?3 - Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?4 - De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.5 - Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;6 - sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado.
LEITURA BÍBLICARomanos 6.1-12
7 - Porque aquele que está morto está justificado do pecado.8 - Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;9 - sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele.10 - Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.11 - Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.12 - Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;
LEITURA BÍBLICARomanos 6.1-12
Objetivo Geral
Mostrar que Cristo Jesus é a graça divina manifestada em forma humana.
Objetivos Específicos
1. Apresentar alguns dos inimigos da graça;
2. Mostrar a vitória da graça para com o domínio do pecado;
3. Relacionar os frutos da graça.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOO c a p í t u l o c i n c o d a E p í s t o l a a o s R o m a n o s m o s t r a o
t r i u n f o d a g r a ç a s o b r e o p e c a d o . P a u l o j á h a v i a f a l a d o a
r e s p e i t o d a j u s t i f i c a ç ã o , m a s o q u e s i g n i f i c a v a i s s o n a
p r á t i c a ? Q u e i m p l i c a ç õ e s t e r i a n a v i d a d o s c r e n t e s ? O
a p ó s t o l o n ã o p r o c u r o u f i l o s o f a r a r e s p e i t o d a o r i g e m d o
p e c a d o e s u a s c o n s e q u ê n c i a s . E l e b u s c o u m o s t r a r , d e
f o r m a c l a r a , c o m o D e u s r e s o l v e u e s s a q u e s t ã o . A g r a ç a
d e D e u s n o s j u s t i f i c o u , a b o l i n d o o d o m í n i o d o p e c a d o e
f a z e n d o - n o s v i v e r l i v r e s e m C r i s t o .
PONTO CENTRAL
Jesus Cr isto é a revelação do amor e da graça de Deus.
I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
1. Ant inomismo.
P a u l o p e r c e b e u q u e a s u a a r g u m e n t a ç ã o a r e s p e i t o d a
g r a ç a p o d e r i a g e r a r u m m a l - e n t e n d i d o . P o r i s s o , t r a t o u
l o g o d e e s c l a r e c e r o s e u p e n s a m e n t o a r e s p e i t o d o
a s s u n t o . U s a n d o o m é t o d o d e d i a t r i b e , e l e d i a l o g a c o m
u m i n t e r l o c u t o r i m a g i n á r i o , p r o c u r a n d o e x p l i c a r d e
f o r m a c l a r a o s e u a r g u m e n t o . P a u l o j á h a v i a d i t o q u e
o n d e o p e c a d o a b u n d o u , s u p e r a b u n d o u a g r a ç a ( R m
5 . 2 0 ) . Ta l a r g u m e n t o s e r i a u m a a f i r m a ç ã o a o e s t i l o d o s
a n t i n o m i s t a s , p o i s e s t e s a c r e d i t a v a m q u e p o d e m o s v i v e r
s e m r e g r a s o u p r i n c í p i o s m o r a i s .
2. Paulo não acei ta e não conf i rma o ant inomismo.
No an t imon ismo não há no rmas . Os qu e e r roneamente ace i tavam ta l p ensamen to ac red i tavam q ue q uanto ma i s p ecarmo s ma is g raça receberemos . Em ou t ras p a l avras , a g raça não i mp õe l im i t e a l gu m. Ant evend o esse en t end imen to equ ivo cado , o apó sto lo pe rgu nta : " Qu e d i remo s , po is?
Permaneceremo s n o pecado , p ara qu e a g raça se ja ma is ab und an te? " (Rm 6 .1 ) . A respo sta é não! A g raça não d eve serv i r d e descu lp a p ara o pecado .
I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
2. Paulo não acei ta e não conf i rma o ant inomismo (cont.)
I n f e l i z m en te , o an t i n o m i sm o t em g a n h ad o fo r ça em n o s sa so c i ed ad e , p ass a n d o a se r so c i a l m e n t e a ce i t o a t é m e sm o d en t r o d as i g r e j as eva n g é l i ca s . E s ta é u m a d o u t r i n a ven en o s a , q u e e r r o n ea m e n t e f az c o m q u e a g r aç a d e D eu s p a r eça va l i d a r to d o t i p o d e co m p o r t am en to co n t r á r i o à P a l av r a d e D e u s .
E m g e r a l , t a l p en s am en t o v em " v es t i d o " d e u m a r o u p ag e m es p i r i tu a l , p o r é m o a n t i n o m i s t a co s t u m a se r r e l a t i v i s t a q u an d o se u t i l i z a d a exp r ess ã o " n ão t e m n a d a a ve r " .
I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
3. Legal ismo.
Em Romanos 6 .15 , o ap ós to lo tem em ment e o jud eu lega l i s ta , q uando p erg un ta : " Po i s q uê? Pecaremos p orq ue n ão es tamo s deba ixo d a l e i , mas d eb a ixo da graça? De mod o nen hu m! " A do ut r ina da ju s t i f i cação pe la fé , ind ep end en temente das o bras d a l e i , l eva r ia o l eg a l i s ta a a rgu ment ar qu e Pau lo es ta r i a ens in ad o q ue , em v i r tud e d e n ão es ta rmo s ma is d eb a ixo d a l e i , en tão n ão há ma i s obr igação a lgu ma co m o v iver san t o . Nesse caso , n ão h aver i a ma is n en huma b ar re i ra de con tenção co nt ra o pecado .
I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
3. Legal ismo (cont.)
N a m e n t e d o l e g a l i s ta , so m e n t e a l e i d e M o i sé s e r a o i n s t r u m en to a d e q u a d o p a r a a g r ad ar a D eu s . I s so j u s t i f i ca a s d ez en as , e às ve z e s , cen t en a s d e p r ec e i t o s q u e o j u d a í sm o a ss o c i o u co m o D e c á l o g o . O s l e g a l i s ta s c r i a r am co m o d e sd o b r am en to d a l e i 6 13 p r ece i to s .
A te o l o g i a d e P au l o i r á en s i n a r q u e m e sm o n ã o es t an d o m a i s d e b a i x o d a l e i , o c r i s t ão n ã o f i c o u s em p a r â m et r o s e sp i r i t u a i s . P e l o co n t r á r i o , ag o r a q u e e l e t em a v i d a d e Je su s C r i s to d e n t r o d e s i , es t á ca p a c i t ad o a ag r a d a r a D eu s , m es m o s em se su b m et e r à l e t r a d a L e i d e M o i s és .
I - OS INIMIGOS DA GRAÇA
SINOPSE DO TÓPICO I
O antinomismo e o
legalismo são
inimigos da graça.
II - A VITÓRIA DA GRAÇA
1.A graça destró i o domín io do pecado.
P a r a P a u l o , o p e c a d o e r a c o m o u m t i r a n o i m p i e d o s o q u e n ã o p o u p a v a s e u s s ú d i t o s . E l e r e i n o u d e s d e q u e e n t r o u n o m u n d o e s e u d o m í n i o p a r e c i a n ã o s e r a m e a ç a d o . O p e c a d o d o m i n o u o s q u e n ã o e s t a v a m d e b a i x o d a L e i e d o m i n o u t a m b é m o s q u e e s t a v a m s o b s u a é g i d e . N ã o h a v i a e s c a p a t ó r i a . P o r c a u s a d o " v e l h o h o m e m " , u m a e x p r e s s ã o q u e p a r a P a u l o é s i n ô n i m o d e n a t u r e z a c a í d a e p e c a m i n o s a , q u e e s s e i n í q u o t i r a n o c o n s e g u i a r e i n a r. C o m o s e l i b e r t a r , e n t ã o , d e s s e t i r a n o ?
P a u l o m o s t r a q u e a s o l u ç ã o d e D e u s f o i a q u i l o q u e l h e s e r v i a d e b a s e d e s u s t e n t a ç ã o , o c o r p o d o p e c a d o : " S a b e n d o i s t o : q u e o n o s s o v e l h o h o m e m f o i c o m e l e c r u c i f i c a d o , p a r a q u e o c o r p o d o p e c a d o s e j a d e s f e i t o , a f i m d e q u e n ã o s i r v a m o s m a i s a o p e c a d o " ( R m 6 . 6 ) .
I I - A V ITÓRIA DA GRAÇA
1.A graça destró i o domín io do pecado ( c o n t . )
O " co r p o d o p ec ad o " s i g n i f i ca m a i s d o q u e s i m p l esm en te o co r p o f í s i co , m as o c o r p o co m o a l g o q u e i n s t r u m e n t a l i z a o p ec ad o e q u e p r ec i sa va s e r d es t r u í d o . A p a l a v r a g r eg a ka ta r g eo , t r a d u z i d a em R o m an o s 6 . 6 co m o d e s t r u í d o , p o ss u i o s en t i d o d e d es t r o n a d o o u t o r n ad o i n o p e r a n t e .
F o i , p o r t an to , a t r av és d a c r u z d e C r i s t o q u e e ss e t i r an o fo i d e s t r o n a d o e te ve se u d o m í n i o d e s f e i t o . A g r aça d e D eu s t r i u n f o u s o b r e o p e ca d o . G l ó r i a a D e u s p e l o se u d o m i n e f áv e l ( 1 C o 9 . 15 ) .
I I - A V ITÓRIA DA GRAÇA
2. A graça destró i o re inado da mor te
O apósto lo mostra que o re inado do pecado e seu domínio caracter i zaram-se pe la morte . "Porque o sa lár io do pecado é a morte , mas o dom gratu i to de Deus é a v ida e terna, por Cr is to Jesus, nosso Senhor" (Rm 6 .23) .
Não há lugar nesse mundo onde não se s in ta as consequências do pecado.
I I - A V ITÓRIA DA GRAÇA
3. A graça e os e fe i tos do pecado.
Os e fe i tos do pecado podem ser v is tos por toda par te . Podemos vê - los nas ca tás t ro fes na tura is , nas guer ras , homic íd ios , es tupros e abor tos . O pecado t raz a marca da mor te .
Tanto a mor te f í s ica , como a mor te esp i r i tua l , o a fas tamento de Deus , são consequênc ias do pecado. Nada podia dest ru i r esse domín io tenebroso do pecado e fazer parar seus e fe i tos .
I I - A VITÓRIA DA GRAÇA
3. A graça e os e fe i tos do pecado (cont.)
Todav ia , Pau lo most ra que a Graça de Deus invad iu o domín io do pecado e dest ru iu seu pr inc ipa l t runfo - o poder sobre a mor te .
A graça de Deus , presente na ressur re ição do Senhor Jesus , dest ru iu o poder sobre a mor te f í s ica e essa mesma graça , quando nos reconc i l i a com Deus , des t ró i o poder da mor te esp i r i tua l .
I I - A VITÓRIA DA GRAÇA
SINOPSE DO TÓPICO II
A graça destrói o
domínio do pecado na
vida daqueles que pela
fé aceitam a Jesus
Cristo.
III - OS FRUTOS DA GRAÇA
I I I - OS FRUTOS DA GRAÇA
1. A graça l iber ta .
A graça é l iber tadora (Rm 6 .14) e produz f rutos para a nossa sant i f icação: "Mas, agora , l iber tados do pecado e fe i tos servos de Deus, tendes o vosso f ruto para sant i f icação, e por f im a v ida e terna" (Rm 6 .22) .
Somente a graça ser ia capaz de desfazer o domínio do pecado. A Bíb l ia a f i rma que quem comete pecado é escravo do pecado (Jo 8 .34) . E mais , o escravo não possuía domínio sobre o seu arb í t r io .
I I I - OS FRUTOS DA GRAÇA
1. A graça l iber ta ( c o n t . )
Essa s i tuação mudou quando a graça , reve lada na pessoa de Jesus Cr is to , ent rou na h is tór ia e desfez o domín io do pecado. Paulo a f i rmou que o "pecado não terá domínio sobre nós" . Somos l ivres em Cr is to .
Essa l iberdade é uma rea l idade na v ida do crente: "Esta i , po is , f i rmes na l iberdade com que Cr is to nos l iber tou e não torne is a meter -vos debaixo do jugo da serv idão" (Gl 5 .1 ) .
I I I - OS FRUTOS DA GRAÇA
2. Ex igências da graça.
A g r a ç a l i b e r t a , m a s a o m e s m o t e m p o t e m s u a s e x i g ê n c i a s . I s s o f i c a c l a r o p e l o u s o d o s t e r m o s c o n s i d e r a r ( 6 . 11 ) , q u e n o o r i g i n a l ( l o g i z o m a i ) s i g n i f i c a r e c o n h e c e r, t o m a r c o n s c i ê n c i a : " A s s i m t a m b é m v ó s c o n s i d e r a i - v o s c o m o m o r t o s p a r a o p e c a d o , m a s v i v o s p a r a D e u s , e m C r i s t o J e s u s , n o s s o S e n h o r " ( R m 6 . 11 ) .
E m R o m a n o s 6 . 1 3 a p a l a v r a " a p r e s e n t a r " ( g r . p a r i s t e m i ) , s i g n i f i c a c o l o c a r - s e à d i s p o s i ç ã o d e a l g u é m : " N e m t a m p o u c o a p r e s e n t e i s o s v o s s o s m e m b r o s a o p e c a d o p o r i n s t r u m e n t o s d e i n i q u i d a d e ; m a s a p r e s e n t a i - v o s a D e u s , c o m o v i v o s d e n t r e m o r t o s , e o s v o s s o s m e m b r o s a D e u s , c o m o i n s t r u m e n t o s d e j u s t i ç a " ( R m 6 . 1 3 ) .
I I I - OS FRUTOS DA GRAÇA
2. A graça sant i f ica .
Paulo reve la que um dos e fe i tos imed ia tos da graça é a jus t i f icação e o out ro é a sant i f i cação: "Mas , agora , l ibe r tados do pecado e fe i tos servos de Deus , tendes o vosso f ru to para sant i f icação , e por f im a v ida e terna" (Rm 6 .22 ) .
A pa lavra "sant i f i cação" , que t raduz o grego hag iasmos mantem o sent ido de "separação" . A graça nos l iber tou e nos separou para Deus . A sant i f icação aparece aqu i nesse tex to como um f ru to da graça .
I I I - OS FRUTOS DA GRAÇA
2. A graça sant i f ica ( c o n t . )
No en s in o d e Pau l o a sant i f i cação ocor re em do i s es t ág ios . Pr ime i rament e somos sant i f i cado s em Cr i s to qu an do o co nfessamos co mo Sa lvad or d e n o ssas v id as . Na teo lo g ia b íb l i ca i sso é con hec id o co mo sant i f i cação pos ic ion a l .
Po r ou t ro l ado , não po demo s no s acomod ar, mas pro cu rar a cada d i a nos san t i f i ca r, i s t o é , nos sep ara r pa ra Deu s . Essa é a g raça pro gress iva , aqu i lo q ue ex i s te como u m pro cesso n a v id a d o c ren te .
SINOPSE DO TÓPICO III
Dois são os frutos
da graça, a
liberdade em Jesus
Cristo e a
santificação.
CONCLUSÃOVimos nesta lição quem são os inimigos da graça, conhecemos a
vitória da graça e os seus frutos. Tudo que temos e tudo que
somos só foram possíveis pela graça de Deus. Essa graça é que
trouxe salvação. "Porque a graça salvadora de Deus se há
manifestado a todos os homens".
Que venhamos viver segundo a recomendação de Tito,
renunciando à impiedade e vivendo neste presente século de
forma sóbria, justa e piamente (Tt 2.11,12).
PARA REFLETIR
1. Segundo a lição, cite dois inimigos da graça.Antinomismo e legalismo.
2. Em que os antinomistas acreditavam?Os que erroneamente aceitavam tal pensamento acreditavam que quanto mais pecarmos mais graça receberemos. Em outras palavras, a graça não impõe limite algum.
3. Para o legalista qual era o único instrumento adequado para agradar a Deus?
Na mente do legalista, somente a lei de Moisés era o instrumento adequado para agradar a Deus.
4. Segundo a lição, o que a graça de Deus destrói?A graça destrói o domínio do pecado.
5. Qual fruto a graça produz no crente?Os frutos da liberdade e da santificação.
A respeito da Carta aos Romanos, responda: