lição 13 - a igreja e a lei de deus

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Pr. Andre Luiz

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Pr. Andre Luiz

O termo aparece sete vezes nas Escrituras, quatro no AntigoTestamento e três no Novo, e em nenhum lugar diz respeito ao Decálogo. Asquatro primeiras ocorrências se referem a toda a lei de Moisés, aoPentateuco, como livro: "Josué escreveu estas palavras no livro da Lei deDeus" Os 24.26); "E leram o livro, na Lei de Deus... ele lia o livro da Lei deDeus" (Ne 8.8,18); "e convieram num anátema e num juramento, de queandariam na Lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo deDeus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos doSENHOR, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos" (Ne 10.29).Assim, as expressões "lei de Deus", "lei do Senhor" e "lei de Moisés" dizemrespeito à mesma coisa (Ne 8.1, 8, 18; Lc 2.22, 23). Trata-se do Pentateucono seu todo, e não apenas do Decálogo, do livro, e não das tábuas de pedra.As outras três aparecem somente em Romanos, e nenhuma delas dizrespeito ao Decálogo: "Porque, segundo o homem interior, tenho prazer nalei de Deus... Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eumesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei dopecado" (Rm 7.22, 25).

Segundo Samuel Rindlisbacher, o Senhor Jesus, cabeça da

Igreja (Ef 5:23), validou toda a Lei Mosaica, inclusive as 613 disposições,ordens e proibições, ao afirmar: “É mais fácil passar o céu e a terra doque cair um til sequer da Lei” (Lc 16:17). Ele avançou mais um passo,dizendo: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vimpara revogar, vim para cumprir” (Mt 5:17). Jesus, ao nascer, também foicolocado sob a Lei: “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviouseu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4:4). Ele foi criado eeducado segundo os preceitos da Lei, pois cumpria suas exigências.Todavia, foi essa mesma Lei que O condenou à morte. Quando tomousobre Si todos os nossos pecados, teve de morrer por eles, pois a Leiassim o exige. Vemos que a Lei foi cumprida e vivida por Jesus, e atravésdEle ela alcançou seu objetivo. Por isso está escrito que “… o fim da Lei éCristo” (Rm 10:4).

Era um costume romano abandonar os cadáveres na cruz,deixando-os aos cães e abutres. Mas havia uma lei judaica que “proibiadeixar um corpo no local da execução de um dia para outro”. "O seucadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás nomesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim nãocontaminarás a tua terra, que o Senhor teu Deus te dá em herança”.(Deuteronômio 21:23). Por essa razão, e porque era a preparação, i.e., avéspera do sábado, os judeus... rogaram a Pilatos que quebrassem aspernas das vítimas, e fossem tirados. Esta prática brutal, conhecidacomo crurifragium, era usada como um meio de apressar a morte. Elaenvolvia a quebra das pernas das vítimas com uma grande marreta. Ossoldados fizeram isto com os dois ladrões que foram crucificados comJesus. Mas, vindo a Jesus e vendo-o já morto, não lhe quebraram aspernas. João registra aqui o cumprimento das Escrituras: Nenhum dosseus ossos será quebrado; cf. Êx 12.46; Nm 9.12. Jesus foi o sacrifícioperfeito, tanto na morte quanto na vida. Joseph H. Mayfield. Comentário Bíblico Beacon.

João. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 158

As profecias se cumpriram em Cristo e, por isso, as Escrituras expõem que toda Lei foi cumprida em Jesus.

São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco.Jesus se refere ao seu ministério, até à hora da sua crucificação, como aalguma coisa que já fazia parte do passado. As palavras estando aindaconvosco não só predizem a sua ascensão, mas também indicam quemesmo naquele momento em que está falando, Ele não está “com eles”,no mesmo sentido usado anteriormente. Sua morte e ressurreiçãomudaram o mortal para imortal, e criaram uma diferença entre eles queapenas a morte e a ressurreição deles próprios poderiam lhes permitirtranscender. Convinha que se cumprisse tudo o que de mim estavaescrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos. A Lei, os Profetase os Salmos são as três principais divisões das Escrituras Hebraicas.Deste modo, Jesus está se referindo à série completa da profeciamessiânica, da primeira promessa em Gênesis 3.15 até o Livro deMalaquias. Ele deixa claro um vínculo inseparável entre Ele mesmo eesta profecia do Antigo Testamento. O Senhor lembra aos seus discípulosque Ele deixou este ponto claro enquanto ainda estava com eles. Antesde sua morte, a ênfase era de que se cumprisse tudo, e se referia ao seuministério terreno. Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Lucas. Editora CPAD. Vol. 6. pag.

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Cl 2.16,17 Portanto refere-se ao que acabou de ser apresentado eleva à conclusão: Ninguém vos julgue (“dê seu parecer sobre vós”). Todas asoutras religiões envolvem atos e práticas de reconciliação inferiores einúteis: pelo comer, ou pelo beber (alimentos), dias de festa (festividadesanuais), lua nova (observância mensal), sábados (observância semanal) (Nm28.9). Embora não haja no original grego o artigo definido os antes desábados, seu uso esclarece o significado. Paulo estava resistindo aosjudaizantes que insistiam na observância legalista do sábado. Estas eramquestões nas quais os inimigos de Cristo tiveram sucesso em crucificá-lo (Rm14.1ss.; 1 Tm 4.3; Tt 1.14; Hb 9.10ss.; 13.9,10). Que são sombras (17) éexplicado no versículo 18 e posto em contraste no versículo 19. O termosombras caracteriza os sistemas ritualistas do judaísmo. As sombras sãoindicativas da realidade, Cristo. No Antigo Testamento, viam-se apenas assombras. No Novo Testamento, o corpo (soma,“substância”), que é Cristo,está presente. Mas mesmo hoje temos aqueles que seriam “escravos desombras”, tipos, formas e rituais. A base da exortação de Paulo aqui é a obrade Cristo; questões de calendário não têm valor como meio de salvação (Rm14.17). Sua função mostra o sacrifício de Cristo. Que tolice chamar assombras de realidade!

«O reino de Deus...» Jesus aplica a parábola aos que ouviam eà nação inteira de Israel. Ele acabara de ilustrar o sentido da parábolados «lavradores maus»mostrando que as obras de Deus podem sercomparadas a um edifício que requer uma maciça pedra angular, comotambém o templo de Deus, em Jerusalém, tinha uma dessas pedras. Osconstrutores do templo espiritual haviam rejeitado a pedra angular quefora cortada por ordem do arquiteto em chefe. Para esses, isto é, para opovo de Israel, a edificação terá de cessar até que a principal pedraangular seja devolvida ao seu devido lugar. Mas chega, finalmente, otempo em que Israel tornará a construir sobre essa pedra. Nesseínterim, as obras de Deus não cessam. Deus planta uma nova vinha eenvia novos servos, tendo garantido de antemão o sucesso daempreitada. O novo povo, como é óbvio, refere-se à Igreja.CHAMPLIN, Russell

Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 523

Jesus Cristo viveu toda a Lei.

Jesus acrescentou: Desses dois mandamentos dependem toda alei e os profetas - isto é, todo o Antigo Testamento. Esses são os doismandamentos-chave, que demonstram o significado de todos os demais.Como a essência de todo o Antigo Testamento está contida nessesmandamentos, é óbvio que a santidade como padrão para o povo deDeus não é isolada na dispensação do Evangelho. O que é especial nanova aliança é o meio com o qual os homens devem atender a essepadrão, e a medida (ou o grau de perfeição) com que devem cumpri-lo.O poder para alcançar a plenitude interior tornou-se agora a herança decada filho de Deus. É um poder que altera de tal maneira o afeto epreenche o ser com o Espírito Santo, que amar a Deus com todo o sertorna-se uma atitude natural e espontânea (Rm 5.5). Quando Deuspromete que na nova aliança Ele irá colocar as suas leis no entendimentoe no coração do seu povo (Hb 8.10; Jr 31.33), Ele está se referindo, acimade tudo, a estes dois mandamentos, pois eles incluem todos os outros.Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Mateus. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 155

(Mc 2.24), e o próprio Jesus aparentemente aboliu a lei cerimonialao considerar puros todos os alimentos (Mc 7.19). Os discípulos de Jesusrejeitaram claramente muito do que era da lei do AT, inclusive a circuncisão (At15; Gl 5.6; 6.15). De fato, Paulo declarou: “Não estais debaixo da lei e sim dagraça” (Rm 6.14), e afirmou, também, que os Dez Mandamentos, gravados empedra, tinham sido removidos em Cristo (2 Co 3.7,14).http://www.cacp.org.br/jesus-veio-para-por-fim-a-lei-de-moises/. A ideiacristológica não se restringe a esses vaticínios e ocupa todo o pensamento dasEscrituras hebraicas. A provisão do Antigo Testamento sobre a obra redentorade DEUS em CRISTO é muito rica de detalhes. Os escritores do Novo Testamentoreconhecem a presença e a obra de CRISTO na história da redenção (Os 11.1;Mt 2.15) e nas suas instituições e festas (Êx 25.8; Jo l.l4;Hb5.4,5;Êx 12.3-13; Lc22.15; 1 Co 5.7). A lei e os profetas convergem para JESUS; ele é o cumprimentodas Escrituras do Antigo Testamento (Lc 24.26,27,44). A expressão "a lei e osprofetas" aparece com frequência no Novo Testamento para designar asEscrituras do Antigo Testamento (Mt 7.12; 22.40; At 13.15; Rm 13.21) oufraseologia similar (Mt 11.13; Jo 1.45; At 28.23). Mas a presença do "ou"disjuntivo aqui mostra duas partes distintivas, em que nem uma e nem outra épara ser abolida (Jo 10.35).

Até que o céu e a terra passem. Subentende que a lei e os profetasjamais seriam revogados, porque, segundo a doutrina judaica, o céu e a terra sãoeternos (Baruch 3:32; Luc. 16:17). «Até que tudo se cumpra» não alude a um tempoquando, finalmente, a lei e o profetas serão revogados, mas é o modo enfático dedizer «nunca*. A expressão «até que o céu e a terra passem», provavelmente é umafórmula comum para mostrar a invariabilidade da palavra divina. PosteriormenteJesus empregou quase as mesmas palavras para indicar que suas próprias palavrassão invariáveis e eternas: «Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras nãopassarão» (Mat. 24:35; ver também Marc. 13:31 e Luc. 21:33). Jesus não estavaensinando, nesse versículo (Mat. 5:18), se o céu e a terra passarão ou não, massimplesmente dava a idéia comum (que não passarão) afim de ilustrar aimportância e a imutabilidade da palavra e das ordens emanadas de Deus. «Nemum i ou um til. O «i» (iota,no grego) é a letra «yod» no hebraico, a menor letra doalfabeto. Na Bíblia hebraica há mais de 66 mil dessas letras. «r;V»é uma pequenamarca que distingue certas letras hebraicas de outras. Nos escritos dos rabinos nota-se que às vezes advertiram aos escribas para que tivessem o cuidado de nãoescrever uma letra parecida com outra, o que poderia modificar o sentido dasEscrituras. É mister que notemos aqui a importância dada por Jesus às Escrituras doV. T., o que contrasta violentamente com alguns modernos, que rejeitam essasEscrituras ou lhes dão pouco valor. E verdade que o modernismo começa nesseponto (rejeitam ao V. T.), como na cultura grega ou romana. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo

Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 309.

Jesus Cristo não veio revogar a lei, pois ela não pode ser anulada.

Não podemos imaginar que Jesus desse tal importância à lei cerimonialque chegasse a dizer que nem um «i» e nem um «til» jamais seriam modificados. Édifícil crer que ele não tenha antecipado até mesmo a eliminação da lei cerimonial.Assim sendo, quando ele falou em «violar um destes mandamentos», referia-semorais. O resto do capítulo e do sermão (caps. 7 e 8) demonstram o fato. Referia-seàs leis morais, ao juramento, à vingança, ao amor, à justiça etc. Estavam em foco osfariseus e outros líderes oficiais dos judeus, particularmente os mestres, rabinos eescribas do povo, que tinham por responsabilidade ensinar a lei ao povo. Mais tardeJesus mostrou que esses mestres do povo não interpretavam corretamente a lei. Porexemplo, no vs. 38, sobre «olho por olho» (que era ensino dos rabinos), disse Jesus:«Eu, porém, vos digo, não resistais ao perverso». Ou no vs. 43, «Amarás o teupróximo, e odiarás o teu inimigo» (que era ensino dos rabinos e escribas), mereceude Jesus uma reprimenda que começa com" «Eu, porém, vos digo», etc. «Mínimo noreino». Os mestres que interpretam erroneamente e assim ensinam, levam outros aerrar por seus ensinos; esses homens serão—os menores—no reino. É provável queJesus fizesse alusão especial ao reino do Messias, por ele oferecido. Nesse reino, taismestres teriam pouca importância, em contraste com a posição antes ocupada.Talvez a interpretação seja mais ampla do que essa, segundo fazem algunscomentaristas, que aplicam as palavras até mesmo ao «céu» ou ao «inferno».

Paulo descreve esta verdadeira função da lei usando umafigura ilustrativa que era amplamente compreendida na sociedade dosseus dias: De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir aCristo. O termo grego paidagogos (aio) significa “guarda” (cf.“guardiã”, BAB), “tutor” (CH, NVI) ou “guia” e referia-se ao “homem,na maioria das vezes escravo, cujo dever era levar e trazer da escolaum menino ou moço e superintender sua conduta em geral; ele não eraum ‘professor’ (apesar do significado atual do derivado ‘pedagogo’)”.Paulo está descrevendo como a lei põe o homem sob uma escravidãocomo a de uma criança menor sob a supervisão de um criado-escravo.Nos próximos versículos, veremos que tal supervisão não é maisnecessária ao homem de fé. A observação importante neste ponto éque a lei, trancando o homem debaixo do pecado e para a fé, exerceu afunção temporária de protegê-lo e prepará-lo para a vinda de Cristo.Ao contrário do argumento dos oponentes de Paulo, a lei não tinhafunção permanente, mas serviu apenas para que, pela fé, fôssemosjustificados. R. E. Howard. Comentário Bíblico Beacon. Gálatas Editora CPAD. Vol. 9. pag. 51

I Cor 14.21 As línguas, como os coríntios as usavam, eram maisum sinal do julgamento de Deus do que da misericórdia para quaisquerpessoas (v. 21): “Está escrito na lei (isto é, no Antigo Testamento): Por gentedoutras línguas e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim menão ouvirão, diz o Senhor” (Is 28.11; comparar Deuteronômio 28.46,49).Entende-se que o apóstolo se refira a essas passagens. Ambas sãoentregues na forma de ameaça, e uma supõe-se que interpreta a outra. Osignificado neste ponto de vista é de que é uma evidência de que o povoestá abandonado por Deus quando Ele lhes dá esse tipo de instrução, para adisciplina através daqueles que falam outra língua. E certamente o discursodo apóstolo sugere: “Vós não deveis estar afeiçoados aos sinais doaborrecimento divino. Deus pode não ter recompensas graciosas paraaqueles que são deixados meramente a esse tipo de instrução, e que sãoensinados em língua que não compreendem. Eles podem nunca serbeneficiados por ensinamentos como esse; e, quando eles forem deixados aele, será um triste sinal de que Deus os considera irrecuperáveis”. E oscristãos devem desejar estar em tal estado, ou conduzir as igrejas a ele?Contudo, é o que faziam de fato os pregadores coríntios, que sempreapresentavam suas inspirações em uma língua desconhecida. HENRY. Matthew.

Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 491.]

A função da lei não era salvar. 0 Novo Testamento mostra que sua função era apontar para aquEle que haveria de vivê-la integralmente.

O versículo 20 é geralmente considerado o versículo-chave doSermão do Monte. A justiça dos discípulos de Cristo deve exceder a dosescribas e fariseus. Jesus estava se referindo a uma justiça interior, moral eespiritual, em vez da justiça exterior, cerimonial e legalista dos fariseus. “Oproblema com os fariseus”, diz Martin Lloyd-Jones, “era que eles estavaminteressados nos detalhes em vez de nos princípios, que eles estavaminteressados nas ações em vez de nos motivos, e que eles estavaminteressados em fazer em vez de ser”. É correto para o cristão agradecer aDeus por não estar debaixo da Lei, mas debaixo da graça. Mas se ele pensaque as exigências sobre ele são menores por causa disso, não leu o Sermãodo Monte de forma a compreendê-lo. Jesus declarou enfaticamente que Eleexige uma justiça mais elevada do que a dos escribas e fariseus. No restantedo capítulo, o Senhor fornece seis exemplos concretos daquilo que Ele querdizer, exatamente, com isso. Ele basicamente se refere a uma justiça deatitude interior em vez de meramente uma ação exterior. Mas isto levanta aexigência. Deve-se não só guardar as suas ações, mas também as suasatitudes; não só as suas palavras, mas também os seus pensamentos. A leide Cristo traz, para aqueles que a guardam, mais exigências do que a lei deMoisés. Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Mateus. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 58