levantamento preliminar da avifauna do campus da emvz da

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Atualidades Ornitológicas, 189, janeiro e fevereiro de 2016 - www.ao.com.br 45 Levantamento preliminar da avifauna do Campus da EMVZ da Universidade Federal do Tocantins, Araguaína – TO, com observações sobre a reprodução de algumas espécies Wanieulli Pascoal 1 , Silionamã Dantas 2 , Ludmilla Weber 3 & Caroline Duks 4 O Brasil possui uma grande diversidade de aves, sendo um dos países com maior número de aves registradas, com 1919 espécies segundo o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (Piacentini et al. 2015) distribuídas entre os seis biomas considerados para o país (IBGE 2010). Dentre estes, três se destacam pela ex- tensão e diversidade de aves: Amazônico, Mata Atlântica e Cerrado. O bioma Amazônico está em primeiro lugar, com mais de seis milhões de km² (Silva et al. 2005) e aproximadamente 60% está em território brasileiro (MMA 2002), com quase 1500 espécies de aves (Batalha- -Filho 2012); a Mata Atlântica, em segundo lugar, com aproximadamente 1020 espécies (MMA 2000, Rodrigues et al. 2010) e o Cerrado em terceiro lugar (Marini & Garcia 2005), ocupando um território de dois milhões de km², cerca de 25% do território bra- sileiro (MMA 2002), com 856 espécies catalogadas (Lopes 2006). A alta diversidade de aves no Cerrado, segundo Silva (1995), deve-se à interação que ele tem com outros biomas, sendo um deles o Amazônico. A área de encontro entre biomas forma o que é chamado de ecótono, onde segundo Dornas et al. (2012) ocorre um número elevado de espécies de aves. No Tocantins há uma grande extensão de ecótono Cerrado – Amazônia nas regiões norte e oeste do estado, onde há uma grande lacuna de conhecimento ornitológico (Dornas et al. 2012). Assim, o presente estudo teve como objetivo inventariar a avi- fauna do Campus da EMVZ, tendo em vista que o mesmo está inserido em uma área importante no ecótono Cerrado – Ama- zônia, registrar nidificações ocasionais e destacar importantes registros de espécies para o Tocantins, buscando diminuir essa lacuna nessas áreas ecotonais. Material e métodos Área de estudo A área de estudo está localizada no norte do estado do Tocan- tins no município de Araguaína, sendo esta o Campus da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal do Tocantins (EMVZ) (7°5’59.38”S, 48°12’2.40”W), com clima úmi- do variando entre 25 e 26º C, moderada deficiência hídrica e uma precipitação média anual entre 1400 e 1700 mm (Seplan 2012). A área possui uma diversidade considerável de fitofisionomias que possibilitam ainda mais a ocorrência de uma grande variedade de espécies de aves, como: Mata de Galeria, Mata Ciliar, Campo Sujo, Mata de Terra Firme (Floresta Ombrófila), Alagados e áreas antró- picas como pastagens e as instalações prediais do Campus EMVZ. Métodos O levantamento foi realizado durante os meses de junho de 2013 a janeiro de 2016, sendo realizadas caminhadas não sis- tematizadas em transectos aleatórios dentro do Campus da EMVZ, totalizando cerca de 16 km incluindo as trilhas já exis- tentes nos interiores das matas, as estradas que cortam o Campus e as bordas das matas incluídas dentro do perímetro estabelecido para o estudo (Figura 1), em visitas pela manhã, tarde e noite, não necessariamente no mesmo dia. Foram realizadas 68 visi- tas ao Campus, totalizando 430 horas de observação, quando as espécies observadas foram anotadas em cadernetas de campo. Foram utilizados binóculos Bushnell Falcon 10x50, câmeras fotográficas Canon SX50 HS e câmeras trap Bushnell 119636 e 119420CW. As aves avistadas durante visitas ao Campus da EMVZ para realização de outras atividades também foram ano- tadas, assim como também relatos por moradores das chácaras e fazendas vizinhas de espécies de aves que não constam na lista e que podem ocorrer no local. ISSN 1981-8874 9 771981 88700 3 9 8 1 0 0 Figura 1. Perímetro grifado em amarelo, para as trilhas percorridas na realização do presente estudo. Fonte: Google Hearth.

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Page 1: Levantamento preliminar da avifauna do Campus da EMVZ da

Atualidades Ornitológicas, 189, janeiro e fevereiro de 2016 - www.ao.com.br 45

Levantamento preliminar da avifauna do Campus da EMVZ da Universidade Federal do Tocantins, Araguaína – TO, com observações sobre a reprodução de algumas espéciesWanieulli Pascoal1, Silionamã Dantas2,

Ludmilla Weber3 & Caroline Duks4

O Brasil possui uma grande diversidade de aves, sendo um dos países com maior número de aves registradas, com 1919 espécies segundo o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (Piacentini et al. 2015) distribuídas entre os seis biomas considerados para o país (IBGE 2010). Dentre estes, três se destacam pela ex-tensão e diversidade de aves: Amazônico, Mata Atlântica e Cerrado.

O bioma Amazônico está em primeiro lugar, com mais de seis milhões de km² (Silva et al. 2005) e aproximadamente 60% está em território brasileiro (MMA 2002), com quase 1500 espécies de aves (Batalha--Filho 2012); a Mata Atlântica, em segundo lugar, com aproximadamente 1020 espécies (MMA 2000, Rodrigues et al. 2010) e o Cerrado em terceiro lugar (Marini & Garcia 2005), ocupando um território de dois milhões de km², cerca de 25% do território bra-sileiro (MMA 2002), com 856 espécies catalogadas (Lopes 2006).

A alta diversidade de aves no Cerrado, segundo Silva (1995), deve-se à interação que ele tem com outros biomas, sendo um deles o Amazônico. A área de encontro entre biomas forma o que é chamado de ecótono, onde segundo Dornas et al. (2012) ocorre um número elevado de espécies de aves. No Tocantins há uma grande extensão de ecótono Cerrado – Amazônia nas regiões norte e oeste do estado, onde há uma grande lacuna de conhecimento ornitológico (Dornas et al. 2012).

Assim, o presente estudo teve como objetivo inventariar a avi-fauna do Campus da EMVZ, tendo em vista que o mesmo está inserido em uma área importante no ecótono Cerrado – Ama-zônia, registrar nidificações ocasionais e destacar importantes registros de espécies para o Tocantins, buscando diminuir essa lacuna nessas áreas ecotonais.

Material e métodosÁrea de estudo

A área de estudo está localizada no norte do estado do Tocan-tins no município de Araguaína, sendo esta o Campus da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal do Tocantins (EMVZ) (7°5’59.38”S, 48°12’2.40”W), com clima úmi-do variando entre 25 e 26º C, moderada deficiência hídrica e uma

precipitação média anual entre 1400 e 1700 mm (Seplan 2012). A área possui uma diversidade considerável de fitofisionomias que possibilitam ainda mais a ocorrência de uma grande variedade de espécies de aves, como: Mata de Galeria, Mata Ciliar, Campo Sujo, Mata de Terra Firme (Floresta Ombrófila), Alagados e áreas antró-picas como pastagens e as instalações prediais do Campus EMVZ.

MétodosO levantamento foi realizado durante os meses de junho de

2013 a janeiro de 2016, sendo realizadas caminhadas não sis-tematizadas em transectos aleatórios dentro do Campus da EMVZ, totalizando cerca de 16 km incluindo as trilhas já exis-tentes nos interiores das matas, as estradas que cortam o Campus e as bordas das matas incluídas dentro do perímetro estabelecido para o estudo (Figura 1), em visitas pela manhã, tarde e noite, não necessariamente no mesmo dia. Foram realizadas 68 visi-tas ao Campus, totalizando 430 horas de observação, quando as espécies observadas foram anotadas em cadernetas de campo. Foram utilizados binóculos Bushnell Falcon 10x50, câmeras fotográficas Canon SX50 HS e câmeras trap Bushnell 119636 e 119420CW. As aves avistadas durante visitas ao Campus da EMVZ para realização de outras atividades também foram ano-tadas, assim como também relatos por moradores das chácaras e fazendas vizinhas de espécies de aves que não constam na lista e que podem ocorrer no local.

ISSN 1981-8874

9 771981 887003 98100

Figura 1. Perímetro grifado em amarelo, para as trilhas percorridas na realização do presente estudo. Fonte: Google Hearth.

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A ordem sistemática e nomenclatura seguiram a Lista de Aves do Brasil do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (Piacentini et al. 2015). As identificações das guildas alimentares basearam-se em Sick (1997) e Telino-Junior et. al. (2005), sendo: onívoras (ON), aves que se alimentam de vertebrados, invertebrados e frutos; fru-gívoras (FR), aves com dieta que predomina os frutos; granívoras (GRA) aves com dieta a base de sementes; carnívoras (CA), aves que se alimentam de vertebrados, podendo se alimentar ocasional-mente de invertebrados; insetívoras (IN), aves que se alimentam predominantemente de insetos; herbívoras (HE), aves que se ali-mentam de vegetais; detritívoras (DET), aves que se alimentam de seres em decomposição; piscívoras (PI), aves que se alimentam predominantemente de peixes; malacófagas (MA), aves que se ali-mentam predominantemente de moluscos e nectívoras (NEC), aves com dietas predominantemente de néctar. Foram consideradas as dietas principais das aves, tendo em vista que em algumas espécies ocasionalmente ocorre uma alimentação complementar à habitual. A indicação das espécies ameaçadas de extinção seguiu a Red List IUCN (2012) e Ministério do Meio Ambiente (MMA 2014).

Resultado e discussãoForam registradas 235 espécies de aves (Tabela 1), sendo uma

diversidade alta, correspondendo a 37,4% das espécies já registra-das no estado, que é de 628 espécies (Dornas 2009). Considerando que a área da EMVZ é de 1110 ha, correspondendo a uma área de 0,004% do estado, este número poderá aumentar consideravelmen-te, pois até então somente 10 % do território tocantinense estaria minimamente amostrado ornitologicamente (Dornas et al. 2012).

As espécies registradas foram distribuídas em 23 ordens e 54 famílias, sendo as mais representativas: Thraupidae com 19 espé-cies e Tyrannidae com 15 espécies. Tyrannidae é uma das famílias mais representativas também na maioria dos estudos (e.g. Mota--Junior et al. 2008, Pinheiro et al. 2009, Franco & Prado 2012, Ponço et al. 2013, Lemos 2014), podendo ser porque é a família mais representativa em número de espécies no Brasil ou por ser uma família que, segundo Lemos (2014), ocupa os mais variados ambientes e condições ambientais, adaptando-se aos mesmos.

Houve registros de aves tanto endêmicas do Cerrado como en-dêmicas do bioma Amazônico, mostrando que realmente se trata de uma área de transição entre esses dois biomas, sendo ende-mismos do Cerrado: Penelope ochrogaster e Cercomacra ferdi-nandi (Stotz et al. 1996, Silva 1997) e endemismos amazônicos: Crypturellus cinereus, Crypturellus strigulosus, Cathartes me-lambrotus, Megascops usta, Bucco tamatia, Selenidera gouldii, Campephilus rubricollis, Pyrrhura amazonum, Myrmotherula menetriesii, Thamnophilus amazonicus, Hypocnemoides macu-licauda, Xiphorhynchus guttatus, Machaeropterus pyrocephalus, Xipholena lamellipennis, Granatellus pelzelni (Stotz et al. 1996).

Estrutura tróficaA estrutura trófica do Campus da EMVZ mostrou um predo-

mínio das aves insetívoras, com 37,4 % (N=88), seguidas pelas aves onívoras, com 23,4% (N=55). Resultados semelhantes fo-ram obtidos por Motta-Junior (1990), Franchin et. al. (2004), Telino-Júnior et al. (2005) Pinheiro et al. (2009), Ponço et. al. (2013) e Souza et. al. (2015). As aves frugívoras somaram 12,7 % (N=30), as aves carnívoras 8,5 % (N=20), as granívoras 6,8% (N=16), nectívoras 5,1 % (N=12), piscívoras e detritívoras 1,7% (N=4) em cada categoria, e as aves malacófagas e herbívoras também com 0,8% (N=2) em cada categoria.

O alto percentual das espécies insetívoras está relacionado com a fragmentação das matas do Campus da EMVZ, pois au-menta as bordas de matas e campos abertos e, consequentemen-te, a área de forrageamento dessas espécies. Segundo Almeida (1982) as espécies insetívoras são mais abundantes nas áreas an-tropizadas e as espécies onívoras nas preservadas. Pudemos ver no presente estudo que essa fragmentação das matas no Campus já está afetando a avifauna local.

Porém, o Campus da EMVZ ainda possui árvores frutíferas que comportam um percentual considerado de espécies frugívoras (N= 30), fornecendo também parte da alimentação de espécies onívoras de grande porte como Penelope superciliaris, Penelope ochrogas-ter, Ortalis superciliaris, Selenidera gouldii, Pteroglossus inscriptus, Ramphastos toco, Ramphastos tucanus e Ramphastos vitellinus.

Assim, a estrutura trófica, mesmo com o alto número de espécies insetívoras ainda se encontra equilibrada, com a presença de aves onívoras (N=55) de grande porte, aves de topo de cadeia represen-tadas pelas aves carnívoras, com maior número de representantes nas famílias Acciptridae (N=13) e Falconidae (N=8), como exem-plo: Urubitinga urubitinga, Heterospizias meridionalis, Buteo al-bonotatus, Micrastur mintoni, Micrastur semitorquatus. Também insetívoros de interior da mata de solo e sub-bosque como: Tham-nomanes caesius, Willisornis vidua e Formicarius colma.

Registros de nidificação e indícios de nidificação durante o estudoObservou-se a nidificação esporádica de 13 espécies de aves,

não tendo nenhuma delas sido acompanhadas a fundo. Portanto, devido à escassez de informações sobre o ninho de Willisornis vidua (rendadinho-do-xingu), apresentamos aqui maiores infor-mações sobre as medidas do mesmo, como também dos ovos e coloração destes.

Anhima cornuta (anhuma)Foi observado um indivíduo em outubro de 2013 no ninho,

onde posteriormente foi fotografado no mês de dezembro um fi-lhote. No mês de setembro de 2014 também foi registrado o ninho com apenas um ovo e no mês de fevereiro do presente ano foi registrado com quatro ovos. O ninho, o mesmo em todos os regis-tros citados acima, foi feito sobre as macrófitas presentes no lago próximo da entrada do Campus da EMVZ (Pascoal 2013a).

Laterallus viridis (sanã-castanha)Ninho registrado em 4/12/2013 (Figura 2) com a presença de

três ovos de coloração branca (Pascoal 2013b), construído em meio ao capim, utilizado pela ave para a confecção do ninho.

Figura 2. Ninho de Laterallus viridis. Foto: Wanieulli Pascoal.

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Anthracothorax nigricollis (beija-flor-de-veste-preta)Ninho registrado em 21/08/2013 em um galho seco, confec-

cionado com liquens e teia de aranha, onde foi observada a fê-mea chocando os ovos (Dantas 2013).

Monasa nigrifrons (chora-chuva-preto)Observou-se o casal fazendo guarda do ninho no dia

31/01/2015, sendo que os pais revezavam-se nesta tarefa. O ni-nho se localizava no chão em meio à serapilheira na borda da mata (Pascoal 2014a).

Chelidoptera tenebrosa (urubuzinho) Observou-se um ninho no chão em área aberta no meio das

gramíneas no dia 29/07/2013 (Pascoal 2013c), onde a movi-mentação dos adultos era constante, entrando e saindo do ni-nho.

Willisornis vidua (rendadinho-do-xingu)Ninho de difícil visualização foi registrado em 4/12/2013 em

meio a um alagado no interior da Mata de Galeria. Foi construído em forma de bolsa fixado a um arbusto a mais ou menos 60 cm da água (Figura 3). A ave utilizou gravetos, raízes e pequenas folhas para sua a confecção, que possuía as seguintes medidas: altura e largura da entrada com 5 cm ambas as medidas; altura de 15 cm; largura de 8 cm; circunferência central de 30 cm, circunferência da entrada de 18 cm e a profundidade de 9,5 cm (Figura 4). No ninho havia dois ovos de coloração marrom com manchas leve-mente rosadas, com tamanho aproximado de 1,8 cm (Figura 5) (Pascoal 2013d).

Machaeropterus pyrocephalus (uirapuru-cigarra)Observou-se uma fêmea construindo um ninho com gra-

vetos e raízes no dia 08/12/2013 há mais ou menos uns dois metros e meio do chão no interior da Mata de Galeria (Pas-coal 2013e).

Chiroxiphia pareola (tangará-príncipe) Foram encontrados vários ninhos durante o estudo, mas em

nenhum destes foram registrados ovos ou filhotes. Os ninhos fo-ram construídos com gravetos em uma altura variando entre 30 a 50 cm do solo em meio a Mata de Terra Firme (Pascoal 2013f). Também foram observados vários displays de acasalamento da espécie.

Tityra inquisitor (anambé-branco-de-bochecha-parda) Ninho construído em uma cavidade em um tronco de uma

árvore em meio às instalações prediais do Campus da EMVZ, a mais ou menos 7 metros do chão. Foi registrado no dia 20/09/2014 não sendo possível observar qual material era usado como forração pela dificuldade de acesso ao mesmo, sendo este bem defendido pelo casal, não permitindo apro-ximação.

Tolmomyias flaviventris (bico-chato-amarelo)Ninho observado no dia 29/10/2014, construído na extremi-

dade de um galho em forma de bolsa confeccionada com raí-zes e pequenos gravetos em área aberta de pastagem (Pascoal 2014b).

Megarynchus pitangua (neinei)Ninho registrado no dia 20/09/2014, com a presença de uma

ave adulta chocando em meio às instalações prediais do Campus da EMVZ. Confeccionado em forma de taça com gravetos e li-quens brancos (Pascoal 2014c).

Myiozetetes cayanensis (bentevizinho-de-asa-ferrugínea)Observou-se o casal na construção do ninho no dia 21/09/2014

onde os pais se revezavam nessa tarefa. O ninho foi confeccio-nado com gravetos, liquens brancos, raízes, linha de barbante, capim e pedaços de sacolas de plástico em meio às instalações prediais do Campus da EMVZ (Pascoal 2014d).

Figura 3. Ninho de Willisornis vidua em Mata de Galeria. Foto: Wanieulli Pascoal

Figura 5. Ovos de Willisornis vidua. Foto: Wanieulli Pascoal.

Figura 4. Medidas do ninho de Willisornis vidua. (A) Largura da entrada; (B) altura da entrada; (C) altura do ninho; (D) largura do ninho; (E) circunferên-cia central; (F) circunferência da entrada; (G) profundidade do ninho medida

por cima do mesmo. Desenho ilustrativo do ninho: Wanieulli Pascoal.

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Tangara sayaca (sanhaçu-cinzento) Observou-se no dia 20/09/2014 uma ave buscando gravetos

no bico e voando sempre para a mesma direção, indicando as-sim a construção de um ninho nas imediações das instalações prediais do Campus da EMVZ (Pascoal 2014e).

Espécies possíveis de serem encontradas segundo moradores da região

Duas espécies de aves não foram observadas por nós, mas a existência foi relatada por moradores das fazendas vizinhas, sen-do aves de difícil contato no estado e que merecem uma maior atenção em estudos futuros no Campus. A primeira delas é o jacamim (Psophia sp.), sendo provavelmente pela distribuição indicada na literatura a espécie Psophia interjecta, pois há re-gistro dela na porção amazônica do Tocantins (Bichinski 2014), onde o autor registrou cerca de 10 indivíduos no município de Pau d’Arco, município que faz divisa com o do atual estudo. A segunda espécie é o uru-corcovado (Odontophorus gujanensis), que também já foi registrado na porção amazônica tocantinense em Araguatins e Wanderlândia (Dornas et al. 2012), ambos no norte do estado; sua conservação no estado é preocupante, pois segundo os mesmos autores outras tentativas de detectar O. gu-janensis nos remanescentes ombrófilos da região do Bico do Pa-pagaio, localidade que se enquadra na Amazônia tocantinense, não obtiveram sucesso.

Registros relevantes para o TocantinsNo presente estudo encontramos espécies consideradas ame-

açadas e também com registros pontuais no Tocantins, como:

Tinamus tao (azulona) Espécie com poucos registros no Tocantins e ameaçada (IUCN

2012, MMA 2014), foi registrada através da vocalização no dia 21/09/2014 e posteriormente no dia 06/09/2015 a ave foi fotografa-da por câmera trap (Figura 6) (Pascoal 2015). Registros para o To-cantins são escassos, sendo os mais conhecidos: citado por Pinheiro et al. (2008) para a região de Palmas – TO, citado por Pinheiro & Dornas (2009a) para o Parque Estadual do Cantão, citado por Tava-res & Candeiro (2012) para o distrito de São Domingos, no muni-cípio de Itaguatins – TO, além de um para Couto Magalhães – TO, vocalização ouvida no final da tarde do dia 21/09/2015 em Floresta Ombrófila próximo ao Rio Barreiras (W.P. ob. pess.).

Crypturellus strigulosus (inhambu-relógio) Ave com vocalização escutada durante vários dias no decor-

rer do estudo, foi fotografada após playback (Pascoal 2014f) no dia 16/06/2014 (Figura 7) e filmada em câmera trap no dia 05/03/2015. De poucos registros para o TO, foi escutada em Floresta Ombrófila, ambiente semelhante ao do estudo, próximo ao Rio Barreiras em Couto Magalhães – TO, na manhã do dia 20/09/2015 (W.P. ob. pess.).

Penelope ochrogaster (jacu-de-barriga-castanha)Espécie com status de ameaçada (IUCN 2012, MMA 2014)

e endêmica do Cerrado (Silva 1997), foi observada um bando de cinco indivíduos no dia 25/07/2014, sendo possível o re-gistro fotográfico de um indivíduo (Pascoal 2014l) em área de pastagem e posteriormente voaram para a Mata de Galeria do córrego Água Amarela (Figura 8), sendo obtidos vários outros registros visuais e fotográficos em dias posteriores. No Campus da EMVZ também sofre ameaça com a presença de caçadores. No Tocantins sua distribuição é pontual, onde Pinheiro & Dor-nas (2009) citam uma grande população no Parque Estadual do Cantão, prováveis ocorrências em Wanderlândia e Santa Fé do Araguaia e também para a região central do estado em área de influência da UHE Luiz Eduardo Magalhães. Um registro tam-bém foi obtido visualmente em Porto Nacional – TO, no Morro São João (W.P. obs. pess.).

Figura 6. Tinamus tao fotografada em câmera trap. Crédito: Wanieulli Pascoal. Figura 8. Penelope ochrogaster. Foto: Wanieulli Pascoal.

Figura 7. Crypturellus strigulosus. Foto: Wanieulli Pascoal.

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Nyctidromus nigrescens (bacurau-de-lajeado)Espécie amazônica de poucos registros no estado foi registra-

da no dia 20/09/2014 (Figura 9) (Pascoal 2014h) em solo bem arenoso em borda da Mata de Terra Firme, tendo outros regis-tros dos presentes autores para a região de Pium – TO (Pascoal 2012), no Centro de Pesquisas Canguçu, Couto Magalhães (Pas-coal 2014g). Dornas et al. (2012) citam um registro para Wan-derlândia – TO, sendo que o mesmo também foi em solo arenoso e descreve que o local contraria a descrição típica de habitat da espécie apresentada por Sick (1997), que é local de lajedos ou rochas, onde o presente registro também não está de acordo com essa descrição típica.

Selenidera gouldii (saripoca-de-gould) Dornas et al. (2012) destaca a importância dos registros

dessa ave para o estado, sendo que sua ocorrência no TO são registros pontuais. O primeiro registro na área do Campus da EMVZ ocorreu no dia 07/12/2013, onde a mesma também foi registrada em outras ocasiões (Pascoal 2014i) no decorrer do estudo (Figura 10). Assim esse registro vem somar mais uma localidade importante para observação da espécie, pois não é difícil sua observação na área do Campus da EMVZ.

Micrastur mintoni (falcão-críptico)Falcão recentemente descoberto e de difícil observação; pou-

co se sabe sobre sua biologia e registros para o Tocantins são pontuais. Um indivíduo foi fotografado no dia 20/09/2014 (Fi-gura 11) (Pascoal 2014j) em um encontro ocasional e sua iden-tificação confirmada através de playback no dia posterior, onde respondeu bem e ainda se aproximou bastante deixando ser ob-servado e fotografado.

Cercomacra ferdinandi (chororó-de-goiás)Endemismo do Cerrado (Silva 1997) e ameaçado (IUCN

2012, MMA 2014) é uma ave com poucos estudos, pois algu-mas informações sobre sua biologia ainda são obscuras. Pre-sente em quase toda a área do Campus da EMVZ foi fotogra-fada no dia 30/07/2013 (Figura 12) (Pascoal 2013g) e depois observada ou escutada em quase todas as visitas realizadas. Como em todas as áreas de ocorrência da espécie a sua maior ameaça é a perda de habitat; no Campus essa ameaça também está presente.

Xipholena lamellipennis (bacacu-preto)Endemismo amazônico e com poucos registros no estado,

foi registrado em foto no dia 24/01/2016 (Figura 13) (Pascoal 2016). Um bando com três fêmeas cruzaram a trilha, mistura-das a um bando misto. Registros para o Tocantins são conhe-cidos apenas dois para o município de Wanderlândia, sendo um observado por Olmos et al. (2004) e o outro uma gravação da vocalização por Dornas (2012). Contudo, este é o segundo registro documentado da espécie para o estado.

Figura 9. Hydropsalis nigrescens. Foto: Wanieulli Pascoal.

Figura 10. Macho de Selenidera gouldii. Foto: Wanieulli Pascoal.

Figura 11. Micrastur mintoni. Foto: Wanieulli Pascoal.

Figura 12. Macho de Cercomacra ferdinandi. Foto: Wanieulli Pascoal.

Figura 13. Fêmea de Xipholena lamellipennis. Foto: Wanieulli Pascoal.

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Hemitriccus minimus (maria-mirim)Pinheiro & Dornas (2009b), destacam a importância dos re-

gistros mais orientais da espécie, sendo um feito por Olmos et al.(2004) mais ao norte do Tocantins e por eles no Parque Es-tadual do Cantão em abril de 2006. Contudo, o registro de H. minimus no Campus da EMVZ (figura 14) (Pascoal 2014k) vem somar com esses dois registros importantes, já que essa locali-zação se encontra entre os dois pontos citados por Pinheiro & Dornas (2009b).

Conclusão O número de espécies registradas até o momento (N=235), a

presença de endemismos para o Cerrado e o bioma Amazônico e aves ameaçadas de extinção, a presença de aves com registros pontuais no Tocantins e também os registros de nidificação den-tro dos limites do Campus da EMVZ, mostram a alta diversidade de aves e a importância da preservação local. Um levantamento mais detalhado se faz necessário no Campus da EMVZ, como a utilização de redes de neblina, uma sistematização na observa-ção e também a abertura de novas trilhas para observação nas áreas não estudadas, pois ainda há uma grande extensão de mata que não foi possível de ser amostrada e o número de espécies ainda não atingiu uma estabilidade, tendo em vista que a cada encontro o número de espécies aumentava na lista. Um estudo também mais detalhado das guildas alimentares se faz necessá-rio para um melhor entendimento do efeito da fragmentação das matas do Campus nas espécies ali presentes.

Este trabalho vem diminuir a lacuna existente no conhe-cimento ornitológico para essas áreas do ecótono Cerrado-

-Amazônia do estado que são carentes de estudo, servindo de estímulo para a realização de novos levantamentos de aves na região. Um bom manejo da área e maior fiscalização ambiental também se faz necessário para a preservação das espécies ali presentes, pois além do desmatamento já realizado, segundo professores do próprio Campus da EMVZ, há projetos para desmatar novas áreas e a pressão da caça é realidade no local, uma vez que durante os estudos ouviu-se barulho de disparo de armas de fogo e também registros de cachorros de caçadores nas câmeras trap (Figura 15).

AgradecimentosA Marco Aurélio Crozariol pela identificação de algumas es-

pécies e pelo incentivo na produção do trabalho, incentivo este também vindo de Yanna Fernanda, Jeane Almeida e Adriana Takako. A Vivian Sandoval por nos informar que as estruturas brancas presente nos ninhos de Megarynchus pitanguá e Myio-zetetes cayanensis se tratavam de liquens, a Eudallya Fonseca pelo companheirismo incondicional, a Jayne Barros, Leandro Alves, Adriano Câmara, Mirian Siebert, Dhouglas Victor e We-verton Sousa pelo companheirismo em alguns encontros e ao Sr. Pedro Getúlio por indicar as espécies possíveis de serem encon-tradas no Campus.

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Figura 14. Hemitriccus minimus. Foto: Wanieulli Pascoal.

Figura 15. Cachorros de caçadores. Foto extraída de vídeo de câmera trap. Crédito: Wanieulli Pascoal.

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1 Biólogo – Residente na Av. Tiradentes nº 1772 – Colinas do Tocantins – TO. E-mail: [email protected]

2 Acadêmico do curso de ciências biológicas, licenciatura – Campus da Universidade Federal do Tocantins – Araguaína – TO.

3 Acadêmica do curso de Ciências Biológicas, licenciatura – Campus da Universidade Federal

do Tocantins – Porto Nacional – TO. 4 Centro de Triagem de Animais Silvestres – CETAS / Tocantins.

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Tabela 1. Lista das espécies de aves registradas no Campus da EMVZ em Araguaína – Tocantins entre 2013 e 2015. Status, ameaça e endemismo – R = residente no Brasil, Vul = status de ameaça vulnerável pela IUCN (2012) e MMA (2014), E =

endêmico do Brasil, EnA = endêmico da Amazônia, EnC = endêmico do Cerrado.Dieta (Dieta alimentar) – ON = onívoro, FR = frugívoro, CA = carnívoro, IN = insetívoro, HE = herbívoro, DET = detritívoro, PI =

piscívoro, MA = malacófago, NEC = nectívoro, GRA = granívoro.Tipo de registro – f = fotográfico, ct = fotografado em câmera trap, c = canto não gravado, v = registro visual, cg = canto gravado. Os registros fotográficos (f), fotografado em câmera trap (ct) e canto gravado (cg) foram depositados na plataforma www.wikiaves.

com.br e citado aqui o código de registro.Família / Espécie Nome em Português (CBRO 2014) Tipo de registro / WikiAves Status / endemismo Dieta

Tinamidae Tinamus tao azulona ct / WA-1846925 R ONCrypturellus cinereus inambu-pixuna f / WA-1853428 R / EnA ONCrypturellus soui tururim f / WA-1849207 R ONCrypturellus undulatus jaó c R ONCrypturellus strigulosus inambu-relógio f / WA-1846926 R / EnA ONCrypturellus parvirostris inambu-chororó c R ONRhynchotus rufescens perdiz c R ONAnhimidae Anhima cornuta anhuma f / WA-1851868 R HEAnatidae Dendrocygna viduata irerê v R ONCairina moschata pato-do-mato v R ONCracidae Penelope superciliaris jacupemba ct / WA-1855935 R ONPenelope ochrogaster jacu-de-barriga-castanha f / WA-1846971 R, E / EnC ONOrtalis superciliaris aracuã-de-sobrancelhas v R, E ONCiconiidae Mycteria americana cabeça-seca f / WA-1850861 R PIArdeidae Tigrisoma lineatum socó-boi f / WA-1857297 R ONButorides striata socozinho v R ONBubulcus ibis garça-vaqueira f / WA-1855991 R INArdea alba garça-branca f / WA-1855957 R ONPilherodius pileatus garça-real f / WA-1855397 R ONEgretta thula garça-branca-pequena f / WA-1855959 R ONThreskiornithidae Mesembrinibis cayennensis coró-coró f / WA-1855448 R INTheristicus caudatus curicaca f / WA-1855395 R INCathartidae Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha f / WA-1861807 R DETCathartes melambrotus urubu-da-mata f / WA-1849204 R / EnA DETCoragyps atratus urubu f / WA-1855447 R DETSarcoramphus papa urubu-rei f / WA-1853466 R DETAccipitridaeChondrohierax uncinatus caracoleiro v R MAElanoides forficatus gavião-tesoura v R MAGampsonyx swainsonii gaviãozinho f / WA-1855973 R CAHarpagus bidentatus gavião-ripina f / WA-1852185 R CAIctinia plumbea sovi f / WA-1863968 R CARostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro f / WA-1855420 R MAHeterospizias meridionalis gavião-caboclo f / WA-1861863 R CAUrubitinga urubitinga gavião-preto f / WA-1849191 R CARupornis magnirostris gavião-carijó f / WA-1855396 R CAPseudastur albicollis gavião-branco f / WA-1849206 R CAButeo nitidus gavião-pedrês f / WA-1857217 R CAButeo brachyurus gavião-de-cauda-curta f / WA-1855446 R CAButeo albonotatus gavião-urubu f / WA-1850866 R CARallidaeAramides cajaneus saracura-três-potes f / WA-1857221 R ONLaterallus viridis sanã-castanha f / WA-1853427 R ON

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Família / Espécie Nome em Português (CBRO 2014) Tipo de registro / WikiAves Status / endemismo DietaCharadriidae Vanellus chilensis quero-quero v R ONJacanidae Jacana jacana jaçanã f / WA-1857303 R ONSternidae Phaetusa simplex trinta-réis-grande f / WA-1857215 R PIColumbidaeColumbina talpacoti rolinha f / WA-1857510 R GRAColumbina squammata fogo-apagou f / WA-1855938 R GRAClaravis pretiosa pararu-azul f / WA-1848189 R GRAColumba livia pombo-doméstico f / WA-1857219 R GRAPatagioenas speciosa pomba-trocal f / WA-1855955 R ONPatagioenas picazuro asa-branca v R ONPatagioenas subvinacea pomba-botafogo v R GRALeptotila verreauxi juriti-pupu f / WA-1858867 R ONLeptotila rufaxilla Juriti-de-testa-branca v R GRAGeotrygon montana pariri v R GRAOpisthocomidae Opisthocomus hoazin cigana f / WA-1849317 R HECuculidae Piaya cayana alma-de-gato f / WA-1853469 R INCoccyzus melacoryphus papa-lagarta f / WA-1848137 R ONCrotophaga major anu-coroca f / WA-1860885 R ONCrotophaga ani anu-preto f / WA-1857299 R INGuira guira anu-branco v R INDromococcyx phasianellus peixe-frito f / WA-1848187 R INDromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino c R INTytonidae Tyto furcata suindara v R CAStrigidaeMegascops choliba corujinha-do-mato f / WA-1850812 R CAMegascops usta corujinha-relógio f / WA-1846896 R / EnA CAAthene cunicularia coruja-buraqueira f / WA-1855418 R ONNyctibiidae Nyctibius griseus urutau v R INCaprimulgidaeNyctidromus nigrescens bacurau-de-lajeado f / WA-1848206 R INNyctidromus albicollis bacurau f / WA-1855974 R INHydropsalis parvula bacurau-chintã c R INApodidaeChaetura meridionalis andorinhão-do-temporal v R INTachornis squamata andorinhão-do-buriti v R INTrochilidaePhaethornis ruber rabo-branco-rubro f / WA-1850859 R NECPhaethornis pretrei rabo-branco-acanelado v R NECCampylopterus largipennis asa-de-sabre-cinza f / WA-1848125 R NECEupetomena macroura beija-flor-tesoura v R NECFlorisuga mellivora beija-flor-azul-de-rabo-branco f / WA-1847021 R NECAnthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta f / WA-1852186 R NECChrysolampis mosquitus beija-flor-vermelho f / WA-1857298 R NECThalurania furcata beija-flor-tesoura-verde f / WA-1857511 R NECHylocharis cyanus beija-flor-roxo f / WA-1846973 R NECAmazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca v R NECAmazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde v R NECHeliomaster longirostris bico-reto-cinzento f / WA-1849318 R NECTrogonidae Trogon melanurus surucuá-de-cauda-preta v R ONTrogon viridis surucuá-de-barriga-amarela f / WA-1850814 R ONTrogon ramonianus surucuá-pequeno f / WA-1849180 ON

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Família / Espécie Nome em Português (CBRO 2014) Tipo de registro / WikiAves Status / endemismo DietaAlcedinidae Megaceryle torquata martim-pescador-grande f / WA-1855475 R PIChloroceryle inda martim-pescador-da-mata f / WA-1855419 R PIMomotidae Momotus momota udu v R INGalbulidae Galbula ruficauda ariramba f / WA-1861874 R INBucconidaeNotharchus tectus macuru-pintado f / WA-1861872 R INBucco tamatia rapazinho-carijó f / WA-1849319 R / EnA INMonasa nigrifrons chora-chuva-preto f / WA-1857246 R INChelidoptera tenebrosa urubuzinho f / WA-1857509 R INRamphastidae Ramphastos toco tucanuçu v R ONRamphastos tucanus tucano-de-papo-branco f / WA-1855467 R ONRamphastos vitellinus tucano-de-bico-preto f / WA-1855394 R ONSelenidera gouldii saripoca-de-gould f / WA-1847049 R / EnA FRPteroglossus inscriptus araçari-de-bico-riscado f / WA-1849205 R FRPicidaeMelanerpes candidus pica-pau-branco f / WA-1855936 R INMelanerpes cruentatus benedito-de-testa-vermelha f / WA-1861805 R INVeniliornis affinis picapauzinho-avermelhado f / WA-1849192 R INColaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado f / WA-1860888Colaptes campestris pica-pau-do-campo v R INCeleus torquatus pica-pau-de-coleira f / WA-1848123 R INCeleus ochraceus pica-pau-ocráceo f / WA-1861806 R, E INCeleus flavus pica-pau-amarelo f / WA-1849181 R INDryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca f / WA-1855988 R INCampephilus rubricollis pica-pau-de-barriga-vermelha v R / EnA INFalconidae Caracara plancus carcará v R ONMilvago chimachima carrapateiro f / WA-1855468 R ONHerpetotheres cachinnans acauã f / WA-1855972 R CAMicrastur ruficollis falcão-caburé f / WA-1861871 R CAMicrastur mintoni falcão-criptico f / WA-1846893 R CAMicrastur semitorquatus falcão-relógio f / WA-1851610 R CAFalco sparverius quiriquiri f / WA-1855445 R CAFalco rufigularis cauré v R CAPsittacidaeDiopsittaca nobilis maracanã-pequena f / WA-1855469 R FRPsittacara leucophthalmus periquitão f / WA-1855937 R FRAratinga jandaya jandaia f / WA-1850816 R, E FREupsittula aurea periquito-rei f / WA-1861861 R FRPyrrhura amazonum tiriba-de-hellmayr f / WA-1849189 R, E / EnA FRForpus xanthopterygius tuim f / WA-1857248 R FRBrotogeris chiriri periquito-de-encontro-amarelo v R FRPionus menstruus maitaca-de-cabeça-azul v R FRAmazona amazonica curica f / WA-1850813 R FRAmazona ochrocephala papagaio-campeiro f / WA-1847051 R FRAmazona aestiva papagaio f / WA-1860887 R FRThamnophilidaeMyrmotherula axillaris choquinha-de-flanco-branco v R INMyrmotherula menetriesii choquinha-de-garganta-cinza f / WA-1846927 R / EnA INFormicivora grisea papa-formiga-pardo f / WA-1855989 R INThamnomanes caesius ipecuá f / WA-1846972 R INDysithamnus mentalis choquinha-lisa f / WA-1848198 R INHerpsilochmus atricapillus chorozinho-de-chapéu-preto v R INThamnophilus doliatus choca-barrada v R INThamnophilus stictocephalus choca-de-natterer f / WA-1848126 R INThamnophilus amazonicus choca-canela f / WA-1849153 R / EnA IN

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Família / Espécie Nome em Português (CBRO 2014) Tipo de registro / WikiAves Status / endemismo DietaTaraba major choró-boi f / WA-1861860 R INHypocnemoides maculicauda solta-asa f / WA-1850815 R / EnA INCercomacra ferdinandi chororó-de-goiás f / WA-1848197 R, E / EnC INWillisornis vidua rendadinho-do-xingu f / WA-1848188 R, E INFormicariidae Formicarius colma galinha-do-mato f / WA-1847018 R INDendrocolaptidae Dendrocincla fuliginosa arapaçu-pardo f / WA-1861831 R INSittasomus griseicapillus arapaçu-verde f / WA-1858864 R INXiphorhynchus guttatus arapaçu-de-garganta-amarela cg / WA-1862040 R / EnA INDendroplex picus arapaçu-de-bico-branco f / WA-1861823 R INXenopidae Xenops minutus bico-virado-miúdo f / WA-1857223 R INXenops rutilans bico-virado-carijó f / WA-1849158 R INFurnariidae Automolus rufipileatus barranqueiro-de-coroa-castanha cg / WA-1862038 R INPipridae Neopelma pallescens fruxu-do-cerradão f / WA-1855956 R INTyranneutes stolzmanni uirapuruzinho f / WA-1849178 R FRPipra fasciicauda uirapuru-laranja f / WA-1855939 R FRCeratopipra rubrocapilla cabeça-encarnada f / WA-1846974 R FRManacus manacus rendeira f / WA-1853465 R FRMachaeropterus pyrocephalus uirapuru-cigarra f / WA-1848201 R / EnA FRChiroxiphia pareola tangará-príncipe f / WA-1847050 R FRTityridae Schiffornis turdina flautim-marrom f / WA-1848138 R, E FRTityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda f / WA-1855444 R ONXenopsaris albinucha tijerila v R INCotingidae Querula purpurata anambé-una f / WA-1849179 R FRLipaugus vociferans cricrió f / WA-1847022 R FRProcnias averano araponga-do-nordeste c R ONXipholena lamellipennis bacacu-preto f / WA-1997370 R,E / EnA FRRhynchocyclidaeMionectes oleagineus abre-asa f / WA-1848190 R INLeptopogon amaurocephalus cabeçudo v R INCorythopis torquatus estalador-do-norte cg / WA-1862039 R INTolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta f / WA1863324 R INTolmomyias flaviventris bico-chato-amarelo f / WA-1850865 R INTodirostrum cinereum ferreirinho-relógio f / WA-1855992 R INPoecilotriccus sylvia ferreirinho-da-capoeira v R INMyiornis ecaudatus caçula f / WA-1848200 R INHemitriccus striaticollis sebinho-rajado-amarelo f / WA-1855470 R INHemitriccus minimus maria-mirim f / WA-1848135 R INTyrannidaeHirundinea ferruginea gibão-de-couro f / WA-1861804 R INInezia subflava amarelinho v R INTyrannulus elatus maria-te-viu v R FRAttila spadiceus capitão-de-saíra-amarelo f / WA-1848136 R INLegatus leucophaius bem-te-vi-pirata f / WA-1858881 INSirystes sibilator gritador f / WA-1855990 R INRhytipterna simplex vissiá f / WA-1848124 R INPitangus sulphuratus bem-te-vi v R ONPhilohydor lictor bentevizinho-do-brejo f / WA-1860886 R INMyiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado f / WA-1858869 R ONMegarynchus pitangua neinei f / WA-1853270 R ONMyiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea f R INTyrannus melancholicus suiriri f / WA-1857245 R INTyrannus savana tesourinha f / WA-1855415 R INEmpidonomus varius peitica f / WA-1864156 R IN

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Família / Espécie Nome em Português (CBRO 2014) Tipo de registro / WikiAves Status / endemismo DietaVireonidae Cyclarhis gujanensis pitiguari c R INHylophilus semicinereus verdinho-da-várzea f / WA-1847019 R INVireo chivi juruviara v R INHirundinidae Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora v R INProgne chalybea andorinha-grande f / WA-1858866 R INTroglodytidae Troglodytes musculus corruíra v R INPheugopedius genibarbis garrinchão-pai-avô v R INDonacobiidae Donacobius atricapilla japacanim f / WA-1861864 R INPolioptilidae Polioptila dumicola balança-rabo-de-máscara v R INTurdidae Turdus leucomelas sabiá-branco f / WA-1857485 R ONMimidae Mimus saturninus sabiá-do-campo f / WA-1855398 R INPasserellidae Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo f / WA-1855417 R GRAArremon taciturnus tico-tico-de-bico-preto v R INParulidae Basileuterus culicivorus pula-pula f / WA-1861862 R INMyiothlypis flaveola canário-do-mato f / WA-1857508 R INIcteridae Psarocolius decumanus japu v R FRCacicus cela xexéu v R ONIcterus cayanensis inhapim v R ONGnorimopsar chopi pássaro-preto v R ONChrysomus ruficapillus garibaldi v R ONMolothrus oryzivorus iraúna-grande f / WA-1853468 R ONMolothrus bonariensis chupim f / WA-1857249 R ONSturnella militaris polícia-inglesa-do-norte f / WA-1853467 R ONThraupidaeSchistochlamys melanopis sanhaço-de-coleira f / WA-1861873 R FRParoaria dominicana cardeal-do-nordeste f / WA-1861808 R, E GRATangara episcopus sanhaço-da-amazônia v R FRTangara sayaca sanhaço-cinzento f / WA-1853403 R ONTangara palmarum sanhaço-do-coqueiro v R ONConirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho f / WA-1850860 R INSicalis flaveola canário-da-terra f / WA-1860889 R GRAVolatinia jacarina tiziu v R GRALanio cristatus tiê-galo f / WA-1848199 R INRamphocelus carbo pipira-vermelha f / WA-1857247 R FRCyanerpes cyaneus saíra-beija-flor f / WA-1855976 R ONDacnis cayana saí-azul v R ONCoereba flaveola cambacica v R ONSporophila lineola bigodinho v R GRASporophila nigricollis baiano f / WA-1858863 R GRASporophila caerulescens coleirinho v R GRASporophila leucoptera chorão v R GRASporophila angolensis curió f / WA-1849209 R GRASaltator maximus tempera-viola v R ONCardinalidae Granatellus pelzelni polícia-do-mato f / WA-1849190 R / EnA INFringillidaeEuphonia chlorotica fim-fim f / WA-1855954 R FREuphonia violacea gaturamo f / WA-1855975 R FRPasseridae Passer domesticus pardal v R ON