levantamento de reconhecimento de baixa e média...

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Zoneamento Agroecológico do Estado de Alagoas Levantamento de Reconhecimento de Baixa e Média Intensidade dos Solos do Estado de Alagoas Relatório Técnico Recife, PE Novembro, 2012

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Zoneamento Agroecológico do Estado de Alagoas

Levantamento de Reconhecimento de Baixa e

Média Intensidade dos Solos do Estado de Alagoas

Relatório Técnico

Recife, PE

Novembro, 2012

ii

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Embrapa Solos

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento

Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário do Estado de Alagoas

Governo do Estado de Alagoas

Zoneamento Agroecológico do Estado de Alagoas

Levantamento de Reconhecimento de Baixa e

Média Intensidade dos Solos do Estado de Alagoas

Relatório Técnico

Convênios SEAGRI-AL / Embrapa Solos

Nos 10200.04/0126-6 e 10200.09/0134-5

Embrapa Solos

Recife, PE

2012

iii

Embrapa Solos

Chefe Geral

Maria de Lourdes Mendonça Santos Breffin

Chefe Adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Daniel Vidal Perez

Chefe Adjunto de Administração

Maria Aparecida Sanches Guedes

Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia

Denise Werneck de Paiva

Coordenador Técnico da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Recife:

José Carlos Pereira dos Santos

Governador do Estado de Alagoas

Teotônio Vilela Filho

Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário

José Marinho Júnior

Chefe de Gabinete

Etevaldo Amorim

Gestor do Convênio pela SEAGRI

José Manuel Ferreira dos Santos Lapa

iv

EQUIPE TÉCNICA

Estudo dos Solos

José Coelho de Araújo Filho

Elmo Clarck Gomes

Flávio Hugo Barreto Batista da Silva (in memoriam)

Manoel Batista de Oliveira Neto

Roberto da Boa Viagem Parahyba

Tony Jarbas Ferreira Cunha

Antonio Cabral Cavalcanti

José Carlos Pereira dos Santos

Ademar Barros da Silva

Osvaldo Ferreira Lopes

Aldo Pereira Leite

Maria Sonia Lopes da Silva

Mateus Rosas Ribeiro Filho

Luciano José de Oliveira Acciolly

Flávio Adriano Marques

André Júlio do Amaral

Paulo Cardoso de Lima

Caracterização climática e hidrológica

Alexandre Hugo Cézar Barros

Geoprocessamento

Davi Ferreira da Silva

Hilton Luis Ferraz da Silveira

João Cordeiro da Fonseca

Banco de dados de solos

Fábio Pereira Botelho

Colaboradores

Alexandre Ferreira do Nascimento (Embrapa Solos – UEP Recife)

Valdemir de Melo (Eng. Agrônomo - Consultor)

Estagiários e bolsistas

Adenilson Kerlisson Carvalho de Oliveira (UFRPE)

Andrea Maria Alves de Lucena (UFRPE)

Ana Carolina Santos Silva (UFRPE)

Arionaldo de Sá Júnior (UFRPE)

v

Álvaro Eugênio de França (UFRPE)

Camila Lucena Mota (UFPE)

Diógenes Vinícios do Nascimento (UFRPE)

Evanilson Paulino da Silva (UFRPE)

Eduardo Henrique Barros Lopes

Eudmar da Silva Alves (UFRPE)

Fábio Fernandes da Silva (UFPE)

Gabriela Ayane Chagas Felipe Santiago (UFPE)

Felipe José Tabosa de Souza Correia (UFPE)

Gustavo Magalhães Nunes Barbosa (UFRPE)

Gustavo de Oliveira Pimenta (UFRPE)

Igor Ferreira dos Santos (UFRPE)

Juliana Alves da Silva (UFRPE)

Leonardo Florêncio Rodrigues da Silva (UFRPE)

Ligia Albuquerque de Alcântara (UFPE)

Luciano Macedo Guimarães (UFPE)

Marcia Regane Oliveira Barros Carvalho Macedo (UFPE)

Nildson Rodrigues de França e Silva (UFRPE)

Paloma Kathe Bandow (UFRPE)

Rafael Rodrigues da Silva (UFRPE)

Ricardo Alexandre Irmão (UFRPE)

Sílvia Renata Honorato Melo de Oliveira (UFRPE)

Verônica Wilma Bezerra Azevedo (UFPE)

vi

SUMÁRIO

Página

RESUMO .......................................................................................................................... 14

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 15

1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA ........................................................... 15

1.1 – SITUAÇÃO, LIMITES E EXTENSÃO .............................................................. 15

1.2 – CLIMA ................................................................................................................... 16

1.2.1 Aspectos gerais .................................................................................................. 16

1.2.2 - Dados utilizados e métodos de estudo ...................................................... 19

1.2.3 - Variáveis climáticas ........................................................................................ 21

1.2.4 - Classificação climática ................................................................................... 29

1.3 – HIDROGRAFIA .................................................................................................... 35

1.4 - GEOLOGIA ............................................................................................................ 38

1.4.1 – Quaternário ...................................................................................................... 41

1.4.2 – Terciário ............................................................................................................ 43

1.4.3 - Cretáceo ............................................................................................................ 44

1.4.4 - Jurássico............................................................................................................ 44

1.4.5 - Carbonífero ....................................................................................................... 44

1.4.6 – Devoniano ........................................................................................................ 45

1.4.7 – Siluriano/Devoniano ....................................................................................... 45

1.4.8 – Pré-Cambriano ................................................................................................. 45

1.5 – GEOMORFOLOGIA E RELEVO......................................................................... 46

1.5.1 – Faixa Sedimentar Costeira ........................................................................... 47

1.5.2 – Modelados Cristalinos que antecedem a Borborema ............................. 49

1.5.3 – Planalto da Borborema .................................................................................. 50

1.5.4 – Superfícies de Pediplanação ........................................................................ 50

1.5.5 – Maciços Residuais e outros níveis elevados ............................................ 50

1.5.6 – Bacia do Jatobá .............................................................................................. 50

1.6 – VEGETAÇÃO ....................................................................................................... 51

1.6.1 - Floresta perenifólia de restinga .................................................................... 51

1.6.2 – Floresta perenifólia de várzea ...................................................................... 53

1.6.3 – Floresta subperenifólia .................................................................................. 53

1.6.4 – Floresta subcaducifólia ................................................................................. 53

1.6.5 – Floresta caducifólia ........................................................................................ 54

1.6.6 - Cerrados ............................................................................................................ 54

1.6.7 - Manguezais ....................................................................................................... 55

1.6.8 - Vegetação de transição ................................................................................. 55

1.6.9 - Caatingas ........................................................................................................... 56

1.6.10 - Campos e outras formações ...................................................................... 57

2. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 59

2.1 - TRABALHO DE CAMPO ..................................................................................... 59

2.2 - TRABALHO DE ESCRITÓRIO ............................................................................ 60

2.3 – MÉTODOS DE ANÁLISE DE SOLO ................................................................ 62

2.3.1 - Análises físicas................................................................................................. 62

vii

2.3.2 - Análises químicas ............................................................................................ 63

2.3.3 - Análises mineralógicas ................................................................................... 65

2.4 – SUBDIVISÃO DE CLASSES DE SOLOS E FASES EMPREGADAS .......... 65

3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 74

3.1 – CLASSES DE SOLOS E TIPOS DE TERRENO .............................................. 77

3.1.1 – Latossolos ........................................................................................................ 77

3.1.1.1 - Latossolos Amarelos ................................................................................... 80

3.1.1.2 - Latossolos Vermelho-Amarelos ................................................................ 83

3.1.1.3 - Latossolos Vermelhos ................................................................................. 85

3.1.1.4 - Latossolos Acinzentados ........................................................................... 87

3.1.2 – Nitossolos Vermelhos .................................................................................... 89

3.1.3 – Argissolos ......................................................................................................... 92

3.1.2.1 - Argissolos Amarelos ................................................................................... 94

3.1.2.2 - Argissolos Vermelho-Amarelos ................................................................ 97

3.1.2.3 - Argissolos Vermelhos ................................................................................. 99

3.1.2.4- Argissolos Acinzentados ........................................................................... 101

3.1.4 – Luvissolos ....................................................................................................... 103

3.1.5 – Chernossolos ................................................................................................. 107

3.1.6 – Cambissolos ................................................................................................... 112

3.1.7 – Plintossolos .................................................................................................... 117

3.1.8 – Planossolos .................................................................................................... 121

3.1.9 – Espodossolos ................................................................................................. 126

3.1.10 – Vertissolos ................................................................................................... 131

3.1.11 – Gleissolos ..................................................................................................... 135

3.1.12 – Neossolos .................................................................................................... 140

3.1.12.1 Neossolos Litólicos .................................................................................... 142

3.1.12.2 Neossolos Flúvicos .................................................................................... 145

3.1.12.3 Neossolos Regolíticos ............................................................................... 146

3.1.12.4 Neossolos Quartzarênicos ....................................................................... 148

3.1.14 - Organossolos ............................................................................................... 150

3.1.13 – Solos Indiscriminados de Mangues ....................................................... 155

3.1.14 – Tipos de Terreno ........................................................................................ 157

3.2 – UNIDADES DE MAPEAMENTO E SOLOS COMPONENTES ................... 158

3.3 – LEGENDA DE SOLO ......................................................................................... 168

3.4 – MAPAS DE SOLOS E APLICAÇÕES ............................................................ 229

4 – CONCLUSÕES ...................................................................................................... 230

5 – BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 231

Anexo 1 ......................................................................................................................... 236

Anexo 2 ......................................................................................................................... 237

Anexo 3 ......................................................................................................................... 238

viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1.1 - Aspectos geológicos do Estado de Alagoas e solos correlacionados . 38

Tabela 3.1 - Solos e tipos de terreno mapeados no Estado de Alagoas ............... 75

Tabela 3.2 - Unidades de mapeamento, extensão e localização no mapa de solos do

Estado de Alagoas ...................................................................................... 159

ix

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 - Localização do Estado de Alagoas na região Nordeste do Brasil. ....... 16

Figura1.2 - Sistemas meteorológicos que provocam chuvas na região Nordeste. .. 19

Figura 1.3 - Distribuição dos postos pluviométricos no Estado de Alagoas. .......... 21

Figura 1.4 - Precipitação pluviométrica média anual no Estado de Alagoas. ......... 23

Figura 1.5 - Temperatura média anual do ar no Estado de Alagoas. .................... 24

Figura 1.6 - Temperatura média máxima anual do ar no Estado de Alagoas. ........ 25

Figura 1.7 - Temperatura média mínima anual do ar no Estado de Alagoas. ......... 25

Figura 1.8 - Índice efetivo de umidade no Estado de Alagoas. ............................ 26

Figura 1.9 - Evapotranspiração potencial anual no Estado de Alagoas. ................ 27

Figura 1.10 - Total de excedente hídrico anual no Estado de Alagoas. ................ 28

Figura 1.11- Total de deficiência hídrica anual no Estado de Alagoas. ................. 29

Figura 1.12 - Classificação climática de Gaussen no Estado de Alagoas. ............. 32

Figura 1.13 - Classificação climática de Köppen no Estado de Alagoas. .............. 33

Figura 1.14 - Classificação climática de Thornthwaite no Estado de Alagoas. ...... 35

Figura 1.15 - Regiões Hidrográficas do Estado de Alagoas. ............................... 37

Figura 1.16 – Níveis altimétricos com a idéia do relevo do Estado de Alagoas. .... 47

Figura 3.1 - Mapa dos solos dominantes no Estado de Alagoas. ......................... 77

Figura 3.2 – Ambientes onde dominam Latossolos no Estado de Alagoas............ 79

Figura 3.3 - Conteúdo de argila nas diferentes classes de Latossolos no Estado de

Alagoas. ..................................................................................................... 80

Figura 3.4 - Principais atributos químicos da classe dos Latossolos no Estado de

Alagoas ...................................................................................................... 81

Figura 3.5 - Latossolo Amarelo Distrocoeso típico. ........................................... 82

Figura 3.6 - Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico típico. ................................. 84

x

Figura 3.7 - Latossolo Vermelho Eutrófico típico. ............................................. 86

Figura 3.8 – Latossolo Acinzentado sem sinais de restrição de drenagem. ........... 88

Figura 3.9 - Ambientes onde ocorrem Nitossolos Vermelhos latossólicos no Estado

de Alagoas. ................................................................................................. 90

Figura 3.10 - Nitossolo Vermelho Eutrófico realçando a cerosidade entre 50 cm e

100 cm de profundidade. .............................................................................. 91

Figura 3.11 - Ambientes onde dominam Argissolos no Estado de Alagoas ........... 93

Figura 3.12 – Conteúdo de argila nas diferentes classes de Argissolos no Estado de

Alagoas ...................................................................................................... 94

Figura 3.13 - Principais atributos químicos da classe dos Argissolos no Estado de

Alagoas ...................................................................................................... 95

Figura 3.14 - Argissolo Amarelo Distrocoeso fragipânico. .................................. 96

Figura 3.15 - Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico. .............................. 98

Figura 3.16 - Argissolo Vermelho Eutrófico cambissólico. ................................ 100

Figura 3.17 - Argissolo Acinzentado Distrocoeso fragipânico. .......................... 102

Figura 3.18 - Ambientes onde dominam Luvissolos Crômicos no Estado de Alagoas.

................................................................................................................ 104

Figura 3.19 – Luvissolo Crômico Órtico vertissólico........................................ 105

Figura 3.20 - Conteúdo de argila na classe dos Luvissolos Crômicos no Estado de

Alagoas .................................................................................................... 105

Figura 3.21 - Principais atributos químicos da classe dos Luvissolos no Estado de

Alagoas .................................................................................................... 106

Figura 3.22 – Ambientes onde ocorrem Chernossolos no Estado de Alagoas. .... 108

Figura 3.23 – Chernossolo Argilúvico Órtico típico. ........................................ 109

Figura 3.24 – Conteúdo de argila na classe dos Chernossolos no Estado de Alagoas

. ............................................................................................................... 110

Figura 3.25 - Principais atributos químicos da classe dos Chernossolos Háplicos no

Estado de Alagoas. ..................................................................................... 111

Figura 3.26 - Ambientes onde dominam Cambissolos no Estado de Alagoas. ..... 113

xi

Figura 3 27 - Cambissolo Háplico Tb Eutrófico típico. ..................................... 114

Figura 3 28 - Conteúdo de argila na classe dos Cambissolos no Estado de Alagoas..

................................................................................................................ 114

Figura 3.29 - Principais atributos químicos da classe dos Cambissolos no Estado de

Alagoas .................................................................................................... 116

Figura 3.30 - Ambientes onde ocorrem Plintossolos no Estado de Alagoas. ....... 118

Figura 3.31 - Plintossolo Pétrico Concrecionário. ............................................ 119

Figura 3.32 - Conteúdo de argila na classe dos Plintossolos Pétricos no Estado de

Alagoas. ................................................................................................... 119

Figura 3.33 - Principais atributos químicos da classe dos Plintossolos Pétricos no

Estado de Alagoas. ..................................................................................... 120

Figura 3.34 - Ambientes onde dominam Planossolos no Estado de Alagoas. ...... 122

Figura 3.35 - Planossolo Háplico Eutrófico típico. ........................................... 123

Figura 3.36 - Conteúdo de argila na classe dos Planossolos no Estado de Alagoas..

................................................................................................................ 124

Figura 3.37 - Principais atributos químicos da classe dos Planossolos no Estado de

Alagoas .................................................................................................... 125

Figura 3.38 - Ambientes onde dominam Espodossolos no Estado de Alagoas. ... 127

Figura 3.39 – Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico. ................................ 128

Figura 3.40 – Conteúdo de argila na classe dos Espodossolos no Estado de Alagoas

................................................................................................................ 129

Figura 3 41 - Principais atributos químicos da classe dos Espodossolos no Estado

de Alagoas. ............................................................................................... 130

Figura 3.42 - Ambientes onde ocorrem Vertissolos no Estado de Alagoas. ........ 132

Figura 3.43 – Vertissolo Háplico Órtico típico. ............................................... 133

Figura 3.44 – Conteúdo de argila na classe dos Vertissolos no Estado de Alagoas..

................................................................................................................ 133

Figura 3.45 – Principais atributos químicos da classe dos Vertissolos no Estado de

Alagoas .................................................................................................... 135

xii

Figura 3.46 – Ambientes onde dominam Gleissolos no Estado de Alagoas. ....... 136

Figura 3.47 – Gleissolo Háplico Tb Distrófico típico. ....................................... 137

Figura 3.48 – Conteúdo de argila na classe dos Gleissolos no Estado de Alagoas..

................................................................................................................ 138

Figura 3.49 - Principais atributos químicos da classe dos Gleissolos no Estado de

Alagoas .................................................................................................... 139

Figura 3.50 – Ambientes onde dominam Neossolos no Estado de Alagoas ........ 141

Figura 3 51 – Conteúdo de argila nas diferentes classes de Neossolos no Estado de

Alagoas .................................................................................................... 142

Figura 3.52 – Principais atributos químicos da classe dos Neossolos no Estado de

Alagoas. ................................................................................................... 143

Figura 3.53 – Neossolo Litólico Eutrófico típico. ............................................ 144

Figura 3.54 – Neossolo Flúvico Ta Eutrófico solódico. .................................... 146

Figura 3.55 – Neossolo Regolítico Eutrófico típico. ......................................... 147

Figura 3.56 – Neossolo Quartzarênico Órtico típico. ....................................... 149

Figura 3.57 - Ambientes onde dominam Organossolos no Estado de Alagoas. ... 151

Figura 3.58 – Organossolo Tiomórfico Sáprico térrico. .................................... 152

Figura 3 59 – Conteúdo de argila em Organossolos do Estado de Alagoas. ....... 153

Figura 3.60 – Principais atributos químicos da classe dos Organossolos no Estado

de Alagoas.. .............................................................................................. 154

Figura 3.61 – Ambientes onde dominam solos de mangue no Estado de Alagoas.

................................................................................................................ 156

Figura 3.62 – Solos indiscriminados de mangue. ............................................ 156

Figura 3.63 – Tipo de terreno constituído por afloramentos rochosos. .............. 158

13

APRESENTAÇÃO

As diferentes paisagens que integram o Estado de Alagoas apresentam uma

grande variabilidade na distribuição dos solos, em especial no ambiente semiárido.

Esse fato é uma consequência direta da influência dos fatores de formação dos

solos, que envolvem o clima, o material de origem (geologia), os organismos, o

relevo e o tempo.

Partindo-se da zona úmida costeira em direção ao semiárido, nota-se uma

forte influência das elevadas precipitações pluviométricas e temperaturas na zona

mais úmida, determinando a formação de solos mais profundos e pobres em

nutrientes, em comparação com os do ambiente semiárido. À medida que se

adentra para os ambientes mais secos do estado (Agreste e Sertão), percebe-se

com clareza a diminuição da influência do fator clima na formação dos solos,

enquanto que, no sentido oposto, o material de origem (geologia) gradativamente

aumenta sua importância, passando a ser o fator determinístico na natureza e

propriedade dos solos. Nessas condições, passam a predominar solos mais rasos e

ricos em bases, guardando uma estreita relação de suas características com o

material de origem. Por isso, o arranjamento dos solos no semiárido se torna tanto

mais complexo quanto forem as variações do material de origem dos mesmos.

Visando a entender a natureza morfológica, física, química, taxonômica e,

principalmente, a distribuição espacial dos solos nas diferentes paisagens, foi

realizado o Levantamento de Reconhecimento de Baixa e Média Intensidade dos

Solos, do Estado de Alagoas, na escala 1:100.000. Este estudo representa um

esforço conjunto da Embrapa Solos e do Governo do Estado de Alagoas para

viabilizar o mapeamento sistemático dos solos de todo o território alagoano. O

trabalho teve como objetivo principal gerar e disponibilizar informações para a

elaboração do Zoneamento Agroecológico do Estado de Alagoas (ZAAL) visando ao

planejamento de uso, manejo e conservação das terras com critérios de

sustentabilidade, mas numa perspectiva de escala estadual.

Nas diversas etapas do trabalho, procurou-se utilizar as mais modernas

tecnologias atualmente disponíveis para levantamentos pedológicos, com ênfase no

uso das geotecnologias aplicadas ao mapeamento de solos.

O presente trabalho é composto por um relatório técnico explicativo sobre as

diferentes classes de solos mapeadas e por 19 (dezenove) cartas de solos que

integram a superfície do estado, na escala 1:100.000.

José Carlos Pereira dos Santos

Coordenador da Embrapa Solos - UEP Recife

14

LEVANTAMENTO DE RECONHECIMENTO DE BAIXA E MÉDIA INTENSIDADE

DOS SOLOS DO ESTADO DE ALAGOAS

RESUMO

Os estudos de solos foram desenvolvidos em nível de reconhecimento de

baixa e média intensidade, escala 1:100.000, cobrindo toda superfície do Estado

de Alagoas, com aproximadamente 27.767 km2. Os trabalhos foram realizados por

meio da parceria entre a Embrapa Solos – UEP Recife e o Governo do Estado de

Alagoas. O objetivo principal foi gerar dados para dar suporte à elaboração do

Zoneamento Agroecológico do Estado. A metodologia do levantamento pedológico

seguiu as normas do então Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de

Solos (SNLCS), atual Centro Nacional de Pesquisa de Solos (CNPS). Os resultados

indicam que os solos de maior expressão geográfica são os Argissolos, ocupando

cerca de um terço da área do Estado com 9.566 km2 (34,4%). Em seguida

destacam-se os Neossolos totalizando 6.983 km2 (25,1%), os Planossolos 4.313

km2 (15,5%) e os Latossolos 2.826 km2 (10,2%). Em baixas proporções têm-se os

Gleissolos que somam 1.075 km2 (3,9%), os Luvissolos 850 km2 (3,1%) e os

Cambissolos 517 km2 (1,9%). Em muito baixas proporções ocorrem os

Espodossolos ocupando 242 km2 (0,9%), os solos de mangue 67 km2 (0,2%), os

Nitossolos 61 km2 (0,2%), os Organossolos 56 km2 (0,2%), os Chernossolos

30km2 (0,1%), os Plintossolos 25 km2 (0,1%) e os Vertissolos 12 km2 (<0,1%).

Entre os tipos de terrenos, destacam-se os afloramentos de rocha somando 569

km2 (2,0%). Em menores proporções as áreas urbanas somam 203 km2 (0,7%), as

águas internas 334 km2 (1,2%) e as dunas móveis 37 km2 (0,1%). Foram

elaborados 19 mapas de solos na escala 1:100.000 e um mapa síntese na escala

1:250.00. Destaca-se que na interface da zona úmida costeira com o semiárido

ocorrem domínios importantes de solos vermelhos, notadamente Latossolos e

Argissolos, possivelmente com as melhores características para atividades

agropecuárias no Estado.

Termos de indexação: solos de Alagoas, relações solo-paisagem,

levantamento de solos.

15

INTRODUÇÃO

Este trabalho refere-se ao levantamento de reconhecimento de baixa e média

intensidade dos solos do Estado de Alagoas na escala 1:100.000, executado pela

Embrapa Solos – UEP Recife, em parceria com o Governo do Estado de Alagoas.

Os trabalhos do levantamento de solos foram realizados visando gerar informações

básicas para dar suporte à elaboração do "Zoneamento Agroecológico de Alagoas"

(ZAAL). O objetivo central do estudo foi gerar e disponibilizar dados qualitativos e

quantitativos para caracterização, classificação e cartografia de solos em toda

superfície do Estado. Em conformidade com o objetivo, buscou-se o conhecimento

dos solos e da sua variabilidade espacial levando em conta certos fatores

intrínsecos aos solos assim como aqueles relativos às condições ambientais que

podem afetar positiva ou negativamente o uso dos solos para os diversos fins.

Assim foram mapeados aspectos como textura, profundidade efetiva, drenagem,

horizontes cimentados, horizontes concrecionários, horizontes coesos,

pedregosidade, rochosidade, erosão, saturação por bases, saturação por alumínio,

saturação por sódio, níveis de salinidade, fases de relevo e de vegetação, tipos de

horizonte superficial, classes de solos, material de origem, entre outros.

A metodologia utilizada para execução deste trabalho foi a desenvolvida e

adotada pelo então Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos,

atual Centro Nacional de Pesquisa de Solos da Embrapa. Do ponto de vista

cartográfico, este estudo oferece mais detalhes que o levantamento realizado

anteriormente na escala de 1:400.000 (EMBRAPA, 1975). Mesmo assim, espera-se

que sejam realizados mapeamentos em escalas maiores, especialmente nos

ambientes com maior potencial, por exemplo, para o desenvolvimento de

agricultura irrigada. Como resultado dos estudos pedológicos foram elaborados 19

mapas de solos na escala 1:100.000, um mapa síntese na escala 1:250.00, e o

presente relatório técnico. As informações contidas neste trabalho são relevantes

para elaboração de diagnósticos e prognósticos visando uso, manejo e conservação

das terras com critérios de sustentabilidade numa perspectiva da escala estadual.

1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA

1.1 – SITUAÇÃO, LIMITES E EXTENSÃO

O Estado de Alagoas está situado na região Nordeste do Brasil,

abrangendo uma área aproximada de 27.767 km2 (IBGE Resolução nº 5 de 10 de

outubro de 2002), representando 0,33% do território nacional. Localiza-se entre os

paralelos 8o48’12” e 10o29’12” de Latitude Sul e entre os meridianos 35o09’36” e

16

38o13’54” de Longitude a Oeste de Greenwich. Limita-se ao Norte e Oeste com o

Estado de Pernambuco, ao Sul com os Estados de Sergipe e Bahia e a Leste com o

Oceano Atlântico (Figura 1.1). Possui 339 km na direção Leste-Oeste e 186 km na

direção Norte-Sul.

O Estado de Alagoas está dividido em 102 municípios, dos quais os mais

populosos são: Maceió (capital), Arapiraca, Palmeira dos Índios, Rio Largo, Penedo,

União dos Palmares, São Miguel dos Campos, Santana do Ipanema, Delmiro

Gouveia, Coruripe, Marechal Deodoro e Campo Alegre. Segundo o IBGE (censo

demográfico 2010), o Estado possui uma população residente de 3.120.500

pessoas, com densidade de 112 habitantes km-2

(http://www.ibge.gov.br/estadosat). Ainda conforme o IBGE, o Estado desdobra-se

em três mesorregiões, que são: Leste (Litoral + Mata), Agreste e Sertão.

Figura 1.1 - Localização do Estado de Alagoas na região Nordeste do Brasil.

1.2 – CLIMA

1.2.1 Aspectos gerais

Na região Nordeste do Brasil uma de suas características principais é a

ocorrência do clima semiárido associado a uma vegetação xerófita em cerca de

17

50% do seu território. Esse clima caracteriza-se pela irregularidade do regime de

chuvas, tanto espacial quanto temporal, que se destaca nas regiões do Agreste e

do Sertão. Estudos sobre o clima indicam que fenômenos do tipo El Niño -

Oscilação Sul (ENOS) e circulação geral da atmosfera seriam os responsáveis pela

ocorrência de baixos totais pluviométricos (REBOITA, 2010; CLIMANÁLISE, 1986).

Em distintas regiões do Nordeste do Brasil, a pluviometria pode ser

identificada conforme seu período chuvoso. Assim, tem-se o regime do norte, com

chuvas máximas no período fevereiro-março-abril; o regime do sul, com chuvas

máximas no período novembro-dezembro-janeiro; e grande parte da região Agreste

e Litoral, com chuvas máximas no período maio-junho-julho.

O Estado de Alagoas, em função do seu posicionamento na Região Nordeste,

entre os meridianos 35º 09’ W e 38º 13’ W e os paralelos 8º 48’S e 10º 29’S, tem

como principais características climáticas as irregularidades da precipitação

pluviométrica e a pouca variação sazonal na radiação solar, no fotoperíodo e na

temperatura do ar.

A proximidade da linha do equador é um fator natural que condiciona um

número elevado de horas de sol por ano e índices acentuados de

evapotranspiração, em função da incidência perpendicular dos raios solares sobre a

superfície do solo. Por isso, o total médio de evapotranspiração potencial estimado

do litoral ao sertão varia entre 1.000 mm ano-1 e 1.600 mm ano-1, respectivamente

(SUASSUNA, 2007).

O regime de chuvas do Estado está diretamente relacionado com as

configurações da circulação atmosférica e oceânica em grande escala sobre os

trópicos, dentre os quais se destacam a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT);

os Sistemas Frontais (SF), alimentados pela umidade do Atlântico Sul, que definem

a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS); as ondas de Leste, que são

agrupamentos de nuvens que se movem no Atlântico, de leste para oeste; e dos

Ventos Alísios de Nordeste e Sudeste (Figura 1.2). Além disso, Alagoas está sob a

influência de sistemas meteorológicos que organizam a convecção em escala

sinótica, os quais interagem entre si, tais como os vórtices ciclônicos de altos

níveis que provocam precipitação durante a primavera, verão e outono (setembro a

abril), com ocorrência máxima no mês de janeiro (KOUSKY e GAN, 1981) e a

oscilação 30-60 dias ou oscilação de Madden-Julian (KOUSKY e KAYANO, 1994).

Na mesoescala têm-se os complexos convectivos e as brisas marítimas e

terrestres que influenciam todas as sub-regiões, além das circulações orográficas e

pequenas células convectivas que constituem os fenômenos de microescala

(MOLION e BERNARDO, 2002). As regiões costeiras sofrem muita influência da

18

circulação local das brisas marítimas e terrestres devido ao gradiente horizontal de

pressão provocado pelo contraste de temperatura diária entre o continente e o

oceano. Essa circulação tem uma importante influência para amenizar a alta

temperatura do ar diária e distribuir umidade para o interior do continente,

provocando chuvas esporádicas durante todo o período do ano.

A posição dos tabuleiros costeiros do Estado facilita a penetração das brisas

terrestres e marítimas, que influenciam as chuvas na porção Leste, em uma faixa

de até 200 km da linha da costa. As chuvas podem penetrar até a região do

Agreste nas encostas do Planalto da Borborema em transição com a zona da mata

e podem ocorrer durante todo o ano. Entretanto, são mais observadas no

outono/inverno quando produzem chuvas fracas a moderadas. O Agreste, sendo

uma região intermediária entre a Mata e o Sertão, apresenta características

intermediárias entre estas zonas (MELO, 1980).

Em todo o Estado não há grandes oscilações na temperatura média do ar,

variando, no litoral, entre 23 e 28°C, e no Sertão, entre 17 e 33°C. De acordo

com Niner (1989), as condições térmicas da região Nordeste, de forma geral, não

possuem importantes variações no decorrer do ano e sua variabilidade é pouco

significativa. Nas áreas de altitudes mais elevadas, em contato com as encostas do

Planalto da Borborema e mais expostas aos ventos de Sudeste, as temperaturas

médias do ar são mais amenas, em torno de 21º C a 23º C.

Deve-se destacar ainda que a maior parte da zona da mata norte de Alagoas

tem como traço característico a predominância de morros e colinas cujas altitudes

variam, em média, de 20 m a mais de 500 m. Esse aspecto do relevo é um dos

fatores que influencia na média anual da umidade relativa do ar, com valor em

torno de 70%.

De acordo com a classificação de Köppen, toda a metade oriental do Estado

possui clima do tipo As’, isto é, tropical quente com chuvas de outono/inverno,

com precipitação pluviométrica entre 1.000 a 1.500 mm. Porém, parte da zona da

mata norte, próximo à divisa com o estado de Pernambuco, possui clima Ams’,

tropical com chuvas de outono a inverno e médias pluviométricas anuais entre

1.500 mm a 2.200 mm. Por outro lado, a metade ocidental do Estado, que

corresponde ao Agreste e o Sertão, apresenta condições semiáridas, com clima

BSh, isto é, seco e quente, com precipitação pluviométrica no Sertão de 400 mm a

600 mm e no Agreste de 600 mm a 900 mm.

19

Figura1.2 - Sistemas meteorológicos que provocam chuvas na região Nordeste.

Detalhe, em verde, do Estado de Alagoas. Fonte: Adaptado de Nobre (1986) e

Molion e Bernardo (2002).

1.2.2 - Dados utilizados e métodos de estudo

Para Estado de Alagoas estão disponíveis apenas totais mensais de

precipitação de postos pluviométricos (PAZ, 1990), médias mensais de temperatura

para alguns aeroportos (DRA, 1967) e algumas estações meteorológicas e postos

termopluviométricos (SUDENE, 1963; ELLIS e VALENÇA, 1982). A baixa

concentração espacial de locais com registros de temperatura do ar no Estado é

uma limitação que restringe o cálculo do balanço hídrico climatológico de algumas

localidades.

Para contornar esse problema, foi necessário estimar as médias mensais de

temperatura do ar naqueles locais onde apenas se dispunham de dados de chuva.

Nessa estimativa foram utilizados os valores médios mensais disponíveis em

Alagoas e nos estados vizinhos, considerando as normais climatológicas fornecidas

pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), pelo Núcleo de Meteorologia e

Recursos Hídricos de Alagoas (NMRH/AL) e pela Superintendência do

Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).

20

No sentido de assegurar maior confiabilidade aos resultados, suprimiram-se

todos os valores considerados pela SUDENE como “duvidosos” ou “estimados”.

Também foram eliminados aqueles indicados como “homogeneizados”, por se

tratarem de valores interpolados e que, portanto, tendem a reduzir a variância das

séries (introduzindo uma suavização).

No processamento foram considerados apenas postos pluviométricos com 20

ou mais anos de registros completos. Foram também incluídos os dados

pertencentes a postos de outros estados, situados nas vizinhanças do limite com

Alagoas. Para cobrir as regiões do Estado que apresentaram ausência de dados de

temperaturas, foi utilizado o modelo de regressão múltipla quadrática para estimar a

temperatura média mensal do ar (Tm) em cada mês (m = 1, 2, 3...12) e a anual

(m=13), tomando-se a latitude (), a longitude () e a altitude () como variáveis

independentes, conforme a seguinte equação:

Tm = Am + Bm + Cm + Dm + Em2 + Fm2 + Gm2 + Hm + Im + Jm. Eq. 1

Os coeficientes mensais ou anual Am, Bm, ... Jm, da equação, foram

determinados pelo método dos mínimos quadrados dos desvios. Por meio dessa

equação o pior erro padrão da estimativa das temperaturas médias mensais foi

inferior a 1oC. Na figura 1.3 consta a distribuição dos postos pluviométricos

utilizados nos estudos agroclimatológicos.

A partir de dados de precipitação e temperatura do ar, foi calculado o

balanço hídrico climatológico (BHC), proposto por Thornthwaite e Mather (1957),

para cada posto pluviométrico. O balanço hídrico é a contabilidade de entrada e

saída de água no solo. Sua interpretação permite obter informações de ganho e

perda e armazenamento de água no solo.

A partir dos balanços hídricos foram elaboradas cartas correspondentes às

temperaturas do ar mínima, média e máxima; isoietas médias anuais dos totais

pluviométricos, isolinhas de deficiência e excedente hídrico, e ainda, a estimativa

do índice efetivo de umidade e a classificação climática.

21

Figura 1.3 - Distribuição dos postos pluviométricos no Estado de Alagoas.

As análises foram feitas considerando toda superfície do Estado de Alagoas,

uma vez que o clima exerce influência sobre todos os estágios da cadeia de

produção agrícola, incluindo o preparo do solo, a semeadura, o crescimento e

desenvolvimento das culturas, a colheita, o armazenamento, o transporte e a

comercialização. De fato, todos os processos relacionados à produção agrícola

apresentam um determinado limite climático para que a produção seja econômica e

sustentável. Além disso, compreender o clima propicia entender aptidões para as

mais diversas formas de uso e manejo da terra nas distintas regiões do Estado.

1.2.3 - Variáveis climáticas

Precipitação pluviométrica

A água desempenha um papel importante na produção agropecuária. A

umidade do solo é a fonte de água para o cultivo e seu estado no solo é controlado

pelo tipo de solo e pela precipitação pluviométrica.

No Estado de Alagoas as médias pluviométricas anuais variam de 2.000 mm,

no Litoral, a 400 mm no Sertão. Esses valores vão declinando gradualmente de

Leste para Oeste (Figura 1.4).

22

Em grande parte do Estado o total de precipitação pluviométrica média anual

é superior a 700 mm. Isso indica que na maior parte do Estado não prevalece um

clima de acentuada semiaridez, como se verifica em grande parte do Nordeste

brasileiro. Mesmo no Sertão, encontram-se vastas áreas que possuem

características mais em comum com as tradicionais zonas agrestinas do que com

as áreas sertanejas secas, típicas do Nordeste brasileiro (MELO, 1980). Os totais

anuais mais elevados de precipitação pluviométrica encontram-se no Litoral Norte

do Estado, divisa com Pernambuco, entre os municípios de Maragogi e Jacuípe,

com valores médios ao redor de 2.000 mm. Esses valores decrescem no sentido do

litoral sul, atingindo cerca 1.600 mm nos municípios de Marechal Deodoro e

Coqueiro Seco.

No Litoral e na Zona da Mata, em geral, predominam isoietas entre 1.300

mm a 1.600 mm, excetuando-se as áreas, onde as feições morfológicas, com

altimetria elevada, contribuem para ocorrência de chuvas mais elevadas com

valores médios superiores a 1.600 mm. Pode-se diferenciar na Zona da Mata do

Estado, a Mata úmida e a Mata seca. Na Mata úmida é predominante a vegetação

de floresta subperenifólia e perenifólia, enquanto que na Mata seca destacam-se as

formações caducifólias e subcaducifólias.

O clima é o fator condicionante e mais determinístico na cobertura vegetal

que, em geral, reflete as diferenças de precipitação pluviométrica e da reserva

hídrica do solo nas diferentes regiões. Por isso, o conhecimento dos diferentes

tipos de vegetação e de seus limites norteia a delimitação de diversas atividades

agropecuárias do Estado, principalmente quando as informações climáticas são

insuficientes.

Há, ainda, uma faixa subúmida relativamente larga, com pluviosidade inferior

a 1.300 mm e superior a 800 mm, centradas em Quebrangulo, devido ao relevo

residual mais alto do Planalto da Borborema. Esta barreira topográfica força os

ventos alísios SE-E a se elevarem e por isso resfriam-se adiabaticamente,

condensam e causam chuvas. A partir do município de Major Isidoro e Jaramataia,

a isoieta inferior a 700 mm caracteriza o início da região semiárida do Estado, com

predominância de vegetação de caatinga hipoxerófila. Indo mais para o interior

verifica-se que a partir da isoieta de 500 mm, partindo, de um lado, do município

de Ouro Branco e do outro, Pão de Açúcar, toda a região a oeste desta linha é a

mais seca de Alagoas, com formação vegetal típica de caatinga hiperxerófila.

No extremo Oeste do Estado, particularmente nos municípios de Delmiro

Gouveia, Olho d’Água do Casado e Piranhas, nas margens do Rio São Francisco e

do Moxotó, as isoietas se reduzem para menos de 400 mm, caracterizando o único

23

espaço de Alagoas onde o Sertão é bem característico e mais acentuadamente

semiárido. Entretanto, no extremo Oeste do Estado também ocorrem áreas de

exceção mais úmidas devido à influência orográfica, onde as altitudes são elevadas.

São áreas encontradas em Santana do Ipanema, com cotas pluviométricas em

torno de 700 mm, podendo alcançar valores superiores a 1.000 mm, em Inhapi,

Água Branca e Mata Grande. Nestas áreas ocorre uma vegetação de porte florestal

principalmente do tipo floresta subcaducifólia e caducifólia, que no período chuvoso

pode ser confundida com a floresta subperenifólia.

Figura 1.4 - Precipitação pluviométrica média anual no Estado de Alagoas.

Temperatura do ar

As isotermas médias anuais da temperatura do ar em Alagoas (Figura 1.5)

mostram uma variação da temperatura da ordem de 6º C (21º C a 27º C). Em

geral, as isotermas inferiores a 24º C são encontradas nas porções do Estado, onde

as cotas altimétricas são superiores a 300 m, as quais correspondem aos

fragmentos do Planalto da Borborema.

No Litoral e Zona da Mata, a predominância é de isotermas de 25º C e 26º

C. Nas encostas e remanescentes da Borborema, que se prolonga a partir dos

municípios de Ibateguara em direção a Quebrangulo e no extremo Oeste do Estado,

entre os municípios de Água Branca e Mata Grande, observam-se temperaturas

24

médias em torno de 21º C a 23º C. A isoterma média mais quente está localizada

na calha do Rio São Francisco, na direção de Delmiro Gouveia para Penedo. Os

meses mais quentes, janeiro e fevereiro, variam de 27º C a 32º C, e os mais frios,

junho e julho, entre 17º C e 22º C. Nos municípios de Água Branca e Mata Grande,

localizados no Sertão do Estado, são observadas as temperaturas médias do ar

mais frias devido ao efeito da altitude.

As médias máximas e mínimas (Figuras 1.6 e 1.7) têm o mesmo

comportamento da temperatura média do ar, com variação térmica de 4º C e 5º C,

respectivamente. Destaca-se, ainda, a influência de dois efeitos na termometria do

Estado. O primeiro é o efeito orográfico na diminuição das temperaturas máximas e

mínimas em toda encosta do Planalto da Borborema, com temperaturas mais

amenas. O segundo é a influência dos ventos alísios de SE-E nos tabuleiros

costeiros do Estado, onde se verifica temperaturas mais amenas, notadamente a

média máxima do ar, em torno de 28º C e 29º C.

Figura 1.5 - Temperatura média anual do ar no Estado de Alagoas.

25

Figura 1.6 - Temperatura média máxima anual do ar no Estado de Alagoas.

Figura 1.7 - Temperatura média mínima anual do ar no Estado de Alagoas.

Índice efetivo de umidade (Im)

O índice efetivo de umidade (Im) sintetiza as condições de umidade de uma

região. Ele representa o resultado do esforço para sistematização de variáveis do

26

balanço hídrico proposto por Thornthwaite e Mater (1957) em função da

evapotranspiração potencial, da deficiência e do excedente hídrico anual.

Em Alagoas, a isolinha do Im com valor igual ou superior a zero encontra-se

nas imediações dos municípios de Palmeira dos Índios, Limoeiro de Anadia e Igreja

Nova, na direção Norte-Sul. De acordo com os tipos climáticos de Thornthwaite e

Mater (1957), os índices de 40 a 20 caracterizam regiões úmidas e abrangem todo

o Litoral e parte da Zona da Mata. As regiões subúmidas, com índices de 0 a 20,

abrangem parte da região da Zona da Mata mais seca, com vegetação de floresta

caducifólia, e parte do Agreste mais úmido, que se caracteriza por ser uma região

de transição entre Agreste e Mata (Figura 1.8).

A partir da isolinha zero, em direção ao Oeste do Estado, os tipos climáticos

são subúmido, seco e semiárido, com predominância na transição seco–semiárido (-

20 e -30). As áreas semiáridas com Im menor ou igual a -40 encontram-se no

extremo Oeste do Estado, nos municípios de Delmiro Gouveia, Piranhas e Pão de

Açúcar e nas depressões de Inhapi, Mata Grande e Água Branca. Os três últimos

municípios citados apresentam em suas áreas elevadas os tipos climáticos úmido e

subúmido (Figura 1.8).

Figura 1.8 - Índice efetivo de umidade (Im) no Estado de Alagoas.

27

Evapotranspiração potencial (ETP)

A evapotranspiração potencial (ETP) significa à perda conjunta de água do

solo, pela evaporação, e da planta, pela transpiração. A estimativa da ETP mostra a

máxima perda de água possível que poderia acontecer a uma comunidade

vegetada. Ela significa a demanda máxima em água pela cultura e torna-se o

referencial de máxima reposição de água, seja por meio da irrigação ou pela chuva.

Cabe ressaltar que o processo de evapotranspiração é complexo. Dessa

maneira, toda estimativa e mesmo medidas de evapotranspiração devem ser

utilizados com o máximo cuidado.

No Estado de Alagoas, a ETP é mais elevada na região do Sertão, entre os

municípios de Delmiro Gouveia, Piranhas e Pão de Açúcar, com valores médios na

faixa de 1.400 a 1.500 mm. Entretanto, observa-se que em áreas onde ocorre a

influência do Planalto da Borborema a evapotranspiração é amenizada, ficando na

faixa de 1.100 mm a 1.200 mm (Figura 1.9).

Verifica-se também que devido à influência dos ventos alísios de SE/E na

região dos tabuleiros costeiros, a evapotranspiração potencial tem uma redução,

quando comparada com a região da Zona da Mata Norte e parte do Litoral.

Figura 1.9 - Evapotranspiração potencial (ETP) anual no Estado de Alagoas.

28

Excedente e deficiência hídrica anual

Os maiores excedentes hídricos anuais são concentrados na zona da Mata

Norte e diminuem gradativamente na direção da Mata Sul e no sentido Leste-Oeste.

Os valores de excedente em toda Zona da Mata são da ordem de 200 mm a 600

mm (Figura 1.10).

Por outro lado, pode-se verificar que nesta mesma região o total de

deficiência hídrica anual é da ordem de 200 mm a 400 mm (Figura 1.11). Em

certos períodos do ano o balanço hídrico pode ser positivo ou negativo, isto é, com

excesso ou falta de água. Isso depende da capacidade de o armazenamento de

água no solo, que depende da precipitação pluviométrica e do tipo de solo.

Os excedentes hídricos anuais são praticamente zero em todo Oeste do

Estado, a partir da linha que tem início nos municípios de Minador do Negrão em

direção a Porto Real do Colégio. Apenas nos municípios de Mata Grande, Água

Branca e em parte de Santana do Ipanema há excedentes hídricos anuais. As cotas

de deficiência hídrica anual, a partir desta linha, ultrapassam 500 mm, alcançando

mais de 900 mm na região de Delmiro Gouveia, Pão de Açúcar e Piranhas.

Figura 1.10 - Total de excedente hídrico anual no Estado de Alagoas.

29

Figura 1.11- Total de deficiência hídrica anual no Estado de Alagoas.

1.2.4 - Classificação climática

O clima pode ser entendido como as condições atmosféricas médias de uma

região. Os sistemas de classificações climáticas são de grande importância, pois,

analisam e definem os climas levando em consideração vários elementos climáticos

ao mesmo tempo, facilitando a troca de informações e análises posteriores para

diferentes objetivos (ROLIM et al., 2007).

A classificação de Köppen-Geiger é o sistema global dos tipos climáticos

mais utilizada em geografia, climatologia e ecologia. Baseia-se no pressuposto que a

vegetação natural de cada grande região da Terra é essencialmente uma expressão

do clima nela prevalecente. As regiões climáticas são caracterizadas para

corresponder às áreas de predominância de cada tipo de vegetação. No entanto,

essa classificação em certos casos não distingue regiões com biomas muito

distintos (KÖPPEN e GEIGER, 1928).

O método de Gaussen, por sua vez, é baseado no ritmo da temperatura e das

precipitações no correr do ano, por meio das médias mensais. O método procura

registrar os períodos considerados favoráveis ou desfavoráveis à vegetação, isto é,

os períodos secos e úmidos e os períodos quentes e frios. O balanço de água, que

depende do ritmo da temperatura e das precipitações no correr do ano, é expresso

em duas etapas essenciais e complementares. A primeira é dedicada à

30

determinação do período seco, isto é, aquele cujo total de precipitação (mm) é igual

ou inferior ao dobro da temperatura (oC). Esse período é a parte do ano em que a

água existe em quantidade insuficiente ou, mesmo, falta totalmente, o que imprime

profundas modificações sobre os seres vivos, particularmente sobre os vegetais

(NIMER, 1967).

A segunda etapa do método utiliza, além dos elementos temperatura e

precipitação, a umidade atmosférica em todas as suas formas (inclusive as

“precipitações ocultas" – orvalho e nevoeiro) a fim de definir o índice xerotérmico.

Esse índice representa o número de dias biologicamente secos e permite diferenciar

bioclimas vizinhos possuidores de alguns traços comuns, bem como determinar

diversas modalidades climáticas dentro da mesma região bioclimática.

A classificação climática de Thornthwaite apoia-se em duas grandezas

principais que são funções diretas da evapotranspiração potencial: o índice efetivo

de umidade e o índice de eficiência térmica (OMETTO, 1981). Esses índices são

calculados a partir do balanço hídrico climatológico que fornece informações da

disponibilidade hídrica ao longo do ano pelo cálculo do excedente hídrico,

deficiência hídrica, armazenamento, retirada e reposição de água no solo. A partir

desses valores anuais são definidos os índices que expressam a disponibilidade

hídrica (PEREIRA et al., 2002).

Thorthwaite definiu vários sub-tipos climáticos de acordo a distribuição

estacional das precipitações pluviométricas e do índice de eficiência térmica, que é

a expressão da evapotranspiração potencial uma vez que se baseia na temperatura

do ar e no comprimento do dia (OMETTO, 1981). Thornthwaite também deu uma

grande contribuição ao introduzir, além da precipitação pluviométrica e da

temperatura do ar, a evapotranspiração potencial como elemento de classificação

climática.

Na classificação de Thornthwaite as plantas não são vistas como um

instrumento de integração dos elementos climáticos, e sim, como um meio físico

pelo qual é possível transportar água do solo para a atmosfera. Neste caso, o tipo

climático é definido como seco ou úmido relacionado às necessidades hídricas das

plantas, ou seja, dependente do balanço hídrico (ROLIM et al., 1997).

Ressalta-se que a estimativa da evapotranspiração potencial por meio da

fórmula de Thornthwaite, utilizado os índices térmicos, não se considera aspectos

importantes no cálculo da evapotranspiração, tais como o vento e a umidade do ar.

Além disso, no cálculo do balanço hídrico climatológico, assume-se que a

capacidade de armazenamento de água do solo é uniforme e avalia o déficit de

31

escoamento fluvial, segundo a soma da evapotranspiração real mensal. Por outro

lado, o balanço hídrico climatológico de Thornthwaite ainda é um dos métodos mais

utilizados, devido à relativa simplicidade de cálculo e na pouca exigência de dados

meteorológicos.

Entre os métodos de classificação de regiões bioclimáticas, o de maior

divulgação no Brasil é o de Köppen em virtude de se preocupar unicamente com as

grandes divisões da vegetação e devido à menor rigidez da fórmula para

determinação do mês úmido ou seco.

Por outro lado, entre as classificações biogeográficas aplicadas ao Brasil, sem

dúvida alguma, a que ofereceu os melhores resultados quando relacionados às

paisagens fitogeográficas é a de Gaussen. Entretanto, o método de Thornthwaite,

além de levar em consideração também a vegetação, é o mais adequado, quando se

pretende comparar distintas regiões climatologicamente aptas para diversas

atividades agropecuárias. Esse método tem importantes aplicações na ecologia, na

agropecuária e no desenvolvimento de recursos hídricos (ROLIM et al., 1997;

MENDONÇA e DANNI-OLIVEIRA, 2007).

No entanto, qualquer classificação climática contém imprecisões de

diferentes gêneros, devido à complexidade de reunir diversos fatores inter-

relacionados do ambiente em índices puramente matemáticos. Toda classificação

de fenômenos naturais, via de regra, não consegue enquadrar dentro de uma

sistemática rígida os fenômenos classificados. Além disso, vários outros fatores

não-climáticos exercem influência sobre o caráter da vegetação, tais como a

topografia, o tipo de solo e os efeitos das atividades humanas, como a agricultura e

a exploração vegetal.

Os mapas das três classificações climáticas, Gaussen, Köppen e

Thornthwaite para o Estado de Alagoas são apresentados nas figuras 1.12, 1.13 e

1.14, respectivamente. Na classificação de Gaussen observam-se 6 tipos

climáticos: 3aTh, 3bTh, 3cTh, 3dTh e 6a (Figura 1.12). O numeral 3 dessa

classificação expressa que todos os climas possuem características xerotérmicas; a

letra “a” indica o caráter acentuado, com 7 a 8 meses secos; “b” o caráter médio,

com 6 meses secos; “c” o caráter atenuado, com 3 a 4 meses secos; e “d”, o

caráter de transição, com 1 a 2 meses secos. Já o numeral 6 representa clima

equatorial, com temperatura superior a 20º C no mês mais frio. As letras “Th”

representam uma adaptação da classificação original de Gaussen, de mediterrâneo

quente para a condição nordestina (GALVÃO, 1967).

De acordo com a classificação de Gaussen apenas a região da Zona da Mata

Norte do Estado, divisa com Pernambuco, tem clima equatorial com 1 a 2 meses

32

secos. Entretanto, verifica-se, ainda, que praticamente toda a Zona da Mata tem

clima 3dTh, com 1 a 3 meses secos, índice xerotérmico entre 0 e 40 e

predominância de clima quente e úmido.

O restante do Estado tem características xerotérmicas mais acentuadas, com

total de meses secos superior a quatro, que aumenta na direção Leste-Oeste. Na

área de transição entre a Zona da Mata e o Agreste (3cTh), observa-se que o clima

tem características de transição e apresenta 3 a 5 meses secos com índice

xerotérmico de 40 a 100. É a parte do Agreste mais úmida onde predomina a

vegetação de floresta subcaducifólia e caducifólia. O restante do Agreste e o Sertão

têm clima classificado como 3bTh e 3aTh, respectivamente, com exceção dos

municípios de Água Branca e Mata Grande, devido a efeitos orográficos provocados

pelo Planalto da Borborema.

No Agreste, a Oeste dos municípios de Craíbas e Traipu, tem-se uma faixa

climática 3bTh, onde predomina a caatinga hipoxerófila com índice xerotérmico

entre 100 e 150 e 5 a 6 meses secos. Já no Sertão, no extremo Oeste do Estado,

o clima é do tipo 3aTh com índice xerotérmico de 150 a 200 e 7 a 8 meses secos,

onde as atividades agropecuárias ficam muito limitadas devido à acentuada

escassez hídrica. É a porção mais seca do Estado onde prevalece a vegetação da

caatinga hiperxerófila.

Figura 1.12 - Classificação climática de Gaussen no Estado de Alagoas.

33

Na classificação climática de Köppen, o Estado de Alagoas é dividido em

quatro zonas. Na Zona da Mata Norte, nas adjacências dos municípios de Maragogi

e Jacuipe, o clima é tropical (Ams’) com matas pluviais, chuvas abundantes e

temperatura do mês mais frio superior a 18 oC. Há um pequeno período de seca,

mas com um total de chuvas capaz de suprir as demandas de uma floresta tropical.

No restante da Zona da Mata e Litoral e parte de Agreste mais úmido, o

clima é tropical com chuvas de outono-inverno (As’), com uma estação seca bem

definida. Tem seu limite nos municípios de Traipu, Craíbas e Minador do Negrão.

No restante do Agreste e no Sertão, ocorrem os tipos climáticos mais secos (B),

BSsh’ e BSs’h’, onde a evaporação excede a precipitação pluviométrica. A

vegetação típica é xerófita ou estepe (S), com predomínio da caatinga hipoxerófila

no tipo BSsh’ e da hiperxerófila no tipo BSs’h’, em ambos os casos com verão seco

(s) e temperatura média anual (h) superior a 18º C. O uso de s’ no tipo climático

BSs’h’ foi utilizado para diferenciar a ocorrência de chuvas de outono-inverno (s’)

com relação as de inverno (s), pois a rigor, o indicador do tipo climático s’ é

utilizado apenas com os grupos A, C e D da classificação de Köppen. Nos

municípios de Água Branca e Mata Grande observa-se clima As, mas com

temperaturas mais amenas e verão seco bem definido (Figura 1.13).

Figura 1.13 - Classificação climática de Köppen no Estado de Alagoas.

34

De acordo com a classificação de Köppen, nota-se que grande parte do

Estado apresenta climas A (clima tropical), que são caracterizados por apresentar

chuvas abundantes, durante todo o ano, com uma estação seca bem definida. Este

comportamento pode ser verificado pela vegetação do Estado, onde predomina a

vegetação de florestas, cerrados e a transição floresta/caatinga.

Segundo a classificação de Thornthwaite seis tipos climáticos predominam

em Alagoas (Figura 1.14). O superúmido (ArA'a'), megatérmico, apresenta

temperaturas de todos os meses maior do que 18º C, pequena ou nenhuma

deficiência hídrica e índice de umidade em torno de 100. É encontrado apenas nas

áreas mais elevadas do Estado, nos municípios de Quebrangulo, Chã Preta, São

José da Laje e Ibateguara. A vegetação predominante é a floresta subperenifólia e

perenifólia.

Pequena parte da Zona da Mata Norte e do Litoral tem o tipo climático úmido

(B1sA’a’), desde os municípios de Maragogi e Campestre até as imediações de Pilar

e Maceió. Este tipo apresenta deficiência hídrica moderada no verão, megatérmico,

com índice hídrico entre 40 e 20. Na região predomina a floresta subperenifólia.

Os tipos megatérmicos subúmido e subúmido-seco predominam na Zona da

Mata e no Litoral do Estado, este último também na transição entre a região do

Agreste e zona da Mata. No tipo subúmido (C2sA’a’) ocorre maior umidade do

solo, durante todo o ano, mas com moderada deficiência hídrica no verão e índice

de umidade, entre 20 e 0. A vegetação da região abrange a floresta subcaducifólia

e caducifólia. Já o subúmido-seco (C1sA’a’), megatérmico, é um tipo climático

pouco mais seco e apresenta moderada deficiência hídrica no verão, com índice de

umidade entre 0 a -20. Este clima predomina numa faixa que antecede o tipo

semiárido. Marca as áreas de transição entre a vegetação de floresta caducifólia e a

caatinga hipoxerófila, notadamente nas divisas dos municípios de Traipu, Igaci,

Estrela de Alagoas e Palmeira dos Índios. A partir destes municípios observa-se o

tipo climático semiárido (DdA’a’) em toda região do Agreste e do Sertão, com

exceção dos municípios de Água Branca e Mata Grande, que apresentam tipos

climáticos de subúmido (C2sA’a’) e subúmido-seco (C1sA’a’).

Todo o Sertão apresenta tipo climático semiárido, megatérmico, com índice

de umidade entre -20 a -40, com pequeno ou nenhum excesso de água, onde

prevalece a vegetação da caatinga hiperxerófila. Destaca-se que uma pequena área

junto à calha do Rio São Francisco, nos municípios de Piranhas e Pão de Açúcar,

apresenta o clima árido (EdA’a’), megatérmico, com índice de umidade mais

acentuado, entre -40 e -60, sem nenhum excesso de água durante todo o ano.

35

Figura 1.14 - Classificação climática de Thornthwaite no Estado de

Alagoas.

1.3 – HIDROGRAFIA

O Estado de Alagoas é drenado por duas bacias hidrográficas nacionais, a do

rio São Francisco e a do Atlântico Nordeste Oriental. Em toda superfície do Estado,

a rede de drenagem é relativamente densa e condicionada por quatro espaços

ambientais distintos, isto é, as regiões do Sertão, Agreste, Mata e Litoral

alagoanos. Nesses espaços ocorrem alguns cursos permanentes e outros menores

intermitentes, além de várias lagoas concentradas na zona do litoral. Ressalta-se

que no contexto da área do Estado, o maior e mais importante rio é o São

Francisco que tem seu curso principal na divisa entre os Estados de Alagoas e

Sergipe e um pequeno trecho, no extremo oeste, na divisa de Alagoas com a Bahia.

No contexto das regiões hidrográficas de Alagoas (PERH/AL, 2010) (Figura

1.15), as que estão inseridas na bacia do rio São Francisco, que é a parte mais

seca do Estado, são a do Moxotó, Talhada, Capiá, Riacho Grande, Ipanema, Traipú

e Piauí. Todas estão localizadas no lado oeste do Estado, na região do Sertão e em

parte do Agreste. Drenam na direção norte-sul para a calha do Rio São Francisco e

os seus cursos de água, em sua maioria, são intermitentes. Por outro lado, as que

compõem a região hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental (PERH/AL, 2010) se

concentram na região mais úmida do Estado e abrangem as zonas da Mata e do

Litoral e parte da região do Agreste. Englobam as Regiões Hidrográficas de

Cururipe, São Miguel, Paraíba, Celmm, Mandaú, Pratagi, Camaragibe, Litoral Norte

36

e Jacuípe/Una (Figura 1.15). Os rios da região mais úmida do Estado são perenes

e, dependendo da intensidade das chuvas assumem, por vezes, características

torrenciais. No contexto dessa região, os rios deságuam para o Oceano Atlântico

seguindo a direção oeste-leste.

Na região do Sertão, os afluentes do São Francisco são predominantemente

de caráter temporário e o maior volume de água concentra-se na estação chuvosa,

entre março e junho. No restante do ano, os rios apresentam-se com muito pouca

água nos seus leitos ou ficam completamente secos. No entanto, pequenos

agricultores fazem uso da pouca água existente para o cultivo de plantas de ciclo

curto, a chamada de cultura de vazante. Já nos ambientes de transição entre a

região do Agreste com o Sertão, são encontrados alguns afluentes de regime

perene, onde se concentra o cultivo da cultura do arroz.

Ao longo da extensão da bacia do Atlântico Nordeste Oriental, por ser a

região mais úmida do Estado, a pressão antrópica é muito intensa. Além do

desmatamento da Mata Atlântica observada em toda Zona da Mata e do Litoral,

provocado pelo cultivo intensivo da cultura da cana-de-açúcar, tem-se, ainda, na

zona do Litoral, a degradação ambiental que atinge alguns manguezais e lagoas da

zona costeira, decorrente do avanço da urbanização.

Os rios mais importantes do Estado que drenam para o rio São Francisco são

os rios Marituba, Traipú, Ipanema, Capiá e o Moxotó e os que deságuam no oceano

Atlântico são os rios Camaragibe, Mundaú, Paraíba e o Coruripe.

O rio Marituba nasce no município de São Sebastião e deságua na Barra da

Laranjeira, entre os municípios de Penedo e Piaçabuçu. A atividade agrícola mais

praticada ao longo do seu curso é com a cultura da cana-de-açúcar.

O rio Traipu nasce em Pernambuco, no extremo ocidental do município de

Bom Conselho, Planalto da Borborema, e deságua no rio São Francisco no

município de Traipu. Ao longo do seu curso se observa intensa atividade

agropecuária.

O Rio Ipanema nasce, também, no Estado de Pernambuco e direciona suas

águas para o Estado de Alagoas, onde se estende até o rio São Francisco, tendo

sua foz no município de Belo Monte. Esse rio atravessa a importante região da

bacia leiteira de Alagoas e ao longo do seu curso são praticadas diversas atividades

agropecuárias.

37

Figura 1.15 - Regiões Hidrográficas do Estado de Alagoas.

O rio Capiá também tem sua origem em Pernambuco e nos trechos com

terraços aluvionares, permite a exploração com lavouras. É um dos rios mais

importantes do Sertão. Deságua no São Francisco no limite entre os municípios de

Piranhas e Pão de Açúcar.

O rio Moxotó é considerado, também, um dos rios mais importantes do

Sertão. Tem sua calha principal no limite entre os estados de Alagoas e

Pernambuco. Nasce no município de Sertânia, em Pernambuco, e deságua no rio

São Francisco entre os municípios de Jatobá (PE) e Delmiro Gouveia (AL). Ele é

considerado um rio temporário e seu maior nível d'água é observado entre os

meses de janeiro e março (época das chuvas). Possui diversas represas, sendo a

maior e mais importante a do açude Poço da Cruz, em Ibimirim (PE).

O rio Camaragibe tem regime perene, nasce no limite entre São José da Laje

e Ibateguara e deságua diretamente no Oceano Atlântico, no município de Passo de

Camaragibe. Seu curso principal passa por trechos rochosos, mas sua bacia

abrange áreas importantes que estão sendo exploradas principalmente com a

cultura da cana-de-açúcar e pecuária. Esse rio forma a Cachoeira Serra d´Água, a

segunda em importância no Estado.

O rio Mundaú banha os estados de Alagoas e Pernambuco. Nasce no

município de Garanhuns (PE), região do Planalto da Borborema, e desemboca na

38

Lagoa Mundaú, município de Satuba (AL). Esta lagoa situa-se ao sudoeste de

Maceió, e se liga diretamente com o Oceano Atlântico. Suas vertentes são

formadas por numerosos e perenes olhos d´água que brotam das escarpas do

Planalto da Borborema. Corre sobre um vale amplo, onde se encontram indústrias

têxteis e se instalaram inúmeros engenhos e usinas.

O rio Paraíba banha, também, os estados de Pernambuco e Alagoas. Nasce

no município de Bom Conselho (PE), Planalto da Borborema, e deságua na Lagoa de

Manguaba, junto ao limite dos municípios de Pilar e Marechal Deodoro (AL). No

estado de Alagoas passa por doze municípios (Quebrangulo, Palmeira dos Índios,

Paulo Jacinto, Viçosa, Cajueiro, Capela, Atalaia e Pilar), onde se destacam

diferentes usos da terra. Na zona do litoral o cultivo de cana-de-açúcar é atividade

principal.

O rio Coruripe é de regime perene inserido totalmente no território alagoano.

Nasce na cidade de Palmeira dos Índios (AL) e vai até o município de Coruripe,

onde deságua no Oceano Atlântico. Passa por terras de seis municípios com

diferentes usos agrícolas. Na zona do litoral destaca-se o cultivo de cana-de-açúcar

como atividade principal.

1.4 - GEOLOGIA

A caracterização geológica da área de estudo visa fundamentalmente realçar

as relações dos solos com o seu material de origem. Por isso, só foi dado ênfase às

unidades geológicas com influência marcante na formação dos solos mapeados na

escala de 1:100.000. Em função das informações bibliográficas disponíveis,

especialmente Dantas (1986) e Embrapa (1975), bem como, das observações de

campo, foi elaborada a esquematização da geologia do Estado (Tabela 1.1).

Tabela 1.1 - Aspectos geológicos do Estado de Alagoas e solos correlacionados

Período/Era Unidade

geológica

Litologia Solos e outros

materiais

Quaternário

Praias Sedimentos

quartzosos

marinhos bem

selecionadas

Sedimentos

arenoquartzosos

e alguns poucos

bioclásticos

carbonáticos

39

Dunas Sedimentos

quartzosos

eólicos bem

selecionados

Neossolos

Quartzarênicos e

sedimentos

arenosos

Mangues Sedimentos

argilo-siltosos e

arenosos ricos

em matéria

orgânica

Solos

indiscriminados

de mangue e

sedimentos

Recifes Recifes de

Arenito e Recifes

de coral

Arenitos com

carbonato de

cálcio e Recifes

de coral

Restingas Sedimentos

quartzosos

marinhos

Neossolos

Quartzarênicos e

Espodossolos

Aluviões Deposições

fluviais, flúvio-

lagunares e

coluvionares com

granulometria

variada

Neossolos

Flúvicos,

Gleissolos,

Cambissolos e

Organossolos

Terciário

Formação

Barreiras

Sedimentos com

granulometria

variada

Argissolos,

Latossolos,

Espodossolos,

Plintossolos

Terciário (?)

Coberturas sobre

rochas cristalinas

Sedimentos com

granulometria

variada

Argissolos e

Latossolos

Formação Conglomerados

com seixos e

Argissolos

alumínicos e

40

Cretáceo Inferior

Muribeca matacões de

granito, Folhelhos

e calcário

laminado

alíticos

Formação Morro

do Chaves

Calcários e

margas com

leitos de

folhelhos

Cambissolos

Formação Barra

de Itiúba

Folhelhos com

intercalações de

arenitos e

calcários

Cambissolos e

solos

vertissólicos

Jurássico Formação

Bananeiras

Folhelhos e

argilitos

Cambissolos

Carbonífero Formação

Batinga

Siltitos e

folhelhos

Cambissolos

Devoniano

Formação Inajá Arenitos,

folhelhos, siltitos,

calcários e

margas

Cambissolos,

Luvissolos,

Vertissolos,

Planossolos,

Neossolos

Litólicos

Siluriano-

Devoniano

Formação

Tacaratu

Arenitos

contendo leitos

de

conglomerados

Neossolos

Quartzarênicos,

Latossolos

Domínio Mata Granitos, Planossolos,

41

Pré-Cambriano

Grande –

Santana do

Mundaú

sienitos,

gnáisses,

migmatitos,

metamáficas

anfibolitizadas

Neossolos

Regolíticos,

Neossolos

Litólicos,

Luvissolos,

Argissolos,

Latossolos,

Cambissolos

Domínio Canindé

-Santana do

Ipanema

Granitos,

sienitos,

sienogranitos,

granodioritos,

ortognáisses,

gabros,

troctolitos,

piroxenitos,

noritos

Planossolos,

Neossolos

Regolíticos,

Neossolos

Litólicos,

Argissolos,

Cambissolos

Luvissolos

Domínio

Macururé

Micaxistos,

gnáisses,

anfibolitos,

metacarbonatos,

metaultramáficas,

quartzitos, rochas

calcissilicáticas

Neossolos

Litólicos

Luvissolos,

Cambissolos,

Latossolos,

Argissolos,

Nitossolos,

Planossolos

Domínio Rio

Coruripe –

Viçosa

Ortognáisses,

sienitos,

sienogranitos,

granodioritos,

micaxistos e

rochas

metamáficas-

ultramáficas

Argissolos,

Latossolos,

Neossolos

Litólicos,

Planossolos

1.4.1 – Quaternário

Neste período destacam-se os materiais geológicos mais recentes

relacionados às praias, dunas, mangues, restingas, recifes e aluviões.

42

Praias – Corresponde a uma estreita faixa de areias esbranquiçadas de

origem marinha na orla marítima, por vezes, contendo alguns materiais bioclásticos

carbonáticos. Tais sedimentos constituem apenas tipos de terrenos de areias

quartzosas marinhas.

Dunas – São formações arenosas de sedimentação eólica, com relevo pouco

movimentado, variando de suave ondulado até ondulado. Ocorrem em alguns

pontos da baixada litorânea, com destaque no extremo sul do Estado. Tais

formações podem constituir alguns tipos de terreno (Dunas móveis) ou solos como

os Neossolos Quartzarênicos (Dunas fixas).

Mangues - São sedimentos de natureza variada, com coloração escura, visto

que ocorrem associados com matéria orgânica. Destacam-se nas desembocaduras

dos rios, sobretudo no contexto da baixada litorânea, onde ocorre o encontro das

águas doces com as salgadas. Compreendem sedimentos argilo-siltosos e, com

menor frequência, os arenosos, em geral, em mistura com a matéria orgânica, onde

recebem a influência dos sais que se depositam por meio de sucessivos fluxos e

reflexos das marés. A partir destes sedimentos são desenvolvidos os denominados

Solos Indiscriminados de Mangues que podem englobar Gleissolos, Organossolos e

tipos de terreno.

Recifes – Podem ser de dois tipos, isto é, de arenito ou coral. Os de arenito

constituem verdadeiros cordões rochosos, normalmente ricos em fragmentos de

conchas e distribuídos paralelamente às praias. Os de coral, também se distribuem

paralelamente à linha da costa, mas são mais largos e sua forma é mais irregular.

Tais materiais rochosos constituem apenas tipos de terreno de rochas areníticas e,

ou de coral.

Restingas - Correspondem as faixas arenosas que se estendem paralelamente

às praias na Baixada Litorânea. São provenientes de sucessivos depósitos de areias

de origem marinha, que podem conter depósitos de pequenas conchas. Contribuem

de modo importante na origem e formação de Neossolos Quartzarênicos e

Espodossolos.

Aluviões - São deposições sedimentares diversas que dão origem as várzeas

e terraços aluvionares. Apresentam granulometria e composição muito

heterogênea, com presença, por exemplo, de sedimentos argilosos, siltosos, argilo-

arenosos, arenosos, deposições orgânicas, material grosso tipo cascalho e calhaus,

incluindo seixos e deposições de conchas em algumas várzeas. Estão distribuídos

ao longo das calhas de rios e riachos. Na zona costeira, destacando-se nas

baixadas dos rios, Manguaba, Camaragibe, Santo Antônio Grande, Satuba, Paraíba,

Sumaúma, São Miguel, Coruripe, Boacica, entre outros. No Semiárido o destaque

43

está nas margens do rio São Francisco, incluindo as ilhas. Em menor proporção,

também se verificam em alguns dos seus afluentes, como nos rios Ipanema e

Capiá. Tais sedimentos constituem material de origem, principalmente dos

Neossolos Flúvicos e Gleissolos, e em menor proporção, de Cambissolos.

1.4.2 – Terciário

Compreende dominantemente os sedimentos da Formação Barreiras

depositados na faixa sedimentar costeira onde formam os Tabuleiros Costeiros.

Morfologicamente os Tabuleiros Costeiros são muito uniformes, porém apresentam

variações importantes quanto à granulometria. Possuem uma maior largura na parte

sul do Estado, onde atingem cerca de 70 km, partindo-se do litoral até os arredores

da cidade de Arapiraca. Na parte norte, os tabuleiros ocupam uma faixa mais

estreita e se tornam muito mais dissecados.

Os sedimentos dos Tabuleiros Costeiros apresentam estratificações quase

horizontais, com natureza variada, compreendendo areias, arenitos, cascalhos,

argilas de coloração variegada e, por vezes, leito de seixos rolados. Em camadas

mais profundas ocorrem argilas de coloração arroxeada e acinzentada. Já nas

camadas mais superficiais, às vezes, verificam-se concreções ferruginosas

particularmente nos terços superiores das encostas dos vales. Nas áreas próximas

do limite com a geologia do Pré-Cambriano, constata-se a presença de um delgado

recobrimento amarelado sobre o embasamento cristalino semelhante aos

sedimentos da Formação Barreiras. Esta cobertura tanto ocorre em topos planos

alongados e estreitos conhecidos como “Chãs”, como nas áreas de morros. Os

principais solos desenvolvidos a partir dos sedimentos da Formação Barreiras são

os Argissolos Amarelos, Latossolos Amarelos, Argissolos Vermelho-Amarelos,

Latossolos Vermelho-Amarelos, Argissolos Acinzentados, Espodossolos, Neossolos

Quartzarênicos e, em menor proporção, Plintossolos e Latossolos Acinzentados.

Com exceção dos Neossolos Quartzarênicos e Espodossolos, os demais

compreendem horizontes coesos.

Recobrimento Terciário (?) sobre rochas cristalinas

São sedimentos, pouco espessos, dispersos na região semiárida e

posicionados numa faixa estreita, na direção norte-sul, entre os municípios de

Estrela de Alagoas e Campo Grande. Trata-se de uma área com sedimentos,

desconectados dos Tabuleiros Costeiros, mas que parecem ser um prolongamento

dos mesmos. Entretanto, nesta área, nota-se um padrão de drenagem divergente

daquele que disseca a região dos Tabuleiros Costeiros. Daí porque os sedimentos

desta região foram considerados como relativos a uma cobertura sedimentar sobre

rochas cristalinas na forma de Tabuleiros Interioranos. Esta cobertura constitui

44

material de origem principalmente dos Latossolos Amarelos, Latossolos Vermelho-

Amarelos, Argissolos Amarelos e Argissolos Vermelho-Amarelos.

1.4.3 - Cretáceo

No Estado de Alagoas é representado, principalmente pelo Cretáceo Inferior,

por meio das Formações Muribeca, Morro do Chaves e Barra de Itiúba, entre outras

de menor relevância na formação dos solos mapeados.

Formação Muribeca – Os afloramentos mais importantes são constituídos por

conglomerados, com seixos e matacões graníticos com intercalações de folhelhos e

calcário laminado. Destacam-se nos vales que dissecam os Tabuleiros Costeiros na

região centro-norte do Estado. Nas áreas onde ocorrem materiais desta Formação

foram observados Argissolos com teores elevados de alumínio caracterizando solos

alíticos e, ou alumínicos.

Formação Morro do Chaves – Caracteriza-se por apresentar bancos e leitos

de calcários e margas, lentes de folhelhos e arenitos calcíticos. Tem pouca

expressão e restringe-se a um setor do Rio São Miguel onde originam Cambissolos

com alta saturação por bases devido à influência dos calcários.

Formação Barra de Itiúba – Compreende sedimentos constituídos por

folhelhos calcíticos com intercalações de calcários e arenitos. A área de domínio

destes sedimentos situa-se a noroeste da cidade de Penedo. Os solos

correlacionados são Cambissolos e outros solos com presença de horizontes

vérticos.

1.4.4 - Jurássico

Esse período é representado pela Formação Bananeiras. Litologicamente é

constituída por folhelhos e argilitos sílticos vermelhos ou arroxeados, contendo

próximo à base intercalações de arenitos e sedimentos calcíferos que gradam para

calcários. Os solos correlacionados com esses sedimentos pertencem à classe dos

Cambissolos.

1.4.5 - Carbonífero

O Carbonífero está representado pela Formação Batinga, posicionada a

noroeste da cidade de Penedo. Em termos litológicos compreende conglomerados,

arenitos, siltitos e folhelhos. Os solos correlacionados e que se destacam no

contexto local são Cambissolos.

45

1.4.6 – Devoniano

No contexto da Bacia do Jatobá, localizada no extremo oeste do Estado,

esse período está representado pela Formação Inajá. Litologicamente compreende

arenitos, siltitos e folhelhos. Quando o material de origem relaciona-se com

arenitos, os solos que se destacam são os Neossolos Quartzarênicos. A partir de

siltitos e folhelhos derivam-se Vertissolos, Cambissolos e Luvissolos.

1.4.7 – Siluriano/Devoniano

Na Bacia do Jatobá, esse período relaciona-se à Formação Tacaratu.

Litologicamente está representada por arenitos grosseiros e leitos de

conglomerados. Os solos mais profundos derivados destes materiais são os

Neossolos Quartzarênicos e Latossolos, e os mais rasos, os Neossolos Litólicos.

1.4.8 – Pré-Cambriano

No estudo dos terrenos precambrianos, visando correlacioná-los às

coberturas pedológicas no contexto estadual, optou-se em dividi-los nos seguintes

compartimentos tectono-estratigráficos: Domínio Mata Grande – Santana do

Mundaú, Domínio Canindé – Santana do Ipanema, Domínio Macururé e Domínio Rio

Coruripe – Viçosa.

Domínio Mata Grande – Santana do Mundaú – Este domínio posiciona-se no

extremo oeste e noroeste do Estado englobando áreas, sobretudo, do Planalto da

Borborema. Compreende leucogranitos, migmatitos, sienogranitos, sienitos,

anfibolitos, paragnáisses e ortognáisses. Os solos derivados destes materiais

englobam desde solos pouco até aqueles muito evoluídos, conforme as condições

climáticas regionais. Incluem Neossolos Litólicos, Neossolos Regolíticos,

Cambissolos, Planossolos, Luvissolos, Argissolos e Latossolos. Os solos mais

desenvolvidos como os Argissolos e Latossolos ocorrem nos ambientes mais

úmidos e os demais no ambiente semiárido. Os Luvissolos restringem-se aos

ambientes onde os minerais máficos dominam a composição mineralógica das

rochas.

Domínio Canindé - Santana do Ipanema – Posicionado próximo do extremo-

oeste do Estado, numa faixa entre Santana do Ipanema e Pão de Açúcar, esse

domínio compreende leucogranitos, sienogranitos, sienitos, granodioritos,

monzonitos, monzogranitos e ortognáisses. Numa faixa estreita, junto à calha do

São Francisco, destacam-se, também, gabros, troctolitos, noritos, piroxenitos e

peridotitos. Os solos derivados destes materiais incluem Neossolos Litólicos,

Neossolos Regolíticos, Cambissolos, Planossolos, Luvissolos e alguns Argissolos.

Os Luvissolos restringem-se aos ambientes onde os minerais máficos dominam a

composição mineralógica das rochas.

46

Domínio Macururé – Esse domínio situa-se na parte sul do Estado, próximo

ao ambiente dos Tabuleiros Costeiros. Compreende biotita-xistos, gnaisses,

ortognáisses, paragnáisses, anfibolitos, metacarbonatos, metaultramáficas,

quartzitos e rochas calcissilicáticas. Os solos derivados destes materiais incluem

Neossolos Litólicos, Luvissolos, Cambissolos, Latossolos, Argissolos, Nitossolos e

Planossolos. Os Luvissolos restringem-se aos locais onde os minerais máficos

dominam a composição mineralógica das rochas no ambiente semiárido.

Domínio Rio Coruripe - Viçosa – Esse domínio está posicionado desde os

contrafortes do Planalto da Borborema até os confrontos com a região dos

Tabuleiros Costeiros, numa faixa que se estende desde o extremo norte até o

Domínio Macururé. Compreende leucogranitos, sienogranitos, sienitos,

granodioritos, monzonitos, monzogranitos e ortognáisses. Numa faixa estreita,

junto à calha do São Francisco, no ambiente semiárido, destacam-se também

micaxistos e rochas metamáficas-ultramáficas. Os solos derivados destes materiais

incluem dominantemente Argissolos, Latossolos e, em menor proporção, Neossolos

Litólicos, Planossolos e Luvissolos. Estes últimos restringem-se aos locais onde os

minerais máficos dominam a composição mineralógica das rochas no ambiente

semiárido.

1.5 – GEOMORFOLOGIA E RELEVO

A maior parte do território alagoano encontra-se abaixo dos 300 m de

altitude, sendo que a sua porção norte possui maiores cotas que a sua contraparte

sul e em relação à faixa costeira ao leste. Em função dessa característica, as redes

de drenagens interioranas drenam no sentido da calha do Rio São Francisco e as da

zona costeira no sentido do Oceano Atlântico. Ressalta-se, ainda, a ocorrência de

níveis elevados dispersos no Sertão, com destaque na parte noroeste do Estado

onde coadunam superfícies com cumes relativamente elevados (Figura 1.16).

No Estado de Alagoas, conforme Brasil (1975), podem ser observados os

seguintes compartimentos geomorfológicos: (a) Faixa sedimentar costeira, incluindo

a baixada litorânea e as superfícies terciárias dos baixos platôs costeiros

(Tabuleiros Costeiros); (b) Modelados Cristalinos que antecedem a Borborema; (c)

Planalto da Borborema; (d) Superfícies de Pediplanação; (e) Maciços Residuais e

outros níveis elevados; e (f) Bacia do Jatobá.

47

Figura 1.16 – Níveis altimétricos com a idéia do relevo do Estado de Alagoas.

1.5.1 – Faixa Sedimentar Costeira

A faixa sedimentar costeira estende-se na direção norte-sul e compreende

grandes áreas da zona úmida do Estado de Alagoas. Ao sul da cidade de Maceió,

caracteriza-se por uma grande penetração para o interior do Estado, alcançando a

região do Agreste e possuindo extensas e contínuas superfícies planas de

tabuleiros. Já na parte norte a penetração é bem menos expressiva e os tabuleiros

são muito dissecados. Nessa região, a largura da faixa sedimentar costeira diminui

até atingir cerca de 8 km, próximo ao limite com o Estado de Pernambuco.

Baixada Litorânea – Compreende os terrenos mais recentes relacionados ao

Quaternário (Holoceno) que englobam os níveis continentais mais inferiores.

Acompanha a orla marinha e por vezes penetra alguns quilômetros no sentido do

interior do Estado, ocupando os terraços fluviais. É constituída por planícies

litorâneas de origem mista: fluviais, flúvio-marinhas ou marinhas. Em geral, é

representada por praias, recifes, restingas, dunas, lagoas e mangues, quando

predomina a influência marítima; ou por terraços fluviais, várzeas, planícies

aluvionais ou colúvio-aluvionais, quando predomina a ação dos agentes

continentais.

48

As praias, dispostas em cordões arenosos relativamente estreitos,

distribuem-se ao longo da orla marítima formando os primeiros níveis continentais

emersos em contato com o oceano.

Os recifes estão distribuídos a certa equidistância das praias, constituindo-se

quebra-mares naturais. Em geral são constituídos por partículas de areia, cascalho e

calhaus e fragmentos bioclásticos carbonáticos, como restos de organismos

marinhos, notadamente conchas. São originados, supostamente, de antigas praias

consolidadas por carbonato de cálcio depositado pelas águas marinhas.

As restingas constituem massas arenosas dispostas paralelamente à costa e

que permanecem elevadas acima da maré alta. Têm influência sobre a rede

hidrográfica, chegando a obstruir pequenas rias.

As dunas são acúmulos de areia pela ação dos ventos dominantes. Têm

pouca expressão no Estado e ocorrem em pequenas áreas distribuídas ao longo da

costa. Entretanto, merecem destaque no extremo sul do Estado, na divisa com

Sergipe, principalmente no município de Piaçabuçu.

As lagoas são distribuídas ao longo do Litoral, principalmente de Maceió em

direção ao sul do Estado, onde se destacam pelo tamanho, as lagoas de Manguaba

e de Mundaú.

Os mangues encontram-se nos cursos inferiores dos rios, onde se verifica

uma mistura de água doce dos mesmos com a água salgada do mar. São depósitos

de sedimentos predominantemente finos e de materiais de natureza orgânica.

As planícies aluviais, várzeas e terraços fluviais distribuem-se nos limites

oeste da baixada litorânea, nos trechos mais elevados.

Em geral, o relevo que predomina na baixada litorânea é plano, com exceção

de pequenas áreas ocupadas por dunas, que apresentam relevo de suave ondulado

a ondulado.

Superfícies terciárias dos baixos platôs costeiros – São áreas ocupadas pelos

sedimentos do Grupo Barreiras, referidos ao (Plioceno), assentados

dominantemente sobre o embasamento cristalino, porém com espessura variável.

São ambientes conhecidos popularmente como Tabuleiros Costeiros. Essas

superfícies geomórficas se limitam a leste pela baixada litorânea, na maioria das

vezes, em forma de falésias (escarpas) e a oeste com o relevo pouco movimentado

ou movimentado, que corresponde aos níveis cristalinos que antecedem a

Borborema. São caracterizados pelas suas grandes superfícies de topo plano, em

forma de mesetas, recortados por vales relativamente profundos, que se

49

apresentam ora estreitos e encaixados em forma de “V”, ora abertos e com amplas

várzeas de idade quaternária. Os Tabuleiros Costeiros apresentam-se mais

uniformes e com maiores extensões na porção sul da zona úmida costeira do

Estado, onde são ocupados por atividades agrícolas de uso intensivo, notadamente

pelo setor sucroalcooleiro. Na porção norte da zona úmida costeira, os Tabuleiros

caracterizam-se, principalmente, pelo grande dissecamento que sofreram no

passado. Nessa região formam superfícies com topos estreitos e alongados

limitados por um grande número de vales estreitos e profundos.

O relevo dominantemente é plano, com partes suaves onduladas, tendo

declives de 0% a 6% e altitudes com cotas predominantes de 50 m a 150 m. É

importante ressaltar que, próximo às linhas de drenagem, o relevo pode apresentar-

se ondulado a forte ondulado nas encostas dos vales.

1.5.2 – Modelados Cristalinos que antecedem a Borborema

Em função de sua distribuição geográfica, esta superfície geomórfica pode

ser subdividida no Estado de Alagoas em duas faixas: a norte e a sul.

Faixa norte – compreende superfícies do Pré-Cambriano, situadas na região

da Zona da Mata, entre os Tabuleiros Costeiros, a leste, e as escarpas e relevos

acidentados do Planalto da Borborema, a oeste. Caracteriza-se pelas superfícies dos

degraus do embasamento cristalino dominado por granitos e gnaisses. Em geral

apresenta relevo ondulado e forte ondulado, na forma de “mar de morros”, vales

em forma de “V”, vertentes côncavo-convexas, convexas ou ligeiramente convexas

e topos arredondados. Próximo à superfície dos Tabuleiros Costeiros podem

apresentar, ainda, topos ligeiramente esbatidos, que são remanescentes do

recobrimento por materiais do Grupo Barreiras. A faixa norte dos modelados

cristalinos que antecedem a Borborema pode alcançar 70 km de largura nos limites

entre o Estado de Pernambuco, os Tabuleiros Costeiros e os contrafortes da

Borborema.

Faixa sul – caracteriza-se pelo seu embasamento cristalino com presença

marcante de micaxistos e quartzitos, referidos ao Pré-Cambriano. Essa região

posiciona-se entre os Tabuleiros Costeiros, a leste, e as Superfícies de

Pediplanação, a oeste. Neste ambiente constata-se, em geral, uma superfície muito

irregular com relevo ondulado, mas tendo inserções de relevo suave ondulado e

forte ondulado. No contexto dessa região, também é comum, a presença maciços

residuais.

50

1.5.3 – Planalto da Borborema

O Planalto da Borborema constitui o mais elevado bloco contínuo do

Nordeste Brasileiro, sendo uma estrutura de fundamental importância na atenuação

do clima semiárido e ainda como divisor de águas. Em Alagoas, o referido Planalto

ocupa uma faixa estreita na porção centro-norte e norte do Estado, apresentando

esporões, íngremes ou escarpados, com grandes lajeados de gnaisses e granitos,

os quais constituem os seus contrafortes. Estes contrafortes originam e comandam

uma rede hidrográfica divergente, responsável pela drenagem das águas em direção

ao oceano Atlântico na parte leste e para a calha do São Francisco na parte sul.

1.5.4 – Superfícies de Pediplanação

As superfícies de pediplanação abrangem a maior parte do Sertão alagoano e

pequenos trechos do Agreste. Apresenta altitudes entre 50 m (a partir da margem

do rio São Francisco) e 600 m (na divisa AL/PE). Compreende toda a rede

hidrográfica da zona semiárida, que drena suas águas em direção ao rio São

Francisco. Constituem enormes superfícies, um pouco inclinadas no sentido norte-

sul, com relevo suave ondulado em sua maior extensão, porém com partes planas.

Há, também, ocorrência de relevo ondulado nos pediplanos considerados menos

evoluídos.

Hipóteses paleogeográficas admitem que os pediplanos sertanejos

originaram-se de uma vasta e lenta degradação, em condições úmidas, seguidas de

um período de intensa aridez. Esta degradação iniciou-se no Terciário e

posteriormente, passou por um aperfeiçoamento em fases mais modernas de

pediplanação, contemporâneas à Formação Barreiras (BRASIL, 1975). No contexto

destas áreas, por vezes, surgem os níveis mais resistentes à meteorização, os quais

constituem maciços residuais e inselbergues.

1.5.5 – Maciços Residuais e outros níveis elevados

Compreendem os testemunhos de níveis originários mais resistentes à erosão

diferencial, que permaneceram nas áreas de pediplanação, ora constituindo perfis

íngremes e rochosos (inselbergues), isolados e distribuídos esparsamente, ora

compondo grupos elevados de serras (maciços residuais). Em geral, o relevo destas

estruturas varia de ondulado a montanhoso, com presença marcante de

afloramentos de rochas.

1.5.6 – Bacia do Jatobá

A bacia do Jatobá constitui-se de uma fossa sedimentar preenchida com

estratos de materiais com idades desde o período Siluro-Devoniano até o

Quaternário. No Estado de Alagoas está representada apenas por pequenas áreas

51

situadas no extremo oeste do Estado. A sua topografia é caracterizada por

elevações tabulares, sobre as quais dominam os relevos plano e suave ondulado.

Inclui áreas com Serras e Serrotes areníticos delimitados por encostas muito

erodidas e escarpadas como se observa no “canyon” do rio São Francisco.

1.6 – VEGETAÇÃO

A descrição da vegetação primária foi realizada como base no Levantamento

Exploratório-Reconhecimento de Solos do Estado de Alagoas (EMBRAPA, 1975)

levando em conta as observações de campo. É importante destacar que grande

parte da vegetação primária da zona úmida costeira desapareceu quase que

completamente cedendo lugar especialmente ao cultivo da cana-de-açúcar. No

semiárido a realidade também não é muito diferente, tendo-se constatado que

grande parte da sua vegetação natural foi largamente devastada ou está sendo

afetada pelas atividades agropecuárias. Assim, sem a maior parte da vegetação

original, torna-se difícil fazer sua caracterização detalhada e, por isso, tomou-se

como referência principal o mapeamento de solos realizado na década dos anos

setenta do século passado (EMBRAPA, 1975) que disponibiliza informações sobre a

caracterização geral da vegetação quando a mesma era mais preservada.

A vegetação constitui uma importante fonte de informação sobre as

condições hídricas, térmicas e da fertilidade dos solos. Por isso, assume grande

importância sua descrição, tipificação (fasamento) e agregação aos dados contidos

nas unidades de mapeamentos de solos. Dessa forma, além do significado

pedogenético, muitas interpretações das aptidões agrícolas e mesmo ecológicas

das terras têm como base os diferentes tipos (fases) de vegetação.

Conforme os diferentes ambientes e climas que cobrem a superfície do

Estado (EMBRAPA, 1975) e segundo o esquema de classificação da vegetação

preconizado pela Embrapa (EMBRAPA, 2006), foram distinguidos as seguintes

fases de vegetação: floresta perenifólia de restinga, floresta perenifólia de várzea,

floresta subperenifólia, floresta subcaducifólia, floresta caducifólia, cerrado

subperenifólio, caatinga hipoxerófila, caatinga hiperxerófila, caatinga de várzea,

campos de restinga, campos de várzea, manguezais, formações de praias e dunas,

e formações ruprestes (Figura 1.17).

1.6.1 - Floresta perenifólia de restinga

Esta vegetação foi denominada por Andrade Lima (1960 e 1961) como mata

de restinga ou floresta estacional perenifólia de restinga e terraços litorâneos.

Trata-se das formações florestais que se desenvolvem nos sedimentos arenosos da

52

baixada litorânea que são mais expressivos no litoral sul do Estado de Alagoas.

Difere das formações florestais referentes ao cristalino e das formações dos

tabuleiros costeiros pelo menor porte, menor pujança, bem como pela fitofisionomia

e composição florística. Relaciona-se com as classes dos solos Neossolos

Quartzarênicos e Espodossolos.

Figura 1.17 – Vegetação primária dominante no Estado de Alagoas.

É uma vegetação pouco densa com árvores em torno de 10 m a 15 m de

altura, troncos relativamente finos, ramificação comumente baixa, caules às vezes

tortuosos e copas irregulares. Ao longo das restingas, a vegetação comumente

apresenta algumas “clareiras” onde se desenvolve uma vegetação campestre. No

estrato arbóreo destacam-se Schinus terebinthifolius (aroeira da praia), Anacardium

occidentalis L. (cajueiro), Tabebuia roseo-alba (Riddley) Sandw. (pau-d’ arco-roxo),

Ocotea sp. (louro), Andira nitida Mart. (angelim), Hancornia speciosa Gomez

(mangaba). É comum também a presença de cactáceas no contexto dessa

vegetação. Em função da presença de cidades da zona litorânea constuídas no

ambiente das restingas, esta vegetação encontra-se muito devastada, sendo difícil

encontrar remanescentes que tipifiquem a vegetação original.

53

1.6.2 – Floresta perenifólia de várzea

Trata-se de uma formação vegetal que praticamente não existe mais devido

ao uso intensivo das terras nas margens dos principais rios da zona úmida costeira.

O ambiente de ocorrência era ou ainda pode ser verificado nas margens de alguns

cursos de água, periferia de brejos, bem como, em baixadas úmidas e até mesmo

em áreas alagadas temporariamente. Também é conhecida como floresta ciliar,

floresta de galeria e floresta ribeirinha. É uma formação higrófila, densa, de porte

médio, com predominância de árvores com caules finos, onde comumente ocorre

Caraipa sp. (camaçari), Erythryna sp. (mulungu), Inga sp. (ingá), Acrocomia

intumescens (macaíba ou macaúba), entre outras espécies. Relaciona-se,

principalmente, com os Neossolos Flúvicos, Cambissolos Flúvicos e, por vezes,

alguns Argissolos desenvolvidos nos ambientes de várzeas.

1.6.3 – Floresta subperenifólia

É uma formação densa, alta, com porte na faixa de 20 m a 30 m e bastante

rica em espécies vegetais. Devido ao uso intensivo das terras na zona úmida

costeira, essa formação florestal encontra-se muito devastada e cada vez mais vem

cedendo lugar às atividades agropecuárias, sobretudo ao cultivo com a cana-de-

açúcar. É uma vegetação que pode ser considerada praticamente sempre verde,

isto é, com muito pouca perda de folhas, onde raramente as culturas necessitam de

irrigação complementar. Ocorre nos ambientes com larga dominância de Latossolos

e Argissolos, destacadamente os Amarelos no ambiente dos Tabuleiros Costeiros e

os Vermelho–Amarelos, bem como, os Amarelos no ambiente de rochas cristalinas.

Onde domina esta vegetação, os solos são de baixa saturação por bases.

Em áreas localizadas no extremo norte do Estado, onde as chuvas são mais

abundantes com médias anuais acima de 2.000 mm, esta formação, pode, talvez,

ser enquadrada dentro da floresta perenifólia. No geral, entre as muitas espécies

encontradas, podem ser citadas Parkia pendula Benth. (visgueiro), Sloanea

obtusifolia (Moric.) Schum. (marmajuda), Bowdichia virgilioides H.B.K. (sucupira),

Byrsonima sericea DC. (murici-da-mata), Sclerolobium densiflorum Benth. (ingá-de-

porco), Gallezia gorazema Moq. (pau-d’alho), entre outras.

1.6.4 – Floresta subcaducifólia

Essa vegetação, em parte, corresponde à “mata-seca” descrita por Andrade

Lima (1960) e, em parte, à “floresta estacional caducifólia costeira” também

descrita por Andrade Lima (1961). Atualmente, essa formação florestal encontra-se

quase totalmente substituída pelas atividades relacionadas ao cultivo da cana-de-

açúcar e outras culturas, só existindo poucos remanescentes, especialmente nas

áreas com relevos mais íngremes na região de São José da Laje, Maribondo e Igreja

54

Nova. A vegetação tem um porte em torno de 20 m (estrato mais alto) e apresenta

como característica importante, uma razoável perda de suas folhas no período

seco, notadamente no estrato arbóreo. Na época chuvosa, a sua fisionomia

confunde-se com a da floresta subperenifólia, no entanto, no período seco,

acentua-se a diferença entre elas. Os Argissolos Vermelho-Amarelos e Vermelhos,

Neossolos Litólicos e Cambissolos, comumente com alta saturação por bases, e

Chernossolos, são os principais solos relacionados com este tipo de floresta. Tais

solos apresentam, frequentemente, horizonte A moderado ou A proeminente. Nesta

formação podem ser citadas espécies arbóreas como Tabebuia chrysotricha (Mart.

ex- DC.) Standley (pau-d’arco-amarelo), Cordia trichoma (Vell.) Arab. ex-Steud (frei-

jorge), Plathymenia foliolosa Benth. (amarelo), Bowdichia virgilioides H.B.K.

(sucupira), Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb (pau-d’arco-roxo) e

Pithecolobium polycephalum Benth. (camondongo). No substrato rasteiro são

encontradas gramíneas e colônias de bromeliáceas.

1.6.5 – Floresta caducifólia

Em função das atividades agropecuárias, esta formação florestal encontra-se

bastante devastada, tornando-se difícil sua identificação no campo. É uma

vegetação situada na transição para o ambiente das caatingas, numa faixa que

segue na direção de Palmeiras dos Índios a Olho d’Água Grande. Caracteriza-se por

apresentar espécies dominantemente decíduas, porte da ordem de 10 m a 15 m e

com árvores muito ramificadas, pouco densas, com folhas pequenas e, em adição,

já apresenta algumas espécies comuns à caatinga. Por isso, algumas vezes pode

ser confundida com a caatinga hipoxerófila de porte arbóreo, mas diferencia-se da

mesma por não apresentar muitas espécies espinhosas e xerófilas que são típicas

da caatinga. Argissolos Vermelhos, Latossolos Vermelho-Amarelos e Neossolos

Litólicos com alta saturação por bases, bem como, Luvissolos, Planossolos e

Chernossolos são os principais solos relacionados com as áreas de ocorrência desta

vegetação. Entre as espécies antes encontradas merecem citação: Miracrodon

urundeuva (aroeira), Ziziphus joazeiro Mart. (juazeiro), Schinopsis brasiliensis Engl.

(braúna), Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenan (angico), Enterolobium

contortisiliquum (Vell.) Morong. (tamboril, orelha de negro), Tabebuia chrysotricha

(Mart.ex DC.) Standley (pau-d’arco-amarelo), Syagrus oleraceae (Mart.)

Becc.(catolé), Cedrela sp. (cedro) e outras.

1.6.6 - Cerrados

Esta formação ocorre em pequenas áreas isoladas no topo dos Tabuleiros

Costeiros, sobretudo, na parte sul, e também numa estreita faixa costeira no litoral

norte do Estado. Segundo Andrade Lima (1960), os cerrados caracterizam-se por

um manto herbáceo, com predominância de gramíneas, onde se intercalam árvores

55

tortuosas, de súber espesso e com folhas mais ou menos coriáceas. Na zona úmida

costeira ocorrem como cerrados do tipo subperenifólios. Relacionam-se com os

ambientes onde ocorrem Espodossolos, Argissolos Acinzentados, Argissolos

Amarelos fragipânicos, Argissolos e Latossolos Amarelos petroplínticos e

Plintossolos Pétricos, todos, em geral, muito dessaturados de bases. Como

exemplos são citadas algumas espécies, entre as quais, Byrsonima cidoniaefolia

Juss. (murici-do-tabuleiro), Curatella americana L. (lixeira ou cajueiro-brabo),

Hancornia speciosa Gomes (mangaba), Anacardium occidentale L. (cajueiro),

Ouratea sp. (batiputá) e Miconia ferruginata DC. (apaga-fogo). No substrato

destacam-se gramíneas, representadas pela Echnolaena inflexa (Poir) Chase, e

ciperáceas, como a Bulbostylis spp.

1.6.7 - Manguezais

Andrade Lima (1961) denominou esta formação como floresta de alagados

litorâneos. Na realidade, trata-se de uma vegetação relativamente uniforme, com

presença de raízes adventícias, folhas espessas e coriáceas, e troncos finos e

retorcidos, que se desenvolve nos ambientes relacionados às desembocaduras dos

rios, no encontro das águas doces com as águas salgadas. Os manguezais

apresentam feição característica, muitas vezes, com predominância de uma só

espécie. Por vezes, apresentam um denso emaranhado de raízes adventícias que

formam escoras no terreno frouxo, escuro e lamacento. Dentre as espécies

destacam-se Rhizophora mangle L. (mangue vermelho), Conocarpus erectus L.

(mangue-ratinho ou de botão), e Leguncularia racemosa Gaertn. F. (mangue

branco). Ainda merece citação as espécies Acrosticum aureum L. (samambaia-açu)

em áreas marginais, e Avicenia nítida Jacq. (mangue catolé) em áreas onde a

influência do teor salino diminui. Os manguezais estão relacionados com os Solos

Indiscriminados de Mangues que incluem Gleissolos e Organossolos (salinos e, ou

tiomórficos).

1.6.8 - Vegetação de transição

Em função das dificuldades para caracterização de alguns tipos de

vegetação, estas foram reconhecidas como formações transicionais, como por

exemplo: transição floresta subcaducifólia/caatinga hipoxerófila, floresta

subperenifólia/cerrado, caatinga hiperxerófila/caatinga hipoxerófila, entre outros.

Floresta subperenifólia/cerrado - Constitui uma vegetação compreendendo

espécies das formações básicas referentes à floresta subperenifólia e ao cerrado,

mas com predominância de espécies da primeira. Ocorre no litoral norte do Estado.

Floresta caducifólia/caatinga hipoxerófila - Trata-se de uma vegetação

compreendendo espécies das formações básicas referentes à floresta caducifólia e

56

à caatinga hipoxerófila, porém com predominância das características gerais e

espécies da primeira. Sua ocorrência pode ser observada na região de Santana do

Ipanema e Mata Grande.

Caatinga hiperxerófila/caatinga hipoxerófila - Trata-se de uma vegetação

compreendendo espécies e características das formações básicas referentes à

caatinga hiperxerófila e à caatinga hipoxerófila, mas predominância das formações

básicas da primeira. Sua ocorrência pode ser observada na região de Olho d’Água

do Casado e Mata Grande.

1.6.9 - Caatingas

São formações ricas em plantas espinhosas, decíduas e xerófilas que têm

como habitat principal as regiões semiáridas e mesmo de aridez mais atenuada em

grande parte na região Nordeste do Brasil e parte na região Norte do Estado de

Minas Gerais.

Em Alagoas, estas formações vegetais dominam os ambientes situados entre

Arapiraca e o extremo oeste do Estado. As famílias das leguminosas, cactáceas,

malváceas, bromeliáceas e euforbiáceas parecem ter maior ocorrência nessa

vegetação. Conforme o maior ou menor grau de xerofitismo da vegetação, função

de variações climáticas (quantidade e distribuição das chuvas), solos e seu regime

de umidade, estas formações são usualmente divididas em caatinga hipoxerófila,

caatinga hiperxerófila e caatinga de várzea.

Caatinga hipoxerófila

Apresenta caráter xerófilo menos acentuado quando relacionado com a

caatinga hiperxerófila. Situa-se dominantemente na região entre Arapiraca, Ouro

Branco e Pão de Açúcar.

Grande parte das espécies da caatinga hipoxerófila também ocorrre na

caatinga hiperxerófila e vice-versa. No entanto, as arecáceas, catolé e ouricuri

(Syagrus spp.), pelo que foi observado, ocorrem na caatinga hipoxerófila ou na

floresta caducifólia. Portanto, servem para indicar o limite entre a caatinga

hipoxerófila e a hiperxerófila. A seguir, apresenta-se uma lista resumida de espécies

da caatinga hipoxerófila, algumas das quais exóticas, mas já bem adaptadas à

região: Caesalpinia pyramidalis Tul. (catingueira), Cassia excelsa Schrad.

(canafístula), Parkinsonia aculeata L. (turco), Erythrina velutina Willd. (mulungu),

Mimosa tenuiflora (jurema-preta), Mimosa sp. (unha-de-gato ou espinheiro),

Anadenanthera macrocarpa (angico), Bromelia laciniosa Mart. (macambira),

Spondias tuberosa Arruda (imbuzeiro), Schinopsis brasiliensis Engl. (baraúna),

Croton sp. (marmeleiro) e Ziziphus joazeiro (juazeiro). Destaca-se que no estrato

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rasteiro é comum a presença de cactáceas. Nos ambientes onde predomina a

caatinga hipoxerófila os solos mais importantes incluem Planossolos, Neossolos

Regolíticos, Neossolos Litólicos, Luvissolos e alguns Argissolos e Cambissolos.

Caatinga hiperxerófila

É a caatinga característica da região semiárida da zona do Sertão, com

xerofitismo mais acentuado em relação à caatinga hipoxerófila. Ocorre em áreas

geralmente com menor quantidade e maior irregularidade das chuvas, em relação às

áreas ocupadas pela caatinga hipoxerófila. Esta vegetação ocupa os ambientes

localizados no extremo oeste do Estado, exceto nas áreas elevadas serranas.

Possui, geralmente, uma vegetação de pequeno porte, arbustiva ou arbustiva-

arbórea e relativamente aberta. Ocupa ambientes onde dominam Planossolos,

Neossolos Litólicos, Neossolos Regolíticos e Luvissolos. Entre as várias espécies

que integram essa vegetação as mais características são as seguintes:

Aspidosperma pyrifolium Mart. (pereiro), Pilocereus gounellei Webber (xiquexique),

Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax. e K. Hoffm. (favela), Caesalpinia

pyramidalis Tul. (catingueira), Calliandra depauperata Benth. (carqueja).

Caatinga de várzea

Em termos de fitofisionomia esta vegetação se assemelha com a caatinga

hiperxerófila, sendo geralmente arbustiva e pouco densa. Situa-se ao longo das

calhas de rios e riachos e nas margens e ilhas do rio São Francisco. Domina em

ambientes onde ocorrem solos profundos, com alta saturação por bases, das

classes dos Neossolos Fúvicos e de alguns Cambissolos Flúvicos. São, portanto,

áreas onde a umidade permanece por um tempo mais prolongado em relação aos

terrenos adjacentes com rochas cristalinas. Daí porque essa vegetação se

diferencia em reflexo a essa diferença de umidade do ambiente. Algumas das

espécies que são mais destacadas nesses ambientes são conhecidas popularmente

como quixabeira, marizeiro, turco, entre outras. Em alguns riachos, com presença

de solos salinos e salino-sódicos, como no Moxotó, a algaroba (Prosopis juliflora) é

uma das espécies muito tolerante aos altos teores salinos e que se adapta a essas

condições. A carnaúba (Copernicea prunifera) também é uma espécie que ocorre

nesses ambientes.

1.6.10 - Campos e outras formações

Campos de restinga

Essa vegetação aparece logo após as formações das praias e com elas, por

vezes, confunde-se. É uma vegetação arbustiva de densidade variável tendo nas

áreas mais abertas algumas espécies comuns aos cerrados dos tabuleiros costeiros.

58

Comumente fica intercalada no contexto da floresta perenifólia de restinga.

Relaciona-se com as classes dos Neossolos Quartzarênicos e Espodossolos. Entre

as espécies presentes podem ser citadas: Axonopus aureus Beauv., Heliconia

angustifólia Hook (paquevira), Polygala lancifolia St. Hil., Byrsonima gardneriana

Juss. (murici-da-praia ), Croton sellowii, Melocactus violaceus Pfieff. (coroa-de-

frade), Murcia spp. (murta), Cuphea flava Spreng., Guettarda platypoda DC. e

Lagenocarpus martii Nees.

Campos de várzea

Relacionam-se com as áreas das várzeas úmidas e alagadas, em periferias de

cursos d’água e lugares úmidos onde, de certo modo, existe acúmulo das águas

dos rios, riachos e de chuvas. É uma vegetação constituída por estratos baixos ou

rasteiros, herbáceos ou hebáceos-arbustivos, porém formando comunidades

densas. Nessas comunidades geralmente predominam muitas espécies das famílias

das gramíneas e ciperáceas. Conforme a maior ou menor permanência da umidade

do ambiente, essa vegetação pode ser subdivida em campos higrófilos de várzea

(com menos umidade ou alagamento temporário) e campos hidrófilos de várzea

(com maior permanência da umidade ou alagamento permanente). Podem compor

formações densas, mas, por vezes, quando relacionadas com Gleissolos Salinos ou

Tiomórficos, geralmente nas proximidades de mangues, são abertas com presença

de 3 a 4 espécies onde uma delas, como o junco (Eleocharis sp.- Ciperácea), pode

ser a responsável pela fisionomia principal da área. Entre as espécies comuns nos

campos hidrófilos ou não, merecem destaque, da família gramínea: Panicum

virgatum; da Ciperácea: Cyperus giganteus; da Arácea: Montrichardia sp.; da

Polipodiácea: Acrosticum sp. Algumas espécies pertencentes aos gêneros Panicum,

Paspalum e Cyperus estão mais relacionadas com os campos higrófilos, onde

ocorrem Neossolos Flúvicos.

Formações das praias e dunas

Trata-se de uma vegetação rasteira, comumente rala e mais ou menos

uniforme, que ocorre nas áreas sob a influência dos ventos do mar e dos

sedimentos arenosos. Relaciona-se com ambientes onde ocorrem Neossolos

Quartzarênicos tendo maior expressão no litoral sul do Estado. Essa vegetação

pode conter grupamento de moitas densas, mas dispersas, que podem atingir até 3

m de altura. Nessa vegetação a variação de espécies é pequena destacando-se a

Ipomoea pes-caprae Sweet. (salsa-da-praia) e uma gramínea de folhas rijas e longas

Sporobolus virginicus (L.) Kunth, ao lado de outras como Canavalia maritima (Aubl.)

Thou., Cereus pernambucensis Lemaire, Phaseolus sp. e Paspalum sp. Nas dunas

também é comum a presença de cactáceas.

59

Formações rupestres

São formações que se desenvolvem nos lajeados de granitos, migmatitos e

outras rochas que constituem os afloramentos rochosos da área. Destacam-se

nestas formações, espécies de baixo porte pertencentes, principalmente, às

famílias das Cactáceas, Bromeliáceas, Apocináceas e Veloziáceas.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 - TRABALHO DE CAMPO

O planejamento e a execução do mapeamento de solos, na escala

1:100.000, seguiram, em linhas gerais, os procedimentos normativos de

levantamentos pedológicos (EMBRAPA, 1995) e os critérios para distinção de fases

de unidade de mapeamento (EMBRAPA, 1988), acrescidos do uso das

geotecnologias disponíveis. A fase inicial dos trabalhos consistiu na organização

das bases cartográficas e imagens de satélite e, ou de radar (escala 1:100.000 ou

maior) utilizadas nas diversas fases do levantamento pedológico. Em seguida, foi

realizada a divisão da área de estudo por equipe de trabalho (seis equipes) para

iniciar o levantamento de campo. Quando esta fase foi atingida, as diversas

equipes devidamente treinadas em estudos semelhantes iniciaram o mapeamento

de solos. No decorrer das atividades, cada equipe produziu uma legenda de solos

conforme sua área de estudo.

Durante o mapeamento de solos no campo procurou-se, sempre,

correlacionar os diferentes tipos de solos com os fatores de formação mais

importantes na área de estudo (relevo, vegetação/clima e material originário). Em

conformidade com o nível do mapeamento, foram realizados exames morfológicos

de solos (georreferenciados) numa proporção média de 1 exame para cada 4 km2.

Os exames foram realizados aproveitando as vias de acesso disponíveis,

preferencialmente em sentido perpendicular as linhas de drenagem, de modo a se

observar o arranjamento de solos nas diferentes topossequências da área de

estudo. Com essa estratégia, foi possível conhecer as principais relações solo-

paisagem das áreas mapeadas. Foram ainda anotadas informações referentes à

altitude, drenagem, tipo de horizonte superficial, fases de relevo, pedregosidade,

rochosidade, erosão, substrato, além do uso agrícola e da taxonomia dos solos.

Tomando por base estas informações, estabeleceram-se o conceito e os padrões de

composição das diversas unidades de mapeamento de solos na região de estudo e

determinaram-se os elementos chaves ou padrões de interpretação em imagens de

satélite, os quais foram utilizados como ferramenta de apoio na cartografia de

solos.

60

Os exames de solos, visando o mapeamento pedológico, foram realizados em

cortes de estradas, barrancos de erosão, trincheiras e por meio de sondagens com

o uso de trado. Na medida em que os trabalhos de campo se desenvolviam, cada

equipe pedológica procedia ajustes, complementações e correções na legenda de

solos, incorporando novos conhecimentos sobre a área mapeada.

Para apoiar o mapeamento, utilizaram-se imagens do satélite (Landsat TM) na

escala aproximada de 1:100.000 e folhas de restituição aerofotogramétrica,

escalas 1:100.000 e 1:50.000, elaboradas pela diretoria do Serviço Geográfico do

Exército, em convênio com a Divisão de Cartografia da Superintendência do

Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE. Também foram utilizadas imagens de

radar nas escalas 1:100.000 e 1:250.000.

Em conformidade com o nível deste mapeamento de solos, foram descritos e

coletados 129 perfis representativos e aproveitados 85 perfis de estudos anteriores

(Embrapa e Usinas de cana-de-açúcar), totalizando 214 perfis de solos.

Na descrição e amostragem dos perfis foram consideradas as recomendações

e critérios constantes no manual de descrição e coleta de solo no campo (SANTOS

et al., 2005). A classificação taxonômica seguiu o Sistema Brasileiro de

Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006).

2.2 - TRABALHO DE ESCRITÓRIO

No escritório, além do planejamento das diferentes etapas dos estudos

pedológicos, foram utilizadas geotecnologias disponíveis para fins da produção da

cartografia temática. As bases cartográficas foram escanerizadas,

georreferenciadas e digitalizadas até a obtenção de arquivos vetoriais prontos para

serem trabalhados em Sistema de Informações Geográficas – SIG.

Entre os materiais cartográficos amplamente utilizados para o

desenvolvimento deste trabalho destacam-se: imagens LANDSAT TM; Imagem

SRTM – NASA; cartas topográficas da DSG/SUDENE nas escalas 1:100.000 e

1:50.000; e o mapa geológico do Estado na escala 1:250.000. Para geração e

manipulação dos dados foram utilizados os softwares ArcGis, ERDAS IMAGINE e o

GLOBAL MAPPER. Como base cartográfica para o tema solos, foram utilizadas as

cartas topográficas da DSG/SUDENE, na escala 1:100.000.

Com informações do SRTM foi possível gerar um MDT (Modelo Digital de

Terreno) que disponibilizou informações planialtimétricas de toda área de estudo.

No ambiente ArcGIS foi possível realizar interpretações preliminares da área

de estudo com base no MDT, imagem LANDSAT TM, mapa geológico, mapa de

61

vegetação e mapas de solos disponíveis (escala 1:400.000 ou maior). Nessa

análise, foram considerados aspectos diversos, como: relevo, padrão de imagens,

rede de drenagem, aspectos geológicos, dentre outros, por meio dos quais foram

traçados limites preliminares de diversas unidades de mapeamento de solos.

As interpretações preliminares elaboradas no ambiente SIG (ArcGis)

tornaram-se condições facilitadoras dos trabalhos de campo, permitindo economia

de tempo e de recursos financeiros. Por meio das checagens de campo observou-se

que muitas unidades de mapeamento já estavam pré-espacializadas, sendo

necessário, apenas, alguns ajustes de limites e o estabelecimento da composição

de solos da unidade.

Por meio do ArcGis foram elaborados os mapas contendo a representação

geográfica das diversas unidades de solos encontradas na área de estudo, como

também a base cartográfica, contendo informações da infra-estrutura, isto é, da

rede de drenagem, copos d’água, rede viária e áreas urbanas.

A área de estudo ficou inserida total ou parcialmente nas seguintes cartas

1:100.000: Sirinhaém, Porto Calvo, Palmares, Rio Largo, Maceió, Garanhuns,

União dos Palmares, São Miguel dos Campos, Piaçabuçu, Palmeira dos Índios,

Arapiraca, Propriá, Buíque, Santana do Ipanema, Pão de Açúcar, Poço da Cruz,

Delmiro Gouveia, Piranhas e Paulo Afonso.

Ao final do mapeamento pedológico, as legendas de cada equipe, elaboradas

de forma independente, foram confrontadas, comparadas e correlacionadas entre

si, com o apoio de planilhas eletrônicas e de um banco de dados em ArcGis,

visando a composição da legenda geral de solos do Estado. No banco de dados

foram cruzadas e comparadas informações vigentes nos mapas de solos gerados

pelas diferentes equipes. A unificação e, ou fusão de diferentes unidades de

mapeamento concebidas pelas diferentes equipes de trabalho obedeceu aos

seguintes critérios: primeiro, levando em conta a semelhança quanto à fase de

vegetação; segundo, a semelhança quanto à fase de relevo; terceiro, a semelhança

quanto ao padrão de solos componentes da unidade de mapeamento, observando a

natureza do material de origem; e quarto, a semelhança quanto à proporção de

solos na unidade mapeada.

Para organização da legenda de solos, em geral, seguiram-se os seguintes

princípios: (a) primeiro foram ordenados os solos com boa drenagem, dos mais

desenvolvidos para os menos desenvolvidos, vindo depois os solos com diferentes

níveis de deficiência de drenagem; (b) em seguida, foram ordenados os solos dos

ambientes mais úmidos para os mais secos; e (c) por fim, ordenaram-se os solos

dos relevos mais planos para os mais movimentados.

62

2.3 – MÉTODOS DE ANÁLISE DE SOLO

As amostras de solo coletadas no campo foram secas ao ar, destorroadas e

passadas em peneira com abertura de 2 mm de diâmetro. Na fração maior que 2

mm fez-se a separação de cascalho e calhaus. A fração inferior a 2 mm constituiu a

terra fina seca ao ar (TFSA), onde se fizeram as determinações físicas, químicas e

mineralógicas, conforme metodologias descritas em Embrapa (1979) e Embrapa

(1997).

2.3.1 - Análises físicas

Composição granulométrica da fração TFSA - Representa a proporção das

frações granulométricas, areia, silte e argila. Foi determinada por peneiramento e

sedimentação. Emprega-se NaOH e, em casos especiais, o hexametafosfato de

sódio como agente químico de dispersão e o agitador de alta rotação. A argila foi

determinada por método densimétrico e a fração areia por peneiramento, utilizando

a peneira de malha 0,05 mm. A areia grossa foi separada da areia fina com o uso

da peneira de malha 0,20 mm e o silte obtido por diferença. Os resultados foram

expressos em números inteiros, na unidade de g kg-1.

Argila dispersa em água - Determinada por sedimentação pelo método

densimétrico, sendo usado o agitador de alta rotação e água destilada como agente

dispersante.

Grau de floculação (GF) - Calculado pela seguinte fórmula:

GF (%) = (% argila total - % argila dispersa em água) x 100

% argila total

Relação Silte/Argila - Determinado pela relação entre a percentagem de silte

e a percentagem de argila total.

Densidade do solo - Também denominada de densidade aparente ou

densidade global (bulk density), foi obtida utilizando anéis de Kopeck de 50 cm3 e

em alguns casos pelo método do torrão parafinado.

Densidade de partículas - É também conhecida como densidade real e foi

obtida pelo método do balão volumétrico aferido de 50 ml, empregando-se álcool

etílico absoluto.

Porosidade total (PT) - Calculada segundo a fórmula:

PT (%)= (Densidade de partículas – Densidade do solo) x 100

Densidade de partículas

63

Umidade na capacidade de campo e ponto de murcha - Foram determinadas

umidades em amostras deformadas e pré-saturadas sobre placa de cerâmica nas

condições de pressão de 0,01 MPa, 0,03 MPa e 1,5 MPa nos extratores de

Richards e panela de pressão. A água disponível foi obtida pela diferença entre o

teor de água na capacidade de campo (0,01 MPa ou 0,033 MPa, conforme a

textura do solo) e o teor de água no ponto de murcha permanente (1,5 MPa). Na

ausência dos valores de retenção de umidade a 0,01 Mpa ou 0,03 Mpa

determinou-se o equivalente de umidade, em amostras pré-saturadas submetidas à

centrifugação (2.440 rpm) por 30 minutos (EMBRAPA, 1979).

2.3.2 - Análises químicas

pH em água e em KCl 1 mol L-1 – Foram determinados potenciometricamente

numa suspensão solo:líquido (v/v) de aproximadamente 1:2,5.

Carbono orgânico – Determinou-se pela oxidação da matéria orgânica via

úmida com dicromato de potássio 0,4 mol L-1 em meio sulfúrico e titulação pelo

sulfato ferroso 0,1 mol L-1 usando a difenilamina como indicador.

Nitrogênio total – Foi analisado por digestão da amostra com mistura ácida

sulfúrica, na presença de sulfatos de cobre e de sódio; a dosagem do N foi feita por

volumetria com HCl 0,01 mol L-1 após retenção do NH3 em ácido bórico, em

câmara de difusão.

Fósforo assimilável – Foi extraído com solução de HCL 0,05 mol L-1 + H2SO4

0,025 mol L-1 e determinado colorimetricamente em presença do ácido ascórbico.

Cálcio, Magnésio e Alumínio trocáveis – Foram extraídos com solução normal

de KCl. O alumínio foi determinado volumetricamente com solução diluída de NaOH

0,025 mol L-1. O cálcio mais magnésio foram determinados conjuntamente por

titulação complexiométrica com solução de EDTA 0,0125 mol L-1; o cálcio foi

determinado isoladamente por titulação complexiométrica, também com solução de

EDTA, e o magnésio, separadamente, foi obtido por diferença.

Acidez extraível (H+ + Al3+) - Extração feita com solução tamponada de

acetato de cálcio normal a pH 7,0 e titulação com NaOH 0,0606 N na presença de

fenolftaleína.

H extraível – Corresponde à diferença entre a acidez extraível e o alumínio

trocável, conforme a expressão: H+= (H+ + Al3+) - Al3+.

Potássio e sódio trocáveis – A extração foi feita com solução diluída de HCl

0,05 mol L-1 e determinados por espectrofotometria de chama.

64

Soma de bases (Valor S) – Foi obtida pela expressão:

S = (Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+).

Capacidade de troca de cátions (Valor T) - O valor T foi calculado pela

fórmula:

T = [S + (H+ + Al3+)].

Saturação por bases (Valor V) - O valor V foi calculado pela fórmula:

V (%) = 100 S/T.

Saturação por Alumínio (Valor m) - O valor “m” foi obtido pela fórmula:

m (%) = 100 [Al3+/(S+Al3+)].

Percentagem de saturação por sódio (PST) - Calculado pela fórmula:

PST (%) = 100 (Na+/T).

Ataque sulfúrico – Realizado na TFSA para extração de ferro, titânio,

manganês, fósforo e subsequente extração de sílica no resíduo. O tratamento da

terra fina foi feito com solução de H2SO4 1:1 (volume), por fervura, sob refluxo,

com posterior resfriamento, diluição e filtração. No resíduo foi determinado SiO2 e

no filtrado Fe2O3, Al2O3, TiO2, MnO e P2O5.

Relação molecular - Ki - Calculada pela fórmula:

Ki = (%SiO2 x 1,70)/(%Al2O3)

Relação molecular - Kr - Calculada pela fórmula:

Kr = (%SiO2 x 0,60)/(%Al2O3 x 1,02 + %Fe2O3 x 1,60)

Relação molecular – Al2O3/Fe2O3 - Calculada pela fórmula:

Al2O3/Fe2O3 = (%Al2O3 )/( %Fe2O3 x 1,57)

Percentagem de água da pasta saturada - Determinada por mistura de terra

fina seca ao ar com adição gradual de água.

Condutividade elétrica do extrato de saturação (CE) – Foi determinada por

condutivimetria no extrato de saturação, proveniente da filtração da pasta saturada.

Sais solúveis – Foram determinados pela medição de cátions e ânions no

extrato aquoso proveniente da filtração a vácuo da pasta saturada.

65

Cálcio, magnésio, potássio e sódio solúveis – A determinação foi realizada no

extrato de saturação, segundo métodos similares aos adotados para as

determinações desses elementos na forma trocável.

Carbonatos, bicarbonatos, cloretos e sulfatos – Foram determinados no

extrato de saturação: CO32-; HCO3

- e Cl- por volumetria e SO42- por gravimetria.

Equivalente de carbonato de cálcio (CaCO3) – Determinado na TFSA por

ataque da amostra com excesso de solução padrão de HCl 0,5 mol L-1 a quente. A

titulação do excesso de ácido foi realizada com NaOH 0,25 mol L-1 usando a

fenolftaleína como indicador.

2.3.3 - Análises mineralógicas

Calhaus, cascalhos e areias - Os componentes mineralógicos foram

identificados por métodos óticos, usando-se o microscópio polarizante e lupa

binocular, sendo feita a contagem das espécies minerais sobre placa milimetrada ou

papel milimetrado e, quando necessário, foram empregados microtestes químicos.

Nas frações calhaus e cascalhos a análise foi qualitativa. Já na fração areia

(grossa + fina), se fez a análise qualitativa e semiquantitativa dos componentes

mineralógicos, sendo os resultados expressos sob a forma de percentagem.

2.4 – SUBDIVISÃO DE CLASSES DE SOLOS E FASES EMPREGADAS

Os critérios utilizados para o estabelecimento, subdivisão de classes e

organização da legenda de solos constam no Sistema Brasileiro de Classificação de

Solos – SiBCS (EMBRAPA, 2006), na súmula da reunião técnica de levantamento

de solos (REUNIÃO ....., 1979), em critérios para distinção de classes de solos e de

fases de unidades de mapeamento (EMBRAPA, 1988), no manual de descrição e

coleta de solo no campo (SANTOS et al., 2005) e nos procedimentos normativos

de levantamentos pedológicos (EMBRAPA, 1995). Os critérios de maior importância

para a região estudada estão discriminados em seguida.

Cor - Critério adotado para subdivisão das classes de solos com alto grau de

desenvolvimento pedogenético. Foi utilizado para subdivisão de Latossolos,

Argissolos e Nitossolos. O critério de cor se aplica aos primeiros 100 cm do

horizonte B diagnóstico, inclusive o BA. Os padrões utilizados foram: acinzentado,

amarelo, vermelho-amarelo e vermelho.

Acinzentado – Padrão de cor com maior ocorrência nos matizes 7,5 YR,

10YR, 2,5Y e 5Y com croma menor ou igual a 3 e valor maior ou igual a 4.

66

Amarelo – Padrão de cor nos matizes 7,5YR, 10YR, 2,5Y e 5Y com croma

maior que 3 e valor normalmente maior que 4.

Vermelho – Padrão de cor no matiz 2,5YR ou mais vermelho, incluindo cores

no matiz 5YR, mas com valores e cromas menores ou iguais a 4.

Vermelho-Amarelo – Cores vermelho-amareladas ou amarelo-avermelhadas

que não se enquadram nos padrões anteriores.

Atividade da fração argila (Tfa) - Refere-se à capacidade de troca de cátions

da fração argila do solo, sem considerar a correção para o teor de carbono. É

calculada pela expressão:

Tfa = 100 T/(% argila)

Onde:

T= [S + (H+ + Al3+)] e S= (Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+).

A atividade da fração argila é considerada baixa (Tb) quando o valor Tfa é

inferior a 27 cmolc kg-1 de argila, e alta (Ta) quando o valor Tfa é igual ou superior a

27 cmolc kg-1 de argila. Esse critério não é utilizado em solos arensos ou quando a

classe de solo, por definição, é considerada com argila de atividade baixa ou alta.

Saturação por bases (valor V%) - Refere-se à proporção, em porcentagem,

dos cátions básicos trocáveis: cálcio, magnésio, potássio e sódio (valor S), em

relação à capacidade total de troca de cátions do solo (valor T). Em geral,

considera-se a saturação por bases no horizonte B, e, na ausência deste, no

horizonte C. No caso dos Neossolos Litólicos, a saturação por bases é avaliada,

também, no horizonte A. Para o cálculo da saturação por bases utiliza-se a seguinte

expressão:

V% = 100 S/T

Em conformidade com a saturação por bases, os solos são classificados

como distróficos, quando V < 50%, ou eutróficos, quando V ≥ 50%. Esse critério

não se aplica quando, por definição, o solo é eutrófico.

Saturação por sódio (PST) - Refere-se à proporção de sódio trocável em

relação à capacidade de troca de cátions do solo (valor T), conforme a expressão:

PST = 100 (Na+)/T

Em geral, a saturação por sódio é avaliada no horizonte B e, ou C, em

conformidade com a seção de controle que define a classe de solo. Usa-se o termo

67

solódico para distinguir horizontes ou camadas com saturação por sódio variando

de 6% a <15%, e o termo sódico para os horizontes ou camadas em que a

saturação por sódio é ≥15%.

Salinidade - Propriedade referente à presença de sais mais solúveis em água

que o sulfato de cálcio (gesso) em quantidade que interfere no desenvolvimento da

maioria das culturas. É expressa por meio da condutividade elétrica (CEe) medida no

extrato de saturação do solo. Usa-se o termo salino para expressar CEe ≥ 4 dS m-1

e < 7 dS m-1 (a 25ºC) em um ou mais horizontes ou camadas dentro da seção de

controle que define a classe de solo. Quando a CEe ≥ 7 dS m-1 (a 25ºC) usa-se o

termo sálico para distinguir horizontes ou camadas dentro da seção de controle da

classe de solo.

Profundidade do contato lítico - Refere-se ao material subjacente ao solo

(exclusive horizontes diagnósticos cimentados) que impede o livre crescimento das

raízes de modo que estas se limitam às fendas, por ventura, existentes. O contato

lítico é representado pela rocha sã e por rochas sedimentares parcialmente

consolidadas, tais como arenitos, siltitos, margas, folhelhos, ardósias ou por

saprolito pouco alterado (CR). O termo lítico é usado para indicar solos que

apresentam o contato lítico dentro de 50 cm, exceto nos casos que, por definição,

já está implícito na classe de solo. Usa-se o termo léptico para indicar solos com o

contato lítico entre 50 cm e 100 cm ou entre 50 cm e 120 cm, conforme a classe

de solo. O contato lítico pode ser considerado do tipo fragmentário quando o

substrato rochoso encontra-se fraturado, permitindo o livre crescimento de raízes e

a percolação de água.

Caráter plíntico – Refere-se aos solos que apresentam conteúdo de plintita e,

ou espessura do horizonte insuficiente para caracterizar horizonte plíntico em

alguma parte da seção de controle que defina a classe. Este caráter requer plintita

em quantidade mínima de 5% por volume. A plintita é uma forma de concentração

ferruginosa com dimensões maior que 2 mm, apresentando consistência firme,

estável em água e cortável com uma faca ou pá.

Caráter concrecionário - Termo usado para diferenciar solos que apresentam

petroplinita na forma de nódulos e, ou concreções, em um ou mais horizontes

dentro da seção de controle que defina a classe, em quantidade e, ou com

espessura do horizonte insuficientes para caracterizar horizonte concrecionário.

Este caráter requer petroplintita em quantidade mínima de 5% por volume.

Caráter litoplíntico – É uma característica usada para diferenciar solos que

apresentam petroplintita na forma consolidada e contínua, em um ou mais

68

horizontes dentro da seção de controle que defina a classe, com espessura

insuficiente para caracterizar horizonte litoplíntico.

Solos com alto teor de alumínio – São solos que apresentam no horizonte B,

ou na ausência deste, no C, um teor de alumínio extraível maior ou igual a 4 cmolc

kg-1 de solo. Quando a atividade da argila for < 20 cmolc kg-1 de argila e o valor V

< 50%, os solos apresentam o caráter alumínico. Se a atividade da argila for ≥ 20

cmolc kg-1 de argila e o valor V < 50%, o solo apresenta o caráter alítico.

Materiais sulfídricos – Referem-se aos materiais que contêm compostos de

enxofre oxidáveis. Normalmente ocorrem em áreas encharcadas, como nas várzeas

úmidas costeiras, com influência de águas sulfatadas salobras do mar. Os sulfetos

presentes nos materiais sulfídricos quando expostos às condições aeróbicas reagem

e se tornam oxidados o que leva a formação do ácido sulfúrico. Nestas condições o

pH poderá baixar para valores inferiores a 3, condicionando a formação de solos

tiomórficos.

Caráter úmbrico – Serve para diferenciar classes solos que apresentam o

horizonte superficial do tipo A proeminente.

Caráter coeso – Trata-se de horizontes pedogenéticos subsuperficiais, não

cimentados, densos, duros a extremamente duros quando secos, mas que no

estado úmido a consistência varia de friável a firme. A coesão é um fenômeno

totalmente reversível, ou seja, se o solo voltar ao estado seco torna-se coeso

novamente e, se voltar ao estado úmido, retorna à consistência friável a firme.

Comumente ocorre no topo do horizonte B e, ou na transição do B para o horizonte

A (AB ou BA), especialmente nos solos não arenosos no ambiente dos tabuleiros

costeiros.

Caráter dúrico – Refere-se aos horizontes com cimentação forte do tipo

duripã ou “ortstein”, cujos agentes cimentantes podem ser compostos silicosos

(duripã), aluminossilicatos (ortstein), entre outros, mas excluem compostos

ferruginosos ou cálcicos.

Caráter epiáquico – Refere-se aos solos que apresentam, temporariamente,

condições de oxi-redução em alguma parte do perfil de solo em função de camadas

com restrições de permeabilidade. Devido a essa dificuldade de infiltração da água,

a zona que se torna saturada, temporariamente, exibe características morfológicas

que sinalizam os fenômenos de oxi-redução. Trata-se da presença de mosqueados

originando um padrão variegado ou em quantidade, no mínimo, comum (2% a

20%) e com contraste distinto.

69

Caráter hidromórfico – Ocorre nos ambientes com excesso de umidade, isto

é, com lençol freático elevado durante grande parte do ano e na maioria dos anos.

Em consequência, os solos formados nesses ambientes são mal ou muito mal

drenados. Os sinais indicadores mais importantes desses ambientes são, por

exemplo, a presença de horizonte H hístico, horizonte glei e cores de redução com

croma ≤ 3, ou nos matizes 5GY, 10GY, 5G, 5GB, 10GB, 5B, 10B, entre outros.

Presença de carbonatos - Propriedade referente à presença de CaCO3

equivalente (% peso) sob qualquer forma de segregação, inclusive de concreções,

dentro da seção de controle da classe de solo. Usa-se o termo com carbonato

quando o teor de CaCO3 equivalente for de 5% a < 15% e o termo carbonático

quando o teor de CaCO3 equivalente for ≥ 15%.

Características intermediárias entre classes de solos – Trata-se de solos que

apresentam atributos marcantes de outras classes de solo. Por exemplo, solos que

não pertencem à classe dos Latossolos, mas com eles guardam semelhanças

morfológicas, físicas e químicas, são discriminados com o termo latossólico. Outros

solos que apresentam características intermediárias para os Planossolos, isto é,

presença de horizontes adensados com permeabilidade lenta, mosqueados, cores

de redução, mas que não satisfazem aos critérios da ordem dos Planossolos, são

discriminados com o termo planossólico. Já os solos que apresentam horizontes

vérticos, mas não pertencem à classe dos Vertissolos, são discriminados pelo

termo vertissólico.

Os termos mais utilizados para indicar as características intermediárias entre

classe de solos são: latossólico, argissólico, nitossólico, planossólico, vertissólico,

gleissólico, cambissólico, neofluvissólico, chernossólico, plíntico, espódico,

organossólico, entre outros.

Textura e espessura de horizontes superficiais arenosos - Esse critério serve

para discriminar as classes de solos que apresentam horizontes superficiais

espessos e arenosos, porém apresentando textura média ou mais fina em

subsuperfície. Assim, o termo arênico serve para designar solos com textura

dominantemente arenosa desde a superfície até uma profundidade de 50 cm a 100

cm. Já o termo espessarênico, caracteriza solos com textura dominantemente

arenosa desde a superfície até mais de 100 cm de profundidade.

Textura de horizontes subsuperficiais em solos arenosos - Para melhor

subdividir os Neossolos Quartzarênicos e os Neossolos Regolíticos com vistas a

uma melhor interpretação do seu potencial para manejos diversos, foram adotadas

subdivisões texturais da seguinte forma: (a) com textura na classe areia-franca

70

dentro da seção de controle de 100 cm a 200 cm de profundidade; e (b) com

textura na classe areia em todo o perfil analisado, até 200 cm de profundidade.

Mudança textural abrupta - Refere-se a um considerável aumento no teor de

argila dentro de uma pequena distância vertical (<7,5 cm) na zona de transição

entre o horizonte A ou E com o horizonte subjacente B. Quando o horizonte A ou E

contém menos de 20% de argila, o teor dessa fração no horizonte B, dentro da

seção vertical <7,5 cm, deve ser pelo menos o dobro da encontrada no horizonte

sobrejacente A ou E. Porém, quando o horizonte A ou E tiver 20% ou mais de

argila, no horizonte B, dentro da seção vertical <7,5 cm, deve ter pelo menos 20%

de argila a mais que no horizonte sobrejacente A ou E.

Grupamento de classes texturais - Refere-se a uma faixa de textura que

engloba uma ou mais classes texturais. Os grupamentos utilizados foram:

- Textura arenosa – Compreende as classes texturais areia e areia-franca.

- Textura média – Compreende classes texturais ou parte delas, que

apresentam composição granulométrica com menos de 35% de argila e mais de

15% de areia, excluídas as classes texturais areia e areia-franca.

- Textura argilosa – Compreende classes texturais ou parte delas, tendo na

composição granulométrica de 35% a 60% de argila.

- Textura muito argilosa - Compreende a classe textural com mais de 60%

em teor de argila.

- Textura siltosa – Compreende parte das classes texturais que tenham

menos de 35% de argila e menos de 15% de areia.

Nos solos com expressiva variação textural entre o horizonte superficial (A)

ou (A+E) e o de subsuperfície (B) ou (C), quando o B não existe, as variações são

expressas na forma de fração (textura binária) para distinguir classes de solo. Por

exemplo, textura média/argilosa, arenosa/argilosa, arenosa e média/argilosa, média/

argilosa e muito argilosa, entre outras.

Presença de cascalhos - Refere-se à proporção de frações grossas no solo

com dimensões entre 2 mm e 2,0 cm, em relação à amostra total, independente da

natureza do material. A ocorrência de cascalho é registrada como um qualitativo

modificador da classe de textura. Assim, ocorrem solos com as seguintes classes:

- Com cascalho - Quantidade de cascalhos de 8% a <15%.

- Cascalhenta - Quantidade de cascalhos de 15% a <50%.

71

- Muito cascalhenta - Quantidade de cascalhos ≥ 50%.

Horizontes diagnósticos superficiais - Critério distintivo de classes de solos

com relação à natureza e desenvolvimento do horizonte superficial (mineral ou

orgânico). Na área de estudo foram identificados horizontes superficiais do tipo A

fraco, A moderado, A proeminente, A chernozêmico, A húmico e H hístico

conforme conceituado vigentes no SiBCS (EMBRAPA, 2006).

Em linhas gerais, o horizonte A fraco é pouco desenvolvido e apresenta

teores de carbono orgânico muito baixo (<0,6%). Ocorre dominantemente em

solos do semiárido. Por outro lado, o horizonte A chernozêmico apresenta teor de

bases alto, sendo eutrófico (V ≥ 65%), com boa agregação, tendo teor de carbono

orgânico de 0,6% a <8% e cores escuras (valor e croma ≤ 3 no estado úmido,

exceto nos solos ricos em carbonatos de cálcio). A espessura situa-se entre 10 cm

e 25 cm, conforme conceituado no SiBCS (EMBRAPA, 2006). Ocorre comumente

em zonas de transição, entre regiões secas e úmidas e sobre rochas calcárias. O

horizonte A proeminente é similar ao chernozêmico, exceto a saturação por bases

que é inferior a 65%. Também é comum em zonas de transição e em zonas

úmidas. O horizonte A húmico também apresenta saturação por bases inferior a

65% e destaca-se por ser relativamente espesso e rico em carbono orgânico com

cores escuras (valor e croma ≤ 4 no estado úmido). Sua identificação leva em conta

a espessura, teor de carbono e teor de argila, conforme estabelecido no SiBCS

(EMBRAPA, 2006). É mais comum em brejos de altitude e em zonas de transição,

entre ambientes úmidos e secos. O horizonte A moderado é o que não se enquadra

nos demais horizontes superficiais minerais, exclusive o antrópico. O H hístico é um

horizonte orgânico (teor de carbono orgânico ≥ 8%) que pode ser superficial ou

subsuperficial. Caracteriza-se por ser formado em ambiente mal ou muito mal

drenado. Sua espessura mínima pode variar de 10 cm a 40 cm conforme condições

estabelecidas no SiBCS (EMBRAPA, 2006).

Horizontes diagnósticos subsuperficiais - Critério distintivo de classes de

solos com relação à natureza e desenvolvimento do horizonte subsuperficial em

conformidade com a sequência de horizontes no perfil de solos. Na área de estudo

foram identificados B latossólico (Bw), B textural (Bt), B nítico, B plânico

(modalidade de Bt), B incipiente (Bi), B espódico, Horizonte plíntico, Horizonte

concrecionário, Horizonte litoplíntico, Horizonte glei, Horizonte sulfúrico, Horizonte

vértico e horizontes cimentados do tipo duripã, fragipã e “ortstein”, conforme

conceituados no SiBCS (EMBRAPA, 2006). São todos de natureza mineral.

O horizonte Bw é resultante do alto grau de intemperismo e se caracteriza

por apresentar argila de atividade baixa (<27 cmolc kg-1 de argila), grande

72

uniformidade no conjunto de seus atributos (morfológicos, físicos, químicos e

mineralógicos), textura média ou mais fina, e concentração de oxi-hidróxidos de

ferro e de alumínio e, ou caulinitas. O horizonte B nítico também é de alto grau de

intemperismo, com argila de atividade baixa, textura argilosa ou mais fina e com

grande uniformidade no seu conjunto de propriedades. Distingue-se do Bw por

apresentar estruturas moderadas a fortes e presença de cerosidade que no mínimo

é comum e moderada. O horizonte Bt é de acúmulo de argilas com textura média

ou mais fina e pode ocorrer com argila de atividade baixa ou mais raramente alta. O

B plânico é uma modalidade de Bt, dominantemente com argila de atividade alta,

caracterizado por ser um horizonte de impedimento à drenagem, precedido por uma

transição abrupta. O horizonte B plânico apresenta-se compacto, muito duro a

extremamente duro quando seco, com cores acinzentadas ou escuras, com ou sem

mosqueados, em reflexo à deficiência de drenagem resultante da sua baixa

permeabilidade. O horizonte B incipiente, com argila de atividade baixa ou alta,

apresenta textura média ou mais fina e assume uma variedade muito grande de

características conforme o seu material de origem. Trata-se de um horizonte B que

sofreu alteração física e, ou química em grau não muito avançado, porém o

suficiente para o desenvolvimento de cor e, ou de unidades estruturais no qual

mais da metade do volume não deve consistir da estrutura original da rocha mãe. O

B espódico é um horizonte de acúmulo iluvial de matéria orgânica associada com

alumínio contendo ou não ferro. Pode ocorrer na forma cimentada (ortstein) e não

cimentada. O horizonte plíntico caracteriza-se por apresentar textura média ou mais

fina com uma concentração ferruginosa segregada na forma de plintita em teor

igual ou superior a 15% por volume e espessura mínima de 15 cm. O horizonte

concrecionário é constituído por 50% ou mais de materiais grosseiros na forma de

petroplintitas (nódulos e, ou concreções de ferro) individualizadas e com espessura

mínima de 30 cm. Por sua vez, o horizonte litoplíntico é constituído por

petroplintitas na forma consolidada com espessura mínima de 10 cm. O horizonte

glei apresenta cores cinzentas de redução em função da sua formação em regime

de umidade redutor e tem uma espessura mínima de 15 cm. Pode ter qualquer

textura e menos de 15% de plintita. O horizonte sulfúrico, com espessura mínima

de 15 cm, forma-se pela oxidação de materiais minerais ou orgânicos ricos em

sulfetos cujo pH (medido na relação solo/água 1:2,5) é igual ou inferior a 3,5. O

horizonte vértico caracteriza-se pela alta atividade das argilas expansivas e pela sua

pronunciada mudança de volume conforme o teor de umidade. A textura

tipicamente varia de argilosa a muito argilosa e a espessura mínima é de 20 cm. Em

função da expansão e contração das argilas formam-se superfícies de fricção

inclinadas conhecidas como “slickensides”, estruturas prismáticas e fendas

verticais no período seco.

73

Entre os horizontes cimentados, que impedem ou dificultam a drenagem

natural e o livre crescimento de raízes, foram observados os do tipo fragipã, duripã

e ortstein. Os que apresentam cimentação fraca (não-feruginosos) constituem os

fragipãs. Neste caso, as classes de solo são discriminadas com o termo

fragipânico. Os que apresentam cimentação forte (não ferruginosos e não cálcicos)

incluem, principalmente, duripãs e “ortstein” e conjuntamente caracterizam o

caráter “dúrico”. Nesse caso os solos são discriminados com o termo dúrico.

Duripãs foram observados por Araújo Filho (2003) na classe dos Neossolos

Regolíticos no ambiente semiárido da região Nordeste do Brasil. As cimentações do

tipo “ortstein” são encontradas, sobretudo, no B espódico de Espodossolos

desenvolvidos no ambiente dos tabuleiros costeiros e na baixada litorânea.

Fases empregadas - A distinção de unidades de mapeamento de solos por

fases é um recurso utilizado com o objetivo de fornecer subsídios, especialmente, à

interpretação para fins de uso e manejo agrícola das terras. Neste estudo, foram

consideradas as fases de vegetação, relevo, pedregosidade, rochosidade, erosão e

de substrato (rocha ou sedimentos).

Fases de vegetação - Fornecem, principalmente, informações relacionadas à

maior ou menor disponibilidade hídrica do solo para as plantas. A vegetação natural

reflete, pois, as condições climáticas, dando ideia do regime hídrico dos solos de

certa região. Na área de estudo, dos ambientes mais úmidos para os mais secos,

foram constatadas fases de floresta, cerrado, campos e caatinga. As fases

constatadas foram: floresta subperenifólia, floresta subcaducifólia, floresta

caducifólia; floresta subperenifólia de restinga; floresta perenifólia de várzea,

floresta subperenifólia de várzea, floresta subcaducifólia de várzea e floresta

caducifólia de várzea; floresta perenifólia de mangue; cerrado subperenifólio;

campos de restinga; campos higrófilos de várzea, campos hidrófilos de várzea;

caatinga hipoxerófila, caatinga hiperxerófila e caatinga de várzea. Além das fases

individualizadas, também foram observados ambientes de transições, tipo floresta

subperenifólia/subcaducifólia, e associação entre fases, como floresta

subperenifólia e subcaducifólia de várzea.

Fases de relevo - Fornecem subsídios para o estabelecimento dos graus de

limitações quanto ao uso de implementos agrícolas e suscetibilidade à erosão das

terras. Foram utilizadas as seguintes fases de relevo: (a) plano, com 0% a 3% de

declive; (b) suave ondulado, com 3% a 8 % de declive; (c) ondulado, com 8% a

20% de declive; (d) forte ondulado, com 20% a 45% de declive; (e) montanhoso,

com 45% a 75% de declive; e (f) escarpado, com mais de 75% de declive.

74

Fases de pedregosidade e rochosidade - Juntamente com o relevo,

constituem os principais fatores do ambiente limitantes ao uso de implementos

agrícolas. Por vezes, essas três condições afetam simultaneamente o uso das

terras.

A fase de pedregosidade é usada quando há ocorrência de calhaus (2 cm a

20 cm) e, ou de matacões (20 cm a 100 cm), compreendendo ou não concreções

ferruginosas, em proporções superiores a 3% na massa e, ou na superfície do solo.

Na área deste estudo foram verificadas as fases epipedregosa, pedregosa e

endopedregosa. No primeiro caso a pedregosidade situa-se na superfície ou até a

profundidade de 40 cm; no segundo, desde a superfície até uma profundidade

maior que 40 cm; e no terceiro caso, posiciona-se abaixo de 40 cm de

profundidade.

A fase de rochosidade é empregada quando há exposição do substrato

rochoso (lajes de rochas ou “boulders”) de diâmetro médio maior que 100 cm, em

proporção superior a 25% da superfície ou sob uma camada delgada de solo.

Fases de substrato - Referem-se aos materiais de formação dos solos, sejam

rochas ou sedimentos. Tradicionalmente, se faz referência à fase de substrato para

as classes dos solos pouco desenvolvidos, em função dos mesmos guardarem uma

estreita relação com o seu material de origem. Foram utilizadas nos Neossolos

Litólicos e nos Cambissolos. As principais fases foram: (a) sedimentos fluviais; (b)

sedimentos; (c) folhelho, argilito e siltito; (d) folhelho e conglomerado; (e) folhelhos

calcíferos; (f) arenitos; (g) granito; (h) gnaisses e granitos; (i) quartzitos e gnaisses;

(j) granitos e gnaisses; (k) calcário; (l) calcário e conglomerado; (m) granitóides; (n)

granito, granodiorito e gnaisse; (o) gnáisses e quartzitos; (p) micaxistos; (q)

micaxistos e gnaisses; (r) granito, gnaisse e arenito; (s) gnaisse e biotita-xisto-

gnaisse e micaxisto; (t) biotita-xisto-gnaisse; (u) gnaisse, biotita-xisto-gnaisse,

quartzito e calcário; e (v) gnaisse, biotita-xisto-gnaisse e calcário.

Fase de erosão – Esta é indicada quando os solos apresentam as classes de

erosão forte, muito forte e extremamente forte (SANTOS et al., 2005).

3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

A identificação e a classificação de solos, ao longo de toposequências nas

paisagens, constituem a base para o mapeamento dos mesmos. A identificação

fundamenta-se na morfologia de solos, ao passo que a classificação tem como base

o arranjamento dos diferentes tipos de horizontes diagnósticos superficiais e

subsuperficiais dos solos e ainda tem, como suporte, uma série de atributos

diagnósticos especificados no SiBCS (EMBRAPA, 2006). Em conformidade com os

princípios básicos morfológicos e taxonômicos foram identificadas, no Estado de

75

Alagoas, todas as ordens do sistema, isto é: Latossolos, Nitossolos, Argissolos,

Luvissolos, Chernossolos, Cambissolos, Plintossolos, Planossolos, Espodossolos,

Vertissolos, Gleissolos, Neossolos e Organossolos (Tabela 3.1). A espacialização

dos solos dominantes no Estado pode ser observada na figura 3.1. Destaca-se,

ainda, que na área de estudo ocorrem determinados materiais que não constituem

solos, mas, apenas, tipos de terreno. Entre eles citam-se os afloramentos de rocha,

as superfícies pedregosas, os sedimentos inconsolidados e os materiais erodidos

integrantes das calhas de rios e riachos. Em seguida são feitas as descrições das

classes de solos (EMBRAPA, 2006) e dos tipos de terrenos mapeados.

Tabela 3.1 - Solos e tipos de terreno mapeados no Estado de Alagoas

Classes Área (km2) %

Latossolos Amarelos 2.223,21 8,01

Latossolos Vermelho-Amarelos 334,80 1,21

Latossolos Vermelhos 267,49 0,96

Latossolos Acinzentados 1,07 <0,01

Nitossolos Vermelhos 61,53 0,22

Argissolos Amarelos 4.939,41 17,79

Argissolos Vermelho-Amarelos 3.464,78 12,48

Argissolos Vermelhos 568,12 2,05

Argissolos Acinzentados 594,05 2,14

Luvissolos Crômicos 849,75 3,06

Cambissolos Háplicos 411,88 1,48

Cambissolos Flúvicos 105,13 0,38

Chernossolos Háplicos 30,22 0,11

Plintossolos Háplicos 3,39 0,01

Plintossolos Pétricos 21,40 0,08

Planossolos Háplicos 4.313,22 15,53

76

Espodossolos Ferrihumilúvicos 86,41 0,31

Espodossolos Humilúvicos 155,83 0,56

Vertissolos 11,58 0,04

Gleissolos Háplicos 1.040,50 3,75

Gleissolos Melânicos 17,97 0,06

Gleissolos Tiomórficos 16,51 0,06

Neossolos Quartzarênicos 340,20 1,23

Neossolos Regolíticos 1.779,15 6,41

Neossolos Flúvicos 565,14 2,03

Neossolos Litólicos 4.298,90 15,48

Organossolos Háplicos 44,97 0,16

Organossolos Tiomórficos 10,67 0,04

Solos Indiscriminados de Mangue 67,51 0,24

Afloramentos de rocha 568,99 2,05

Águas internas 333,75 1,20

Áreas urbanas 203,10 0,73

Dunas móveis 36,98 0,13

Ilhas muito pequenas (<0,4 km2) 0,05 <0,01

Total 27.767,66 100,00

77

Figura 3.1 - Mapa dos solos dominantes no Estado de Alagoas.

Em acordo com o SiBCS que se caracteriza por ser um sistema aberto,

permitindo o acréscimo de novas classes, foi observada e descrita uma nova classe

de segundo nível (subordem) da ordem dos Latossolos, com base em critério de

cor. Trata-se de Latossolos com cores tipicamente acinzentadas. É importante

mencionar que a cor é um atributo “chave”, adotado no SiBCS, para distinção de

classes de segundo nível categórico, sobretudo em Argissolos e Latossolos, além

de ser um atributo de fácil percepção, avaliação e de grande aplicação e utilidade

nos mapeamentos de solos. Também foram distinguidas, no quarto nível categórico

(subgrupos), várias classes ainda não contempladas no SiBCS em função de

características importantes do ponto de vista do uso, manejo e conservação de

solos. A distinção desses subgrupos evitou, por exemplo, que solos não típicos

fossem enquadrados como típicos.

3.1 – CLASSES DE SOLOS E TIPOS DE TERRENO

3.1.1 – Latossolos

São solos minerais, não hidromórficos, muito evoluídos do ponto de vista

pedogenético. Em geral, são muito profundos e uniformes no conjunto de suas

características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas. Apresentam

sequência de horizontes A, Bw, C, com pouca diferenciação nos sub-horizontes que

integram o Bw, cujas transições usualmente são difusas. O horizonte diagnóstico B

78

latossólico (Bw) ocorre imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A

(EMBRAPA, 2006). Em função da alta evolução pedogenética, os Latossolos são

virtualmente destituídos de minerais primários ou secundários alteráveis. Em

consequência, predominam no perfil basicamente óxidos e, ou hidróxidos,

argilominerais 1:1 (principalmente caulinita), quartzo e alguns poucos minerais

resistentes ao intemperismo. Apesar da uniformidade de atributos, os Latossolos

podem ser relativamente diferentes entre si quando desenvolvidos a partir de

distintos materiais de origem, possibilitando seu enquadramento taxonômico em

várias classes. Em função dos teores e dos tipos de óxidos e, ou hidróxidos,

especialmente os de ferro e de alumínio, em mistura com argilominerais 1:1, o

horizonte Bw apresenta cores amarelas, vermelho-amarelas e vermelhas.

Entretanto, tem sido constatado Bw com cores bruno-acinzentadas ou acinzentadas

desvinculadas ou pouco influenciadas por condições redutoras temporárias.

Na área estudada, esses solos ocorrem significativamente na região centro-

norte da zona úmida costeira e também na transição da zona úmida costeira com o

semiárido. São formados a partir de sedimentos diversos que incluem os da

Formação Barreiras, da Bacia do Jatobá, de coberturas sobre rochas cristalinas e,

ainda, a partir de rochas cristalinas.

Predominam na cor amarela e, em baixas proporções, nas cores vermelho-

amarela e vermelha. Foram identificados, ainda, solos apresentando coloração

acinzentada no ambiente dos Tabuleiros Costeiros, os quais, mesmo não fazendo

parte do atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006),

foram mapeados e caracterizados separadamente em virtude da sua diferenciação

dos demais Latossolos. Sua distinção fundamentou-se nos critérios de cor

utilizados para distinguir os Argissolos Acinzentados (EMBRAPA, 2006).

Portanto, na área de estudo, conforme critério de cor, foram identificadas as

subordens: Latossolos Amarelos, Latossolos Vermelho-Amarelos, Latossolos

Vermelhos e Latossolos Acinzentados (Figura 3.2). São solos com textura variando

de média a argilosa no horizonte Bw, mas com baixo gradiente textural no perfil de

solo (Figura 3.3). Em função do avançado grau de intemperismo, esses solos são

forte a moderadamente ácidos e relativamente pobres de bases trocáveis.

Entretanto, em geral, apresentam ligeira melhoria no conjunto de propriedades

químicas, dos solos acinzentados para os mais vermelhos (Figura 3.4).

79

Figura 3.2 – Ambientes onde dominam Latossolos no Estado de Alagoas. LA:

Latossolo Amarelo; LVA: Latossolo Vermelho-Amarelo; LV: Latossolo Vermelho.

80

Figura 3.3 - Conteúdo de argila nas diferentes classes de Latossolos no

Estado de Alagoas. LAC: Latossolo Acinzentado (n=3); LA: Latossolo Amarelo

(n=10); LVA: Latossolo Vermelho-Amarelo (n=9); LV: Latossolo Vermelho (n=3).

A barra corresponde ao desvio padrão.

3.1.1.1 - Latossolos Amarelos

Estes solos apresentam os atributos gerais da ordem dos Latossolos, mas

são individualizados no segundo nível categórico, fundamentalmente por critério de

cor. Possuem horizonte Bw de coloração amarelada, fração argila essencialmente

caulinítica e, na grande maioria dos casos, baixos teores de óxidos de ferro (<80 g

kg-1 de solo). A coloração amarelada (Figura 3.5), decorrente da presença da

goethita, varia comumente, nos matizes, de 10 YR a 7,5 YR com cromas maiores

ou iguais a 4 e valores, geralmente, maiores ou iguais a 5.

Os Latossolos Amarelos, em geral, podem ser subdivididos em dois grupos,

os coesos, desenvolvidos na zona úmida costeira e, os não coesos, encontrados

dominantemente no contexto do ambiente semiárido. Os coesos são originados,

principalmente, a partir de sedimentos da Formação Barreiras e, em menor

proporção, a partir de rochas do Pré-Cambriano. O que mais tipifica esse grupo de

solos é presença da coesão de natureza pedogenética (EMBRAPA, 1975;

EMBRAPA, 2006; RIBEIRO, 1998; RESENDE, 2000) que normalmente ocorre no

topo do horizonte Bw e, ou na transição AB ou BA, ou ainda, em menor proporção,

em grande parte do horizonte Bw. Por outro lado, os Latossolos Amarelos não

coesos, são formados a partir de arenitos e, ou de sedimentos da Bacia Jatobá ou

de materiais congêneres, bem como a partir de coberturas e, ou de recobrimentos

sedimentares sobre rochas cristalinas (Tabuleiros Interioranos).

81

Figura 3.4 - Principais atributos químicos da classe dos

Latossolos no Estado de Alagoas. LAC: Latossolo Acinzentado

(n=3); LA: Latossolo Amarelo (n=10); LVA: Latossolo

Vermelho-Amarelo (n=9); LV: Latossolo Vermelho (n=3). A

barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis

utilizados.

Apresentam sequência de horizontes A, AB, e, ou BA, Bw1, Bw2, etc., não

tendo sido encontrado o horizonte C na profundidade de 2 metros, por se tratar de

solos, normalmente, muito profundos (A + Bw > 2 m). As transições entre as

subdivisões do horizonte Bw, em geral, são difusas, sendo um pouco mais

evidentes na transição do horizonte A para o Bw.

No horizonte Bw a textura varia desde média até muito argilosa, mas com

teor médio de argila entre 30% e 60% (Figura 3.3). Em termos estruturais,

predomina um grau de desenvolvimento fraco, no tamanho pequeno e médio em

blocos subangulares. A consistência no estado úmido varia de friável a muito friável

e no estado seco de ligeiramente dura a muito dura. A consistência do solo

molhado, dependendo da textura, varia de ligeiramente plástica a plástica, e de

ligeiramente pegajosa a pegajosa. Exceto os Latossolos Amarelos coesos, os

demais são solos de boas condições físicas, de fácil manejo e mecanização, com

boa capacidade de armazenamento d’água, particularmente os mais argilosos.

82

Por serem solos essencialmente cauliníticos, possuem baixa capacidade de

troca de cátions e são pobres de bases trocáveis (Figura 3.4). Apresentam reação,

em geral, moderadamente ácida, soma de bases de baixa a muito baixa, com

valores médios de 1,0 cmolc kg-1 a 3,0 cmolc kg-1 de solo no horizonte A, e de 0,5

cmolc kg-1 a 1,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bw. Os teores médios de alumínio

trocável situam-se abaixo de 0,6 cmolc kg-1 de solo.

Figura 3.5 - Latossolo Amarelo Distrocoeso típico.

Potencialidades e limitações – As características mais favoráveis ao uso

agrícola são as boas condições de drenagem, a grande profundidade do contato

lítico e o baixo risco de salinização, além da topografia plana em extensas áreas.

Por outro lado, as principais restrições ao uso agrícola relacionam-se à baixa

fertilidade natural, o endurecimento dos solos que apresentam a coesão natural, o

relevo movimentado em algumas regiões, e a limitada capacidade de

armazenamento hídrico daqueles solos com textura média (leve) em grande parte

do perfil, além do déficit hídrico regional no ambiente semiárido. Por serem solos

quimicamente pobres, necessitam, além de adubação, correção da acidez para

obtenção de boas colheitas. Objetivando corrigir a deficiência hídrica, a irrigação se

83

faz necessário para suprir a necessidade das plantas cultivadas, principalmente, nos

períodos de estiagem, onde se verifica uma deficiência hídrica mais acentuada. São

solos profundos, de fácil manejo e mecanização (relevo plano e suave ondulado),

particularmente, nos solos não coesos.

Na zona úmida costeira, os Latossolos Amarelos apresentam um bom

potencial para cultura da cana-de-açúcar e fruticultura em geral (citrus, manga,

goiaba, sapoti, acerola, coco, etc.). Nas áreas de Tabuleiros Interioranos o potencial

é para culturas diversificadas, com ou sem irrigação, além da pecuária de bovinos e

caprinos. Na Bacia do Jatobá, no Sertão do Estado, esses solos apresentam

potencial para culturas irrigadas, sobretudo fruticultura (caju, manga, goiaba, coco,

entre outras), além de outras culturas adaptadas às condições edafoclimáticas.

Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os

Latossolos Amarelos foram mapeados, esta classe foi subdividida em níveis

categóricos mais detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000,

conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função

dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) presença da coesão natural; (c)

características intermediárias entre classes de solos; (d) textura subsuperficial (no

horizonte Bw); (e) tipo de horizonte superficial; (f) fases e combinações de fases de

relevo, vegetação, pedregosidade; e (f) conforme o posicionamento dos solos nas

diferentes paisagens onde foram mapeados, separadamente ou em associação com

outras classes de solos.

3.1.1.2 - Latossolos Vermelho-Amarelos

Constituem solos com as características gerais dos Latossolos, mas que se

individualizam em um nível categórico imediatamente abaixo por critérios de cor

(Figura 3.6). Apresentam horizonte Bw com coloração típica no matiz 5YR a qual

domina na maior parte do primeiro metro deste horizonte, inclusive BA. Quando

apresentam textura argilosa e sem material concrecionário o teor de Fe2O3

normalmente varia entre 70 g kg-1 e 110 g kg-1 de solo (EMBRAPA, 1975). A

distinção de suborizontes do B latossólico é pouco perceptiva e baseia-se em

pequenas diferenças de cor, textura, estrutura e consistência. As cores dominantes

no primeiro metro do horizonte Bw, em geral, ocorrem no matiz 5YR com valores

de 5 a 7 e cromas de 4 a 8 contendo. A textura varia de média a argilosa no Bw. A

consistência no solo úmido é friável ou muito friável. No estado seco, apresenta-se

ligeiramente dura a dura e no estado molhado, conforme a textura, varia de

ligeiramente plástica a plástica e de ligeiramente pegajosa a pegajosa.

São solos menos expressivos do que os Latossolos Amarelos e destacam-se

no entorno da região de Arapiraca e de Palmeira dos Índios (Figura 3.2) no contexto

84

da transição da zona da mata para o semiárido. Apresentam, em alguns casos,

uma coesão natural (pedogenética), quando são desenvolvidos no contexto dos

sedimentos da Formação Barreiras. Nas áreas dos Tabuleiros Interioranos, entre

Arapiraca e Palmeira dos Índios, esses solos se relacionam com as coberturas e, ou

recobrimentos sobre rochas do Pré-Cambriano e não apresentam coesão natural.

Com exceção dos Latossolos Vermelho-Amarelos da zona dos Tabuleiros

Costeiros, que apresentam coesão natural, os demais solos exibem boas condições

físicas. Em geral, são bem a acentuadamente drenados e de fácil manejo e

mecanização (exceto aqueles desenvolvidos em relevo movimentado).

Quimicamente são solos considerados de baixa fertilidade natural, pois predominam

com baixa a muito baixa soma de bases e com valores médios de alumínio trocável

inferiores a 1,0 cmolc kg-1 de solo (Figura 3.4).

Figura 3.6 - Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico típico.

Potencialidades e limitações – Os aspectos mais importantes, do ponto de

vista de uso agrícola, relacionam-se com a boa condição de drenagem, a grande

profundidade efetiva, o baixo risco de salinização, e a topografia plana. Por serem

solos de fertilidade natural baixa, necessitam de adubação e correção da acidez.

Por outro lado, as restrições ao uso mais relevantes relacionam-se com a limitada

fertilidade natural, a coesão natural de alguns solos, o relevo movimentado em

algumas áreas, além do déficit hídrico regional. São solos com um bom potencial

para a cultura da cana-de-açúcar e fruticultura (manga, goiaba, banana, graviola,

85

caju, entre outras). Nas áreas dos Tabuleiros Interioranos, esses solos mostram um

bom potencial para culturas diversificadas, principalmente, com irrigação.

Cartografia – As subdivisões da classe dos Latossolos Vermelho-Amarelos

em níveis categóricos mais detalhados e adequadas ao mapeamento dos solos na

escala 1:100.000 foram realizadas, conforme consta na legenda de solos, em

função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) presença da coesão

natural; (c) características intermediárias entre classes de solos; (d) textura

subsuperficial (no horizonte Bw); (e) tipo de horizonte superficial; (f) fases e

combinações de fases de relevo e vegetação; e (f) os diferentes arranjos em que

esses solos ocorrem nas paisagens formando associações com solos de ordem

distinta.

3.1.1.3 - Latossolos Vermelhos

São solos com as características gerais da ordem dos Latossolos, mas que se

individualizam em um nível categórico imediatamente abaixo por critério de cor. O

horizonte Bw apresenta, dentro do seu primeiro metro, um predomíneo de cor

vermelho-escura, vermelha, bruno-avermelhada ou bruno-avermelhado-escura, nos

matizes de 2,5 YR a 10R ou também no matiz 5YR com valores e cromas iguais ou

menores que 4 (Figura 3.7). Em geral, os teores de Fe2O3 são inferiores a 180 g kg-

1 de solo e, comumente, menores que 80 g kg-1 de solo (EMBRAPA, 1975),

particularmente nos solos com textura média, com fraca ou sem atração

magnética. O horizonte superficial A mais comum destes solos varia de moderado a

proeminente. Quando o horizonte A é proeminente, a diferenciação com o horizonte

Bw subjacente é bastante visível, porém torna-se pouco distinta quando o mesmo é

moderado. Devido à grande profundidade, é raro encontrar o horizonte C destes

solos, a não ser em perfis muito profundos.

No Estado de Alagoas, esses solos são bem a acentuadamente drenados,

profundos, ocupando superfícies com relevos pouco movimentados, numa área

localizada entre Arapiraca e Taquarana (Figura 3.2). A cor mais comumente

encontrada no horizonte Bw ocorre nos matizes 2,5 YR e 10 R com valor de 3 a 5

e croma de 3 a 8. Não apresentam a coesão natural conforme acontece com os

Latossolos Amarelos e Vermelho-Amarelos da zona úmida costeira.

86

Figura 3.7 - Latossolo Vermelho Eutrófico típico.

Em geral, apresentam boas condições físicas e são profundos, com textura

na faixa de média a argilosa, bem a acentuadamente drenados e com boas

condições para manejo mecanizado.

São solos eutróficos, moderadamente ácidos (Figura 3.4), com horizonte

superficial A moderado e proeminente. Contudo, a soma de bases é baixa a muito

baixa com valores médios na faixa de 1,5 cmolc kg-1 a 3,0 cmolc kg-1 de solo no

horizonte A e de 1,5 cmolc kg-1 a 1,8 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bw.

São solos desenvolvidos de rochas básicas e, ou a partir de recobrimentos

sobre rochas do Pré-Cambriano, com provável influência de rochas máficas e, ou

com presença de carbonatos.

Potencialidades e limitações – São solos que apresentam boas condições

físicas em termos de profundidade efetiva e condições de drenagem. As limitações

mais importantes relacionam-se com as restrições climáticas, isto é, a irregularidade

e a má distribuição das precipitações pluviais na região e a fertilidade natural

relativamente baixa. Possuem bom potencial para culturas diversificadas adaptadas

à região de transição entre zona úmida costeira e a zona semiárida, além da

pecuária de bovinos e caprinos.

Cartografia - A subdivisão desta classe em níveis categóricos mais

detalhados, conforme consta na legenda de solos e, em conformidade com a escala

de trabalho (1:100.000), foi feita em função dos seguintes fatores: (a) tipo de

87

horizonte A; (b) textura subsuperficial (no horizonte Bw); (c) fases e combinações

de fases de vegetação e relevo; e (d) os diferentes arranjos em que esses solos

ocorrem nas paisagens formando associações com solos da mesma ordem ou de

ordem distinta.

3.1.1.4 - Latossolos Acinzentados

Os Latossolos Acinzentados foram distinguidos das demais subordens dos

Latossolos em função do padrão de cor acinzentada no Bw e mesmo ao longo de

todo perfil de solo (Figura 3.8). Essas cores acinzentadas, no horizonte Bw,

ocorrem de forma desvinculada ou com pouca influência de condições redutoras

temporárias. Para distinguir essa classe de solos das demais subordens dos

Latossolos, adotaram-se os mesmo limites de cores para discriminação dos

Argissolos Acinzentados, isto é, matiz 7,5 YR ou mais amarelo, valor maior ou igual

a 5 e croma menor que 4 (EMBRAPA, 2006).

No Estado de Alagoas as cores dos Latossolos Acinzentados ocorrem nos

matizes 10YR e 2,5Y com valores de 5 a 8 e cromas menores que 4. Esta

característica geralmente está desvinculada ou pouco influenciada por condições

ambientais redutoras temporárias especialmente quando esses solos são

desenvolvidos em suaves depressões com moderadas restrições de drenagem.

O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006) ainda não

estabeleceu a subordem dos “Latossolos Acinzentados”. Entretanto, para não

colocar esses solos acinzentados na mesma subordem dos Latossolos Amarelos e

por já existir a subordem dos Argissolos Acinzentados, optou-se em descrevê-los e

mapeá-los numa subordem a parte.

88

Figura 3.8 – Latossolo Acinzentado sem sinais de restrição de drenagem.

São solos de muito baixa expressão geográfica no Estado de Alagoas,

destacando-se em algumas pequenas depressões na superfície dos Tabuleiros

Costeiros. Nestas suaves depressões são mais frequentes os Argissolos

Acinzentados e Espodossolos. Porém, é oportuno informar que solos acinzentados

condizentes com esta nova subordem denominada de Latossolos Acinzentados têm

ocorrência em vários ambientes do Nordeste brasileiro, sobretudo nos tabuleiros

costeiros, tabuleiros interioranos e em chapadas diversas. No ambiente dos

Tabuleiros Costeiros, da mesma forma que os solos amarelos, os Latossolos

Acinzentados também são solos coesos.

Em geral, apresentam ligeiras restrições físicas em função da coesão natural

vigente nos solos do ambiente dos tabuleiros costeiros. São moderadamente

drenados e ocorrem com textura na faixa argilosa. Mas, por outro lado, são

profundos e com condições favoráveis para manejo mecanizado.

São solos distróficos, com horizonte superficial A moderado e fraco.

Apresentam pH na faixa de 4,2 a 5,7 ao longo do perfil de solo. A soma de bases é

baixa a muito baixa, com variação de 0,5 cmolc kg-1 a 1,4 cmolc kg-1 de solo no

horizonte A e de 0,3 cmolc kg-1 a 0,8 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bw. Outra

particularidade importante é a presença mais marcante de alumínio trocável nesses

solos em relação aos demais solos do ambiente dos Tabuleiros Costeiros (Figura

3.4).

São solos desenvolvidos a partir de sedimentos da Formação Barreiras e

comumente encontrados em suaves depressões formadas no topo dos Tabuleiros

Costeiros.

Potencialidades e limitações - Os atributos mais favoráveis ao uso agrícola

desses solos são a grande profundidade efetiva e a condição de relevo

89

relativamente plano ou plano abaciado. Por outro lado, apresentam o fenômeno da

coesão natural, drenagem moderada e fertilidade natural muito baixa. Por serem

solos distróficos e fortemente ácidos, necessitam quase sempre de adubação e

calagem.

Cartografia – Devido a sua baixa expressão geográfica e pequena

variabilidade de propriedades, esses solos constituíram apenas uma unidade de

mapeamento, conforme consta na legenda de solos. Foram subdivididos, em níveis

categóricos mais baixos, depois da cor, pela saturação por bases e caráter coeso.

3.1.2 – Nitossolos Vermelhos

Esta classe compreende solos minerais, pedogeneticamente bem

desenvolvidos, bem drenados, profundos a muito profundos, argilosos a muito

argilosos, com pequena variação textural ao longo do perfil e com horizonte B nítico

abaixo do horizonte A. Apresentam cor vermelha ou avermelhada e são

relativamente uniformes em cor ao longo do perfil. O horizonte B nítico apresenta

argila de atividade baixa ou o caráter alítico na maior parte do B. São desenvolvidos

a partir de rochas básicas e, ou ultrabásicas ou delas recebem influência marcante.

No Estado de Alagoas, ocupam superfícies com relevo pouco movimentado,

localizadas entre Arapiraca e Taquarana (Figura 3.9), onde ocorrem com

características intermediárias para Latossolos Vermelhos.

As características mais marcantes dos Nitossolos incluem gradiente textural

baixo, grande uniformidade de cor ao longo do perfil, e um horizonte B nítico que

se caracteriza por apresentar estruturas com grau de desenvolvimento moderado a

forte com cerosidade expressiva, de moderada a forte, em quantidade, no mínimo,

comum (Figura 3.10). Em adição a estas características, normalmente apresentam

teores substanciais de Fe2O3 (≥ 80 g kg-1 de solo) no horizonte B nítico (EMBRAPA,

1975).

90

Figura 3.9 - Ambientes onde ocorrem Nitossolos Vermelhos latossólicos no

Estado de Alagoas.

No Estado de Alagoas, esses solos apresentam sequência de horizontes do

tipo A, B nítico, C ou A, B nítico, Bw e C, com horizontes geralmente pouco

diferenciados, exceto a transição do A para o B. O horizonte A é do tipo moderado

ou proeminente, com espessura na faixa de 20 cm a 40 cm. A cor do B nítico varia

de vermelho ao vermelho-escuro, dominando no matiz 2,5 YR com valor de 3 a 4 e

croma de 5 a 8. A textura, em geral, predomina na faixa argilosa.

Quanto às propriedades físicas, dado aos tipos e graus de desenvolvimento

estrutural, são solos bem drenados, porosos, com alto grau de floculação, sendo

considerados, portanto, de ótimas condições físicas.

Com relação às características químicas, são solos moderadamente ácidos,

com pH variando na faixa de 5,5 a 6,0. Apresentam, em geral, saturação por bases

superior a 50% e saturação por alumínio nula na maior parte dos horizontes

subsuperficiais. A soma de bases assume valores na faixa de 3,0 cmolc kg-1 a 13,0

cmolc kg-1 de solo, na superfície, e de 2,0 cmolc kg-1 a 3,0 cmolc kg-1 de solo nos

horizontes subsuperficiais. Os teores de carbono orgânico variam de 12,0 g kg-1 a

32,0 g kg-1 de solo no horizonte A. A relação Ki, indicativa da mineralogia das

argilas, mostra valores mais frequentes ao redor de 1,9 no horizonte B nítico

(EMBRAPA, 1975), o que sugere solos relativamente intemperizados e cauliníticos.

91

Figura 3.10 - Nitossolo Vermelho Eutrófico realçando a cerosidade (brilho graxo)

entre 50 cm e 100 cm de profundidade.

Potencialidades e limitações – São solos que apresentam boas condições

físicas e químicas, necessitando, entretanto, de adubações de manutenção e

complementares da fertilidade do solo. As limitações mais importantes relacionam-

se com as restrições climáticas, isto é, a irregularidade e a má distribuição das

precipitações pluviais na região e a fertilidade natural relativamente baixa. Possuem

bom potencial para culturas diversificadas adaptadas à região de transição entre a

zona úmida costeira e a zona semiárida, além da pecuária de bovinos e caprinos.

Cartografia – Em função da sua baixa expressão geográfica e da forma de

ocorrência nas paisagens, em associação com os Latossolos Vermelhos, a

subdivisão desta classe em níveis categóricos mais detalhados, conforme consta na

legenda de solos e, em conformidade com a escala de trabalho (1:100.000), foi

feita em função dos seguintes fatores: (a) tipo de horizonte A; (b) textura; e (c)

fases e combinações de fases de vegetação e relevo.

92

3.1.3 – Argissolos

Compreendem uma grande variedade de solos minerais, não hidromórficos,

com significativa diferença de textura entre o horizonte superficial A e o de

subsuperfície B textural (Bt). No contexto desses solos, o horizonte Bt

dominantemente apresenta argila de atividade baixa e posiciona-se imediatamente

abaixo de A ou E. Porém, quando o Bt apresenta argila de atividade alta,

concomitantemente possui saturação por bases baixa ou o caráter alítico na maior

parte do mesmo. Quando apresentam horizonte plíntico ou horizonte glei não

satisfazem os requisitos das ordens dos Plintossolos ou dos Gleissolos,

respectivamente. Variam significativamente em grau de desenvolvimento

pedogenético, desde solos de alto grau de evolução, como nos Latossolos, até

aqueles com presença marcante de minerais primários facilmente intemperizáveis,

como nos Cambissolos. Outras classes de solos também apresentam horizonte Bt,

mas são diferenciadas da classe dos Argissolos em função de particularidades das

outras ordens. A relação textural (B/A), fundamental na distinção destes solos,

situa-se, dominantemente, entre 1,5 e 3,0 (EMBRAPA, 1975).

Os solos desta classe podem ser muito profundos a rasos, forte a

imperfeitamente drenados, com textura variando de arenosa a argilosa em

superfície e de média a muito argilosa em subsuperfície. Em função,

principalmente, da ação do clima sobre o material de origem dos solos, a saturação

por bases e a fertilidade natural tornam-se muito variadas, desde muito baixa até

alta. Especialmente no ambiente semiárido, esses solos podem ocorrer associados

com pedregosidade e cascalhos em diversas paisagens.

A sequência geral de horizontes nesses solos é do tipo A, Bt, C ou A, E, Bt,

C. O horizonte Bt, onde ocorre o acúmulo de argila, em geral, é bem diferenciado

em função da cor, estrutura (com ou sem cerosidade), textura, ou combinações

destas feições pedológicas. Em geral, a cerosidade ocorre com mais frequência nos

solos com cor avermelhada ou vermelha. Vale destacar que é grande a variação da

cor no horizonte Bt. Pode ser amarela, vermelha, ou menos frequentemente

acinzentada. Pode ser, ainda, composta de uma mistura de cores em proporções

semelhantes ou com uma cor dominante e outras, em menores proporções,

constituindo os mosqueados.

Na área estudada, esses solos são os mais expressivos do Estado e ocorrem

significativamente na região úmida costeira abrangendo o ambiente dos Tabuleiros

Costeiros, os “Mares de Morros”, bem como importantes áreas do Planalto da

Borborema. Também são verificados na transição da zona úmida costeira com o

semiárido e, neste último ambiente, têm ocorrência em pequenas áreas isoladas

(Figura 3.11).

93

Com base em critério da cor, os Argissolos mapeados foram sobdivididos nas

classes: Argissolos Amarelos, Argissolos Vermelho-Amarelos, Argissolos Vermelhos

e Argissolos Acinzentados.

Figura 3.11 - Ambientes onde dominam Argissolos no Estado de Alagoas.

PAC: Argissolo Acinzentado; PA: Argissolo Amarelo; PVA: Argissolo Vermelho-

Amarelo; PV: Argissolo Vermelho.

São solos com acentuada variação de textura ao longo do perfil, isto é, com

um acúmulo significativo de argila no horizonte Bt (Figura 3.12). Em função dos

diferentes graus de evolução pedogenética que esses solos apresentam, possuem

um conjunto de características químicas diversificadas, mas prevalecendo aquelas

dos ambientes mais úmidos onde são solos mais expressivos.

94

Figura 3.12 – Conteúdo de argila nas diferentes classes de Argissolos no

Estado de Alagoas. PAC: Argissolo Acinzentado (n=8); PA: Argissolo Amarelo

(n=30); PVA: Argissolo Vermelho-Amarelo (n=28); PV: Argissolo Vermelho

(n=4). A barra representa o desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.

É importante destacar que, em geral, existe uma ligeira melhoria no conjunto

de propriedades químicas dos solos mais acinzentados para os mais vermelhos

(Figura 3.13).

3.1.2.1 - Argissolos Amarelos

Estes solos apresentam as características gerais da classe dos Argissolos,

mas foram individualizados, em um nível hierárquico imediatamente abaixo, por

critério de cor. A seção de controle considerada para avaliar a cor situa-se dentro

do primeiro metro do horizonte Bt, inclusive o BA. Assim, os solos desta classe

apresentam ao longo do perfil ou, no mínimo, dentro da seção de controle, uma

coloração amarelada (Figura 3.14) e teores de ferro baixos, quase sempre inferiores

a 70 g kg-1 de solo (EMBRAPA, 1975), com amplo predomínio do hidróxido de ferro

goethita. As cores mais frequentes ocorrem nos matizes 10YR e 7,5YR com

valores e cromas maiores ou iguais 4. Raramente apresentam cores nos matizes

2,5Y e 5Y.

Os Argissolos Amarelos, no Estado de Alagoas, destacam-se, sobretudo, na

zona dos Tabuleiros Costeiros, onde são formados a partir de sedimentos da

Formação Barreiras e comumente ocorrem com presença de fragipã (horizonte Btx).

95

Figura 3.13 - Principais atributos químicos da classe dos

Argissolos no Estado de Alagoas. PAC: Argissolo Acinzentado

(n=8); PA: Argissolo Amarelo (n=30); PVA: Argissolo

Vermelho-Amarelo (n=28); PV: Argissolo Vermelho (n=4). A

barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis

utilizados.

Os Argissolos Amarelos, em menor proporção, também se desenvolvem a

partir de rochas cristalinas localizadas na região do “Mar de Morros”, contornando

os Tabuleiros Costeiros, bem como no Planalto da Borborema. Inclusão desses

solos também se constata no contexto da Bacia do Jatobá e em áreas com

recobrimento sobre rochas cristalinas no ambiente semiárido.

96

Da mesma forma que nos Latossolos, os Argissolos Amarelos também

podem ser coesos e, em menor proporção, não coesos. Os Argissolos Amarelos

coesos correspondem aos solos mais expressivos no ambiente dos Tabuleiros

Costeiros e, em menores proporções, no ambiente dos “Mares de Morros” assim

como no Planalto da Borborema.

Figura 3.14 - Argissolo Amarelo Distrocoeso fragipânico (topo do Btx aos 100 cm).

Por serem solos que ocupam suas maiores extensões em ambientes úmidos,

são cauliníticos, dominantemente distróficos e com baixa soma de bases trocáveis.

Apresentam reação de pH na faixa moderadamente ácida, soma de bases de 1

cmolc kg-1 a 3,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte A, e de 0,5 cmolc kg-1 a 3,0 cmolc

kg-1 de solo no horizonte Bt. Os teores de alumínio trocável, em média, situam-se

entre 0,5 cmolc kg-1 e 1,5 cmolc kg-1 de solo, mas, em alguns casos, podem atingir

valores ao redor de 4,0 cmolc kg-1 de solo.

97

Potencialidades e limitações – Para o uso agrícola as características mais

favoráveis são as condições de drenagem de boa a moderada, a grande

profundidade do contato lítico e o baixo risco de salinização, além da topografia

plana em extensas áreas desses solos, especialmente na região dos Tabuleiros

Costeiros. Por outro lado, as principais restrições ao uso agrícola relacionam-se à

baixa fertilidade natural, o endurecimento dos solos em função do caráter coeso, o

relevo movimentado em algumas regiões, e a limitada capacidade de

armazenamento hídrico daqueles solos com textura média em grande parte do

perfil, além do déficit hídrico regional no contexto do ambiente semiárido. Em

função das propriedades químicas, necessitam, além de adubação, a correção da

acidez para obtenção de boas colheitas. Para corrigir a deficiência hídrica, se faz

necessário práticas de irrigação, principalmente, nos períodos de estiagem.

O ambiente dos Tabuleiros Costeiros, onde se destacam os Argissolos

Amarelos coesos, é uma grande e importante região para a economia do Estado de

Alagoas. É uma região de fácil manejo e mecanização e possui um bom potencial

para cultura da cana-de-açúcar e fruticultura em geral (citrus, manga, goiaba,

sapoti, acerola, coco, etc.). Nas áreas dos Tabuleiros Interioranos, entre Palmeira

dos Índios, Estrela de Alagoas e Arapiraca, o potencial é para culturas

diversificadas, com ou sem irrigação, além da pecuária de bovinos e caprinos.

Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os

Argissolos Amarelos encontram-se distribuídos nas paisagens, esta classe foi

subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a

escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram

realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) presença

da coesão natural; (c) presença de fragipã; (d) mudança textural abrupta; (e)

presença de horizonte plíntico, horizonte concrecionário, horizonte petroplíntico e,

ou caráter plíntico, caráter concrecionário e caráter litoplíntico; (f) presença de

solos arênicos; (g) caráter epiáquico ou endoáquico; (h) profundidade do solo; (i)

características intermediárias entre classes de solos; (j) textura superficial e

subsuperficial; (k) presença de cascalhos; (l) tipos de horizonte superficial; (m)

fases e combinações de fases de relevo, vegetação e pedregosidade; e (n)

conforme o posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde

foram mapeados, separadamente ou em associação com outras classes de solos.

3.1.2.2 - Argissolos Vermelho-Amarelos

São solos com as características gerais da classe dos Argissolos, mas

individualizados em um nível hierárquico imediatamente abaixo por critério de cor.

Apresentam ao longo do perfil ou, pelo menos, no primeiro metro do horizonte Bt,

inclusive o BA, cores na faixa do vermelho-amarelado (Figura 3.15), podendo

98

conter também menores proporções de cores vermelhas e, ou bruno forte, devido à

presença da mistura de óxidos de ferro (hematita mais goethita) cujos teores

variam, em geral, na faixa de 50 g kg-1 a 120 g kg-1 de solo (EMBRAPA, 1975). As

cores típicas dos Argissolos Vermelho-Amarelos situam-se no matiz 5YR com

valores de 4 a 7 e croma de 4 a 8. Em alguns casos, o horizonte Bt apresenta

mosqueados, constituindo ou não coloração variegada, podendo conter ou não

material plíntico e, muito raramente, materiais fragipânicos.

Figura 3.15 - Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico.

Os Argissolos Vermelho-Amarelos, no Estado de Alagoas, são desenvolvidos

principalmente a partir de rochas cristalinas e destacam-se na zona úmida costeira

e na transição desta zona com o ambiente semiárido. São solos bastante

representativos na região do “Mar de Morros”, contornando os Tabuleiros

Costeiros, bem como no Planalto da Borborema. Baixas proporções e inclusões

desses solos são encontradas no ambiente dos Tabuleiros Costeiros, na Bacia do

Jatobá e em áreas com recobrimento sobre rochas cristalinas no ambiente

semiárido.

A diversidade de características dos Argissolos Vermelho-Amarelos se faz, de

modo geral, segundo o material originário, variações de clima e em conformidade

com a posição na paisagem. Por serem solos que se destacam em ambientes

99

úmidos, são predominantemente cauliníticos, distróficos, havendo uma pequena

parcela de solos eutróficos, mas, em geral, com baixa soma de bases trocáveis

(Figura 3.13). A reação de pH ocorre na faixa moderadamente ácida com soma de

bases de 1 cmolc kg-1 a 4,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte A, e de 0,5 cmolc kg-1 a

4,0 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bt. Os teores de alumínio trocável, em média,

situam-se ao redor de 1,5 cmolc kg-1 de solo, mas em alguns casos atingem valores

de até 4,5 cmolc kg-1 de solo.

Potencialidades e limitações – As características mais favoráveis para o uso

agrícola são as boas condições de drenagem, a grande profundidade do contato

lítico e o baixo risco de salinização. Por outro lado, as principais restrições ao uso

agrícola relacionam-se ao relevo movimentado em grandes extensões, à baixa

fertilidade natural, presença de pedregosidade e, ou rochosidade e o déficit hídrico

regional, na transição da zona úmida com o ambiente semiárido. Em acordo com as

propriedades químicas, devem ser adotadas práticas de manejo, sobretudo, visando

melhorar e manter a fertilidade dos solos e, quando necessário, fazer uso de

corretivos para o controle da acidez. Para suprir a deficiência hídrica, tornam-se

necessárias práticas de irrigação, sobretudo nos períodos de estiagem.

Cartografia – Com base nos diferentes ambientes onde os Argissolos

Vermelho-Amarelos encontram-se distribuídos nas paisagens, esta classe foi

subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a

escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram

realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) presença

da coesão natural; (c) mudança textural abrupta; (d) presença de horizonte plíntico,

horizonte concrecionário, horizonte petroplíntico e, ou caráter plíntico, caráter

concrecionário e caráter litoplíntico; (e) presença de solos arênicos; (f) caráter

epiáquico ou endoáquico; (g) profundidade do solo; (h) características

intermediárias entre classes de solos; (i) textura superficial e subsuperficial; (j)

presença de cascalho; (k) tipos de horizonte superficial; (l) fases e combinações de

fases de relevo, vegetação, pedregosidade e rochosidade; e (m) conforme o

posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram

mapeados, separadamente ou em associação com outras classes de solos.

3.1.2.3 - Argissolos Vermelhos

Os solos desta classe possuem as características gerais da classe dos

Argissolos, porém foram separados, em um nível hierárquico imediatamente abaixo,

por critério de cor. As cores dominantes no perfil de solo ou, pelo menos, no

primeiro metro do horizonte Bt, inclusive BA, são avermelhadas, principalmente

vermelho-escuras, nos matizes 10R e 2,5YR, incluindo também cores no matiz

5YR, mas com valores e cromas menores ou iguais a 4 (Figura 3.16). Estas cores

100

resultam, possivelmente, de uma maior proporção de hematita sobre goethita, bem

como podem ter a influência da presença de anfibólio, ilmenita, aderências argilo-

ferruginosas e de nódulos escuros ferromanganosos na fração areia. No horizonte

Bt, os teores de ferro do ataque sulfúrico variam, mais frequentemente, na faixa de

40 g kg-1 a 130 g kg-1, expresso na forma Fe2O3 (EMBRAPA, 1975). Nestes solos, é

comum, estruturas com presença de um brilho graxo considerado como cerosidade.

Os Argissolos Vermelhos, no Estado de Alagoas, são de baixa expressão

geográfica. O material de origem é um dos principais fatores envolvidos na gênese

desses solos. São formados a partir de rochas cristalinas, menos ácidas do que

granitos, como, por exemplo, granodioritos e similares, e se destacam na zona

semiárida menos seca (região do Agreste). Ocorrem na região de Palmeira dos

Índios, ao sul de Arapiraca, nos arredores de Santana de Ipanema e em Mata

Grande. Baixas proporções e inclusões desses solos são encontradas no ambiente

dos Tabuleiros Costeiros, na Bacia do Jatobá e em áreas com recobrimento sobre

rochas cristalinas no ambiente semiárido.

Figura 3.16 - Argissolo Vermelho Eutrófico cambissólico.

101

Na área de estudo são solos que se destacam no ambiente semiárido. Por

isso, são predominantemente eutróficos, com média e até mesmo alta soma de

bases trocáveis (Figura 3.13). A reação de pH ocorre na faixa moderadamente

ácida com soma de bases de 3,0 cmolc kg-1 a 5,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte A,

e de 3,0 cmolc kg-1 a 7,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bt. Os teores de alumínio

trocável, em geral, são iguais ou inferiores a 0,5 cmolc kg-1 de solo.

Potencialidades e limitações – As características mais favoráveis para o uso

agrícola são as boas condições de drenagem e de fertilidade natural, a grande

profundidade do contato lítico e o baixo risco de salinização. Por outro lado, as

principais restrições ao uso agrícola relacionam-se ao relevo movimentado,

presença de pedregosidade e, ou rochosidade e o déficit hídrico regional no

ambiente semiárido. Em função das variações nas propriedades químicas, devem

ser adotadas práticas de manejo, sobretudo, visando manter a fertilidade dos solos

e, fazer uso de práticas conservacionistas para o controle da erosão. Para suprir a

deficiência hídrica, tornam-se necessárias práticas de irrigação.

Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os

Argissolos Vermelhos encontram-se distribuídos nas paisagens, esta classe foi

subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a

escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram

realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) presença

de horizonte petroplíntico; (c) profundidade do solo; (d) características

intermediárias entre classes de solos; (e) textura superficial e subsuperficial; (f)

presença de cascalho; (g) tipos de horizonte superficial; (h) fases e combinações de

fases de relevo, vegetação, pedregosidade e rochosidade; e (i) conforme o

posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram

mapeados, separadamente ou em associação com outras classes de solos.

3.1.2.4- Argissolos Acinzentados

Os solos desta classe apresentam as características gerais dos Argissolos,

mas foram individualizados, em um nível hierárquico imediatamente abaixo, por

critério de cor. Em geral, apresentam coloração acinzentada ao longo do perfil ou,

no mínimo, dentro da maior parte da seção de controle que é o primeiro metro do

horizonte Bt, inclusive BA (Figura 3.17). Os teores de ferro, em geral, são baixos,

quase sempre inferiores a 30 g kg-1 (EMBRAPA, 1975). As cores acinzentadas,

tanto no horizonte A como no horizonte Bt, em geral, ocorrem no matiz 10YR com

valores maiores ou iguais a 3 e cromas menores ou iguais a 3. Menos

frequentemente ocorrem no matiz 2,5Y com valores entre 3 e 6 e cromas menores

que 4, excetuando-se a cor preta. São solos com drenagem moderada a imperfeita

e, em vários casos, o horizonte Bt apresenta–se com mosqueados, podendo ou não

102

conter plintita. Processos de oxirredução, em parte, ainda hoje, continuam ativos

especialmente em áreas abaciadas com restrições de drenagem.

Por serem solos desenvolvidos a partir de sedimentos da Formação Barreiras,

são cauliníticos e com argila de atividade baixa. No Estado de Alagoas, destacam-

se na zona sul dos Tabuleiros Costeiros e, da mesma forma que os Latossolos

Amarelos e Argissolos Amarelos, eles também são solos coesos. Comumente

distribuem-se em suaves depressões que ocorrem no topo dos Tabuleiros Costeiros

associados ou não com Espodossolos.

Por serem solos desenvolvidos em ambientes úmidos, a partir de sedimentos

muito intemperizados, são cauliníticos, distróficos e com baixa a muito baixa soma

de bases trocáveis (Figura 3.13). Apresentam reação de pH na faixa de forte a

moderadamente ácida, soma de bases de 1 cmolc kg-1 a 2,5 cmolc kg-1 de solo no

horizonte A, e de 0,5 cmolc kg-1 a 1,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bt. O

alumínio trocável, em média, situa-se entre 0,5 cmolc kg-1 e 1,5 cmolc kg-1 de solo.

Figura 3.17 - Argissolo Acinzentado Distrocoeso fragipânico.

Potencialidades e limitações – Para o uso agrícola as características mais

favoráveis são a grande profundidade do solo e o baixo risco de salinização, além

103

da topografia plana ou plana abaciada no topo dos Tabuleiros Costeiros. Por outro

lado, as principais restrições ao uso agrícola relacionam-se com as limitações de

drenagem, à baixa a muito baixa fertilidade natural e o endurecimento dos solos em

função do caráter coeso. Em função das propriedades químicas, necessitam, além

de adubação, a correção da acidez para obtenção de boas colheitas. Para corrigir

alguma deficiência hídrica temporária, se faz necessário práticas de irrigação nos

períodos de estiagem.

Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Argissolos

Acinzentados encontram-se distribuídos no topo dos Tabuleiros Costeiros, esta

classe foi subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível

com a escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões

foram realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b)

presença da coesão natural; (c) presença de fragipã; (d) presença do caráter dúrico;

(e) mudança textural abrupta; (f) presença de solos arênicos; (g) textura superficial

e subsuperficial; (h) fases e combinações de fases de relevo, vegetação; e (i)

conforme o posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde

foram mapeados, separadamente ou em associação com outras classes de solos.

3.1.4 – Luvissolos

São solos minerais eutróficos, não hidromórficos, com argila de atividade alta

no horizonte Bt e normalmente pouco profundos a rasos. A formação e a

distribuição geográfica ficam muito vinculadas ao ambiente semiárido onde o

material de origem é rico em minerais máficos (Figura 3.18) como biotita-xisto,

biotita-xisto-gnaisse, anfibolitos, entre outros. Há também alguns Luvissolos

formados a partir de sedimentos ricos em bases como é o caso de folhelhos, siltitos

e argilitos vigentes em camadas jurássicas na Bacia do Jatobá. Ressalta-se que é

comum a presença de solos truncados (horizonte superficial erodido), assim como

perfis de solo que apresentam horizontes superficiais desenvolvidos com influência

e, ou a partir de materiais de transporte. A influência do material transportado é

percebida pela presença de seixos arredondados que frequentemente ocorrem nos

horizontes superficiais. Tal material pode ser de origem diversa do embasamento

onde os solos encontram-se desenvolvidos ou se traduzir em retrabalhamento e

redistribuição do próprio material de origem dos solos (LUZ, 1992).

Em função da natureza do material de origem, apresentam cor tipicamente

avermelhada no horizonte Bt, isto é, com o caráter crômico (Figura 3.19). Daí

porque os Luvissolos avermelhados são denominados de Luvissolos Crômicos (TC).

Às vezes, parte do Bt pode apresentar cor bruno-amarelada ou mais clara ou ainda

104

do tipo variegada. Destaca-se que a cor depende, não apenas do material de

origem, mas também das condições de drenagem onde o solo foi desenvolvido. A

drenagem pode variar de moderada a imperfeita, sendo, normalmente, mais restrita,

nos solos com presença de horizonte vértico e, ou caráter plânico.

Figura 3.18 - Ambientes onde dominam Luvissolos Crômicos no Estado de Alagoas.

105

Figura 3.19 – Luvissolo Crômico Órtico vertissólico.

Os Luvissolos normalmente apresentam sequência de horizontes do tipo A,

Bt, C ou A, E, Bt e C ou Cv, mas, em função de suas características químicas e

mineralógicas, são pedogeneticamente menos desenvolvidos do que os Argissolos.

Caracterizam-se por apresentar um horizonte Bt pouco espesso, comumente, na

faixa de 20 cm a 60 cm com estruturas bem desenvolvidas, do tipo blocos ou

prismáticas composta de blocos. A textura mais comum é média no horizonte A, ou

A+E, e argilosa no Bt (Figura 3.20), tipicamente com elevados teores em silte. A

presença de argilas expansivas, de certa forma restringe a drenagem destes solos,

sobretudo nos que apresentam horizonte vértico e, ou o caráter plânico. Quando

secos são muito duros a extremamente duros e no estado molhado tornam-se

plásticos a muito plásticos e pegajosos a muito pegajosos. Portanto, apresentam

um conjunto de características que, de certa forma, dificultam o manejo com

máquinas e implementos agrícolas e que também favorecem aos processos

erosivos.

Figura 3.20 - Conteúdo de argila na classe dos Luvissolos Crômicos no

Estado de Alagoas (n=10). A barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de

perfis utilizados.

Do ponto de vista químico, possuem alta saturação por bases (V > 50%)

associada com elevada soma de bases, usualmente de 5,0 cmolc kg-1 a 12,0 cmolc

kg-1 de solo no horizonte A e de 15,0 cmolc kg-1 a 30,0 cmolc kg-1 de solo no

horizonte Bt. Em consequência, o pH varia de moderadamente ácido a

106

moderadamente alcalino, na faixa de 6 a 8. Em adição a essas características,

alguns solos também possuem teores médios de fósforo assimilável. Por isso, são

considerados de alta fertilidade natural (Figura 3.21). Percebe-se, também, pela

morfologia, uma expressiva quantidade de minerais primários facilmente

intemperizáveis que aumenta com a profundidade do perfil, especialmente no

horizonte Bt e, ou C, e que pode servir de reserva de nutrientes para as plantas.

Além disso, a relação Ki assume valores mais frequentes de 2,5 a 4,0 (EMBRAPA,

1975) indicando a presença expressiva de argilominerais do grupo 2:1, como, por

exemplo, esmectita, vermiculita, ilita ou uma mistura destes na sua assembléia

mineralógica. Por esta razão, são solos com elevada CTC e soma de bases e com

saturação por alumínio trocável dominantemente nula.

Figura 3.21 - Principais atributos químicos da classe dos

Luvissolos no Estado de Alagoas. TC: Luvissolo Crômico

(n=10). A barra corresponde ao desvio padrão e n, o número

de perfis utilizados.

107

No estado de Alagoas os Luvissolos Crômicos distribuem-se sob a influência

marcante do seu material de origem, particularmente entre Porto Real do Colégio e

Campo Grande; entre Piranhas a Belo Monte; na região de Batalha; entre Inhapi e

Canapi; e ao norte de Mata Grande.

Potencialidades e limitações – Para o uso agrícola as características mais

favoráveis são a alta fertilidade natural e a topografia pouco movimentada em áreas

expressivas desses solos. Por outro lado, os principais fatores restritivos são a

pequena profundidade efetiva dos solos, os riscos elevados de salinização, o relevo

movimentado de algumas áreas, a alta erodibilidade dos solos, as limitações de

drenagem, a pedregosidade superficial de algumas áreas, as dificuldades de manejo

em função da alta pegajosidade dos solos no estado molhado, além do déficit

hídrico regional no contexto do ambiente semiárido. Para corrigir a deficiência

hídrica, pode-se fazer uso de práticas de irrigação nos períodos de estiagem, com

os devidos cuidados de manejo visando a evitar, sobretudo, a salinização e a

erosão.

Destaca-se que em algumas áreas no Nordeste foram desenvolvidos projetos

de irrigação onde ocorrem Luvissolos Crômicos. Como exemplos, citam-se os

Projetos Jacaré-Curituba e Nova Califórnia, em Canidé do São Francisco, no Estado

de Sergipe e o Projeto Manga de Baixo, em Belém do São Francisco, Pernambuco.

Entretanto, ressalta-se que a salinização tem sido um dos problemas constatado em

algumas áreas destes projetos, especialmente nas partes mais planas com

deficiência de drenagem.

São solos atualmente bastante utilizados com pastagens, particularmente a

palma forrageira como se observa na região de Batalha.

Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os

Luvissolos Crômicos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe foi

subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a

escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram

realizadas em função dos seguintes fatores: (a) profundidade do solo; (b)

características intermediárias entre classes de solos; (c) presença do caráter

solódico; (d) textura superficial e subsuperficial; (e) tipos de horizonte superficial;

(f) fases e combinações de fases de relevo, vegetação, pedregosidade; e (g)

conforme o posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde

foram mapeados em associação com outras classes de solos.

3.1.5 – Chernossolos

São solos minerais eutróficos, não hidromórficos, ricos em cátions

divalentes. Caracterizam-se por apresentar um horizonte superficial escuro do tipo

108

A chernozêmico sobre um horizonte subsuperficial do tipo B textural ou B incipiente

com argila de atividade alta, ou sobre um horizonte C carbonático, ou ainda sobre

um contato lítico (rochas calcárias) desde que o horizonte A apresente o caráter

carbonático (EMBRAPA, 2006). Em geral, são pouco profundos e o material de

origem relaciona-se com rochas básicas, rochas calcárias, ou materiais ricos em

carbonatos.

No Estado de Alagoas, são solos de muito baixa expressão e pertencem às

classes dos Chernossolos Háplicos e Argilúvicos. Restringem-se aos ambientes com

relevo pouco movimentado, onde o material de origem é rico em minerais máficos e

as formações florestais são mais secas e, ou na transição destas com as caatingas.

Localizam-se na região ao sul Arapiraca, nos domínios de Feira Grande, em

associação com Planossolos e Neossolos Litólicos, e na parte norte do Estado,

entre Ibateguara e São José da Laje, onde ocorrem associados principalmente com

Argissolos (Figura 3.22).

Figura 3.22 – Ambientes onde ocorrem Chernossolos no Estado de Alagoas.

A feição morfológica mais marcante nos Chernossolos é cor escura em

função do acúmulo de matéria orgânica no horizonte superficial (A chernozêmico)

com espessura na faixa de 25 cm a 40 cm. Em geral, a cor do A chernozêmico faz

um forte contraste em relação a cor avermelhada ou vermelho-amarelada no

109

horizonte subsuperficial Bt ou Bi com argila de atividade alta ou sobre o horizonte C

com alto teor de carbonatos (Figura 3.23). O horizonte B (Bt ou Bi) normalmente

apresenta uma espessura na faixa de 20 cm a 40 cm. Por vezes, esses solos

ocorrem com horizonte vértico no Bt e, ou C, cuja morfologia indicativa é a

presença de “slikensides” nestes horizontes. É comum, também, a presença de

minerais primários facilmente intemperizáveis nos horizontes subsuperficias os

quais podem constituir fonte de nutrientes para as plantas.

Em temos de propriedades físicas (Figura 3.24) destacam-se com textura

média na superfície e de argilosa a média em subsuperfície, geralmente com teores

médios a altos em silte. A presença de argilas expansivas, de certa forma restringe

a drenagem destes solos, comumente variando de moderada a imperfeita. Quando

secos são muito duros a extremamente duros e no estado molhado tornam-se

plásticos a muito plásticos e pegajosos a muito pegajosos. Portanto, congregam um

conjunto de características físicas que, de certa forma, dificultam o manejo destes

solos com máquinas e implementos agrícolas, além de torná-los com alta

suscetibilidade aos processos erosivos.

Figura 3.23 – Chernossolo Argilúvico Órtico típico.

110

Figura 3.24 – Conteúdo de argila na classe dos Chernossolos no Estado de

Alagoas (n=2). A barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis

utilizados.

Com relação às propriedades químicas (Figura 3.25), são solos

moderadamente ácidos a praticamente neutros com pH variando na faixa de 5,6 a

7,0. Apresentam saturação por bases na faixa de 70% a 100% e saturação por

alumínio nula ou praticamente nula ao longo do perfil de solo. A soma de bases

assume valores na faixa de 9,0 cmolc kg-1 a 15,0 cmolc kg-1 de solo, na superfície,

e de 16,0 cmolc kg-1 a 24,0 cmolc kg-1 de solo nos horizontes subsuperficiais. Por

apresentarem horizonte A chernozêmico, os teores de carbono orgânico são

relativamente elevados na superfície com valores de 10,0 g kg-1 a 18,0 g kg-1 de

solo. A relação Ki, indicativa da mineralogia das argilas, apresenta valores na faixa

de 2,5 a 3,2 no horizonte Bt (EMBRAPA, 1975) sugerindo uma marcante presença

de argilominerais 2:1 na assembleia mineralógica destes solos.

Conforme o conjunto de características morfológicas, físicas, químicas e

mineralógicas, os Chernossolos são considerados solos de alta fertilidade natural.

Potencialidades e limitações – As características favoráveis ao uso agrícola

estão relacionadas com a presença do horizonte A chernozêmico, alto conteúdo de

bases, reação moderadamente ácida a praticamente neutra e à reserva de minerais

primários alteráveis, caracterizando, portanto, solos de elevada fertilidade natural.

As principais limitações estão relacionadas ao relevo movimentado, alta

suscetibilidade à erosão, a textura argilosa associada com argila de atividade alta

restringindo as condições de drenagem, a alta plasticidade e pegajosidade, além do

déficit hídrico regional.

111

Figura 3.25 - Principais atributos químicos da classe dos Chernossolos

Háplicos (MX) no Estado de Alagoas (n=2). A barra corresponde ao desvio padrão

e n, o número de perfis utilizados.

Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os

Chernossolos foram mapeados, esta classe foi subdividida em níveis categóricos

mais detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta

na legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes

fatores: (a) textura; (b) fases e combinações de fases de relevo e vegetação; e (c)

112

conforme o posicionamento dos solos nas diferentes paisagens onde foram

mapeados em associação com outras classes de solos.

3.1.6 – Cambissolos

São solos minerais, não hidromórficos, com pequena variação textural ao

longo do perfil, tendo um horizonte diagnóstico subsuperficial do tipo B incipiente

(Bi) subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial, exceto A chernozêmico

quando o Bi apresentar argila de atividade alta e alta saturação por bases. Esta

classe compreende uma grande variedade de solos em função da natureza do

material de origem do qual são derivados. O horizonte Bi, tanto em cor como em

estruturas, pode ser semelhante com o horizonte Bt ou Bw. Entretanto, diferencia-

se do Bt fundamentalmente por não ser um horizonte de grande acúmulo de argila

e, também, por apresentar, comumente, minerais primários de fácil intemperização.

Diferencia-se do Bw por apresentar uma ou mais das seguintes características:

maior atividade da fração argila, maior quantidade de minerais primários de fácil

intemperização, maior grau de desenvolvimento estrutural ou menor espessura

(EMBRAPA, 2006). Por isso são considerados solos pedogeneticamente pouco

evoluídos.

Especialmente devido à heterogeneidade do material de origem, além da

influência do clima e do relevo, as características destes solos variam muito de um

local para outro. Desta forma, a classe compreende solos desde fortemente até

imperfeitamente drenados, de rasos a profundos, de cores claras até vermelhas, de

alta a baixa saturação por bases, bem como, de alta a baixa atividade das argilas.

Podem ocorrer com e sem cascalho e, ou pedregosidade e em diversos relevos,

desde o plano até montanhoso.

No Estado de Alagoas, os Cambissolos são de baixa expressão e, conforme o

material de origem e posicionamento nas paisagens, subdividem-se em Cambissolos

Háplicos e Flúvicos. Os desenvolvidos a partir de rochas cristalinas enquadram-se

principalmente na classe dos Cambissolos Háplicos e os desenvolvidos a partir de

sedimentos fluviais pertencem à classe dos Cambissolos Flúvicos. No contexto do

ambiente semiárido foram cartografados na região de Santana do Ipanema, Água

Branca e nos terraços aluvionares do Rio São Francisco, entre Porto Real do

Colégio e Penedo (Figura 3.26). Em menores proporções ocorrem associados com

Gleissolos nas várzeas úmidas do extremo norte e do sul da zona úmida costeira e

dispersos em associação com Neossolos Litólicos em diferentes ambientes do

Estado.

Os Cambissolos apresentam sequência de horizontes do tipo A, Bi, C e R; A,

Bin, Cn e R; A, Bi, 2C; A, 2Bi, 2C; entre outras. Alguns solos mais espessos podem

113

compreender horizonte Bi com diversas subdivisões, como por exemplo, Bi1, Bi2,

etc.

O horizonte A, com maior frequência, apresenta espessura na faixa de 10 cm

a 20 cm. Os padrões de cores predominantes são bruno, bruno-amarelado-escuro e

bruno-avermelhado, nos matizes de 10YR a 2,5 YR (Figura 3.27). A textura mais

comum situa-se na faixa média com teores equilibrados entre as frações silte e

argila.

Figura 3.26 - Ambientes onde dominam Cambissolos no Estado de Alagoas.

O horizonte Bi apresenta textura média a argilosa, via de regra, com teores

elevados da fração silte, sobretudo, quando desenvolvido a partir de sedimentos

fluviais. Pode conter fragmentos de rocha e, ou minerais primários facilmente

intemperizáveis, visíveis a olho nu ou com auxílio de lupa. A espessura varia,

geralmente, entre 15 cm e 150 cm. As cores predominantes ocorrem na faixa do

vermelho até o amarelo, nos matizes de 2,5YR a 10YR. Os Cambissolos

desenvolvidos a partir de rochas cristalinas, particularmente no ambiente semiárido,

em geral, apresentam cores mais avermelhadas e, os formados de sedimentos

fluviais, são os mais amarelados ou claros.

114

Figura 3 27 - Cambissolo Háplico Tb Eutrófico típico.

Figura 3 28 - Conteúdo de argila na classe dos Cambissolos no Estado de Alagoas.

CX: Cambissolo Háplico (n=5); CY: Cambissolo Flúvico (n=1). A barra representa

o desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.

O comportamento físico dos solos desta classe é muito variado,

principalmente em função da natureza do material originário, textura, estrutura,

115

profundidade e posicionamento na paisagem. Porém, a variação do conteúdo de

argila ao longo do perfil de solo é relativamente baixa (Figura 3.28). A drenagem

pode variar de acentuada, nos solos de textura média, a imperfeita nos solos com

presença de horizontes vérticos e, ou sódicos.

Com relação ao comportamento químico (Figura 3.29), a natureza do

material de origem e as condições climáticas são determinísticas na sua

variabilidade. Na zona úmida costeira, onde o material de origem relaciona-se com

rochas cristalinas e mesmo nos sedimentos de várzeas, devido às altas

precipitações que promovem a lixiviação de bases, predominam solos ácidos,

distróficos e com argilas de atividade baixa. No ambiente semiárido, onde as

condições climáticas não favorecem a uma alta lixiviação de bases, predominam

Cambissolos eutróficos, mesmo os desenvolvidos a partir de rochas cristalinas. Os

formados a partir de sedimentos fluviais, além da alta saturação por bases, em

geral, apresentam argila de atividade alta com ou sem o caráter solódico, sódico ou

salino.

Nos Cambissolos desenvolvidos a partir de rochas cristalinas (Cambissolos

Háplicos), a reação de pH varia de forte a moderadamente ácida com valores na

faixa de 4,5 a 6,0 tendo uma soma de bases na faixa de 2 cmolc kg-1 a 4 cmolc kg-1

de solo, tanto na superfície como nos horizontes subsuperficiais. Neste contexto, a

saturação por bases oscila, conforme o material de origem e o clima, numa faixa de

20% a 80%. Vale destacar que os solos eutróficos (V≥50%) predominam no

ambiente semiárido. Os valores mais elevados de pH, soma de bases e saturação

por bases foram observados nos ambientes de várzea e, ou nos terraços

aluvionares do semiárido onde ocorrem Cambissolos Flúvicos. Entretanto, os

poucos dados disponíveis indicam que nesses ambientes os solos comumente

ocorrem com o caráter solódico ou mesmo sódico, podendo conter, ainda, diversos

níveis de sais solúveis.

Conforme o conjunto de suas características morfológicas, físicas, químicas

e mineralógicas, os Cambissolos apresentam uma grande variabilidade na sua

fertilidade natural, desde muito baixa até mesmo alta, principalmente em função da

natureza do material de origem e do clima.

Potencialidades e limitações – Em função da heterogeneidade de

propriedades físicas e químicas, os Cambissolos podem ter alto, médio e até

mesmo baixo potencial agrícola, dependendo dos fatores restritivos que os mesmos

podem apresentar. As características mais favoráveis ao uso agrícola incluem o

médio a alto conteúdo de bases, a reserva de nutrientes presentes nos minerais

primários alteráveis dos solos, particularmente no ambiente semiárido, e as

116

condições de relevo pouco movimentadas de algumas áreas. As principais

restrições abrangem a deficiente de drenagem; os problemas de sodicidade e, ou

salinidade, especialmente no ambiente semiárido; os riscos de inundação nas

várzeas e terraços aluvionares; a dificuldade de manejo devido ao relevo

movimentado de algumas áreas; a pedregosidade e, ou rochosidade; a profundidade

efetiva limitada de algumas áreas; e o déficit hídrico na região semiárida.

Figura 3.29 - Principais atributos químicos da classe dos

Cambissolos no Estado de Alagoas. CX: Cambissolo Háplico

(n=5); CY: Cambissolo Flúvico (n=1). A barra corresponde ao

desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.

Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os

Cambissolos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe foi subdividida

117

em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a escala

1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões desta classe

foram realizadas em função dos seguintes fatores: (a) profundidade do solo; (b)

características intermediárias entre classes de solos; (c) presença do caráter sódico;

(d) textura subsuperficial (horizonte Bi); (e) presença de cascalho; (f) tipos de

horizonte superficial; (g) fases e combinações de fases de erosão, relevo,

vegetação, pedregosidade e substrato; e (h) conforme o posicionamento e

dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em

associação com outras classes de solos.

3.1.7 – Plintossolos

São solos minerais com presença marcante de óxidos de ferro segregados na

forma de plintita e, ou petroplintita, formados em áreas onde há restrições de

drenagem ou onde houve tais restrições em épocas pretéritas, mas permanecendo

as feições morfológicas dessas condições até o presente. A principal característica

desta classe é a presença de um horizonte plíntico, litoplíntico e, ou concrecionário

dentro de 40 cm da superfície ou em profundidades maiores, dentro de 200 cm,

desde que em sequência a um horizonte A ou E, ou a outro horizonte com presença

de cores pálidas e, ou cores de redução e, ou cores variegadas e, ou cores com

presença de mosqueados abundantes indicativos de restrições de drenagem.

No Estado de Alagoas, são solos de muito baixa expressão geográfica. Em

geral, ocorrem no ambiente dos tabuleiros costeiros com presença de horizonte

plíntico, concrecionário e, ou, litoplíntico e também de horizonte coeso. Entre os

Plintossolos, os mais expressivos são os Plintossolos Pétricos, isto é, com presença

de horizonte concrecionário e, ou, litoplíntico. Ocorrem também os Plintossolos

com um horizonte plíntico sobreposto a um horizonte Bt, formando os Plintossolos

Argilúvicos, e outros sem horizonte Bt, isto é, os Plintossolos Háplicos. Nos

tabuleiros costeiros são encontrados em áreas restritas, particularmente nos terços

superiores de encostas e nas bordas dos tabuleiros e, por vezes, nos terços

inferiores de encostas dos vales. São verificados, também, de forma muito pontual,

nos terços inferiores de encostas no ambiente dos mares de morros e, ainda, em

áreas com recobrimento sobre o embasamento cristalino no ambiente semiárido.

Em geral, distribuem-se associados com Argissolos e, ou Latossolos (Figura 3.30).

São solos profundos a muito profundos, mas ocorrendo casos de solos

pouco profundos a rasos, particularmente na região semiárida, onde a

profundidade, em geral, é definida pela espessura do recobrimento pedimentar

sobre o embasamento cristalino. Apresentam sequência de horizontes mais comuns

118

do tipo A, Btf, C; A, E, Btf, C; A, Bif, C. Ressalta-se a presença de perfis de

Plintossolos com sequência de horizontes do tipo A, Bwc, Bwc/F e A, Btc e F.

Figura 3.30 - Ambientes onde ocorrem Plintossolos no Estado de Alagoas.

Tendo-se como base os estudos morfológicos de campo, verificou-se que o

horizonte superficial A possui uma espessura média na faixa de 15 cm a 20 cm e o

subsuperficial (Btf, Btcf, Bwc, etc.), em geral, mais de 100 cm de espessura. Em

subsuperfície, as cores de fundo ocorrem com maior frequência nos matizes 10YR

e 7,5YR, com valores variando entre 3 e 5 e cromas entre 2 e 6. Em reflexo às

restrições de drenagem, onde ocorre a formação do horizonte plíntico e, ou

concrecionário, os perfis apresentam, em geral, cores variegadas ou cores de fundo

acinzentadas, amareladas ou mesmo avermelhadas, associadas com mosquedos

indicativos de fenômenos de oxidorredução. Quando não se verifica a presença de

petroplintita, sempre ocorrem mosqueados vermelhos ou avermelhados indicativos

da presença da plintita (Figura 3.31).

A textura superficial varia normalmente na faixa de arenosa a média, e em

subsuperfície, na faixa de média a argilosa, mas predominando solos com acúmulo

de argila no horizonte subsuperficial (Figura 3.32).

119

Figura 3.31 - Plintossolo Pétrico Concrecionário.

Figura 3.32 - Conteúdo de argila na classe dos Plintossolos Pétricos no

Estado de Alagoas.

120

Quanto às características químicas (Figura 3.33), são solos relativamente

semelhantes aos Argissolos e Latossolos desenvolvidos nos ambientes onde

predominam as florestas no Estado de Alagoas. Os poucos dados disponíveis

correspondem aos de um perfil de solo eutrófico (V>50%) com reação

moderadamente ácida, pH entre 5,5 e 6,5, soma de bases na faixa de 3 cmolc kg-1

a 5 cmolc kg-1, CTC de 5 cmolc kg-1 a 8 cmolc kg-1 e alumínio trocável praticamente

nulo.

Figura 3.33 - Principais atributos químicos da classe dos Plintossolos

Pétricos no Estado de Alagoas.

Potencialidades e limitações – Para o uso agrícola, as características mais

relevantes estão relacionadas ao relevo, à fertilidade natural, às condições de

121

drenagem, à profundidade efetiva, bem como à profundidade dos horizontes

plínticos ou petroplínticos. No contexto do Estado de Alagoas, a topografia pouco

movimentada e o baixo risco de salinização de algumas áreas de ocorrência destes

solos são as características mais favoráveis para o uso das terras. Por outro lado,

as principais restrições correspondem à presença do material concrecionário, o

relevo movimentado, as restrições de drenagem e a fertilidade natural baixa dos

solos. Em função das propriedades químicas, necessitam, além de adubação, a

correção da acidez para melhoria da fertilidade natural e obtenção de boas

colheitas. Para corrigir alguma deficiência hídrica temporária, se faz necessário

práticas de irrigação nos períodos de estiagem.

Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Plintossolos

encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais

detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na

legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:

(a) saturação por bases; (b) presença de horizonte concrecionário; (c) textura

superficial e subsuperficial; (e) fases e combinações de fases de relevo e

vegetação; e (e) conforme o posicionamento e dominância dos solos nas diferentes

paisagens onde foram mapeados em associação com outras classes de solos.

3.1.8 – Planossolos

São solos minerais imperfeitamente drenados que se caracterizam

fundamentalmente por apresentar um horizonte B plânico abaixo de A ou E,

precedido por uma transição abrupta. O horizonte B plânico tipicamente apresenta-

se compacto, muito duro a extremamente duro quando seco e com cores

dominantemente acinzentadas, em reflexo à deficiência de drenagem resultante da

sua baixa permeabilidade. A grande maioria destes solos apresenta argila de

atividade alta e também uma mudança textural abrupta na passagem para o B

plânico. Os grandes domínios destes solos ocorrem no contexto do semiárido

(Figura 3.34), em ambientes com restrições de drenagem. O horizonte B plânico

ocorre dominantemente dentro de 50 cm de profundidade, menos frequentemente

entre 50 cm e 100 cm e, de forma muito rara, abaixo de 100 cm de profundidade.

O horizonte B plânico, além da sua consistência dura a extremamente dura e

cores acinzentadas, apresenta como características marcantes a presença de

estruturas do tipo prismática, colunar, em blocos ou combinações destas formas.

Pode, ainda, conter partes maciças de tamanho variado e até mesmo cimentações

em graus diversos. Pode apresentar, também, apreciável quantidade de minerais

primários de fácil alteração e, por vezes, o caráter vértico. Além disso, é normal a

122

presença substancial de sódio no complexo de troca caracterizando o caráter

solódico (saturação por sódio >6% e < 15%) ou o caráter sódico (saturação por

sódio ≥15%).

Figura 3.34 - Ambientes onde dominam Planossolos no Estado de Alagoas.

Em função da saturação por sódio no B plânico, os Planossolos são

separados em duas classes: Planossolos Háplicos, com saturação por sódio inferior

a 15%, e Planossolos Nátricos, com saturação por sódio igual ou superior a 15%. É

comum a presença de estrutura colunar nos Planossolos Nátricos, porém não é uma

característica exclusiva desses solos, pois também ocorre nos Planossolos

Háplicos. Em termos taxonômicos, o horizonte B plânico tem precedência

diagnóstica em relação ao horizonte glei e perde em relação ao horizonte plíntico.

Embora a saturação por sódio seja a base para diferenciar os Planossolos Nátricos

dos Háplicos, do ponto de vista de uso agrícola, o parâmetro mais relevante é a

espessura dos horizontes superficiais (A+E) sobrejacentes ao B plânico, onde o

sistema radicular das plantas pode se desenvolver livremente.

Os Planossolos (Figura 3.35) apresentam sequência de horizontes do tipo A,

Bt ou Btn e C ou Cn ou A, E, Bt ou Btn e C ou Cn, em alguns casos havendo

indícios de descontinuidade litológica entre o horizonte Bt e os horizontes

sobrejacentes. Nos horizontes superficiais, A ou (A+E), as cores são normalmente

123

claras nos matizes 10YR e 7,5YR. A textura comumente é arenosa ou atinge a

faixa média leve (franco-arenosa). A espessura predominantemente é inferior a 50

cm, mas, por vezes, varia de 50 cm a 100 cm, caracterizando os Planossolos

arênicos. Muito raramente os horizontes superficiais ultrapassam 100 cm

tipificando os Planossolos espessarênicos.

Em subsuperfície o horizonte B plânico apresenta cores que refletem as

restrições de drenagem deste horizonte (Figura 3.35). São normalmente

acinzentadas ou brunadas, mas, em geral, com presença de mosqueados

indicativos de fenômenos de oxidorredução. A textura varia de média a argilosa. O

que é típico neste horizonte é a mudança textural abrupta em relação ao horizonte

sobrejacente A ou E (Figura 3.36).

Figura 3.35 - Planossolo Háplico Eutrófico típico.

124

Figura 3.36 - Conteúdo de argila na classe dos Planossolos no Estado de

Alagoas. SN: Planossolo Nátrico (n=5); SX: Planossolo Háplico (n=11). A barra

corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.

Com relação às propriedades químicas (Figura 3.37), nos horizontes

superficiais (A+E) estes solos apresentam reação desde moderadamente ácida até

praticamente neutra com valores de pH na faixa de 5,5 a 7,0. A soma de bases

varia de 1 cmolc kg-1 a 6 cmolc kg-1 e a CTC de 2,0 cmolc kg-1 a 10,0 cmolc kg-1. Em

consequência, a saturação por bases assume valores na faixa de 45% a quase

100% e o alumínio trocável apresenta valores inferiores a 0,8 cmolc kg-1.

125

Figura 3.37 - Principais atributos químicos da classe dos

Planossolos no Estado de Alagoas. SN: Planossolo Nátrico

(n=5); SX: Planossolo Háplico (n=11). A barra corresponde ao

desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.

No horizonte subsuperficial B plânico, o pH atinge valores muito mais

elevados do que na superfície, em geral, com marcante influência do sódio no

complexo de troca. A reação de pH varia de moderadamente ácida a fortemente

alcalina, com valores na faixa de 6,0 a 8,5. A soma de bases varia numa faixa

ampla de 4,0 cmolc kg-1 a 23,0 cmolc kg-1 e a CTC de 5,0 cmolc kg-1 a 25,0 cmolc

kg-1. Em consequência, a saturação por bases é elevada, com valores na faixa de

60% a 100% e o alumínio trocável apresenta valores abaixo de 1,2 cmolc kg-1. A

percentagem de saturação por sódio (PST) do B plânico quando maior ou igual a

15% individualiza os Planossolos Nátricos.

A relação molecular Ki, indicativa da evolução da fração argila, apresenta

valores médios a altos, na faixa de 2,2 a 5,5 (EMBRAPA, 1975), ao longo do perfil

de solo o que indica a presença marcante de argilominerais do tipo 2:1.

Potencialidades e limitações – O potencial de uso agrícola dos Planossolos é

considerado restrito e depende fundamentalmente da profundidade do horizonte B

plânico, isto é, do horizonte que restringe drasticamente a drenagem do solo. Por

isso, quanto mais profundo estiver o B plânico menores serão as restrições em

126

relação à utilização agrícola que, geralmente, é feita com cultivos de subsistência e

pastagens. Portanto, as características favoráveis ao uso agrícola estão

relacionadas principalmente com a espessura dos horizontes sobrejacentes ao B

plânico, isto é, os horizontes superficiais (A+E) e com o relevo pouco

movimentado de áreas expressivas. As maiores limitações ao uso agrícola estão

relacionadas com: (a) drenagem restrita (encharcamento no período chuvoso); (b)

profundidade efetiva limitada; (c) pedregosidade e, ou rochosidade; (d) presença de

horizontes cimentados; (e) sodicidade e salinidade; (f) suscetibilidade à erosão; (g)

associações intrincadas com Neossolos Litólicos e afloramentos rochosos, além das

restrições de fertilidade natural e do déficit hídrico regional.

Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Planossolos

encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais

detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na

legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:

(a) saturação por sódio (diferenciando os Planossolos Háplicos dos Nátricos); (b)

espessura dos horizontes superficiais (A+E); (c) características intermediárias entre

classes de solos; (d) textura superficial e subsuperficial; (e) fases e combinações de

fases de relevo e vegetação; e (f) conforme o posicionamento e dominância dos

solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em associação com outras

classes de solos.

3.1.9 – Espodossolos

São solos minerais, hidromórficos ou não, com horizonte B espódico

precedido de horizonte E, A ou de horizonte hístico dentro de 200 cm da superfície

do solo, ou dentro de 400 cm da superfície quando a soma dos horizontes A+E ou

horizonte hístico + E for maior que 200 cm. Em qualquer caso, o horizonte hístico,

se presente, não atende requisitos mínimos para a classe dos organossolos.

No contexto do Estado de Alagoas, esses solos têm ocorrência no ambiente

dos Tabuleiros Costeiros e na Baixada Litorânea (Figura 3.38). Nos Tabuleiros

Costeiros, são originados de sedimentos arenosos da Formação Barreiras, do

período Terciário, e comumente, estão localizados em suaves depressões, onde se

enquadram dominantemente como Espodossolos Ferrihumilúvicos. Na Baixada

Litorânea, são derivados de sedimentos arenoquartzosos, não consolidados, do

período do Holoceno, onde ocorrem associados com Neossolos Quartzarênicos e se

enquadram como Espodossolos Humilúvicos ou Ferrihumilúvicos

127

Figura 3.38 - Ambientes onde dominam Espodossolos no Estado de Alagoas.

Em geral, são solos profundos a muito profundos, com sequência de

horizontes do tipo A, E, Bh, Bhs ou Bs; A, E, Bh, Bsm; A, E, Bhsm; A, E, Bsxm;

entre outras. No ambiente dos Tabuleiros Costeiros, o horizonte B espódico

normalmente ocorre na forma cimentada constituindo horizontes do tipo Bsm,

Bhsm, Bsxm. Sobrejacente aos horizontes cimentados, é comum a presença de um

horizonte do tipo Bh (Figura 3.39).

O horizonte superficial A é normalmente do tipo moderado e, às vezes, fraco

com espessura média na faixa de 10 cm a 20 cm. Possui cores escuras no matiz

10YR, com valor de 2 a 6 e croma de 1 a 4. A textura mais frequente é areia ou

areia-franca (Figura 3.40).

O horizonte E (eluvial), com textura tipicamente arenosa, apresenta uma

espessura bastante variável. Pode ultrapassar os 3 m na baixada litorânea,

enquanto que nos Tabuleiros Costeiros é menos espesso, geralmente na faixa de

50 cm a 150 cm. Sua cor geralmente é quase branca ou bem mais clara do que A,

sendo normalmente no matiz 10YR, com valor de 5 a 8 e croma de 1 a 4.

128

Figura 3.39 – Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico.

O horizonte subsuperficial, B espódico, somando as espessuras de suas

diversas formas, em geral é maior que 50 cm. A cor, devido ao acúmulo de matéria

orgânica complexada com alumínio com ou sem ferro, pode ser bruno-avermelhado

escuro (semelhante a pó de café), bruno-escuro, bruno, amarelo-brunado e bruno-

amarelado-claro, em geral, nos matizes de 5YR a 10YR. A textura mais frequente é

areia ou areia-franca, mas ocorrendo casos na faixa média.

Em termos físicos, são solos tipicamente arenosos com drenagem rápida na

superfície, mas podendo ser impedida em profundidade, especialmente quando o

horizonte espódico é do tipo cimentado. Esses horizontes cimentados são

característicos nos Espodossolos formados no ambiente dos Tabuleiros Costeiros,

comumente em áreas abaciadas ou depressões, onde o lençol freático pode

permanecer elevado, em parte significativa do ano, conferindo aos solos o caráter

hidromórfico. Nas partes mais baixas da Baixada Litorânea também é comum o

caráter hidromórfico nesses solos.

129

Figura 3.40 – Conteúdo de argila na classe dos Espodossolos no Estado de

Alagoas. ESK: Espodossolo Ferrihumilúvico (n=4). A barra representa o desvio

padrão e n, o número de perfis utilizados.

Em termos químicos (Figura 3.41) apresentam reação de pH variando de

forte a moderadamente ácida, com valores na faixa de 4,5 a 6,0. Na superfície, a

soma de bases varia com maior frequência de 0,5 cmolc kg-1 a 3,0 cmolc kg-1 e a

CTC de 1,0 cmolc kg-1 a 7,0 cmolc kg-1. Em consequência, a saturação por bases

assume valores predominantemente menores que 50% e o alumínio trocável

valores inferiores a 0,7 cmolc kg-1. Em subsuperfície, no horizonte espódico, onde

ocorre o acúmulo de matéria orgânica, a soma de bases predomina com valores de

0,5 cmolc kg-1 a 1,0 cmolc kg-1 e a CTC de 1,0 cmolc kg-1 a 10,0 cmolc kg-1. Por

isso, a saturação por bases assume valores predominantemente menores que 40%

e o alumínio trocável valores inferiores a 1,0 cmolc kg-1.

130

Figura 3 41 - Principais atributos químicos da classe dos

Espodossolos no Estado de Alagoas. ESK: Espodossolo Ferrihumilúvico

(n=4). A barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis

utilizados.

Potencialidades e limitações – O potencial de uso agrícola dos Espodossolos

é considerado restrito por serem solos arenosos e com diferentes graus de

deficiência de drenagem. As características favoráveis ao uso estão relacionadas

principalmente com a espessura dos horizontes sobrejacentes ao B espódico (A+E)

e às condições de relevo pouco movimentado. As maiores limitações ao uso estão

relacionadas com: (a) drenagem restrita (encharcamento no período chuvoso); (b)

profundidade efetiva limitada pelos horizontes cimentados; (c) textura arenosa; e

(d) fertilidade natural baixa.

131

Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Espodossolos

encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais

detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na

legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:

(a) espessura dos horizontes superficiais (A+E); (b) tipos de horizonte B espódico;

(c) caráter hidromórfico; (d) caráter dúrico e fragipã; (e) textura superficial; (f) fases

e combinações de fases de relevo e vegetação; e (g) conforme o posicionamento e

dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em

associação com outras classes de solos.

3.1.10 – Vertissolos

São solos minerais, argilosos a muito argilosos, predominantemente não

hidromórficos, tendo alta saturação por bases, significativa presença de argilas

expansíveis e uma pequena ou inexpressiva variação no conteúdo de argila ao

longo do perfil. Apresentam horizonte vértico dentro de um metro de profundidade

e não possuem qualquer tipo de horizonte B diagnóstico acima do horizonte vértico

que também pode ser uma modalidade de horizonte B, por exmplo, um Biv. A

feição pedológica marcante do horizonte vértico é a presença de "slikensides" que

são superfícies lustrosas inclinadas em relação ao prumo do perfil. Outra

característica marcante desse horizonte é a presença de estruturas prismáticas,

paralelepipédicas e, ou cuneiformes. Mesmo sendo solos tipicamente argilosos,

após revolvimento, admite-se um teor mínimo de 30% de argila nos primeiros 20

cm da camada superficial. Devido à presença de argilas expansíveis, tais solos

apresentam pronunciada variação de volume de acordo com os níveis de umidade.

Quando secos, tipicamente apresentam marcante presença de fendas na superfície

as quais podem atingir grandes profundidades (EMBRAPA, 2006).

Estes solos são formados em ambientes onde o material de origem tem alta

concentração em bases, seja em zona úmida ou seca, o que favorece a formação

de argilominerais expansivos do grupo das esmectitas. Como exemplo, citam-se os

ambientes com presença de rochas calcárias, margas, folhelhos, siltitos,

sedimentos aluvionares, entre outros. No estado de Alagoas, ocorrem em

ambientes hidromórficos constituindo a classe dos Vertissolos Hidromórficos, onde

são formados a partir de sedimentos Quaternários, argilosos, com influência de

material proveniente de calcários na várzea do rio Jiquiá, na zona da mata sul

(Figura 3.42). São encontrados, também, no contexto da bacia do Jatobá, extremo

oeste do Estado, onde são desenvolvidos a partir de folhelhos, siltitos e argilitos

ricos em carbonatos, onde são enquadrados na classe dos Vertissolos Háplicos.

Comumente são solos profundos a pouco profundos e, em função do

desenvolvimento estrutural e também da cor, apresentam sequência de horizontes

132

do tipo A, Biv, C ou Ck; A, Bivn, Cn ou Ckn; A, 2Biv, 2C ou 2Ck; A, Cgv, Ckg;

entre outras (Figura 3.43). As estruturas mais comuns são do tipo prismática,

paralelepipédica e, ou cuneiforme as quais apresentam consistência extremamente

dura no estado seco e muito plástica e muito pegajosa no estado molhado.

Figura 3.42 - Ambientes onde ocorrem Vertissolos no Estado de Alagoas.

A textura ao longo do perfil de solo varia normalmente na faixa de argilosa a

muito argilosa, mas com gradiente textural baixo (Figura 3.44).

Na área onde se dispõe de dados analíticos, no contexto da zona da mata, os

Vertissolos ocorrem em ambiente hidromórfico, com horizonte superficial A do tipo

moderado tendo espessura média na faixa de 10 cm a 20 cm. As cores, com maior

frequência, variam nos matizes de 7,5YR a 2,5Y com valores de 3 a 5 e croma

menor ou igual a 1. Portanto, devido às condições hidromórficas, trata-se de

Vertissolos com características intermediárias para Gleissolos e com os quais

ocorrem associados. Por outro lado, os Vertissolos desenvolvidos no ambiente

semiárido, a partir de folhelhos, na Bacia do Jatobá, apresentam cores

avermelhadas, onde ocorrem associados com Cambissolos e Luvissolos.

133

Figura 3.43 – Vertissolo Háplico Órtico típico.

Figura 3.44 – Conteúdo de argila na classe dos Vertissolos no Estado de

Alagoas. VG: Vertissolo Hidromórfico.

Em termos físicos, são solos problemáticos devido ao alto conteúdo e a

natureza expansiva das argilas. Quando secos, racham e são extremamente duros

e, no estado molhado, tornam-se altamente plásticos e pegajosos. São, portanto,

134

solos com características físicas desfavoráveis e que devem ser levadas em conta

no manejo destes solos.

Com relação às propriedades químicas (Figura 3.45) os poucos dados

disponíveis indicam solos com reação de pH na faixa de moderadamente ácida a

moderadamente alcalina, com valores de 5,0 a 8,0. A soma de bases assume

valores relativamente elevados na faixa de 4 cmolc kg-1 a 20,0 cmolc kg-1 do solo e

a CTC, na faixa de 8,0 cmolc kg-1 a 20,0 cmolc kg-1. Os cátions que contribuem

com maiores teores na soma de bases e CTC são os de cálcio e de magnésio. A

saturação por sódio foi verificada na faixa de 4% e 27%, caracterizando solos com

presença do caráter sódico. Em síntese, são solos com argila de atividade alta,

eutróficos, altamente saturados por bases em reflexo à natureza do material de

origem, mas com alto conteúdo de sódio no complexo de troca.

Conjugando os atributos morfológicos, físicos e químicos, observa-se que o

solo tem alta fertilidade natural, mas com limitações de ordem física, sobretudo as

impostas pela consistência e a drenagem. Pode apresentar, também, algumas

restrições de ordem química devido à alta saturação por sódio, pH muito elevado e,

ou o desbalanço de nutrientes.

Potencialidades e limitações – O potencial de uso agrícola dos Vertissolos,

no Estado de Alagoas, é considerado limitado pois sua extensão territorial é muito

baixa, além de serem solos com severas restrições físicas e algumas de natureza

química. As características favoráveis ao uso agrícola estão relacionadas

principalmente com a alta fertilidade natural e as condições de relevo pouco

movimentado. As maiores limitações ao uso estão relacionadas com: (a) drenagem

restrita (encharcamento no período chuvoso e permeabilidade muito lenta); (b)

caráter sódico; (c) textura muito argilosa; e (d) alta plasticidade e alta pegajosidade.

Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Vertissolos

encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais

detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na

legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:

(a) caráter hidromórfico; (b) saturação por sódio (caráter solódico e sódico); (c)

característica intermediária entre classes de solo; (d) textura; (e) fases e

combinações de fases de relevo, pedregosidade e vegetação; e (f) conforme o

posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram

mapeados em associação com outras classes de solos.

135

Figura 3.45 – Principais atributos químicos da classe dos

Vertissolos no Estado de Alagoas. VG: Vertissolo Hidromórfico.

3.1.11 – Gleissolos

São solos minerais hidromórficos com horizonte A ou H seguido de horizonte

glei dentro de 50 cm da superfície do solo ou com horizonte glei iniciando entre 50

cm e 150 cm da superfície do solo desde que imediatamente abaixo de horizonte A

ou E com ou sem gleização (EMBRAPA, 2006). Em adição, estes solos não

apresentam textura exclusivamente arenosa (areia ou areia-franca) dentro dos

primeiros 150 cm da superfície do solo ou até o contato lítico. Excluem-se desta

classe, solos que também atendam aos requisitos das classes dos Vertissolos,

Espodossolos, Planossolos, Plintossolos, Neossolos Quatzarênicos e Organossolos.

136

Os Gleissolos, em condições naturais, são mal a muito mal drenados,

formados em terrenos baixos com influência de excesso de umidade (permanente

ou temporário) sendo bastante expressivos nos ambientes das várzeas úmidas da

zona costeira (Figura 3.46). Apresentam um horizonte subsuperficial de coloração

acinzentada ou cinzenta (horizonte glei) (Figura 3.47), comumente com presença de

mosqueados amarelados e, ou avermelhados originados em função dos fenômenos

de oxirredução onde estes solos são formados (EMBRAPA, 2006). Em função da

sua formação em ambientes de baixada, onde normalmente ocorrem aportes de

sedimentos, esses solos usualmente não apresentam um padrão de distribuição

uniforme na paisagem. Isso pode ser notado pelas variações nos atributos

morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos dos solos. O material de origem é

constituído por sedimentos recentes, não consolidados, podendo ter ou não algum

acúmulo de matéria orgânica. Em função, principalmente, das diferenças no

material de origem, resultam solos com perfis bastante diversificados.

Figura 3.46 – Ambientes onde dominam Gleissolos no Estado de Alagoas.

Em geral, apresentam sequência de horizontes do tipo A ou Ag, Cg; A, Big,

Cg; A, Btg, Cg; H (menor que 40 cm), Cg; entre outras. Por serem perfis de solo

desenvolvidos em ambientes redutores, as cores são tipicamente cinzentas ou

137

acinzentadas, compreendendo ou não horizontes e, ou camadas escuras, minerais

ou orgânicas.

Figura 3.47 – Gleissolo Háplico Tb Distrófico típico.

Na superfície do solo o horizonte A é geralmente mais escuro, em relação

aos horizontes subsuperficiais, devido aos maiores teores de matéria orgânica e

comumente é do tipo moderado ou proeminente. A espessura varia normalmente de

15 cm a 40 cm, com coloração de cinzenta escura a preta nos matizes de 7,5YR a

5Y, tendo valores de 2 a 7 e cromas menores ou iguais a 2. A textura dominante

varia de média a muito argilosa com gradiente textural baixo (Figura 3.48).

O horizonte glei subsuperficial, comumente do tipo Cg, pode compreender

várias subdivisões e possui espessura geralmente maior que 100 cm. A cor varia de

cinzento escuro a cinzento claro nos matizes de 10YR a 5Y ou em matizes com

cores mais azuladas ou esverdeadas. Em geral os valores variam na faixa de 5 a 8 e

os cromas são menores ou iguais a 2. O horizonte glei pode compreender

mosqueados em quantidade, tamanho e cores diversos sendo mais comuns os

amarelados e, ou avermelhados. A textura mais frequente varia de média a muito

argilosa com predomínio na faixa de argilosa a muito argilosa.

138

Figura 3.48 – Conteúdo de argila na classe dos Gleissolos no Estado de Alagoas.

GM: Gleissolo Melânico (n=2); GX: Gleissolo Háplico (n=8); GJ: Gleissolo

Tiomórfico (n=2). A barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis

utilizados.

Em termos químicos (Figura 3.49), estes solos apresentam características

muito heterogêneas. A reação de pH varia de extrema a moderadamente ácida com

valores de pH de 3 a 6. O pH menor ou igual a 3,5 é um critério que discrimina a

classe dos Gleissolos Tiomórficos. Em termos médios, a soma de bases, CTC e

saturação por bases, mesmo com grande variabilidade, assumem valores

relativamente semelhantes entre os horizontes superficiais e subsuperficiais. Os

valores médios da soma de bases situam-se na faixa de 5,0 cmolc kg-1 a 12,0 cmolc

kg-1 de solo, porém, variam numa faixa ampla de 1,0 cmolc kg-1 a 23,0 cmolc kg-1

de solo. A CTC média situa-se na faixa de 10,0 cmolc kg-1 a 40,0 cmolc kg-1 de solo

e a saturação por bases no intervalo de 30% a 60%, portanto indicando solos

distróficos e eutróficos. O alumínio trocável, por sua vez, apresenta valores médios

na faixa de 2,0 cmolc kg-1 a 17,0 cmolc kg-1 de solo, portanto atingindo níveis altos

a muito altos. Os valores mais elevados ocorrem nos solos tiomórficos, pois as

condições de pH muito baixo (<3,5) conduzem a uma grande solubilização do

alumínio. Cabe ressaltar, no entanto, que nem todo alumínio trocável afeta o

crescimento de plantas. Estudos realizados em solos com altos teores de alumínio

trocável no Acre (GAMA e KIEL, 1999) foram indicativos que o alumínio da solução

do solo não causa toxidez às plantas (feijão e arroz). Por conseguinte, essa é uma

área de conhecimento que demanda pesquisas visando esclarecer aspectos de

fitotoxidez e suas relações com os níveis de alumínio trocável no solo.

139

Figura 3.49 - Principais atributos químicos da classe dos

Gleissolos no Estado de Alagoas. GM: Gleissolo Melânico (n=2);

GX: Gleissolo Háplico (n=8); GJ: Gleissolo Tiomórfico (n=2). A

barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis

utilizados.

Os teores médios de carbono orgânico no horizonte superficial A ocorrem na

faixa de 5,0 g kg-1 a 20,0 g kg-1 de solo com valores extremos inferiores a 70,0 g

kg-1 de solo. Conforme critérios relacionados aos teores de carbono, cor e

espessura do horizonte A, foram diferenciados horizontes superficiais do tipo A

140

fraco, A moderado e A proeminente. Este último permitiu separar a classe dos

Gleissolos Melânicos dos Háplicos. Em ambientes restritos, onde os Gleissolos

ocorrem associados com Organossolos, constataram-se Gleissolos com horizonte H

hístico conferindo aos mesmos o caráter intermediário para Organossolos.

Conforme análise das características morfológicas, físicas e químicas, os

Gleissolos estudados enquadram-se nas classes dos Gleissolos Tiomórficos,

Gleissolos Melânicos e Gleissolos Háplicos. Os Gleissolos Tiomórficos apresentam

materiais sulfídricos (compostos de enxofre oxidáveis) com alta sensibilidade aos

níveis de oxigenação do meio ambiente, podendo dar origem a horizontes sulfúricos

(pH menor ou igual a 3,5) se os solos forem drenados artificialmente sem controle.

Já os Gleissolos Melânicos e Háplicos são solos com fertilidade natural de baixa a

alta e que permitem o uso agrícola das terras com drenagem dequada.

Potencialidades e limitações – O potencial de uso dos Gleissolos, no Estado

de Alagoas, depende, sobretudo, da drenabilidade das áreas onde esses solos são

formados, em consonância com a legislação ambiental no que se refere à proteção

das margens dos rios. As características favoráveis ao uso agrícola ficam

relacionadas principalmente com a média a alta fertilidade natural e as condições de

relevo praticamente plano. As maiores limitações estão relacionadas com: (a) lençol

freático elevado e risco de inundações ou alagamentos frequentes; (b) caráter

tiomórfico; (c) caráter solódico; (d) alumínio trocável elevado; e (d) textura muito

argilosa.

Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Gleissolos

encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais

detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na

legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:

(a) caráter tiomórfico (distinção dos Gleissolos Tiomórficos); (b) tipo de horizonte

superficial (distinção dos Gleissolos Melânicos e Háplicos); (c) caráter solódico; (d)

característica intermediária entre classes de solo; (e) textura; (f) fases e

combinações de fases de vegetação; e (g) conforme o posicionamento e

dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em

associação com outras classes de solos.

3.1.12 – Neossolos

São solos pouco desenvolvidos, constituídos por material mineral ou material

orgânico pouco espesso, com sequência de horizontes do tipo A, C; A, C, R; A, R;

O, R; H, R ou H, C sem atender aos requisitos para as classes dos Chernossolos,

Vertissolos, Plintossolos, Organossolos ou Gleissolos. No caso dos solos minerais,

que são os mais dominantes, eles guardam características mineralógicas

141

relativamente próximas às do material de origem. Portanto, são solos com ausência

de qualquer tipo de horizonte B diagnóstico em consequência da baixa atuação dos

processos pedogenéticos (EMBRAPA, 2006).

No Estado de Alagoas, estes solos têm grande expressão geográfica

sobretudo no ambiente semiárido (Figura 3.50). Dominantemente apresentam

textura na faixa de arenosa a média com baixo gradiente textural no perfil de solo

(Figura 3.51).

Conforme o SiBCS (EMBRAPA, 2006), os Neossolos são subdivididos em

quatro subordens: Neossolos Litólicos, Neossolos Flúvicos, Neossolos Regolíticos e

Neossolos Quartzarênicos. São todos relativamente pouco afetados pelo

intemperismo químico e, portanto, suas principais características morfológicas,

físicas, químicas (Figura 3.52) e mineralógicas, em geral, refletem a natureza do

material de origem.

Figura 3.50 – Ambientes onde dominam Neossolos no Estado de Alagoas.

RL: Neossolo Litólico; RY: Neossolo Flúvico; RR: Neossolo Regolítico; RQ: Neossolo

Quartzarênico.

142

Figura 3 51 – Conteúdo de argila nas diferentes classes de Neossolos no

Estado de Alagoas. RL: Neossolo Litólico (n=12); RY: Neossolo Flúvico (n=14);

RR: Neossolo Regolítico (n=7); RQ: Neossolo Quartzarênico (n=3). A barra

corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.

3.1.12.1 Neossolos Litólicos

São solos rasos com sequência de horizontes mais comum do tipo A, C, R ou

A, R e apresentam, em geral, marcante presença de minerais primários de fácil

alteração no perfil de solo. O contato lítico dentro de 50 cm de profundidade é a

principal característica que os diferencia dos demais Neossolos.

Em Alagoas, os Neossolos Litólicos ocupam grandes extensões no ambiente

semiárido onde é comum a presença de pedregosidade e, ou rochosidade. Em

conformidade com a natureza do material de origem, apresentam muitas variações

de características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas.

O horizonte superficial A comumente é do tipo fraco ou moderado, mas

ocorrendo também o A proeminente, especialmente no contexto das áreas mais

elevadas que ocorrem no Planalto da Borborema. As cores são ligeiramente escuras

ou mesmo escuras e comumente ocorrem nos matizes 7,5YR ou 10YR. Abaixo do

horizonte A, segue o horizonte C com cores desde claras até vermelhas nos

matizes de 10YR a 2,5YR e em seguida ocorre a camada R (rocha) dentro de 50

cm de profundidade (Figura 3.53).

Em termos físicos, são solos rasos com textura variando na faixa de média a

arenosa comumente associada com cascalhos e, ou fragmentos de rocha em

alteração e, ou com pedregosidade.

143

Figura 3.52 – Principais atributos químicos da classe

dos Neossolos no Estado de Alagoas. RL: Neossolo Litólico

(n=12); RY: Neossolo Flúvico (n=14); RR: Neossolo Regolítico

(n=7); RQ: Neossolo Quartzarênico (n=3). A barra

corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis

utilizados.

Do ponto de vista químico, são solos dominantemente eutróficos, exceto

quando o material de origem é muito pobre em bases, como algumas rochas

areníticas. A reação de pH varia de moderadamente ácida a praticamente neutra

com valores médios de 5,5 a 6,5. A soma de bases situa-se ao redor de 5,0 cmolc

kg-1 de solo com valores extremos de 1,5 cmolc kg-1 a 9,0 cmolc kg-1 de solo. A

CTC média situa-se ao redor de 7,5 cmolc kg-1 de solo, mas varia de 4,0 cmolc kg-1

144

a 11,0 cmolc kg-1 de solo. O alumínio trocável assume valores médios na faixa de

0,1 cmolc kg-1 a 0,4 cmolc kg-1 de solo, mas com valores bastante dispersos, sem

ultrapassar 1,0 cmolc kg-1 de solo.

Figura 3.53 – Neossolo Litólico Eutrófico típico.

Potencialidades e limitações – Exceto a fertilidade natural

predominantemente média, as demais características são restritivas ao uso agrícola.

Alem disso, tem-se ainda o déficit hídrico regional do ambiente semiárido onde os

solos desta classe têm larga ocorrência. As maiores limitações estão relacionadas

com a pequena profundidade efetiva, a pedregosidade, a rochosidade, e ainda ao

relevo movimentado e riscos elevados de erosão, normalmente associados a estes

solos. Apesar destas limitações, em áreas com relevo plano e suave ondulado, e

com pouca pedregosidade, os Neossolos Litólicos são comumente utilizados com

pastagens e, ou com cultivos de subsistência ou são destinados à preservação

ambiental.

Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os

Neossolos Litólicos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe foi

subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a

escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões desta

classe foram realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases;

(b) tipo de contato lítico (fragmentário ou não); (c) textura; (d) presença de

cascalho; (e) tipos de horizonte superficial; (f) fases e combinações de fases de

erosão, relevo, vegetação, pedregosidade, rochosidade e substrato; e (g) conforme

145

o posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram

mapeados em associação com outras classes de solos e, ou com tipos de terreno.

3.1.12.2 Neossolos Flúvicos

São Neossolos desenvolvidos a partir de sedimentos fluviais recentes,

estratificados, de modo que as camadas não guardam relação pedogenética entre

si. O material de origem, portanto, corresponde aos sedimentos que se depositam

nos ambientes de várzeas ou baixadas ao longo dos cursos dos rios e riachos. Em

geral, os estratos são formados em períodos distintos e por isso podem apresentar

grandes variações e, ou disparidades de características e propriedades entre os

mesmos, como, por exemplo, na granulometria e no conteúdo de carbono. Em

função do seu modo de formação, podem apresentar uma variação muito grande

em termos de textura no perfil, tanto vertical quanto lateralmente.

Esses solos comumente apresentam sequência de horizontes e, ou camadas

do tipo A, 2C1, 3C2, 4C3, etc. O horizonte A, em geral, varia de fraco moderado

com espessura de 10 cm a 25 cm. A cor normalmente ocorre nos matizes 10YR e

7,5YR com valor de 3 a 5 e croma de 2 a 6. Subjacente ao horizonte A, seguem-se

camadas C cujas características variam muito em função da textura dos estratos

(Figura 3.54). As cores dominantemente ocorrem nos matizes 10YR e 7,5YR e as

texturas mais frequentes variam na faixa de arenosa até argilosa, mas com

predomínio na faixa média com altos teores da fração silte.

146

Figura 3.54 – Neossolo Flúvico Ta Eutrófico solódico.

Em termos químicos, são solos dominantemente eutróficos, exceto quando o

material de origem é muito pobre em bases. A reação de pH predomina na faixa

moderadamente ácida, mas varia de fortemente ácida a praticamente neutra com

pH de 4,5 a 7,0. A soma de bases predomina ao redor de 4,0 cmolc kg-1 de solo

com valores extremos de 1,0 cmolc kg-1 a 7,0 cmolc kg-1 de solo. A CTC situa-se ao

redor de 6,5 cmolc kg-1 de solo, mas varia de quase nula até 16,0 cmolc kg-1 de

solo. O alumínio trocável assume valores médios ao redor de 0,4 cmolc kg-1 de solo,

mas com valores bastante dispersos, sem ultrapassar 1,2 cmolc kg-1 de solo.

Potencialidades e limitações – As características favoráveis ao uso agrícola

estão relacionadas com a profundidade efetiva e a fertilidade natural média a alta

dos solos. As restrições devem-se principalmente: (a) ao acúmulo de sais e, ou

risco de salinização; (b) riscos de inundação periódica em função do regime de

chuvas; e (c) ao déficit hídrico regional no ambiente semiárido. Vale ressaltar que

alguns destes solos apresentam camadas salinas, solódicas ou até mesmo sódicas

em áreas localizadas no ambiente semiárido. Portanto, podem apresentar uma

diversidade de características desfavoráveis combinadas. Mesmo havendo

restrições de uso, são solos bastante cultivados e produzem uma variedade muito

grande de culturas, principalmente de subsistência.

Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os

Neossolos Flúvicos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe foi

subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a

escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram

realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) textura; (c)

tipos de horizonte superficial; (d) caráter salino, solódico e sódico; (e)

características intermediárias entre classes de solo; (f) fases e combinações de

fases de relevo e vegetação; e (g) conforme o posicionamento e dominância dos

solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em associação com outras

classes de solos.

3.1.12.3 Neossolos Regolíticos

São Neossolos pouco profundos a profundos, geralmente com cores claras

ou esbranquiçadas, apresentando textura dominante na faixa de arenosa a média

(franco-arenosa). Caracterizam-se por apresentar uma reserva de minerais primários

alteráveis, geralmente feldspatos potássicos, nas frações areia e, ou cascalho com

um teor maior ou igual 4% (EMBRAPA, 2006). O material de origem está

correlacionado com os ambientes onde se destacam rochas ácidas tipo granito ou

147

outras rochas com composição mineralógica semelhante. É frequente a presença de

horizontes cimentados do tipo fragipã e, menos frequentemente do tipo duripã,

bem como do caráter solódico. Tais horizontes cimentados são formados por uma

mistura de frações finas cauliníticas, impregnadas por materiais silicosos,

cimentando as frações grossas (ARAÚJO FILHO, 2003).

Em termos morfológicos, são solos com sequência de horizontes do tipo A, C

e R ou A, C, Cx e R. O horizonte superficial A é, normalmente, do tipo fraco ou

moderado com cores claras ou pouco escuras e com espessura média na faixa de

12 cm a 25 cm. Predomina nos matizes de 7,5YR a 10YR com valores de 3 a 5 e

cromas de 2 a 4. A textura normalmente é arenosa. Em subsuperfície, o horizonte

C e, ou Cx, apresenta espessura média na faixa de 60 cm a 140 cm e cores claras,

comumente no matiz 10YR com valores de 5 a 7 e cromas de 2 a 4 (Figura 3.55).

Figura 3.55 – Neossolo Regolítico Eutrófico típico.

Em termos físicos, são solos com textura tipicamente arenosa, por vezes

atingindo a faixa média (franco-arenosa), e com marcante presença da fração silte,

comumente superando o teor da fração argila. São bem a fortemente drenados,

148

mas eventualmente podem apresentar algumas restrições, especialmente os pouco

profundos e, ou com presença de fragipã.

Em termos químicos, por serem solos arenosos, são pobres a muito pobre em

bases com pH, na faixa moderadamente ácida, de 5,5 a 6,5. A soma de bases

predomina entre 1,0 cmolc kg-1 e 2,0 cmolc kg-1 de solo na superfície e com valor

médio inferior a 1,0 cmolc kg-1 de solo em subsuperfície. A CTC média situa-se ao

redor de 2,0 cmolc kg-1 de solo e o alumínio trocável assume valor médio inferior

0,3 cmolc kg-1 de solo.

Potencialidades e limitações – As características favoráveis ao uso agrícola

estão relacionadas com a profundidade efetiva maior do que 50 cm, à reserva de

nutrientes associada aos minerais primários alteráveis e ainda às facilidades de

manejo em virtude da textura arenosa dos solos. As restrições mais comuns são:

(a) presença do contato lítico ou de horizontes cimentados restringindo a

drenagem; (b) associações com solos rasos e, ou com afloramentos de rochas; (c)

baixa capacidade de retenção de umidade; e (d) o déficit hídrico regional agravado

pela baixa disponibilidade de água dos solos. Apesar da baixa fertilidade, são solos

bastante cultivados com culturas de subsistência e pastagens, particularmente

quando ocorrem sob caatinga hipoxerófila.

Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os

Neossolos Regolíticos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe foi

subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a

escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões desta

classe foram realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases;

(b) profundidade do contato lítico; (c) textura; (d) presença de cascalho; (e)

presença de fragipã; (f) caráter solódico; (g) fases e combinações de fases de

relevo, vegetação, pedregosidade e rochosidade; e (h) conforme o posicionamento

e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em

associação com outras classes de solos e, ou com tipos de terreno.

3.1.12.4 Neossolos Quartzarênicos

São Neossolos arenoquartzosos com textura areia e, ou areia-franca dentro

de 200 cm de profundidade, profundos a muito profundos e forte a excessivamente

drenados. Diferenciam-se dos Neossolos Regolíticos por critérios mineralógicos, isto

é, por não apresentar reserva de minerais primários alteráveis superior a 4%

(EMBRAPA, 2006). O material de origem está estreitamente correlacionado com

rochas areníticas e, ou com sedimentos arenoquartzosos.

Morfologicamente apresentam sequência de horizontes do tipo A e C ou A, C

e R, mas com a camada R abaixo de 50 cm de profundidade (Figura 3.56). O

149

horizonte A é do tipo fraco ou moderado com espessura média na faixa de 10 cm a

30 cm. A cor predominante ocorre nos matizes de 5YR a 10 YR com valores de 3 a

5 e cromas de 2 a 4. Em subsuperfície as cores comumente variam de claras a

avermelhadas nos matizes de 5YR a 10YR com valores de 5 a 7 e cromas de 2 a 8.

Figura 3.56 – Neossolo Quartzarênico Órtico típico.

Do ponto de vista físico, são solos arenosos, muito permeáveis e com muito

baixa a baixa capacidade de retenção de umidade.

Em termos químicos, por serem solos arenosos e quartzosos, são muito

pobres em bases. O pH varia na faixa forte a moderadamente ácida, com valores de

5,0 a 5,5. A soma de bases predomina com valores inferiores 1,0 cmolc kg-1 de

solo na superfície e com valores médios inferiores a 0,5 cmolc kg-1 de solo em

subsuperfície. A CTC média varia de 1,0 cmolc kg-1 a 2,0 cmolc kg-1 de solo e o

alumínio trocável assume valores médios de 0,2 cmolc kg-1 a 0,4 cmolc kg-1 de solo.

Potencialidades e limitações – As características favoráveis ao uso agrícola

estão relacionadas com a grande profundidade efetiva, geralmente maior do que

200 cm, e condições de drenagem favoráveis. As limitações devem-se: (a) à exígua

reserva de nutrientes associada à mineralogia essencialmente quartzosa; (b) à baixa

150

capacidade de armazenamento hídrico e de nutrientes; (c) ao déficit hídrico regional

no ambiente semiárico; e (d) à presença de lençol freático elevado em ambientes

com deficiência de drenagem na zona úmida costeira. Havendo disponibilidade de

água para irrigação estes solos têm vocação natural para fruticultura,

principalmente, aqueles com maiores teores de frações finas (argila mais silte) e

areia fina ou quando a textura tende para a faixa média.

Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os

Neossolos Quartzarênicos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe

foi subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a

escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões desta

classe foram realizadas em função dos seguintes fatores: (a) tipo de horizonte

superficial; (b) caráter hidromórfico; (c) características intermediárias entre classes

de solo; (d) presença do caráter concrecionário; (e) presença de fragipã; (f) fases e

combinações de fases de relevo e vegetação; e (g) conforme o posicionamento e

dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em

associação com outras classes de solos e, ou com tipos de terreno.

3.1.14 - Organossolos

São solos pouco evoluídos cujos constituintes orgânicos ocorrem em mistura

com frações minerais em diversas proporções, mas impõem preponderância de suas

propriedades sobre os componentes minerais. Apresentam horizontes de

constituição orgânica (H ou O), cuja coloração é escura ou preta, cinzenta muito

escura e, ou brunada. Resultam do acúmulo de material orgânico em graus variados

de decomposição em condições de deficiência de drenagem ou em ambientes

úmidos de altitude saturados com água por poucos dias durante o período chuvoso

(EMBRAPA, 2006). Os horizontes orgânicos desses solos podem sobrepor ou

estarem posicionados entre camadas minerais de espessuras variadas.

Os Organossolos usualmente são fortemente ácidos, tendo alta capacidade

de troca de cátions devido a influência da fração orgânica, mas com baixa

saturação por bases. São formados comumente em ambientes de várzeas,

depressões e locais de surgentes sob vegetação higrófila e, ou hidrófila, seja do

tipo campestre ou florestal. Podem apresentar horizonte sulfúrico, materiais

sulfídricos, caráter sálico ou salino, bem como o caráter sódico ou solódico.

Os principais requisitos dos solos dessa classe, conforme o SiBCS

(EMBRAPA, 2006), são os seguintes: (1) apresentar 60 cm ou mais de camada

orgânica se 75% (por volume) ou mais dessa camada for constituída de tecido

vegetal na forma ramos finos, fragmentos de troncos, raízes finas ou cascas de

151

árvore; (2) possuir horizonte O hístico com 20 cm ou mais de espessura quando

sobrejacente a um contato lítico ou no mínimo 40 cm de espessura se sobrejacente

a um horizonte mineral; (3) apresentar horizonte H hístico com espessura mínima

de 40 cm, seja em seção única, a partir da superfície, ou de forma cumulativa

dentro dos primeiros 80 cm superficiais.

No estado de Alagoas, os Organossolos têm ocorrência ao longo da zona

úmida costeira, especialmente nos ambientes de várzea e nas proximidades de

lagoas. Esses solos destacam-se nas várzeas do Rio Coruripe (Figura 3.57), onde

são utilizadas com a cultura da cana-de-açúcar.

Figura 3.57 - Ambientes onde dominam Organossolos no Estado de Alagoas.

Oj: Organossolo Tiomórfico.

Em termos físicos, uma das características marcantes dos Organossolos é a

baixa densidade do solo (<1 g cm-3) (SOUZA JÚNIOR, 1999). Nas condições

naturais, normalmente, são solos mal a muito mal drenados, especialmente os

desenvolvidos nos ambientes de baixadas. Nas várzeas do Rio Coruripe foi

constatado Organossolos Tiomórficos (Figura 3.58), com quantidades substanciais

152

de frações finas (Figura 3.59), desde a faixa de textura média até a muito argilosa

(SOUZA JÚNIOR, 1999).

Figura 3.58 – Organossolo Tiomórfico Sáprico térrico. Fonte:

Levantamento detalhado de solos da Usina Coruripe (Foto: Mateus Rosas Ribeiro).

153

Figura 3 59 – Conteúdo de argila em Organossolos do Estado de Alagoas.

Oj: Organossolo Tiomórfico.

Do ponto de vista químico (Figura 3.60), os Organossolos mapeados

apresentam reação de pH extremamente ácida, com valores predominantes iguais

ou inferiores a 4,3. Especialmente nas várzeas do Rio Coruripe, ocorrem

Organossolos com pH igual ou inferior a 3,5, tipificando a presença de horizonte

sulfúrico e, consequentemente, o caráter tiomórfico. Morfologicamente, esse

caráter é sugerido pela presença de mosqueados como coloração amarelada

indicativos da presença da jarosita que, por sua vez, é um indicador da formação

do horizonte sulfúrico. Em ambientes mal e muito mal drenados, os Organossolos

que apresentam o caráter tiomórfico são individualizados como Organossolos

Tiomórficos e os que não apresentam são os Organossolos Háplicos.

154

Figura 3.60 – Principais atributos químicos da classe dos

Organossolos no Estado de Alagoas. OJ: Organossolo

Tiomórfico.

A soma de bases apresenta valores médis na faixa de 4,0 cmolc kg-1 a 20,0

cmolc kg-1 de solo e a CTC de 25 cmolc kg-1 a 70 cmolc kg-1 de solo em função da

influência marcante da matéria orgânica e da acidez extrema dos solos. O alumínio

trocável mostra valores elevados, da ordem de 4,0 cmolc kg-1 a 21,0 cmolc kg-1 de

solo. Entretanto, resultados de pesquisas realizadas na região (SOUZA JÚNIOR,

1999) apresentam valores do Al trocável muito mais elevados, atingindo 40,0

cmolc kg-1 de solo, em reflexo à acidez do ambiente. Os teores de carbono orgânico

no horizonte H hístico foram observados na faixa de 11,0 g kg-1 a 433,6 g kg-1 de

solo. Vale destacar que noutras áreas do Estado de Alagoas ocorrem alguns poucos

Organossolos sem essa acidez extrema verificada nas várzeas do Rio Coruripe.

Potencialidades e limitações – O potencial de uso dos Organossolos

Tiomórficos no Estado de Alagoas depende, sobretudo, de práticas de manejo das

áreas de várzea que evitem ou reduzam os riscos da acidez extrema dos solos e em

consonância com a legislação ambiental, no que se refere à proteção das margens

dos rios. O controle da acidez dos solos poderá ser realizado por meio do manejo

da altura do lençol freático. As características favoráveis ao uso agrícola dos solos

ficam relacionadas principalmente com os altos teores de matéria orgânica e as

condições de relevo praticamente plano nas áreas de várzeas. As maiores

limitações estão relacionadas com: (a) presença de compostos reduzidos de enxofre

com riscos de produzir acidez extrema dos solos (caráter tiomórfico); (b) riscos de

inundações ou alagamentos frequentes; e (c) desbalanço nutricional com alumínio

trocável muito elevado.

Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Organossolos

encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais

detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na

155

legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:

(a) caráter tiomórfico; (b) grau de decomposição da matéria orgânica (separando

solos fíbricos, sápricos e hêmicos); (c) presença de horizontes ou camadas minerais

dentro de 100 cm de profundidade (individualizando solos térricos); (d) textura; (e)

fases e combinações de fases de vegetação; e (g) conforme o posicionamento e

dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em

associação com outras classes de solos.

3.1.13 – Solos Indiscriminados de Mangues

São solos halomórficos pouco a muito pouco desenvolvidos, escuros e

lamacentos com alto conteúdo de sais provenientes da água do mar, formados no

ambiente dos manguezais (Figura 3.61). O material de origem desses solos é

constituído por sedimentos recentes, de natureza mineral em mistura com matéria

orgânica. Esse material tem composição granulométrica variada e resulta de

deposições flúvio-marinhas nos locais onde as águas dos rios encontram as águas

do mar, em seus baixos cursos. A intensa atividade biológica nestes ambientes

promove uma rápida e constante decomposição de plantas e animais. Com a

mistura das águas, o ambiente torna-se salubre, sendo especialmente apropriado

para o desenvolvimento da flora e da fauna típicos do ambiente de mangue.

156

Figura 3.61 – Ambientes onde dominam solos de mangue no Estado de

Alagoas.

Os Solos Indiscriminados de Mangues compreendem principalmente

Gleissolos e Organossolos com caráter tiomórfico (Figura 3.62). Neste estudo são

tratados em conjunto uma vez que a escala de trabalho não permite a

individualização dos mesmos. Além desses solos, ressalta-se a ocorrência de

sedimentos lamacentos que ainda não constituem solos, visto que não apresentam

nenhum tipo de horizonte diagnóstico e, deste modo, são considerados apenas

como tipos de terreno.

Os solos indiscriminados de mangue ocorrem em várzeas da baixada

litorânea, nas desembocaduras de rios e em parte dos cursos dos mesmos, bem

como nas proximidades de lagoas e pequenas depressões da faixa litorânea, indo

até onde há influência das marés.

Esse grupo de solos normalmente não é explorado com agricultura e, ou

pecuária convencionais. Constituem áreas ainda dominantemente cobertas pela

vegetação natural dos manguezais. Em geral, são ambientes explorados pela

população mais pobre dos arredores dos grandes centros urbanos da zona costeira,

especialmente fazendo a pesca e a caça de caranguejos, entre outros crustáceos

do ambiente de mangue. São, pois, áreas importantes não somente pelo seu papel

socioeconômico, mas também para o equilíbrio ecológico flúvio-marinho.

Figura 3.62 – Solos indiscriminados de mangue.

157

Potencialidades e limitações - As principais limitações agrícolas são

relacionadas ao alto conteúdo de sais, às condições de excesso de umidade

(inundações periódicas) e ao caráter tiomórfico. Em termos de potencialidades, os

manguezais são de alta relevância para preservação da flora e da fauna. Neste

ambiente tem-se uma intensa atividade biológica, particularmente no sentido da

reprodução de muitas espécies, como os caranguejos e outros crustáceos, sendo,

portanto, indispensável sua preservação para manutenção do equilíbrio ecológico

deste ecossistema.

Cartografia – Este grupo de solos foi subdividido em diferentes unidades de

mapeamento, conforme consta na legenda de solos, considerando, apenas, a

dominância dos mesmos nas diferentes paisagens onde foram mapeados

separadamente ou em associação com outras classes de solos.

3.1.14 – Tipos de Terreno

Neste estudo, o que foi mapeado e não pode ser enquadrado no conceito de

solo (EMBRAPA, 2006), considerou-se como tipo de terreno. Como exemplos

podem ser citados os afloramentos de rochas (Figura 3.63), os sedimentos

inconsolidados de dunas móveis, áreas urbanas e espelhos d´água.

Os tipos de terreno de maior destaque, conforme o nível generalizado do

mapeamento, são as áreas com grande concentração de afloramentos de rocha e,

ou pedregosidade. Eles ocorrem nos ambientes de serras e serrotes, maciços

residuais, leito de rios e riachos, e se distribuem de forma esparsa em toda

superfície do Estado, desde as regiões úmidas até as mais secas, com maior

destaque no ambiente semiárido.

158

Figura 3.63 – Tipo de terreno constituído por afloramentos rochosos.

Potencialidades e limitações – Por não constituírem solos, são ambientes

impróprios para quaisquer atividades agrícolas. São áreas mais apropriadas para

preservação da fora e da fauna ou, eventualmente, para alguma exploração não

agrícola, como, por exemplo, o uso de rochas e, ou de sedimentos para construção

civil.

Cartografia – Os tipos de terreno foram subdivididos em diferentes unidades

de mapeamento, conforme consta na legenda de solos, considerando, apenas, a

dominância dos mesmos nas diferentes paisagens onde foram mapeados

separadamente ou em associação com diferentes solos.

3.2 – UNIDADES DE MAPEAMENTO E SOLOS COMPONENTES

Em função do nível generalizado do levantamento, na escala 1:100.000, as

unidades de mapeamento foram delimitadas nos mapas de solos, em geral, na

forma de associações compreendendo dois ou três componentes. Entretanto, em

alguns casos, foram definidas unidades de mapeamento com até quatro

componentes nas áreas mais complexas e raramente com um componente nos

ambientes mais homogêneos. Ressalta-se que cada componente pode ser formado

por uma única classe de solo, ou por um grupo de classes de solos, ou ainda por

um tipo de terreno, ou mesmo por um complexo de solos. Os grupos de solos

podem ser indiferenciados ou indiscriminados. Os grupos indiferenciados são

reconhecidos, nas legendas, pelo conjunto de solos que os formam, como por

exemplo, Argissolos (Amarelos e Vermelho-Amarelos) ou Planossolos (Nátricos e

Háplicos). Os grupos indiscriminados, como o próprio nome sugere, não

discriminam os solos. Como exemplos, podemos citar: solos indiscriminados de

mangue, solos halomórficos indiscriminados, solos tiomórficos indiscriminados,

entre outros. Os grupos indiferenciados foram concebidos para generalizar

informações das classes de solos identificadas no campo que não puderam ser

mapeadas separadamente, na escala de trabalho 1:100.000, face ao seu

arranjamento intrincado. Já nos casos em que os solos não puderam ser

159

identificados e, ou por questões práticas do mapeamento, recorreu-se aos grupos

indiscriminados como é o caso dos solos do ambiente de mangue.

As unidades de mapeamento são padrões de áreas que aparecem

individualizadas nos mapas de solos e, em conjunto, formam a superfície mapeada.

São definidas basicamente em função dos tipos de solos e do seu arranjamento nas

paisagens, do relevo, da vegetação, da escala de trabalho, da densidade dos

exames e amostragem de solo no campo, e em função da qualidade do material

cartográfico utilizado. Neste estudo, foram individualizados 350 tipos de unidades

de mapeamento integrando toda superfície do Estado de Alagoas (Tabela 3.2).

Cada unidade de mapeamento é representada por um código (símbolo)

alfanumérico o qual consta na legenda e nos polígonos vigentes nos mapas de

solos. Ressalta-se que cada uma delas poderá ocorrer espacializada em um ou mais

polígonos representados nos mapas. Por meio do seu código se estabelece um

vínculo entre as informações descritivas da legenda e os polígonos do mapa de

solos.

Tabela 3.2 - Unidades de mapeamento, extensão e localização no mapa de

solos do Estado de Alagoas

Unidade de

Mapeamento Área Localização por folha mapeada

km2 %

LAd1 442,83 1,59 Maceió; Porto Calvo; Rio Largo; União dos

Palmares

LAd2 17,40 0,06 Propriá

LAd3 171,36 0,62 Maceió; Piaçabuçu; Rio Largo; São Miguel

dos Campos; União dos Palmares

LAd4 95,84 0,35 Rio Largo; São Miguel dos Campos; União

dos Palmares

LAd5 33,49 0,12 Propriá

LAd6 27,61 0,10 Arapiraca; Propriá

LAd7 73,48 0,26 Rio Largo; União dos Palmares

LAd8 217,51 0,78 São Miguel dos Campos

LAd9 262,67 0,95 Maceió; Palmares; Porto Calvo; Rio Largo;

São Miguel dos Campos

LAd10 35,84 0,13 Piaçabuçu; Propriá

LAd11 99,57 0,36 Maceió; Rio Largo

LAd12 49,05 0,18 Palmares; Rio Largo

LAd13 92,72 0,33 Sirinhaém

LAd14 46,60 0,17 Porto Calvo; Sirinhaém

LAd15 38,31 0,14 Maceió; Rio Largo

LAd16 25,10 0,09 Sirinhaém

160

LAd17 35,93 0,13 Palmares

LAd18 33,47 0,12 Garanhuns; Palmares; Sirinhaém

LAd19 54,32 0,20 Palmares

LAd20 9,02 0,03 Palmares

LAd21 100,56 0,36 Maceió; Porto Calvo; Rio Largo

LAd22 41,63 0,15 Palmares; Rio Largo

LAd23 129,93 0,47 Garanhuns; União dos Palmares

LAd24 23,63 0,09 Rio Largo

LAd25 30,44 0,11 Propriá

LAd26 2,06 0,01 Delmiro Gouveia; Piaçabuçu

LAe 197,52 0,71 Arapiraca; Palmeira dos Índios

LACd 1,07 0,00 Maceió

LVAd1 250,90 0,90 Arapiraca; São Miguel dos Campos

LVAd2 40,78 0,15 Arapiraca; São Miguel dos Campos

LVAd3 27,40 0,10 Garanhuns; União dos Palmares

LVAd4 143,44 0,52 Arapiraca

LVAd5 45,96 0,17 Arapiraca; Propriá

LVAe 8,80 0,03 Palmeira dos Índios

LVe1 9,27 0,03 São Miguel dos Campos

LVe2 153,82 0,55 Arapiraca; São Miguel dos Campos

LVe3 204,97 0,74 Arapiraca

PAd1 443,30 1,60 Maceió; São Miguel dos Campos

PAd2 82,74 0,30 Maceió; Piaçabuçu; São Miguel dos Campos

PAd3 523,62 1,89 Piaçabuçu; São Miguel dos Campos

PAd4 65,35 0,24 Piaçabuçu

PAd5 275,64 0,99 Maceió; São Miguel dos Campos

PAd6 347,62 1,25 Piaçabuçu; São Miguel dos Campos

PAd7 52,49 0,19 Propriá

PAd8 153,98 0,55 Piaçabuçu; Propriá

PAd9 80,31 0,29 Piaçabuçu; São Miguel dos Campos

PAd10 163,38 0,59 Arapiraca; São Miguel dos Campos

PAd11 14,35 0,05 Propriá

PAd12 31,49 0,11 Rio Largo; União dos Palmares

PAd13 24,04 0,09 Rio Largo

PAd14 41,04 0,15 Maceió; São Miguel dos Campos

PAd15 3,06 0,01 Palmares

PAd16 52,91 0,19 Porto Calvo; Rio Largo

PAd17 84,47 0,30 Palmares; Sirinhaém

PAd18 45,38 0,16 Porto Calvo

PAd19 33,24 0,12 São Miguel dos Campos

PAd20 7,19 0,03 Palmares

PAd21 128,09 0,46 Porto Calvo; Sirinhaém

PAd22 11,14 0,04 Palmares; Rio Largo

PAd23 10,98 0,04 Palmares; Rio Largo

161

PAd24 29,80 0,11 Palmares

PAd25 48,46 0,17 Maceió; São Miguel dos Campos

PAd26 88,65 0,32 Maceió; Rio Largo

PAd27 441,37 1,59 Maceió; Palmares; Rio Largo; União dos

Palmares

PAd28 195,24 0,70 Rio Largo

PAd29 161,11 0,58 São Miguel dos Campos; União dos Palmares

PAd30 123,78 0,45 Porto Calvo; Rio Largo

PAd31 39,68 0,14 Sirinhaém

PAd32 85,97 0,31 Porto Calvo

PAd33 67,98 0,24 Sirinhaém

PAd34 327,63 1,18 Rio Largo; União dos Palmares

PAd35 50,06 0,18 Palmares

PAd36 44,90 0,16 Palmares; Sirinhaém

PAd37 38,72 0,14 Porto Calvo; Rio Largo

PAd38 34,63 0,12 Palmares; Rio Largo

PAd39 15,20 0,05 Rio Largo

PAd40 9,57 0,03 Arapiraca; Propriá

PAd41 31,68 0,11 Arapiraca; São Miguel dos Campos

PAd42 6,87 0,02 Porto Calvo

PAd43 6,45 0,02 Porto Calvo

PAd44 71,33 0,26 Porto Calvo

PAd45 39,55 0,14 Porto Calvo; Sirinhaém

PAd46 134,91 0,49 Arapiraca; Palmeira dos Índios; São Miguel

dos Campos; União dos Palmares

PAde1 795,24 2,86 União dos Palmares

PAde2 14,51 0,05 Propriá

PAde3 52,43 0,19 Propriá

PAde4 32,87 0,12 Propriá

PACd1 244,17 0,88 Arapiraca; Piaçabuçu; Propriá; São Miguel

dos Campos

PACd2 32,53 0,12 Maceió; Piaçabuçu; São Miguel dos Campos

PVAd1 26,15 0,09 Palmares

PVAd2 104,90 0,38 São Miguel dos Campos; União dos Palmares

PVAd3 41,16 0,15 Palmares

PVAd4 57,86 0,21 Palmares; Sirinhaém

PVAd5 45,06 0,16 União dos Palmares

PVAd6 79,18 0,29 Rio Largo; São Miguel dos Campos; União

dos Palmares

PVAd7 31,76 0,11 Maceió

PVAd8 15,66 0,06 Palmares; Sirinhaém

PVAd9 58,23 0,21 União dos Palmares

PVAd10 80,38 0,29 Palmares; Sirinhaém

PVAd11 48,37 0,17 Palmares; Porto Calvo; Rio Largo; Sirinhaém

162

PVAd12 696,80 2,51 Arapiraca; Maceió; Piaçabuçu; Propriá; Rio

Largo; São Miguel dos Campos

PVAd13 186,65 0,67 Palmares; Rio Largo

PVAd14 355,45 1,28 Rio Largo

PVAd15 24,14 0,09 Garanhuns; Palmares

PVAd16 68,19 0,25 Porto Calvo; Rio Largo

PVAd17 120,16 0,43 União dos Palmares

PVAd18 7,15 0,03 Rio Largo; União dos Palmares

PVAd19 99,13 0,36 Rio Largo

PVAd20 81,13 0,29 São Miguel dos Campos

PVAd21 401,88 1,45 Palmares; Rio Largo; São Miguel dos Campos

PVAd22 35,46 0,13 Rio Largo; União dos Palmares

PVAd23 4,81 0,02 Arapiraca

PVAd24 46,38 0,17 Palmeira dos Índios

PVAd25 39,45 0,14 Propriá

PVAd26 135,03 0,49 Arapiraca

PVAd27 35,93 0,13 Propriá

PVAe1 6,31 0,02 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso

PVAe2 53,95 0,19 Arapiraca

PVAe3 182,02 0,66 São Miguel dos Campos

PVAe4 38,89 0,14 Garanhuns; Palmares; União dos Palmares

PVAe5 16,70 0,06 Rio Largo; União dos Palmares

PVAe6 138,73 0,50 Garanhuns; Palmares; Rio Largo; União dos

Palmares

PVAe7 116,44 0,42 Rio Largo

PVAe8 25,04 0,09 São Miguel dos Campos

PVAe9 70,50 0,25 São Miguel dos Campos; União dos Palmares

PVAe10 188,49 0,68 São Miguel dos Campos; União dos Palmares

PVAe11 15,14 0,05 Delmiro Gouveia

PVAe12 7,45 0,03 Santana do Ipanema

PVde 10,97 0,04 Arapiraca; Propriá

PVe1 1,43 0,01 Arapiraca

PVe2 58,72 0,21 Arapiraca

PVe3 53,07 0,19 Palmeira dos Índios

PVe4 7,75 0,03 Palmeira dos Índios; União dos Palmares

PVe5 56,33 0,20 Arapiraca; Palmeira dos Índios

PVe6 21,27 0,08 Delmiro Gouveia

PVe7 183,96 0,66 Delmiro Gouveia

PVe8 59,48 0,21 Santana do Ipanema

PVe9 23,01 0,08 Pão de Açúcar; Santana do Ipanema

PVe10 27,40 0,10 Santana do Ipanema

PVe11 27,85 0,10 Pão de Açúcar; Santana do Ipanema

PVe12 8,76 0,03 Santana do Ipanema

TCo1 77,21 0,28 Arapiraca; Propriá

163

TCo2 8,23 0,03 Propriá

TCo3 34,95 0,13 Propriá

TCo4 29,69 0,11 Arapiraca; Propriá

TCo5 41,22 0,15 Santana do Ipanema

TCo6 13,05 0,05 Arapiraca

TCo7 112,71 0,41 Pão de Açúcar

TCo8 122,01 0,44 Pão de Açúcar

TCo9 84,38 0,30 Delmiro Gouveia; Piranhas

TCo10 56,30 0,20 Pão de Açúcar; Piranhas

TCo11 24,02 0,09 Delmiro Gouveia

TCo12 108,14 0,39 Delmiro Gouveia; Santana do Ipanema

TCo13 177,14 0,64 Delmiro Gouveia

TCo14 3,19 0,01 Poço da Cruz

TCo15 67,81 0,24 Delmiro Gouveia; Poço da Cruz

TCo16 44,41 0,16 Pão de Açúcar; Piranhas

CXbe1 125,37 0,45 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso

CXbe2 23,40 0,08 Santana do Ipanema

CXbe3 8,28 0,03 Santana do Ipanema

CXbe4 11,80 0,04 Santana do Ipanema; Delmiro Gouveia

CXbe5 45,64 0,16 Santana do Ipanema

CXbe6 2,01 0,01 Delmiro Gouveia

CXve 16,87 0,06 São Miguel dos Campos

CYn1 30,43 0,11 Propriá

CYn2 75,95 0,27 Propriá

SXe1 11,70 0,04 Rio Largo; União dos Palmares

SXe2 102,17 0,37 Arapiraca

SXe3 26,94 0,10 Palmeira dos Índios

SXe4 162,57 0,59 Palmeira dos Índios; União dos Palmares

SXe5 89,79 0,32 Arapiraca; Propriá

SXe6 34,05 0,12 Arapiraca; Propriá

SXe7 68,58 0,25 Arapiraca; Propriá

SXe8 395,00 1,42 Arapiraca; Palmeira dos Índios; São Miguel

dos Campos; União dos Palmares

SXe9 187,64 0,68 Palmeira dos Índios; Santana do Ipanema

SXe10 120,83 0,44 Delmiro Gouveia; Santana do Ipanema

SXe11 31,50 0,11 Santana do Ipanema

SXe12 10,09 0,04 Santana do Ipanema

SXe13 61,26 0,22 Pão de Açúcar

SXe14 4,25 0,02 Santana do Ipanema

SXe15 75,16 0,27 Santana do Ipanema

SXe16 66,70 0,24 Arapiraca; Pão de Açúcar

SXe17 298,42 1,07 Delmiro Gouveia; Santana do Ipanema

SXe18 1086,83 3,91 Arapiraca; Palmeira dos Índios; Pão de

açúcar; Santana do Ipanema

164

SXe19 20,53 0,07 Pão de Açúcar; Piranhas;

SXe20 38,80 0,14 Pão de Açúcar

SXe21 103,52 0,37 Palmeira dos Índios

SXe22 64,68 0,23 Pão de açúcar

SXe23 25,73 0,09 Pão de Açúcar; Piranhas

SXe24 76,96 0,28 Arapiraca; Pão de açúcar

SXe25 163,66 0,59 Palmeira dos Índios; Pão de açúcar; Santana

do Ipanema

SXe26 3,87 0,01 Pão de açúcar

SXe27 28,56 0,10 Paulo Afonso

SXe28 253,97 0,91 Delmiro Gouveia; Pão de Açúcar; Piranhas;

Santana do Ipanema

SXe29 438,24 1,58 Delmiro Gouveia; Pão de Açúcar; Piranhas

SXe30 324,42 1,17 Delmiro Gouveia

SXe31 111,62 0,40 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso

SXe32 18,87 0,07 Delmiro Gouveia

SXe33 146,08 0,53 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso; Piranhas

SXe34 81,40 0,29 Delmiro Gouveia

SXe35 25,23 0,09 Delmiro Gouveia

SXe36 12,75 0,05 Poço da Cruz

SXe37 25,11 0,09 Delmiro Gouveia

SXe38 29,75 0,11 Delmiro Gouveia; Piranhas

ESKo 73,79 0,27 Piaçabuçu; São Miguel dos Campos

EKu1 28,68 0,10 Piaçabuçu

EKu2 61,98 0,22 Maceió

GXd1 96,20 0,35 Porto Calvo; Sirinhaém

GXd2 55,05 0,20 Maceió; Piaçabuçu; Rio Largo; São Miguel

dos Campos

GXd3 111,73 0,40 Piaçabuçu; Propriá

GXd4 70,84 0,26 Maceió; Rio Largo; São Miguel dos Campos

GXd5 8,95 0,03 Rio Largo

GXd6 7,68 0,03 Sirinhaém

GXde1 8,84 0,03 São Miguel dos Campos

GXde2 48,12 0,17 São Miguel dos Campos; União dos Palmares

GXde3 15,05 0,05 Porto Calvo; Rio Largo

GXde4 117,06 0,42 Rio Largo; União dos Palmares

GXe1 84,83 0,31 São Miguel dos Campos; União dos Palmares

GXe2 37,26 0,13 São Miguel dos Campos

GXe3 48,66 0,18 Propriá

GXe4 5,51 0,02 Propriá

GXe5 19,25 0,07 Piaçabuçu; São Miguel dos Campos

GXe6 20,18 0,07 Maceió; Rio Largo

GXe7 50,45 0,18 Maceió; Rio Largo

OJs 19,41 0,07 Piaçabuçu

165

SM1 11,44 0,04 Porto Calvo; Sirinhaém

SM2 39,02 0,14 Maceió; Piaçabuçu; Porto Calvo; Rio Largo

SM3 10,83 0,04 Porto Calvo

SM4 9,94 0,04 Maceió

RQog1 213,74 0,77 Maceió; Piaçabuçu; Propriá; São Miguel dos

Campos

RQog2 27,60 0,10 Porto Calvo; Sirinhaém

RQog3 25,91 0,09 Porto Calvo; Sirinhaém

RQog4 27,32 0,10 Maceió; Rio Largo

RQog5 12,30 0,04 Maceió

RQg 14,73 0,05 Maceió; São Miguel dos Campos

RQo1 13,83 0,05 Arapiraca

RQo2 39,01 0,14 Delmiro Gouveia; Piranhas

RQo3 6,78 0,02 Poço da Cruz

RQo4 44,62 0,16 Poço da Cruz

RRde1 27,35 0,10 Propriá

RRde2 24,86 0,09 Arapiraca

RRde3 22,02 0,08 Palmeira dos Índios

RRde4 42,70 0,15 Delmiro Gouveia

RRde5 20,34 0,07 Arapiraca; Propriá

RRed1 50,50 0,18 Santana do Ipanema

RRed2 272,70 0,98 Santana do Ipanema; Pão de Açúcar

RRed3 79,73 0,29 Delmiro Gouveia; Piranhas

RRed4 12,44 0,04 Santana do Ipanema

RRed5 518,85 1,87 Buíque; Delmiro Gouveia; Palmeira dos Índios;

Pão de açúcar; Santana do Ipanema

RRed6 106,36 0,38 Delmiro Gouveia; Pão de Açúcar; Piranhas

RRed7 17,67 0,06 Pão de Açúcar; Piranhas

RRed8 17,18 0,06 Santana do Ipanema

RRed9 66,30 0,24 Arapiraca; Pão de Açúcar

RRed10 30,80 0,11 Palmeira dos Índios

RRed11 6,95 0,03 Santana do Ipanema

RRed12 100,72 0,36 Delmiro Gouveia

RRed13 18,51 0,07 Delmiro Gouveia; Santana do Ipanema

RRed14 24,98 0,09 Delmiro Gouveia; Poço da Cruz

RRed15 49,48 0,18 Delmiro Gouveia

RRed16 273,51 0,98 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso; Poço da

Cruz; Santana do Ipanema

RRed17 8,96 0,03 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso

RRed18 336,16 1,21 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso; Santana do

Ipanema

RRed19 111,27 0,40 Delmiro Gouveia; Poço da Cruz

RRed20 78,28 0,28 Buíque; Delmiro Gouveia; Poço da Cruz

RRed21 25,62 0,09 Pão de Açúcar

166

RYde1 15,77 0,06 Piaçabuçu; Propriá

RYde2 85,49 0,31 Palmares; Porto Calvo; Rio Largo; Sirinhaém

RYde3 62,13 0,22 Piaçabuçu; Propriá

RYde4 1,87 0,01 Sirinhaém

RYde5 39,04 0,14 Maceió; Rio Largo

RYde6 27,86 0,10 Porto Calvo; Rio Largo;

RYde7 11,90 0,04 Propriá

RYe1 71,18 0,26 Arapiraca; Propriá

RYe2 17,40 0,06 Pão de Açúcar; Santana do Ipanema

RYe3 33,83 0,12 Pão de Açúcar

RYe4 10,98 0,04 Pão de Açúcar

RYe5 32,55 0,12 Delmiro Gouveia; Piranhas; Santana do

Ipanema

RYn 1,93 0,01 Poço da Cruz

RLd1 31,49 0,11 Palmares; Rio Largo

RLd2 22,33 0,08 Palmares

RLd3 4,47 0,02 União dos Palmares

RLd4 67,22 0,24 Palmares; Rio Largo

RLd5 11,35 0,04 Delmiro Gouveia; Piranhas

RLed1 12,01 0,04 Palmares

RLed2 3,20 0,01 Delmiro Gouveia

RLed3 57,96 0,21 Palmeira dos Índios

RLed4 19,21 0,07 União dos Palmares

RLed5 32,76 0,12 Arapiraca

RLed6 225,36 0,81 Palmeira dos Índios; União dos Palmares

RLed7 36,08 0,13 Arapiraca; Propriá

RLed8 9,61 0,03 Propriá

RLed9 2,11 0,01 Propriá

RLed10 17,02 0,06 Propriá

RLed11 27,54 0,10 Arapiraca; Propriá

RLed12 45,71 0,16 Poço da Cruz

RLe1 20,74 0,07 Arapiraca; Propriá

RLe2 100,48 0,36 Propriá

RLe3 20,54 0,07 Propriá

RLe4 59,60 0,21 Propriá

RLe5 48,70 0,18 Arapiraca; Propriá

RLe6 6,25 0,02 Delmiro Gouveia

RLe7 19,47 0,07 Delmiro Gouveia; Santana do Ipanema

RLe8 20,00 0,07 Delmiro Gouveia; Palmeira dos Índios; Poço

da Cruz

RLe9 54,04 0,19 Delmiro Gouveia

RLe10 67,98 0,24 Delmiro Gouveia

RLe11 15,17 0,05 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso

RLe12 28,07 0,10 Santana do Ipanema

167

RLe13 215,53 0,78 Arapiraca

RLe14 71,09 0,26 Palmeira dos Índios; Santana do Ipanema

RLe15 216,76 0,78 Arapiraca

RLe16 11,45 0,04 Santana do Ipanema

RLe17 62,78 0,23 Pão de Açúcar

RLe18 48,41 0,17 Pão de Açúcar

RLe19 64,62 0,23 Pão de Açúcar

RLe20 46,80 0,17 Pão de Açúcar

RLe21 37,15 0,13 Arapiraca

RLe22 36,31 0,13 Pão de Açúcar

RLe23 113,17 0,41 Arapiraca; Pão de Açúcar

RLe24 28,26 0,10 Pão de Açúcar

RLe25 102,03 0,37 Pão de Açúcar

RLe26 20,06 0,07 Pão de Açúcar; Santana do Ipanema

RLe27 45,62 0,16 Santana do Ipanema

RLe28 79,87 0,29 Arapiraca; Pão de Açúcar; Propriá

RLe29 33,62 0,12 Palmeira dos Índios; Pão de Açúcar; Piranhas

RLe30 107,97 0,39 Santana do Ipanema

RLe31 31,96 0,12 Pão de Açúcar

RLe32 57,73 0,21 Arapiraca; Delmiro Gouveia; Palmeira dos

Índios; Pão de Açúcar; Piranhas

RLe33 42,79 0,15 Arapiraca; Pão de açúcar

RLe34 13,92 0,05 Pão de Açúcar

RLe35 16,97 0,06 Pão de Açúcar

RLe36 15,18 0,05 Pão de Açúcar

RLe37 112,89 0,41 Arapiraca; Pão de Açúcar

RLe38 10,59 0,04 Delmiro Gouveia

RLe39 5,21 0,02 Delmiro Gouveia

RLe40 2,72 0,01 Delmiro Gouveia

RLe41 34,16 0,12 Delmiro Gouveia

RLe42 139,38 0,50 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso

RLe43 113,46 0,41 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso

RLe44 22,02 0,08 Paulo Afonso

RLe45 25,35 0,09 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso

RLe46 31,23 0,11 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso; Poço da Cruz

RLe47 12,01 0,04 Delmiro Gouveia

RLe48 27,28 0,10 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso

RLe49 42,69 0,15 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso

RLe50 8,60 0,03 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso; Piranhas

RLe51 44,11 0,16 Piranhas

TT1 36,98 0,13 Piaçabuçu

TT2 203,10 0,73 Ao longo da superfície do estado

TT3 333,75 1,20 Ao longo da superfície do estado

TT4 0,05 0,00 Ao longo da superfície do estado

168

3.3 – LEGENDA DE SOLO

No presente estudo, a legenda sintetiza informações de 350 unidades de

mapeamento dos solos que integram a superfície do Estado de Alagoas. Inclui

informações não apenas de solos, mas também de alguns tipos de terreno que

puderam ser mapeados como unidade de mapeamento individualizada ou como um

componente em associações de solos. Nos mapas de solos constam informações

pormenorizadas de cada unidade de mapeamento e de seus componentes em

conformidade com o nível do levantamento.

Para cada solo componente da unidade de mapeamento foram agregadas

informações taxonômicas do primeiro até o quarto nível categórico, conforme

concebido no SiBCS (EMBRAPA, 2006). Em seguida, foram adicionadas

informações sobre os tipos de horizonte superficial, textura e fases,

compreendendo as de erosão, pedregosidade, rochosidade, relevo, vegetação e

substrato. Neste último caso, só foram disponibilizadas informações de substrato

para solos pouco desenvolvidos pertencentes às classes dos Neossolos Litólicos e

Cambissolos. Fechando as informações da legenda, agregaram-se valores

estimativos das percentagens dos componentes em cada unidade de mapeamento,

conforme se segue.

LATOSSOLOS

LAd1 - LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico A moderado e

proeminente textura argilosa e muito argilosa fase floresta subperenifólia

relevo plano (100%).

LAd2 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura argilosa

+ LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e úmbrico textura média, ambos A

moderado e proeminente fase floresta subperenifólia relevo plano e suave

ondulado (60% + 40%).

LAd3 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa +

ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico textura arenosa/argilosa,

ambos A moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado

(60% + 40%).

LAd4 – Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso latossólico textura

arenosa/argilosa, ambos A moderado fase floresta subperenifólia relevo plano

e suave ondulado (80% + 20%).

169

LAd5 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e úmbrico A moderado e

proeminente textura média fase floresta subperenifólia relevo plano e suave

ondulado + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico A fraco e moderado

fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (65% + 35%).

LAd6 - Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico

e Distrocoeso típico e úmbrico textura média e argilosa + Gr. indif.

(ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico e Distrocoeso

latossólico, típico e úmbrico textura média/argilosa, ambos A moderado e

proeminente fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (60%

+ 40%).

LAd7 – Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrocoeso típico e úmbrico textura argilosa fase relevo plano e suave

ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico latossólico

e úmbrico textura média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado,

todos A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia (70% + 30%).

LAd8 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura argilosa

+ ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico, típico e úmbrico textura

média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e

úmbrico textura média/argilosa, todos A moderado e proeminente fase floresta

subperenifólia relevo plano e suave ondulado (40% + 30% + 30%).

LAd9 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa +

ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico e dúrico textura arenosa

e média/média + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico, latossólico

e típico textura média/argilosa, todos A moderado fase floresta subperenifólia

relevo plano e suave ondulado (40% + 30% + 30%).

LAd10 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e úmbrico A moderado e

proeminente textura média fase floresta subperenifólia relevo plano e suave

ondulado + ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico dúrico e espessarênico

A fraco e moderado textura arenosa a média fase cerrado subperenifólio

relevo plano + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico A fraco e

moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (45% +

30% + 25%).

LAd11 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa fase

relevo plano + Gr. indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrocoeso e Distrófico típico, latossólico e plíntico textura média e

argilosa/argilosa fase relevo ondulado + Gr. indif. (ARGISSOLO AMARELO e

170

VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso e Distrófico típico, plíntico e petroplíntico

textura média e argilosa/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado, todos

A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia (50% + 30% +

20%).

LAd12 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa fase

relevo suave ondulado e plano + ARGISSOLO AMARELO Distrófico

latossólico e típico textura média/argilosa fase relevo suave ondulado e

ondulado + Gr. Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico abrúptico e típico textura arenosa e média/argilosa fase relevo suave

ondulado e ondulado, todos A moderado fase floresta subperenifólia (40% +

35% + 25%).

LAd13 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico

textura argilosa e muito argilosa fase relevo plano e suave ondulado + Gr.

Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso e

Distrófico típico, latossólico e úmbrico textura média/argilosa fase relevo

suave ondulado e ondulado + Gr. Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO

e AMARELO) Distrófico plíntico e típico e úmbrico textura media/argilosa fase

relevo ondulado e forte ondulado, todos A moderado e proeminente fase

floresta subperenifólia (35% + 35% + 30%).

LAd14 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico

textura argilosa e muito argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave

ondulado e plano + Gr. Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e

AMARELO) Distrocoeso e Distrófico plíntico e típico textura média/argilosa

fase floresta subperenifólia relevo ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-

AMARELO Distrófico latossólico e típico textura média/argilosa fase floresta

subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado, todos A moderado e

proeminente (40% + 30% + 30%).

LAd15 - Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrocoeso típico e úmbrico textura média e argilosa + Gr. indif.

(ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso latossólico,

típico, úmbrico e plíntico textura média e argilosa/argilosa, todos A moderado

e proeminente fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado

(50% + 50%).

LAd16 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico, úmbrico e petroplíntico

textura argilosa fase não pedregosa e endopedregosa + Gr. Indif.

(ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso típico,

latossólico e úmbrico textura média/argilosa, ambos fase relevo suave

171

ondulado e ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso textura

média/argilosa fase relevo suave ondulado a forte ondulado, todos A

moderado e proeminente fase floresta subperenifólia (40% + 35% + 25%).

LAd17 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico A

moderado e textura argilosa e muito argilosa + ARGISSOLO AMARELO

Distrocoeso e Distrófico latossólico e típico A moderado textura média/argilosa

+ ARGISSOLO AMARELO Distrófico abrúptico e úmbrico A moderado,

proeminente e húmico textura média/argilosa, todos fase floresta

subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado (40% + 30% + 30%).

LAd18 – Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa e muito

argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado com partes planas fase

floresta subperenifólia + Gr. indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-

AMARELO) Distrocoeso latossólico e típico textura média e argilosa/argilosa e

muito argilosa fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado e ondulado +

Gr. indif. (GLEISSOLO HÁPLICO típico e CAMBISSOLO FLÚVICO gleissólico)

Ta e Tb Distrófico e Eutrófico textura média e argilosa fase floresta

subperenifólia e campo higrófilo de várzea relevo plano, todos A moderado

(40% + 40% + 20%).

LAd19 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico textura

argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado a forte ondulado +

ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico latossólico e típico textura

média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura média/argilosa

fase floresta subperenifólia relevo ondulado, todos A moderado (40% + 35%

+ 25%).

LAd20 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico

textura argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado

+ Gr. Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico

típico, úmbrico e plíntico textura média/argilosa fase endopedregosa e não

pedregosa ligeiramente rochosa e não rochosa floresta subperenifólia relevo

suave ondulado, ambos A moderado e proeminente + ARGISSOLO

ACINZENTADO Distrófico típico A moderado textura arenosa e média/argilosa

fase endopedregosa e não pedregosa floresta subperenifólia de várzea relevo

plano (50% + 30% + 20%).

LAd21 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura argilosa

fase relevo plano a ondulado + Gr. indif. (ARGISSOLO AMARELO e

VERMELHO-AMARELO) Distrófico latossólico típico e úmbrico + ARGISSOLO

172

AMARELO Distrófico típico, úmbrico plíntico e petroplíntico, ambos textura

média e argilosa/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado, todos A

moderado e proeminente fase floresta subperenifólia e cerrado subperenifólio

(50% + 30% + 20%).

LAd22 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico, úmbrico e

plíntico textura argilosa e média + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico

e Eutrófico latossólico, plíntico e úmbrico textura média e argilosa, substrato

gnaisses e granitos, ambos relevo ondulado e forte ondulado + NEOSSOLO

LITÓLICO Distrófico e Eutrófico típicos textura média fase pedregosa e não

pedregosa rochosa e não rochosa relevo ondulado a montanhoso, substrato

gnaisses e granitos, todos A moderado e proeminente fase floresta

subperenifólia (50% + 30% + 20%).

LAd23 – Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura

argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso latossólico, típico

e úmbrico textura média/argilosa, ambos A moderado e proeminente fase

floresta subperenifólia relevo ondulado a montanhoso (60% + 40%).

LAd24 - Ass: Gr. Indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrocoeso e Distrófico típico textura argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-

AMARELO Distrófico abrúptico e plíntico textura média/argilosa, todos A

moderado fase floresta subcaducifólia relevo plano e suave ondulado (60% +

40 %).

LAd25 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico textura média fase relevo

plano e suave ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrófico arênico e típico

textura arenosa e média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura média/argilosa

fase relevo suave ondulado e ondulado, todos A moderado fase floresta

subcaducifólia (40% + 35% + 25%).

LAd26 - LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e psamítico textura média A

fraco e moderado fase caatinga hipoxerófica relevo plano a suave ondulado

(100%).

LAe - Ass: LATOSSOLO AMARELO Eutrófico típico textura média + LATOSSOLO

VERMELHO-AMARELO Eutrófico típico e argissólico textura média +

NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa, todos A

moderado e fraco fase floresta caducifólia relevo plano e suave ondulado

(50% + 30% + 20%).

173

LACd - Ass: LATOSSOLO ACINZENTADO Distrocoeso típico A moderado textura

argilosa e muito argilosa fase cerrado subperenifólio relevo plano (100%).

LVAd1 - Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)

Distrocoeso típico e úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico

latossólico, típico e úmbrico, ambos textura argilosa + ARGISSOLO

VERMELHO-AMARELO Distrocoeso fragipânico, típico e úmbrico textura

média/argilosa, todos A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia

relevo plano e suave ondulado (35% + 35% + 30%).

LVAd2 - Ass: LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso textura argilosa +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso fragipânico textura

média/argilosa + ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico textura

arenosa/média, todos A moderado fase floresta e cerrado subperenifólio relevo

plano (40% + 35% + 25%).

LVAd3 - Ass: LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico fase relevo

ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso

latossólico e típico fase relevo forte ondulado, ambos textura argilosa fase

floresta subperenifólia + Gr. indif. (GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e

Distrófico típico e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico gleissólico)

textura média e argilosa fase floresta subperenifólia e campo higrófilo de

várzea relevo plano, todos A moderado (40% + 40% + 20%).

LVAd4 – Ass: LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso argissólico e

úmbrico textura média + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso

típico e úmbrico textura arenosa e média/média e argilosa, ambos A moderado

e proeminente fase floresta subcaducifólia + PLANOSSOLO HÁPLICO

Eutrófico solódico típico e arênico A moderado textura arenosa e média/média

e argilosa fase floresta caducifólia, todos fase relevo plano e suave ondulado

(40% + 35% + 25%).

LVAd5 – Ass: LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e úmbrico +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico latossólico e úmbrico, ambos

textura média + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, todos A

moderado e proeminente fase floresta subcaducifólia relevo plano e suave

ondulado (40% + 40% + 20%).

LVAe – Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO e VERMELHO)

Eutrófico típico e argissólico textura média + Gr. indif. (ARGISSOLO

AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Eutrófico latossólico e típico textura

174

média/argilosa, todos A fraco e moderado fase floresta subcaducifólia relevo

suave ondulado e plano (70% + 30%).

LVe1 - LATOSSOLO VERMELHO Eutrófico típico A fraco e moderado textura média

fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (100%).

LVe2 – Ass: LATOSSOLO VERMELHO Eutrófico típico e úmbrico + NITOSSOLO

VERMELHO Eutrófico latossólico, típico e úmbrico, ambos A moderado e

proeminente textura argilosa fase floresta caducifólia relevo suave ondulado e

ondulado (60% + 40%).

LVe3 – Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)

Eutrófico típico e úmbrico textura média e argilosa + ARGISSOLO

VERMELHO-AMARELO Eutrófico plíntico, petroplíntico e úmbrico textura

média/argilosa, ambos A moderado e proeminente + PLANOSSOLO HÁPLICO

Eutrófico solódico A moderado textura arenosa e média/média e argilosa,

todos fase floresta caducifólia relevo suave ondulado e ondulado (50% +

30% + 20%).

ARGISSOLOS

PAd1 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico e latossólico textura

média/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa,

ambos A moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado

(70% + 30%).

PAd2 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso abrúptico fragipânico textura

arenosa/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura

argilosa, ambos A fraco e moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e

suave ondulado (65% + 35%).

PAd3 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso abrúptico fragipânico textura

arenosa/argilosa a muito argilosa + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso

fragipânico textura média/argilosa, ambos A fraco e moderado fase floresta

subperenifólia relevo plano e suave ondulado (60% + 40%).

PAd4 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico textura arenosa/média

+ ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico textura média/muito

argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso textura média, todos A

moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (40% +

40% + 20%).

PAd5 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico e típico textura

média/argilosa e muito argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso textura

175

argilosa + ARGISSOLO ACINTENTADO Distrocoeso típico e fragipânico

textura arenosa/média, todos A moderado e proeminente fase floresta

subperenifólia relevo plano e suave ondulado (40% + 30% + 30%).

PAd6 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico e típico fase relevo

plano + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico fase relevo plano e

suave ondulado + ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso típico e

fragipânico fase relevo plano, todos A moderado textura arenosa/média e

argilosa fase floresta subperenifólia (40% + 40% + 20%).

PAd7 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico latossólico arênico A moderado

textura arenosa e média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo plano e

suave ondulado + ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico dúrico e

espessarênico A fraco e moderado textura arenosa a média (leve) fase cerrado

subperenifólio relevo plano + ARGISSOLO ACINZENTADO Distrófico arênico e

fragipânico A moderado e proeminente textura arenosa e média/argilosa fase

floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (40% + 35% + 25%).

PAd8 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico + ARGISSOLO

ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico, ambos textura média/argilosa a muito

argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura muito argilosa,

todos A moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado

(40% +40% + 20%).

PAd9 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico + ARGISSOLO

ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico, ambos textura arenosa/argilosa fase

relevo plano + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso latossólico e

típico textura média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado, todos A

moderado fase floresta subperenifólia (40% + 40% + 20 %).

PAd10 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico textura

arenosa/média + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico e típico

textura média/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso argissólico

textura média, todos A moderado e fraco fase floresta subperenifólia, relevo

suave ondulado e plano (40% + 40% + 20%).

PAd11 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico latossólico e típico textura

média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO AMARELO

Distrófico abrúptico e arênico textura arenosa/argilosa e média fase pedregosa

e não pedregosa relevo suave ondulado e ondulado + LATOSSOLO AMARELO

Distrófico típico textura média fase relevo plano, todos A moderado e

proeminente fase floresta subperenifólia (40% + 35% + 25%).

176

PAd12 - Ass: Gr. indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrocoeso plíntico e úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO

Distrocoeso típico e úmbrico; todos A moderado e proeminente textura

média/argilosa e argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e

plano (60% + 40%).

PAd13 - Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico

plíntico e úmbrico fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e plano

+ GLEISSOLO MELÂNICO Tb Distrófico e Eutrófico plíntico, típico e úmbrico

+ NEOSSOLO FLÚVICO Tb Distro-úmbrico gleissólico, ambos fase campo

hidrófilo de várzea relevo plano, todos A proeminente e moderado textura

argilosa (40% + 40% + 20%).

PAd14 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico textura

medida/argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado +

GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico e neofluvissólico textura

argilosa/muito argilosa e média fase campo hidrófilo de várzea relevo plano +

ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso plíntico textura média/argilosa fase

floresta subperenifólia relevo suave ondulado, todos A moderado (50% +

30% + 20%).

PAd15 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico abrúptico plíntico textura arenosa

e média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado + CAMBISSOLO

HÁPLICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico textura argilosa e média fase

floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado, substrato gnaisses e

granitos + NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e Eutrófico típico textura média e

argilosa fase pedregosa ligeiramente rochosa relevo suave ondulado substrato

gnaisses e granitos, todos A moderado fase floresta subperenifólia (40% +

30% + 30%).

PAd16 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrocoeso e Distrófico plíntico, típico e úmbrico A moderado e proeminente

textura média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo plano e suave

ondulado + Gr. Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)

Alumínico e Alítico plíntico, típico e úmbrico A moderado e proeminente

textura média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e

ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico A

moderado textura argilosa fase floresta subperenifólia relevo plano e suave

ondulado (45% + 30% + 25%).

PAd17 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico latossólico e típico

A moderado textura média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave

177

ondulado e ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico

típico textura argilosa relevo suave ondulado e plano + Gr. Indif. (ARGISSOLO

AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico típico e plíntico textura

média/argilosa fase relevo suave ondulado, todos A moderado fase floresta

subperenifólia (35% + 35% + 30%).

PAd18 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico, latossólico e

úmbrico A moderado e proeminente textura média/argilosa fase floresta e

cerrado subperenifólio relevo suave ondulado e plano + ARGISSOLO

AMARELO Distrófico plíntico e petroplíntico A moderado textura

média/argilosa fase floresta e cerrado subperenifólio relevo ondulado e forte

ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e úmbrico A moderado e

proeminente textura média fase floresta subperenifólia relevo plano e suave

ondulado (40% + 30% + 30%).

PAd19 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso abrupto petroplíntico textura

média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura

arenosa e média/argilosa, ambos A moderado fase floresta subperenifólia

relevo suave ondulado e ondulado (60% + 40%).

PAd20 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico latossólico, típico e

úmbrico textura média/argilosa + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e

Distrófico abrupto plíntico e úmbrico textura arenosa e média/argilosa, ambos

relevo suave ondulado e ondulado + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb e Ta

Distrófico e Eutrófico léptico, lítico e úmbrico textura média e argilosa fase

pedregosa e não pedregosa relevo ondulado e forte ondulado, todos A

moderado e proeminente fase floresta subperenifólia, substrato gnaisses e

granitos (45% + 30% + 25%).

PAd21 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso típico e Distrófico latossólico

textura média/argilosa fase relevo suave ondulado a forte ondulado + Gr.

Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico plíntico e

típico textura média/argilosa fase relevo ondulado a forte ondulado +

LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico textura argilosa fase

relevo suave ondulado e ondulado, todos A moderado fase floresta

subperenifólia (40% + 35% + 25%).

PAd22 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e latossólico

+ ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico fase pedregosa e não

pedregosa, ambos textura média/argilosa fase relevo ondulado + Gr. indif:

(LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso e Distrófico

178

plíntico e típico textura argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado, todos

A moderado fase floresta subperenifólia (40% + 35% + 25%).

PAd23 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico latossólico, típico e úmbrico

textura média/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e úmbrico

textura argilosa, ambos fase relevo ondulado + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb

Distrófico latossólico, típico e úmbrico textura argilosa fase relevo ondulado e

forte ondulado substrato gnaisses e granitos, todos A moderado e

proeminente fase floresta subperenifólia (45% + 35% + 20%).

PAd24 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e latossólico

textura média/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura

argilosa, ambos fase floresta subperenifólia relevo ondulado a forte ondulado

+ CAMBISSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico A

moderado textura argilosa e média fase floresta subperenifólia de várzea

relevo plano substrato sedimentos aluviais, todos A moderado (40% + 35%

+ 25%).

PAd25 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso plíntico textura média/argilosa

fase floresta subperenifólia relevo ondulado a forte ondulado + GLEISSOLO

HÁPLICO Tb Distrófico típico e neofluvissólico textura argilosa/muito argilosa,

e média fase campo higrófilo de várzea relevo plano + NEOSSOLO FLÚVICO

Tb Distrófico gleissólico textura argilosa fase campo higrófilo de várzea relevo

plano, todos A moderado (60% + 20% + 20%).

PAd26 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrocoeso típico, plíntico e petroplíntico A moderado textura média e

argilosa/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado a forte ondulado

+ GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Eutrófico e Distrófico típico textura argilosa

e muito argilosa A moderado fase campo hidrófilo de várzea relevo plano +

LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico A moderado e

proeminente textura argilosa e muito argilosa fase floresta subperenifólia

relevo suave ondulado (50% + 30% + 20%).

PAd27 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico típico, plíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura

média/argilosa fase floresta subperenifólia/subcaducifólia, relevo ondulado a

forte ondulado + GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico e Eutrófico típico +

NEOSSOLOS FLÚVICOS Tb Distrófico e Eutrófico gleissólico, ambos A

moderado textura média fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano

(50% + 30% + 20%).

179

PAd28 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico e Distrocoeso típico e plíntico textura média/argilosa fase relevo

ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico

textura média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO

VERMELHO-AMARELO Distrófico abrúptico plíntico textura média/argilosa fase

relevo suave ondulado e ondulado, todos A moderado fase floresta

subperenifólia (50% + 30% + 20%).

PAd29 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura

média/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO

AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura argilosa fase relevo plano +

ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso plíntico e úmbrico textura média/argilosa

fase relevo ondulado e forte ondulado, todos A moderado e proeminente

floresta subperenifólia (50% + 30% + 20%).

PAd30 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, latossólico e úmbrico

textura média/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO

AMARELO Distrocoeso típico textura média/argilosa e muito argilosa fase

floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado + LATOSSOLO

AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico textura argilosa e muito

argilosa fase relevo suave ondulado e plano, todos A moderado e proeminente

fase floresta subperenifólia (40% + 30% + 30%).

PAd31 - Ass: Gr. Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrocoeso plíntico, típico e úmbrico + ARGISSOLO AMARELO Distrófico

latossólico e úmbrico, ambos textura média/argilosa fase floresta

subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado + Gr. Indif: (GLEISSOLO

HÁPLICO e MELÂNICO) Tb Distrófico típico textura argilosa e média fase

campos higrófilos e hidrófilos de várzea relevo plano, todos A moderado e

proeminente (40% + 35% + 25%).

PAd32 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico plíntico e típico A moderado textura média/argilosa fase floresta

subperenifólia relevo suave ondulado a forte ondulado + ARGISSOLO

AMARELO Distrocoeso e Distrófico latossólico e típico A fraco e moderado

textura média/argilosa e muito argilosa fase floresta subperenifólia relevo

ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico A

moderado textura argilosa e muito argilosa fase floresta subperenifólia relevo

suave ondulado e plano (40% + 35% + 25%).

PAd33 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico plíntico típico e úmbrico + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e

180

Distrófico típico latossólico e úmbrico, ambos textura média/argilosa fase

relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e

Distrófico típico e úmbrico textura argilosa fase relevo suave ondulado e

ondulado, todos A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia (45%

+ 30% + 25%).

PAd34 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico típico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico latossólico,

ambos A moderado textura média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo

ondulado e forte ondulado (70% + 30%).

PAd35 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso típico latossólico e úmbrico

textura média/argilosa + Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-

AMARELO) Distrófico típico e úmbrico textura média/argilosa fase

endopedregosa e não pedregosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e

Distrófico típico e úmbrico textura argilosa, todos A moderado e proeminente

fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado (40% + 35% +

25%).

PAd36 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e latossólico

+ ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, ambos textura

média/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico

textura argilosa, todos A moderado fase floresta subperenifólia relevo

ondulado e forte ondulado (35% + 35% + 30%).

PAd37 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso típico e Distrófico latossólico e

úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Alumínico e Alítico típico e

plíntico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico plíntico e

úmbrico, todos A moderado e proeminente textura média/argilosa e muito

argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado (45% +

30% + 25%).

PAd38 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico

textura média/argilosa fase pedregosa e não pedregosa ligeiramente rochosa e

não rochosa + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico latossólico típico e

úmbrico textura média e argilosa, substrato gnaisses e granitos +

LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico textura argilosa, todos

A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte

ondulado (45% + 30% + 25%).

PAd39 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distróficos típico plíntico e úmbrico textura média e argilosa/argilosa + Gr.

181

Indif: (ARGISSOLOS AMARELO e VERMELHO AMARELO) Distrófico

petroplíntico típico e úmbrico textura média e argilosa/argilosa, todos A

moderado e proeminente fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado e

montanhoso + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% + 20%).

PAd40 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico e latossólico A moderado e

proeminente textura média/argilosa + ARGISSOLO AMARELO Distrófico

úmbrico e abrúptico A proeminente e húmico textura média/argilosa +

NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico A fraco, todos fase floresta

subperenifólia/subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado (40% + 35%

+ 25%).

PAd41 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico típico e fragipânico textura média/argilosa + ARGISSOLO

ACINZENTADO Distrófico típico e fragipânico textura arenosa/média, todos A

moderado fase cerrado subperenifólio relevo plano (60% + 40%).

PAd42 – Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico plíntico textura média/argilosa fase cerrado e floresta

subperenifólios relevo ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO AMARELO

Distrocoeso e Distrófico típico e latossólico textura média/argilosa fase

floresta e cerrado subperenifólios relevo suave ondulado e ondulado +

LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico textura argilosa e

muito argilosa fase floresta e cerrado subperenifólios relevo suave ondulado e

plano, todos A moderado (35% + 35% + 30%).

PAd43 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico plíntico, petroplíntico e úmbrico A

moderado textura média/argilosa fase erodida e não erodida cerrado/floresta

subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO AMARELO

Distrófico plíntico, petroplíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura

argilosa fase erodida e não erodida cerrado/floresta subperenifólia relevo suave

ondulado e ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico

típico e úmbrico A moderado e proeminente textura argilosa fase floresta

subperenifólia relevo plano e suave ondulado (40% + 30% + 30%).

PAd44 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico plíntico, petroplíntico e úmbrico A

moderado e proeminente textura média/argilosa fase cerrado/floresta e cerrado

subperenifólios relevo ondulado e forte ondulado + PLINTOSSOLO PÉTRICO

Concrecionário êutrico, litoplíntico e típico A moderado textura média/argilosa

fase cerrado subperenifólio relevo ondulado e suave ondulado + ARGISSOLO

AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico, latossólico e úmbrico A moderado e

182

proeminente textura média/argilosa fase floresta e cerrado subperenifólios

relevo suave ondulado e plano (45% + 30% + 25%).

PAd45 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico plíntico e petroplíntico fase cerrado

subperenifólio relevo ondulado e forte ondulado + Gr. Indif: (ARGISSOLO

AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico endoáquico e típico fase

floresta/cerrado subperenifólios relevo ondulado e forte ondulado + Gr. Indif:

(ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico típico e

latossólico fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado,

todos A moderado textura média/argilosa (40% + 35% + 25%).

PAd46 – Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico típico léptico e úmbrico fase relevo forte ondulado a montanhoso +

Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico

plíntico, léptico e úmbrico fase relevo ondulado e suave ondulado, ambos A

moderado e proeminente textura média/argilosa fase floresta subcaducifólia +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (45% + 30% + 25%).

PAde1 – Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico e Eutrófico latossólico, típico e úmbrico textura média/argilosa e

argilosa fase relevo ondulado a montanhoso + Gr. indif: (ARGISSOLO

AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso plíntico e úmbrico textura

média/argilosa fase relevo ondulado e suave ondulado + ARGISSOLO

VERMELHO Eutrófico típico e úmbrico textura média/argilosa fase relevo

ondulado e forte ondulado; todos A moderado e proeminente fase floresta

subperenifólia (40% + 30% + 30%).

PAde2 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico e Eutrófico típico e latossólico

textura arenosa e média/média e argilosa + LATOSSOLO AMARELO

Distrófico típico textura média, ambos A fraco e moderado fase floresta

subcaducifólia relevo plano e suave ondulado (60% + 40%).

PAde3 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico arênico e típico A moderado

textura arenosa e média/argilosa fase relevo suave ondulado e plano +

ARGISSOLO AMARELO Distrófico e Eutrófico típico e úmbrico A proeminente

e moderado textura média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado +

NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico A fraco e moderado relevo suave

ondulado e plano, todos fase floresta subcaducifólia (50% + 30% + 20%).

PAde4 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico e Eutrófico típico, latossólico e

úmbrico textura média/argilosa cascalhenta e não cascalhenta fase floresta

subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado + ARGISSOLO AMARELO

183

Distrófico e Eutrófico abrúptico, plíntico, petroplíntico, arênico e úmbrico

textura arenosa e média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo suave

ondulado, ambos A moderado e proeminente + Grupo Indif: (CAMBISSOLO

HÁPLICO Ta Eutrófico lítico textura argilosa e NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico

e Distrófico típico textura média) A moderado fase floresta

caducifólia/subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado substrato

micaxistos e gnaisses (35% + 35% + 30%).

PACd1 - Ass: ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico + ARGISSOLO

ACINZENTADO Distrocoeso abrúptico dúrico + ARGISSOLO AMARELO

Distrocoeso fragipânico e típico, todos textura arenosa e média/média e

argilosa A fraco e moderado fase floresta subperenifólia e cerrado

subperenifólio relevo plano e suave ondulado (40% + 30% + 30%).

PACd2 - Ass: ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico textura

arenosa/média + ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico dúrico e

espessarênico, ambos A fraco e moderado fase cerrado subperenifólio/floresta

subperenifólia relevo plano e suave ondulado (60% + 40%).

PVAd1 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)

Distrófico endoáquico e típico textura média/argilosa fase ligeiramente rochosa

floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado + ARGISSOLO

AMARELO Distrófico abrúptico plíntico e petroplíntico textura média/argilosa

fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e plano + CAMBISSOLO

FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico textura argilosa e média

fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano substrato sedimentos

fluviais, todos A moderado (40% + 30% + 30%).

PVAd2 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso latossólico textura

média/argilosa e argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e

ondulado + Gr. indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrocoeso típico textura argilosa fase relevo plano e suave ondulado fase

floresta subperenifólia + Gr. indif. (GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e

Distrófico típico e NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico típico)

textura média e argilosa fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano,

todos A moderado (50% + 25% + 25%).

PVAd3 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)

Distrófico e Eutrófico endoáquico e típico textura média/argilosa fase

pedregosa e não pedregosa e ligeiramente rochosa floresta subperenifólia

relevo suave ondulado e ondulado + CAMBISSOLO FLÚVICO Tb Distrófico e

Eutrófico gleissólico textura argilosa e média fase floresta subperenifólia de

184

várzea relevo plano substrato sedimentos fluviais + ARGISSOLO AMARELO

Distrófico abrúptico plíntico textura arenosa e média/argilosa fase floresta

subperenifólia relevo plano e suave ondulado, todos A moderado (35% +

35% + 30%).

PVAd4 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico latossólico e típico

textura média/argilosa + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico

típico textura média/argilosa, ambos fase relevo suave ondulado e ondulado +

ARGISSOLO ACINZENTADO Distrófico arênico e típico textura arenosa e

média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado, todos A moderado fase

floresta subperenifólia (40% + 40% + 20%).

PVAd5 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico e latossólico

A moderado textura média/argilosa e argilosa fase floresta subperenifólia

relevo ondulado e suave ondulado (100%).

PVAd6 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso e típico + Grupo

indif: (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso típico e

petroplíntico textura argilosa, ambos fase relevo ondulado + ARGISSOLO

VERMELHO-AMARELO Distrocoeso abrúptico plíntico textura arenosa e

média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado, todos A moderado fase

floresta subperenifólia (45% + 30% + 25%).

PVAd7 - Ass: Grupo Indif.: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)

Distrocoeso e Distrófico típico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO

Alumínico e Alítico plíntico e típico, ambos textura média/argilosa fase relevo

ondulado a forte ondulado + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico fase

relevo suave ondulado e plano, todos A moderado fase floresta subperenifólia

(35% + 35% + 30%).

PVAd8 - Ass: Grupo Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)

Distrocoeso plíntico, típico e úmbrico A moderado e proeminente textura

média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado +

Grupo Indif: (CAMBISSOLO FLÚVICO e NEOSSOLO FLÚVICO) Tb e Ta

Distrófico e Eutrófico gleissólico e típico A moderado textura média a argilosa

fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano + LATOSSOLO AMARELO

Distrocoeso típico e úmbrico A moderado e proeminente textura argilosa fase

floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado (40% + 35% +

25%).

PVAd9 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico

textura média/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO

185

VERMELHO-AMARELO Distrocoeso abrúptico plíntico e úmbrico textura

arenosa e média/argilosa fase relevo ondulado, ambos A moderado e

proeminente fase floresta subperenifólia (60% + 40%).

PVAd10 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico e Eutrófico típico e

úmbrico fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado + Gr.

Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO) Distrófico típico e

úmbrico e plíntico fase endopedregosa e não pedregosa ligeiramente rochosa

floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado + Gr. Indif:

(ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO) Distrocoeso típico e

Distrófico latossólico e úmbrico fase floresta subperenifólia relevo ondulado e

forte ondulado, todos A moderado e proeminente textura média/argilosa (35%

+ 35% + 30%).

PVAd11 - Ass: Grupo Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)

Distrófico plíntico, típico e úmbrico textura média/argilosa fase relevo

ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Alumínico e

Alítico típico, plíntico e úmbrico textura média/argilosa e muito argilosa fase

relevo ondulado + CAMBISSOLO HÁPLICO Alumínico e Alítico típico, léptico

e úmbrico textura argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado, substrato

folhelho e conglomerado, todos A moderado e proeminente fase floresta

subperenifólia (40% + 35% + 25%).

PVAd12 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso petroplíntico +

ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso plíntico e petroplíntico, ambos textura

média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado +

GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico e Eutrófico típico textura argilosa a muito

argilosa fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano, todos A moderado

(50% + 30% + 20%).

PVAd13 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e latossólico

textura média/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO

VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa fase relevo

ondulado a forte ondulado, todos A moderado fase floresta subperenifólia

(70% + 30%).

PVAd14 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura

média/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO

AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa fase relevo plano e suave

ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrófico plíntico textura média/argilosa

fase relevo suave ondulado, todos A moderado fase floresta subperenifólia

(50% + 30% + 20%).

186

PVAd15 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e latossólico

textura média/argilosa + Grupo Indif. (NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e

Eutrófico típico e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Distrófico e Eutrófico lítico

e típico) textura média e argilosa fase pedregosa e não pedregosa rochosa e

não rochosa substrato gnaisses e granitos + ARGISSOLO VERMELHO

Eutrófico e Distrófico típico textura média/argilosa, todos A moderado fase

floresta subperenifólia/subcaducifólia relevo ondulado e forte ondulado (40%

+ 30% + 30%).

PVAd16 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e latossólico

textura média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado +

GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico textura média a argilosa fase campo

higrófilo de várzea e floresta perenifólia de várzea relevo plano, ambos A

moderado (70% + 30%).

PVAd17 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico textura

argilosa fase relevo forte ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO

Distrocoeso abrúptico plíntico textura média/argilosa fase relevo ondulado +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico latossólico textura argilosa fase

relevo forte ondulado, todos A moderado fase floresta subperenifólia (50% +

30% + 20%).

PVAd18 – ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico A

moderado e proeminente textura média/argilosa e argilosa fase floresta

subperenifólia relevo forte ondulado (100%).

PVAd19 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e úmbrico

textura média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico

latossólico e úmbrico textura argilosa, ambos A moderado e proeminente fase

floresta subperenifólia relevo ondulado e montanhoso (70% + 30%).

PVAd20 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico petroplíntico e

úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e úmbrico,

ambos A moderado e proeminente textura média/argilosa fase floresta

subperenifólia, relevo ondulado a montanhoso + NEOSSOLO LITÓLICO Eutro-

úmbrico típico A proeminente textura argilosa fase floresta subcaducifólia

relevo ondulado a montanhoso, substrato micaxisto, gnaisses e granitos +

NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Eutrófico gleissólico textura argilosa A

moderado fase campo higrófilo de várzea relevo plano substrato sedimentos

fluviais (30% + 30% + 20% + 20%).

187

PVAd21 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, abrúptico,

latossólico e úmbrico textura média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Distro-

úmbrico e Eutro-úmbrico típico textura média fase substrato gnaisses, ambos

A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado a

montanhoso + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% + 20%).

PVAd22 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico léptico e

úmbrico textura média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Distro-úmbrico típico

textura média fase substrato granitos e gnáisses, ambos A moderado e

proeminente fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado e escarpado +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% + 30% + 20%).

PVAd23 - ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico plíntico e petroplíntico A

fraco e moderado textura arenosa/média fase floresta subcaducifólia relevo

plano e suave ondulado (100%).

PVAd24 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura

média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico abrúpto e

plíntico textura arenosa e média/argilosa, ambos A moderado fase floresta

subcaducifólia relevo ondulado e suave ondulado + AFLORAMENTOS DE

ROCHA (50% + 30% + 20%).

PVAd25 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico plíntico e

petroplíntico fase relevo ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrófico

plíntico fase relevo suave ondulado, ambos textura média/argilosa fase

pedregosa e não pedregosa + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico

vertissólico textura argilosa e muito argilosa fase relevo plano e suave

ondulado substrato folhelhos calcíferos, todos A moderado fase floresta

subcaducifólia (35% + 35% + 30%).

PVAd26 - Ass: Grupo Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)

Distrófico e Eutrófico latossólico A moderado + Grupo indif: (LATOSSOLO

VERMELHO e VERMELHO-AMARELO) Eutrófico e Distrófico típico e úmbrico A

moderado e proeminente, todos textura média fase floresta caducifólia e

subcaducifólia relevo plano (65% + 35%).

PVAd27 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico arênico e típico

textura arenosa/média e argilosa fase pedregosa e não pedregosa relevo suave

ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrófico arênico e típico textura

arenosa/média e argilosa fase endopedregosa e não pedregosa relevo suave

ondulado e ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico textura

188

média fase relevo plano e suave ondulado, todos A moderado fase floresta

caducifólia (45% + 35% + 20%).

PVAe1 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico típico, latossólico e

úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico típico, latossólico e úmbrico,

ambos textura média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutro-úmbrico

típico textura média substrato gnaisses e granitos, todos A moderado e

proeminente fase rochosa e não rochosa floresta subcaducifólia relevo plano a

suave ondulado (60% + 20% + 20%).

PVAe2 – Ass: Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e VERMELHO)

Eutrófico plíntico, petroplíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura

média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado

+ PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico A moderado textura arenosa e

média/média e argilosa fase floresta caducifólia fase relevo plano e suave

ondulado + Grupo indif: (LATOSSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)

Distrocoeso argissólico e úmbrico A moderado e proeminente textura média

fase floresta subcaducifólia fase relevo plano e suave ondulado (35% + 35%

+ 30%).

PVAe3 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico úmbrico A proeminente

textura média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo suave ondulado e

ondulado + GLEISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico neofluvissólico e típico A

moderado textura média e argilosa fase campo hidrófilo de várzea relevo plano

+ PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico A moderado textura

arenosa/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo plano e suave ondulado +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (30% + 25% + 25% + 20%).

PVAe4 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso e Eutrófico típico e

úmbrico A moderado e proeminente textura média/argilosa, fase floresta

subcaducifólia relevo ondulado e suave ondulado + Grupo Indif: (GLEISSOLO

HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico típico e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb

Eutrófico gleissólico e NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico

típico) A moderado textura média e argilosa fase floresta subcaducifólia de

várzea relevo plano + CHERNOSSOLO HÁPLICO Órtico típico textura média e

média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo ondulado e suave ondulado

(60% + 20% + 20%).

PVAe5 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico úmbrico e típico A

proeminente e moderado fase relevo ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO

Eutrófico solódico A moderado fase relevo plano e suave ondulado, ambos

textura média/argilosa fase floresta subcaducifólia + GLEISSOLO HÁPLICO Tb

189

Distrófico e Eutrófico típico textura argilosa e média A moderado fase campo

hidrófilo de várzea relevo plano (50% + 30% + 20%).

PVAe6 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e VERMELHO)

Eutrocoeso e Distrocoeso típico e úmbrico A moderado e proeminente textura

média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo ondulado e forte ondulado +

Gr. indif: (GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico e NEOSSOLO

FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico típico e gleissólico) A moderado

textura média e argilosa fase floresta subcaducifólia de várzea e campo

higrófilo de várzea relevo plano e suave ondulado + Gr. indif. (ARGISSOLO

AMARELO e ACINZENTADO) Distrocoeso abrúptico e plíntico A moderado

textura média/argilosa fase floresta subcaducifólia de várzea e campo higrófilo

de várzea relevo plano e suave ondulado (60% + 20% + 20%).

PVAe7 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico úmbrico e típico +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico úmbrico e típico, ambos textura

média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutro-úmbrico e Distro-úmbrico típico

textura média substrato gnaisses e granitos, todos A proeminente e moderado

fase floresta subcaducifólia relevo ondulado e forte ondulado (50% + 30% +

20%).

PVAe8 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico abrúptico típico e

úmbrico textura média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutro-úmbrico típico

textura média substrato de gnaisses, ambos A moderado e proeminente fase

floresta subcaducifólia relevo forte ondulado e ondulado + AFLORAMENTOS

DE ROCHA (50% + 30% + 20%).

PVAe9 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico fragipânico, típico e

úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico latossólico e

úmbrico, ambos textura média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e

Eutro-úmbrico típico textura média fase substrato gnaisses e granitos, todos A

moderado e proeminente fase floresta subcaducifólia relevo forte ondulado e

montanhoso (40% + 40% + 20%).

PVAe10 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico abrupto, léptico,

típico e úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso e

Eutrófico latossólico e úmbrico, ambos textura média/argilosa + NEOSSOLO

LITÓLICO Eutrófico e Eutro-úmbrico típico textura média fase substrato

gnaisse fragmentário e não fragmentário, todos A moderado e proeminente

fase floresta subcaducifólia relevo forte ondulado e montanhoso +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 20% + 20% + 20%).

190

PVAe11 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico típico e cambissólico

textura média/argilosa relevo suave ondulado e ondulado + NEOSSOLO

REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e fragipânico textura arenosa e

média fase relevo suave ondulado e plano + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e

Distrófico típico textura média e arenosa fase rochosa e não rochosa relevo

suave ondulado e ondulado substrato gnaisse e granito, todos A moderado e

fraco fase caatinga hipoxerófila/floresta subcaducifólia e floresta

subcaducifólia (45% + 35% + 20%).

PVAe12 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico abrúptico plíntico

textura média/média e argilosa com cascalho + NEOSSOLO REGOLÍTICO

Eutrófico fragipânico, léptico fragipânico e típico textura arenosa com

cascalho a cascalhenta + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico arênico textura

arenosa e média/média e argilosa com cascalho, todos A fraco e moderado

fase caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado e plano (50% + 25% +

25%).

PVde - Ass: ARGISSOLO VERMELHO Distrófico e Eutrófico latossólico e típico +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico e Eutrófico típico, ambos A

moderado textura média/argilosa fase floresta caducifólia relevo suave

ondulado e plano (60% + 40%).

PVe1 – Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO) Eutrófico

petroplíntico e típico A moderado textura média/argilosa fase floresta

subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado (100%).

PVe2 – Ass: Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)

Eutrófico petroplíntico e típico textura média e arenosa/média fase relevo

suave ondulado e ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico

textura arenosa/média e argilosa fase relevo suave ondulado, ambos A

moderado fase floresta subcaducifólia (65% + 35%).

PVe3 – Ass: Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)

Eutrófico típico e úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico

típico e úmbrico, ambos A moderado e proeminente textura média/argilosa

fase floresta subcaducifólia relevo ondulado e forte ondulado (65% + 35%).

PVe4 – Ass: Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)

Eutrófico e Distrófico típico e úmbrico textura média/argilosa + NEOSSOLO

LITÓLICO Eutrófico e Eutro-úmbrico Distrófico e Distro-úmbrico típico textura

média fase substrato gnaisse e granito fragmentário e não fragmentário, todos

A moderado e proeminente fase floresta subcaducifólia relevo ondulado e forte

ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (55% + 25% + 20%).

191

PVe5 – Ass: Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)

Eutrófico típico textura média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado

+ LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico e Eutrófico típico textura

média fase relevo suave ondulado e plano, todos A moderado e fraco fase

floresta subcaducifólia (60% + 40%).

PVe6 – Ass: Grup. Indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)

Eutrófico típico e cambissólico textura média/argilosa fase relevo suave

ondulado e ondulado + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico

e fragipânico textura arenosa e média fase relevo suave ondulado e plano,

todos A fraco e moderado fase floresta caducifólia e floresta subcaducifólia

(55% + 45%).

PVe7 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico típico, latossólico e úmbrico

textura média/média e argilosa fase relevo suave ondulado a montanhoso +

Grup. Indif. de (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO) Eutrófico

típico e úmbrico textura média/média e argilosa fase relevo suave ondulado a

forte ondulado + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico, léptico e

úmbrico textura média e argilosa fase relevo suave ondulado a forte ondulado

substrato gnaisse e granito + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Eutro-

úmbrico típico textura média e arenosa fase rochosa e não rochosa relevo

forte ondulado a montanhoso substrato gnaisse e granito, todos A moderado e

proeminente floresta subcaducifólia (35% + 25% + 20% + 20%).

192

PVe8 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico cambissólico, típico e léptico

textura média/média e argilosa com cascalho fase não pedregosa e

epipedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média com

cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato granito + Grupo

Indif: (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico)

arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa com cascalho +

NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico, fragipânico e léptico fragipânico

textura arenosa com cascalho e cascalhenta, todos A moderado e fraco fase

caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (25% + 25% + 25% +

25%).

PVe9 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico cambissólico e típico textura média

(leve)/média e argilosa com cascalho + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico

típico textura média com cascalho + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico

e fragipânico, e léptico fragipânico textura arenosa + NEOSSOLO LITÓLICO

Eutrófico típico textura média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e

rochosa substrato granito, todos A moderado e fraco fase caatinga

hipoxerófila relevo suave ondulado e plano (30% + 30% + 20% + 20%).

PVe10 – Ass: Grupo Indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)

Eutrófico cambissólico, léptico e típico textura média/média e argilosa com

cascalho fase relevo suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico

textura média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato

granito relevo suave ondulado e ondulado + NEOSSOLO REGOLÍTICO

Eutrófico típico e léptico fragipânico textura arenosa com cascalho e

cascalhenta fase relevo plano e suave ondulado, todos A moderado e fraco

fase caatinga hipoxerófila (40% + 40% + 20%).

PVe11 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico típico textura média/média e

argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado + NEOSSOLO REGOLÍTICO

Distrófico e Eutrófico típico e léptico textura arenosa e média (leve) relevo

plano e suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura

média fase pedregosa e não pedregosa substrato gnaisse e granito relevo

suave ondulado e ondulado, todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila (50% + 30% + 20%).

PVe12 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico cambissólico, típico e léptico

textura média/média e argilosa com cascalho fase não pedregosa e

epipedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média com

cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato granito, ambos

fase relevo suave ondulado e ondulado + Gr. Indif: (PLANOSSOLO HÁPLICO

Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e

média /média e argilosa com cascalho fase relevo suave ondulado e plano,

todos A moderado e fraco fase caatinga hipoxerófila (50% + 30% + 20%).

193

LUVISSOLOS

TCo1 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico planossólico e vertissólico +

PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico, ambos textura arenosa e

média/média e argilosa fase relevo suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO

Eutrófico típico e fragmentário textura arenosa e média fase pedregosa e

rochosa relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisse, todos A

moderado fase floresta caducifólia (40% + 30% + 30%).

TCo2 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e planossólico textura

média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado + CAMBISSOLO

HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico textura argilosa fase relevo suave

ondulado e ondulado substrato micaxistos e gnaisses + NEOSSOLO LITÓLICO

Eutrófico típico textura média fase pedregosa e não pedregosa relevo

ondulado substrato micaxistos e gnaisses, todos A moderado e fraco fase

floresta caducifólia (40% + 30% + 30%).

TCo3 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e planossólico textura

média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado + Grupo Indif:

(NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico

lítico e léptico) textura média e argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado,

substrato micaxistos e gnaisses, todos A moderado fase floresta caducifólia

(50% + 50%).

TCo4 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico textura média/argilosa +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa e rochosa

substrato migmatitos e gnaisses + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO

Eutrófico lítico e léptico textura média/argilosa, todos A moderado fase

floresta caducifólia relevo ondulado e forte ondulado (40% + 30% + 30%).

TCo5 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico planossólico textura média/média e

argilosa com cascalho + Grup. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico

e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e

argilosa com cascalho + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura

arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa

substrato gnaisses e micaxistos, todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (35% + 35% + 30%).

TCo6 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico textura média/argilosa +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase pedregosa

e rochosa substrato gnaisse, ambos fase relevo suave ondulado +

PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura arenosa e

194

média/média e argilosa fase relevo plano e suave ondulado, todos A fraco e

moderado fase caatinga hipoxerófila (45% + 30% + 25%).

TCo7 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico, vertissólico e planossólico textura

média/argilosa e muito argilosa fase pedregosa e não pedregosa +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa substrato

biotita-xisto-gnaisse, gnaisse e micaxisto, ambos fase relevo suave ondulado e

ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e solódico textura

média/argilosa fase epipedregosa relevo suave ondulado, todos A fraco e

moderado fase caatinga hipoxerófila (40% + 30% + 30%).

TCo8 - Ass: Grup. indif. (LUVISSOLO CRÔMICO Órtico lítico e típico textura

média/argilosa e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico textura

média a argilosa fase substrato biotita-xisto-gnaisse, gnaisse, micaxisto e

calcário) fase epipedregosa e não pedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO

Eutrófico fragmentário e típico textura média e argilosa fase pedregosa

substrato biotita-xisto-gnaisse, gnaisse, micaxisto e calcário, todos A fraco e

moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado e ondulado (60%

+ 40%).

TCo9 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico planossólico e solódico textura média e

média/argilosa fase pedregosa + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico

textura média (leve)/média e argilosa fase pedregosa e não pedregosa +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e arenosa fase pedregosa

e rochosa, substratos gnaisse, metagabro e anfibolito, todos A fraco e

moderado caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado a ondulado (40% +

35% + 25%).

TCo10 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico textura média/média e argilosa

fase pedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e

média fase pedregosa e rochosa, substrato biotita-granito e gnaisses +

PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico textura média (leve)/média a

argilosa fase pedregosa e não pedregosa, todos A fraco e moderado caatinga

hipoxerófila relevo ondulado (40% + 40% + 20%).

TCo11 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e vertissólico textura

média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura

média e arenosa fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito +

Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico e vertissólico) textura arenosa e

média/média e argilosa, todos A fraco e moderado fase pedregosa e não

195

pedregosa caatinga hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado

(45% + 35% + 20%).

TCo12 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura

média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e

arenosa fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito + Gr. Indif.

(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e vertissólico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico típico e vertissólico) textura arenosa e média/argilosa, todos

A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e plano (40% + 35% +

25%).

TCo13 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura

média/argilosa + Gr. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

típico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico e vertissólico) textura arenosa e

média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura

média e arenosa fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito,

todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% +

20%).

TCo14 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico textura média/argilosa +

Grupo indif. (CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico vertissólico solódico e

típico fase substrato folhelho e VERTISSOLO HÁPLICO Órtico solódico e

típico) textura argilosa + Grupo indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico

arênico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico arênico) textura arenosa e

média/média e argilosa, todos A fraco e moderado fase caatinga hiperxerófila

relevo plano e suave ondulado (50% + 30% + 20%).

TCo15 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura

média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e

arenosa fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito + Gr. Indif.

(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico típico e salino) textura arenosa e média/média e argilosa,

todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga

hiperxerófila relevo plano e suave ondulado (40% + 35% + 25%).

TCo16 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico textura média e média/argilosa

fase pedregosa + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura

média (leve)/média e argilosa fase pedregosa e não e pedregosa +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

pedregosa, substrato biotita-granito e hornblenda-granito, todos A fraco e

196

moderado fase caatinga hiperxerófila relevo ondulado a forte ondulado (40%

+ 35% + 25%).

CAMBISSOLOS

CXbe1 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico e úmbrico textura média

e argilosa fase relevo suave ondulado a forte ondulado substrato sienito +

Grupo Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e VERMELHO) Eutrófico

léptico, cambissólico, típico e úmbrico textura média/argilosa fase relevo

suave ondulado a montanhoso + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Eutro-

úmbrico típico textura arenosa e média fase substrato gnaisse e granito relevo

forte ondulado a montanhoso, todos A moderado e proeminente fase rochosa

e não rochosa floresta subcaducifólia e floresta caducifólia (45% + 35% +

20%).

CXbe2 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico textura média fase

substrato sienito e granito + Grupo Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-

AMARELO e AMARELO) Eutrófico típico textura média/média e argilosa,

ambos A moderado fase floresta caducifólia/caatinga hipoxerófila relevo

ondulado e forte ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% + 30% +

20%).

CXbe3 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico e léptico textura média

com e sem cascalho + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média

com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa, todos A fraco e

moderado fase floresta caducifólia/caatinga hipoxerófila relevo forte ondulado

e ondulado substrato sienito, granito e gnaisse + AFLORAMENTOS DE

ROCHA (40% + 30% + 30%).

CXbe4 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico textura média fase

substrato sienito e granito + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico fragipânico,

léptico fragipânico, e típico textura arenosa com cascalho e cascalhenta fase

substrato granito + Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e

média/média e argilosa com cascalho e cascalhenta, todos A fraco e

moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado e plano (60% +

20% + 20%).

CXbe5 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico e léptico textura média

com cascalho e cascalhenta fase substrato sienito, granito e gnaisse + Grupo

Indif. (NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico e

típico textura arenosa com cascalho e ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico

léptico cambissólico textura média com cascalho e cascalhenta), ambos fase

197

relevo suave ondulado e ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico

arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa com cascalho e

cascalhenta relevo plano e suave ondulado, todos A fraco e moderado fase

caatinga hipoxerófila (40% + 30% + 30%).

CXbe6 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico léptico textura média com e

sem cascalho + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e

média com e sem cascalho fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e

granito + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura

média/argilosa, todos A fraco e moderado fase caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e ondulado (50% + 30% +

20%).

CXve - Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico típico, léptico e úmbrico A

proeminente textura argilosa fase erodida e não erodida substrato calcário +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico petroplíntico A moderado

textura média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico

plíntico A moderado textura arenosa e média/argilosa, todos fase floresta

subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado (40% + 30% + 30%).

CYn1 - Ass: Grupo Indif. (CAMBISSOLO FLÚVICO Sódico típico e Eutrófico

gleissólico e NEOSSOLO FLÚVICO Ta Eutrófico solódico e típico) A fraco e

moderado textura média fase floresta subcaducifólia de várzea relevo plano

substrato sedimentos aluviais + GLEISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico solódico A

moderado textura argilosa e muito argilosa fase campo hidrófilo de várzea

relevo plano + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico vertissólico A moderado

textura argilosa e muito argilosa fase epipedregosa e não pedregosa floresta

subcaducifólia de várzea relevo suave ondulado e plano substrato folhelhos

calcíferos (40% + 35% + 25%).

CYn2 - Ass: CAMBISSOLO FLÚVICO Sódico típico textura argilosa e muito argilosa

fase floresta subcaducifólia de várzea relevo plano substrato sedimento

colúvio-aluvionar + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico vertissólico textura

argilosa e muito argilosa fase floresta subcaducifólia relevo plano e suave

ondulado substrato calcário e conglomerado + NEOSSOLO FLÚVICO Ta

Eutrófico solódico e gleissólico textura média a arenosa fase floresta

subcaducifólia de várzea relevo plano, todos A moderado e fraco (40% +

30% + 30%).

PLANOSSOLOS

198

SXe1 – PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e arênico textura média e

média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e plano +

Gr. indif. (GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico típico e

CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico gleissólico e típico)

textura argilosa fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano e suave

ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico textura

média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado, todos A

moderado (40% + 30% + 30%).

SXe2 – Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura

arenosa/média e argilosa fase floresta caducifólia relevo plano e suave

ondulado + Grup. Indif.: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

abrupto plíntico textura arenosa e média/argilosa fase floresta subcaducifólia

relevo suave ondulado e ondulado) + Grupo indif. (ARGISSOLO VERMELHO e

VERMELHO-AMARELO) Eutrófico típico e petroplíntico textura média/argilosa

fase floresta subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado, todos A

moderado (40% + 35% + 25%).

SXe3 – Ass: Grup. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e arênico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico e arênico) textura arenosa e

media/média e argilosa + NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico típico textura

média e arenosa, todos A moderado e fraco fase floresta caducifólia relevo

plano e suave ondulado (80% + 20%).

SXe4 – Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico arênico e típico textura

arenosa e média/média e argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e fragmentário textura arenosa e média

fase pedregosa e rochosa relevo ondulado e suave ondulado substrato

gnaisses e granitos, todos A moderado fase floresta caducifólia (80% +

20%).

SXe5 – Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico típico textura arenosa e

média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média

fase pedregosa e rochosa substrato gnaisse, ambos A moderado +

CHERNOSSOLO ARGILÚVICO Órtico típico textura média/argilosa, todos fase

floresta caducifólia relevo suave ondulado e ondulado (45% + 30% + 25%).

SXe6 – Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura arenosa e

média/média e argilosa fase relevo suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO

Eutrófico típico e fragmentário textura arenosa e média fase pedregosa e

rochosa relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisse + LUVISSOLO

CRÔMICO Órtico planossólico e vertissólico textura arenosa e média/argilosa

199

fase relevo suave ondulado e ondulado, todos A moderado fase floresta

caducifólia (50% + 30% + 20%).

SXe7 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico textura média/argilosa fase

relevo suave ondulado e plano + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico

textura média fase relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisses e

quartzitos + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e planossólico textura

média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado, todos A fraco e

moderado fase floresta caducifólia/caatinga hipoxerófila (35% + 35% +

30%).

SXe8 – Ass: Grup indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e

média/média e argilosa fase relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO

LITÓLICO Eutrófico típico e fragmentário textura arenosa e média fase

pedregosa e rochosa relevo suave ondulado e plano substrato gnaisses, todos

A moderado e fraco fase caatinga hipoxerófila/floresta caducifólia (70% +

30%).

SXe9 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa

com cascalho e cascalhenta + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura

arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa

substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (70% + 30%).

SXe10 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa

com cascalho e cascalhenta + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico

léptico fragipânico e típico textura arenosa com cascalho e cascalhenta +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com cascalho e

cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato gnaisse e granito, todos A

fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado

(50% + 25% + 25%).

SXe11 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa

com cascalho e cascalhenta fase relevo plano e suave ondulado +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com cascalho e

cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato gnaisse e granito +

ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico cambissólico, típico e léptico textura média

com cascalho e cascalhenta, ambos fase relevo suave ondulado e ondulado,

todos fase caatinga hipoxerófila + NEOSSOLO FLÚVICO Ta Eutrófico solódico

200

e típico textura arenosa e média fase caatinga hipoxerófila de várzea fase

relevo plano, todos A moderado e fraco (35% +25% +20% + 20%).

SXe12 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa

com cascalho e cascalhenta fase relevo plano e suave ondulado +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com cascalho e

cascalhenta fase pedregosa e rochosa relevo suave ondulado e ondulado

substrato gnaisse e granito + Grupo Indif. (ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico

cambissólico, típico e léptico textura média com cascalho e cascalhenta e

NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico e típico

textura arenosa com cascalho e cascalhenta) fase relevo suave ondulado e

ondulado, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (45% + 30%

+ 25%).

SXe13 - Ass: grupo indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico e Sálico) vertissólico e típico textura média

/média e argilosa cascalhenta fase epipedregosa e não pedregosa +

NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico típico e léptico textura arenosa

e média (leve) sem e com cascalho, ambos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (80% + 20%).

SXe14 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e média /média e argilosa

com cascalho e cascalhenta + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico planossólico

textura média/argilosa com cascalho + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico

textura arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e

rochosa substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 25% + 25%).

SXe15 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e média /média e argilosa

com cascalho e cascalhenta + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura

arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa

substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila relevo plano e suave ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA

(60% + 20% + 20%).

SXe16 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e solódico textura

média/argilosa fase não pedregosa e epipedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO

Eutrófico típico textura média fase pedregosa substrato biotita-xisto-gnaisse,

gnaisse e granito + Grupo indif. (LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e

vertissólico textura média/argilosa e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico

léptico, lítico e vertissólico textura argilosa fase substrato biotita-xisto-gnaisse

201

e gnaisse) fase não pedregosa e epipedregosa, todos A fraco e moderado fase

caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 20% + 20%).

SXe17 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e média /média e argilosa

com cascalho e cascalhenta + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura

arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa

substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (70% + 30%).

SXe18 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, típico e vertissólico

textura média/média e argilosa cascalhenta e não cascalhenta + NEOSSOLO

LITÓLICO Eutrófico típico e fragmentário textura média cascalhenta e não

cascalhenta fase não pedregosa e pedregosa substrato gnaisse e granito,

ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e suave

ondulado (70% + 30%).

SXe19 - Ass: Gr. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico e Sálico) típico e vertissólico textura

média/média e argilosa cascalhenta e não cascalhenta fase epipedregosa e não

pedregosa relevo + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média

cascalhenta e não cascalhenta fase pedregosa substrato gnaisse e granito,

todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e suave

ondulado + AFORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% + 20%).

SXe20 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, típico e arênico textura

arenosa e média/média e argilosa fase não pedregosa e epipedregosa relevo

suave ondulado e ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e

fragmentário textura média e arenosa fase não pedregosa e pedregosa relevo

ondulado e suave ondulado substrato gnaisse e granito, ambos A fraco e

moderado fase caatinga hipoxerófila (50% + 50%).

SXe21 – Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico textura arenosa e

média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico fragmentário

textura média com cascalho a cascalhento substrato gnaisse, xisto e granito,

ambos A moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado e plano

(65% + 35%).

SXe22 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura

média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média

fase não pedregosa e pedregosa substrato gnaisse e granito, ambos A fraco e

moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (70% +

30%).

202

SXe23 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, típico e arênico textura

arenosa e média/média e argilosa fase epipedregosa e não pedregosa +

NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico léptico fragipânico textura

arenosa e média (leve) cascalhenta e não cascalhenta + NEOSSOLO

LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e média cascalhenta e

não cascalhenta fase pedregosa substrato gnaisse e granito, todos A fraco e

moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% +

30% + 20%).

SXe24 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e solódico textura

média/argilosa fase epipedregosa e não pedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO

Eutrófico típico textura média fase pedregosa substrato biotita-xisto-gnaisse e

micaxisto, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano

e suave ondulado (50% + 50%).

SXe25 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura

média/argilosa cascalhenta e não cascalhenta fase epipedregosa e não

pedregosa relevo suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e

fragmentário textura média cascalhenta e não cascalhenta fase pedregosa e

não pedregosa relevo ondulado e suave ondulado substrato gnaisse e granito,

ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (60% + 40%).

SXe26 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura arenosa e

média/média e argilosa cascalhenta e não cascalhenta fase epipedregosa e não

pedregosa relevo suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e

Distrófico típico textura arenosa e média cascalhenta fase pedregosa relevo

suave ondulado e ondulado substrato gnaisse e granito, ambos A fraco e

moderado fase caatinga hipoxerófila + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% +

20% + 20%).

SXe27 – Ass: Gr. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e

média/média e argilosa + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico

léptico e fragipânico fase endopedregosa e não endopedregosa + NEOSSOLO

LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico substrato granito e gnaisse, ambos

textura arenosa e média com cascalho, todos A fraco e moderado caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% +

20%).

SXe28 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e

média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico

203

fase rochosa e não rochosa substrato granito e gnaisse + NEOSSOLO

REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico, ambos textura arenosa

e média, todos A fraco e moderado fase caatinga hiperxerófila/hipoxerófila

relevo plano e suave ondulado (50% + 30% + 20%).

SXe29 - Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e Distrófico solódico

e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura média (leve)/média e argilosa

fase pedregosa relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO

Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e média fase pedregosa relevo

plano e suave ondulado substrato granitos, todos A fraco e moderado fase

caatinga hiperxerófila/hipoxerófila (70% + 30%).

SXe30 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e vertissólico textura arenosa e

média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico

textura arenosa e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e

gnaisse + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura

média/argilosa fase pedregosa e não pedregosa, todos A fraco e moderado

fase caatinga hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% +

30% + 20%).

SXe31 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico arênico textura arenosa e média/média

e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura

arenosa e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e gnaisse,

todos A moderado e fraco fase pedregosa e não pedregosa caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e ondulado (60% + 40%).

SXe32 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e

média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico

textura arenosa e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e

gnaisse, todos A fraco e moderado caatinga hiperxerófila/hipoxerófila fase

pedregosa e não pedregosa relevo plano e suave ondulado + AFLORAMENTO

DE ROCHA (50% + 30% + 20%).

SXe33 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e

média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico

textura arenosa e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e

gnaisse, todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 40%).

204

SXe34 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e

média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico

textura arenosa e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e

gnaisse, todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e plano (80% + 20%).

SXe35 - Ass: Grup. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e

argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa

e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e gnaisse, todos A fraco

e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e plano + AFLORAMENTOS

DE ROCHA (50% + 30% + 20%).

SXe36 – Ass: Grupo indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e

argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com

cascalho a cascalhenta fase substrato granito e gnaisse + NEOSSOLO

REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico solódico e típico textura arenosa, todos A

fraco e moderado fase caatinga hiperxerófila relevo suave ondulado e plano +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 20% + 20% + 20%).

SXe37 - Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e

argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa

e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e gnaisse +

LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura média/argilosa e

muito argilosa, todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa

caatinga hiperxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% + 20%).

SXe38 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura

arenosa/média + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura

arenosa e média substrato arenitos + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico

léptico e lítico textura média substrato arenitos, todos A fraco e moderado

fase caatinga hiperxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% +

20%).

ESPODOSSOLOS

205

ESKo - Ass: ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico espessarênico dúrico e

fragipânico textura arenosa + ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso

abrúptico típico, fragipânico e dúrico textura arenosa/média a argilosa, ambos

A fraco e moderado fase cerrado subperenifólio e floresta subperenifólia relevo

plano e suave ondulado (60% + 40%).

EKu1 - Ass: ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico textura

arenosa + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico e Órtico típico e

espódico, ambos A fraco e moderado fase floresta perenifólia de restinga e

campo higrófilo de restinga relevo plano (50% + 50%).

EKu2 - Ass: ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hiperespesso espessarênico e

Hidromórfico espassarênico textura arenosa + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO

Órtico e Hidromórfico típico, ambos A fraco e moderado fase floresta

perenifólia de restinga relevo plano + SOLOS INDISCRIMINADOS DE

MANGUE fase floresta perenifólia de mangue relevo plano (60% + 20% +

20%).

GLEISSOLOS

GXd1 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico textura argilosa e

média fase campo hidrófilo de várzea relevo plano + NEOSSOLO FLÚVICO Tb

e Ta Distrófico gleissólico e típico textura argilosa e média fase campo

hidrófilo de várzea relevo plano + Grupo Indif. (ARGISSOLO AMARELO e

VERMELHO-AMARELO) Distrófico plíntico textura média/argilosa fase floresta

subperenifólia relevo suave ondulado, todos A moderado (45% + 30% +

25%).

GXd2 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico e neofluvissólico

textura média e argilosa + NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico gleissólico

textura argilosa, ambos A moderado fase campo hidrófilo e higrófilo de várzea

relevo plano (70% + 30%).

GXd3 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico e neofluvissólico

textura argilosa/muito argilosa e média + NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta

Distrófico gleissólico textura argilosa e média, ambos A moderado +

ORGANOSSOLO HÁPLICO Fíbrico e Sáprico típico textura média a argilosa,

todos fase campo hidrófilo e higrófilo de várzea relevo plano (50% + 30% +

20%).

206

GXd4 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico e neofluvissólico

textura argilosa/muito argilosa e média A moderado + ORGANOSSOLO

HÁPLICO Sáprico térrico e típico textura argilosa e média + NEOSSOLO

FLÚVICO Psamítico gleissólico A moderado, todos fase campo higrófilo de

várzea relevo plano (60% + 20% + 20%).

GXd5 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico A moderado textura

argilosa e muito argilosa fase campo hidrófilo de várzea relevo plano + Grupo

Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico plíntico,

petroplíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura média a

argilosa/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado

(60% + 40%).

GXd6 - Ass: Grupo Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO Tb e Ta Distrófico

típico e CAMBISSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico gleissólico típico e úmbrico

substrato sedimentos fluviais) + NEOSSOLO FLÚVICO Distrófico e Eutrófico

típico e úmbrico, ambos textura argilosa e média fase floresta subperenifólia e

campo higrófilo de várzea relevo plano + Grupo Indif. (ARGISSOLO AMARELO

e ARGISSOLO ACINZENTADO) Distrófico plíntico típico e úmbrico textura

média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado,

todos A moderado e proeminente (50% + 25% + 25%).

GXde1 - Ass: Grupo Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO) Tb e Ta Distrófico

e Eutrófico típico A moderado e proeminente + VERTISSOLO HÁPLICO Órtico

gleissólico A moderado + ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico térrico e típico,

todos textura argilosa fase campo higrófilo de várzea relevo plano (50% +

30% + 20%).

GXde2 – Ass: Grupo Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO) Ta e Tb Distrófico

e Eutrófico + NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Distrófico e Eutrófico típico e

úmbrico, ambos A moderado e proeminente textura média a argilosa fase

campo higrófilo e floresta subperenifólia de várzea relevo plano (80% +

20%).

GXde3 - Ass: Grupo Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO Tb e Ta Distrófico e

Eutrófico típico e NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico

gleissólico típico e úmbrico) A moderado e proeminente textura argilosa e

média fase campo higrófilo de várzea e floresta subperenifólia de várzea relevo

plano + Grupo Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)

Distrófico plíntico e típico A moderado textura média/argilosa fase floresta

subperenifólia relevo plano e suave ondulado + Grupo Indif. (ORGANOSSOLO

HÁPLICO e TIOMÓRFICO) Sáprico térrico e típico H hístico e A proeminente

207

textura média e argilosa fase campo hidrófilo de várzea relevo plano (55% +

25% + 20%).

GXde4 – Ass: Grupo Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO) Ta e Tb Distrófico

e Eutrófico típico textura média e argilosa + PLANOSSOLO HÁPLICO

Eutrófico típico arênico e úmbrico textura arenosa e média/média e argilosa +

NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e

média/média e argilosa, todos A moderado e proeminente fase floresta

subperenifólia de várzea relevo plano (40% + 40% + 20%).

GXe1 – Ass: Grupo indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e NEOSSOLO FLÚVICO

gleissólico) Ta e Tb Eutrófico típico A moderado textura média e argilosa fase

campo higrófilo de várzea relevo plano + Grupo indif. (ARGISSOLO

VERMELHO-AMARELO e AMARELO) Distrófico plíntico e úmbrico A moderado

e proeminente textura média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo suave

ondulado (60% + 40%).

GXe2 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico típico textura média/argilosa

+ NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico gleissólico textura arenosa e

média/média e argilosa, ambos fase campo higrófilo de várzea relevo plano +

ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso plíntico textura média/argilosa fase

floresta subcaducifólia relevo suave ondulado, todos A fraco e moderado

(40% + 40% + 20%).

GXe3 - Ass: Grupo indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO) Ta e Tb Eutrófico

solódico A moderado e proeminente textura muito argilosa e argilosa fase

campos higrófilos e hidrófilos de várzea relevo plano + NEOSSOLO FLÚVICO

Ta e Tb Eutrófico solódico e típico A moderado textura média e argilosa fase

floresta subperenifólia de várzea relevo plano (70% + 30%).

GXe4 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico solódico e típico textura

argilosa e muito argilosa fase campos higrófilos e hidrófilos de várzea +

CAMBISSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico e típico

textura argilosa e média fase floresta subperenifólia de várzea substrato

sedimentos fluviais + NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico e

típico textura média e argilosa fase floresta subperenifólia de várzea, todos A

moderado fase relevo plano (40% + 35% + 25%).

GXe5 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Eutrófico típico e neofluvissólico textura

média/argilosa e muito argilosa + GLEISSOLO SÁLICO Órtico solódico

textura muito argilosa + NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Eutrófico típico e

208

gleissólico textura média e arenosa/argilosa, todos A moderado fase campo

hidrófilo e higrófilo de várzea relevo plano (40% + 40% + 20%).

GXe6 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Eutrófico neofluvissólico A moderado

textura argilosa e muito argilosa fase campo hidrófilo de várzea relevo plano +

Grupo indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico e

Distrocoeso típico, plíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura

média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado +

Grupo indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico e

Distrocoeso plíntico, petroplíntico e típico A moderado textura média e

argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado (55% +

25% + 20%).

GXe7 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Eutrófico neofluvissólico A moderado

textura argilosa e média fase campo hidrófilo de várzea relevo plano + Grupo

indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso típico,

petroplíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura média a

argilosa/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado

+ Grupo indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico

plíntico, típico, petroplíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura

média e argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado

(60% + 20% + 20%).

ORGANOSSOLOS

OJs - Ass: ORGANOSSOLO TIOMÓRFICO Sáprico e Hêmico térrico H hístico +

GLEISSOLO TIOMÓRFICO Órtico típico e organossólico A húmico e H hístico,

ambos textura média/argilosa fase campo hidrófilo e higrófilo de várzea relevo

plano (55% + 45%).

SOLOS DE MANGUE

SM1 - Ass: SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUE textura média a argilosa fase

floresta perenifólia de mangue relevo plano (100%).

SM2 - Ass: SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUE textura média a argilosa fase

floresta perenifólia de mangue relevo plano + GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta

Distrófico e Eutrófico típico e neofluvissólico A moderado textura média a

argilosa fase campo higrófilo de várzea relevo plano (80% + 20%).

209

SM3 - Ass: SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUE textura argilosa e média fase

floresta perenifólia de mangue relevo plano + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO

Hidromórfico típico A fraco e moderado fase floresta subperenifólia e campo

de restinga relevo plano (60% + 40%).

SM4 - Ass: SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUE textura arenosa a média fase

floresta perenifólia de mangue relevo plano + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO

Órtico típico + NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico, ambos A fraco e

moderado fase campo e floresta subperenifólia de restinga relevo plano

(60%+ 20% + 20%).

NEOSSOLOS

RQog1 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico e Hidromórfico típico +

ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidro-hiperespesso e Órtico espessarênico

textura arenosa, ambos A fraco e moderado fase floresta perenifólia de

restinga relevo plano (60% + 40%).

RQog2 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico e Hidromórfico típico +

ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico e dúrico textura

arenosa e média, ambos A fraco e moderado fase floresta perenifólia e campo

de restinga relevo plano (60% + 40%).

RQog3 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico e Hidromórfico típico +

ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico e Órtico espessarênico e dúrico

textura arenosa e média, ambos A fraco e moderado fase floresta perenifólia e

campo de restinga + SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUE textura média

e argilosa fase floresta perenifólia de mangue, todos fase relevo plano (40%

+ 30% + 30%).

RQog4 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico e Hidromórfico típico +

NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico, ambos A fraco e moderado fase campo

e floresta perenifólia de restinga relevo plano + Grupo indif. (LATOSSOLO

AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico típico textura média A

moderado fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e plano (50% +

30% + 20%).

RQog5 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico e Hidromórfico típico +

NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico e gleissólico, ambos fase campo e

floresta perenifólia de restinga relevo plano + ARGISSOLO VERMELHO-

AMARELO Distrocoeso plíntico e petroplíntico textura média/argilosa fase

210

floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado, todos A moderado

(40% + 30% + 30%).

RQg - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico neofluvissólico +

GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico e neofluvissólico textura

argilosa e média, ambos A moderado + ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico e

Fíbrico térrico e típico H hístico textura média a argilosa, todos fase campo

hidrófilo de várzea relevo plano (40% +35% + 25%).

RQo1 – Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico e petroplíntico +

PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, típico e arênico textura

arenosa/argilosa + Grupo indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-

AMARELO) Distrófico arênico textura arenosa/média e média, todos A fraco e

moderado fase floresta subcaducifólia relevo plano e suave ondulado (50% +

30% + 20%).

RQo2 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico + NEOSSOLO LITÓLICO

Distrófico e Eutrófico típico textura arenosa e média fase pedregosa substrato

arenito, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave

ondulado e plano (75% + 25%).

RQo3 – Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico fase relevo suave

ondulado e ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e Eutrófico típico

textura arenosa e média com cascalho a cascalhenta fase relevo suave

ondulado a forte ondulado substrato arenito, ambos A fraco e moderado fase

caatinga hiperxerófila/hipoxerófila + AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% +

30% + 20%).

RQo4 – Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico latossólico e típico + Grupo

indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico)

espessarênico textura arenosa e média/média e argilosa + Grupo indif.

(VERTISSOLO HÁPLICO Órtico e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico

vertissólico fase substrato folhelho, argilito e siltito) solódico e típico textura

argilosa fase epipedregosa, todos A fraco e moderado fase caatinga

hiperxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 20% + 20%).

RRde1 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico fragipânico, solódico e

típico textura arenosa fase relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO

AMARELO Distrófico arênico e típico textura arenosa e média/argilosa fase

relevo ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Distrófico e Eutrófico arênico

textura arenosa cascalhenta/média fase relevo suave ondulado e plano, todos

A fraco e moderado fase floresta caducifólia (35% + 35% + 30%).

211

RRde2 - NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico fragipânico e típico textura

arenosa + Grupo indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico e

Distrófico léptico e típico textura arenosa/média e CAMBISSOLO HÁPLICO Tb

Eutrófico e Distrófico léptico textura média fase substrato granito), todos A

fraco e moderado fase floresta caducifólia relevo plano e suave ondulado

(60% + 40%).

RRde3 – NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico fragipânico e típico A fraco

e moderado textura arenosa fase caatinga hipoxerófila/floresta caducifólia

relevo plano e suave ondulado (100%).

RRde4 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico léptico e fragipânico

textura arenosa e média fase relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO

VERMELHO-AMARELO Eutrófico e Distrófico típico e cambissólico textura

média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado + CAMBISSOLO

HÁPLICO Tb Eutrófico típico textura média e argilosa fase relevo suave

ondulado e ondulado substrato gnaisses e granitos, todos A fraco e moderado

fase caatinga hipoxerófila/floresta caducifólia (60% + 20% + 20%).

RRde5 - Ass: Gr. Indif. (NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico típico

textura arenosa e NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico) + NEOSSOLO

LITÓLICO Distrófico e Eutrófico típico textura arenosa e média substrato

quartzito e gnaisse, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila e

floresta caducifólia relevo ondulado e suave ondulado (60 + 40%).

RRed1 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e léptico

fragipânico textura arenosa substrato granito e gnaisse + Grupo Indif.

(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) arênico

e típico textura arenosa e média com cascalho/média e argilosa com cascalho

e cascalhenta, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo

plano (70% + 30%).

RRed2 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico, e léptico

fragipânico textura arenosa e média (leve) não cascalhenta e com cascalho

fase relevo plano e suave ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico

arênico, solódico e típico textura arenosa e média com cascalho/média e

argilosa com cascalho e cascalhenta fase relevo suave ondulado e plano,

todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (70% + 30%).

RRed3 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico

fase endopedregosa e não endopedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico

e Distrófico típico fase pedregosa e não pedregosa substrato granito e

gnaisse, todos textura arenosa e média A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (80% + 20%).

212

RRed4 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e léptico

fragipânico textura arenosa com cascalho e cascalhenta + ARGISSOLO

VERMELHO Eutrófico cambissólico léptico e típico textura média/média e

argilosa com cascalho + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico

textura arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e

rochosa substrato granito e gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% + 20%).

RRed5 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e léptico

fragipânico textura arenosa com cascalho e cascalhenta + Grupo Indif.

(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico)

arênico e típico textura arenosa e média com cascalho/média e argilosa com

cascalho e cascalhenta + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura

arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa

substrato granito e gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 20% + 20%).

RRed6 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico e

típico textura arenosa e média + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico

textura média (leve)/média e argilosa fase pedregosa e rochosa + NEOSSOLO

LITÓLICO Eutrófico típico textura média e arenosa fase pedregosa e rochosa

substrato granitóide, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila

relevo plano e suave ondulado (45% + 35% + 20%).

RRed7 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico, típico e

léptico fragipânico textura arenosa e média (leve) + PLANOSSOLO HÁPLICO

Eutrófico solódico típico e arênico textura arenosa e média/média e argilosa

fase epipedregosa e não pedregosa, ambos relevo plano e suave ondulado +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura média e arenosa

fase epipedregosa e não pedregosa relevo suave ondulado e ondulado

substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila + AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 20% + 20% + 20%).

RRed8 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico e léptico

fragipânico textura arenosa com cascalho e cascalhenta + AFLORAMENTOS

DE ROCHA + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média

com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato granito e

gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e

suave ondulado (35% + 35% + 30%).

RRed9 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico léptico, típico e

léptico fragipânico textura arenosa fase não pedregosa e endopedregosa +

PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico arênico, solódico e típico textura arenosa e

média/média e argilosa fase pedregosa e não pedregosa, ambos fase relevo

suave ondulado e plano + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico

213

textura média e arenosa fase pedregosa relevo suave ondulado e ondulado

substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila (50% + 30% + 20%).

RRed10 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico fragipânico e típico

textura arenosa fase relevo suave ondulado e plano + PLANOSSOLO

HÁPLICO Eutrófico típico e arênico textura arenosa e média/média e argilosa

fase relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e

Distrófico típico e fragmentário textura arenosa e média com cascalho a

cascalhenta relevo suave ondulado e plano substrato granito, granodiorito e

gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (50% + 25% +

25%).

RRed11 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e léptico e

léptico fragipânico textura arenosa com cascalho e cascalhenta + Grupo Indif.

(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e

arênico textura arenosa e média com cascalho/média e argilosa com cascalho

e cascalhenta + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e

média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato granito

e gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave

ondulado e ondulado (60% + 20% + 20%).

RRed12 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico

textura arenosa e média + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico e

Distrófico típico e cambissólico textura média/argilosa com e sem cascalho +

CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico textura média e argilosa com e

sem cascalho fase substrato gnaisses e granitos, todos A fraco e moderado

fase caatinga hipoxerófila e caatinga hipoxerófila/hiperxerófila relevo plano e

suave ondulado (50% + 30% + 20%).

RRed13 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico e fragipânico

fase relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO

Eutrófico e Distrófico típico e cambissólico textura média/argilosa fase relevo

suave ondulado e plano + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico textura

média e argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisses e

granitos, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila/hiperxerófila

(50% + 30% + 20%).

RRed14 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico solódico e típico

textura arenosa + Grupo indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) arênico e espessarênico textura

arenosa/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e

média com cascalho e cascalhenta substrato gnaisse e granito, todos A fraco

214

e moderado fase caatinga hipoxerófila e hiperxerófila relevo suave ondulado e

plano (50% + 30% + 20%).

RRed15 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico

+ NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico substrato gnaisse e

granito, ambos A fraco e moderado textura arenosa e média fase caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (80% + 20%).

RRed16 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico

fase relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e

Distrófico típico fase endopedregosa e não pedregosa relevo suave ondulado e

plano substrato gnaisse e granito, ambos textura arenosa e média com e sem

cascalho + Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e

argilosa fase relevo plano e suave ondulado, todos A fraco e moderado fase

caatinga hiperxerófila/hipoxerófila e hipoxerófila (50% + 30% + 20%).

RRed17 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico

fase endopedregosa e não pedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e

Distrófico típico fase pedregosa e não pedregosa substrato gnaisse e granito,

todos A fraco e moderado textura arenosa e média fase caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 40%).

RRed18 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico e

típico + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico fase substrato

gnaisse e granito, ambos A fraco e moderado textura arenosa e média fase

rochosa e não rochosa pedregosa e não pedregosa caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila e caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado

(80% + 20%).

RRed19 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico e fragipânico

fase endopedregosa e não pedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e

Distrófico típico fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito,

ambos textura arenosa e média + Grup. Indif (PLANOSSOLO HÁPLICO

Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura

arenosa e média/média e argilosa com e sem cascalho, todos A fraco e

moderado fase caatinga hiperxerófila/hipoxerófila e hiperxerófila relevo plano e

suave ondulado (50% + 30% + 20%).

RRed20 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico

textura arenosa e média fase endopedregosa e não pedregosa + NEOSSOLO

LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e média com cascalho e

215

cascalhenta fase substrato granito e gnaisse + Grupo Indif. (PLANOSSOLO

HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico)

textura arenosa e média/média e argilosa, todos A fraco e moderado fase

caatinga hiperxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% + 20%).

RRed21 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico léptico, léptico

fragipânico e típico textura arenosa e média (leve) não cascalhenta e

cascalhenta A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e

suave ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (80% + 20%).

RYde1 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico e

típico textura média a argilosa fase floresta subperenifólia de várzea +

GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico e neofluvissólico

textura média fase campo higrófilo de várzea, todos A moderado e fraco fase

relevo plano (55% + 45%).

RYde2 - Ass: Gr. Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO e CAMBISSOLO FLÚVICO) Tb e Ta

Distrófico e Eutrófico gleissólico típico e úmbrico textura argilosa e média

fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano substrato sedimentos

fluviais + Gr. Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO) Tb e Ta Distrófico e

Eutrófico típico textura argilosa e muito argilosa fase campo hidrófilo de

várzea relevo plano + Gr. Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-

AMARELO) Distrófico plíntico e úmbrico textura média/argilosa fase floresta

subperenifólia e campo higrófilo de várzea relevo suave ondulado, todos A

moderado e proeminente (45% + 30% + 25%).

RYde3 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico

textura média a argilosa fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano +

GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico textura argilosa a

muito argilosa fase campos hidrófilos e higrófilos de várzea relevo plano,

ambos A moderado (60% + 40%).

RYde4 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico, gleissólico

e úmbrico textura média e argilosa fase floresta subperenifólia de várzea +

Grupo indif. (GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico e

GLEISSOLO TIOMÓRFICO Órtico típico e úmbrico textura argilosa fase floresta

subperenifólia e campo higrófilo de várzea) + CAMBISSOLO FLÚVICO Tb e Ta

Distrófico e Eutrófico gleissólico, típico e úmbrico textura argilosa e média

fase floresta subperenifólia de várzea substrato sedimentos fluviais, todos A

moderado e proeminente fase relevo plano (35% + 35% + 30%).

216

RYde5 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico textura

média/arenosa fase campo higrófilo e floresta subperenifólia de várzea +

GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico neofluvissólico textura

média/argilosa fase campo hidrófilo de várzea, ambos A fraco e moderado

relevo plano (55% + 45%).

RYde6 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico e

típico A moderado + Grupo Indif. (GLEISSOLO MELÂNICO e HÁPLICO) Tb e

Ta Distrófico e Eutrófico plíntico e típico A proeminente e moderado, ambos

fase campo higrófilo e floresta subperenifólia de várzea + ARGISSOLO

VERMELHO-AMARELO Distrófico plíntico A moderado fase floresta

subperenifólia, todos textura argilosa fase relevo plano (50% + 30% +

20%).

RYde7 – Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico e solódico

textura média/argilosa/arenosa + NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico,

ambos A moderado e fraco fase floresta subcaducifólia e caducifólia de várzea

relevo plano (80% + 20 %).

RYe1 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico solódico e típico

textura média e argilosa + CAMBISSOLO FLÚVICO Sódico típico textura

argilosa e média substrato sedimentos fluviais, ambos fase floresta caducifólia

de várzea + GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico solódico textura argilosa

e muito argilosa fase campo higrófilo e hidrófilo de várzea, todos A moderado

e fraco fase relevo plano (40% + 35% + 25%).

RYe2 – Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico e típico

e NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico) textura média a arenosa fase relevo

plano + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

pedregosa e rochosa relevo plano e suave ondulado substrato granito e

gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila de várzea +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% + 20%).

RYe3 - Grupo Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico típico e solódico e

NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico) A fraco e moderado textura média a

arenosa fase caatinga hipoxerófila de várzea relevo plano (100%).

RYe4 - Grupo Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico e típico e

NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico) A fraco e moderado textura média a

arenosa fase caatinga hipoxerófila de várzea relevo plano (100%).

RYe5 – Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico e típico

e NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico) textura média a arenosa fase

217

caatinga hiperxerófila/hipoxerófila de várzea + Grupo Indif (PLANOSSOLO

HÁPLICO Eutrófico solódico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico

textura arenosa e média/média e argilosa + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico

típico, vertissólico e planossólico textura média/argilosa, ambos fase

pedregosa e não pedregosa caatinga hiperxerófila/hipoxerófila, todos A fraco e

moderado fase relevo plano e suave ondulado (60% + 20% + 20%).

RYn – Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO Sódico salino e NEOSSOLO

FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico e típico textura média a argilosa fase

caatinga hiperxerófila de várzea com e sem carnaúba relevo plano + Grupo

Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa/argilosa e média fase caatinga

hiperxerófila relevo plano e suave ondulado, todos A fraco e moderado (75%

+ 25%).

RLd1 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico A moderado textura média e

argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado a montanhoso substrato

granitos e gnaisses + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 40%).

RLd2 - Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO LITÓLICO Distro-úmbrico e Distrófico textura

média e CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico léptico típico e úmbrico textura

média e argilosa) fase pedregosa e não pedregosa relevo ondulado a

montanhoso substrato gnaisses e granitos + Grupo Indif. (ARGISSOLO

AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico léptico típico e úmbrico

textura média/argilosa fase endopedregosa e não pedregosa relevo ondulado e

forte ondulado, todos A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia

+ AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% + 30 + 20%).

RLd3 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e Distro-úmbrico típico A moderado e

proeminente textura média e arenosa fase pedregosa e rochosa substrato

granitos e gnaisses floresta subperenifólia relevo forte ondulado e ondulado +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (70% + 30%).

RLd4 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e Distro-úmbrico típico textura média

substrato granito e gnaisse + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico

típico e úmbrico textura média/argilosa, ambos A moderado e proeminente

fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado e montanhoso +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 40% + 20%).

RLd5 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e Eutrófico típico A fraco e moderado

textura arenosa e média fase pedregosa e rochosa relevo forte ondulado a

218

escarpado fase caatinga hiperxerófila substrato arenito + AFLORAMENTOS

DE ROCHA (60% + 40%).

RLed1 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico textura média fase

pedregosa e rochosa substrato gnaisses e granitos + CAMBISSOLO HÁPLICO

Ta e Tb Eutrófico e Distrófico lítico, léptico e típico textura argilosa fase

pedregosa e não pedregosa substrato gnaisses e granitos + ARGISSOLO

VERMELHO-AMARELO Eutrófico e Distrófico léptico e típico textura

média/argilosa fase endopedregosa e não pedregosa, todos A moderado fase

floresta subcaducifólia relevo ondulado e forte ondulado (35% + 35% +

30%).

RLed2 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico A fraco e

moderado textura média e arenosa fase rochosa e não rochosa pedregosa e

não pedregosa floresta subcaducifólia relevo forte ondulado e montanhoso

substrato gnaisse e granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 40%).

RLed3 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico, Eutro-úmbrico, Distrófico e Distro-

úmbrico típico e fragmentário textura média fase relevo ondulado a

montanhoso substrato gnaisse, granito, migmatito e granodiorito +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico e Eutrófico abrupto plíntico

típico e úmbrico textura arenosa e média/argilosa fase relevo ondulado e forte

ondulado, ambos A moderado e proeminente fase floresta subcaducifólia +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% + 20%).

RLed4 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico e fragmentário

textura arenosa e média fase pedregosa e rochosa substrato gnaisse e granito

+ ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico e Distrófico léptico textura

média/argilosa, ambos A moderado fase floresta subcaducifólia relevo forte

ondulado e montanhoso + AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% + 30% +

20%).

RLed5 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura média fase

pedregosa e rochosa relevo suave ondulado e ondulado substrato granito e

gnaisse + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico e Distrófico léptico

textura média/média e argilosa fase relevo suave ondulado, ambos A fraco e

moderado fase floresta caducifólia (65% + 35%).

RLed6 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura média e

arenosa fase substrato gnaisse + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e

arênico textura arenosa e média/média e argilosa, ambos A moderado fase

floresta caducifólia relevo ondulado e suave ondulado (65% + 35%).

219

RLed7 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura média fase

pedregosa e rochosa substrato gnaisses e quartzitos + CAMBISSOLO

HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico textura argilosa fase pedregosa e não

pedregosa substrato micaxistos, ambos A moderado fase floresta caducifólia

relevo suave ondulado a forte ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (45%

+ 35% + 20%).

RLed8 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico e fragmentário

textura média e argilosa fase pedregosa e ligeiramente rochosa floresta

caducifólia relevo ondulado e forte ondulado substrato gnaisses e quartzitos +

NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico, ambos A fraco e moderado

textura média e argilosa fase floresta caducifólia de várzea relevo plano

substrato sedimentos fluviais + AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 35%

+ 25%).

RLed9 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico e fragmentário A

fraco e moderado textura média fase pedregosa e não pedregosa relevo

ondulado a montanhoso substrato quartzitos e gnaisses + NEOSSOLO

QUARTZARÊNICO Órtico típico A fraco e moderado fase relevo plano e suave

ondulado, ambos fase floresta caducifólia + AFLORAMENTOS DE ROCHA

(50% + 30% + 20%).

RLed10 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico e fragmentário A

fraco e moderado textura média e argilosa fase pedregosa e rochosa floresta

caducifólia relevo ondulado a montanhoso, substrato quartzitos e gnaisses +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (70% + 30%).

RLed11 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e

média fase pedregosa e rochosa relevo ondulado a forte ondulado substrato

quartzito e gnaisse + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico fase relevo

suave ondulado e ondulado, ambos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila/floresta caducifólia (70% + 30%).

RLed12 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e

média com cascalho a cascalhenta A fraco e moderado fase pedregosa e

rochosa caatinga hipoxerófila/caatinga hiperxerófila relevo forte ondulado e

montanhoso substrato granito, gnaisse e arenito + AFLORAMENTOS DE

ROCHA (70% + 30%).

RLe1 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média + CAMBISSOLO

HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico léptico e típico textura argilosa, ambos A

220

moderado fase floresta subcaducifólia/subperenifólia relevo suave ondulado a

forte ondulado substrato micaxistos e gnaisses (60% + 40%).

RLe2 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa e

não pedregosa substrato micaxistos/gnáisse-quartzo-feldspatos +

CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico léptico e lítico textura argilosa fase

epipedregosa e não pedregosa, substrato micaxistos, gnáisse-quartzo-

feldspatos + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico típico e

lítico, substrato sedimentos textura argilosa, todos A moderado fase floresta

subcaducifólia relevo suave ondulado a forte ondulado (55% + 25% + 20%).

RLe3 - Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e CAMBISSOLO

HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico) textura média e argilosa fase substrato

micaxistos e gnaisses + LUVISSOLO CRÔMICO Órticos típico textura

média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico léptico

textura média/argilosa fase pedregosa e não pedregosa, todos A moderado

fase floresta caducifólia relevo suave ondulado e ondulado (40% + 35% +

25%).

RLe4 - Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e CAMBISSOLO

HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico) textura média e argilosa fase relevo

ondulado e forte ondulado substrato micaxistos e gnaisses + LUVISSOLO

CRÔMICO Órtico típico textura média/argilosa fase relevo suave ondulado e

ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico léptico textura

média/argilosa fase pedregosa e não pedregosa relevo ondulado e forte

ondulado, todos A moderado fase floresta caducifólia (45% + 30% + 25%).

RLe5 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase substrato

micaxistos e gnaisses + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico lítico textura

argilosa fase substrato micaxistos + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e

planossólico textura média/argilosa, todos A moderado fase floresta

caducifólia relevo ondulado e forte ondulado (40% + 35% + 25%).

RLe6 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média com e sem

cascalho fase pedregosa e não pedregosa substrato gnaisse e granito + Gr.

Indif. (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO) Eutrófico

cambissólico e típico textura média/média e argilosa com e sem cascalho +

NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico léptico, típico e solódico textura arenosa e

média com e sem cascalho, todos A moderado fase caatinga hipoxerófila e/ou

floresta caducifólia relevo suave ondulado e ondulado (50% + 30% + 20%).

221

RLe7 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Eutro-úmbrico típico textura arenosa

e média fase rochosa e não rochosa relevo ondulado e forte ondulado

substrato gnaisse e granito + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico, Eutro-

úmbrico, Distrófico e Distro-úmbrico léptico e típico textura arenosa e média

fase endopedregosa e não pedregosa relevo suave ondulado e ondulado +

ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico léptico típico e úmbrico textura

média/média e argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado, todos A

moderado e proeminente fase caatinga hipoxerófila/floresta caducifólia e

floresta subcaducifólia (50% + 30% + 20%).

RLe8 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média com cascalho a

cascalhenta fase relevo ondulado a forte ondulado substrato gnaisse, granito e

granodiorito + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico lítico e léptico

textura média/média e argilosa com cascalho e cascalhenta fase relevo suave

ondulado a forte ondulado, ambos A moderado fase caatinga hipoxerófila e/ou

floresta caducifólia + AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% + 25% + 25%).

RLe9 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura

arenosa e média fase rochosa e não rochosa caatinga hipoxerófila e caatinga

hipoxerófila/floresta caducifólia relevo ondulado a montanhoso substrato

gnaisse e granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA (80% + 20%).

RLe10 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico fase substrato granito e

gnaisse + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico,

ambos textura arenosa e média A fraco e moderado fase rochosa e não

rochosa caatinga hipoxerófila/hiperxerófila relevo plano e suave ondulado +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (45% + 30% + 25%).

RLe11 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura

arenosa e média fase rochosa e não rochosa caatinga hipoxerófila/hiperxerófila

relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisse e granito +

AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 40%).

RLe12 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com

cascalho e cascalhenta fase substrato gnaisse e granito + Grupo Indif.

(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) arênico

e típico textura arenosa e média/média e argilosa com cascalho + NEOSSOLO

REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e léptico textura arenosa

(endocascalhenta), todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo

plano e suave ondulado (45% + 35% + 20%).

222

RLe13 – Ass.: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

pedregosa e rochosa relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisse +

PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, típico e arênico textura arenosa e

média/média e argilosa fase relevo suave ondulado + LUVISSOLO CRÔMICO

Órtico típico textura média/média e argilosa fase relevo suave ondulado, todos

A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (40% + 35% + 25%).

RLe14 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com

cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato gnaisse e granito

+ Grupo Indif. (ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico cambissólico léptico e

CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico léptico fase substrato gnaisse e granito)

textura média com cascalho e cascalhenta + PLANOSSOLO HÁPLICO

Eutrófico arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa com

cascalho, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave

ondulado e ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 20% + 20%

+ 20%).

RLe15 – NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

pedregosa e rochosa relevo suave ondulado a forte ondulado substrato

micaxisto e gnaisse + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico textura

média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado + PLANOSSOLO

HÁPLICO Eutrófico solódico típico e arênico textura arenosa e média/média e

argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado, todos A fraco e moderado

fase caatinga hipoxerófila (45% + 30% + 25%).

RLe16 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com

cascalho e cascalhenta fase substrato gnaisse e granito + Grupo Indif.

(ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico cambissólico e léptico e

CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico e léptico fase substrato gnaisse e

granito) textura média com cascalho e cascalhenta + PLANOSSOLO HÁPLICO

Eutrófico solódico, típico e arênico textura arenosa e média/média e argilosa

com cascalho, todos A fraco e moderado fase pedregosa e rochosa caatinga

hipoxerófila relevo suave ondulado a forte ondulado + AFLORAMENTOS DE

ROCHA (30% + 30% + 20% + 20%).

RLe17 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e argilosa fase

pedregosa e não pedregosa relevo ondulado e suave ondulado substrato

gnaisse e biotita-xisto-gnaisse e micaxisto + Grupo indif. (LUVISSOLO

CRÔMICO Órtico lítico e típico textura média/argilosa e CAMBISSOLO

HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico textura média a argilosa fase substrato

biotita-xisto-gnaisse) fase epipedregosa e não pedregosa relevo suave

ondulado e ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico

textura média/média e argilosa fase não pedregosa e epipedregosa relevo

223

suave ondulado e plano, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila

(40% + 40% + 20%).

RLe18 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média cascalhenta e

não cascalhenta fase pedregosa relevo ondulado e suave ondulado substrato

gnaisse e granito + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico

textura média/média e argilosa cascalhenta e não cascalhenta fase

epipedregosa e não pedregosa relevo suave ondulado e ondulado, ambos A

fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila + AFLORAMENTOS DE ROCHA

(50% + 30% + 20%).

RLe19 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e argilosa fase

pedregosa substrato gnaisse, biotita-xisto-gnaisse e micaxisto + Grupo indif.

(LUVISSOLO CRÔMICO Órtico lítico e típico textura média/argilosa e

CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico lítico e léptico textura média a

argilosa fase substrato biotita-xisto-gnaisse, gnaisse e micaxisto) fase

epipedregosa, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo

ondulado e suave ondulado (60% + 40%).

RLe20 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e fragmentário textura média e

argilosa fase pedregosa substrato gnaisse e biotita-xisto-gnaisse +

LUVISSOLO CRÔMICO Órtico lítico e típico textura média/argilosa fase

epipedregosa, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo

ondulado e suave ondulado (80 + 20%).

RLe21 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa

e não pedregosa relevo ondulado substrato micaxisto e gnaisse + LUVISSOLO

CRÔMICO Órtico lítico e léptico fase epipedregosa textura média/argilosa fase

relevo suave ondulado e ondulado, ambos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila (60% + 40%).

RLe22 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e arenosa fase

pedregosa e rochosa relevo ondulado substrato gnaisse, granito e quartzito +

PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura média/argilosa fase

epipedregosa relevo suave ondulado e ondulado, ambos A fraco e moderado

fase caatinga hipoxerófila (80% + 20%).

RLe23 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média não cascalhenta

e cascalhenta fase pedregosa relevo ondulado e forte ondulado substrato

gnaisse, biotita-xisto-gnaisse e micaxisto + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico

solódico e típico textura média/média e argilosa fase epipedregosa relevo

224

suave ondulado e ondulado, ambos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila (80% + 20%).

RLe24 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico fragmentário e típico textura média

cascalhenta fase não pedregosa e pedregosa relevo ondulado e forte ondulado

substrato gnaisse e bitotita-xisto-gnaisse + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico

típico e solódico textura média/média e argilosa cascalhenta e não cascalhenta

fase não pedregosa e epipedregosa relevo suave ondulado e ondulado, ambos

A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (70% + 30%).

RLe25 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa e

rochosa relevo ondulado e forte ondulado substrato gnaisse, biotita-xisto-

gnaisse, quartzito e calcário + Gr. indif. (LUVISSOLO CRÔMICO Órtico lítico e

típico textura média/argilosa e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico lítico

e léptico textura média a argilosa fase substrato gnaisse, biotita- xisto-gnaisse

e calcário) fase epipedregosa relevo ondulado e suave ondulado, todos A fraco

e moderado fase caatinga hipoxerófila (80% + 20%).

RLe26 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa e

rochosa substrato gnaisse e granito + ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico

típico e léptico textura média/média e argilosa fase pedregosa e não

pedregosa, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo

ondulado e forte ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% +

20%).

RLe27 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com

cascalho e cascalhenta fase substrato gnaisse e granito + Grupo Indif.

(ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico cambissólico e CAMBISSOLO

HÁPLICO Tb Eutrófico) léptico textura média com cascalho e cascalhenta,

ambos A fraco e moderado fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila

relevo ondulado e forte ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% +

30% + 30%).

RLe28 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

pedregosa substrato gnaisse e micaxisto + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb

Eutrófico léptico e lítico textura média a argilosa fase substrato micaxisto e

gnaisse + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e vertissólico fase

epipedregosa textura média/argilosa; todos A fraco e moderado fase caatinga

hipoxerófila relevo ondulado e forte ondulado (50% + 25% + 25%).

RLe29 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura

média fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo ondulado e forte

225

ondulado substrato gnaisse e granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA (50%

+ 50%).

RLe30 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com

cascalho e cascalhenta + Gr. Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO

Eutrófico cambissólico e CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico) léptico textura

média com cascalho e cascalhenta, ambos A fraco e moderado fase

pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo ondulado a montanhoso

substrato gnaisse, granito e sienito+ AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% +

30% + 30%).

RLe31 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura

média fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo ondulado a

montanhoso substrato gnaisse e granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA +

ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico típico e léptico A fraco e moderado textura

média/média e argilosa fase pedregosa e não pedregosa caatinga hipoxerófila

relevo ondulado e forte ondulado (40% + 40% + 20%).

RLe32 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura

arenosa e média fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo

ondulado a montanhoso substrato granitóide e gnaisse + AFLORAMENTOS

DE ROCHA (60 + 40%).

RLe33 - NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura média e

arenosa fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo ondulado a

montanhoso substrato gnaisse, biotita-xisto-gnaisse, micaxisto e quartzito

(100%).

RLe34 - NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e arenosa A fraco e

moderado fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo forte

ondulado substrato gnaisse, granito e quartzito (100%).

RLe35 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura

média fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo forte ondulado

substrato gnaisse e biotita-xisto-gnaisse + AFLORAMENTOS DE ROCHA +

Gr. indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e solódico textura

média/média e argilosa cascalhenta fase epipedregosa e não pedregosa e

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa substrato

gnaisse e biotita-xisto-gnaisse) A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila

relevo suave ondulado e ondulado (50% + 30% + 20%).

RLe36 - Ass: NEOSSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura

média e arenosa fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo forte

226

ondulado substrato gnaisse, granito e quartzito + AFLORAMENTOS DE

ROCHA (80% + 20%).

RLe37 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa e

rochosa relevo forte ondulado e ondulado substrato biotita-xisto-gnaisse,

gnaisse e micaxisto + Gr. indif. (CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico

lítico e léptico textura média a argilosa fase substrato biotita-xisto- gnaisse,

gnaisse e micaxisto e LUVISSOLO CRÔMICO Órtico lítico textura

média/argilosa) fase pedregosa relevo ondulado, todos A fraco e moderado

fase caatinga hipoxerófila (80% + 20%).

RLe38 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

rochosa e não rochosa relevo suave ondulado e plano substrato gnaisse e

granito + Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico e vertissólico) textura arenosa e

média/média e argilosa fase relevo plano e suave ondulado, todos A fraco e

moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga hiperxerófila/hipoxerófila

(60 %+ 40%).

RLe39 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

substrato granito e gnaisse + AFLORAMENTO DE ROCHA + Grupo Indif.

(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e argilosa, todos A

fraco e moderado fase rochosa e não rochosa pedregosa caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 20% +

20%).

RLe40 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito + LUVISSOLO CRÔMICO

Órtico vertissólico e típico textura média/argilosa, todos A fraco e moderado

fase caatinga hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e ondulado

(80% + 20%).

RLe41 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura

arenosa e média fase rochosa e não rochosa, pedregosa e não pedregosa

caatinga hiperxerófila/hipoxerófila relevo forte ondulado e montanhoso

substrato granito e gnaisse + AFLORAMENTOS DE ROCHA (80% + 20%).

RLe42 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

substrato gnaisse e granito + Gr. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico

solódico e típico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e

média/média e argilosa + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico

227

léptico e fragipânico textura arenosa e média fase endopedregosa e não

pedregosa, todos A fraco e moderado fase caatinga hiperxerófila/hipoxerófila

relevo plano e suave ondulado (45% + 30% + 25%).

RLe43 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

rochosa e não rochosa substrato gnáisse e granito + NEOSSOLO REGOLÍTICO

Eutrófico e Distrófico léptico, típico e fragipânico textura arenosa e média +

Gr. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO

NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e argilosa relevo plano

e suave ondulado, todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa

erodida e não erodida caatinga hiperxerófila relevo plano e suave ondulado

(50% + 25% + 25%).

RLe44 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico fase substrato gnaisse e

granito + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico léptico solódico e típico, ambos

textura arenosa e média com e sem cascalho A fraco e moderado fase

rochosa e não rochosa endopedregosa e não pedregosa caatinga hiperxerófila

relevo plano e suave ondulado (80% + 20%).

RLe45 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico fase substrato gnaisse e

granito + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico léptico e típico, ambos A fraco e

moderado textura arenosa e média fase rochosa e não rochosa caatinga

hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado + AFLORAMENTOS

DE ROCHA (55% + 25% + 20%).

RLe46 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura

arenosa e média com e sem cascalho fase rochosa e não rochosa pedregosa

e não pedregosa caatinga hiperxerófila relevo plano e suave ondulado

substrato gnaisse e granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA (80% + 20%).

RLe47 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

rochosa e não rochosa relevo suave ondulado e plano substrato granito e

gnaisse + Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e

PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e

argilosa fase relevo plano e suave ondulado, ambos A fraco e moderado fase

caatinga hiperxerófila + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% +

20%).

RLe48 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico substrato gnaisse e granito +

NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico solódico e típico,

ambos textura arenosa e média com e sem cascalho fase relevo suave

ondulado e ondulado + Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico

228

solódico e típico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e

média/média e argilosa relevo suave ondulado e plano, todos A fraco e

moderado fase rochosa e não rochosa pedregosa e não pedregosa caatinga

hiperxerófila (60% + 20% + 20%).

RLe49 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura

arenosa e média fase rochosa e não rochosa pedregosa e não pedregosa

caatinga hiperxerófila relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisse e

granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA (80% + 20%).

RLe50 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase

pedregosa e rochosa relevo forte ondulado e escarpado substrato granitóides

+ LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e vertissólico fase relevo ondulado e

forte ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico cambissólico

e típico textura média/média e argilosa fase rochosa e não rochosa pedregosa

e não pedregosa relevo ondulado e forte ondulado, todos A fraco e moderado

fase caatinga hiperxerófila (50% + 30% + 20%).

RLe51 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco textura arenosa e

média fase pedregosa e rochosa relevo forte ondulado a escarpado caatinga

hiperxerófila substrato granitóide + AFLORAMENTOS DE ROCHA +

LUVISSOLO CROMICO Órtico típico A fraco e moderado textura média/média

e argilosa fase pedregosa caatinga hiperxerófila relevo forte ondulado (60% +

20% + 20%).

TIPOS DE TERRENO

TT1 – TIPO DE TERRENO (DUNAS MÓVEIS) em fase relevo suave ondulado e

ondulado (100%).

TT2 – ÁREAS URBANAS – cidades e povoados representados no mapa (100%).

TT3 – ÁGUAS – espelho d’água de rios, lagoas ou açudes com água permanente

(100%).

TT4 – ILHAS MUITO PEQUENAS – sedimentos de ilhas muito pequenas que não

puderam ser caracterizados devido a escala de trabalho (100%).

OBS.: Na ordem dos Planossolos os termos arênico e espessarênico conotam solos

que apresentam horizontes A+E com espessura de 50 cm a 100 cm e maior

que 100 cm, respectivamente, e com textura na faixa de arenosa até média

leve.

229

3.4 – MAPAS DE SOLOS E APLICAÇÕES

O conteúdo básico dos mapas de solos são as unidades de mapeamento

espacializadas, com suas respectivas simbologias e legendas vinculadas, mostrando

em primeiro plano a distribuição dos solos dominantes nas paisagens. No Estado de

Alagoas, toda superfície mapeada está coberta por 19 folhas de mapas de solos

elaborados na escala 1:100.000. A articulação entre as folhas dos mapas consta

no Anexo 1 e a coleção de mapas no Anexo 2. Para se ter uma visão sintética da

superfície mapeada, também foi elaborado um mapa de solos na escala 1:250.000

(Anexo 3). Em adição às unidades de mapeamento, também constam, nos mapas

de solos, informações sobre a localização das redes de drenagem, açudes,

estradas, rodovias, divisão municipal, sede das cidades principais, entre outras.

Destaca-se que por meio das legendas disponibilizadas nos mapas de solos é

possível acessar um conjunto considerável de informações básicas sobre os

ambientes delimitados em cada unidade de mapeamento. Constam informações

sobre a classificação taxonômica dos solos até o quarto nível categórico do SiBCS

(EMBRAPA, 2006) que sintetizam informações sobre a natureza e propriedades dos

solos, bem como são acrescentados dados visando o uso e manejo das terras.

Sobre a natureza e propriedades dos solos, destacam-se, de forma explícita

ou implícita, as seguintes informações: a) classe de solo, atividade da fração argila,

saturação por bases; b) indicadores de restrição de drenagem (caráter abrupto,

caráter endoáquico, caráter plânico, horizonte ou caráter plíntico, horizontes

cimentados, horizonte glei, horizonte vértico, etc.); c) indicadores de níveis de

salinidade (caráter salino ou sálico); d) indicadores de níveis de sodicidade (caráter

solódico ou sódico); (e) indicadores de profundidade efetiva (solos líticos e

lépticos); f) indicadores de horizonte superficial A rico em matéria orgânica (A

chernozêmico, húmico e proeminente); g) indicadores de espessura e textura de

horizontes superficiais (solos arênicos, espessarênicos, psamíticos); h) indicadores

de acidez extrema (solos tiomórficos); i) indicadores de alto conteúdo de alumínio

(caráter alumínico e alítico); j) indicadores de presença de carbonatos (caráter

carbonático e, ou, com carbonato), entre outras.

Visando mais especificamente o uso e manejo das terras, constam

informações agregadas às unidades de mapeamento, sobre diferentes tipos de

fases que influenciam direta ou indiretamente o manejo dos solos. As principais

fases são as seguintes: erosão, pedregosidade, rochosidade, vegetação, relevo,

substrato (rochas ou sedimentos), entre outras.

230

As informações disponíveis nos mapas de solos são, portanto,

indispensáveis para uma visão sistêmica das potencialidades, limitações e vocações

ambientais do Estado. Nesse sentido, podem ser citadas as seguintres aplicações:

a) avaliação da aptidão agrícola das terras; b) avaliação do potencial pedológico

para culturas agrícolas; c) avaliação do potencial de terras para irrigação; d)

avaliação do comportamento hidrológico dos solos e de bacias hidrográficas; e)

avaliações para fins de financiamentos e desapropriações; f) avaliações para

planejamentos conservacionistas e de pesquisas (agrícolas, pastoris, florestais,

etc.); g) avaliações para extrapolação de resultados de pesquisas; h) avaliações

para espacialização de unidades geoambientais e agroecológicas; i) avaliações para

apoiar estudos geológicos, geotécnicos, geomorfológicos, geográficos, diagnósticos

ambientais, entre outros; j) avaliações para viabilizar a elaboração de zoneamentos

agroecológicos (principal objetivo da realização deste trabalho).

Constitui, portanto, um acervo de dados básicos e indispensáveis no

planejamen to racional de atividades que envolvam intervenção na área de uso,

manejo e conservação de recursos naturais.

4 – CONCLUSÕES

1. Em conformidade com o estudo pedológico realizado na escala de

1:100.000, cobrindo toda superfície do Estado, os solos dominantes são os

Argissolos (34,45%), vindo depois os Neossolos (25,15%), Planossolos (15,53%)

e Latossolos (10,18%). Em baixas proporções destacam-se os Gleissolos (3,87%),

Luvissolos (3,06%) e Cambissolos (1,86%), somando cerca de 8,79% da área

mapeada. Ocupando muito baixas proporções têm-se os Espodossolos (0,87%),

solos de mangue (0,24%), Nitossolos (0,22%), Organossolos (0,20%),

Chernossolos (0,11%), Plintossolos (0,09%) e Vertissolos (0,04%), que juntos

somam, apenas, 1,77% da superfície do Estado. As áreas que não constituem

solos, denominadas como tipos de terreno, englobam áreas urbanas, espelhos

d’águas, dunas móveis e afloramentos rochosos, e somam 4,12% da superfície

mapeada.

2. Os solos de grande expressão geográfica e com boas características para

atividades agropecuárias destacam-se na zona úmida costeira. Incluem,

principalmente, os Argissolos e os Latossolos distribuídos nos ambientes dos

tabuleiros costeiros e nos mares de morros. As limitações agrícolas mais

importantes desses solos são à baixa fertilidade natural e o relevo movimentado no

ambiente dos mares de morros e nas encostas dos vales que dissecam os

tabuleiros costeiros. Vale destacar que, sobretudo, nos tabuleiros costeiros, além

231

da baixa fertilidade natural, os solos apresentam uma coesão natural que pode

funcionar como um impedimento físico ao crescimento do sistema radicular de

plantas. Na zona costeira, podem ser destacados, ainda, os ambientes de várzea.

Nesses ambientes sobressaem-se Gleissolos, alguns Neossolos Flúvicos e poucos

Organossolos. São áreas importantes para o desenvolvimento de atividades

agropecuárias onde a legislação ambiental permitir. Por outro lado, a baixada

litorânea, onde predominam Espodossolos e Neossolos Quartzarênicos, corresponde

a um ambiente de solos profundos, arenosos, com algumas restrições de drenagem

e que deveria ser prioritariamente destinado à preservação ambiental.

3. Na transição entre a zona úmida costeira e o semiárido, destaca-se uma

região com domínios importantes de terras vermelhas, com excelentes

características para atividades agropecuárias. Esta região situa-se no contexto dos

municípios de Arapiraca, Taquarana, Iguaci e Palmeira dos Índios. Os solos mais

importantes nessa região são Latossolos Vermelhos e Argissolos Vermelhos.

4. No ambiente semiárido, além das restrições de ordem climática, os solos

apresentam várias limitações para o uso agrícola, incluindo a pequena profundidade

efetiva, riscos de erosão e salinização, problemas de drenagem, pedregosidade e

rochosidade, textura arenosa, entre outros. Os solos típicos dessa região

abrangem, especialmente, os Neossolos Litólicos, Neossolos Regolíticos,

Planossolos e Luvissolos. Porém, mesmo com as limitações impostas pela condição

ambiental do clima semiárido, destacam-se, neste contexto, algumas áreas com

menores restrições para fins de uso agrícola onde predomimam Neossolos

Regolíticos, Argissolos Vermelhos, Cambissolos, Neossolos Quatzarênicos e

Neossolos Flúvicos.

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235

ANEXOS

236

Anexo 1

Articulação das cartas de solos do Estado de Alagoas na

escala 1:100.000

237

Anexo 2

Lista dos mapas de Solos do Estado de Alagoas na escala 1:100.000

1 - Mapa de dos solos da carta Arapiraca.

2 - Mapa de dos solos da carta Buíque.

3 - Mapa de dos solos da carta Delmiro Gouveia.

4 - Mapa de dos solos da carta Garanhuns.

5 - Mapa de dos solos da carta Maceió.

6 - Mapa de dos solos da carta Palmares.

7 - Mapa de dos solos da carta Palmeira dos Índios.

8 - Mapa de dos solos da carta Pão-de-Açúcar.

9 - Mapa de dos solos da carta Paulo Afonso.

10 - Mapa de dos solos da carta Piaçabuçu.

11 - Mapa de dos solos da carta Piranhas.

12 - Mapa de dos solos da carta Poço da Cruz.

13 - Mapa de dos solos da carta Porto Calvo.

14 - Mapa de dos solos da carta Propriá.

15 - Mapa de dos solos da carta Rio Largo.

16 - Mapa de dos solos da carta Santana do Ipanema.

17 - Mapa de dos solos da carta São Miguel dos Campos.

18 - Mapa de dos solos da carta Sirinhaém.

19 - Mapa de dos solos da carta União dos Palmares.

238

Anexo 3

Mapa de solos do estado de Alagoas na escala 1:250.000.