levantamento de reconhecimento de baixa e média...
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Zoneamento Agroecológico do Estado de Alagoas
Levantamento de Reconhecimento de Baixa e
Média Intensidade dos Solos do Estado de Alagoas
Relatório Técnico
Recife, PE
Novembro, 2012
ii
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Embrapa Solos
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento
Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário do Estado de Alagoas
Governo do Estado de Alagoas
Zoneamento Agroecológico do Estado de Alagoas
Levantamento de Reconhecimento de Baixa e
Média Intensidade dos Solos do Estado de Alagoas
Relatório Técnico
Convênios SEAGRI-AL / Embrapa Solos
Nos 10200.04/0126-6 e 10200.09/0134-5
Embrapa Solos
Recife, PE
2012
iii
Embrapa Solos
Chefe Geral
Maria de Lourdes Mendonça Santos Breffin
Chefe Adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Daniel Vidal Perez
Chefe Adjunto de Administração
Maria Aparecida Sanches Guedes
Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia
Denise Werneck de Paiva
Coordenador Técnico da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Recife:
José Carlos Pereira dos Santos
Governador do Estado de Alagoas
Teotônio Vilela Filho
Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário
José Marinho Júnior
Chefe de Gabinete
Etevaldo Amorim
Gestor do Convênio pela SEAGRI
José Manuel Ferreira dos Santos Lapa
iv
EQUIPE TÉCNICA
Estudo dos Solos
José Coelho de Araújo Filho
Elmo Clarck Gomes
Flávio Hugo Barreto Batista da Silva (in memoriam)
Manoel Batista de Oliveira Neto
Roberto da Boa Viagem Parahyba
Tony Jarbas Ferreira Cunha
Antonio Cabral Cavalcanti
José Carlos Pereira dos Santos
Ademar Barros da Silva
Osvaldo Ferreira Lopes
Aldo Pereira Leite
Maria Sonia Lopes da Silva
Mateus Rosas Ribeiro Filho
Luciano José de Oliveira Acciolly
Flávio Adriano Marques
André Júlio do Amaral
Paulo Cardoso de Lima
Caracterização climática e hidrológica
Alexandre Hugo Cézar Barros
Geoprocessamento
Davi Ferreira da Silva
Hilton Luis Ferraz da Silveira
João Cordeiro da Fonseca
Banco de dados de solos
Fábio Pereira Botelho
Colaboradores
Alexandre Ferreira do Nascimento (Embrapa Solos – UEP Recife)
Valdemir de Melo (Eng. Agrônomo - Consultor)
Estagiários e bolsistas
Adenilson Kerlisson Carvalho de Oliveira (UFRPE)
Andrea Maria Alves de Lucena (UFRPE)
Ana Carolina Santos Silva (UFRPE)
Arionaldo de Sá Júnior (UFRPE)
v
Álvaro Eugênio de França (UFRPE)
Camila Lucena Mota (UFPE)
Diógenes Vinícios do Nascimento (UFRPE)
Evanilson Paulino da Silva (UFRPE)
Eduardo Henrique Barros Lopes
Eudmar da Silva Alves (UFRPE)
Fábio Fernandes da Silva (UFPE)
Gabriela Ayane Chagas Felipe Santiago (UFPE)
Felipe José Tabosa de Souza Correia (UFPE)
Gustavo Magalhães Nunes Barbosa (UFRPE)
Gustavo de Oliveira Pimenta (UFRPE)
Igor Ferreira dos Santos (UFRPE)
Juliana Alves da Silva (UFRPE)
Leonardo Florêncio Rodrigues da Silva (UFRPE)
Ligia Albuquerque de Alcântara (UFPE)
Luciano Macedo Guimarães (UFPE)
Marcia Regane Oliveira Barros Carvalho Macedo (UFPE)
Nildson Rodrigues de França e Silva (UFRPE)
Paloma Kathe Bandow (UFRPE)
Rafael Rodrigues da Silva (UFRPE)
Ricardo Alexandre Irmão (UFRPE)
Sílvia Renata Honorato Melo de Oliveira (UFRPE)
Verônica Wilma Bezerra Azevedo (UFPE)
vi
SUMÁRIO
Página
RESUMO .......................................................................................................................... 14
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 15
1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA ........................................................... 15
1.1 – SITUAÇÃO, LIMITES E EXTENSÃO .............................................................. 15
1.2 – CLIMA ................................................................................................................... 16
1.2.1 Aspectos gerais .................................................................................................. 16
1.2.2 - Dados utilizados e métodos de estudo ...................................................... 19
1.2.3 - Variáveis climáticas ........................................................................................ 21
1.2.4 - Classificação climática ................................................................................... 29
1.3 – HIDROGRAFIA .................................................................................................... 35
1.4 - GEOLOGIA ............................................................................................................ 38
1.4.1 – Quaternário ...................................................................................................... 41
1.4.2 – Terciário ............................................................................................................ 43
1.4.3 - Cretáceo ............................................................................................................ 44
1.4.4 - Jurássico............................................................................................................ 44
1.4.5 - Carbonífero ....................................................................................................... 44
1.4.6 – Devoniano ........................................................................................................ 45
1.4.7 – Siluriano/Devoniano ....................................................................................... 45
1.4.8 – Pré-Cambriano ................................................................................................. 45
1.5 – GEOMORFOLOGIA E RELEVO......................................................................... 46
1.5.1 – Faixa Sedimentar Costeira ........................................................................... 47
1.5.2 – Modelados Cristalinos que antecedem a Borborema ............................. 49
1.5.3 – Planalto da Borborema .................................................................................. 50
1.5.4 – Superfícies de Pediplanação ........................................................................ 50
1.5.5 – Maciços Residuais e outros níveis elevados ............................................ 50
1.5.6 – Bacia do Jatobá .............................................................................................. 50
1.6 – VEGETAÇÃO ....................................................................................................... 51
1.6.1 - Floresta perenifólia de restinga .................................................................... 51
1.6.2 – Floresta perenifólia de várzea ...................................................................... 53
1.6.3 – Floresta subperenifólia .................................................................................. 53
1.6.4 – Floresta subcaducifólia ................................................................................. 53
1.6.5 – Floresta caducifólia ........................................................................................ 54
1.6.6 - Cerrados ............................................................................................................ 54
1.6.7 - Manguezais ....................................................................................................... 55
1.6.8 - Vegetação de transição ................................................................................. 55
1.6.9 - Caatingas ........................................................................................................... 56
1.6.10 - Campos e outras formações ...................................................................... 57
2. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 59
2.1 - TRABALHO DE CAMPO ..................................................................................... 59
2.2 - TRABALHO DE ESCRITÓRIO ............................................................................ 60
2.3 – MÉTODOS DE ANÁLISE DE SOLO ................................................................ 62
2.3.1 - Análises físicas................................................................................................. 62
vii
2.3.2 - Análises químicas ............................................................................................ 63
2.3.3 - Análises mineralógicas ................................................................................... 65
2.4 – SUBDIVISÃO DE CLASSES DE SOLOS E FASES EMPREGADAS .......... 65
3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 74
3.1 – CLASSES DE SOLOS E TIPOS DE TERRENO .............................................. 77
3.1.1 – Latossolos ........................................................................................................ 77
3.1.1.1 - Latossolos Amarelos ................................................................................... 80
3.1.1.2 - Latossolos Vermelho-Amarelos ................................................................ 83
3.1.1.3 - Latossolos Vermelhos ................................................................................. 85
3.1.1.4 - Latossolos Acinzentados ........................................................................... 87
3.1.2 – Nitossolos Vermelhos .................................................................................... 89
3.1.3 – Argissolos ......................................................................................................... 92
3.1.2.1 - Argissolos Amarelos ................................................................................... 94
3.1.2.2 - Argissolos Vermelho-Amarelos ................................................................ 97
3.1.2.3 - Argissolos Vermelhos ................................................................................. 99
3.1.2.4- Argissolos Acinzentados ........................................................................... 101
3.1.4 – Luvissolos ....................................................................................................... 103
3.1.5 – Chernossolos ................................................................................................. 107
3.1.6 – Cambissolos ................................................................................................... 112
3.1.7 – Plintossolos .................................................................................................... 117
3.1.8 – Planossolos .................................................................................................... 121
3.1.9 – Espodossolos ................................................................................................. 126
3.1.10 – Vertissolos ................................................................................................... 131
3.1.11 – Gleissolos ..................................................................................................... 135
3.1.12 – Neossolos .................................................................................................... 140
3.1.12.1 Neossolos Litólicos .................................................................................... 142
3.1.12.2 Neossolos Flúvicos .................................................................................... 145
3.1.12.3 Neossolos Regolíticos ............................................................................... 146
3.1.12.4 Neossolos Quartzarênicos ....................................................................... 148
3.1.14 - Organossolos ............................................................................................... 150
3.1.13 – Solos Indiscriminados de Mangues ....................................................... 155
3.1.14 – Tipos de Terreno ........................................................................................ 157
3.2 – UNIDADES DE MAPEAMENTO E SOLOS COMPONENTES ................... 158
3.3 – LEGENDA DE SOLO ......................................................................................... 168
3.4 – MAPAS DE SOLOS E APLICAÇÕES ............................................................ 229
4 – CONCLUSÕES ...................................................................................................... 230
5 – BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 231
Anexo 1 ......................................................................................................................... 236
Anexo 2 ......................................................................................................................... 237
Anexo 3 ......................................................................................................................... 238
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.1 - Aspectos geológicos do Estado de Alagoas e solos correlacionados . 38
Tabela 3.1 - Solos e tipos de terreno mapeados no Estado de Alagoas ............... 75
Tabela 3.2 - Unidades de mapeamento, extensão e localização no mapa de solos do
Estado de Alagoas ...................................................................................... 159
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 - Localização do Estado de Alagoas na região Nordeste do Brasil. ....... 16
Figura1.2 - Sistemas meteorológicos que provocam chuvas na região Nordeste. .. 19
Figura 1.3 - Distribuição dos postos pluviométricos no Estado de Alagoas. .......... 21
Figura 1.4 - Precipitação pluviométrica média anual no Estado de Alagoas. ......... 23
Figura 1.5 - Temperatura média anual do ar no Estado de Alagoas. .................... 24
Figura 1.6 - Temperatura média máxima anual do ar no Estado de Alagoas. ........ 25
Figura 1.7 - Temperatura média mínima anual do ar no Estado de Alagoas. ......... 25
Figura 1.8 - Índice efetivo de umidade no Estado de Alagoas. ............................ 26
Figura 1.9 - Evapotranspiração potencial anual no Estado de Alagoas. ................ 27
Figura 1.10 - Total de excedente hídrico anual no Estado de Alagoas. ................ 28
Figura 1.11- Total de deficiência hídrica anual no Estado de Alagoas. ................. 29
Figura 1.12 - Classificação climática de Gaussen no Estado de Alagoas. ............. 32
Figura 1.13 - Classificação climática de Köppen no Estado de Alagoas. .............. 33
Figura 1.14 - Classificação climática de Thornthwaite no Estado de Alagoas. ...... 35
Figura 1.15 - Regiões Hidrográficas do Estado de Alagoas. ............................... 37
Figura 1.16 – Níveis altimétricos com a idéia do relevo do Estado de Alagoas. .... 47
Figura 3.1 - Mapa dos solos dominantes no Estado de Alagoas. ......................... 77
Figura 3.2 – Ambientes onde dominam Latossolos no Estado de Alagoas............ 79
Figura 3.3 - Conteúdo de argila nas diferentes classes de Latossolos no Estado de
Alagoas. ..................................................................................................... 80
Figura 3.4 - Principais atributos químicos da classe dos Latossolos no Estado de
Alagoas ...................................................................................................... 81
Figura 3.5 - Latossolo Amarelo Distrocoeso típico. ........................................... 82
Figura 3.6 - Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico típico. ................................. 84
x
Figura 3.7 - Latossolo Vermelho Eutrófico típico. ............................................. 86
Figura 3.8 – Latossolo Acinzentado sem sinais de restrição de drenagem. ........... 88
Figura 3.9 - Ambientes onde ocorrem Nitossolos Vermelhos latossólicos no Estado
de Alagoas. ................................................................................................. 90
Figura 3.10 - Nitossolo Vermelho Eutrófico realçando a cerosidade entre 50 cm e
100 cm de profundidade. .............................................................................. 91
Figura 3.11 - Ambientes onde dominam Argissolos no Estado de Alagoas ........... 93
Figura 3.12 – Conteúdo de argila nas diferentes classes de Argissolos no Estado de
Alagoas ...................................................................................................... 94
Figura 3.13 - Principais atributos químicos da classe dos Argissolos no Estado de
Alagoas ...................................................................................................... 95
Figura 3.14 - Argissolo Amarelo Distrocoeso fragipânico. .................................. 96
Figura 3.15 - Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico. .............................. 98
Figura 3.16 - Argissolo Vermelho Eutrófico cambissólico. ................................ 100
Figura 3.17 - Argissolo Acinzentado Distrocoeso fragipânico. .......................... 102
Figura 3.18 - Ambientes onde dominam Luvissolos Crômicos no Estado de Alagoas.
................................................................................................................ 104
Figura 3.19 – Luvissolo Crômico Órtico vertissólico........................................ 105
Figura 3.20 - Conteúdo de argila na classe dos Luvissolos Crômicos no Estado de
Alagoas .................................................................................................... 105
Figura 3.21 - Principais atributos químicos da classe dos Luvissolos no Estado de
Alagoas .................................................................................................... 106
Figura 3.22 – Ambientes onde ocorrem Chernossolos no Estado de Alagoas. .... 108
Figura 3.23 – Chernossolo Argilúvico Órtico típico. ........................................ 109
Figura 3.24 – Conteúdo de argila na classe dos Chernossolos no Estado de Alagoas
. ............................................................................................................... 110
Figura 3.25 - Principais atributos químicos da classe dos Chernossolos Háplicos no
Estado de Alagoas. ..................................................................................... 111
Figura 3.26 - Ambientes onde dominam Cambissolos no Estado de Alagoas. ..... 113
xi
Figura 3 27 - Cambissolo Háplico Tb Eutrófico típico. ..................................... 114
Figura 3 28 - Conteúdo de argila na classe dos Cambissolos no Estado de Alagoas..
................................................................................................................ 114
Figura 3.29 - Principais atributos químicos da classe dos Cambissolos no Estado de
Alagoas .................................................................................................... 116
Figura 3.30 - Ambientes onde ocorrem Plintossolos no Estado de Alagoas. ....... 118
Figura 3.31 - Plintossolo Pétrico Concrecionário. ............................................ 119
Figura 3.32 - Conteúdo de argila na classe dos Plintossolos Pétricos no Estado de
Alagoas. ................................................................................................... 119
Figura 3.33 - Principais atributos químicos da classe dos Plintossolos Pétricos no
Estado de Alagoas. ..................................................................................... 120
Figura 3.34 - Ambientes onde dominam Planossolos no Estado de Alagoas. ...... 122
Figura 3.35 - Planossolo Háplico Eutrófico típico. ........................................... 123
Figura 3.36 - Conteúdo de argila na classe dos Planossolos no Estado de Alagoas..
................................................................................................................ 124
Figura 3.37 - Principais atributos químicos da classe dos Planossolos no Estado de
Alagoas .................................................................................................... 125
Figura 3.38 - Ambientes onde dominam Espodossolos no Estado de Alagoas. ... 127
Figura 3.39 – Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico. ................................ 128
Figura 3.40 – Conteúdo de argila na classe dos Espodossolos no Estado de Alagoas
................................................................................................................ 129
Figura 3 41 - Principais atributos químicos da classe dos Espodossolos no Estado
de Alagoas. ............................................................................................... 130
Figura 3.42 - Ambientes onde ocorrem Vertissolos no Estado de Alagoas. ........ 132
Figura 3.43 – Vertissolo Háplico Órtico típico. ............................................... 133
Figura 3.44 – Conteúdo de argila na classe dos Vertissolos no Estado de Alagoas..
................................................................................................................ 133
Figura 3.45 – Principais atributos químicos da classe dos Vertissolos no Estado de
Alagoas .................................................................................................... 135
xii
Figura 3.46 – Ambientes onde dominam Gleissolos no Estado de Alagoas. ....... 136
Figura 3.47 – Gleissolo Háplico Tb Distrófico típico. ....................................... 137
Figura 3.48 – Conteúdo de argila na classe dos Gleissolos no Estado de Alagoas..
................................................................................................................ 138
Figura 3.49 - Principais atributos químicos da classe dos Gleissolos no Estado de
Alagoas .................................................................................................... 139
Figura 3.50 – Ambientes onde dominam Neossolos no Estado de Alagoas ........ 141
Figura 3 51 – Conteúdo de argila nas diferentes classes de Neossolos no Estado de
Alagoas .................................................................................................... 142
Figura 3.52 – Principais atributos químicos da classe dos Neossolos no Estado de
Alagoas. ................................................................................................... 143
Figura 3.53 – Neossolo Litólico Eutrófico típico. ............................................ 144
Figura 3.54 – Neossolo Flúvico Ta Eutrófico solódico. .................................... 146
Figura 3.55 – Neossolo Regolítico Eutrófico típico. ......................................... 147
Figura 3.56 – Neossolo Quartzarênico Órtico típico. ....................................... 149
Figura 3.57 - Ambientes onde dominam Organossolos no Estado de Alagoas. ... 151
Figura 3.58 – Organossolo Tiomórfico Sáprico térrico. .................................... 152
Figura 3 59 – Conteúdo de argila em Organossolos do Estado de Alagoas. ....... 153
Figura 3.60 – Principais atributos químicos da classe dos Organossolos no Estado
de Alagoas.. .............................................................................................. 154
Figura 3.61 – Ambientes onde dominam solos de mangue no Estado de Alagoas.
................................................................................................................ 156
Figura 3.62 – Solos indiscriminados de mangue. ............................................ 156
Figura 3.63 – Tipo de terreno constituído por afloramentos rochosos. .............. 158
13
APRESENTAÇÃO
As diferentes paisagens que integram o Estado de Alagoas apresentam uma
grande variabilidade na distribuição dos solos, em especial no ambiente semiárido.
Esse fato é uma consequência direta da influência dos fatores de formação dos
solos, que envolvem o clima, o material de origem (geologia), os organismos, o
relevo e o tempo.
Partindo-se da zona úmida costeira em direção ao semiárido, nota-se uma
forte influência das elevadas precipitações pluviométricas e temperaturas na zona
mais úmida, determinando a formação de solos mais profundos e pobres em
nutrientes, em comparação com os do ambiente semiárido. À medida que se
adentra para os ambientes mais secos do estado (Agreste e Sertão), percebe-se
com clareza a diminuição da influência do fator clima na formação dos solos,
enquanto que, no sentido oposto, o material de origem (geologia) gradativamente
aumenta sua importância, passando a ser o fator determinístico na natureza e
propriedade dos solos. Nessas condições, passam a predominar solos mais rasos e
ricos em bases, guardando uma estreita relação de suas características com o
material de origem. Por isso, o arranjamento dos solos no semiárido se torna tanto
mais complexo quanto forem as variações do material de origem dos mesmos.
Visando a entender a natureza morfológica, física, química, taxonômica e,
principalmente, a distribuição espacial dos solos nas diferentes paisagens, foi
realizado o Levantamento de Reconhecimento de Baixa e Média Intensidade dos
Solos, do Estado de Alagoas, na escala 1:100.000. Este estudo representa um
esforço conjunto da Embrapa Solos e do Governo do Estado de Alagoas para
viabilizar o mapeamento sistemático dos solos de todo o território alagoano. O
trabalho teve como objetivo principal gerar e disponibilizar informações para a
elaboração do Zoneamento Agroecológico do Estado de Alagoas (ZAAL) visando ao
planejamento de uso, manejo e conservação das terras com critérios de
sustentabilidade, mas numa perspectiva de escala estadual.
Nas diversas etapas do trabalho, procurou-se utilizar as mais modernas
tecnologias atualmente disponíveis para levantamentos pedológicos, com ênfase no
uso das geotecnologias aplicadas ao mapeamento de solos.
O presente trabalho é composto por um relatório técnico explicativo sobre as
diferentes classes de solos mapeadas e por 19 (dezenove) cartas de solos que
integram a superfície do estado, na escala 1:100.000.
José Carlos Pereira dos Santos
Coordenador da Embrapa Solos - UEP Recife
14
LEVANTAMENTO DE RECONHECIMENTO DE BAIXA E MÉDIA INTENSIDADE
DOS SOLOS DO ESTADO DE ALAGOAS
RESUMO
Os estudos de solos foram desenvolvidos em nível de reconhecimento de
baixa e média intensidade, escala 1:100.000, cobrindo toda superfície do Estado
de Alagoas, com aproximadamente 27.767 km2. Os trabalhos foram realizados por
meio da parceria entre a Embrapa Solos – UEP Recife e o Governo do Estado de
Alagoas. O objetivo principal foi gerar dados para dar suporte à elaboração do
Zoneamento Agroecológico do Estado. A metodologia do levantamento pedológico
seguiu as normas do então Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de
Solos (SNLCS), atual Centro Nacional de Pesquisa de Solos (CNPS). Os resultados
indicam que os solos de maior expressão geográfica são os Argissolos, ocupando
cerca de um terço da área do Estado com 9.566 km2 (34,4%). Em seguida
destacam-se os Neossolos totalizando 6.983 km2 (25,1%), os Planossolos 4.313
km2 (15,5%) e os Latossolos 2.826 km2 (10,2%). Em baixas proporções têm-se os
Gleissolos que somam 1.075 km2 (3,9%), os Luvissolos 850 km2 (3,1%) e os
Cambissolos 517 km2 (1,9%). Em muito baixas proporções ocorrem os
Espodossolos ocupando 242 km2 (0,9%), os solos de mangue 67 km2 (0,2%), os
Nitossolos 61 km2 (0,2%), os Organossolos 56 km2 (0,2%), os Chernossolos
30km2 (0,1%), os Plintossolos 25 km2 (0,1%) e os Vertissolos 12 km2 (<0,1%).
Entre os tipos de terrenos, destacam-se os afloramentos de rocha somando 569
km2 (2,0%). Em menores proporções as áreas urbanas somam 203 km2 (0,7%), as
águas internas 334 km2 (1,2%) e as dunas móveis 37 km2 (0,1%). Foram
elaborados 19 mapas de solos na escala 1:100.000 e um mapa síntese na escala
1:250.00. Destaca-se que na interface da zona úmida costeira com o semiárido
ocorrem domínios importantes de solos vermelhos, notadamente Latossolos e
Argissolos, possivelmente com as melhores características para atividades
agropecuárias no Estado.
Termos de indexação: solos de Alagoas, relações solo-paisagem,
levantamento de solos.
15
INTRODUÇÃO
Este trabalho refere-se ao levantamento de reconhecimento de baixa e média
intensidade dos solos do Estado de Alagoas na escala 1:100.000, executado pela
Embrapa Solos – UEP Recife, em parceria com o Governo do Estado de Alagoas.
Os trabalhos do levantamento de solos foram realizados visando gerar informações
básicas para dar suporte à elaboração do "Zoneamento Agroecológico de Alagoas"
(ZAAL). O objetivo central do estudo foi gerar e disponibilizar dados qualitativos e
quantitativos para caracterização, classificação e cartografia de solos em toda
superfície do Estado. Em conformidade com o objetivo, buscou-se o conhecimento
dos solos e da sua variabilidade espacial levando em conta certos fatores
intrínsecos aos solos assim como aqueles relativos às condições ambientais que
podem afetar positiva ou negativamente o uso dos solos para os diversos fins.
Assim foram mapeados aspectos como textura, profundidade efetiva, drenagem,
horizontes cimentados, horizontes concrecionários, horizontes coesos,
pedregosidade, rochosidade, erosão, saturação por bases, saturação por alumínio,
saturação por sódio, níveis de salinidade, fases de relevo e de vegetação, tipos de
horizonte superficial, classes de solos, material de origem, entre outros.
A metodologia utilizada para execução deste trabalho foi a desenvolvida e
adotada pelo então Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos,
atual Centro Nacional de Pesquisa de Solos da Embrapa. Do ponto de vista
cartográfico, este estudo oferece mais detalhes que o levantamento realizado
anteriormente na escala de 1:400.000 (EMBRAPA, 1975). Mesmo assim, espera-se
que sejam realizados mapeamentos em escalas maiores, especialmente nos
ambientes com maior potencial, por exemplo, para o desenvolvimento de
agricultura irrigada. Como resultado dos estudos pedológicos foram elaborados 19
mapas de solos na escala 1:100.000, um mapa síntese na escala 1:250.00, e o
presente relatório técnico. As informações contidas neste trabalho são relevantes
para elaboração de diagnósticos e prognósticos visando uso, manejo e conservação
das terras com critérios de sustentabilidade numa perspectiva da escala estadual.
1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA
1.1 – SITUAÇÃO, LIMITES E EXTENSÃO
O Estado de Alagoas está situado na região Nordeste do Brasil,
abrangendo uma área aproximada de 27.767 km2 (IBGE Resolução nº 5 de 10 de
outubro de 2002), representando 0,33% do território nacional. Localiza-se entre os
paralelos 8o48’12” e 10o29’12” de Latitude Sul e entre os meridianos 35o09’36” e
16
38o13’54” de Longitude a Oeste de Greenwich. Limita-se ao Norte e Oeste com o
Estado de Pernambuco, ao Sul com os Estados de Sergipe e Bahia e a Leste com o
Oceano Atlântico (Figura 1.1). Possui 339 km na direção Leste-Oeste e 186 km na
direção Norte-Sul.
O Estado de Alagoas está dividido em 102 municípios, dos quais os mais
populosos são: Maceió (capital), Arapiraca, Palmeira dos Índios, Rio Largo, Penedo,
União dos Palmares, São Miguel dos Campos, Santana do Ipanema, Delmiro
Gouveia, Coruripe, Marechal Deodoro e Campo Alegre. Segundo o IBGE (censo
demográfico 2010), o Estado possui uma população residente de 3.120.500
pessoas, com densidade de 112 habitantes km-2
(http://www.ibge.gov.br/estadosat). Ainda conforme o IBGE, o Estado desdobra-se
em três mesorregiões, que são: Leste (Litoral + Mata), Agreste e Sertão.
Figura 1.1 - Localização do Estado de Alagoas na região Nordeste do Brasil.
1.2 – CLIMA
1.2.1 Aspectos gerais
Na região Nordeste do Brasil uma de suas características principais é a
ocorrência do clima semiárido associado a uma vegetação xerófita em cerca de
17
50% do seu território. Esse clima caracteriza-se pela irregularidade do regime de
chuvas, tanto espacial quanto temporal, que se destaca nas regiões do Agreste e
do Sertão. Estudos sobre o clima indicam que fenômenos do tipo El Niño -
Oscilação Sul (ENOS) e circulação geral da atmosfera seriam os responsáveis pela
ocorrência de baixos totais pluviométricos (REBOITA, 2010; CLIMANÁLISE, 1986).
Em distintas regiões do Nordeste do Brasil, a pluviometria pode ser
identificada conforme seu período chuvoso. Assim, tem-se o regime do norte, com
chuvas máximas no período fevereiro-março-abril; o regime do sul, com chuvas
máximas no período novembro-dezembro-janeiro; e grande parte da região Agreste
e Litoral, com chuvas máximas no período maio-junho-julho.
O Estado de Alagoas, em função do seu posicionamento na Região Nordeste,
entre os meridianos 35º 09’ W e 38º 13’ W e os paralelos 8º 48’S e 10º 29’S, tem
como principais características climáticas as irregularidades da precipitação
pluviométrica e a pouca variação sazonal na radiação solar, no fotoperíodo e na
temperatura do ar.
A proximidade da linha do equador é um fator natural que condiciona um
número elevado de horas de sol por ano e índices acentuados de
evapotranspiração, em função da incidência perpendicular dos raios solares sobre a
superfície do solo. Por isso, o total médio de evapotranspiração potencial estimado
do litoral ao sertão varia entre 1.000 mm ano-1 e 1.600 mm ano-1, respectivamente
(SUASSUNA, 2007).
O regime de chuvas do Estado está diretamente relacionado com as
configurações da circulação atmosférica e oceânica em grande escala sobre os
trópicos, dentre os quais se destacam a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT);
os Sistemas Frontais (SF), alimentados pela umidade do Atlântico Sul, que definem
a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS); as ondas de Leste, que são
agrupamentos de nuvens que se movem no Atlântico, de leste para oeste; e dos
Ventos Alísios de Nordeste e Sudeste (Figura 1.2). Além disso, Alagoas está sob a
influência de sistemas meteorológicos que organizam a convecção em escala
sinótica, os quais interagem entre si, tais como os vórtices ciclônicos de altos
níveis que provocam precipitação durante a primavera, verão e outono (setembro a
abril), com ocorrência máxima no mês de janeiro (KOUSKY e GAN, 1981) e a
oscilação 30-60 dias ou oscilação de Madden-Julian (KOUSKY e KAYANO, 1994).
Na mesoescala têm-se os complexos convectivos e as brisas marítimas e
terrestres que influenciam todas as sub-regiões, além das circulações orográficas e
pequenas células convectivas que constituem os fenômenos de microescala
(MOLION e BERNARDO, 2002). As regiões costeiras sofrem muita influência da
18
circulação local das brisas marítimas e terrestres devido ao gradiente horizontal de
pressão provocado pelo contraste de temperatura diária entre o continente e o
oceano. Essa circulação tem uma importante influência para amenizar a alta
temperatura do ar diária e distribuir umidade para o interior do continente,
provocando chuvas esporádicas durante todo o período do ano.
A posição dos tabuleiros costeiros do Estado facilita a penetração das brisas
terrestres e marítimas, que influenciam as chuvas na porção Leste, em uma faixa
de até 200 km da linha da costa. As chuvas podem penetrar até a região do
Agreste nas encostas do Planalto da Borborema em transição com a zona da mata
e podem ocorrer durante todo o ano. Entretanto, são mais observadas no
outono/inverno quando produzem chuvas fracas a moderadas. O Agreste, sendo
uma região intermediária entre a Mata e o Sertão, apresenta características
intermediárias entre estas zonas (MELO, 1980).
Em todo o Estado não há grandes oscilações na temperatura média do ar,
variando, no litoral, entre 23 e 28°C, e no Sertão, entre 17 e 33°C. De acordo
com Niner (1989), as condições térmicas da região Nordeste, de forma geral, não
possuem importantes variações no decorrer do ano e sua variabilidade é pouco
significativa. Nas áreas de altitudes mais elevadas, em contato com as encostas do
Planalto da Borborema e mais expostas aos ventos de Sudeste, as temperaturas
médias do ar são mais amenas, em torno de 21º C a 23º C.
Deve-se destacar ainda que a maior parte da zona da mata norte de Alagoas
tem como traço característico a predominância de morros e colinas cujas altitudes
variam, em média, de 20 m a mais de 500 m. Esse aspecto do relevo é um dos
fatores que influencia na média anual da umidade relativa do ar, com valor em
torno de 70%.
De acordo com a classificação de Köppen, toda a metade oriental do Estado
possui clima do tipo As’, isto é, tropical quente com chuvas de outono/inverno,
com precipitação pluviométrica entre 1.000 a 1.500 mm. Porém, parte da zona da
mata norte, próximo à divisa com o estado de Pernambuco, possui clima Ams’,
tropical com chuvas de outono a inverno e médias pluviométricas anuais entre
1.500 mm a 2.200 mm. Por outro lado, a metade ocidental do Estado, que
corresponde ao Agreste e o Sertão, apresenta condições semiáridas, com clima
BSh, isto é, seco e quente, com precipitação pluviométrica no Sertão de 400 mm a
600 mm e no Agreste de 600 mm a 900 mm.
19
Figura1.2 - Sistemas meteorológicos que provocam chuvas na região Nordeste.
Detalhe, em verde, do Estado de Alagoas. Fonte: Adaptado de Nobre (1986) e
Molion e Bernardo (2002).
1.2.2 - Dados utilizados e métodos de estudo
Para Estado de Alagoas estão disponíveis apenas totais mensais de
precipitação de postos pluviométricos (PAZ, 1990), médias mensais de temperatura
para alguns aeroportos (DRA, 1967) e algumas estações meteorológicas e postos
termopluviométricos (SUDENE, 1963; ELLIS e VALENÇA, 1982). A baixa
concentração espacial de locais com registros de temperatura do ar no Estado é
uma limitação que restringe o cálculo do balanço hídrico climatológico de algumas
localidades.
Para contornar esse problema, foi necessário estimar as médias mensais de
temperatura do ar naqueles locais onde apenas se dispunham de dados de chuva.
Nessa estimativa foram utilizados os valores médios mensais disponíveis em
Alagoas e nos estados vizinhos, considerando as normais climatológicas fornecidas
pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), pelo Núcleo de Meteorologia e
Recursos Hídricos de Alagoas (NMRH/AL) e pela Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).
20
No sentido de assegurar maior confiabilidade aos resultados, suprimiram-se
todos os valores considerados pela SUDENE como “duvidosos” ou “estimados”.
Também foram eliminados aqueles indicados como “homogeneizados”, por se
tratarem de valores interpolados e que, portanto, tendem a reduzir a variância das
séries (introduzindo uma suavização).
No processamento foram considerados apenas postos pluviométricos com 20
ou mais anos de registros completos. Foram também incluídos os dados
pertencentes a postos de outros estados, situados nas vizinhanças do limite com
Alagoas. Para cobrir as regiões do Estado que apresentaram ausência de dados de
temperaturas, foi utilizado o modelo de regressão múltipla quadrática para estimar a
temperatura média mensal do ar (Tm) em cada mês (m = 1, 2, 3...12) e a anual
(m=13), tomando-se a latitude (), a longitude () e a altitude () como variáveis
independentes, conforme a seguinte equação:
Tm = Am + Bm + Cm + Dm + Em2 + Fm2 + Gm2 + Hm + Im + Jm. Eq. 1
Os coeficientes mensais ou anual Am, Bm, ... Jm, da equação, foram
determinados pelo método dos mínimos quadrados dos desvios. Por meio dessa
equação o pior erro padrão da estimativa das temperaturas médias mensais foi
inferior a 1oC. Na figura 1.3 consta a distribuição dos postos pluviométricos
utilizados nos estudos agroclimatológicos.
A partir de dados de precipitação e temperatura do ar, foi calculado o
balanço hídrico climatológico (BHC), proposto por Thornthwaite e Mather (1957),
para cada posto pluviométrico. O balanço hídrico é a contabilidade de entrada e
saída de água no solo. Sua interpretação permite obter informações de ganho e
perda e armazenamento de água no solo.
A partir dos balanços hídricos foram elaboradas cartas correspondentes às
temperaturas do ar mínima, média e máxima; isoietas médias anuais dos totais
pluviométricos, isolinhas de deficiência e excedente hídrico, e ainda, a estimativa
do índice efetivo de umidade e a classificação climática.
21
Figura 1.3 - Distribuição dos postos pluviométricos no Estado de Alagoas.
As análises foram feitas considerando toda superfície do Estado de Alagoas,
uma vez que o clima exerce influência sobre todos os estágios da cadeia de
produção agrícola, incluindo o preparo do solo, a semeadura, o crescimento e
desenvolvimento das culturas, a colheita, o armazenamento, o transporte e a
comercialização. De fato, todos os processos relacionados à produção agrícola
apresentam um determinado limite climático para que a produção seja econômica e
sustentável. Além disso, compreender o clima propicia entender aptidões para as
mais diversas formas de uso e manejo da terra nas distintas regiões do Estado.
1.2.3 - Variáveis climáticas
Precipitação pluviométrica
A água desempenha um papel importante na produção agropecuária. A
umidade do solo é a fonte de água para o cultivo e seu estado no solo é controlado
pelo tipo de solo e pela precipitação pluviométrica.
No Estado de Alagoas as médias pluviométricas anuais variam de 2.000 mm,
no Litoral, a 400 mm no Sertão. Esses valores vão declinando gradualmente de
Leste para Oeste (Figura 1.4).
22
Em grande parte do Estado o total de precipitação pluviométrica média anual
é superior a 700 mm. Isso indica que na maior parte do Estado não prevalece um
clima de acentuada semiaridez, como se verifica em grande parte do Nordeste
brasileiro. Mesmo no Sertão, encontram-se vastas áreas que possuem
características mais em comum com as tradicionais zonas agrestinas do que com
as áreas sertanejas secas, típicas do Nordeste brasileiro (MELO, 1980). Os totais
anuais mais elevados de precipitação pluviométrica encontram-se no Litoral Norte
do Estado, divisa com Pernambuco, entre os municípios de Maragogi e Jacuípe,
com valores médios ao redor de 2.000 mm. Esses valores decrescem no sentido do
litoral sul, atingindo cerca 1.600 mm nos municípios de Marechal Deodoro e
Coqueiro Seco.
No Litoral e na Zona da Mata, em geral, predominam isoietas entre 1.300
mm a 1.600 mm, excetuando-se as áreas, onde as feições morfológicas, com
altimetria elevada, contribuem para ocorrência de chuvas mais elevadas com
valores médios superiores a 1.600 mm. Pode-se diferenciar na Zona da Mata do
Estado, a Mata úmida e a Mata seca. Na Mata úmida é predominante a vegetação
de floresta subperenifólia e perenifólia, enquanto que na Mata seca destacam-se as
formações caducifólias e subcaducifólias.
O clima é o fator condicionante e mais determinístico na cobertura vegetal
que, em geral, reflete as diferenças de precipitação pluviométrica e da reserva
hídrica do solo nas diferentes regiões. Por isso, o conhecimento dos diferentes
tipos de vegetação e de seus limites norteia a delimitação de diversas atividades
agropecuárias do Estado, principalmente quando as informações climáticas são
insuficientes.
Há, ainda, uma faixa subúmida relativamente larga, com pluviosidade inferior
a 1.300 mm e superior a 800 mm, centradas em Quebrangulo, devido ao relevo
residual mais alto do Planalto da Borborema. Esta barreira topográfica força os
ventos alísios SE-E a se elevarem e por isso resfriam-se adiabaticamente,
condensam e causam chuvas. A partir do município de Major Isidoro e Jaramataia,
a isoieta inferior a 700 mm caracteriza o início da região semiárida do Estado, com
predominância de vegetação de caatinga hipoxerófila. Indo mais para o interior
verifica-se que a partir da isoieta de 500 mm, partindo, de um lado, do município
de Ouro Branco e do outro, Pão de Açúcar, toda a região a oeste desta linha é a
mais seca de Alagoas, com formação vegetal típica de caatinga hiperxerófila.
No extremo Oeste do Estado, particularmente nos municípios de Delmiro
Gouveia, Olho d’Água do Casado e Piranhas, nas margens do Rio São Francisco e
do Moxotó, as isoietas se reduzem para menos de 400 mm, caracterizando o único
23
espaço de Alagoas onde o Sertão é bem característico e mais acentuadamente
semiárido. Entretanto, no extremo Oeste do Estado também ocorrem áreas de
exceção mais úmidas devido à influência orográfica, onde as altitudes são elevadas.
São áreas encontradas em Santana do Ipanema, com cotas pluviométricas em
torno de 700 mm, podendo alcançar valores superiores a 1.000 mm, em Inhapi,
Água Branca e Mata Grande. Nestas áreas ocorre uma vegetação de porte florestal
principalmente do tipo floresta subcaducifólia e caducifólia, que no período chuvoso
pode ser confundida com a floresta subperenifólia.
Figura 1.4 - Precipitação pluviométrica média anual no Estado de Alagoas.
Temperatura do ar
As isotermas médias anuais da temperatura do ar em Alagoas (Figura 1.5)
mostram uma variação da temperatura da ordem de 6º C (21º C a 27º C). Em
geral, as isotermas inferiores a 24º C são encontradas nas porções do Estado, onde
as cotas altimétricas são superiores a 300 m, as quais correspondem aos
fragmentos do Planalto da Borborema.
No Litoral e Zona da Mata, a predominância é de isotermas de 25º C e 26º
C. Nas encostas e remanescentes da Borborema, que se prolonga a partir dos
municípios de Ibateguara em direção a Quebrangulo e no extremo Oeste do Estado,
entre os municípios de Água Branca e Mata Grande, observam-se temperaturas
24
médias em torno de 21º C a 23º C. A isoterma média mais quente está localizada
na calha do Rio São Francisco, na direção de Delmiro Gouveia para Penedo. Os
meses mais quentes, janeiro e fevereiro, variam de 27º C a 32º C, e os mais frios,
junho e julho, entre 17º C e 22º C. Nos municípios de Água Branca e Mata Grande,
localizados no Sertão do Estado, são observadas as temperaturas médias do ar
mais frias devido ao efeito da altitude.
As médias máximas e mínimas (Figuras 1.6 e 1.7) têm o mesmo
comportamento da temperatura média do ar, com variação térmica de 4º C e 5º C,
respectivamente. Destaca-se, ainda, a influência de dois efeitos na termometria do
Estado. O primeiro é o efeito orográfico na diminuição das temperaturas máximas e
mínimas em toda encosta do Planalto da Borborema, com temperaturas mais
amenas. O segundo é a influência dos ventos alísios de SE-E nos tabuleiros
costeiros do Estado, onde se verifica temperaturas mais amenas, notadamente a
média máxima do ar, em torno de 28º C e 29º C.
Figura 1.5 - Temperatura média anual do ar no Estado de Alagoas.
25
Figura 1.6 - Temperatura média máxima anual do ar no Estado de Alagoas.
Figura 1.7 - Temperatura média mínima anual do ar no Estado de Alagoas.
Índice efetivo de umidade (Im)
O índice efetivo de umidade (Im) sintetiza as condições de umidade de uma
região. Ele representa o resultado do esforço para sistematização de variáveis do
26
balanço hídrico proposto por Thornthwaite e Mater (1957) em função da
evapotranspiração potencial, da deficiência e do excedente hídrico anual.
Em Alagoas, a isolinha do Im com valor igual ou superior a zero encontra-se
nas imediações dos municípios de Palmeira dos Índios, Limoeiro de Anadia e Igreja
Nova, na direção Norte-Sul. De acordo com os tipos climáticos de Thornthwaite e
Mater (1957), os índices de 40 a 20 caracterizam regiões úmidas e abrangem todo
o Litoral e parte da Zona da Mata. As regiões subúmidas, com índices de 0 a 20,
abrangem parte da região da Zona da Mata mais seca, com vegetação de floresta
caducifólia, e parte do Agreste mais úmido, que se caracteriza por ser uma região
de transição entre Agreste e Mata (Figura 1.8).
A partir da isolinha zero, em direção ao Oeste do Estado, os tipos climáticos
são subúmido, seco e semiárido, com predominância na transição seco–semiárido (-
20 e -30). As áreas semiáridas com Im menor ou igual a -40 encontram-se no
extremo Oeste do Estado, nos municípios de Delmiro Gouveia, Piranhas e Pão de
Açúcar e nas depressões de Inhapi, Mata Grande e Água Branca. Os três últimos
municípios citados apresentam em suas áreas elevadas os tipos climáticos úmido e
subúmido (Figura 1.8).
Figura 1.8 - Índice efetivo de umidade (Im) no Estado de Alagoas.
27
Evapotranspiração potencial (ETP)
A evapotranspiração potencial (ETP) significa à perda conjunta de água do
solo, pela evaporação, e da planta, pela transpiração. A estimativa da ETP mostra a
máxima perda de água possível que poderia acontecer a uma comunidade
vegetada. Ela significa a demanda máxima em água pela cultura e torna-se o
referencial de máxima reposição de água, seja por meio da irrigação ou pela chuva.
Cabe ressaltar que o processo de evapotranspiração é complexo. Dessa
maneira, toda estimativa e mesmo medidas de evapotranspiração devem ser
utilizados com o máximo cuidado.
No Estado de Alagoas, a ETP é mais elevada na região do Sertão, entre os
municípios de Delmiro Gouveia, Piranhas e Pão de Açúcar, com valores médios na
faixa de 1.400 a 1.500 mm. Entretanto, observa-se que em áreas onde ocorre a
influência do Planalto da Borborema a evapotranspiração é amenizada, ficando na
faixa de 1.100 mm a 1.200 mm (Figura 1.9).
Verifica-se também que devido à influência dos ventos alísios de SE/E na
região dos tabuleiros costeiros, a evapotranspiração potencial tem uma redução,
quando comparada com a região da Zona da Mata Norte e parte do Litoral.
Figura 1.9 - Evapotranspiração potencial (ETP) anual no Estado de Alagoas.
28
Excedente e deficiência hídrica anual
Os maiores excedentes hídricos anuais são concentrados na zona da Mata
Norte e diminuem gradativamente na direção da Mata Sul e no sentido Leste-Oeste.
Os valores de excedente em toda Zona da Mata são da ordem de 200 mm a 600
mm (Figura 1.10).
Por outro lado, pode-se verificar que nesta mesma região o total de
deficiência hídrica anual é da ordem de 200 mm a 400 mm (Figura 1.11). Em
certos períodos do ano o balanço hídrico pode ser positivo ou negativo, isto é, com
excesso ou falta de água. Isso depende da capacidade de o armazenamento de
água no solo, que depende da precipitação pluviométrica e do tipo de solo.
Os excedentes hídricos anuais são praticamente zero em todo Oeste do
Estado, a partir da linha que tem início nos municípios de Minador do Negrão em
direção a Porto Real do Colégio. Apenas nos municípios de Mata Grande, Água
Branca e em parte de Santana do Ipanema há excedentes hídricos anuais. As cotas
de deficiência hídrica anual, a partir desta linha, ultrapassam 500 mm, alcançando
mais de 900 mm na região de Delmiro Gouveia, Pão de Açúcar e Piranhas.
Figura 1.10 - Total de excedente hídrico anual no Estado de Alagoas.
29
Figura 1.11- Total de deficiência hídrica anual no Estado de Alagoas.
1.2.4 - Classificação climática
O clima pode ser entendido como as condições atmosféricas médias de uma
região. Os sistemas de classificações climáticas são de grande importância, pois,
analisam e definem os climas levando em consideração vários elementos climáticos
ao mesmo tempo, facilitando a troca de informações e análises posteriores para
diferentes objetivos (ROLIM et al., 2007).
A classificação de Köppen-Geiger é o sistema global dos tipos climáticos
mais utilizada em geografia, climatologia e ecologia. Baseia-se no pressuposto que a
vegetação natural de cada grande região da Terra é essencialmente uma expressão
do clima nela prevalecente. As regiões climáticas são caracterizadas para
corresponder às áreas de predominância de cada tipo de vegetação. No entanto,
essa classificação em certos casos não distingue regiões com biomas muito
distintos (KÖPPEN e GEIGER, 1928).
O método de Gaussen, por sua vez, é baseado no ritmo da temperatura e das
precipitações no correr do ano, por meio das médias mensais. O método procura
registrar os períodos considerados favoráveis ou desfavoráveis à vegetação, isto é,
os períodos secos e úmidos e os períodos quentes e frios. O balanço de água, que
depende do ritmo da temperatura e das precipitações no correr do ano, é expresso
em duas etapas essenciais e complementares. A primeira é dedicada à
30
determinação do período seco, isto é, aquele cujo total de precipitação (mm) é igual
ou inferior ao dobro da temperatura (oC). Esse período é a parte do ano em que a
água existe em quantidade insuficiente ou, mesmo, falta totalmente, o que imprime
profundas modificações sobre os seres vivos, particularmente sobre os vegetais
(NIMER, 1967).
A segunda etapa do método utiliza, além dos elementos temperatura e
precipitação, a umidade atmosférica em todas as suas formas (inclusive as
“precipitações ocultas" – orvalho e nevoeiro) a fim de definir o índice xerotérmico.
Esse índice representa o número de dias biologicamente secos e permite diferenciar
bioclimas vizinhos possuidores de alguns traços comuns, bem como determinar
diversas modalidades climáticas dentro da mesma região bioclimática.
A classificação climática de Thornthwaite apoia-se em duas grandezas
principais que são funções diretas da evapotranspiração potencial: o índice efetivo
de umidade e o índice de eficiência térmica (OMETTO, 1981). Esses índices são
calculados a partir do balanço hídrico climatológico que fornece informações da
disponibilidade hídrica ao longo do ano pelo cálculo do excedente hídrico,
deficiência hídrica, armazenamento, retirada e reposição de água no solo. A partir
desses valores anuais são definidos os índices que expressam a disponibilidade
hídrica (PEREIRA et al., 2002).
Thorthwaite definiu vários sub-tipos climáticos de acordo a distribuição
estacional das precipitações pluviométricas e do índice de eficiência térmica, que é
a expressão da evapotranspiração potencial uma vez que se baseia na temperatura
do ar e no comprimento do dia (OMETTO, 1981). Thornthwaite também deu uma
grande contribuição ao introduzir, além da precipitação pluviométrica e da
temperatura do ar, a evapotranspiração potencial como elemento de classificação
climática.
Na classificação de Thornthwaite as plantas não são vistas como um
instrumento de integração dos elementos climáticos, e sim, como um meio físico
pelo qual é possível transportar água do solo para a atmosfera. Neste caso, o tipo
climático é definido como seco ou úmido relacionado às necessidades hídricas das
plantas, ou seja, dependente do balanço hídrico (ROLIM et al., 1997).
Ressalta-se que a estimativa da evapotranspiração potencial por meio da
fórmula de Thornthwaite, utilizado os índices térmicos, não se considera aspectos
importantes no cálculo da evapotranspiração, tais como o vento e a umidade do ar.
Além disso, no cálculo do balanço hídrico climatológico, assume-se que a
capacidade de armazenamento de água do solo é uniforme e avalia o déficit de
31
escoamento fluvial, segundo a soma da evapotranspiração real mensal. Por outro
lado, o balanço hídrico climatológico de Thornthwaite ainda é um dos métodos mais
utilizados, devido à relativa simplicidade de cálculo e na pouca exigência de dados
meteorológicos.
Entre os métodos de classificação de regiões bioclimáticas, o de maior
divulgação no Brasil é o de Köppen em virtude de se preocupar unicamente com as
grandes divisões da vegetação e devido à menor rigidez da fórmula para
determinação do mês úmido ou seco.
Por outro lado, entre as classificações biogeográficas aplicadas ao Brasil, sem
dúvida alguma, a que ofereceu os melhores resultados quando relacionados às
paisagens fitogeográficas é a de Gaussen. Entretanto, o método de Thornthwaite,
além de levar em consideração também a vegetação, é o mais adequado, quando se
pretende comparar distintas regiões climatologicamente aptas para diversas
atividades agropecuárias. Esse método tem importantes aplicações na ecologia, na
agropecuária e no desenvolvimento de recursos hídricos (ROLIM et al., 1997;
MENDONÇA e DANNI-OLIVEIRA, 2007).
No entanto, qualquer classificação climática contém imprecisões de
diferentes gêneros, devido à complexidade de reunir diversos fatores inter-
relacionados do ambiente em índices puramente matemáticos. Toda classificação
de fenômenos naturais, via de regra, não consegue enquadrar dentro de uma
sistemática rígida os fenômenos classificados. Além disso, vários outros fatores
não-climáticos exercem influência sobre o caráter da vegetação, tais como a
topografia, o tipo de solo e os efeitos das atividades humanas, como a agricultura e
a exploração vegetal.
Os mapas das três classificações climáticas, Gaussen, Köppen e
Thornthwaite para o Estado de Alagoas são apresentados nas figuras 1.12, 1.13 e
1.14, respectivamente. Na classificação de Gaussen observam-se 6 tipos
climáticos: 3aTh, 3bTh, 3cTh, 3dTh e 6a (Figura 1.12). O numeral 3 dessa
classificação expressa que todos os climas possuem características xerotérmicas; a
letra “a” indica o caráter acentuado, com 7 a 8 meses secos; “b” o caráter médio,
com 6 meses secos; “c” o caráter atenuado, com 3 a 4 meses secos; e “d”, o
caráter de transição, com 1 a 2 meses secos. Já o numeral 6 representa clima
equatorial, com temperatura superior a 20º C no mês mais frio. As letras “Th”
representam uma adaptação da classificação original de Gaussen, de mediterrâneo
quente para a condição nordestina (GALVÃO, 1967).
De acordo com a classificação de Gaussen apenas a região da Zona da Mata
Norte do Estado, divisa com Pernambuco, tem clima equatorial com 1 a 2 meses
32
secos. Entretanto, verifica-se, ainda, que praticamente toda a Zona da Mata tem
clima 3dTh, com 1 a 3 meses secos, índice xerotérmico entre 0 e 40 e
predominância de clima quente e úmido.
O restante do Estado tem características xerotérmicas mais acentuadas, com
total de meses secos superior a quatro, que aumenta na direção Leste-Oeste. Na
área de transição entre a Zona da Mata e o Agreste (3cTh), observa-se que o clima
tem características de transição e apresenta 3 a 5 meses secos com índice
xerotérmico de 40 a 100. É a parte do Agreste mais úmida onde predomina a
vegetação de floresta subcaducifólia e caducifólia. O restante do Agreste e o Sertão
têm clima classificado como 3bTh e 3aTh, respectivamente, com exceção dos
municípios de Água Branca e Mata Grande, devido a efeitos orográficos provocados
pelo Planalto da Borborema.
No Agreste, a Oeste dos municípios de Craíbas e Traipu, tem-se uma faixa
climática 3bTh, onde predomina a caatinga hipoxerófila com índice xerotérmico
entre 100 e 150 e 5 a 6 meses secos. Já no Sertão, no extremo Oeste do Estado,
o clima é do tipo 3aTh com índice xerotérmico de 150 a 200 e 7 a 8 meses secos,
onde as atividades agropecuárias ficam muito limitadas devido à acentuada
escassez hídrica. É a porção mais seca do Estado onde prevalece a vegetação da
caatinga hiperxerófila.
Figura 1.12 - Classificação climática de Gaussen no Estado de Alagoas.
33
Na classificação climática de Köppen, o Estado de Alagoas é dividido em
quatro zonas. Na Zona da Mata Norte, nas adjacências dos municípios de Maragogi
e Jacuipe, o clima é tropical (Ams’) com matas pluviais, chuvas abundantes e
temperatura do mês mais frio superior a 18 oC. Há um pequeno período de seca,
mas com um total de chuvas capaz de suprir as demandas de uma floresta tropical.
No restante da Zona da Mata e Litoral e parte de Agreste mais úmido, o
clima é tropical com chuvas de outono-inverno (As’), com uma estação seca bem
definida. Tem seu limite nos municípios de Traipu, Craíbas e Minador do Negrão.
No restante do Agreste e no Sertão, ocorrem os tipos climáticos mais secos (B),
BSsh’ e BSs’h’, onde a evaporação excede a precipitação pluviométrica. A
vegetação típica é xerófita ou estepe (S), com predomínio da caatinga hipoxerófila
no tipo BSsh’ e da hiperxerófila no tipo BSs’h’, em ambos os casos com verão seco
(s) e temperatura média anual (h) superior a 18º C. O uso de s’ no tipo climático
BSs’h’ foi utilizado para diferenciar a ocorrência de chuvas de outono-inverno (s’)
com relação as de inverno (s), pois a rigor, o indicador do tipo climático s’ é
utilizado apenas com os grupos A, C e D da classificação de Köppen. Nos
municípios de Água Branca e Mata Grande observa-se clima As, mas com
temperaturas mais amenas e verão seco bem definido (Figura 1.13).
Figura 1.13 - Classificação climática de Köppen no Estado de Alagoas.
34
De acordo com a classificação de Köppen, nota-se que grande parte do
Estado apresenta climas A (clima tropical), que são caracterizados por apresentar
chuvas abundantes, durante todo o ano, com uma estação seca bem definida. Este
comportamento pode ser verificado pela vegetação do Estado, onde predomina a
vegetação de florestas, cerrados e a transição floresta/caatinga.
Segundo a classificação de Thornthwaite seis tipos climáticos predominam
em Alagoas (Figura 1.14). O superúmido (ArA'a'), megatérmico, apresenta
temperaturas de todos os meses maior do que 18º C, pequena ou nenhuma
deficiência hídrica e índice de umidade em torno de 100. É encontrado apenas nas
áreas mais elevadas do Estado, nos municípios de Quebrangulo, Chã Preta, São
José da Laje e Ibateguara. A vegetação predominante é a floresta subperenifólia e
perenifólia.
Pequena parte da Zona da Mata Norte e do Litoral tem o tipo climático úmido
(B1sA’a’), desde os municípios de Maragogi e Campestre até as imediações de Pilar
e Maceió. Este tipo apresenta deficiência hídrica moderada no verão, megatérmico,
com índice hídrico entre 40 e 20. Na região predomina a floresta subperenifólia.
Os tipos megatérmicos subúmido e subúmido-seco predominam na Zona da
Mata e no Litoral do Estado, este último também na transição entre a região do
Agreste e zona da Mata. No tipo subúmido (C2sA’a’) ocorre maior umidade do
solo, durante todo o ano, mas com moderada deficiência hídrica no verão e índice
de umidade, entre 20 e 0. A vegetação da região abrange a floresta subcaducifólia
e caducifólia. Já o subúmido-seco (C1sA’a’), megatérmico, é um tipo climático
pouco mais seco e apresenta moderada deficiência hídrica no verão, com índice de
umidade entre 0 a -20. Este clima predomina numa faixa que antecede o tipo
semiárido. Marca as áreas de transição entre a vegetação de floresta caducifólia e a
caatinga hipoxerófila, notadamente nas divisas dos municípios de Traipu, Igaci,
Estrela de Alagoas e Palmeira dos Índios. A partir destes municípios observa-se o
tipo climático semiárido (DdA’a’) em toda região do Agreste e do Sertão, com
exceção dos municípios de Água Branca e Mata Grande, que apresentam tipos
climáticos de subúmido (C2sA’a’) e subúmido-seco (C1sA’a’).
Todo o Sertão apresenta tipo climático semiárido, megatérmico, com índice
de umidade entre -20 a -40, com pequeno ou nenhum excesso de água, onde
prevalece a vegetação da caatinga hiperxerófila. Destaca-se que uma pequena área
junto à calha do Rio São Francisco, nos municípios de Piranhas e Pão de Açúcar,
apresenta o clima árido (EdA’a’), megatérmico, com índice de umidade mais
acentuado, entre -40 e -60, sem nenhum excesso de água durante todo o ano.
35
Figura 1.14 - Classificação climática de Thornthwaite no Estado de
Alagoas.
1.3 – HIDROGRAFIA
O Estado de Alagoas é drenado por duas bacias hidrográficas nacionais, a do
rio São Francisco e a do Atlântico Nordeste Oriental. Em toda superfície do Estado,
a rede de drenagem é relativamente densa e condicionada por quatro espaços
ambientais distintos, isto é, as regiões do Sertão, Agreste, Mata e Litoral
alagoanos. Nesses espaços ocorrem alguns cursos permanentes e outros menores
intermitentes, além de várias lagoas concentradas na zona do litoral. Ressalta-se
que no contexto da área do Estado, o maior e mais importante rio é o São
Francisco que tem seu curso principal na divisa entre os Estados de Alagoas e
Sergipe e um pequeno trecho, no extremo oeste, na divisa de Alagoas com a Bahia.
No contexto das regiões hidrográficas de Alagoas (PERH/AL, 2010) (Figura
1.15), as que estão inseridas na bacia do rio São Francisco, que é a parte mais
seca do Estado, são a do Moxotó, Talhada, Capiá, Riacho Grande, Ipanema, Traipú
e Piauí. Todas estão localizadas no lado oeste do Estado, na região do Sertão e em
parte do Agreste. Drenam na direção norte-sul para a calha do Rio São Francisco e
os seus cursos de água, em sua maioria, são intermitentes. Por outro lado, as que
compõem a região hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental (PERH/AL, 2010) se
concentram na região mais úmida do Estado e abrangem as zonas da Mata e do
Litoral e parte da região do Agreste. Englobam as Regiões Hidrográficas de
Cururipe, São Miguel, Paraíba, Celmm, Mandaú, Pratagi, Camaragibe, Litoral Norte
36
e Jacuípe/Una (Figura 1.15). Os rios da região mais úmida do Estado são perenes
e, dependendo da intensidade das chuvas assumem, por vezes, características
torrenciais. No contexto dessa região, os rios deságuam para o Oceano Atlântico
seguindo a direção oeste-leste.
Na região do Sertão, os afluentes do São Francisco são predominantemente
de caráter temporário e o maior volume de água concentra-se na estação chuvosa,
entre março e junho. No restante do ano, os rios apresentam-se com muito pouca
água nos seus leitos ou ficam completamente secos. No entanto, pequenos
agricultores fazem uso da pouca água existente para o cultivo de plantas de ciclo
curto, a chamada de cultura de vazante. Já nos ambientes de transição entre a
região do Agreste com o Sertão, são encontrados alguns afluentes de regime
perene, onde se concentra o cultivo da cultura do arroz.
Ao longo da extensão da bacia do Atlântico Nordeste Oriental, por ser a
região mais úmida do Estado, a pressão antrópica é muito intensa. Além do
desmatamento da Mata Atlântica observada em toda Zona da Mata e do Litoral,
provocado pelo cultivo intensivo da cultura da cana-de-açúcar, tem-se, ainda, na
zona do Litoral, a degradação ambiental que atinge alguns manguezais e lagoas da
zona costeira, decorrente do avanço da urbanização.
Os rios mais importantes do Estado que drenam para o rio São Francisco são
os rios Marituba, Traipú, Ipanema, Capiá e o Moxotó e os que deságuam no oceano
Atlântico são os rios Camaragibe, Mundaú, Paraíba e o Coruripe.
O rio Marituba nasce no município de São Sebastião e deságua na Barra da
Laranjeira, entre os municípios de Penedo e Piaçabuçu. A atividade agrícola mais
praticada ao longo do seu curso é com a cultura da cana-de-açúcar.
O rio Traipu nasce em Pernambuco, no extremo ocidental do município de
Bom Conselho, Planalto da Borborema, e deságua no rio São Francisco no
município de Traipu. Ao longo do seu curso se observa intensa atividade
agropecuária.
O Rio Ipanema nasce, também, no Estado de Pernambuco e direciona suas
águas para o Estado de Alagoas, onde se estende até o rio São Francisco, tendo
sua foz no município de Belo Monte. Esse rio atravessa a importante região da
bacia leiteira de Alagoas e ao longo do seu curso são praticadas diversas atividades
agropecuárias.
37
Figura 1.15 - Regiões Hidrográficas do Estado de Alagoas.
O rio Capiá também tem sua origem em Pernambuco e nos trechos com
terraços aluvionares, permite a exploração com lavouras. É um dos rios mais
importantes do Sertão. Deságua no São Francisco no limite entre os municípios de
Piranhas e Pão de Açúcar.
O rio Moxotó é considerado, também, um dos rios mais importantes do
Sertão. Tem sua calha principal no limite entre os estados de Alagoas e
Pernambuco. Nasce no município de Sertânia, em Pernambuco, e deságua no rio
São Francisco entre os municípios de Jatobá (PE) e Delmiro Gouveia (AL). Ele é
considerado um rio temporário e seu maior nível d'água é observado entre os
meses de janeiro e março (época das chuvas). Possui diversas represas, sendo a
maior e mais importante a do açude Poço da Cruz, em Ibimirim (PE).
O rio Camaragibe tem regime perene, nasce no limite entre São José da Laje
e Ibateguara e deságua diretamente no Oceano Atlântico, no município de Passo de
Camaragibe. Seu curso principal passa por trechos rochosos, mas sua bacia
abrange áreas importantes que estão sendo exploradas principalmente com a
cultura da cana-de-açúcar e pecuária. Esse rio forma a Cachoeira Serra d´Água, a
segunda em importância no Estado.
O rio Mundaú banha os estados de Alagoas e Pernambuco. Nasce no
município de Garanhuns (PE), região do Planalto da Borborema, e desemboca na
38
Lagoa Mundaú, município de Satuba (AL). Esta lagoa situa-se ao sudoeste de
Maceió, e se liga diretamente com o Oceano Atlântico. Suas vertentes são
formadas por numerosos e perenes olhos d´água que brotam das escarpas do
Planalto da Borborema. Corre sobre um vale amplo, onde se encontram indústrias
têxteis e se instalaram inúmeros engenhos e usinas.
O rio Paraíba banha, também, os estados de Pernambuco e Alagoas. Nasce
no município de Bom Conselho (PE), Planalto da Borborema, e deságua na Lagoa de
Manguaba, junto ao limite dos municípios de Pilar e Marechal Deodoro (AL). No
estado de Alagoas passa por doze municípios (Quebrangulo, Palmeira dos Índios,
Paulo Jacinto, Viçosa, Cajueiro, Capela, Atalaia e Pilar), onde se destacam
diferentes usos da terra. Na zona do litoral o cultivo de cana-de-açúcar é atividade
principal.
O rio Coruripe é de regime perene inserido totalmente no território alagoano.
Nasce na cidade de Palmeira dos Índios (AL) e vai até o município de Coruripe,
onde deságua no Oceano Atlântico. Passa por terras de seis municípios com
diferentes usos agrícolas. Na zona do litoral destaca-se o cultivo de cana-de-açúcar
como atividade principal.
1.4 - GEOLOGIA
A caracterização geológica da área de estudo visa fundamentalmente realçar
as relações dos solos com o seu material de origem. Por isso, só foi dado ênfase às
unidades geológicas com influência marcante na formação dos solos mapeados na
escala de 1:100.000. Em função das informações bibliográficas disponíveis,
especialmente Dantas (1986) e Embrapa (1975), bem como, das observações de
campo, foi elaborada a esquematização da geologia do Estado (Tabela 1.1).
Tabela 1.1 - Aspectos geológicos do Estado de Alagoas e solos correlacionados
Período/Era Unidade
geológica
Litologia Solos e outros
materiais
Quaternário
Praias Sedimentos
quartzosos
marinhos bem
selecionadas
Sedimentos
arenoquartzosos
e alguns poucos
bioclásticos
carbonáticos
39
Dunas Sedimentos
quartzosos
eólicos bem
selecionados
Neossolos
Quartzarênicos e
sedimentos
arenosos
Mangues Sedimentos
argilo-siltosos e
arenosos ricos
em matéria
orgânica
Solos
indiscriminados
de mangue e
sedimentos
Recifes Recifes de
Arenito e Recifes
de coral
Arenitos com
carbonato de
cálcio e Recifes
de coral
Restingas Sedimentos
quartzosos
marinhos
Neossolos
Quartzarênicos e
Espodossolos
Aluviões Deposições
fluviais, flúvio-
lagunares e
coluvionares com
granulometria
variada
Neossolos
Flúvicos,
Gleissolos,
Cambissolos e
Organossolos
Terciário
Formação
Barreiras
Sedimentos com
granulometria
variada
Argissolos,
Latossolos,
Espodossolos,
Plintossolos
Terciário (?)
Coberturas sobre
rochas cristalinas
Sedimentos com
granulometria
variada
Argissolos e
Latossolos
Formação Conglomerados
com seixos e
Argissolos
alumínicos e
40
Cretáceo Inferior
Muribeca matacões de
granito, Folhelhos
e calcário
laminado
alíticos
Formação Morro
do Chaves
Calcários e
margas com
leitos de
folhelhos
Cambissolos
Formação Barra
de Itiúba
Folhelhos com
intercalações de
arenitos e
calcários
Cambissolos e
solos
vertissólicos
Jurássico Formação
Bananeiras
Folhelhos e
argilitos
Cambissolos
Carbonífero Formação
Batinga
Siltitos e
folhelhos
Cambissolos
Devoniano
Formação Inajá Arenitos,
folhelhos, siltitos,
calcários e
margas
Cambissolos,
Luvissolos,
Vertissolos,
Planossolos,
Neossolos
Litólicos
Siluriano-
Devoniano
Formação
Tacaratu
Arenitos
contendo leitos
de
conglomerados
Neossolos
Quartzarênicos,
Latossolos
Domínio Mata Granitos, Planossolos,
41
Pré-Cambriano
Grande –
Santana do
Mundaú
sienitos,
gnáisses,
migmatitos,
metamáficas
anfibolitizadas
Neossolos
Regolíticos,
Neossolos
Litólicos,
Luvissolos,
Argissolos,
Latossolos,
Cambissolos
Domínio Canindé
-Santana do
Ipanema
Granitos,
sienitos,
sienogranitos,
granodioritos,
ortognáisses,
gabros,
troctolitos,
piroxenitos,
noritos
Planossolos,
Neossolos
Regolíticos,
Neossolos
Litólicos,
Argissolos,
Cambissolos
Luvissolos
Domínio
Macururé
Micaxistos,
gnáisses,
anfibolitos,
metacarbonatos,
metaultramáficas,
quartzitos, rochas
calcissilicáticas
Neossolos
Litólicos
Luvissolos,
Cambissolos,
Latossolos,
Argissolos,
Nitossolos,
Planossolos
Domínio Rio
Coruripe –
Viçosa
Ortognáisses,
sienitos,
sienogranitos,
granodioritos,
micaxistos e
rochas
metamáficas-
ultramáficas
Argissolos,
Latossolos,
Neossolos
Litólicos,
Planossolos
1.4.1 – Quaternário
Neste período destacam-se os materiais geológicos mais recentes
relacionados às praias, dunas, mangues, restingas, recifes e aluviões.
42
Praias – Corresponde a uma estreita faixa de areias esbranquiçadas de
origem marinha na orla marítima, por vezes, contendo alguns materiais bioclásticos
carbonáticos. Tais sedimentos constituem apenas tipos de terrenos de areias
quartzosas marinhas.
Dunas – São formações arenosas de sedimentação eólica, com relevo pouco
movimentado, variando de suave ondulado até ondulado. Ocorrem em alguns
pontos da baixada litorânea, com destaque no extremo sul do Estado. Tais
formações podem constituir alguns tipos de terreno (Dunas móveis) ou solos como
os Neossolos Quartzarênicos (Dunas fixas).
Mangues - São sedimentos de natureza variada, com coloração escura, visto
que ocorrem associados com matéria orgânica. Destacam-se nas desembocaduras
dos rios, sobretudo no contexto da baixada litorânea, onde ocorre o encontro das
águas doces com as salgadas. Compreendem sedimentos argilo-siltosos e, com
menor frequência, os arenosos, em geral, em mistura com a matéria orgânica, onde
recebem a influência dos sais que se depositam por meio de sucessivos fluxos e
reflexos das marés. A partir destes sedimentos são desenvolvidos os denominados
Solos Indiscriminados de Mangues que podem englobar Gleissolos, Organossolos e
tipos de terreno.
Recifes – Podem ser de dois tipos, isto é, de arenito ou coral. Os de arenito
constituem verdadeiros cordões rochosos, normalmente ricos em fragmentos de
conchas e distribuídos paralelamente às praias. Os de coral, também se distribuem
paralelamente à linha da costa, mas são mais largos e sua forma é mais irregular.
Tais materiais rochosos constituem apenas tipos de terreno de rochas areníticas e,
ou de coral.
Restingas - Correspondem as faixas arenosas que se estendem paralelamente
às praias na Baixada Litorânea. São provenientes de sucessivos depósitos de areias
de origem marinha, que podem conter depósitos de pequenas conchas. Contribuem
de modo importante na origem e formação de Neossolos Quartzarênicos e
Espodossolos.
Aluviões - São deposições sedimentares diversas que dão origem as várzeas
e terraços aluvionares. Apresentam granulometria e composição muito
heterogênea, com presença, por exemplo, de sedimentos argilosos, siltosos, argilo-
arenosos, arenosos, deposições orgânicas, material grosso tipo cascalho e calhaus,
incluindo seixos e deposições de conchas em algumas várzeas. Estão distribuídos
ao longo das calhas de rios e riachos. Na zona costeira, destacando-se nas
baixadas dos rios, Manguaba, Camaragibe, Santo Antônio Grande, Satuba, Paraíba,
Sumaúma, São Miguel, Coruripe, Boacica, entre outros. No Semiárido o destaque
43
está nas margens do rio São Francisco, incluindo as ilhas. Em menor proporção,
também se verificam em alguns dos seus afluentes, como nos rios Ipanema e
Capiá. Tais sedimentos constituem material de origem, principalmente dos
Neossolos Flúvicos e Gleissolos, e em menor proporção, de Cambissolos.
1.4.2 – Terciário
Compreende dominantemente os sedimentos da Formação Barreiras
depositados na faixa sedimentar costeira onde formam os Tabuleiros Costeiros.
Morfologicamente os Tabuleiros Costeiros são muito uniformes, porém apresentam
variações importantes quanto à granulometria. Possuem uma maior largura na parte
sul do Estado, onde atingem cerca de 70 km, partindo-se do litoral até os arredores
da cidade de Arapiraca. Na parte norte, os tabuleiros ocupam uma faixa mais
estreita e se tornam muito mais dissecados.
Os sedimentos dos Tabuleiros Costeiros apresentam estratificações quase
horizontais, com natureza variada, compreendendo areias, arenitos, cascalhos,
argilas de coloração variegada e, por vezes, leito de seixos rolados. Em camadas
mais profundas ocorrem argilas de coloração arroxeada e acinzentada. Já nas
camadas mais superficiais, às vezes, verificam-se concreções ferruginosas
particularmente nos terços superiores das encostas dos vales. Nas áreas próximas
do limite com a geologia do Pré-Cambriano, constata-se a presença de um delgado
recobrimento amarelado sobre o embasamento cristalino semelhante aos
sedimentos da Formação Barreiras. Esta cobertura tanto ocorre em topos planos
alongados e estreitos conhecidos como “Chãs”, como nas áreas de morros. Os
principais solos desenvolvidos a partir dos sedimentos da Formação Barreiras são
os Argissolos Amarelos, Latossolos Amarelos, Argissolos Vermelho-Amarelos,
Latossolos Vermelho-Amarelos, Argissolos Acinzentados, Espodossolos, Neossolos
Quartzarênicos e, em menor proporção, Plintossolos e Latossolos Acinzentados.
Com exceção dos Neossolos Quartzarênicos e Espodossolos, os demais
compreendem horizontes coesos.
Recobrimento Terciário (?) sobre rochas cristalinas
São sedimentos, pouco espessos, dispersos na região semiárida e
posicionados numa faixa estreita, na direção norte-sul, entre os municípios de
Estrela de Alagoas e Campo Grande. Trata-se de uma área com sedimentos,
desconectados dos Tabuleiros Costeiros, mas que parecem ser um prolongamento
dos mesmos. Entretanto, nesta área, nota-se um padrão de drenagem divergente
daquele que disseca a região dos Tabuleiros Costeiros. Daí porque os sedimentos
desta região foram considerados como relativos a uma cobertura sedimentar sobre
rochas cristalinas na forma de Tabuleiros Interioranos. Esta cobertura constitui
44
material de origem principalmente dos Latossolos Amarelos, Latossolos Vermelho-
Amarelos, Argissolos Amarelos e Argissolos Vermelho-Amarelos.
1.4.3 - Cretáceo
No Estado de Alagoas é representado, principalmente pelo Cretáceo Inferior,
por meio das Formações Muribeca, Morro do Chaves e Barra de Itiúba, entre outras
de menor relevância na formação dos solos mapeados.
Formação Muribeca – Os afloramentos mais importantes são constituídos por
conglomerados, com seixos e matacões graníticos com intercalações de folhelhos e
calcário laminado. Destacam-se nos vales que dissecam os Tabuleiros Costeiros na
região centro-norte do Estado. Nas áreas onde ocorrem materiais desta Formação
foram observados Argissolos com teores elevados de alumínio caracterizando solos
alíticos e, ou alumínicos.
Formação Morro do Chaves – Caracteriza-se por apresentar bancos e leitos
de calcários e margas, lentes de folhelhos e arenitos calcíticos. Tem pouca
expressão e restringe-se a um setor do Rio São Miguel onde originam Cambissolos
com alta saturação por bases devido à influência dos calcários.
Formação Barra de Itiúba – Compreende sedimentos constituídos por
folhelhos calcíticos com intercalações de calcários e arenitos. A área de domínio
destes sedimentos situa-se a noroeste da cidade de Penedo. Os solos
correlacionados são Cambissolos e outros solos com presença de horizontes
vérticos.
1.4.4 - Jurássico
Esse período é representado pela Formação Bananeiras. Litologicamente é
constituída por folhelhos e argilitos sílticos vermelhos ou arroxeados, contendo
próximo à base intercalações de arenitos e sedimentos calcíferos que gradam para
calcários. Os solos correlacionados com esses sedimentos pertencem à classe dos
Cambissolos.
1.4.5 - Carbonífero
O Carbonífero está representado pela Formação Batinga, posicionada a
noroeste da cidade de Penedo. Em termos litológicos compreende conglomerados,
arenitos, siltitos e folhelhos. Os solos correlacionados e que se destacam no
contexto local são Cambissolos.
45
1.4.6 – Devoniano
No contexto da Bacia do Jatobá, localizada no extremo oeste do Estado,
esse período está representado pela Formação Inajá. Litologicamente compreende
arenitos, siltitos e folhelhos. Quando o material de origem relaciona-se com
arenitos, os solos que se destacam são os Neossolos Quartzarênicos. A partir de
siltitos e folhelhos derivam-se Vertissolos, Cambissolos e Luvissolos.
1.4.7 – Siluriano/Devoniano
Na Bacia do Jatobá, esse período relaciona-se à Formação Tacaratu.
Litologicamente está representada por arenitos grosseiros e leitos de
conglomerados. Os solos mais profundos derivados destes materiais são os
Neossolos Quartzarênicos e Latossolos, e os mais rasos, os Neossolos Litólicos.
1.4.8 – Pré-Cambriano
No estudo dos terrenos precambrianos, visando correlacioná-los às
coberturas pedológicas no contexto estadual, optou-se em dividi-los nos seguintes
compartimentos tectono-estratigráficos: Domínio Mata Grande – Santana do
Mundaú, Domínio Canindé – Santana do Ipanema, Domínio Macururé e Domínio Rio
Coruripe – Viçosa.
Domínio Mata Grande – Santana do Mundaú – Este domínio posiciona-se no
extremo oeste e noroeste do Estado englobando áreas, sobretudo, do Planalto da
Borborema. Compreende leucogranitos, migmatitos, sienogranitos, sienitos,
anfibolitos, paragnáisses e ortognáisses. Os solos derivados destes materiais
englobam desde solos pouco até aqueles muito evoluídos, conforme as condições
climáticas regionais. Incluem Neossolos Litólicos, Neossolos Regolíticos,
Cambissolos, Planossolos, Luvissolos, Argissolos e Latossolos. Os solos mais
desenvolvidos como os Argissolos e Latossolos ocorrem nos ambientes mais
úmidos e os demais no ambiente semiárido. Os Luvissolos restringem-se aos
ambientes onde os minerais máficos dominam a composição mineralógica das
rochas.
Domínio Canindé - Santana do Ipanema – Posicionado próximo do extremo-
oeste do Estado, numa faixa entre Santana do Ipanema e Pão de Açúcar, esse
domínio compreende leucogranitos, sienogranitos, sienitos, granodioritos,
monzonitos, monzogranitos e ortognáisses. Numa faixa estreita, junto à calha do
São Francisco, destacam-se, também, gabros, troctolitos, noritos, piroxenitos e
peridotitos. Os solos derivados destes materiais incluem Neossolos Litólicos,
Neossolos Regolíticos, Cambissolos, Planossolos, Luvissolos e alguns Argissolos.
Os Luvissolos restringem-se aos ambientes onde os minerais máficos dominam a
composição mineralógica das rochas.
46
Domínio Macururé – Esse domínio situa-se na parte sul do Estado, próximo
ao ambiente dos Tabuleiros Costeiros. Compreende biotita-xistos, gnaisses,
ortognáisses, paragnáisses, anfibolitos, metacarbonatos, metaultramáficas,
quartzitos e rochas calcissilicáticas. Os solos derivados destes materiais incluem
Neossolos Litólicos, Luvissolos, Cambissolos, Latossolos, Argissolos, Nitossolos e
Planossolos. Os Luvissolos restringem-se aos locais onde os minerais máficos
dominam a composição mineralógica das rochas no ambiente semiárido.
Domínio Rio Coruripe - Viçosa – Esse domínio está posicionado desde os
contrafortes do Planalto da Borborema até os confrontos com a região dos
Tabuleiros Costeiros, numa faixa que se estende desde o extremo norte até o
Domínio Macururé. Compreende leucogranitos, sienogranitos, sienitos,
granodioritos, monzonitos, monzogranitos e ortognáisses. Numa faixa estreita,
junto à calha do São Francisco, no ambiente semiárido, destacam-se também
micaxistos e rochas metamáficas-ultramáficas. Os solos derivados destes materiais
incluem dominantemente Argissolos, Latossolos e, em menor proporção, Neossolos
Litólicos, Planossolos e Luvissolos. Estes últimos restringem-se aos locais onde os
minerais máficos dominam a composição mineralógica das rochas no ambiente
semiárido.
1.5 – GEOMORFOLOGIA E RELEVO
A maior parte do território alagoano encontra-se abaixo dos 300 m de
altitude, sendo que a sua porção norte possui maiores cotas que a sua contraparte
sul e em relação à faixa costeira ao leste. Em função dessa característica, as redes
de drenagens interioranas drenam no sentido da calha do Rio São Francisco e as da
zona costeira no sentido do Oceano Atlântico. Ressalta-se, ainda, a ocorrência de
níveis elevados dispersos no Sertão, com destaque na parte noroeste do Estado
onde coadunam superfícies com cumes relativamente elevados (Figura 1.16).
No Estado de Alagoas, conforme Brasil (1975), podem ser observados os
seguintes compartimentos geomorfológicos: (a) Faixa sedimentar costeira, incluindo
a baixada litorânea e as superfícies terciárias dos baixos platôs costeiros
(Tabuleiros Costeiros); (b) Modelados Cristalinos que antecedem a Borborema; (c)
Planalto da Borborema; (d) Superfícies de Pediplanação; (e) Maciços Residuais e
outros níveis elevados; e (f) Bacia do Jatobá.
47
Figura 1.16 – Níveis altimétricos com a idéia do relevo do Estado de Alagoas.
1.5.1 – Faixa Sedimentar Costeira
A faixa sedimentar costeira estende-se na direção norte-sul e compreende
grandes áreas da zona úmida do Estado de Alagoas. Ao sul da cidade de Maceió,
caracteriza-se por uma grande penetração para o interior do Estado, alcançando a
região do Agreste e possuindo extensas e contínuas superfícies planas de
tabuleiros. Já na parte norte a penetração é bem menos expressiva e os tabuleiros
são muito dissecados. Nessa região, a largura da faixa sedimentar costeira diminui
até atingir cerca de 8 km, próximo ao limite com o Estado de Pernambuco.
Baixada Litorânea – Compreende os terrenos mais recentes relacionados ao
Quaternário (Holoceno) que englobam os níveis continentais mais inferiores.
Acompanha a orla marinha e por vezes penetra alguns quilômetros no sentido do
interior do Estado, ocupando os terraços fluviais. É constituída por planícies
litorâneas de origem mista: fluviais, flúvio-marinhas ou marinhas. Em geral, é
representada por praias, recifes, restingas, dunas, lagoas e mangues, quando
predomina a influência marítima; ou por terraços fluviais, várzeas, planícies
aluvionais ou colúvio-aluvionais, quando predomina a ação dos agentes
continentais.
48
As praias, dispostas em cordões arenosos relativamente estreitos,
distribuem-se ao longo da orla marítima formando os primeiros níveis continentais
emersos em contato com o oceano.
Os recifes estão distribuídos a certa equidistância das praias, constituindo-se
quebra-mares naturais. Em geral são constituídos por partículas de areia, cascalho e
calhaus e fragmentos bioclásticos carbonáticos, como restos de organismos
marinhos, notadamente conchas. São originados, supostamente, de antigas praias
consolidadas por carbonato de cálcio depositado pelas águas marinhas.
As restingas constituem massas arenosas dispostas paralelamente à costa e
que permanecem elevadas acima da maré alta. Têm influência sobre a rede
hidrográfica, chegando a obstruir pequenas rias.
As dunas são acúmulos de areia pela ação dos ventos dominantes. Têm
pouca expressão no Estado e ocorrem em pequenas áreas distribuídas ao longo da
costa. Entretanto, merecem destaque no extremo sul do Estado, na divisa com
Sergipe, principalmente no município de Piaçabuçu.
As lagoas são distribuídas ao longo do Litoral, principalmente de Maceió em
direção ao sul do Estado, onde se destacam pelo tamanho, as lagoas de Manguaba
e de Mundaú.
Os mangues encontram-se nos cursos inferiores dos rios, onde se verifica
uma mistura de água doce dos mesmos com a água salgada do mar. São depósitos
de sedimentos predominantemente finos e de materiais de natureza orgânica.
As planícies aluviais, várzeas e terraços fluviais distribuem-se nos limites
oeste da baixada litorânea, nos trechos mais elevados.
Em geral, o relevo que predomina na baixada litorânea é plano, com exceção
de pequenas áreas ocupadas por dunas, que apresentam relevo de suave ondulado
a ondulado.
Superfícies terciárias dos baixos platôs costeiros – São áreas ocupadas pelos
sedimentos do Grupo Barreiras, referidos ao (Plioceno), assentados
dominantemente sobre o embasamento cristalino, porém com espessura variável.
São ambientes conhecidos popularmente como Tabuleiros Costeiros. Essas
superfícies geomórficas se limitam a leste pela baixada litorânea, na maioria das
vezes, em forma de falésias (escarpas) e a oeste com o relevo pouco movimentado
ou movimentado, que corresponde aos níveis cristalinos que antecedem a
Borborema. São caracterizados pelas suas grandes superfícies de topo plano, em
forma de mesetas, recortados por vales relativamente profundos, que se
49
apresentam ora estreitos e encaixados em forma de “V”, ora abertos e com amplas
várzeas de idade quaternária. Os Tabuleiros Costeiros apresentam-se mais
uniformes e com maiores extensões na porção sul da zona úmida costeira do
Estado, onde são ocupados por atividades agrícolas de uso intensivo, notadamente
pelo setor sucroalcooleiro. Na porção norte da zona úmida costeira, os Tabuleiros
caracterizam-se, principalmente, pelo grande dissecamento que sofreram no
passado. Nessa região formam superfícies com topos estreitos e alongados
limitados por um grande número de vales estreitos e profundos.
O relevo dominantemente é plano, com partes suaves onduladas, tendo
declives de 0% a 6% e altitudes com cotas predominantes de 50 m a 150 m. É
importante ressaltar que, próximo às linhas de drenagem, o relevo pode apresentar-
se ondulado a forte ondulado nas encostas dos vales.
1.5.2 – Modelados Cristalinos que antecedem a Borborema
Em função de sua distribuição geográfica, esta superfície geomórfica pode
ser subdividida no Estado de Alagoas em duas faixas: a norte e a sul.
Faixa norte – compreende superfícies do Pré-Cambriano, situadas na região
da Zona da Mata, entre os Tabuleiros Costeiros, a leste, e as escarpas e relevos
acidentados do Planalto da Borborema, a oeste. Caracteriza-se pelas superfícies dos
degraus do embasamento cristalino dominado por granitos e gnaisses. Em geral
apresenta relevo ondulado e forte ondulado, na forma de “mar de morros”, vales
em forma de “V”, vertentes côncavo-convexas, convexas ou ligeiramente convexas
e topos arredondados. Próximo à superfície dos Tabuleiros Costeiros podem
apresentar, ainda, topos ligeiramente esbatidos, que são remanescentes do
recobrimento por materiais do Grupo Barreiras. A faixa norte dos modelados
cristalinos que antecedem a Borborema pode alcançar 70 km de largura nos limites
entre o Estado de Pernambuco, os Tabuleiros Costeiros e os contrafortes da
Borborema.
Faixa sul – caracteriza-se pelo seu embasamento cristalino com presença
marcante de micaxistos e quartzitos, referidos ao Pré-Cambriano. Essa região
posiciona-se entre os Tabuleiros Costeiros, a leste, e as Superfícies de
Pediplanação, a oeste. Neste ambiente constata-se, em geral, uma superfície muito
irregular com relevo ondulado, mas tendo inserções de relevo suave ondulado e
forte ondulado. No contexto dessa região, também é comum, a presença maciços
residuais.
50
1.5.3 – Planalto da Borborema
O Planalto da Borborema constitui o mais elevado bloco contínuo do
Nordeste Brasileiro, sendo uma estrutura de fundamental importância na atenuação
do clima semiárido e ainda como divisor de águas. Em Alagoas, o referido Planalto
ocupa uma faixa estreita na porção centro-norte e norte do Estado, apresentando
esporões, íngremes ou escarpados, com grandes lajeados de gnaisses e granitos,
os quais constituem os seus contrafortes. Estes contrafortes originam e comandam
uma rede hidrográfica divergente, responsável pela drenagem das águas em direção
ao oceano Atlântico na parte leste e para a calha do São Francisco na parte sul.
1.5.4 – Superfícies de Pediplanação
As superfícies de pediplanação abrangem a maior parte do Sertão alagoano e
pequenos trechos do Agreste. Apresenta altitudes entre 50 m (a partir da margem
do rio São Francisco) e 600 m (na divisa AL/PE). Compreende toda a rede
hidrográfica da zona semiárida, que drena suas águas em direção ao rio São
Francisco. Constituem enormes superfícies, um pouco inclinadas no sentido norte-
sul, com relevo suave ondulado em sua maior extensão, porém com partes planas.
Há, também, ocorrência de relevo ondulado nos pediplanos considerados menos
evoluídos.
Hipóteses paleogeográficas admitem que os pediplanos sertanejos
originaram-se de uma vasta e lenta degradação, em condições úmidas, seguidas de
um período de intensa aridez. Esta degradação iniciou-se no Terciário e
posteriormente, passou por um aperfeiçoamento em fases mais modernas de
pediplanação, contemporâneas à Formação Barreiras (BRASIL, 1975). No contexto
destas áreas, por vezes, surgem os níveis mais resistentes à meteorização, os quais
constituem maciços residuais e inselbergues.
1.5.5 – Maciços Residuais e outros níveis elevados
Compreendem os testemunhos de níveis originários mais resistentes à erosão
diferencial, que permaneceram nas áreas de pediplanação, ora constituindo perfis
íngremes e rochosos (inselbergues), isolados e distribuídos esparsamente, ora
compondo grupos elevados de serras (maciços residuais). Em geral, o relevo destas
estruturas varia de ondulado a montanhoso, com presença marcante de
afloramentos de rochas.
1.5.6 – Bacia do Jatobá
A bacia do Jatobá constitui-se de uma fossa sedimentar preenchida com
estratos de materiais com idades desde o período Siluro-Devoniano até o
Quaternário. No Estado de Alagoas está representada apenas por pequenas áreas
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situadas no extremo oeste do Estado. A sua topografia é caracterizada por
elevações tabulares, sobre as quais dominam os relevos plano e suave ondulado.
Inclui áreas com Serras e Serrotes areníticos delimitados por encostas muito
erodidas e escarpadas como se observa no “canyon” do rio São Francisco.
1.6 – VEGETAÇÃO
A descrição da vegetação primária foi realizada como base no Levantamento
Exploratório-Reconhecimento de Solos do Estado de Alagoas (EMBRAPA, 1975)
levando em conta as observações de campo. É importante destacar que grande
parte da vegetação primária da zona úmida costeira desapareceu quase que
completamente cedendo lugar especialmente ao cultivo da cana-de-açúcar. No
semiárido a realidade também não é muito diferente, tendo-se constatado que
grande parte da sua vegetação natural foi largamente devastada ou está sendo
afetada pelas atividades agropecuárias. Assim, sem a maior parte da vegetação
original, torna-se difícil fazer sua caracterização detalhada e, por isso, tomou-se
como referência principal o mapeamento de solos realizado na década dos anos
setenta do século passado (EMBRAPA, 1975) que disponibiliza informações sobre a
caracterização geral da vegetação quando a mesma era mais preservada.
A vegetação constitui uma importante fonte de informação sobre as
condições hídricas, térmicas e da fertilidade dos solos. Por isso, assume grande
importância sua descrição, tipificação (fasamento) e agregação aos dados contidos
nas unidades de mapeamentos de solos. Dessa forma, além do significado
pedogenético, muitas interpretações das aptidões agrícolas e mesmo ecológicas
das terras têm como base os diferentes tipos (fases) de vegetação.
Conforme os diferentes ambientes e climas que cobrem a superfície do
Estado (EMBRAPA, 1975) e segundo o esquema de classificação da vegetação
preconizado pela Embrapa (EMBRAPA, 2006), foram distinguidos as seguintes
fases de vegetação: floresta perenifólia de restinga, floresta perenifólia de várzea,
floresta subperenifólia, floresta subcaducifólia, floresta caducifólia, cerrado
subperenifólio, caatinga hipoxerófila, caatinga hiperxerófila, caatinga de várzea,
campos de restinga, campos de várzea, manguezais, formações de praias e dunas,
e formações ruprestes (Figura 1.17).
1.6.1 - Floresta perenifólia de restinga
Esta vegetação foi denominada por Andrade Lima (1960 e 1961) como mata
de restinga ou floresta estacional perenifólia de restinga e terraços litorâneos.
Trata-se das formações florestais que se desenvolvem nos sedimentos arenosos da
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baixada litorânea que são mais expressivos no litoral sul do Estado de Alagoas.
Difere das formações florestais referentes ao cristalino e das formações dos
tabuleiros costeiros pelo menor porte, menor pujança, bem como pela fitofisionomia
e composição florística. Relaciona-se com as classes dos solos Neossolos
Quartzarênicos e Espodossolos.
Figura 1.17 – Vegetação primária dominante no Estado de Alagoas.
É uma vegetação pouco densa com árvores em torno de 10 m a 15 m de
altura, troncos relativamente finos, ramificação comumente baixa, caules às vezes
tortuosos e copas irregulares. Ao longo das restingas, a vegetação comumente
apresenta algumas “clareiras” onde se desenvolve uma vegetação campestre. No
estrato arbóreo destacam-se Schinus terebinthifolius (aroeira da praia), Anacardium
occidentalis L. (cajueiro), Tabebuia roseo-alba (Riddley) Sandw. (pau-d’ arco-roxo),
Ocotea sp. (louro), Andira nitida Mart. (angelim), Hancornia speciosa Gomez
(mangaba). É comum também a presença de cactáceas no contexto dessa
vegetação. Em função da presença de cidades da zona litorânea constuídas no
ambiente das restingas, esta vegetação encontra-se muito devastada, sendo difícil
encontrar remanescentes que tipifiquem a vegetação original.
53
1.6.2 – Floresta perenifólia de várzea
Trata-se de uma formação vegetal que praticamente não existe mais devido
ao uso intensivo das terras nas margens dos principais rios da zona úmida costeira.
O ambiente de ocorrência era ou ainda pode ser verificado nas margens de alguns
cursos de água, periferia de brejos, bem como, em baixadas úmidas e até mesmo
em áreas alagadas temporariamente. Também é conhecida como floresta ciliar,
floresta de galeria e floresta ribeirinha. É uma formação higrófila, densa, de porte
médio, com predominância de árvores com caules finos, onde comumente ocorre
Caraipa sp. (camaçari), Erythryna sp. (mulungu), Inga sp. (ingá), Acrocomia
intumescens (macaíba ou macaúba), entre outras espécies. Relaciona-se,
principalmente, com os Neossolos Flúvicos, Cambissolos Flúvicos e, por vezes,
alguns Argissolos desenvolvidos nos ambientes de várzeas.
1.6.3 – Floresta subperenifólia
É uma formação densa, alta, com porte na faixa de 20 m a 30 m e bastante
rica em espécies vegetais. Devido ao uso intensivo das terras na zona úmida
costeira, essa formação florestal encontra-se muito devastada e cada vez mais vem
cedendo lugar às atividades agropecuárias, sobretudo ao cultivo com a cana-de-
açúcar. É uma vegetação que pode ser considerada praticamente sempre verde,
isto é, com muito pouca perda de folhas, onde raramente as culturas necessitam de
irrigação complementar. Ocorre nos ambientes com larga dominância de Latossolos
e Argissolos, destacadamente os Amarelos no ambiente dos Tabuleiros Costeiros e
os Vermelho–Amarelos, bem como, os Amarelos no ambiente de rochas cristalinas.
Onde domina esta vegetação, os solos são de baixa saturação por bases.
Em áreas localizadas no extremo norte do Estado, onde as chuvas são mais
abundantes com médias anuais acima de 2.000 mm, esta formação, pode, talvez,
ser enquadrada dentro da floresta perenifólia. No geral, entre as muitas espécies
encontradas, podem ser citadas Parkia pendula Benth. (visgueiro), Sloanea
obtusifolia (Moric.) Schum. (marmajuda), Bowdichia virgilioides H.B.K. (sucupira),
Byrsonima sericea DC. (murici-da-mata), Sclerolobium densiflorum Benth. (ingá-de-
porco), Gallezia gorazema Moq. (pau-d’alho), entre outras.
1.6.4 – Floresta subcaducifólia
Essa vegetação, em parte, corresponde à “mata-seca” descrita por Andrade
Lima (1960) e, em parte, à “floresta estacional caducifólia costeira” também
descrita por Andrade Lima (1961). Atualmente, essa formação florestal encontra-se
quase totalmente substituída pelas atividades relacionadas ao cultivo da cana-de-
açúcar e outras culturas, só existindo poucos remanescentes, especialmente nas
áreas com relevos mais íngremes na região de São José da Laje, Maribondo e Igreja
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Nova. A vegetação tem um porte em torno de 20 m (estrato mais alto) e apresenta
como característica importante, uma razoável perda de suas folhas no período
seco, notadamente no estrato arbóreo. Na época chuvosa, a sua fisionomia
confunde-se com a da floresta subperenifólia, no entanto, no período seco,
acentua-se a diferença entre elas. Os Argissolos Vermelho-Amarelos e Vermelhos,
Neossolos Litólicos e Cambissolos, comumente com alta saturação por bases, e
Chernossolos, são os principais solos relacionados com este tipo de floresta. Tais
solos apresentam, frequentemente, horizonte A moderado ou A proeminente. Nesta
formação podem ser citadas espécies arbóreas como Tabebuia chrysotricha (Mart.
ex- DC.) Standley (pau-d’arco-amarelo), Cordia trichoma (Vell.) Arab. ex-Steud (frei-
jorge), Plathymenia foliolosa Benth. (amarelo), Bowdichia virgilioides H.B.K.
(sucupira), Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb (pau-d’arco-roxo) e
Pithecolobium polycephalum Benth. (camondongo). No substrato rasteiro são
encontradas gramíneas e colônias de bromeliáceas.
1.6.5 – Floresta caducifólia
Em função das atividades agropecuárias, esta formação florestal encontra-se
bastante devastada, tornando-se difícil sua identificação no campo. É uma
vegetação situada na transição para o ambiente das caatingas, numa faixa que
segue na direção de Palmeiras dos Índios a Olho d’Água Grande. Caracteriza-se por
apresentar espécies dominantemente decíduas, porte da ordem de 10 m a 15 m e
com árvores muito ramificadas, pouco densas, com folhas pequenas e, em adição,
já apresenta algumas espécies comuns à caatinga. Por isso, algumas vezes pode
ser confundida com a caatinga hipoxerófila de porte arbóreo, mas diferencia-se da
mesma por não apresentar muitas espécies espinhosas e xerófilas que são típicas
da caatinga. Argissolos Vermelhos, Latossolos Vermelho-Amarelos e Neossolos
Litólicos com alta saturação por bases, bem como, Luvissolos, Planossolos e
Chernossolos são os principais solos relacionados com as áreas de ocorrência desta
vegetação. Entre as espécies antes encontradas merecem citação: Miracrodon
urundeuva (aroeira), Ziziphus joazeiro Mart. (juazeiro), Schinopsis brasiliensis Engl.
(braúna), Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenan (angico), Enterolobium
contortisiliquum (Vell.) Morong. (tamboril, orelha de negro), Tabebuia chrysotricha
(Mart.ex DC.) Standley (pau-d’arco-amarelo), Syagrus oleraceae (Mart.)
Becc.(catolé), Cedrela sp. (cedro) e outras.
1.6.6 - Cerrados
Esta formação ocorre em pequenas áreas isoladas no topo dos Tabuleiros
Costeiros, sobretudo, na parte sul, e também numa estreita faixa costeira no litoral
norte do Estado. Segundo Andrade Lima (1960), os cerrados caracterizam-se por
um manto herbáceo, com predominância de gramíneas, onde se intercalam árvores
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tortuosas, de súber espesso e com folhas mais ou menos coriáceas. Na zona úmida
costeira ocorrem como cerrados do tipo subperenifólios. Relacionam-se com os
ambientes onde ocorrem Espodossolos, Argissolos Acinzentados, Argissolos
Amarelos fragipânicos, Argissolos e Latossolos Amarelos petroplínticos e
Plintossolos Pétricos, todos, em geral, muito dessaturados de bases. Como
exemplos são citadas algumas espécies, entre as quais, Byrsonima cidoniaefolia
Juss. (murici-do-tabuleiro), Curatella americana L. (lixeira ou cajueiro-brabo),
Hancornia speciosa Gomes (mangaba), Anacardium occidentale L. (cajueiro),
Ouratea sp. (batiputá) e Miconia ferruginata DC. (apaga-fogo). No substrato
destacam-se gramíneas, representadas pela Echnolaena inflexa (Poir) Chase, e
ciperáceas, como a Bulbostylis spp.
1.6.7 - Manguezais
Andrade Lima (1961) denominou esta formação como floresta de alagados
litorâneos. Na realidade, trata-se de uma vegetação relativamente uniforme, com
presença de raízes adventícias, folhas espessas e coriáceas, e troncos finos e
retorcidos, que se desenvolve nos ambientes relacionados às desembocaduras dos
rios, no encontro das águas doces com as águas salgadas. Os manguezais
apresentam feição característica, muitas vezes, com predominância de uma só
espécie. Por vezes, apresentam um denso emaranhado de raízes adventícias que
formam escoras no terreno frouxo, escuro e lamacento. Dentre as espécies
destacam-se Rhizophora mangle L. (mangue vermelho), Conocarpus erectus L.
(mangue-ratinho ou de botão), e Leguncularia racemosa Gaertn. F. (mangue
branco). Ainda merece citação as espécies Acrosticum aureum L. (samambaia-açu)
em áreas marginais, e Avicenia nítida Jacq. (mangue catolé) em áreas onde a
influência do teor salino diminui. Os manguezais estão relacionados com os Solos
Indiscriminados de Mangues que incluem Gleissolos e Organossolos (salinos e, ou
tiomórficos).
1.6.8 - Vegetação de transição
Em função das dificuldades para caracterização de alguns tipos de
vegetação, estas foram reconhecidas como formações transicionais, como por
exemplo: transição floresta subcaducifólia/caatinga hipoxerófila, floresta
subperenifólia/cerrado, caatinga hiperxerófila/caatinga hipoxerófila, entre outros.
Floresta subperenifólia/cerrado - Constitui uma vegetação compreendendo
espécies das formações básicas referentes à floresta subperenifólia e ao cerrado,
mas com predominância de espécies da primeira. Ocorre no litoral norte do Estado.
Floresta caducifólia/caatinga hipoxerófila - Trata-se de uma vegetação
compreendendo espécies das formações básicas referentes à floresta caducifólia e
56
à caatinga hipoxerófila, porém com predominância das características gerais e
espécies da primeira. Sua ocorrência pode ser observada na região de Santana do
Ipanema e Mata Grande.
Caatinga hiperxerófila/caatinga hipoxerófila - Trata-se de uma vegetação
compreendendo espécies e características das formações básicas referentes à
caatinga hiperxerófila e à caatinga hipoxerófila, mas predominância das formações
básicas da primeira. Sua ocorrência pode ser observada na região de Olho d’Água
do Casado e Mata Grande.
1.6.9 - Caatingas
São formações ricas em plantas espinhosas, decíduas e xerófilas que têm
como habitat principal as regiões semiáridas e mesmo de aridez mais atenuada em
grande parte na região Nordeste do Brasil e parte na região Norte do Estado de
Minas Gerais.
Em Alagoas, estas formações vegetais dominam os ambientes situados entre
Arapiraca e o extremo oeste do Estado. As famílias das leguminosas, cactáceas,
malváceas, bromeliáceas e euforbiáceas parecem ter maior ocorrência nessa
vegetação. Conforme o maior ou menor grau de xerofitismo da vegetação, função
de variações climáticas (quantidade e distribuição das chuvas), solos e seu regime
de umidade, estas formações são usualmente divididas em caatinga hipoxerófila,
caatinga hiperxerófila e caatinga de várzea.
Caatinga hipoxerófila
Apresenta caráter xerófilo menos acentuado quando relacionado com a
caatinga hiperxerófila. Situa-se dominantemente na região entre Arapiraca, Ouro
Branco e Pão de Açúcar.
Grande parte das espécies da caatinga hipoxerófila também ocorrre na
caatinga hiperxerófila e vice-versa. No entanto, as arecáceas, catolé e ouricuri
(Syagrus spp.), pelo que foi observado, ocorrem na caatinga hipoxerófila ou na
floresta caducifólia. Portanto, servem para indicar o limite entre a caatinga
hipoxerófila e a hiperxerófila. A seguir, apresenta-se uma lista resumida de espécies
da caatinga hipoxerófila, algumas das quais exóticas, mas já bem adaptadas à
região: Caesalpinia pyramidalis Tul. (catingueira), Cassia excelsa Schrad.
(canafístula), Parkinsonia aculeata L. (turco), Erythrina velutina Willd. (mulungu),
Mimosa tenuiflora (jurema-preta), Mimosa sp. (unha-de-gato ou espinheiro),
Anadenanthera macrocarpa (angico), Bromelia laciniosa Mart. (macambira),
Spondias tuberosa Arruda (imbuzeiro), Schinopsis brasiliensis Engl. (baraúna),
Croton sp. (marmeleiro) e Ziziphus joazeiro (juazeiro). Destaca-se que no estrato
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rasteiro é comum a presença de cactáceas. Nos ambientes onde predomina a
caatinga hipoxerófila os solos mais importantes incluem Planossolos, Neossolos
Regolíticos, Neossolos Litólicos, Luvissolos e alguns Argissolos e Cambissolos.
Caatinga hiperxerófila
É a caatinga característica da região semiárida da zona do Sertão, com
xerofitismo mais acentuado em relação à caatinga hipoxerófila. Ocorre em áreas
geralmente com menor quantidade e maior irregularidade das chuvas, em relação às
áreas ocupadas pela caatinga hipoxerófila. Esta vegetação ocupa os ambientes
localizados no extremo oeste do Estado, exceto nas áreas elevadas serranas.
Possui, geralmente, uma vegetação de pequeno porte, arbustiva ou arbustiva-
arbórea e relativamente aberta. Ocupa ambientes onde dominam Planossolos,
Neossolos Litólicos, Neossolos Regolíticos e Luvissolos. Entre as várias espécies
que integram essa vegetação as mais características são as seguintes:
Aspidosperma pyrifolium Mart. (pereiro), Pilocereus gounellei Webber (xiquexique),
Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax. e K. Hoffm. (favela), Caesalpinia
pyramidalis Tul. (catingueira), Calliandra depauperata Benth. (carqueja).
Caatinga de várzea
Em termos de fitofisionomia esta vegetação se assemelha com a caatinga
hiperxerófila, sendo geralmente arbustiva e pouco densa. Situa-se ao longo das
calhas de rios e riachos e nas margens e ilhas do rio São Francisco. Domina em
ambientes onde ocorrem solos profundos, com alta saturação por bases, das
classes dos Neossolos Fúvicos e de alguns Cambissolos Flúvicos. São, portanto,
áreas onde a umidade permanece por um tempo mais prolongado em relação aos
terrenos adjacentes com rochas cristalinas. Daí porque essa vegetação se
diferencia em reflexo a essa diferença de umidade do ambiente. Algumas das
espécies que são mais destacadas nesses ambientes são conhecidas popularmente
como quixabeira, marizeiro, turco, entre outras. Em alguns riachos, com presença
de solos salinos e salino-sódicos, como no Moxotó, a algaroba (Prosopis juliflora) é
uma das espécies muito tolerante aos altos teores salinos e que se adapta a essas
condições. A carnaúba (Copernicea prunifera) também é uma espécie que ocorre
nesses ambientes.
1.6.10 - Campos e outras formações
Campos de restinga
Essa vegetação aparece logo após as formações das praias e com elas, por
vezes, confunde-se. É uma vegetação arbustiva de densidade variável tendo nas
áreas mais abertas algumas espécies comuns aos cerrados dos tabuleiros costeiros.
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Comumente fica intercalada no contexto da floresta perenifólia de restinga.
Relaciona-se com as classes dos Neossolos Quartzarênicos e Espodossolos. Entre
as espécies presentes podem ser citadas: Axonopus aureus Beauv., Heliconia
angustifólia Hook (paquevira), Polygala lancifolia St. Hil., Byrsonima gardneriana
Juss. (murici-da-praia ), Croton sellowii, Melocactus violaceus Pfieff. (coroa-de-
frade), Murcia spp. (murta), Cuphea flava Spreng., Guettarda platypoda DC. e
Lagenocarpus martii Nees.
Campos de várzea
Relacionam-se com as áreas das várzeas úmidas e alagadas, em periferias de
cursos d’água e lugares úmidos onde, de certo modo, existe acúmulo das águas
dos rios, riachos e de chuvas. É uma vegetação constituída por estratos baixos ou
rasteiros, herbáceos ou hebáceos-arbustivos, porém formando comunidades
densas. Nessas comunidades geralmente predominam muitas espécies das famílias
das gramíneas e ciperáceas. Conforme a maior ou menor permanência da umidade
do ambiente, essa vegetação pode ser subdivida em campos higrófilos de várzea
(com menos umidade ou alagamento temporário) e campos hidrófilos de várzea
(com maior permanência da umidade ou alagamento permanente). Podem compor
formações densas, mas, por vezes, quando relacionadas com Gleissolos Salinos ou
Tiomórficos, geralmente nas proximidades de mangues, são abertas com presença
de 3 a 4 espécies onde uma delas, como o junco (Eleocharis sp.- Ciperácea), pode
ser a responsável pela fisionomia principal da área. Entre as espécies comuns nos
campos hidrófilos ou não, merecem destaque, da família gramínea: Panicum
virgatum; da Ciperácea: Cyperus giganteus; da Arácea: Montrichardia sp.; da
Polipodiácea: Acrosticum sp. Algumas espécies pertencentes aos gêneros Panicum,
Paspalum e Cyperus estão mais relacionadas com os campos higrófilos, onde
ocorrem Neossolos Flúvicos.
Formações das praias e dunas
Trata-se de uma vegetação rasteira, comumente rala e mais ou menos
uniforme, que ocorre nas áreas sob a influência dos ventos do mar e dos
sedimentos arenosos. Relaciona-se com ambientes onde ocorrem Neossolos
Quartzarênicos tendo maior expressão no litoral sul do Estado. Essa vegetação
pode conter grupamento de moitas densas, mas dispersas, que podem atingir até 3
m de altura. Nessa vegetação a variação de espécies é pequena destacando-se a
Ipomoea pes-caprae Sweet. (salsa-da-praia) e uma gramínea de folhas rijas e longas
Sporobolus virginicus (L.) Kunth, ao lado de outras como Canavalia maritima (Aubl.)
Thou., Cereus pernambucensis Lemaire, Phaseolus sp. e Paspalum sp. Nas dunas
também é comum a presença de cactáceas.
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Formações rupestres
São formações que se desenvolvem nos lajeados de granitos, migmatitos e
outras rochas que constituem os afloramentos rochosos da área. Destacam-se
nestas formações, espécies de baixo porte pertencentes, principalmente, às
famílias das Cactáceas, Bromeliáceas, Apocináceas e Veloziáceas.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 - TRABALHO DE CAMPO
O planejamento e a execução do mapeamento de solos, na escala
1:100.000, seguiram, em linhas gerais, os procedimentos normativos de
levantamentos pedológicos (EMBRAPA, 1995) e os critérios para distinção de fases
de unidade de mapeamento (EMBRAPA, 1988), acrescidos do uso das
geotecnologias disponíveis. A fase inicial dos trabalhos consistiu na organização
das bases cartográficas e imagens de satélite e, ou de radar (escala 1:100.000 ou
maior) utilizadas nas diversas fases do levantamento pedológico. Em seguida, foi
realizada a divisão da área de estudo por equipe de trabalho (seis equipes) para
iniciar o levantamento de campo. Quando esta fase foi atingida, as diversas
equipes devidamente treinadas em estudos semelhantes iniciaram o mapeamento
de solos. No decorrer das atividades, cada equipe produziu uma legenda de solos
conforme sua área de estudo.
Durante o mapeamento de solos no campo procurou-se, sempre,
correlacionar os diferentes tipos de solos com os fatores de formação mais
importantes na área de estudo (relevo, vegetação/clima e material originário). Em
conformidade com o nível do mapeamento, foram realizados exames morfológicos
de solos (georreferenciados) numa proporção média de 1 exame para cada 4 km2.
Os exames foram realizados aproveitando as vias de acesso disponíveis,
preferencialmente em sentido perpendicular as linhas de drenagem, de modo a se
observar o arranjamento de solos nas diferentes topossequências da área de
estudo. Com essa estratégia, foi possível conhecer as principais relações solo-
paisagem das áreas mapeadas. Foram ainda anotadas informações referentes à
altitude, drenagem, tipo de horizonte superficial, fases de relevo, pedregosidade,
rochosidade, erosão, substrato, além do uso agrícola e da taxonomia dos solos.
Tomando por base estas informações, estabeleceram-se o conceito e os padrões de
composição das diversas unidades de mapeamento de solos na região de estudo e
determinaram-se os elementos chaves ou padrões de interpretação em imagens de
satélite, os quais foram utilizados como ferramenta de apoio na cartografia de
solos.
60
Os exames de solos, visando o mapeamento pedológico, foram realizados em
cortes de estradas, barrancos de erosão, trincheiras e por meio de sondagens com
o uso de trado. Na medida em que os trabalhos de campo se desenvolviam, cada
equipe pedológica procedia ajustes, complementações e correções na legenda de
solos, incorporando novos conhecimentos sobre a área mapeada.
Para apoiar o mapeamento, utilizaram-se imagens do satélite (Landsat TM) na
escala aproximada de 1:100.000 e folhas de restituição aerofotogramétrica,
escalas 1:100.000 e 1:50.000, elaboradas pela diretoria do Serviço Geográfico do
Exército, em convênio com a Divisão de Cartografia da Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE. Também foram utilizadas imagens de
radar nas escalas 1:100.000 e 1:250.000.
Em conformidade com o nível deste mapeamento de solos, foram descritos e
coletados 129 perfis representativos e aproveitados 85 perfis de estudos anteriores
(Embrapa e Usinas de cana-de-açúcar), totalizando 214 perfis de solos.
Na descrição e amostragem dos perfis foram consideradas as recomendações
e critérios constantes no manual de descrição e coleta de solo no campo (SANTOS
et al., 2005). A classificação taxonômica seguiu o Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006).
2.2 - TRABALHO DE ESCRITÓRIO
No escritório, além do planejamento das diferentes etapas dos estudos
pedológicos, foram utilizadas geotecnologias disponíveis para fins da produção da
cartografia temática. As bases cartográficas foram escanerizadas,
georreferenciadas e digitalizadas até a obtenção de arquivos vetoriais prontos para
serem trabalhados em Sistema de Informações Geográficas – SIG.
Entre os materiais cartográficos amplamente utilizados para o
desenvolvimento deste trabalho destacam-se: imagens LANDSAT TM; Imagem
SRTM – NASA; cartas topográficas da DSG/SUDENE nas escalas 1:100.000 e
1:50.000; e o mapa geológico do Estado na escala 1:250.000. Para geração e
manipulação dos dados foram utilizados os softwares ArcGis, ERDAS IMAGINE e o
GLOBAL MAPPER. Como base cartográfica para o tema solos, foram utilizadas as
cartas topográficas da DSG/SUDENE, na escala 1:100.000.
Com informações do SRTM foi possível gerar um MDT (Modelo Digital de
Terreno) que disponibilizou informações planialtimétricas de toda área de estudo.
No ambiente ArcGIS foi possível realizar interpretações preliminares da área
de estudo com base no MDT, imagem LANDSAT TM, mapa geológico, mapa de
61
vegetação e mapas de solos disponíveis (escala 1:400.000 ou maior). Nessa
análise, foram considerados aspectos diversos, como: relevo, padrão de imagens,
rede de drenagem, aspectos geológicos, dentre outros, por meio dos quais foram
traçados limites preliminares de diversas unidades de mapeamento de solos.
As interpretações preliminares elaboradas no ambiente SIG (ArcGis)
tornaram-se condições facilitadoras dos trabalhos de campo, permitindo economia
de tempo e de recursos financeiros. Por meio das checagens de campo observou-se
que muitas unidades de mapeamento já estavam pré-espacializadas, sendo
necessário, apenas, alguns ajustes de limites e o estabelecimento da composição
de solos da unidade.
Por meio do ArcGis foram elaborados os mapas contendo a representação
geográfica das diversas unidades de solos encontradas na área de estudo, como
também a base cartográfica, contendo informações da infra-estrutura, isto é, da
rede de drenagem, copos d’água, rede viária e áreas urbanas.
A área de estudo ficou inserida total ou parcialmente nas seguintes cartas
1:100.000: Sirinhaém, Porto Calvo, Palmares, Rio Largo, Maceió, Garanhuns,
União dos Palmares, São Miguel dos Campos, Piaçabuçu, Palmeira dos Índios,
Arapiraca, Propriá, Buíque, Santana do Ipanema, Pão de Açúcar, Poço da Cruz,
Delmiro Gouveia, Piranhas e Paulo Afonso.
Ao final do mapeamento pedológico, as legendas de cada equipe, elaboradas
de forma independente, foram confrontadas, comparadas e correlacionadas entre
si, com o apoio de planilhas eletrônicas e de um banco de dados em ArcGis,
visando a composição da legenda geral de solos do Estado. No banco de dados
foram cruzadas e comparadas informações vigentes nos mapas de solos gerados
pelas diferentes equipes. A unificação e, ou fusão de diferentes unidades de
mapeamento concebidas pelas diferentes equipes de trabalho obedeceu aos
seguintes critérios: primeiro, levando em conta a semelhança quanto à fase de
vegetação; segundo, a semelhança quanto à fase de relevo; terceiro, a semelhança
quanto ao padrão de solos componentes da unidade de mapeamento, observando a
natureza do material de origem; e quarto, a semelhança quanto à proporção de
solos na unidade mapeada.
Para organização da legenda de solos, em geral, seguiram-se os seguintes
princípios: (a) primeiro foram ordenados os solos com boa drenagem, dos mais
desenvolvidos para os menos desenvolvidos, vindo depois os solos com diferentes
níveis de deficiência de drenagem; (b) em seguida, foram ordenados os solos dos
ambientes mais úmidos para os mais secos; e (c) por fim, ordenaram-se os solos
dos relevos mais planos para os mais movimentados.
62
2.3 – MÉTODOS DE ANÁLISE DE SOLO
As amostras de solo coletadas no campo foram secas ao ar, destorroadas e
passadas em peneira com abertura de 2 mm de diâmetro. Na fração maior que 2
mm fez-se a separação de cascalho e calhaus. A fração inferior a 2 mm constituiu a
terra fina seca ao ar (TFSA), onde se fizeram as determinações físicas, químicas e
mineralógicas, conforme metodologias descritas em Embrapa (1979) e Embrapa
(1997).
2.3.1 - Análises físicas
Composição granulométrica da fração TFSA - Representa a proporção das
frações granulométricas, areia, silte e argila. Foi determinada por peneiramento e
sedimentação. Emprega-se NaOH e, em casos especiais, o hexametafosfato de
sódio como agente químico de dispersão e o agitador de alta rotação. A argila foi
determinada por método densimétrico e a fração areia por peneiramento, utilizando
a peneira de malha 0,05 mm. A areia grossa foi separada da areia fina com o uso
da peneira de malha 0,20 mm e o silte obtido por diferença. Os resultados foram
expressos em números inteiros, na unidade de g kg-1.
Argila dispersa em água - Determinada por sedimentação pelo método
densimétrico, sendo usado o agitador de alta rotação e água destilada como agente
dispersante.
Grau de floculação (GF) - Calculado pela seguinte fórmula:
GF (%) = (% argila total - % argila dispersa em água) x 100
% argila total
Relação Silte/Argila - Determinado pela relação entre a percentagem de silte
e a percentagem de argila total.
Densidade do solo - Também denominada de densidade aparente ou
densidade global (bulk density), foi obtida utilizando anéis de Kopeck de 50 cm3 e
em alguns casos pelo método do torrão parafinado.
Densidade de partículas - É também conhecida como densidade real e foi
obtida pelo método do balão volumétrico aferido de 50 ml, empregando-se álcool
etílico absoluto.
Porosidade total (PT) - Calculada segundo a fórmula:
PT (%)= (Densidade de partículas – Densidade do solo) x 100
Densidade de partículas
63
Umidade na capacidade de campo e ponto de murcha - Foram determinadas
umidades em amostras deformadas e pré-saturadas sobre placa de cerâmica nas
condições de pressão de 0,01 MPa, 0,03 MPa e 1,5 MPa nos extratores de
Richards e panela de pressão. A água disponível foi obtida pela diferença entre o
teor de água na capacidade de campo (0,01 MPa ou 0,033 MPa, conforme a
textura do solo) e o teor de água no ponto de murcha permanente (1,5 MPa). Na
ausência dos valores de retenção de umidade a 0,01 Mpa ou 0,03 Mpa
determinou-se o equivalente de umidade, em amostras pré-saturadas submetidas à
centrifugação (2.440 rpm) por 30 minutos (EMBRAPA, 1979).
2.3.2 - Análises químicas
pH em água e em KCl 1 mol L-1 – Foram determinados potenciometricamente
numa suspensão solo:líquido (v/v) de aproximadamente 1:2,5.
Carbono orgânico – Determinou-se pela oxidação da matéria orgânica via
úmida com dicromato de potássio 0,4 mol L-1 em meio sulfúrico e titulação pelo
sulfato ferroso 0,1 mol L-1 usando a difenilamina como indicador.
Nitrogênio total – Foi analisado por digestão da amostra com mistura ácida
sulfúrica, na presença de sulfatos de cobre e de sódio; a dosagem do N foi feita por
volumetria com HCl 0,01 mol L-1 após retenção do NH3 em ácido bórico, em
câmara de difusão.
Fósforo assimilável – Foi extraído com solução de HCL 0,05 mol L-1 + H2SO4
0,025 mol L-1 e determinado colorimetricamente em presença do ácido ascórbico.
Cálcio, Magnésio e Alumínio trocáveis – Foram extraídos com solução normal
de KCl. O alumínio foi determinado volumetricamente com solução diluída de NaOH
0,025 mol L-1. O cálcio mais magnésio foram determinados conjuntamente por
titulação complexiométrica com solução de EDTA 0,0125 mol L-1; o cálcio foi
determinado isoladamente por titulação complexiométrica, também com solução de
EDTA, e o magnésio, separadamente, foi obtido por diferença.
Acidez extraível (H+ + Al3+) - Extração feita com solução tamponada de
acetato de cálcio normal a pH 7,0 e titulação com NaOH 0,0606 N na presença de
fenolftaleína.
H extraível – Corresponde à diferença entre a acidez extraível e o alumínio
trocável, conforme a expressão: H+= (H+ + Al3+) - Al3+.
Potássio e sódio trocáveis – A extração foi feita com solução diluída de HCl
0,05 mol L-1 e determinados por espectrofotometria de chama.
64
Soma de bases (Valor S) – Foi obtida pela expressão:
S = (Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+).
Capacidade de troca de cátions (Valor T) - O valor T foi calculado pela
fórmula:
T = [S + (H+ + Al3+)].
Saturação por bases (Valor V) - O valor V foi calculado pela fórmula:
V (%) = 100 S/T.
Saturação por Alumínio (Valor m) - O valor “m” foi obtido pela fórmula:
m (%) = 100 [Al3+/(S+Al3+)].
Percentagem de saturação por sódio (PST) - Calculado pela fórmula:
PST (%) = 100 (Na+/T).
Ataque sulfúrico – Realizado na TFSA para extração de ferro, titânio,
manganês, fósforo e subsequente extração de sílica no resíduo. O tratamento da
terra fina foi feito com solução de H2SO4 1:1 (volume), por fervura, sob refluxo,
com posterior resfriamento, diluição e filtração. No resíduo foi determinado SiO2 e
no filtrado Fe2O3, Al2O3, TiO2, MnO e P2O5.
Relação molecular - Ki - Calculada pela fórmula:
Ki = (%SiO2 x 1,70)/(%Al2O3)
Relação molecular - Kr - Calculada pela fórmula:
Kr = (%SiO2 x 0,60)/(%Al2O3 x 1,02 + %Fe2O3 x 1,60)
Relação molecular – Al2O3/Fe2O3 - Calculada pela fórmula:
Al2O3/Fe2O3 = (%Al2O3 )/( %Fe2O3 x 1,57)
Percentagem de água da pasta saturada - Determinada por mistura de terra
fina seca ao ar com adição gradual de água.
Condutividade elétrica do extrato de saturação (CE) – Foi determinada por
condutivimetria no extrato de saturação, proveniente da filtração da pasta saturada.
Sais solúveis – Foram determinados pela medição de cátions e ânions no
extrato aquoso proveniente da filtração a vácuo da pasta saturada.
65
Cálcio, magnésio, potássio e sódio solúveis – A determinação foi realizada no
extrato de saturação, segundo métodos similares aos adotados para as
determinações desses elementos na forma trocável.
Carbonatos, bicarbonatos, cloretos e sulfatos – Foram determinados no
extrato de saturação: CO32-; HCO3
- e Cl- por volumetria e SO42- por gravimetria.
Equivalente de carbonato de cálcio (CaCO3) – Determinado na TFSA por
ataque da amostra com excesso de solução padrão de HCl 0,5 mol L-1 a quente. A
titulação do excesso de ácido foi realizada com NaOH 0,25 mol L-1 usando a
fenolftaleína como indicador.
2.3.3 - Análises mineralógicas
Calhaus, cascalhos e areias - Os componentes mineralógicos foram
identificados por métodos óticos, usando-se o microscópio polarizante e lupa
binocular, sendo feita a contagem das espécies minerais sobre placa milimetrada ou
papel milimetrado e, quando necessário, foram empregados microtestes químicos.
Nas frações calhaus e cascalhos a análise foi qualitativa. Já na fração areia
(grossa + fina), se fez a análise qualitativa e semiquantitativa dos componentes
mineralógicos, sendo os resultados expressos sob a forma de percentagem.
2.4 – SUBDIVISÃO DE CLASSES DE SOLOS E FASES EMPREGADAS
Os critérios utilizados para o estabelecimento, subdivisão de classes e
organização da legenda de solos constam no Sistema Brasileiro de Classificação de
Solos – SiBCS (EMBRAPA, 2006), na súmula da reunião técnica de levantamento
de solos (REUNIÃO ....., 1979), em critérios para distinção de classes de solos e de
fases de unidades de mapeamento (EMBRAPA, 1988), no manual de descrição e
coleta de solo no campo (SANTOS et al., 2005) e nos procedimentos normativos
de levantamentos pedológicos (EMBRAPA, 1995). Os critérios de maior importância
para a região estudada estão discriminados em seguida.
Cor - Critério adotado para subdivisão das classes de solos com alto grau de
desenvolvimento pedogenético. Foi utilizado para subdivisão de Latossolos,
Argissolos e Nitossolos. O critério de cor se aplica aos primeiros 100 cm do
horizonte B diagnóstico, inclusive o BA. Os padrões utilizados foram: acinzentado,
amarelo, vermelho-amarelo e vermelho.
Acinzentado – Padrão de cor com maior ocorrência nos matizes 7,5 YR,
10YR, 2,5Y e 5Y com croma menor ou igual a 3 e valor maior ou igual a 4.
66
Amarelo – Padrão de cor nos matizes 7,5YR, 10YR, 2,5Y e 5Y com croma
maior que 3 e valor normalmente maior que 4.
Vermelho – Padrão de cor no matiz 2,5YR ou mais vermelho, incluindo cores
no matiz 5YR, mas com valores e cromas menores ou iguais a 4.
Vermelho-Amarelo – Cores vermelho-amareladas ou amarelo-avermelhadas
que não se enquadram nos padrões anteriores.
Atividade da fração argila (Tfa) - Refere-se à capacidade de troca de cátions
da fração argila do solo, sem considerar a correção para o teor de carbono. É
calculada pela expressão:
Tfa = 100 T/(% argila)
Onde:
T= [S + (H+ + Al3+)] e S= (Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+).
A atividade da fração argila é considerada baixa (Tb) quando o valor Tfa é
inferior a 27 cmolc kg-1 de argila, e alta (Ta) quando o valor Tfa é igual ou superior a
27 cmolc kg-1 de argila. Esse critério não é utilizado em solos arensos ou quando a
classe de solo, por definição, é considerada com argila de atividade baixa ou alta.
Saturação por bases (valor V%) - Refere-se à proporção, em porcentagem,
dos cátions básicos trocáveis: cálcio, magnésio, potássio e sódio (valor S), em
relação à capacidade total de troca de cátions do solo (valor T). Em geral,
considera-se a saturação por bases no horizonte B, e, na ausência deste, no
horizonte C. No caso dos Neossolos Litólicos, a saturação por bases é avaliada,
também, no horizonte A. Para o cálculo da saturação por bases utiliza-se a seguinte
expressão:
V% = 100 S/T
Em conformidade com a saturação por bases, os solos são classificados
como distróficos, quando V < 50%, ou eutróficos, quando V ≥ 50%. Esse critério
não se aplica quando, por definição, o solo é eutrófico.
Saturação por sódio (PST) - Refere-se à proporção de sódio trocável em
relação à capacidade de troca de cátions do solo (valor T), conforme a expressão:
PST = 100 (Na+)/T
Em geral, a saturação por sódio é avaliada no horizonte B e, ou C, em
conformidade com a seção de controle que define a classe de solo. Usa-se o termo
67
solódico para distinguir horizontes ou camadas com saturação por sódio variando
de 6% a <15%, e o termo sódico para os horizontes ou camadas em que a
saturação por sódio é ≥15%.
Salinidade - Propriedade referente à presença de sais mais solúveis em água
que o sulfato de cálcio (gesso) em quantidade que interfere no desenvolvimento da
maioria das culturas. É expressa por meio da condutividade elétrica (CEe) medida no
extrato de saturação do solo. Usa-se o termo salino para expressar CEe ≥ 4 dS m-1
e < 7 dS m-1 (a 25ºC) em um ou mais horizontes ou camadas dentro da seção de
controle que define a classe de solo. Quando a CEe ≥ 7 dS m-1 (a 25ºC) usa-se o
termo sálico para distinguir horizontes ou camadas dentro da seção de controle da
classe de solo.
Profundidade do contato lítico - Refere-se ao material subjacente ao solo
(exclusive horizontes diagnósticos cimentados) que impede o livre crescimento das
raízes de modo que estas se limitam às fendas, por ventura, existentes. O contato
lítico é representado pela rocha sã e por rochas sedimentares parcialmente
consolidadas, tais como arenitos, siltitos, margas, folhelhos, ardósias ou por
saprolito pouco alterado (CR). O termo lítico é usado para indicar solos que
apresentam o contato lítico dentro de 50 cm, exceto nos casos que, por definição,
já está implícito na classe de solo. Usa-se o termo léptico para indicar solos com o
contato lítico entre 50 cm e 100 cm ou entre 50 cm e 120 cm, conforme a classe
de solo. O contato lítico pode ser considerado do tipo fragmentário quando o
substrato rochoso encontra-se fraturado, permitindo o livre crescimento de raízes e
a percolação de água.
Caráter plíntico – Refere-se aos solos que apresentam conteúdo de plintita e,
ou espessura do horizonte insuficiente para caracterizar horizonte plíntico em
alguma parte da seção de controle que defina a classe. Este caráter requer plintita
em quantidade mínima de 5% por volume. A plintita é uma forma de concentração
ferruginosa com dimensões maior que 2 mm, apresentando consistência firme,
estável em água e cortável com uma faca ou pá.
Caráter concrecionário - Termo usado para diferenciar solos que apresentam
petroplinita na forma de nódulos e, ou concreções, em um ou mais horizontes
dentro da seção de controle que defina a classe, em quantidade e, ou com
espessura do horizonte insuficientes para caracterizar horizonte concrecionário.
Este caráter requer petroplintita em quantidade mínima de 5% por volume.
Caráter litoplíntico – É uma característica usada para diferenciar solos que
apresentam petroplintita na forma consolidada e contínua, em um ou mais
68
horizontes dentro da seção de controle que defina a classe, com espessura
insuficiente para caracterizar horizonte litoplíntico.
Solos com alto teor de alumínio – São solos que apresentam no horizonte B,
ou na ausência deste, no C, um teor de alumínio extraível maior ou igual a 4 cmolc
kg-1 de solo. Quando a atividade da argila for < 20 cmolc kg-1 de argila e o valor V
< 50%, os solos apresentam o caráter alumínico. Se a atividade da argila for ≥ 20
cmolc kg-1 de argila e o valor V < 50%, o solo apresenta o caráter alítico.
Materiais sulfídricos – Referem-se aos materiais que contêm compostos de
enxofre oxidáveis. Normalmente ocorrem em áreas encharcadas, como nas várzeas
úmidas costeiras, com influência de águas sulfatadas salobras do mar. Os sulfetos
presentes nos materiais sulfídricos quando expostos às condições aeróbicas reagem
e se tornam oxidados o que leva a formação do ácido sulfúrico. Nestas condições o
pH poderá baixar para valores inferiores a 3, condicionando a formação de solos
tiomórficos.
Caráter úmbrico – Serve para diferenciar classes solos que apresentam o
horizonte superficial do tipo A proeminente.
Caráter coeso – Trata-se de horizontes pedogenéticos subsuperficiais, não
cimentados, densos, duros a extremamente duros quando secos, mas que no
estado úmido a consistência varia de friável a firme. A coesão é um fenômeno
totalmente reversível, ou seja, se o solo voltar ao estado seco torna-se coeso
novamente e, se voltar ao estado úmido, retorna à consistência friável a firme.
Comumente ocorre no topo do horizonte B e, ou na transição do B para o horizonte
A (AB ou BA), especialmente nos solos não arenosos no ambiente dos tabuleiros
costeiros.
Caráter dúrico – Refere-se aos horizontes com cimentação forte do tipo
duripã ou “ortstein”, cujos agentes cimentantes podem ser compostos silicosos
(duripã), aluminossilicatos (ortstein), entre outros, mas excluem compostos
ferruginosos ou cálcicos.
Caráter epiáquico – Refere-se aos solos que apresentam, temporariamente,
condições de oxi-redução em alguma parte do perfil de solo em função de camadas
com restrições de permeabilidade. Devido a essa dificuldade de infiltração da água,
a zona que se torna saturada, temporariamente, exibe características morfológicas
que sinalizam os fenômenos de oxi-redução. Trata-se da presença de mosqueados
originando um padrão variegado ou em quantidade, no mínimo, comum (2% a
20%) e com contraste distinto.
69
Caráter hidromórfico – Ocorre nos ambientes com excesso de umidade, isto
é, com lençol freático elevado durante grande parte do ano e na maioria dos anos.
Em consequência, os solos formados nesses ambientes são mal ou muito mal
drenados. Os sinais indicadores mais importantes desses ambientes são, por
exemplo, a presença de horizonte H hístico, horizonte glei e cores de redução com
croma ≤ 3, ou nos matizes 5GY, 10GY, 5G, 5GB, 10GB, 5B, 10B, entre outros.
Presença de carbonatos - Propriedade referente à presença de CaCO3
equivalente (% peso) sob qualquer forma de segregação, inclusive de concreções,
dentro da seção de controle da classe de solo. Usa-se o termo com carbonato
quando o teor de CaCO3 equivalente for de 5% a < 15% e o termo carbonático
quando o teor de CaCO3 equivalente for ≥ 15%.
Características intermediárias entre classes de solos – Trata-se de solos que
apresentam atributos marcantes de outras classes de solo. Por exemplo, solos que
não pertencem à classe dos Latossolos, mas com eles guardam semelhanças
morfológicas, físicas e químicas, são discriminados com o termo latossólico. Outros
solos que apresentam características intermediárias para os Planossolos, isto é,
presença de horizontes adensados com permeabilidade lenta, mosqueados, cores
de redução, mas que não satisfazem aos critérios da ordem dos Planossolos, são
discriminados com o termo planossólico. Já os solos que apresentam horizontes
vérticos, mas não pertencem à classe dos Vertissolos, são discriminados pelo
termo vertissólico.
Os termos mais utilizados para indicar as características intermediárias entre
classe de solos são: latossólico, argissólico, nitossólico, planossólico, vertissólico,
gleissólico, cambissólico, neofluvissólico, chernossólico, plíntico, espódico,
organossólico, entre outros.
Textura e espessura de horizontes superficiais arenosos - Esse critério serve
para discriminar as classes de solos que apresentam horizontes superficiais
espessos e arenosos, porém apresentando textura média ou mais fina em
subsuperfície. Assim, o termo arênico serve para designar solos com textura
dominantemente arenosa desde a superfície até uma profundidade de 50 cm a 100
cm. Já o termo espessarênico, caracteriza solos com textura dominantemente
arenosa desde a superfície até mais de 100 cm de profundidade.
Textura de horizontes subsuperficiais em solos arenosos - Para melhor
subdividir os Neossolos Quartzarênicos e os Neossolos Regolíticos com vistas a
uma melhor interpretação do seu potencial para manejos diversos, foram adotadas
subdivisões texturais da seguinte forma: (a) com textura na classe areia-franca
70
dentro da seção de controle de 100 cm a 200 cm de profundidade; e (b) com
textura na classe areia em todo o perfil analisado, até 200 cm de profundidade.
Mudança textural abrupta - Refere-se a um considerável aumento no teor de
argila dentro de uma pequena distância vertical (<7,5 cm) na zona de transição
entre o horizonte A ou E com o horizonte subjacente B. Quando o horizonte A ou E
contém menos de 20% de argila, o teor dessa fração no horizonte B, dentro da
seção vertical <7,5 cm, deve ser pelo menos o dobro da encontrada no horizonte
sobrejacente A ou E. Porém, quando o horizonte A ou E tiver 20% ou mais de
argila, no horizonte B, dentro da seção vertical <7,5 cm, deve ter pelo menos 20%
de argila a mais que no horizonte sobrejacente A ou E.
Grupamento de classes texturais - Refere-se a uma faixa de textura que
engloba uma ou mais classes texturais. Os grupamentos utilizados foram:
- Textura arenosa – Compreende as classes texturais areia e areia-franca.
- Textura média – Compreende classes texturais ou parte delas, que
apresentam composição granulométrica com menos de 35% de argila e mais de
15% de areia, excluídas as classes texturais areia e areia-franca.
- Textura argilosa – Compreende classes texturais ou parte delas, tendo na
composição granulométrica de 35% a 60% de argila.
- Textura muito argilosa - Compreende a classe textural com mais de 60%
em teor de argila.
- Textura siltosa – Compreende parte das classes texturais que tenham
menos de 35% de argila e menos de 15% de areia.
Nos solos com expressiva variação textural entre o horizonte superficial (A)
ou (A+E) e o de subsuperfície (B) ou (C), quando o B não existe, as variações são
expressas na forma de fração (textura binária) para distinguir classes de solo. Por
exemplo, textura média/argilosa, arenosa/argilosa, arenosa e média/argilosa, média/
argilosa e muito argilosa, entre outras.
Presença de cascalhos - Refere-se à proporção de frações grossas no solo
com dimensões entre 2 mm e 2,0 cm, em relação à amostra total, independente da
natureza do material. A ocorrência de cascalho é registrada como um qualitativo
modificador da classe de textura. Assim, ocorrem solos com as seguintes classes:
- Com cascalho - Quantidade de cascalhos de 8% a <15%.
- Cascalhenta - Quantidade de cascalhos de 15% a <50%.
71
- Muito cascalhenta - Quantidade de cascalhos ≥ 50%.
Horizontes diagnósticos superficiais - Critério distintivo de classes de solos
com relação à natureza e desenvolvimento do horizonte superficial (mineral ou
orgânico). Na área de estudo foram identificados horizontes superficiais do tipo A
fraco, A moderado, A proeminente, A chernozêmico, A húmico e H hístico
conforme conceituado vigentes no SiBCS (EMBRAPA, 2006).
Em linhas gerais, o horizonte A fraco é pouco desenvolvido e apresenta
teores de carbono orgânico muito baixo (<0,6%). Ocorre dominantemente em
solos do semiárido. Por outro lado, o horizonte A chernozêmico apresenta teor de
bases alto, sendo eutrófico (V ≥ 65%), com boa agregação, tendo teor de carbono
orgânico de 0,6% a <8% e cores escuras (valor e croma ≤ 3 no estado úmido,
exceto nos solos ricos em carbonatos de cálcio). A espessura situa-se entre 10 cm
e 25 cm, conforme conceituado no SiBCS (EMBRAPA, 2006). Ocorre comumente
em zonas de transição, entre regiões secas e úmidas e sobre rochas calcárias. O
horizonte A proeminente é similar ao chernozêmico, exceto a saturação por bases
que é inferior a 65%. Também é comum em zonas de transição e em zonas
úmidas. O horizonte A húmico também apresenta saturação por bases inferior a
65% e destaca-se por ser relativamente espesso e rico em carbono orgânico com
cores escuras (valor e croma ≤ 4 no estado úmido). Sua identificação leva em conta
a espessura, teor de carbono e teor de argila, conforme estabelecido no SiBCS
(EMBRAPA, 2006). É mais comum em brejos de altitude e em zonas de transição,
entre ambientes úmidos e secos. O horizonte A moderado é o que não se enquadra
nos demais horizontes superficiais minerais, exclusive o antrópico. O H hístico é um
horizonte orgânico (teor de carbono orgânico ≥ 8%) que pode ser superficial ou
subsuperficial. Caracteriza-se por ser formado em ambiente mal ou muito mal
drenado. Sua espessura mínima pode variar de 10 cm a 40 cm conforme condições
estabelecidas no SiBCS (EMBRAPA, 2006).
Horizontes diagnósticos subsuperficiais - Critério distintivo de classes de
solos com relação à natureza e desenvolvimento do horizonte subsuperficial em
conformidade com a sequência de horizontes no perfil de solos. Na área de estudo
foram identificados B latossólico (Bw), B textural (Bt), B nítico, B plânico
(modalidade de Bt), B incipiente (Bi), B espódico, Horizonte plíntico, Horizonte
concrecionário, Horizonte litoplíntico, Horizonte glei, Horizonte sulfúrico, Horizonte
vértico e horizontes cimentados do tipo duripã, fragipã e “ortstein”, conforme
conceituados no SiBCS (EMBRAPA, 2006). São todos de natureza mineral.
O horizonte Bw é resultante do alto grau de intemperismo e se caracteriza
por apresentar argila de atividade baixa (<27 cmolc kg-1 de argila), grande
72
uniformidade no conjunto de seus atributos (morfológicos, físicos, químicos e
mineralógicos), textura média ou mais fina, e concentração de oxi-hidróxidos de
ferro e de alumínio e, ou caulinitas. O horizonte B nítico também é de alto grau de
intemperismo, com argila de atividade baixa, textura argilosa ou mais fina e com
grande uniformidade no seu conjunto de propriedades. Distingue-se do Bw por
apresentar estruturas moderadas a fortes e presença de cerosidade que no mínimo
é comum e moderada. O horizonte Bt é de acúmulo de argilas com textura média
ou mais fina e pode ocorrer com argila de atividade baixa ou mais raramente alta. O
B plânico é uma modalidade de Bt, dominantemente com argila de atividade alta,
caracterizado por ser um horizonte de impedimento à drenagem, precedido por uma
transição abrupta. O horizonte B plânico apresenta-se compacto, muito duro a
extremamente duro quando seco, com cores acinzentadas ou escuras, com ou sem
mosqueados, em reflexo à deficiência de drenagem resultante da sua baixa
permeabilidade. O horizonte B incipiente, com argila de atividade baixa ou alta,
apresenta textura média ou mais fina e assume uma variedade muito grande de
características conforme o seu material de origem. Trata-se de um horizonte B que
sofreu alteração física e, ou química em grau não muito avançado, porém o
suficiente para o desenvolvimento de cor e, ou de unidades estruturais no qual
mais da metade do volume não deve consistir da estrutura original da rocha mãe. O
B espódico é um horizonte de acúmulo iluvial de matéria orgânica associada com
alumínio contendo ou não ferro. Pode ocorrer na forma cimentada (ortstein) e não
cimentada. O horizonte plíntico caracteriza-se por apresentar textura média ou mais
fina com uma concentração ferruginosa segregada na forma de plintita em teor
igual ou superior a 15% por volume e espessura mínima de 15 cm. O horizonte
concrecionário é constituído por 50% ou mais de materiais grosseiros na forma de
petroplintitas (nódulos e, ou concreções de ferro) individualizadas e com espessura
mínima de 30 cm. Por sua vez, o horizonte litoplíntico é constituído por
petroplintitas na forma consolidada com espessura mínima de 10 cm. O horizonte
glei apresenta cores cinzentas de redução em função da sua formação em regime
de umidade redutor e tem uma espessura mínima de 15 cm. Pode ter qualquer
textura e menos de 15% de plintita. O horizonte sulfúrico, com espessura mínima
de 15 cm, forma-se pela oxidação de materiais minerais ou orgânicos ricos em
sulfetos cujo pH (medido na relação solo/água 1:2,5) é igual ou inferior a 3,5. O
horizonte vértico caracteriza-se pela alta atividade das argilas expansivas e pela sua
pronunciada mudança de volume conforme o teor de umidade. A textura
tipicamente varia de argilosa a muito argilosa e a espessura mínima é de 20 cm. Em
função da expansão e contração das argilas formam-se superfícies de fricção
inclinadas conhecidas como “slickensides”, estruturas prismáticas e fendas
verticais no período seco.
73
Entre os horizontes cimentados, que impedem ou dificultam a drenagem
natural e o livre crescimento de raízes, foram observados os do tipo fragipã, duripã
e ortstein. Os que apresentam cimentação fraca (não-feruginosos) constituem os
fragipãs. Neste caso, as classes de solo são discriminadas com o termo
fragipânico. Os que apresentam cimentação forte (não ferruginosos e não cálcicos)
incluem, principalmente, duripãs e “ortstein” e conjuntamente caracterizam o
caráter “dúrico”. Nesse caso os solos são discriminados com o termo dúrico.
Duripãs foram observados por Araújo Filho (2003) na classe dos Neossolos
Regolíticos no ambiente semiárido da região Nordeste do Brasil. As cimentações do
tipo “ortstein” são encontradas, sobretudo, no B espódico de Espodossolos
desenvolvidos no ambiente dos tabuleiros costeiros e na baixada litorânea.
Fases empregadas - A distinção de unidades de mapeamento de solos por
fases é um recurso utilizado com o objetivo de fornecer subsídios, especialmente, à
interpretação para fins de uso e manejo agrícola das terras. Neste estudo, foram
consideradas as fases de vegetação, relevo, pedregosidade, rochosidade, erosão e
de substrato (rocha ou sedimentos).
Fases de vegetação - Fornecem, principalmente, informações relacionadas à
maior ou menor disponibilidade hídrica do solo para as plantas. A vegetação natural
reflete, pois, as condições climáticas, dando ideia do regime hídrico dos solos de
certa região. Na área de estudo, dos ambientes mais úmidos para os mais secos,
foram constatadas fases de floresta, cerrado, campos e caatinga. As fases
constatadas foram: floresta subperenifólia, floresta subcaducifólia, floresta
caducifólia; floresta subperenifólia de restinga; floresta perenifólia de várzea,
floresta subperenifólia de várzea, floresta subcaducifólia de várzea e floresta
caducifólia de várzea; floresta perenifólia de mangue; cerrado subperenifólio;
campos de restinga; campos higrófilos de várzea, campos hidrófilos de várzea;
caatinga hipoxerófila, caatinga hiperxerófila e caatinga de várzea. Além das fases
individualizadas, também foram observados ambientes de transições, tipo floresta
subperenifólia/subcaducifólia, e associação entre fases, como floresta
subperenifólia e subcaducifólia de várzea.
Fases de relevo - Fornecem subsídios para o estabelecimento dos graus de
limitações quanto ao uso de implementos agrícolas e suscetibilidade à erosão das
terras. Foram utilizadas as seguintes fases de relevo: (a) plano, com 0% a 3% de
declive; (b) suave ondulado, com 3% a 8 % de declive; (c) ondulado, com 8% a
20% de declive; (d) forte ondulado, com 20% a 45% de declive; (e) montanhoso,
com 45% a 75% de declive; e (f) escarpado, com mais de 75% de declive.
74
Fases de pedregosidade e rochosidade - Juntamente com o relevo,
constituem os principais fatores do ambiente limitantes ao uso de implementos
agrícolas. Por vezes, essas três condições afetam simultaneamente o uso das
terras.
A fase de pedregosidade é usada quando há ocorrência de calhaus (2 cm a
20 cm) e, ou de matacões (20 cm a 100 cm), compreendendo ou não concreções
ferruginosas, em proporções superiores a 3% na massa e, ou na superfície do solo.
Na área deste estudo foram verificadas as fases epipedregosa, pedregosa e
endopedregosa. No primeiro caso a pedregosidade situa-se na superfície ou até a
profundidade de 40 cm; no segundo, desde a superfície até uma profundidade
maior que 40 cm; e no terceiro caso, posiciona-se abaixo de 40 cm de
profundidade.
A fase de rochosidade é empregada quando há exposição do substrato
rochoso (lajes de rochas ou “boulders”) de diâmetro médio maior que 100 cm, em
proporção superior a 25% da superfície ou sob uma camada delgada de solo.
Fases de substrato - Referem-se aos materiais de formação dos solos, sejam
rochas ou sedimentos. Tradicionalmente, se faz referência à fase de substrato para
as classes dos solos pouco desenvolvidos, em função dos mesmos guardarem uma
estreita relação com o seu material de origem. Foram utilizadas nos Neossolos
Litólicos e nos Cambissolos. As principais fases foram: (a) sedimentos fluviais; (b)
sedimentos; (c) folhelho, argilito e siltito; (d) folhelho e conglomerado; (e) folhelhos
calcíferos; (f) arenitos; (g) granito; (h) gnaisses e granitos; (i) quartzitos e gnaisses;
(j) granitos e gnaisses; (k) calcário; (l) calcário e conglomerado; (m) granitóides; (n)
granito, granodiorito e gnaisse; (o) gnáisses e quartzitos; (p) micaxistos; (q)
micaxistos e gnaisses; (r) granito, gnaisse e arenito; (s) gnaisse e biotita-xisto-
gnaisse e micaxisto; (t) biotita-xisto-gnaisse; (u) gnaisse, biotita-xisto-gnaisse,
quartzito e calcário; e (v) gnaisse, biotita-xisto-gnaisse e calcário.
Fase de erosão – Esta é indicada quando os solos apresentam as classes de
erosão forte, muito forte e extremamente forte (SANTOS et al., 2005).
3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
A identificação e a classificação de solos, ao longo de toposequências nas
paisagens, constituem a base para o mapeamento dos mesmos. A identificação
fundamenta-se na morfologia de solos, ao passo que a classificação tem como base
o arranjamento dos diferentes tipos de horizontes diagnósticos superficiais e
subsuperficiais dos solos e ainda tem, como suporte, uma série de atributos
diagnósticos especificados no SiBCS (EMBRAPA, 2006). Em conformidade com os
princípios básicos morfológicos e taxonômicos foram identificadas, no Estado de
75
Alagoas, todas as ordens do sistema, isto é: Latossolos, Nitossolos, Argissolos,
Luvissolos, Chernossolos, Cambissolos, Plintossolos, Planossolos, Espodossolos,
Vertissolos, Gleissolos, Neossolos e Organossolos (Tabela 3.1). A espacialização
dos solos dominantes no Estado pode ser observada na figura 3.1. Destaca-se,
ainda, que na área de estudo ocorrem determinados materiais que não constituem
solos, mas, apenas, tipos de terreno. Entre eles citam-se os afloramentos de rocha,
as superfícies pedregosas, os sedimentos inconsolidados e os materiais erodidos
integrantes das calhas de rios e riachos. Em seguida são feitas as descrições das
classes de solos (EMBRAPA, 2006) e dos tipos de terrenos mapeados.
Tabela 3.1 - Solos e tipos de terreno mapeados no Estado de Alagoas
Classes Área (km2) %
Latossolos Amarelos 2.223,21 8,01
Latossolos Vermelho-Amarelos 334,80 1,21
Latossolos Vermelhos 267,49 0,96
Latossolos Acinzentados 1,07 <0,01
Nitossolos Vermelhos 61,53 0,22
Argissolos Amarelos 4.939,41 17,79
Argissolos Vermelho-Amarelos 3.464,78 12,48
Argissolos Vermelhos 568,12 2,05
Argissolos Acinzentados 594,05 2,14
Luvissolos Crômicos 849,75 3,06
Cambissolos Háplicos 411,88 1,48
Cambissolos Flúvicos 105,13 0,38
Chernossolos Háplicos 30,22 0,11
Plintossolos Háplicos 3,39 0,01
Plintossolos Pétricos 21,40 0,08
Planossolos Háplicos 4.313,22 15,53
76
Espodossolos Ferrihumilúvicos 86,41 0,31
Espodossolos Humilúvicos 155,83 0,56
Vertissolos 11,58 0,04
Gleissolos Háplicos 1.040,50 3,75
Gleissolos Melânicos 17,97 0,06
Gleissolos Tiomórficos 16,51 0,06
Neossolos Quartzarênicos 340,20 1,23
Neossolos Regolíticos 1.779,15 6,41
Neossolos Flúvicos 565,14 2,03
Neossolos Litólicos 4.298,90 15,48
Organossolos Háplicos 44,97 0,16
Organossolos Tiomórficos 10,67 0,04
Solos Indiscriminados de Mangue 67,51 0,24
Afloramentos de rocha 568,99 2,05
Águas internas 333,75 1,20
Áreas urbanas 203,10 0,73
Dunas móveis 36,98 0,13
Ilhas muito pequenas (<0,4 km2) 0,05 <0,01
Total 27.767,66 100,00
77
Figura 3.1 - Mapa dos solos dominantes no Estado de Alagoas.
Em acordo com o SiBCS que se caracteriza por ser um sistema aberto,
permitindo o acréscimo de novas classes, foi observada e descrita uma nova classe
de segundo nível (subordem) da ordem dos Latossolos, com base em critério de
cor. Trata-se de Latossolos com cores tipicamente acinzentadas. É importante
mencionar que a cor é um atributo “chave”, adotado no SiBCS, para distinção de
classes de segundo nível categórico, sobretudo em Argissolos e Latossolos, além
de ser um atributo de fácil percepção, avaliação e de grande aplicação e utilidade
nos mapeamentos de solos. Também foram distinguidas, no quarto nível categórico
(subgrupos), várias classes ainda não contempladas no SiBCS em função de
características importantes do ponto de vista do uso, manejo e conservação de
solos. A distinção desses subgrupos evitou, por exemplo, que solos não típicos
fossem enquadrados como típicos.
3.1 – CLASSES DE SOLOS E TIPOS DE TERRENO
3.1.1 – Latossolos
São solos minerais, não hidromórficos, muito evoluídos do ponto de vista
pedogenético. Em geral, são muito profundos e uniformes no conjunto de suas
características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas. Apresentam
sequência de horizontes A, Bw, C, com pouca diferenciação nos sub-horizontes que
integram o Bw, cujas transições usualmente são difusas. O horizonte diagnóstico B
78
latossólico (Bw) ocorre imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A
(EMBRAPA, 2006). Em função da alta evolução pedogenética, os Latossolos são
virtualmente destituídos de minerais primários ou secundários alteráveis. Em
consequência, predominam no perfil basicamente óxidos e, ou hidróxidos,
argilominerais 1:1 (principalmente caulinita), quartzo e alguns poucos minerais
resistentes ao intemperismo. Apesar da uniformidade de atributos, os Latossolos
podem ser relativamente diferentes entre si quando desenvolvidos a partir de
distintos materiais de origem, possibilitando seu enquadramento taxonômico em
várias classes. Em função dos teores e dos tipos de óxidos e, ou hidróxidos,
especialmente os de ferro e de alumínio, em mistura com argilominerais 1:1, o
horizonte Bw apresenta cores amarelas, vermelho-amarelas e vermelhas.
Entretanto, tem sido constatado Bw com cores bruno-acinzentadas ou acinzentadas
desvinculadas ou pouco influenciadas por condições redutoras temporárias.
Na área estudada, esses solos ocorrem significativamente na região centro-
norte da zona úmida costeira e também na transição da zona úmida costeira com o
semiárido. São formados a partir de sedimentos diversos que incluem os da
Formação Barreiras, da Bacia do Jatobá, de coberturas sobre rochas cristalinas e,
ainda, a partir de rochas cristalinas.
Predominam na cor amarela e, em baixas proporções, nas cores vermelho-
amarela e vermelha. Foram identificados, ainda, solos apresentando coloração
acinzentada no ambiente dos Tabuleiros Costeiros, os quais, mesmo não fazendo
parte do atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006),
foram mapeados e caracterizados separadamente em virtude da sua diferenciação
dos demais Latossolos. Sua distinção fundamentou-se nos critérios de cor
utilizados para distinguir os Argissolos Acinzentados (EMBRAPA, 2006).
Portanto, na área de estudo, conforme critério de cor, foram identificadas as
subordens: Latossolos Amarelos, Latossolos Vermelho-Amarelos, Latossolos
Vermelhos e Latossolos Acinzentados (Figura 3.2). São solos com textura variando
de média a argilosa no horizonte Bw, mas com baixo gradiente textural no perfil de
solo (Figura 3.3). Em função do avançado grau de intemperismo, esses solos são
forte a moderadamente ácidos e relativamente pobres de bases trocáveis.
Entretanto, em geral, apresentam ligeira melhoria no conjunto de propriedades
químicas, dos solos acinzentados para os mais vermelhos (Figura 3.4).
79
Figura 3.2 – Ambientes onde dominam Latossolos no Estado de Alagoas. LA:
Latossolo Amarelo; LVA: Latossolo Vermelho-Amarelo; LV: Latossolo Vermelho.
80
Figura 3.3 - Conteúdo de argila nas diferentes classes de Latossolos no
Estado de Alagoas. LAC: Latossolo Acinzentado (n=3); LA: Latossolo Amarelo
(n=10); LVA: Latossolo Vermelho-Amarelo (n=9); LV: Latossolo Vermelho (n=3).
A barra corresponde ao desvio padrão.
3.1.1.1 - Latossolos Amarelos
Estes solos apresentam os atributos gerais da ordem dos Latossolos, mas
são individualizados no segundo nível categórico, fundamentalmente por critério de
cor. Possuem horizonte Bw de coloração amarelada, fração argila essencialmente
caulinítica e, na grande maioria dos casos, baixos teores de óxidos de ferro (<80 g
kg-1 de solo). A coloração amarelada (Figura 3.5), decorrente da presença da
goethita, varia comumente, nos matizes, de 10 YR a 7,5 YR com cromas maiores
ou iguais a 4 e valores, geralmente, maiores ou iguais a 5.
Os Latossolos Amarelos, em geral, podem ser subdivididos em dois grupos,
os coesos, desenvolvidos na zona úmida costeira e, os não coesos, encontrados
dominantemente no contexto do ambiente semiárido. Os coesos são originados,
principalmente, a partir de sedimentos da Formação Barreiras e, em menor
proporção, a partir de rochas do Pré-Cambriano. O que mais tipifica esse grupo de
solos é presença da coesão de natureza pedogenética (EMBRAPA, 1975;
EMBRAPA, 2006; RIBEIRO, 1998; RESENDE, 2000) que normalmente ocorre no
topo do horizonte Bw e, ou na transição AB ou BA, ou ainda, em menor proporção,
em grande parte do horizonte Bw. Por outro lado, os Latossolos Amarelos não
coesos, são formados a partir de arenitos e, ou de sedimentos da Bacia Jatobá ou
de materiais congêneres, bem como a partir de coberturas e, ou de recobrimentos
sedimentares sobre rochas cristalinas (Tabuleiros Interioranos).
81
Figura 3.4 - Principais atributos químicos da classe dos
Latossolos no Estado de Alagoas. LAC: Latossolo Acinzentado
(n=3); LA: Latossolo Amarelo (n=10); LVA: Latossolo
Vermelho-Amarelo (n=9); LV: Latossolo Vermelho (n=3). A
barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis
utilizados.
Apresentam sequência de horizontes A, AB, e, ou BA, Bw1, Bw2, etc., não
tendo sido encontrado o horizonte C na profundidade de 2 metros, por se tratar de
solos, normalmente, muito profundos (A + Bw > 2 m). As transições entre as
subdivisões do horizonte Bw, em geral, são difusas, sendo um pouco mais
evidentes na transição do horizonte A para o Bw.
No horizonte Bw a textura varia desde média até muito argilosa, mas com
teor médio de argila entre 30% e 60% (Figura 3.3). Em termos estruturais,
predomina um grau de desenvolvimento fraco, no tamanho pequeno e médio em
blocos subangulares. A consistência no estado úmido varia de friável a muito friável
e no estado seco de ligeiramente dura a muito dura. A consistência do solo
molhado, dependendo da textura, varia de ligeiramente plástica a plástica, e de
ligeiramente pegajosa a pegajosa. Exceto os Latossolos Amarelos coesos, os
demais são solos de boas condições físicas, de fácil manejo e mecanização, com
boa capacidade de armazenamento d’água, particularmente os mais argilosos.
82
Por serem solos essencialmente cauliníticos, possuem baixa capacidade de
troca de cátions e são pobres de bases trocáveis (Figura 3.4). Apresentam reação,
em geral, moderadamente ácida, soma de bases de baixa a muito baixa, com
valores médios de 1,0 cmolc kg-1 a 3,0 cmolc kg-1 de solo no horizonte A, e de 0,5
cmolc kg-1 a 1,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bw. Os teores médios de alumínio
trocável situam-se abaixo de 0,6 cmolc kg-1 de solo.
Figura 3.5 - Latossolo Amarelo Distrocoeso típico.
Potencialidades e limitações – As características mais favoráveis ao uso
agrícola são as boas condições de drenagem, a grande profundidade do contato
lítico e o baixo risco de salinização, além da topografia plana em extensas áreas.
Por outro lado, as principais restrições ao uso agrícola relacionam-se à baixa
fertilidade natural, o endurecimento dos solos que apresentam a coesão natural, o
relevo movimentado em algumas regiões, e a limitada capacidade de
armazenamento hídrico daqueles solos com textura média (leve) em grande parte
do perfil, além do déficit hídrico regional no ambiente semiárido. Por serem solos
quimicamente pobres, necessitam, além de adubação, correção da acidez para
obtenção de boas colheitas. Objetivando corrigir a deficiência hídrica, a irrigação se
83
faz necessário para suprir a necessidade das plantas cultivadas, principalmente, nos
períodos de estiagem, onde se verifica uma deficiência hídrica mais acentuada. São
solos profundos, de fácil manejo e mecanização (relevo plano e suave ondulado),
particularmente, nos solos não coesos.
Na zona úmida costeira, os Latossolos Amarelos apresentam um bom
potencial para cultura da cana-de-açúcar e fruticultura em geral (citrus, manga,
goiaba, sapoti, acerola, coco, etc.). Nas áreas de Tabuleiros Interioranos o potencial
é para culturas diversificadas, com ou sem irrigação, além da pecuária de bovinos e
caprinos. Na Bacia do Jatobá, no Sertão do Estado, esses solos apresentam
potencial para culturas irrigadas, sobretudo fruticultura (caju, manga, goiaba, coco,
entre outras), além de outras culturas adaptadas às condições edafoclimáticas.
Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os
Latossolos Amarelos foram mapeados, esta classe foi subdividida em níveis
categóricos mais detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000,
conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função
dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) presença da coesão natural; (c)
características intermediárias entre classes de solos; (d) textura subsuperficial (no
horizonte Bw); (e) tipo de horizonte superficial; (f) fases e combinações de fases de
relevo, vegetação, pedregosidade; e (f) conforme o posicionamento dos solos nas
diferentes paisagens onde foram mapeados, separadamente ou em associação com
outras classes de solos.
3.1.1.2 - Latossolos Vermelho-Amarelos
Constituem solos com as características gerais dos Latossolos, mas que se
individualizam em um nível categórico imediatamente abaixo por critérios de cor
(Figura 3.6). Apresentam horizonte Bw com coloração típica no matiz 5YR a qual
domina na maior parte do primeiro metro deste horizonte, inclusive BA. Quando
apresentam textura argilosa e sem material concrecionário o teor de Fe2O3
normalmente varia entre 70 g kg-1 e 110 g kg-1 de solo (EMBRAPA, 1975). A
distinção de suborizontes do B latossólico é pouco perceptiva e baseia-se em
pequenas diferenças de cor, textura, estrutura e consistência. As cores dominantes
no primeiro metro do horizonte Bw, em geral, ocorrem no matiz 5YR com valores
de 5 a 7 e cromas de 4 a 8 contendo. A textura varia de média a argilosa no Bw. A
consistência no solo úmido é friável ou muito friável. No estado seco, apresenta-se
ligeiramente dura a dura e no estado molhado, conforme a textura, varia de
ligeiramente plástica a plástica e de ligeiramente pegajosa a pegajosa.
São solos menos expressivos do que os Latossolos Amarelos e destacam-se
no entorno da região de Arapiraca e de Palmeira dos Índios (Figura 3.2) no contexto
84
da transição da zona da mata para o semiárido. Apresentam, em alguns casos,
uma coesão natural (pedogenética), quando são desenvolvidos no contexto dos
sedimentos da Formação Barreiras. Nas áreas dos Tabuleiros Interioranos, entre
Arapiraca e Palmeira dos Índios, esses solos se relacionam com as coberturas e, ou
recobrimentos sobre rochas do Pré-Cambriano e não apresentam coesão natural.
Com exceção dos Latossolos Vermelho-Amarelos da zona dos Tabuleiros
Costeiros, que apresentam coesão natural, os demais solos exibem boas condições
físicas. Em geral, são bem a acentuadamente drenados e de fácil manejo e
mecanização (exceto aqueles desenvolvidos em relevo movimentado).
Quimicamente são solos considerados de baixa fertilidade natural, pois predominam
com baixa a muito baixa soma de bases e com valores médios de alumínio trocável
inferiores a 1,0 cmolc kg-1 de solo (Figura 3.4).
Figura 3.6 - Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico típico.
Potencialidades e limitações – Os aspectos mais importantes, do ponto de
vista de uso agrícola, relacionam-se com a boa condição de drenagem, a grande
profundidade efetiva, o baixo risco de salinização, e a topografia plana. Por serem
solos de fertilidade natural baixa, necessitam de adubação e correção da acidez.
Por outro lado, as restrições ao uso mais relevantes relacionam-se com a limitada
fertilidade natural, a coesão natural de alguns solos, o relevo movimentado em
algumas áreas, além do déficit hídrico regional. São solos com um bom potencial
para a cultura da cana-de-açúcar e fruticultura (manga, goiaba, banana, graviola,
85
caju, entre outras). Nas áreas dos Tabuleiros Interioranos, esses solos mostram um
bom potencial para culturas diversificadas, principalmente, com irrigação.
Cartografia – As subdivisões da classe dos Latossolos Vermelho-Amarelos
em níveis categóricos mais detalhados e adequadas ao mapeamento dos solos na
escala 1:100.000 foram realizadas, conforme consta na legenda de solos, em
função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) presença da coesão
natural; (c) características intermediárias entre classes de solos; (d) textura
subsuperficial (no horizonte Bw); (e) tipo de horizonte superficial; (f) fases e
combinações de fases de relevo e vegetação; e (f) os diferentes arranjos em que
esses solos ocorrem nas paisagens formando associações com solos de ordem
distinta.
3.1.1.3 - Latossolos Vermelhos
São solos com as características gerais da ordem dos Latossolos, mas que se
individualizam em um nível categórico imediatamente abaixo por critério de cor. O
horizonte Bw apresenta, dentro do seu primeiro metro, um predomíneo de cor
vermelho-escura, vermelha, bruno-avermelhada ou bruno-avermelhado-escura, nos
matizes de 2,5 YR a 10R ou também no matiz 5YR com valores e cromas iguais ou
menores que 4 (Figura 3.7). Em geral, os teores de Fe2O3 são inferiores a 180 g kg-
1 de solo e, comumente, menores que 80 g kg-1 de solo (EMBRAPA, 1975),
particularmente nos solos com textura média, com fraca ou sem atração
magnética. O horizonte superficial A mais comum destes solos varia de moderado a
proeminente. Quando o horizonte A é proeminente, a diferenciação com o horizonte
Bw subjacente é bastante visível, porém torna-se pouco distinta quando o mesmo é
moderado. Devido à grande profundidade, é raro encontrar o horizonte C destes
solos, a não ser em perfis muito profundos.
No Estado de Alagoas, esses solos são bem a acentuadamente drenados,
profundos, ocupando superfícies com relevos pouco movimentados, numa área
localizada entre Arapiraca e Taquarana (Figura 3.2). A cor mais comumente
encontrada no horizonte Bw ocorre nos matizes 2,5 YR e 10 R com valor de 3 a 5
e croma de 3 a 8. Não apresentam a coesão natural conforme acontece com os
Latossolos Amarelos e Vermelho-Amarelos da zona úmida costeira.
86
Figura 3.7 - Latossolo Vermelho Eutrófico típico.
Em geral, apresentam boas condições físicas e são profundos, com textura
na faixa de média a argilosa, bem a acentuadamente drenados e com boas
condições para manejo mecanizado.
São solos eutróficos, moderadamente ácidos (Figura 3.4), com horizonte
superficial A moderado e proeminente. Contudo, a soma de bases é baixa a muito
baixa com valores médios na faixa de 1,5 cmolc kg-1 a 3,0 cmolc kg-1 de solo no
horizonte A e de 1,5 cmolc kg-1 a 1,8 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bw.
São solos desenvolvidos de rochas básicas e, ou a partir de recobrimentos
sobre rochas do Pré-Cambriano, com provável influência de rochas máficas e, ou
com presença de carbonatos.
Potencialidades e limitações – São solos que apresentam boas condições
físicas em termos de profundidade efetiva e condições de drenagem. As limitações
mais importantes relacionam-se com as restrições climáticas, isto é, a irregularidade
e a má distribuição das precipitações pluviais na região e a fertilidade natural
relativamente baixa. Possuem bom potencial para culturas diversificadas adaptadas
à região de transição entre zona úmida costeira e a zona semiárida, além da
pecuária de bovinos e caprinos.
Cartografia - A subdivisão desta classe em níveis categóricos mais
detalhados, conforme consta na legenda de solos e, em conformidade com a escala
de trabalho (1:100.000), foi feita em função dos seguintes fatores: (a) tipo de
87
horizonte A; (b) textura subsuperficial (no horizonte Bw); (c) fases e combinações
de fases de vegetação e relevo; e (d) os diferentes arranjos em que esses solos
ocorrem nas paisagens formando associações com solos da mesma ordem ou de
ordem distinta.
3.1.1.4 - Latossolos Acinzentados
Os Latossolos Acinzentados foram distinguidos das demais subordens dos
Latossolos em função do padrão de cor acinzentada no Bw e mesmo ao longo de
todo perfil de solo (Figura 3.8). Essas cores acinzentadas, no horizonte Bw,
ocorrem de forma desvinculada ou com pouca influência de condições redutoras
temporárias. Para distinguir essa classe de solos das demais subordens dos
Latossolos, adotaram-se os mesmo limites de cores para discriminação dos
Argissolos Acinzentados, isto é, matiz 7,5 YR ou mais amarelo, valor maior ou igual
a 5 e croma menor que 4 (EMBRAPA, 2006).
No Estado de Alagoas as cores dos Latossolos Acinzentados ocorrem nos
matizes 10YR e 2,5Y com valores de 5 a 8 e cromas menores que 4. Esta
característica geralmente está desvinculada ou pouco influenciada por condições
ambientais redutoras temporárias especialmente quando esses solos são
desenvolvidos em suaves depressões com moderadas restrições de drenagem.
O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006) ainda não
estabeleceu a subordem dos “Latossolos Acinzentados”. Entretanto, para não
colocar esses solos acinzentados na mesma subordem dos Latossolos Amarelos e
por já existir a subordem dos Argissolos Acinzentados, optou-se em descrevê-los e
mapeá-los numa subordem a parte.
88
Figura 3.8 – Latossolo Acinzentado sem sinais de restrição de drenagem.
São solos de muito baixa expressão geográfica no Estado de Alagoas,
destacando-se em algumas pequenas depressões na superfície dos Tabuleiros
Costeiros. Nestas suaves depressões são mais frequentes os Argissolos
Acinzentados e Espodossolos. Porém, é oportuno informar que solos acinzentados
condizentes com esta nova subordem denominada de Latossolos Acinzentados têm
ocorrência em vários ambientes do Nordeste brasileiro, sobretudo nos tabuleiros
costeiros, tabuleiros interioranos e em chapadas diversas. No ambiente dos
Tabuleiros Costeiros, da mesma forma que os solos amarelos, os Latossolos
Acinzentados também são solos coesos.
Em geral, apresentam ligeiras restrições físicas em função da coesão natural
vigente nos solos do ambiente dos tabuleiros costeiros. São moderadamente
drenados e ocorrem com textura na faixa argilosa. Mas, por outro lado, são
profundos e com condições favoráveis para manejo mecanizado.
São solos distróficos, com horizonte superficial A moderado e fraco.
Apresentam pH na faixa de 4,2 a 5,7 ao longo do perfil de solo. A soma de bases é
baixa a muito baixa, com variação de 0,5 cmolc kg-1 a 1,4 cmolc kg-1 de solo no
horizonte A e de 0,3 cmolc kg-1 a 0,8 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bw. Outra
particularidade importante é a presença mais marcante de alumínio trocável nesses
solos em relação aos demais solos do ambiente dos Tabuleiros Costeiros (Figura
3.4).
São solos desenvolvidos a partir de sedimentos da Formação Barreiras e
comumente encontrados em suaves depressões formadas no topo dos Tabuleiros
Costeiros.
Potencialidades e limitações - Os atributos mais favoráveis ao uso agrícola
desses solos são a grande profundidade efetiva e a condição de relevo
89
relativamente plano ou plano abaciado. Por outro lado, apresentam o fenômeno da
coesão natural, drenagem moderada e fertilidade natural muito baixa. Por serem
solos distróficos e fortemente ácidos, necessitam quase sempre de adubação e
calagem.
Cartografia – Devido a sua baixa expressão geográfica e pequena
variabilidade de propriedades, esses solos constituíram apenas uma unidade de
mapeamento, conforme consta na legenda de solos. Foram subdivididos, em níveis
categóricos mais baixos, depois da cor, pela saturação por bases e caráter coeso.
3.1.2 – Nitossolos Vermelhos
Esta classe compreende solos minerais, pedogeneticamente bem
desenvolvidos, bem drenados, profundos a muito profundos, argilosos a muito
argilosos, com pequena variação textural ao longo do perfil e com horizonte B nítico
abaixo do horizonte A. Apresentam cor vermelha ou avermelhada e são
relativamente uniformes em cor ao longo do perfil. O horizonte B nítico apresenta
argila de atividade baixa ou o caráter alítico na maior parte do B. São desenvolvidos
a partir de rochas básicas e, ou ultrabásicas ou delas recebem influência marcante.
No Estado de Alagoas, ocupam superfícies com relevo pouco movimentado,
localizadas entre Arapiraca e Taquarana (Figura 3.9), onde ocorrem com
características intermediárias para Latossolos Vermelhos.
As características mais marcantes dos Nitossolos incluem gradiente textural
baixo, grande uniformidade de cor ao longo do perfil, e um horizonte B nítico que
se caracteriza por apresentar estruturas com grau de desenvolvimento moderado a
forte com cerosidade expressiva, de moderada a forte, em quantidade, no mínimo,
comum (Figura 3.10). Em adição a estas características, normalmente apresentam
teores substanciais de Fe2O3 (≥ 80 g kg-1 de solo) no horizonte B nítico (EMBRAPA,
1975).
90
Figura 3.9 - Ambientes onde ocorrem Nitossolos Vermelhos latossólicos no
Estado de Alagoas.
No Estado de Alagoas, esses solos apresentam sequência de horizontes do
tipo A, B nítico, C ou A, B nítico, Bw e C, com horizontes geralmente pouco
diferenciados, exceto a transição do A para o B. O horizonte A é do tipo moderado
ou proeminente, com espessura na faixa de 20 cm a 40 cm. A cor do B nítico varia
de vermelho ao vermelho-escuro, dominando no matiz 2,5 YR com valor de 3 a 4 e
croma de 5 a 8. A textura, em geral, predomina na faixa argilosa.
Quanto às propriedades físicas, dado aos tipos e graus de desenvolvimento
estrutural, são solos bem drenados, porosos, com alto grau de floculação, sendo
considerados, portanto, de ótimas condições físicas.
Com relação às características químicas, são solos moderadamente ácidos,
com pH variando na faixa de 5,5 a 6,0. Apresentam, em geral, saturação por bases
superior a 50% e saturação por alumínio nula na maior parte dos horizontes
subsuperficiais. A soma de bases assume valores na faixa de 3,0 cmolc kg-1 a 13,0
cmolc kg-1 de solo, na superfície, e de 2,0 cmolc kg-1 a 3,0 cmolc kg-1 de solo nos
horizontes subsuperficiais. Os teores de carbono orgânico variam de 12,0 g kg-1 a
32,0 g kg-1 de solo no horizonte A. A relação Ki, indicativa da mineralogia das
argilas, mostra valores mais frequentes ao redor de 1,9 no horizonte B nítico
(EMBRAPA, 1975), o que sugere solos relativamente intemperizados e cauliníticos.
91
Figura 3.10 - Nitossolo Vermelho Eutrófico realçando a cerosidade (brilho graxo)
entre 50 cm e 100 cm de profundidade.
Potencialidades e limitações – São solos que apresentam boas condições
físicas e químicas, necessitando, entretanto, de adubações de manutenção e
complementares da fertilidade do solo. As limitações mais importantes relacionam-
se com as restrições climáticas, isto é, a irregularidade e a má distribuição das
precipitações pluviais na região e a fertilidade natural relativamente baixa. Possuem
bom potencial para culturas diversificadas adaptadas à região de transição entre a
zona úmida costeira e a zona semiárida, além da pecuária de bovinos e caprinos.
Cartografia – Em função da sua baixa expressão geográfica e da forma de
ocorrência nas paisagens, em associação com os Latossolos Vermelhos, a
subdivisão desta classe em níveis categóricos mais detalhados, conforme consta na
legenda de solos e, em conformidade com a escala de trabalho (1:100.000), foi
feita em função dos seguintes fatores: (a) tipo de horizonte A; (b) textura; e (c)
fases e combinações de fases de vegetação e relevo.
92
3.1.3 – Argissolos
Compreendem uma grande variedade de solos minerais, não hidromórficos,
com significativa diferença de textura entre o horizonte superficial A e o de
subsuperfície B textural (Bt). No contexto desses solos, o horizonte Bt
dominantemente apresenta argila de atividade baixa e posiciona-se imediatamente
abaixo de A ou E. Porém, quando o Bt apresenta argila de atividade alta,
concomitantemente possui saturação por bases baixa ou o caráter alítico na maior
parte do mesmo. Quando apresentam horizonte plíntico ou horizonte glei não
satisfazem os requisitos das ordens dos Plintossolos ou dos Gleissolos,
respectivamente. Variam significativamente em grau de desenvolvimento
pedogenético, desde solos de alto grau de evolução, como nos Latossolos, até
aqueles com presença marcante de minerais primários facilmente intemperizáveis,
como nos Cambissolos. Outras classes de solos também apresentam horizonte Bt,
mas são diferenciadas da classe dos Argissolos em função de particularidades das
outras ordens. A relação textural (B/A), fundamental na distinção destes solos,
situa-se, dominantemente, entre 1,5 e 3,0 (EMBRAPA, 1975).
Os solos desta classe podem ser muito profundos a rasos, forte a
imperfeitamente drenados, com textura variando de arenosa a argilosa em
superfície e de média a muito argilosa em subsuperfície. Em função,
principalmente, da ação do clima sobre o material de origem dos solos, a saturação
por bases e a fertilidade natural tornam-se muito variadas, desde muito baixa até
alta. Especialmente no ambiente semiárido, esses solos podem ocorrer associados
com pedregosidade e cascalhos em diversas paisagens.
A sequência geral de horizontes nesses solos é do tipo A, Bt, C ou A, E, Bt,
C. O horizonte Bt, onde ocorre o acúmulo de argila, em geral, é bem diferenciado
em função da cor, estrutura (com ou sem cerosidade), textura, ou combinações
destas feições pedológicas. Em geral, a cerosidade ocorre com mais frequência nos
solos com cor avermelhada ou vermelha. Vale destacar que é grande a variação da
cor no horizonte Bt. Pode ser amarela, vermelha, ou menos frequentemente
acinzentada. Pode ser, ainda, composta de uma mistura de cores em proporções
semelhantes ou com uma cor dominante e outras, em menores proporções,
constituindo os mosqueados.
Na área estudada, esses solos são os mais expressivos do Estado e ocorrem
significativamente na região úmida costeira abrangendo o ambiente dos Tabuleiros
Costeiros, os “Mares de Morros”, bem como importantes áreas do Planalto da
Borborema. Também são verificados na transição da zona úmida costeira com o
semiárido e, neste último ambiente, têm ocorrência em pequenas áreas isoladas
(Figura 3.11).
93
Com base em critério da cor, os Argissolos mapeados foram sobdivididos nas
classes: Argissolos Amarelos, Argissolos Vermelho-Amarelos, Argissolos Vermelhos
e Argissolos Acinzentados.
Figura 3.11 - Ambientes onde dominam Argissolos no Estado de Alagoas.
PAC: Argissolo Acinzentado; PA: Argissolo Amarelo; PVA: Argissolo Vermelho-
Amarelo; PV: Argissolo Vermelho.
São solos com acentuada variação de textura ao longo do perfil, isto é, com
um acúmulo significativo de argila no horizonte Bt (Figura 3.12). Em função dos
diferentes graus de evolução pedogenética que esses solos apresentam, possuem
um conjunto de características químicas diversificadas, mas prevalecendo aquelas
dos ambientes mais úmidos onde são solos mais expressivos.
94
Figura 3.12 – Conteúdo de argila nas diferentes classes de Argissolos no
Estado de Alagoas. PAC: Argissolo Acinzentado (n=8); PA: Argissolo Amarelo
(n=30); PVA: Argissolo Vermelho-Amarelo (n=28); PV: Argissolo Vermelho
(n=4). A barra representa o desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.
É importante destacar que, em geral, existe uma ligeira melhoria no conjunto
de propriedades químicas dos solos mais acinzentados para os mais vermelhos
(Figura 3.13).
3.1.2.1 - Argissolos Amarelos
Estes solos apresentam as características gerais da classe dos Argissolos,
mas foram individualizados, em um nível hierárquico imediatamente abaixo, por
critério de cor. A seção de controle considerada para avaliar a cor situa-se dentro
do primeiro metro do horizonte Bt, inclusive o BA. Assim, os solos desta classe
apresentam ao longo do perfil ou, no mínimo, dentro da seção de controle, uma
coloração amarelada (Figura 3.14) e teores de ferro baixos, quase sempre inferiores
a 70 g kg-1 de solo (EMBRAPA, 1975), com amplo predomínio do hidróxido de ferro
goethita. As cores mais frequentes ocorrem nos matizes 10YR e 7,5YR com
valores e cromas maiores ou iguais 4. Raramente apresentam cores nos matizes
2,5Y e 5Y.
Os Argissolos Amarelos, no Estado de Alagoas, destacam-se, sobretudo, na
zona dos Tabuleiros Costeiros, onde são formados a partir de sedimentos da
Formação Barreiras e comumente ocorrem com presença de fragipã (horizonte Btx).
95
Figura 3.13 - Principais atributos químicos da classe dos
Argissolos no Estado de Alagoas. PAC: Argissolo Acinzentado
(n=8); PA: Argissolo Amarelo (n=30); PVA: Argissolo
Vermelho-Amarelo (n=28); PV: Argissolo Vermelho (n=4). A
barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis
utilizados.
Os Argissolos Amarelos, em menor proporção, também se desenvolvem a
partir de rochas cristalinas localizadas na região do “Mar de Morros”, contornando
os Tabuleiros Costeiros, bem como no Planalto da Borborema. Inclusão desses
solos também se constata no contexto da Bacia do Jatobá e em áreas com
recobrimento sobre rochas cristalinas no ambiente semiárido.
96
Da mesma forma que nos Latossolos, os Argissolos Amarelos também
podem ser coesos e, em menor proporção, não coesos. Os Argissolos Amarelos
coesos correspondem aos solos mais expressivos no ambiente dos Tabuleiros
Costeiros e, em menores proporções, no ambiente dos “Mares de Morros” assim
como no Planalto da Borborema.
Figura 3.14 - Argissolo Amarelo Distrocoeso fragipânico (topo do Btx aos 100 cm).
Por serem solos que ocupam suas maiores extensões em ambientes úmidos,
são cauliníticos, dominantemente distróficos e com baixa soma de bases trocáveis.
Apresentam reação de pH na faixa moderadamente ácida, soma de bases de 1
cmolc kg-1 a 3,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte A, e de 0,5 cmolc kg-1 a 3,0 cmolc
kg-1 de solo no horizonte Bt. Os teores de alumínio trocável, em média, situam-se
entre 0,5 cmolc kg-1 e 1,5 cmolc kg-1 de solo, mas, em alguns casos, podem atingir
valores ao redor de 4,0 cmolc kg-1 de solo.
97
Potencialidades e limitações – Para o uso agrícola as características mais
favoráveis são as condições de drenagem de boa a moderada, a grande
profundidade do contato lítico e o baixo risco de salinização, além da topografia
plana em extensas áreas desses solos, especialmente na região dos Tabuleiros
Costeiros. Por outro lado, as principais restrições ao uso agrícola relacionam-se à
baixa fertilidade natural, o endurecimento dos solos em função do caráter coeso, o
relevo movimentado em algumas regiões, e a limitada capacidade de
armazenamento hídrico daqueles solos com textura média em grande parte do
perfil, além do déficit hídrico regional no contexto do ambiente semiárido. Em
função das propriedades químicas, necessitam, além de adubação, a correção da
acidez para obtenção de boas colheitas. Para corrigir a deficiência hídrica, se faz
necessário práticas de irrigação, principalmente, nos períodos de estiagem.
O ambiente dos Tabuleiros Costeiros, onde se destacam os Argissolos
Amarelos coesos, é uma grande e importante região para a economia do Estado de
Alagoas. É uma região de fácil manejo e mecanização e possui um bom potencial
para cultura da cana-de-açúcar e fruticultura em geral (citrus, manga, goiaba,
sapoti, acerola, coco, etc.). Nas áreas dos Tabuleiros Interioranos, entre Palmeira
dos Índios, Estrela de Alagoas e Arapiraca, o potencial é para culturas
diversificadas, com ou sem irrigação, além da pecuária de bovinos e caprinos.
Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os
Argissolos Amarelos encontram-se distribuídos nas paisagens, esta classe foi
subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a
escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram
realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) presença
da coesão natural; (c) presença de fragipã; (d) mudança textural abrupta; (e)
presença de horizonte plíntico, horizonte concrecionário, horizonte petroplíntico e,
ou caráter plíntico, caráter concrecionário e caráter litoplíntico; (f) presença de
solos arênicos; (g) caráter epiáquico ou endoáquico; (h) profundidade do solo; (i)
características intermediárias entre classes de solos; (j) textura superficial e
subsuperficial; (k) presença de cascalhos; (l) tipos de horizonte superficial; (m)
fases e combinações de fases de relevo, vegetação e pedregosidade; e (n)
conforme o posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde
foram mapeados, separadamente ou em associação com outras classes de solos.
3.1.2.2 - Argissolos Vermelho-Amarelos
São solos com as características gerais da classe dos Argissolos, mas
individualizados em um nível hierárquico imediatamente abaixo por critério de cor.
Apresentam ao longo do perfil ou, pelo menos, no primeiro metro do horizonte Bt,
inclusive o BA, cores na faixa do vermelho-amarelado (Figura 3.15), podendo
98
conter também menores proporções de cores vermelhas e, ou bruno forte, devido à
presença da mistura de óxidos de ferro (hematita mais goethita) cujos teores
variam, em geral, na faixa de 50 g kg-1 a 120 g kg-1 de solo (EMBRAPA, 1975). As
cores típicas dos Argissolos Vermelho-Amarelos situam-se no matiz 5YR com
valores de 4 a 7 e croma de 4 a 8. Em alguns casos, o horizonte Bt apresenta
mosqueados, constituindo ou não coloração variegada, podendo conter ou não
material plíntico e, muito raramente, materiais fragipânicos.
Figura 3.15 - Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico.
Os Argissolos Vermelho-Amarelos, no Estado de Alagoas, são desenvolvidos
principalmente a partir de rochas cristalinas e destacam-se na zona úmida costeira
e na transição desta zona com o ambiente semiárido. São solos bastante
representativos na região do “Mar de Morros”, contornando os Tabuleiros
Costeiros, bem como no Planalto da Borborema. Baixas proporções e inclusões
desses solos são encontradas no ambiente dos Tabuleiros Costeiros, na Bacia do
Jatobá e em áreas com recobrimento sobre rochas cristalinas no ambiente
semiárido.
A diversidade de características dos Argissolos Vermelho-Amarelos se faz, de
modo geral, segundo o material originário, variações de clima e em conformidade
com a posição na paisagem. Por serem solos que se destacam em ambientes
99
úmidos, são predominantemente cauliníticos, distróficos, havendo uma pequena
parcela de solos eutróficos, mas, em geral, com baixa soma de bases trocáveis
(Figura 3.13). A reação de pH ocorre na faixa moderadamente ácida com soma de
bases de 1 cmolc kg-1 a 4,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte A, e de 0,5 cmolc kg-1 a
4,0 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bt. Os teores de alumínio trocável, em média,
situam-se ao redor de 1,5 cmolc kg-1 de solo, mas em alguns casos atingem valores
de até 4,5 cmolc kg-1 de solo.
Potencialidades e limitações – As características mais favoráveis para o uso
agrícola são as boas condições de drenagem, a grande profundidade do contato
lítico e o baixo risco de salinização. Por outro lado, as principais restrições ao uso
agrícola relacionam-se ao relevo movimentado em grandes extensões, à baixa
fertilidade natural, presença de pedregosidade e, ou rochosidade e o déficit hídrico
regional, na transição da zona úmida com o ambiente semiárido. Em acordo com as
propriedades químicas, devem ser adotadas práticas de manejo, sobretudo, visando
melhorar e manter a fertilidade dos solos e, quando necessário, fazer uso de
corretivos para o controle da acidez. Para suprir a deficiência hídrica, tornam-se
necessárias práticas de irrigação, sobretudo nos períodos de estiagem.
Cartografia – Com base nos diferentes ambientes onde os Argissolos
Vermelho-Amarelos encontram-se distribuídos nas paisagens, esta classe foi
subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a
escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram
realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) presença
da coesão natural; (c) mudança textural abrupta; (d) presença de horizonte plíntico,
horizonte concrecionário, horizonte petroplíntico e, ou caráter plíntico, caráter
concrecionário e caráter litoplíntico; (e) presença de solos arênicos; (f) caráter
epiáquico ou endoáquico; (g) profundidade do solo; (h) características
intermediárias entre classes de solos; (i) textura superficial e subsuperficial; (j)
presença de cascalho; (k) tipos de horizonte superficial; (l) fases e combinações de
fases de relevo, vegetação, pedregosidade e rochosidade; e (m) conforme o
posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram
mapeados, separadamente ou em associação com outras classes de solos.
3.1.2.3 - Argissolos Vermelhos
Os solos desta classe possuem as características gerais da classe dos
Argissolos, porém foram separados, em um nível hierárquico imediatamente abaixo,
por critério de cor. As cores dominantes no perfil de solo ou, pelo menos, no
primeiro metro do horizonte Bt, inclusive BA, são avermelhadas, principalmente
vermelho-escuras, nos matizes 10R e 2,5YR, incluindo também cores no matiz
5YR, mas com valores e cromas menores ou iguais a 4 (Figura 3.16). Estas cores
100
resultam, possivelmente, de uma maior proporção de hematita sobre goethita, bem
como podem ter a influência da presença de anfibólio, ilmenita, aderências argilo-
ferruginosas e de nódulos escuros ferromanganosos na fração areia. No horizonte
Bt, os teores de ferro do ataque sulfúrico variam, mais frequentemente, na faixa de
40 g kg-1 a 130 g kg-1, expresso na forma Fe2O3 (EMBRAPA, 1975). Nestes solos, é
comum, estruturas com presença de um brilho graxo considerado como cerosidade.
Os Argissolos Vermelhos, no Estado de Alagoas, são de baixa expressão
geográfica. O material de origem é um dos principais fatores envolvidos na gênese
desses solos. São formados a partir de rochas cristalinas, menos ácidas do que
granitos, como, por exemplo, granodioritos e similares, e se destacam na zona
semiárida menos seca (região do Agreste). Ocorrem na região de Palmeira dos
Índios, ao sul de Arapiraca, nos arredores de Santana de Ipanema e em Mata
Grande. Baixas proporções e inclusões desses solos são encontradas no ambiente
dos Tabuleiros Costeiros, na Bacia do Jatobá e em áreas com recobrimento sobre
rochas cristalinas no ambiente semiárido.
Figura 3.16 - Argissolo Vermelho Eutrófico cambissólico.
101
Na área de estudo são solos que se destacam no ambiente semiárido. Por
isso, são predominantemente eutróficos, com média e até mesmo alta soma de
bases trocáveis (Figura 3.13). A reação de pH ocorre na faixa moderadamente
ácida com soma de bases de 3,0 cmolc kg-1 a 5,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte A,
e de 3,0 cmolc kg-1 a 7,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bt. Os teores de alumínio
trocável, em geral, são iguais ou inferiores a 0,5 cmolc kg-1 de solo.
Potencialidades e limitações – As características mais favoráveis para o uso
agrícola são as boas condições de drenagem e de fertilidade natural, a grande
profundidade do contato lítico e o baixo risco de salinização. Por outro lado, as
principais restrições ao uso agrícola relacionam-se ao relevo movimentado,
presença de pedregosidade e, ou rochosidade e o déficit hídrico regional no
ambiente semiárido. Em função das variações nas propriedades químicas, devem
ser adotadas práticas de manejo, sobretudo, visando manter a fertilidade dos solos
e, fazer uso de práticas conservacionistas para o controle da erosão. Para suprir a
deficiência hídrica, tornam-se necessárias práticas de irrigação.
Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os
Argissolos Vermelhos encontram-se distribuídos nas paisagens, esta classe foi
subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a
escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram
realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) presença
de horizonte petroplíntico; (c) profundidade do solo; (d) características
intermediárias entre classes de solos; (e) textura superficial e subsuperficial; (f)
presença de cascalho; (g) tipos de horizonte superficial; (h) fases e combinações de
fases de relevo, vegetação, pedregosidade e rochosidade; e (i) conforme o
posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram
mapeados, separadamente ou em associação com outras classes de solos.
3.1.2.4- Argissolos Acinzentados
Os solos desta classe apresentam as características gerais dos Argissolos,
mas foram individualizados, em um nível hierárquico imediatamente abaixo, por
critério de cor. Em geral, apresentam coloração acinzentada ao longo do perfil ou,
no mínimo, dentro da maior parte da seção de controle que é o primeiro metro do
horizonte Bt, inclusive BA (Figura 3.17). Os teores de ferro, em geral, são baixos,
quase sempre inferiores a 30 g kg-1 (EMBRAPA, 1975). As cores acinzentadas,
tanto no horizonte A como no horizonte Bt, em geral, ocorrem no matiz 10YR com
valores maiores ou iguais a 3 e cromas menores ou iguais a 3. Menos
frequentemente ocorrem no matiz 2,5Y com valores entre 3 e 6 e cromas menores
que 4, excetuando-se a cor preta. São solos com drenagem moderada a imperfeita
e, em vários casos, o horizonte Bt apresenta–se com mosqueados, podendo ou não
102
conter plintita. Processos de oxirredução, em parte, ainda hoje, continuam ativos
especialmente em áreas abaciadas com restrições de drenagem.
Por serem solos desenvolvidos a partir de sedimentos da Formação Barreiras,
são cauliníticos e com argila de atividade baixa. No Estado de Alagoas, destacam-
se na zona sul dos Tabuleiros Costeiros e, da mesma forma que os Latossolos
Amarelos e Argissolos Amarelos, eles também são solos coesos. Comumente
distribuem-se em suaves depressões que ocorrem no topo dos Tabuleiros Costeiros
associados ou não com Espodossolos.
Por serem solos desenvolvidos em ambientes úmidos, a partir de sedimentos
muito intemperizados, são cauliníticos, distróficos e com baixa a muito baixa soma
de bases trocáveis (Figura 3.13). Apresentam reação de pH na faixa de forte a
moderadamente ácida, soma de bases de 1 cmolc kg-1 a 2,5 cmolc kg-1 de solo no
horizonte A, e de 0,5 cmolc kg-1 a 1,5 cmolc kg-1 de solo no horizonte Bt. O
alumínio trocável, em média, situa-se entre 0,5 cmolc kg-1 e 1,5 cmolc kg-1 de solo.
Figura 3.17 - Argissolo Acinzentado Distrocoeso fragipânico.
Potencialidades e limitações – Para o uso agrícola as características mais
favoráveis são a grande profundidade do solo e o baixo risco de salinização, além
103
da topografia plana ou plana abaciada no topo dos Tabuleiros Costeiros. Por outro
lado, as principais restrições ao uso agrícola relacionam-se com as limitações de
drenagem, à baixa a muito baixa fertilidade natural e o endurecimento dos solos em
função do caráter coeso. Em função das propriedades químicas, necessitam, além
de adubação, a correção da acidez para obtenção de boas colheitas. Para corrigir
alguma deficiência hídrica temporária, se faz necessário práticas de irrigação nos
períodos de estiagem.
Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Argissolos
Acinzentados encontram-se distribuídos no topo dos Tabuleiros Costeiros, esta
classe foi subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível
com a escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões
foram realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b)
presença da coesão natural; (c) presença de fragipã; (d) presença do caráter dúrico;
(e) mudança textural abrupta; (f) presença de solos arênicos; (g) textura superficial
e subsuperficial; (h) fases e combinações de fases de relevo, vegetação; e (i)
conforme o posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde
foram mapeados, separadamente ou em associação com outras classes de solos.
3.1.4 – Luvissolos
São solos minerais eutróficos, não hidromórficos, com argila de atividade alta
no horizonte Bt e normalmente pouco profundos a rasos. A formação e a
distribuição geográfica ficam muito vinculadas ao ambiente semiárido onde o
material de origem é rico em minerais máficos (Figura 3.18) como biotita-xisto,
biotita-xisto-gnaisse, anfibolitos, entre outros. Há também alguns Luvissolos
formados a partir de sedimentos ricos em bases como é o caso de folhelhos, siltitos
e argilitos vigentes em camadas jurássicas na Bacia do Jatobá. Ressalta-se que é
comum a presença de solos truncados (horizonte superficial erodido), assim como
perfis de solo que apresentam horizontes superficiais desenvolvidos com influência
e, ou a partir de materiais de transporte. A influência do material transportado é
percebida pela presença de seixos arredondados que frequentemente ocorrem nos
horizontes superficiais. Tal material pode ser de origem diversa do embasamento
onde os solos encontram-se desenvolvidos ou se traduzir em retrabalhamento e
redistribuição do próprio material de origem dos solos (LUZ, 1992).
Em função da natureza do material de origem, apresentam cor tipicamente
avermelhada no horizonte Bt, isto é, com o caráter crômico (Figura 3.19). Daí
porque os Luvissolos avermelhados são denominados de Luvissolos Crômicos (TC).
Às vezes, parte do Bt pode apresentar cor bruno-amarelada ou mais clara ou ainda
104
do tipo variegada. Destaca-se que a cor depende, não apenas do material de
origem, mas também das condições de drenagem onde o solo foi desenvolvido. A
drenagem pode variar de moderada a imperfeita, sendo, normalmente, mais restrita,
nos solos com presença de horizonte vértico e, ou caráter plânico.
Figura 3.18 - Ambientes onde dominam Luvissolos Crômicos no Estado de Alagoas.
105
Figura 3.19 – Luvissolo Crômico Órtico vertissólico.
Os Luvissolos normalmente apresentam sequência de horizontes do tipo A,
Bt, C ou A, E, Bt e C ou Cv, mas, em função de suas características químicas e
mineralógicas, são pedogeneticamente menos desenvolvidos do que os Argissolos.
Caracterizam-se por apresentar um horizonte Bt pouco espesso, comumente, na
faixa de 20 cm a 60 cm com estruturas bem desenvolvidas, do tipo blocos ou
prismáticas composta de blocos. A textura mais comum é média no horizonte A, ou
A+E, e argilosa no Bt (Figura 3.20), tipicamente com elevados teores em silte. A
presença de argilas expansivas, de certa forma restringe a drenagem destes solos,
sobretudo nos que apresentam horizonte vértico e, ou o caráter plânico. Quando
secos são muito duros a extremamente duros e no estado molhado tornam-se
plásticos a muito plásticos e pegajosos a muito pegajosos. Portanto, apresentam
um conjunto de características que, de certa forma, dificultam o manejo com
máquinas e implementos agrícolas e que também favorecem aos processos
erosivos.
Figura 3.20 - Conteúdo de argila na classe dos Luvissolos Crômicos no
Estado de Alagoas (n=10). A barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de
perfis utilizados.
Do ponto de vista químico, possuem alta saturação por bases (V > 50%)
associada com elevada soma de bases, usualmente de 5,0 cmolc kg-1 a 12,0 cmolc
kg-1 de solo no horizonte A e de 15,0 cmolc kg-1 a 30,0 cmolc kg-1 de solo no
horizonte Bt. Em consequência, o pH varia de moderadamente ácido a
106
moderadamente alcalino, na faixa de 6 a 8. Em adição a essas características,
alguns solos também possuem teores médios de fósforo assimilável. Por isso, são
considerados de alta fertilidade natural (Figura 3.21). Percebe-se, também, pela
morfologia, uma expressiva quantidade de minerais primários facilmente
intemperizáveis que aumenta com a profundidade do perfil, especialmente no
horizonte Bt e, ou C, e que pode servir de reserva de nutrientes para as plantas.
Além disso, a relação Ki assume valores mais frequentes de 2,5 a 4,0 (EMBRAPA,
1975) indicando a presença expressiva de argilominerais do grupo 2:1, como, por
exemplo, esmectita, vermiculita, ilita ou uma mistura destes na sua assembléia
mineralógica. Por esta razão, são solos com elevada CTC e soma de bases e com
saturação por alumínio trocável dominantemente nula.
Figura 3.21 - Principais atributos químicos da classe dos
Luvissolos no Estado de Alagoas. TC: Luvissolo Crômico
(n=10). A barra corresponde ao desvio padrão e n, o número
de perfis utilizados.
107
No estado de Alagoas os Luvissolos Crômicos distribuem-se sob a influência
marcante do seu material de origem, particularmente entre Porto Real do Colégio e
Campo Grande; entre Piranhas a Belo Monte; na região de Batalha; entre Inhapi e
Canapi; e ao norte de Mata Grande.
Potencialidades e limitações – Para o uso agrícola as características mais
favoráveis são a alta fertilidade natural e a topografia pouco movimentada em áreas
expressivas desses solos. Por outro lado, os principais fatores restritivos são a
pequena profundidade efetiva dos solos, os riscos elevados de salinização, o relevo
movimentado de algumas áreas, a alta erodibilidade dos solos, as limitações de
drenagem, a pedregosidade superficial de algumas áreas, as dificuldades de manejo
em função da alta pegajosidade dos solos no estado molhado, além do déficit
hídrico regional no contexto do ambiente semiárido. Para corrigir a deficiência
hídrica, pode-se fazer uso de práticas de irrigação nos períodos de estiagem, com
os devidos cuidados de manejo visando a evitar, sobretudo, a salinização e a
erosão.
Destaca-se que em algumas áreas no Nordeste foram desenvolvidos projetos
de irrigação onde ocorrem Luvissolos Crômicos. Como exemplos, citam-se os
Projetos Jacaré-Curituba e Nova Califórnia, em Canidé do São Francisco, no Estado
de Sergipe e o Projeto Manga de Baixo, em Belém do São Francisco, Pernambuco.
Entretanto, ressalta-se que a salinização tem sido um dos problemas constatado em
algumas áreas destes projetos, especialmente nas partes mais planas com
deficiência de drenagem.
São solos atualmente bastante utilizados com pastagens, particularmente a
palma forrageira como se observa na região de Batalha.
Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os
Luvissolos Crômicos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe foi
subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a
escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram
realizadas em função dos seguintes fatores: (a) profundidade do solo; (b)
características intermediárias entre classes de solos; (c) presença do caráter
solódico; (d) textura superficial e subsuperficial; (e) tipos de horizonte superficial;
(f) fases e combinações de fases de relevo, vegetação, pedregosidade; e (g)
conforme o posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde
foram mapeados em associação com outras classes de solos.
3.1.5 – Chernossolos
São solos minerais eutróficos, não hidromórficos, ricos em cátions
divalentes. Caracterizam-se por apresentar um horizonte superficial escuro do tipo
108
A chernozêmico sobre um horizonte subsuperficial do tipo B textural ou B incipiente
com argila de atividade alta, ou sobre um horizonte C carbonático, ou ainda sobre
um contato lítico (rochas calcárias) desde que o horizonte A apresente o caráter
carbonático (EMBRAPA, 2006). Em geral, são pouco profundos e o material de
origem relaciona-se com rochas básicas, rochas calcárias, ou materiais ricos em
carbonatos.
No Estado de Alagoas, são solos de muito baixa expressão e pertencem às
classes dos Chernossolos Háplicos e Argilúvicos. Restringem-se aos ambientes com
relevo pouco movimentado, onde o material de origem é rico em minerais máficos e
as formações florestais são mais secas e, ou na transição destas com as caatingas.
Localizam-se na região ao sul Arapiraca, nos domínios de Feira Grande, em
associação com Planossolos e Neossolos Litólicos, e na parte norte do Estado,
entre Ibateguara e São José da Laje, onde ocorrem associados principalmente com
Argissolos (Figura 3.22).
Figura 3.22 – Ambientes onde ocorrem Chernossolos no Estado de Alagoas.
A feição morfológica mais marcante nos Chernossolos é cor escura em
função do acúmulo de matéria orgânica no horizonte superficial (A chernozêmico)
com espessura na faixa de 25 cm a 40 cm. Em geral, a cor do A chernozêmico faz
um forte contraste em relação a cor avermelhada ou vermelho-amarelada no
109
horizonte subsuperficial Bt ou Bi com argila de atividade alta ou sobre o horizonte C
com alto teor de carbonatos (Figura 3.23). O horizonte B (Bt ou Bi) normalmente
apresenta uma espessura na faixa de 20 cm a 40 cm. Por vezes, esses solos
ocorrem com horizonte vértico no Bt e, ou C, cuja morfologia indicativa é a
presença de “slikensides” nestes horizontes. É comum, também, a presença de
minerais primários facilmente intemperizáveis nos horizontes subsuperficias os
quais podem constituir fonte de nutrientes para as plantas.
Em temos de propriedades físicas (Figura 3.24) destacam-se com textura
média na superfície e de argilosa a média em subsuperfície, geralmente com teores
médios a altos em silte. A presença de argilas expansivas, de certa forma restringe
a drenagem destes solos, comumente variando de moderada a imperfeita. Quando
secos são muito duros a extremamente duros e no estado molhado tornam-se
plásticos a muito plásticos e pegajosos a muito pegajosos. Portanto, congregam um
conjunto de características físicas que, de certa forma, dificultam o manejo destes
solos com máquinas e implementos agrícolas, além de torná-los com alta
suscetibilidade aos processos erosivos.
Figura 3.23 – Chernossolo Argilúvico Órtico típico.
110
Figura 3.24 – Conteúdo de argila na classe dos Chernossolos no Estado de
Alagoas (n=2). A barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis
utilizados.
Com relação às propriedades químicas (Figura 3.25), são solos
moderadamente ácidos a praticamente neutros com pH variando na faixa de 5,6 a
7,0. Apresentam saturação por bases na faixa de 70% a 100% e saturação por
alumínio nula ou praticamente nula ao longo do perfil de solo. A soma de bases
assume valores na faixa de 9,0 cmolc kg-1 a 15,0 cmolc kg-1 de solo, na superfície,
e de 16,0 cmolc kg-1 a 24,0 cmolc kg-1 de solo nos horizontes subsuperficiais. Por
apresentarem horizonte A chernozêmico, os teores de carbono orgânico são
relativamente elevados na superfície com valores de 10,0 g kg-1 a 18,0 g kg-1 de
solo. A relação Ki, indicativa da mineralogia das argilas, apresenta valores na faixa
de 2,5 a 3,2 no horizonte Bt (EMBRAPA, 1975) sugerindo uma marcante presença
de argilominerais 2:1 na assembleia mineralógica destes solos.
Conforme o conjunto de características morfológicas, físicas, químicas e
mineralógicas, os Chernossolos são considerados solos de alta fertilidade natural.
Potencialidades e limitações – As características favoráveis ao uso agrícola
estão relacionadas com a presença do horizonte A chernozêmico, alto conteúdo de
bases, reação moderadamente ácida a praticamente neutra e à reserva de minerais
primários alteráveis, caracterizando, portanto, solos de elevada fertilidade natural.
As principais limitações estão relacionadas ao relevo movimentado, alta
suscetibilidade à erosão, a textura argilosa associada com argila de atividade alta
restringindo as condições de drenagem, a alta plasticidade e pegajosidade, além do
déficit hídrico regional.
111
Figura 3.25 - Principais atributos químicos da classe dos Chernossolos
Háplicos (MX) no Estado de Alagoas (n=2). A barra corresponde ao desvio padrão
e n, o número de perfis utilizados.
Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os
Chernossolos foram mapeados, esta classe foi subdividida em níveis categóricos
mais detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta
na legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes
fatores: (a) textura; (b) fases e combinações de fases de relevo e vegetação; e (c)
112
conforme o posicionamento dos solos nas diferentes paisagens onde foram
mapeados em associação com outras classes de solos.
3.1.6 – Cambissolos
São solos minerais, não hidromórficos, com pequena variação textural ao
longo do perfil, tendo um horizonte diagnóstico subsuperficial do tipo B incipiente
(Bi) subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial, exceto A chernozêmico
quando o Bi apresentar argila de atividade alta e alta saturação por bases. Esta
classe compreende uma grande variedade de solos em função da natureza do
material de origem do qual são derivados. O horizonte Bi, tanto em cor como em
estruturas, pode ser semelhante com o horizonte Bt ou Bw. Entretanto, diferencia-
se do Bt fundamentalmente por não ser um horizonte de grande acúmulo de argila
e, também, por apresentar, comumente, minerais primários de fácil intemperização.
Diferencia-se do Bw por apresentar uma ou mais das seguintes características:
maior atividade da fração argila, maior quantidade de minerais primários de fácil
intemperização, maior grau de desenvolvimento estrutural ou menor espessura
(EMBRAPA, 2006). Por isso são considerados solos pedogeneticamente pouco
evoluídos.
Especialmente devido à heterogeneidade do material de origem, além da
influência do clima e do relevo, as características destes solos variam muito de um
local para outro. Desta forma, a classe compreende solos desde fortemente até
imperfeitamente drenados, de rasos a profundos, de cores claras até vermelhas, de
alta a baixa saturação por bases, bem como, de alta a baixa atividade das argilas.
Podem ocorrer com e sem cascalho e, ou pedregosidade e em diversos relevos,
desde o plano até montanhoso.
No Estado de Alagoas, os Cambissolos são de baixa expressão e, conforme o
material de origem e posicionamento nas paisagens, subdividem-se em Cambissolos
Háplicos e Flúvicos. Os desenvolvidos a partir de rochas cristalinas enquadram-se
principalmente na classe dos Cambissolos Háplicos e os desenvolvidos a partir de
sedimentos fluviais pertencem à classe dos Cambissolos Flúvicos. No contexto do
ambiente semiárido foram cartografados na região de Santana do Ipanema, Água
Branca e nos terraços aluvionares do Rio São Francisco, entre Porto Real do
Colégio e Penedo (Figura 3.26). Em menores proporções ocorrem associados com
Gleissolos nas várzeas úmidas do extremo norte e do sul da zona úmida costeira e
dispersos em associação com Neossolos Litólicos em diferentes ambientes do
Estado.
Os Cambissolos apresentam sequência de horizontes do tipo A, Bi, C e R; A,
Bin, Cn e R; A, Bi, 2C; A, 2Bi, 2C; entre outras. Alguns solos mais espessos podem
113
compreender horizonte Bi com diversas subdivisões, como por exemplo, Bi1, Bi2,
etc.
O horizonte A, com maior frequência, apresenta espessura na faixa de 10 cm
a 20 cm. Os padrões de cores predominantes são bruno, bruno-amarelado-escuro e
bruno-avermelhado, nos matizes de 10YR a 2,5 YR (Figura 3.27). A textura mais
comum situa-se na faixa média com teores equilibrados entre as frações silte e
argila.
Figura 3.26 - Ambientes onde dominam Cambissolos no Estado de Alagoas.
O horizonte Bi apresenta textura média a argilosa, via de regra, com teores
elevados da fração silte, sobretudo, quando desenvolvido a partir de sedimentos
fluviais. Pode conter fragmentos de rocha e, ou minerais primários facilmente
intemperizáveis, visíveis a olho nu ou com auxílio de lupa. A espessura varia,
geralmente, entre 15 cm e 150 cm. As cores predominantes ocorrem na faixa do
vermelho até o amarelo, nos matizes de 2,5YR a 10YR. Os Cambissolos
desenvolvidos a partir de rochas cristalinas, particularmente no ambiente semiárido,
em geral, apresentam cores mais avermelhadas e, os formados de sedimentos
fluviais, são os mais amarelados ou claros.
114
Figura 3 27 - Cambissolo Háplico Tb Eutrófico típico.
Figura 3 28 - Conteúdo de argila na classe dos Cambissolos no Estado de Alagoas.
CX: Cambissolo Háplico (n=5); CY: Cambissolo Flúvico (n=1). A barra representa
o desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.
O comportamento físico dos solos desta classe é muito variado,
principalmente em função da natureza do material originário, textura, estrutura,
115
profundidade e posicionamento na paisagem. Porém, a variação do conteúdo de
argila ao longo do perfil de solo é relativamente baixa (Figura 3.28). A drenagem
pode variar de acentuada, nos solos de textura média, a imperfeita nos solos com
presença de horizontes vérticos e, ou sódicos.
Com relação ao comportamento químico (Figura 3.29), a natureza do
material de origem e as condições climáticas são determinísticas na sua
variabilidade. Na zona úmida costeira, onde o material de origem relaciona-se com
rochas cristalinas e mesmo nos sedimentos de várzeas, devido às altas
precipitações que promovem a lixiviação de bases, predominam solos ácidos,
distróficos e com argilas de atividade baixa. No ambiente semiárido, onde as
condições climáticas não favorecem a uma alta lixiviação de bases, predominam
Cambissolos eutróficos, mesmo os desenvolvidos a partir de rochas cristalinas. Os
formados a partir de sedimentos fluviais, além da alta saturação por bases, em
geral, apresentam argila de atividade alta com ou sem o caráter solódico, sódico ou
salino.
Nos Cambissolos desenvolvidos a partir de rochas cristalinas (Cambissolos
Háplicos), a reação de pH varia de forte a moderadamente ácida com valores na
faixa de 4,5 a 6,0 tendo uma soma de bases na faixa de 2 cmolc kg-1 a 4 cmolc kg-1
de solo, tanto na superfície como nos horizontes subsuperficiais. Neste contexto, a
saturação por bases oscila, conforme o material de origem e o clima, numa faixa de
20% a 80%. Vale destacar que os solos eutróficos (V≥50%) predominam no
ambiente semiárido. Os valores mais elevados de pH, soma de bases e saturação
por bases foram observados nos ambientes de várzea e, ou nos terraços
aluvionares do semiárido onde ocorrem Cambissolos Flúvicos. Entretanto, os
poucos dados disponíveis indicam que nesses ambientes os solos comumente
ocorrem com o caráter solódico ou mesmo sódico, podendo conter, ainda, diversos
níveis de sais solúveis.
Conforme o conjunto de suas características morfológicas, físicas, químicas
e mineralógicas, os Cambissolos apresentam uma grande variabilidade na sua
fertilidade natural, desde muito baixa até mesmo alta, principalmente em função da
natureza do material de origem e do clima.
Potencialidades e limitações – Em função da heterogeneidade de
propriedades físicas e químicas, os Cambissolos podem ter alto, médio e até
mesmo baixo potencial agrícola, dependendo dos fatores restritivos que os mesmos
podem apresentar. As características mais favoráveis ao uso agrícola incluem o
médio a alto conteúdo de bases, a reserva de nutrientes presentes nos minerais
primários alteráveis dos solos, particularmente no ambiente semiárido, e as
116
condições de relevo pouco movimentadas de algumas áreas. As principais
restrições abrangem a deficiente de drenagem; os problemas de sodicidade e, ou
salinidade, especialmente no ambiente semiárido; os riscos de inundação nas
várzeas e terraços aluvionares; a dificuldade de manejo devido ao relevo
movimentado de algumas áreas; a pedregosidade e, ou rochosidade; a profundidade
efetiva limitada de algumas áreas; e o déficit hídrico na região semiárida.
Figura 3.29 - Principais atributos químicos da classe dos
Cambissolos no Estado de Alagoas. CX: Cambissolo Háplico
(n=5); CY: Cambissolo Flúvico (n=1). A barra corresponde ao
desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.
Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os
Cambissolos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe foi subdividida
117
em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a escala
1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões desta classe
foram realizadas em função dos seguintes fatores: (a) profundidade do solo; (b)
características intermediárias entre classes de solos; (c) presença do caráter sódico;
(d) textura subsuperficial (horizonte Bi); (e) presença de cascalho; (f) tipos de
horizonte superficial; (g) fases e combinações de fases de erosão, relevo,
vegetação, pedregosidade e substrato; e (h) conforme o posicionamento e
dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em
associação com outras classes de solos.
3.1.7 – Plintossolos
São solos minerais com presença marcante de óxidos de ferro segregados na
forma de plintita e, ou petroplintita, formados em áreas onde há restrições de
drenagem ou onde houve tais restrições em épocas pretéritas, mas permanecendo
as feições morfológicas dessas condições até o presente. A principal característica
desta classe é a presença de um horizonte plíntico, litoplíntico e, ou concrecionário
dentro de 40 cm da superfície ou em profundidades maiores, dentro de 200 cm,
desde que em sequência a um horizonte A ou E, ou a outro horizonte com presença
de cores pálidas e, ou cores de redução e, ou cores variegadas e, ou cores com
presença de mosqueados abundantes indicativos de restrições de drenagem.
No Estado de Alagoas, são solos de muito baixa expressão geográfica. Em
geral, ocorrem no ambiente dos tabuleiros costeiros com presença de horizonte
plíntico, concrecionário e, ou, litoplíntico e também de horizonte coeso. Entre os
Plintossolos, os mais expressivos são os Plintossolos Pétricos, isto é, com presença
de horizonte concrecionário e, ou, litoplíntico. Ocorrem também os Plintossolos
com um horizonte plíntico sobreposto a um horizonte Bt, formando os Plintossolos
Argilúvicos, e outros sem horizonte Bt, isto é, os Plintossolos Háplicos. Nos
tabuleiros costeiros são encontrados em áreas restritas, particularmente nos terços
superiores de encostas e nas bordas dos tabuleiros e, por vezes, nos terços
inferiores de encostas dos vales. São verificados, também, de forma muito pontual,
nos terços inferiores de encostas no ambiente dos mares de morros e, ainda, em
áreas com recobrimento sobre o embasamento cristalino no ambiente semiárido.
Em geral, distribuem-se associados com Argissolos e, ou Latossolos (Figura 3.30).
São solos profundos a muito profundos, mas ocorrendo casos de solos
pouco profundos a rasos, particularmente na região semiárida, onde a
profundidade, em geral, é definida pela espessura do recobrimento pedimentar
sobre o embasamento cristalino. Apresentam sequência de horizontes mais comuns
118
do tipo A, Btf, C; A, E, Btf, C; A, Bif, C. Ressalta-se a presença de perfis de
Plintossolos com sequência de horizontes do tipo A, Bwc, Bwc/F e A, Btc e F.
Figura 3.30 - Ambientes onde ocorrem Plintossolos no Estado de Alagoas.
Tendo-se como base os estudos morfológicos de campo, verificou-se que o
horizonte superficial A possui uma espessura média na faixa de 15 cm a 20 cm e o
subsuperficial (Btf, Btcf, Bwc, etc.), em geral, mais de 100 cm de espessura. Em
subsuperfície, as cores de fundo ocorrem com maior frequência nos matizes 10YR
e 7,5YR, com valores variando entre 3 e 5 e cromas entre 2 e 6. Em reflexo às
restrições de drenagem, onde ocorre a formação do horizonte plíntico e, ou
concrecionário, os perfis apresentam, em geral, cores variegadas ou cores de fundo
acinzentadas, amareladas ou mesmo avermelhadas, associadas com mosquedos
indicativos de fenômenos de oxidorredução. Quando não se verifica a presença de
petroplintita, sempre ocorrem mosqueados vermelhos ou avermelhados indicativos
da presença da plintita (Figura 3.31).
A textura superficial varia normalmente na faixa de arenosa a média, e em
subsuperfície, na faixa de média a argilosa, mas predominando solos com acúmulo
de argila no horizonte subsuperficial (Figura 3.32).
119
Figura 3.31 - Plintossolo Pétrico Concrecionário.
Figura 3.32 - Conteúdo de argila na classe dos Plintossolos Pétricos no
Estado de Alagoas.
120
Quanto às características químicas (Figura 3.33), são solos relativamente
semelhantes aos Argissolos e Latossolos desenvolvidos nos ambientes onde
predominam as florestas no Estado de Alagoas. Os poucos dados disponíveis
correspondem aos de um perfil de solo eutrófico (V>50%) com reação
moderadamente ácida, pH entre 5,5 e 6,5, soma de bases na faixa de 3 cmolc kg-1
a 5 cmolc kg-1, CTC de 5 cmolc kg-1 a 8 cmolc kg-1 e alumínio trocável praticamente
nulo.
Figura 3.33 - Principais atributos químicos da classe dos Plintossolos
Pétricos no Estado de Alagoas.
Potencialidades e limitações – Para o uso agrícola, as características mais
relevantes estão relacionadas ao relevo, à fertilidade natural, às condições de
121
drenagem, à profundidade efetiva, bem como à profundidade dos horizontes
plínticos ou petroplínticos. No contexto do Estado de Alagoas, a topografia pouco
movimentada e o baixo risco de salinização de algumas áreas de ocorrência destes
solos são as características mais favoráveis para o uso das terras. Por outro lado,
as principais restrições correspondem à presença do material concrecionário, o
relevo movimentado, as restrições de drenagem e a fertilidade natural baixa dos
solos. Em função das propriedades químicas, necessitam, além de adubação, a
correção da acidez para melhoria da fertilidade natural e obtenção de boas
colheitas. Para corrigir alguma deficiência hídrica temporária, se faz necessário
práticas de irrigação nos períodos de estiagem.
Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Plintossolos
encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais
detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na
legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:
(a) saturação por bases; (b) presença de horizonte concrecionário; (c) textura
superficial e subsuperficial; (e) fases e combinações de fases de relevo e
vegetação; e (e) conforme o posicionamento e dominância dos solos nas diferentes
paisagens onde foram mapeados em associação com outras classes de solos.
3.1.8 – Planossolos
São solos minerais imperfeitamente drenados que se caracterizam
fundamentalmente por apresentar um horizonte B plânico abaixo de A ou E,
precedido por uma transição abrupta. O horizonte B plânico tipicamente apresenta-
se compacto, muito duro a extremamente duro quando seco e com cores
dominantemente acinzentadas, em reflexo à deficiência de drenagem resultante da
sua baixa permeabilidade. A grande maioria destes solos apresenta argila de
atividade alta e também uma mudança textural abrupta na passagem para o B
plânico. Os grandes domínios destes solos ocorrem no contexto do semiárido
(Figura 3.34), em ambientes com restrições de drenagem. O horizonte B plânico
ocorre dominantemente dentro de 50 cm de profundidade, menos frequentemente
entre 50 cm e 100 cm e, de forma muito rara, abaixo de 100 cm de profundidade.
O horizonte B plânico, além da sua consistência dura a extremamente dura e
cores acinzentadas, apresenta como características marcantes a presença de
estruturas do tipo prismática, colunar, em blocos ou combinações destas formas.
Pode, ainda, conter partes maciças de tamanho variado e até mesmo cimentações
em graus diversos. Pode apresentar, também, apreciável quantidade de minerais
primários de fácil alteração e, por vezes, o caráter vértico. Além disso, é normal a
122
presença substancial de sódio no complexo de troca caracterizando o caráter
solódico (saturação por sódio >6% e < 15%) ou o caráter sódico (saturação por
sódio ≥15%).
Figura 3.34 - Ambientes onde dominam Planossolos no Estado de Alagoas.
Em função da saturação por sódio no B plânico, os Planossolos são
separados em duas classes: Planossolos Háplicos, com saturação por sódio inferior
a 15%, e Planossolos Nátricos, com saturação por sódio igual ou superior a 15%. É
comum a presença de estrutura colunar nos Planossolos Nátricos, porém não é uma
característica exclusiva desses solos, pois também ocorre nos Planossolos
Háplicos. Em termos taxonômicos, o horizonte B plânico tem precedência
diagnóstica em relação ao horizonte glei e perde em relação ao horizonte plíntico.
Embora a saturação por sódio seja a base para diferenciar os Planossolos Nátricos
dos Háplicos, do ponto de vista de uso agrícola, o parâmetro mais relevante é a
espessura dos horizontes superficiais (A+E) sobrejacentes ao B plânico, onde o
sistema radicular das plantas pode se desenvolver livremente.
Os Planossolos (Figura 3.35) apresentam sequência de horizontes do tipo A,
Bt ou Btn e C ou Cn ou A, E, Bt ou Btn e C ou Cn, em alguns casos havendo
indícios de descontinuidade litológica entre o horizonte Bt e os horizontes
sobrejacentes. Nos horizontes superficiais, A ou (A+E), as cores são normalmente
123
claras nos matizes 10YR e 7,5YR. A textura comumente é arenosa ou atinge a
faixa média leve (franco-arenosa). A espessura predominantemente é inferior a 50
cm, mas, por vezes, varia de 50 cm a 100 cm, caracterizando os Planossolos
arênicos. Muito raramente os horizontes superficiais ultrapassam 100 cm
tipificando os Planossolos espessarênicos.
Em subsuperfície o horizonte B plânico apresenta cores que refletem as
restrições de drenagem deste horizonte (Figura 3.35). São normalmente
acinzentadas ou brunadas, mas, em geral, com presença de mosqueados
indicativos de fenômenos de oxidorredução. A textura varia de média a argilosa. O
que é típico neste horizonte é a mudança textural abrupta em relação ao horizonte
sobrejacente A ou E (Figura 3.36).
Figura 3.35 - Planossolo Háplico Eutrófico típico.
124
Figura 3.36 - Conteúdo de argila na classe dos Planossolos no Estado de
Alagoas. SN: Planossolo Nátrico (n=5); SX: Planossolo Háplico (n=11). A barra
corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.
Com relação às propriedades químicas (Figura 3.37), nos horizontes
superficiais (A+E) estes solos apresentam reação desde moderadamente ácida até
praticamente neutra com valores de pH na faixa de 5,5 a 7,0. A soma de bases
varia de 1 cmolc kg-1 a 6 cmolc kg-1 e a CTC de 2,0 cmolc kg-1 a 10,0 cmolc kg-1. Em
consequência, a saturação por bases assume valores na faixa de 45% a quase
100% e o alumínio trocável apresenta valores inferiores a 0,8 cmolc kg-1.
125
Figura 3.37 - Principais atributos químicos da classe dos
Planossolos no Estado de Alagoas. SN: Planossolo Nátrico
(n=5); SX: Planossolo Háplico (n=11). A barra corresponde ao
desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.
No horizonte subsuperficial B plânico, o pH atinge valores muito mais
elevados do que na superfície, em geral, com marcante influência do sódio no
complexo de troca. A reação de pH varia de moderadamente ácida a fortemente
alcalina, com valores na faixa de 6,0 a 8,5. A soma de bases varia numa faixa
ampla de 4,0 cmolc kg-1 a 23,0 cmolc kg-1 e a CTC de 5,0 cmolc kg-1 a 25,0 cmolc
kg-1. Em consequência, a saturação por bases é elevada, com valores na faixa de
60% a 100% e o alumínio trocável apresenta valores abaixo de 1,2 cmolc kg-1. A
percentagem de saturação por sódio (PST) do B plânico quando maior ou igual a
15% individualiza os Planossolos Nátricos.
A relação molecular Ki, indicativa da evolução da fração argila, apresenta
valores médios a altos, na faixa de 2,2 a 5,5 (EMBRAPA, 1975), ao longo do perfil
de solo o que indica a presença marcante de argilominerais do tipo 2:1.
Potencialidades e limitações – O potencial de uso agrícola dos Planossolos é
considerado restrito e depende fundamentalmente da profundidade do horizonte B
plânico, isto é, do horizonte que restringe drasticamente a drenagem do solo. Por
isso, quanto mais profundo estiver o B plânico menores serão as restrições em
126
relação à utilização agrícola que, geralmente, é feita com cultivos de subsistência e
pastagens. Portanto, as características favoráveis ao uso agrícola estão
relacionadas principalmente com a espessura dos horizontes sobrejacentes ao B
plânico, isto é, os horizontes superficiais (A+E) e com o relevo pouco
movimentado de áreas expressivas. As maiores limitações ao uso agrícola estão
relacionadas com: (a) drenagem restrita (encharcamento no período chuvoso); (b)
profundidade efetiva limitada; (c) pedregosidade e, ou rochosidade; (d) presença de
horizontes cimentados; (e) sodicidade e salinidade; (f) suscetibilidade à erosão; (g)
associações intrincadas com Neossolos Litólicos e afloramentos rochosos, além das
restrições de fertilidade natural e do déficit hídrico regional.
Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Planossolos
encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais
detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na
legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:
(a) saturação por sódio (diferenciando os Planossolos Háplicos dos Nátricos); (b)
espessura dos horizontes superficiais (A+E); (c) características intermediárias entre
classes de solos; (d) textura superficial e subsuperficial; (e) fases e combinações de
fases de relevo e vegetação; e (f) conforme o posicionamento e dominância dos
solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em associação com outras
classes de solos.
3.1.9 – Espodossolos
São solos minerais, hidromórficos ou não, com horizonte B espódico
precedido de horizonte E, A ou de horizonte hístico dentro de 200 cm da superfície
do solo, ou dentro de 400 cm da superfície quando a soma dos horizontes A+E ou
horizonte hístico + E for maior que 200 cm. Em qualquer caso, o horizonte hístico,
se presente, não atende requisitos mínimos para a classe dos organossolos.
No contexto do Estado de Alagoas, esses solos têm ocorrência no ambiente
dos Tabuleiros Costeiros e na Baixada Litorânea (Figura 3.38). Nos Tabuleiros
Costeiros, são originados de sedimentos arenosos da Formação Barreiras, do
período Terciário, e comumente, estão localizados em suaves depressões, onde se
enquadram dominantemente como Espodossolos Ferrihumilúvicos. Na Baixada
Litorânea, são derivados de sedimentos arenoquartzosos, não consolidados, do
período do Holoceno, onde ocorrem associados com Neossolos Quartzarênicos e se
enquadram como Espodossolos Humilúvicos ou Ferrihumilúvicos
127
Figura 3.38 - Ambientes onde dominam Espodossolos no Estado de Alagoas.
Em geral, são solos profundos a muito profundos, com sequência de
horizontes do tipo A, E, Bh, Bhs ou Bs; A, E, Bh, Bsm; A, E, Bhsm; A, E, Bsxm;
entre outras. No ambiente dos Tabuleiros Costeiros, o horizonte B espódico
normalmente ocorre na forma cimentada constituindo horizontes do tipo Bsm,
Bhsm, Bsxm. Sobrejacente aos horizontes cimentados, é comum a presença de um
horizonte do tipo Bh (Figura 3.39).
O horizonte superficial A é normalmente do tipo moderado e, às vezes, fraco
com espessura média na faixa de 10 cm a 20 cm. Possui cores escuras no matiz
10YR, com valor de 2 a 6 e croma de 1 a 4. A textura mais frequente é areia ou
areia-franca (Figura 3.40).
O horizonte E (eluvial), com textura tipicamente arenosa, apresenta uma
espessura bastante variável. Pode ultrapassar os 3 m na baixada litorânea,
enquanto que nos Tabuleiros Costeiros é menos espesso, geralmente na faixa de
50 cm a 150 cm. Sua cor geralmente é quase branca ou bem mais clara do que A,
sendo normalmente no matiz 10YR, com valor de 5 a 8 e croma de 1 a 4.
128
Figura 3.39 – Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico.
O horizonte subsuperficial, B espódico, somando as espessuras de suas
diversas formas, em geral é maior que 50 cm. A cor, devido ao acúmulo de matéria
orgânica complexada com alumínio com ou sem ferro, pode ser bruno-avermelhado
escuro (semelhante a pó de café), bruno-escuro, bruno, amarelo-brunado e bruno-
amarelado-claro, em geral, nos matizes de 5YR a 10YR. A textura mais frequente é
areia ou areia-franca, mas ocorrendo casos na faixa média.
Em termos físicos, são solos tipicamente arenosos com drenagem rápida na
superfície, mas podendo ser impedida em profundidade, especialmente quando o
horizonte espódico é do tipo cimentado. Esses horizontes cimentados são
característicos nos Espodossolos formados no ambiente dos Tabuleiros Costeiros,
comumente em áreas abaciadas ou depressões, onde o lençol freático pode
permanecer elevado, em parte significativa do ano, conferindo aos solos o caráter
hidromórfico. Nas partes mais baixas da Baixada Litorânea também é comum o
caráter hidromórfico nesses solos.
129
Figura 3.40 – Conteúdo de argila na classe dos Espodossolos no Estado de
Alagoas. ESK: Espodossolo Ferrihumilúvico (n=4). A barra representa o desvio
padrão e n, o número de perfis utilizados.
Em termos químicos (Figura 3.41) apresentam reação de pH variando de
forte a moderadamente ácida, com valores na faixa de 4,5 a 6,0. Na superfície, a
soma de bases varia com maior frequência de 0,5 cmolc kg-1 a 3,0 cmolc kg-1 e a
CTC de 1,0 cmolc kg-1 a 7,0 cmolc kg-1. Em consequência, a saturação por bases
assume valores predominantemente menores que 50% e o alumínio trocável
valores inferiores a 0,7 cmolc kg-1. Em subsuperfície, no horizonte espódico, onde
ocorre o acúmulo de matéria orgânica, a soma de bases predomina com valores de
0,5 cmolc kg-1 a 1,0 cmolc kg-1 e a CTC de 1,0 cmolc kg-1 a 10,0 cmolc kg-1. Por
isso, a saturação por bases assume valores predominantemente menores que 40%
e o alumínio trocável valores inferiores a 1,0 cmolc kg-1.
130
Figura 3 41 - Principais atributos químicos da classe dos
Espodossolos no Estado de Alagoas. ESK: Espodossolo Ferrihumilúvico
(n=4). A barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis
utilizados.
Potencialidades e limitações – O potencial de uso agrícola dos Espodossolos
é considerado restrito por serem solos arenosos e com diferentes graus de
deficiência de drenagem. As características favoráveis ao uso estão relacionadas
principalmente com a espessura dos horizontes sobrejacentes ao B espódico (A+E)
e às condições de relevo pouco movimentado. As maiores limitações ao uso estão
relacionadas com: (a) drenagem restrita (encharcamento no período chuvoso); (b)
profundidade efetiva limitada pelos horizontes cimentados; (c) textura arenosa; e
(d) fertilidade natural baixa.
131
Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Espodossolos
encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais
detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na
legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:
(a) espessura dos horizontes superficiais (A+E); (b) tipos de horizonte B espódico;
(c) caráter hidromórfico; (d) caráter dúrico e fragipã; (e) textura superficial; (f) fases
e combinações de fases de relevo e vegetação; e (g) conforme o posicionamento e
dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em
associação com outras classes de solos.
3.1.10 – Vertissolos
São solos minerais, argilosos a muito argilosos, predominantemente não
hidromórficos, tendo alta saturação por bases, significativa presença de argilas
expansíveis e uma pequena ou inexpressiva variação no conteúdo de argila ao
longo do perfil. Apresentam horizonte vértico dentro de um metro de profundidade
e não possuem qualquer tipo de horizonte B diagnóstico acima do horizonte vértico
que também pode ser uma modalidade de horizonte B, por exmplo, um Biv. A
feição pedológica marcante do horizonte vértico é a presença de "slikensides" que
são superfícies lustrosas inclinadas em relação ao prumo do perfil. Outra
característica marcante desse horizonte é a presença de estruturas prismáticas,
paralelepipédicas e, ou cuneiformes. Mesmo sendo solos tipicamente argilosos,
após revolvimento, admite-se um teor mínimo de 30% de argila nos primeiros 20
cm da camada superficial. Devido à presença de argilas expansíveis, tais solos
apresentam pronunciada variação de volume de acordo com os níveis de umidade.
Quando secos, tipicamente apresentam marcante presença de fendas na superfície
as quais podem atingir grandes profundidades (EMBRAPA, 2006).
Estes solos são formados em ambientes onde o material de origem tem alta
concentração em bases, seja em zona úmida ou seca, o que favorece a formação
de argilominerais expansivos do grupo das esmectitas. Como exemplo, citam-se os
ambientes com presença de rochas calcárias, margas, folhelhos, siltitos,
sedimentos aluvionares, entre outros. No estado de Alagoas, ocorrem em
ambientes hidromórficos constituindo a classe dos Vertissolos Hidromórficos, onde
são formados a partir de sedimentos Quaternários, argilosos, com influência de
material proveniente de calcários na várzea do rio Jiquiá, na zona da mata sul
(Figura 3.42). São encontrados, também, no contexto da bacia do Jatobá, extremo
oeste do Estado, onde são desenvolvidos a partir de folhelhos, siltitos e argilitos
ricos em carbonatos, onde são enquadrados na classe dos Vertissolos Háplicos.
Comumente são solos profundos a pouco profundos e, em função do
desenvolvimento estrutural e também da cor, apresentam sequência de horizontes
132
do tipo A, Biv, C ou Ck; A, Bivn, Cn ou Ckn; A, 2Biv, 2C ou 2Ck; A, Cgv, Ckg;
entre outras (Figura 3.43). As estruturas mais comuns são do tipo prismática,
paralelepipédica e, ou cuneiforme as quais apresentam consistência extremamente
dura no estado seco e muito plástica e muito pegajosa no estado molhado.
Figura 3.42 - Ambientes onde ocorrem Vertissolos no Estado de Alagoas.
A textura ao longo do perfil de solo varia normalmente na faixa de argilosa a
muito argilosa, mas com gradiente textural baixo (Figura 3.44).
Na área onde se dispõe de dados analíticos, no contexto da zona da mata, os
Vertissolos ocorrem em ambiente hidromórfico, com horizonte superficial A do tipo
moderado tendo espessura média na faixa de 10 cm a 20 cm. As cores, com maior
frequência, variam nos matizes de 7,5YR a 2,5Y com valores de 3 a 5 e croma
menor ou igual a 1. Portanto, devido às condições hidromórficas, trata-se de
Vertissolos com características intermediárias para Gleissolos e com os quais
ocorrem associados. Por outro lado, os Vertissolos desenvolvidos no ambiente
semiárido, a partir de folhelhos, na Bacia do Jatobá, apresentam cores
avermelhadas, onde ocorrem associados com Cambissolos e Luvissolos.
133
Figura 3.43 – Vertissolo Háplico Órtico típico.
Figura 3.44 – Conteúdo de argila na classe dos Vertissolos no Estado de
Alagoas. VG: Vertissolo Hidromórfico.
Em termos físicos, são solos problemáticos devido ao alto conteúdo e a
natureza expansiva das argilas. Quando secos, racham e são extremamente duros
e, no estado molhado, tornam-se altamente plásticos e pegajosos. São, portanto,
134
solos com características físicas desfavoráveis e que devem ser levadas em conta
no manejo destes solos.
Com relação às propriedades químicas (Figura 3.45) os poucos dados
disponíveis indicam solos com reação de pH na faixa de moderadamente ácida a
moderadamente alcalina, com valores de 5,0 a 8,0. A soma de bases assume
valores relativamente elevados na faixa de 4 cmolc kg-1 a 20,0 cmolc kg-1 do solo e
a CTC, na faixa de 8,0 cmolc kg-1 a 20,0 cmolc kg-1. Os cátions que contribuem
com maiores teores na soma de bases e CTC são os de cálcio e de magnésio. A
saturação por sódio foi verificada na faixa de 4% e 27%, caracterizando solos com
presença do caráter sódico. Em síntese, são solos com argila de atividade alta,
eutróficos, altamente saturados por bases em reflexo à natureza do material de
origem, mas com alto conteúdo de sódio no complexo de troca.
Conjugando os atributos morfológicos, físicos e químicos, observa-se que o
solo tem alta fertilidade natural, mas com limitações de ordem física, sobretudo as
impostas pela consistência e a drenagem. Pode apresentar, também, algumas
restrições de ordem química devido à alta saturação por sódio, pH muito elevado e,
ou o desbalanço de nutrientes.
Potencialidades e limitações – O potencial de uso agrícola dos Vertissolos,
no Estado de Alagoas, é considerado limitado pois sua extensão territorial é muito
baixa, além de serem solos com severas restrições físicas e algumas de natureza
química. As características favoráveis ao uso agrícola estão relacionadas
principalmente com a alta fertilidade natural e as condições de relevo pouco
movimentado. As maiores limitações ao uso estão relacionadas com: (a) drenagem
restrita (encharcamento no período chuvoso e permeabilidade muito lenta); (b)
caráter sódico; (c) textura muito argilosa; e (d) alta plasticidade e alta pegajosidade.
Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Vertissolos
encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais
detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na
legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:
(a) caráter hidromórfico; (b) saturação por sódio (caráter solódico e sódico); (c)
característica intermediária entre classes de solo; (d) textura; (e) fases e
combinações de fases de relevo, pedregosidade e vegetação; e (f) conforme o
posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram
mapeados em associação com outras classes de solos.
135
Figura 3.45 – Principais atributos químicos da classe dos
Vertissolos no Estado de Alagoas. VG: Vertissolo Hidromórfico.
3.1.11 – Gleissolos
São solos minerais hidromórficos com horizonte A ou H seguido de horizonte
glei dentro de 50 cm da superfície do solo ou com horizonte glei iniciando entre 50
cm e 150 cm da superfície do solo desde que imediatamente abaixo de horizonte A
ou E com ou sem gleização (EMBRAPA, 2006). Em adição, estes solos não
apresentam textura exclusivamente arenosa (areia ou areia-franca) dentro dos
primeiros 150 cm da superfície do solo ou até o contato lítico. Excluem-se desta
classe, solos que também atendam aos requisitos das classes dos Vertissolos,
Espodossolos, Planossolos, Plintossolos, Neossolos Quatzarênicos e Organossolos.
136
Os Gleissolos, em condições naturais, são mal a muito mal drenados,
formados em terrenos baixos com influência de excesso de umidade (permanente
ou temporário) sendo bastante expressivos nos ambientes das várzeas úmidas da
zona costeira (Figura 3.46). Apresentam um horizonte subsuperficial de coloração
acinzentada ou cinzenta (horizonte glei) (Figura 3.47), comumente com presença de
mosqueados amarelados e, ou avermelhados originados em função dos fenômenos
de oxirredução onde estes solos são formados (EMBRAPA, 2006). Em função da
sua formação em ambientes de baixada, onde normalmente ocorrem aportes de
sedimentos, esses solos usualmente não apresentam um padrão de distribuição
uniforme na paisagem. Isso pode ser notado pelas variações nos atributos
morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos dos solos. O material de origem é
constituído por sedimentos recentes, não consolidados, podendo ter ou não algum
acúmulo de matéria orgânica. Em função, principalmente, das diferenças no
material de origem, resultam solos com perfis bastante diversificados.
Figura 3.46 – Ambientes onde dominam Gleissolos no Estado de Alagoas.
Em geral, apresentam sequência de horizontes do tipo A ou Ag, Cg; A, Big,
Cg; A, Btg, Cg; H (menor que 40 cm), Cg; entre outras. Por serem perfis de solo
desenvolvidos em ambientes redutores, as cores são tipicamente cinzentas ou
137
acinzentadas, compreendendo ou não horizontes e, ou camadas escuras, minerais
ou orgânicas.
Figura 3.47 – Gleissolo Háplico Tb Distrófico típico.
Na superfície do solo o horizonte A é geralmente mais escuro, em relação
aos horizontes subsuperficiais, devido aos maiores teores de matéria orgânica e
comumente é do tipo moderado ou proeminente. A espessura varia normalmente de
15 cm a 40 cm, com coloração de cinzenta escura a preta nos matizes de 7,5YR a
5Y, tendo valores de 2 a 7 e cromas menores ou iguais a 2. A textura dominante
varia de média a muito argilosa com gradiente textural baixo (Figura 3.48).
O horizonte glei subsuperficial, comumente do tipo Cg, pode compreender
várias subdivisões e possui espessura geralmente maior que 100 cm. A cor varia de
cinzento escuro a cinzento claro nos matizes de 10YR a 5Y ou em matizes com
cores mais azuladas ou esverdeadas. Em geral os valores variam na faixa de 5 a 8 e
os cromas são menores ou iguais a 2. O horizonte glei pode compreender
mosqueados em quantidade, tamanho e cores diversos sendo mais comuns os
amarelados e, ou avermelhados. A textura mais frequente varia de média a muito
argilosa com predomínio na faixa de argilosa a muito argilosa.
138
Figura 3.48 – Conteúdo de argila na classe dos Gleissolos no Estado de Alagoas.
GM: Gleissolo Melânico (n=2); GX: Gleissolo Háplico (n=8); GJ: Gleissolo
Tiomórfico (n=2). A barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis
utilizados.
Em termos químicos (Figura 3.49), estes solos apresentam características
muito heterogêneas. A reação de pH varia de extrema a moderadamente ácida com
valores de pH de 3 a 6. O pH menor ou igual a 3,5 é um critério que discrimina a
classe dos Gleissolos Tiomórficos. Em termos médios, a soma de bases, CTC e
saturação por bases, mesmo com grande variabilidade, assumem valores
relativamente semelhantes entre os horizontes superficiais e subsuperficiais. Os
valores médios da soma de bases situam-se na faixa de 5,0 cmolc kg-1 a 12,0 cmolc
kg-1 de solo, porém, variam numa faixa ampla de 1,0 cmolc kg-1 a 23,0 cmolc kg-1
de solo. A CTC média situa-se na faixa de 10,0 cmolc kg-1 a 40,0 cmolc kg-1 de solo
e a saturação por bases no intervalo de 30% a 60%, portanto indicando solos
distróficos e eutróficos. O alumínio trocável, por sua vez, apresenta valores médios
na faixa de 2,0 cmolc kg-1 a 17,0 cmolc kg-1 de solo, portanto atingindo níveis altos
a muito altos. Os valores mais elevados ocorrem nos solos tiomórficos, pois as
condições de pH muito baixo (<3,5) conduzem a uma grande solubilização do
alumínio. Cabe ressaltar, no entanto, que nem todo alumínio trocável afeta o
crescimento de plantas. Estudos realizados em solos com altos teores de alumínio
trocável no Acre (GAMA e KIEL, 1999) foram indicativos que o alumínio da solução
do solo não causa toxidez às plantas (feijão e arroz). Por conseguinte, essa é uma
área de conhecimento que demanda pesquisas visando esclarecer aspectos de
fitotoxidez e suas relações com os níveis de alumínio trocável no solo.
139
Figura 3.49 - Principais atributos químicos da classe dos
Gleissolos no Estado de Alagoas. GM: Gleissolo Melânico (n=2);
GX: Gleissolo Háplico (n=8); GJ: Gleissolo Tiomórfico (n=2). A
barra corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis
utilizados.
Os teores médios de carbono orgânico no horizonte superficial A ocorrem na
faixa de 5,0 g kg-1 a 20,0 g kg-1 de solo com valores extremos inferiores a 70,0 g
kg-1 de solo. Conforme critérios relacionados aos teores de carbono, cor e
espessura do horizonte A, foram diferenciados horizontes superficiais do tipo A
140
fraco, A moderado e A proeminente. Este último permitiu separar a classe dos
Gleissolos Melânicos dos Háplicos. Em ambientes restritos, onde os Gleissolos
ocorrem associados com Organossolos, constataram-se Gleissolos com horizonte H
hístico conferindo aos mesmos o caráter intermediário para Organossolos.
Conforme análise das características morfológicas, físicas e químicas, os
Gleissolos estudados enquadram-se nas classes dos Gleissolos Tiomórficos,
Gleissolos Melânicos e Gleissolos Háplicos. Os Gleissolos Tiomórficos apresentam
materiais sulfídricos (compostos de enxofre oxidáveis) com alta sensibilidade aos
níveis de oxigenação do meio ambiente, podendo dar origem a horizontes sulfúricos
(pH menor ou igual a 3,5) se os solos forem drenados artificialmente sem controle.
Já os Gleissolos Melânicos e Háplicos são solos com fertilidade natural de baixa a
alta e que permitem o uso agrícola das terras com drenagem dequada.
Potencialidades e limitações – O potencial de uso dos Gleissolos, no Estado
de Alagoas, depende, sobretudo, da drenabilidade das áreas onde esses solos são
formados, em consonância com a legislação ambiental no que se refere à proteção
das margens dos rios. As características favoráveis ao uso agrícola ficam
relacionadas principalmente com a média a alta fertilidade natural e as condições de
relevo praticamente plano. As maiores limitações estão relacionadas com: (a) lençol
freático elevado e risco de inundações ou alagamentos frequentes; (b) caráter
tiomórfico; (c) caráter solódico; (d) alumínio trocável elevado; e (d) textura muito
argilosa.
Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Gleissolos
encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais
detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na
legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:
(a) caráter tiomórfico (distinção dos Gleissolos Tiomórficos); (b) tipo de horizonte
superficial (distinção dos Gleissolos Melânicos e Háplicos); (c) caráter solódico; (d)
característica intermediária entre classes de solo; (e) textura; (f) fases e
combinações de fases de vegetação; e (g) conforme o posicionamento e
dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em
associação com outras classes de solos.
3.1.12 – Neossolos
São solos pouco desenvolvidos, constituídos por material mineral ou material
orgânico pouco espesso, com sequência de horizontes do tipo A, C; A, C, R; A, R;
O, R; H, R ou H, C sem atender aos requisitos para as classes dos Chernossolos,
Vertissolos, Plintossolos, Organossolos ou Gleissolos. No caso dos solos minerais,
que são os mais dominantes, eles guardam características mineralógicas
141
relativamente próximas às do material de origem. Portanto, são solos com ausência
de qualquer tipo de horizonte B diagnóstico em consequência da baixa atuação dos
processos pedogenéticos (EMBRAPA, 2006).
No Estado de Alagoas, estes solos têm grande expressão geográfica
sobretudo no ambiente semiárido (Figura 3.50). Dominantemente apresentam
textura na faixa de arenosa a média com baixo gradiente textural no perfil de solo
(Figura 3.51).
Conforme o SiBCS (EMBRAPA, 2006), os Neossolos são subdivididos em
quatro subordens: Neossolos Litólicos, Neossolos Flúvicos, Neossolos Regolíticos e
Neossolos Quartzarênicos. São todos relativamente pouco afetados pelo
intemperismo químico e, portanto, suas principais características morfológicas,
físicas, químicas (Figura 3.52) e mineralógicas, em geral, refletem a natureza do
material de origem.
Figura 3.50 – Ambientes onde dominam Neossolos no Estado de Alagoas.
RL: Neossolo Litólico; RY: Neossolo Flúvico; RR: Neossolo Regolítico; RQ: Neossolo
Quartzarênico.
142
Figura 3 51 – Conteúdo de argila nas diferentes classes de Neossolos no
Estado de Alagoas. RL: Neossolo Litólico (n=12); RY: Neossolo Flúvico (n=14);
RR: Neossolo Regolítico (n=7); RQ: Neossolo Quartzarênico (n=3). A barra
corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis utilizados.
3.1.12.1 Neossolos Litólicos
São solos rasos com sequência de horizontes mais comum do tipo A, C, R ou
A, R e apresentam, em geral, marcante presença de minerais primários de fácil
alteração no perfil de solo. O contato lítico dentro de 50 cm de profundidade é a
principal característica que os diferencia dos demais Neossolos.
Em Alagoas, os Neossolos Litólicos ocupam grandes extensões no ambiente
semiárido onde é comum a presença de pedregosidade e, ou rochosidade. Em
conformidade com a natureza do material de origem, apresentam muitas variações
de características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas.
O horizonte superficial A comumente é do tipo fraco ou moderado, mas
ocorrendo também o A proeminente, especialmente no contexto das áreas mais
elevadas que ocorrem no Planalto da Borborema. As cores são ligeiramente escuras
ou mesmo escuras e comumente ocorrem nos matizes 7,5YR ou 10YR. Abaixo do
horizonte A, segue o horizonte C com cores desde claras até vermelhas nos
matizes de 10YR a 2,5YR e em seguida ocorre a camada R (rocha) dentro de 50
cm de profundidade (Figura 3.53).
Em termos físicos, são solos rasos com textura variando na faixa de média a
arenosa comumente associada com cascalhos e, ou fragmentos de rocha em
alteração e, ou com pedregosidade.
143
Figura 3.52 – Principais atributos químicos da classe
dos Neossolos no Estado de Alagoas. RL: Neossolo Litólico
(n=12); RY: Neossolo Flúvico (n=14); RR: Neossolo Regolítico
(n=7); RQ: Neossolo Quartzarênico (n=3). A barra
corresponde ao desvio padrão e n, o número de perfis
utilizados.
Do ponto de vista químico, são solos dominantemente eutróficos, exceto
quando o material de origem é muito pobre em bases, como algumas rochas
areníticas. A reação de pH varia de moderadamente ácida a praticamente neutra
com valores médios de 5,5 a 6,5. A soma de bases situa-se ao redor de 5,0 cmolc
kg-1 de solo com valores extremos de 1,5 cmolc kg-1 a 9,0 cmolc kg-1 de solo. A
CTC média situa-se ao redor de 7,5 cmolc kg-1 de solo, mas varia de 4,0 cmolc kg-1
144
a 11,0 cmolc kg-1 de solo. O alumínio trocável assume valores médios na faixa de
0,1 cmolc kg-1 a 0,4 cmolc kg-1 de solo, mas com valores bastante dispersos, sem
ultrapassar 1,0 cmolc kg-1 de solo.
Figura 3.53 – Neossolo Litólico Eutrófico típico.
Potencialidades e limitações – Exceto a fertilidade natural
predominantemente média, as demais características são restritivas ao uso agrícola.
Alem disso, tem-se ainda o déficit hídrico regional do ambiente semiárido onde os
solos desta classe têm larga ocorrência. As maiores limitações estão relacionadas
com a pequena profundidade efetiva, a pedregosidade, a rochosidade, e ainda ao
relevo movimentado e riscos elevados de erosão, normalmente associados a estes
solos. Apesar destas limitações, em áreas com relevo plano e suave ondulado, e
com pouca pedregosidade, os Neossolos Litólicos são comumente utilizados com
pastagens e, ou com cultivos de subsistência ou são destinados à preservação
ambiental.
Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os
Neossolos Litólicos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe foi
subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a
escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões desta
classe foram realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases;
(b) tipo de contato lítico (fragmentário ou não); (c) textura; (d) presença de
cascalho; (e) tipos de horizonte superficial; (f) fases e combinações de fases de
erosão, relevo, vegetação, pedregosidade, rochosidade e substrato; e (g) conforme
145
o posicionamento e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram
mapeados em associação com outras classes de solos e, ou com tipos de terreno.
3.1.12.2 Neossolos Flúvicos
São Neossolos desenvolvidos a partir de sedimentos fluviais recentes,
estratificados, de modo que as camadas não guardam relação pedogenética entre
si. O material de origem, portanto, corresponde aos sedimentos que se depositam
nos ambientes de várzeas ou baixadas ao longo dos cursos dos rios e riachos. Em
geral, os estratos são formados em períodos distintos e por isso podem apresentar
grandes variações e, ou disparidades de características e propriedades entre os
mesmos, como, por exemplo, na granulometria e no conteúdo de carbono. Em
função do seu modo de formação, podem apresentar uma variação muito grande
em termos de textura no perfil, tanto vertical quanto lateralmente.
Esses solos comumente apresentam sequência de horizontes e, ou camadas
do tipo A, 2C1, 3C2, 4C3, etc. O horizonte A, em geral, varia de fraco moderado
com espessura de 10 cm a 25 cm. A cor normalmente ocorre nos matizes 10YR e
7,5YR com valor de 3 a 5 e croma de 2 a 6. Subjacente ao horizonte A, seguem-se
camadas C cujas características variam muito em função da textura dos estratos
(Figura 3.54). As cores dominantemente ocorrem nos matizes 10YR e 7,5YR e as
texturas mais frequentes variam na faixa de arenosa até argilosa, mas com
predomínio na faixa média com altos teores da fração silte.
146
Figura 3.54 – Neossolo Flúvico Ta Eutrófico solódico.
Em termos químicos, são solos dominantemente eutróficos, exceto quando o
material de origem é muito pobre em bases. A reação de pH predomina na faixa
moderadamente ácida, mas varia de fortemente ácida a praticamente neutra com
pH de 4,5 a 7,0. A soma de bases predomina ao redor de 4,0 cmolc kg-1 de solo
com valores extremos de 1,0 cmolc kg-1 a 7,0 cmolc kg-1 de solo. A CTC situa-se ao
redor de 6,5 cmolc kg-1 de solo, mas varia de quase nula até 16,0 cmolc kg-1 de
solo. O alumínio trocável assume valores médios ao redor de 0,4 cmolc kg-1 de solo,
mas com valores bastante dispersos, sem ultrapassar 1,2 cmolc kg-1 de solo.
Potencialidades e limitações – As características favoráveis ao uso agrícola
estão relacionadas com a profundidade efetiva e a fertilidade natural média a alta
dos solos. As restrições devem-se principalmente: (a) ao acúmulo de sais e, ou
risco de salinização; (b) riscos de inundação periódica em função do regime de
chuvas; e (c) ao déficit hídrico regional no ambiente semiárido. Vale ressaltar que
alguns destes solos apresentam camadas salinas, solódicas ou até mesmo sódicas
em áreas localizadas no ambiente semiárido. Portanto, podem apresentar uma
diversidade de características desfavoráveis combinadas. Mesmo havendo
restrições de uso, são solos bastante cultivados e produzem uma variedade muito
grande de culturas, principalmente de subsistência.
Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os
Neossolos Flúvicos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe foi
subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a
escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões foram
realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases; (b) textura; (c)
tipos de horizonte superficial; (d) caráter salino, solódico e sódico; (e)
características intermediárias entre classes de solo; (f) fases e combinações de
fases de relevo e vegetação; e (g) conforme o posicionamento e dominância dos
solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em associação com outras
classes de solos.
3.1.12.3 Neossolos Regolíticos
São Neossolos pouco profundos a profundos, geralmente com cores claras
ou esbranquiçadas, apresentando textura dominante na faixa de arenosa a média
(franco-arenosa). Caracterizam-se por apresentar uma reserva de minerais primários
alteráveis, geralmente feldspatos potássicos, nas frações areia e, ou cascalho com
um teor maior ou igual 4% (EMBRAPA, 2006). O material de origem está
correlacionado com os ambientes onde se destacam rochas ácidas tipo granito ou
147
outras rochas com composição mineralógica semelhante. É frequente a presença de
horizontes cimentados do tipo fragipã e, menos frequentemente do tipo duripã,
bem como do caráter solódico. Tais horizontes cimentados são formados por uma
mistura de frações finas cauliníticas, impregnadas por materiais silicosos,
cimentando as frações grossas (ARAÚJO FILHO, 2003).
Em termos morfológicos, são solos com sequência de horizontes do tipo A, C
e R ou A, C, Cx e R. O horizonte superficial A é, normalmente, do tipo fraco ou
moderado com cores claras ou pouco escuras e com espessura média na faixa de
12 cm a 25 cm. Predomina nos matizes de 7,5YR a 10YR com valores de 3 a 5 e
cromas de 2 a 4. A textura normalmente é arenosa. Em subsuperfície, o horizonte
C e, ou Cx, apresenta espessura média na faixa de 60 cm a 140 cm e cores claras,
comumente no matiz 10YR com valores de 5 a 7 e cromas de 2 a 4 (Figura 3.55).
Figura 3.55 – Neossolo Regolítico Eutrófico típico.
Em termos físicos, são solos com textura tipicamente arenosa, por vezes
atingindo a faixa média (franco-arenosa), e com marcante presença da fração silte,
comumente superando o teor da fração argila. São bem a fortemente drenados,
148
mas eventualmente podem apresentar algumas restrições, especialmente os pouco
profundos e, ou com presença de fragipã.
Em termos químicos, por serem solos arenosos, são pobres a muito pobre em
bases com pH, na faixa moderadamente ácida, de 5,5 a 6,5. A soma de bases
predomina entre 1,0 cmolc kg-1 e 2,0 cmolc kg-1 de solo na superfície e com valor
médio inferior a 1,0 cmolc kg-1 de solo em subsuperfície. A CTC média situa-se ao
redor de 2,0 cmolc kg-1 de solo e o alumínio trocável assume valor médio inferior
0,3 cmolc kg-1 de solo.
Potencialidades e limitações – As características favoráveis ao uso agrícola
estão relacionadas com a profundidade efetiva maior do que 50 cm, à reserva de
nutrientes associada aos minerais primários alteráveis e ainda às facilidades de
manejo em virtude da textura arenosa dos solos. As restrições mais comuns são:
(a) presença do contato lítico ou de horizontes cimentados restringindo a
drenagem; (b) associações com solos rasos e, ou com afloramentos de rochas; (c)
baixa capacidade de retenção de umidade; e (d) o déficit hídrico regional agravado
pela baixa disponibilidade de água dos solos. Apesar da baixa fertilidade, são solos
bastante cultivados com culturas de subsistência e pastagens, particularmente
quando ocorrem sob caatinga hipoxerófila.
Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os
Neossolos Regolíticos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe foi
subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a
escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões desta
classe foram realizadas em função dos seguintes fatores: (a) saturação por bases;
(b) profundidade do contato lítico; (c) textura; (d) presença de cascalho; (e)
presença de fragipã; (f) caráter solódico; (g) fases e combinações de fases de
relevo, vegetação, pedregosidade e rochosidade; e (h) conforme o posicionamento
e dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em
associação com outras classes de solos e, ou com tipos de terreno.
3.1.12.4 Neossolos Quartzarênicos
São Neossolos arenoquartzosos com textura areia e, ou areia-franca dentro
de 200 cm de profundidade, profundos a muito profundos e forte a excessivamente
drenados. Diferenciam-se dos Neossolos Regolíticos por critérios mineralógicos, isto
é, por não apresentar reserva de minerais primários alteráveis superior a 4%
(EMBRAPA, 2006). O material de origem está estreitamente correlacionado com
rochas areníticas e, ou com sedimentos arenoquartzosos.
Morfologicamente apresentam sequência de horizontes do tipo A e C ou A, C
e R, mas com a camada R abaixo de 50 cm de profundidade (Figura 3.56). O
149
horizonte A é do tipo fraco ou moderado com espessura média na faixa de 10 cm a
30 cm. A cor predominante ocorre nos matizes de 5YR a 10 YR com valores de 3 a
5 e cromas de 2 a 4. Em subsuperfície as cores comumente variam de claras a
avermelhadas nos matizes de 5YR a 10YR com valores de 5 a 7 e cromas de 2 a 8.
Figura 3.56 – Neossolo Quartzarênico Órtico típico.
Do ponto de vista físico, são solos arenosos, muito permeáveis e com muito
baixa a baixa capacidade de retenção de umidade.
Em termos químicos, por serem solos arenosos e quartzosos, são muito
pobres em bases. O pH varia na faixa forte a moderadamente ácida, com valores de
5,0 a 5,5. A soma de bases predomina com valores inferiores 1,0 cmolc kg-1 de
solo na superfície e com valores médios inferiores a 0,5 cmolc kg-1 de solo em
subsuperfície. A CTC média varia de 1,0 cmolc kg-1 a 2,0 cmolc kg-1 de solo e o
alumínio trocável assume valores médios de 0,2 cmolc kg-1 a 0,4 cmolc kg-1 de solo.
Potencialidades e limitações – As características favoráveis ao uso agrícola
estão relacionadas com a grande profundidade efetiva, geralmente maior do que
200 cm, e condições de drenagem favoráveis. As limitações devem-se: (a) à exígua
reserva de nutrientes associada à mineralogia essencialmente quartzosa; (b) à baixa
150
capacidade de armazenamento hídrico e de nutrientes; (c) ao déficit hídrico regional
no ambiente semiárico; e (d) à presença de lençol freático elevado em ambientes
com deficiência de drenagem na zona úmida costeira. Havendo disponibilidade de
água para irrigação estes solos têm vocação natural para fruticultura,
principalmente, aqueles com maiores teores de frações finas (argila mais silte) e
areia fina ou quando a textura tende para a faixa média.
Cartografia – Em conformidade com os diferentes ambientes onde os
Neossolos Quartzarênicos encontram-se desenvolvidos nas paisagens, esta classe
foi subdividida em níveis categóricos mais detalhados de forma compatível com a
escala 1:100.000, conforme consta na legenda de solos. As subdivisões desta
classe foram realizadas em função dos seguintes fatores: (a) tipo de horizonte
superficial; (b) caráter hidromórfico; (c) características intermediárias entre classes
de solo; (d) presença do caráter concrecionário; (e) presença de fragipã; (f) fases e
combinações de fases de relevo e vegetação; e (g) conforme o posicionamento e
dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em
associação com outras classes de solos e, ou com tipos de terreno.
3.1.14 - Organossolos
São solos pouco evoluídos cujos constituintes orgânicos ocorrem em mistura
com frações minerais em diversas proporções, mas impõem preponderância de suas
propriedades sobre os componentes minerais. Apresentam horizontes de
constituição orgânica (H ou O), cuja coloração é escura ou preta, cinzenta muito
escura e, ou brunada. Resultam do acúmulo de material orgânico em graus variados
de decomposição em condições de deficiência de drenagem ou em ambientes
úmidos de altitude saturados com água por poucos dias durante o período chuvoso
(EMBRAPA, 2006). Os horizontes orgânicos desses solos podem sobrepor ou
estarem posicionados entre camadas minerais de espessuras variadas.
Os Organossolos usualmente são fortemente ácidos, tendo alta capacidade
de troca de cátions devido a influência da fração orgânica, mas com baixa
saturação por bases. São formados comumente em ambientes de várzeas,
depressões e locais de surgentes sob vegetação higrófila e, ou hidrófila, seja do
tipo campestre ou florestal. Podem apresentar horizonte sulfúrico, materiais
sulfídricos, caráter sálico ou salino, bem como o caráter sódico ou solódico.
Os principais requisitos dos solos dessa classe, conforme o SiBCS
(EMBRAPA, 2006), são os seguintes: (1) apresentar 60 cm ou mais de camada
orgânica se 75% (por volume) ou mais dessa camada for constituída de tecido
vegetal na forma ramos finos, fragmentos de troncos, raízes finas ou cascas de
151
árvore; (2) possuir horizonte O hístico com 20 cm ou mais de espessura quando
sobrejacente a um contato lítico ou no mínimo 40 cm de espessura se sobrejacente
a um horizonte mineral; (3) apresentar horizonte H hístico com espessura mínima
de 40 cm, seja em seção única, a partir da superfície, ou de forma cumulativa
dentro dos primeiros 80 cm superficiais.
No estado de Alagoas, os Organossolos têm ocorrência ao longo da zona
úmida costeira, especialmente nos ambientes de várzea e nas proximidades de
lagoas. Esses solos destacam-se nas várzeas do Rio Coruripe (Figura 3.57), onde
são utilizadas com a cultura da cana-de-açúcar.
Figura 3.57 - Ambientes onde dominam Organossolos no Estado de Alagoas.
Oj: Organossolo Tiomórfico.
Em termos físicos, uma das características marcantes dos Organossolos é a
baixa densidade do solo (<1 g cm-3) (SOUZA JÚNIOR, 1999). Nas condições
naturais, normalmente, são solos mal a muito mal drenados, especialmente os
desenvolvidos nos ambientes de baixadas. Nas várzeas do Rio Coruripe foi
constatado Organossolos Tiomórficos (Figura 3.58), com quantidades substanciais
152
de frações finas (Figura 3.59), desde a faixa de textura média até a muito argilosa
(SOUZA JÚNIOR, 1999).
Figura 3.58 – Organossolo Tiomórfico Sáprico térrico. Fonte:
Levantamento detalhado de solos da Usina Coruripe (Foto: Mateus Rosas Ribeiro).
153
Figura 3 59 – Conteúdo de argila em Organossolos do Estado de Alagoas.
Oj: Organossolo Tiomórfico.
Do ponto de vista químico (Figura 3.60), os Organossolos mapeados
apresentam reação de pH extremamente ácida, com valores predominantes iguais
ou inferiores a 4,3. Especialmente nas várzeas do Rio Coruripe, ocorrem
Organossolos com pH igual ou inferior a 3,5, tipificando a presença de horizonte
sulfúrico e, consequentemente, o caráter tiomórfico. Morfologicamente, esse
caráter é sugerido pela presença de mosqueados como coloração amarelada
indicativos da presença da jarosita que, por sua vez, é um indicador da formação
do horizonte sulfúrico. Em ambientes mal e muito mal drenados, os Organossolos
que apresentam o caráter tiomórfico são individualizados como Organossolos
Tiomórficos e os que não apresentam são os Organossolos Háplicos.
154
Figura 3.60 – Principais atributos químicos da classe dos
Organossolos no Estado de Alagoas. OJ: Organossolo
Tiomórfico.
A soma de bases apresenta valores médis na faixa de 4,0 cmolc kg-1 a 20,0
cmolc kg-1 de solo e a CTC de 25 cmolc kg-1 a 70 cmolc kg-1 de solo em função da
influência marcante da matéria orgânica e da acidez extrema dos solos. O alumínio
trocável mostra valores elevados, da ordem de 4,0 cmolc kg-1 a 21,0 cmolc kg-1 de
solo. Entretanto, resultados de pesquisas realizadas na região (SOUZA JÚNIOR,
1999) apresentam valores do Al trocável muito mais elevados, atingindo 40,0
cmolc kg-1 de solo, em reflexo à acidez do ambiente. Os teores de carbono orgânico
no horizonte H hístico foram observados na faixa de 11,0 g kg-1 a 433,6 g kg-1 de
solo. Vale destacar que noutras áreas do Estado de Alagoas ocorrem alguns poucos
Organossolos sem essa acidez extrema verificada nas várzeas do Rio Coruripe.
Potencialidades e limitações – O potencial de uso dos Organossolos
Tiomórficos no Estado de Alagoas depende, sobretudo, de práticas de manejo das
áreas de várzea que evitem ou reduzam os riscos da acidez extrema dos solos e em
consonância com a legislação ambiental, no que se refere à proteção das margens
dos rios. O controle da acidez dos solos poderá ser realizado por meio do manejo
da altura do lençol freático. As características favoráveis ao uso agrícola dos solos
ficam relacionadas principalmente com os altos teores de matéria orgânica e as
condições de relevo praticamente plano nas áreas de várzeas. As maiores
limitações estão relacionadas com: (a) presença de compostos reduzidos de enxofre
com riscos de produzir acidez extrema dos solos (caráter tiomórfico); (b) riscos de
inundações ou alagamentos frequentes; e (c) desbalanço nutricional com alumínio
trocável muito elevado.
Cartografia – Em conformidade com os ambientes onde os Organossolos
encontram-se distribuídos, esta classe foi subdividida em níveis categóricos mais
detalhados de forma compatível com a escala 1:100.000, conforme consta na
155
legenda de solos. As subdivisões foram realizadas em função dos seguintes fatores:
(a) caráter tiomórfico; (b) grau de decomposição da matéria orgânica (separando
solos fíbricos, sápricos e hêmicos); (c) presença de horizontes ou camadas minerais
dentro de 100 cm de profundidade (individualizando solos térricos); (d) textura; (e)
fases e combinações de fases de vegetação; e (g) conforme o posicionamento e
dominância dos solos nas diferentes paisagens onde foram mapeados em
associação com outras classes de solos.
3.1.13 – Solos Indiscriminados de Mangues
São solos halomórficos pouco a muito pouco desenvolvidos, escuros e
lamacentos com alto conteúdo de sais provenientes da água do mar, formados no
ambiente dos manguezais (Figura 3.61). O material de origem desses solos é
constituído por sedimentos recentes, de natureza mineral em mistura com matéria
orgânica. Esse material tem composição granulométrica variada e resulta de
deposições flúvio-marinhas nos locais onde as águas dos rios encontram as águas
do mar, em seus baixos cursos. A intensa atividade biológica nestes ambientes
promove uma rápida e constante decomposição de plantas e animais. Com a
mistura das águas, o ambiente torna-se salubre, sendo especialmente apropriado
para o desenvolvimento da flora e da fauna típicos do ambiente de mangue.
156
Figura 3.61 – Ambientes onde dominam solos de mangue no Estado de
Alagoas.
Os Solos Indiscriminados de Mangues compreendem principalmente
Gleissolos e Organossolos com caráter tiomórfico (Figura 3.62). Neste estudo são
tratados em conjunto uma vez que a escala de trabalho não permite a
individualização dos mesmos. Além desses solos, ressalta-se a ocorrência de
sedimentos lamacentos que ainda não constituem solos, visto que não apresentam
nenhum tipo de horizonte diagnóstico e, deste modo, são considerados apenas
como tipos de terreno.
Os solos indiscriminados de mangue ocorrem em várzeas da baixada
litorânea, nas desembocaduras de rios e em parte dos cursos dos mesmos, bem
como nas proximidades de lagoas e pequenas depressões da faixa litorânea, indo
até onde há influência das marés.
Esse grupo de solos normalmente não é explorado com agricultura e, ou
pecuária convencionais. Constituem áreas ainda dominantemente cobertas pela
vegetação natural dos manguezais. Em geral, são ambientes explorados pela
população mais pobre dos arredores dos grandes centros urbanos da zona costeira,
especialmente fazendo a pesca e a caça de caranguejos, entre outros crustáceos
do ambiente de mangue. São, pois, áreas importantes não somente pelo seu papel
socioeconômico, mas também para o equilíbrio ecológico flúvio-marinho.
Figura 3.62 – Solos indiscriminados de mangue.
157
Potencialidades e limitações - As principais limitações agrícolas são
relacionadas ao alto conteúdo de sais, às condições de excesso de umidade
(inundações periódicas) e ao caráter tiomórfico. Em termos de potencialidades, os
manguezais são de alta relevância para preservação da flora e da fauna. Neste
ambiente tem-se uma intensa atividade biológica, particularmente no sentido da
reprodução de muitas espécies, como os caranguejos e outros crustáceos, sendo,
portanto, indispensável sua preservação para manutenção do equilíbrio ecológico
deste ecossistema.
Cartografia – Este grupo de solos foi subdividido em diferentes unidades de
mapeamento, conforme consta na legenda de solos, considerando, apenas, a
dominância dos mesmos nas diferentes paisagens onde foram mapeados
separadamente ou em associação com outras classes de solos.
3.1.14 – Tipos de Terreno
Neste estudo, o que foi mapeado e não pode ser enquadrado no conceito de
solo (EMBRAPA, 2006), considerou-se como tipo de terreno. Como exemplos
podem ser citados os afloramentos de rochas (Figura 3.63), os sedimentos
inconsolidados de dunas móveis, áreas urbanas e espelhos d´água.
Os tipos de terreno de maior destaque, conforme o nível generalizado do
mapeamento, são as áreas com grande concentração de afloramentos de rocha e,
ou pedregosidade. Eles ocorrem nos ambientes de serras e serrotes, maciços
residuais, leito de rios e riachos, e se distribuem de forma esparsa em toda
superfície do Estado, desde as regiões úmidas até as mais secas, com maior
destaque no ambiente semiárido.
158
Figura 3.63 – Tipo de terreno constituído por afloramentos rochosos.
Potencialidades e limitações – Por não constituírem solos, são ambientes
impróprios para quaisquer atividades agrícolas. São áreas mais apropriadas para
preservação da fora e da fauna ou, eventualmente, para alguma exploração não
agrícola, como, por exemplo, o uso de rochas e, ou de sedimentos para construção
civil.
Cartografia – Os tipos de terreno foram subdivididos em diferentes unidades
de mapeamento, conforme consta na legenda de solos, considerando, apenas, a
dominância dos mesmos nas diferentes paisagens onde foram mapeados
separadamente ou em associação com diferentes solos.
3.2 – UNIDADES DE MAPEAMENTO E SOLOS COMPONENTES
Em função do nível generalizado do levantamento, na escala 1:100.000, as
unidades de mapeamento foram delimitadas nos mapas de solos, em geral, na
forma de associações compreendendo dois ou três componentes. Entretanto, em
alguns casos, foram definidas unidades de mapeamento com até quatro
componentes nas áreas mais complexas e raramente com um componente nos
ambientes mais homogêneos. Ressalta-se que cada componente pode ser formado
por uma única classe de solo, ou por um grupo de classes de solos, ou ainda por
um tipo de terreno, ou mesmo por um complexo de solos. Os grupos de solos
podem ser indiferenciados ou indiscriminados. Os grupos indiferenciados são
reconhecidos, nas legendas, pelo conjunto de solos que os formam, como por
exemplo, Argissolos (Amarelos e Vermelho-Amarelos) ou Planossolos (Nátricos e
Háplicos). Os grupos indiscriminados, como o próprio nome sugere, não
discriminam os solos. Como exemplos, podemos citar: solos indiscriminados de
mangue, solos halomórficos indiscriminados, solos tiomórficos indiscriminados,
entre outros. Os grupos indiferenciados foram concebidos para generalizar
informações das classes de solos identificadas no campo que não puderam ser
mapeadas separadamente, na escala de trabalho 1:100.000, face ao seu
arranjamento intrincado. Já nos casos em que os solos não puderam ser
159
identificados e, ou por questões práticas do mapeamento, recorreu-se aos grupos
indiscriminados como é o caso dos solos do ambiente de mangue.
As unidades de mapeamento são padrões de áreas que aparecem
individualizadas nos mapas de solos e, em conjunto, formam a superfície mapeada.
São definidas basicamente em função dos tipos de solos e do seu arranjamento nas
paisagens, do relevo, da vegetação, da escala de trabalho, da densidade dos
exames e amostragem de solo no campo, e em função da qualidade do material
cartográfico utilizado. Neste estudo, foram individualizados 350 tipos de unidades
de mapeamento integrando toda superfície do Estado de Alagoas (Tabela 3.2).
Cada unidade de mapeamento é representada por um código (símbolo)
alfanumérico o qual consta na legenda e nos polígonos vigentes nos mapas de
solos. Ressalta-se que cada uma delas poderá ocorrer espacializada em um ou mais
polígonos representados nos mapas. Por meio do seu código se estabelece um
vínculo entre as informações descritivas da legenda e os polígonos do mapa de
solos.
Tabela 3.2 - Unidades de mapeamento, extensão e localização no mapa de
solos do Estado de Alagoas
Unidade de
Mapeamento Área Localização por folha mapeada
km2 %
LAd1 442,83 1,59 Maceió; Porto Calvo; Rio Largo; União dos
Palmares
LAd2 17,40 0,06 Propriá
LAd3 171,36 0,62 Maceió; Piaçabuçu; Rio Largo; São Miguel
dos Campos; União dos Palmares
LAd4 95,84 0,35 Rio Largo; São Miguel dos Campos; União
dos Palmares
LAd5 33,49 0,12 Propriá
LAd6 27,61 0,10 Arapiraca; Propriá
LAd7 73,48 0,26 Rio Largo; União dos Palmares
LAd8 217,51 0,78 São Miguel dos Campos
LAd9 262,67 0,95 Maceió; Palmares; Porto Calvo; Rio Largo;
São Miguel dos Campos
LAd10 35,84 0,13 Piaçabuçu; Propriá
LAd11 99,57 0,36 Maceió; Rio Largo
LAd12 49,05 0,18 Palmares; Rio Largo
LAd13 92,72 0,33 Sirinhaém
LAd14 46,60 0,17 Porto Calvo; Sirinhaém
LAd15 38,31 0,14 Maceió; Rio Largo
LAd16 25,10 0,09 Sirinhaém
160
LAd17 35,93 0,13 Palmares
LAd18 33,47 0,12 Garanhuns; Palmares; Sirinhaém
LAd19 54,32 0,20 Palmares
LAd20 9,02 0,03 Palmares
LAd21 100,56 0,36 Maceió; Porto Calvo; Rio Largo
LAd22 41,63 0,15 Palmares; Rio Largo
LAd23 129,93 0,47 Garanhuns; União dos Palmares
LAd24 23,63 0,09 Rio Largo
LAd25 30,44 0,11 Propriá
LAd26 2,06 0,01 Delmiro Gouveia; Piaçabuçu
LAe 197,52 0,71 Arapiraca; Palmeira dos Índios
LACd 1,07 0,00 Maceió
LVAd1 250,90 0,90 Arapiraca; São Miguel dos Campos
LVAd2 40,78 0,15 Arapiraca; São Miguel dos Campos
LVAd3 27,40 0,10 Garanhuns; União dos Palmares
LVAd4 143,44 0,52 Arapiraca
LVAd5 45,96 0,17 Arapiraca; Propriá
LVAe 8,80 0,03 Palmeira dos Índios
LVe1 9,27 0,03 São Miguel dos Campos
LVe2 153,82 0,55 Arapiraca; São Miguel dos Campos
LVe3 204,97 0,74 Arapiraca
PAd1 443,30 1,60 Maceió; São Miguel dos Campos
PAd2 82,74 0,30 Maceió; Piaçabuçu; São Miguel dos Campos
PAd3 523,62 1,89 Piaçabuçu; São Miguel dos Campos
PAd4 65,35 0,24 Piaçabuçu
PAd5 275,64 0,99 Maceió; São Miguel dos Campos
PAd6 347,62 1,25 Piaçabuçu; São Miguel dos Campos
PAd7 52,49 0,19 Propriá
PAd8 153,98 0,55 Piaçabuçu; Propriá
PAd9 80,31 0,29 Piaçabuçu; São Miguel dos Campos
PAd10 163,38 0,59 Arapiraca; São Miguel dos Campos
PAd11 14,35 0,05 Propriá
PAd12 31,49 0,11 Rio Largo; União dos Palmares
PAd13 24,04 0,09 Rio Largo
PAd14 41,04 0,15 Maceió; São Miguel dos Campos
PAd15 3,06 0,01 Palmares
PAd16 52,91 0,19 Porto Calvo; Rio Largo
PAd17 84,47 0,30 Palmares; Sirinhaém
PAd18 45,38 0,16 Porto Calvo
PAd19 33,24 0,12 São Miguel dos Campos
PAd20 7,19 0,03 Palmares
PAd21 128,09 0,46 Porto Calvo; Sirinhaém
PAd22 11,14 0,04 Palmares; Rio Largo
PAd23 10,98 0,04 Palmares; Rio Largo
161
PAd24 29,80 0,11 Palmares
PAd25 48,46 0,17 Maceió; São Miguel dos Campos
PAd26 88,65 0,32 Maceió; Rio Largo
PAd27 441,37 1,59 Maceió; Palmares; Rio Largo; União dos
Palmares
PAd28 195,24 0,70 Rio Largo
PAd29 161,11 0,58 São Miguel dos Campos; União dos Palmares
PAd30 123,78 0,45 Porto Calvo; Rio Largo
PAd31 39,68 0,14 Sirinhaém
PAd32 85,97 0,31 Porto Calvo
PAd33 67,98 0,24 Sirinhaém
PAd34 327,63 1,18 Rio Largo; União dos Palmares
PAd35 50,06 0,18 Palmares
PAd36 44,90 0,16 Palmares; Sirinhaém
PAd37 38,72 0,14 Porto Calvo; Rio Largo
PAd38 34,63 0,12 Palmares; Rio Largo
PAd39 15,20 0,05 Rio Largo
PAd40 9,57 0,03 Arapiraca; Propriá
PAd41 31,68 0,11 Arapiraca; São Miguel dos Campos
PAd42 6,87 0,02 Porto Calvo
PAd43 6,45 0,02 Porto Calvo
PAd44 71,33 0,26 Porto Calvo
PAd45 39,55 0,14 Porto Calvo; Sirinhaém
PAd46 134,91 0,49 Arapiraca; Palmeira dos Índios; São Miguel
dos Campos; União dos Palmares
PAde1 795,24 2,86 União dos Palmares
PAde2 14,51 0,05 Propriá
PAde3 52,43 0,19 Propriá
PAde4 32,87 0,12 Propriá
PACd1 244,17 0,88 Arapiraca; Piaçabuçu; Propriá; São Miguel
dos Campos
PACd2 32,53 0,12 Maceió; Piaçabuçu; São Miguel dos Campos
PVAd1 26,15 0,09 Palmares
PVAd2 104,90 0,38 São Miguel dos Campos; União dos Palmares
PVAd3 41,16 0,15 Palmares
PVAd4 57,86 0,21 Palmares; Sirinhaém
PVAd5 45,06 0,16 União dos Palmares
PVAd6 79,18 0,29 Rio Largo; São Miguel dos Campos; União
dos Palmares
PVAd7 31,76 0,11 Maceió
PVAd8 15,66 0,06 Palmares; Sirinhaém
PVAd9 58,23 0,21 União dos Palmares
PVAd10 80,38 0,29 Palmares; Sirinhaém
PVAd11 48,37 0,17 Palmares; Porto Calvo; Rio Largo; Sirinhaém
162
PVAd12 696,80 2,51 Arapiraca; Maceió; Piaçabuçu; Propriá; Rio
Largo; São Miguel dos Campos
PVAd13 186,65 0,67 Palmares; Rio Largo
PVAd14 355,45 1,28 Rio Largo
PVAd15 24,14 0,09 Garanhuns; Palmares
PVAd16 68,19 0,25 Porto Calvo; Rio Largo
PVAd17 120,16 0,43 União dos Palmares
PVAd18 7,15 0,03 Rio Largo; União dos Palmares
PVAd19 99,13 0,36 Rio Largo
PVAd20 81,13 0,29 São Miguel dos Campos
PVAd21 401,88 1,45 Palmares; Rio Largo; São Miguel dos Campos
PVAd22 35,46 0,13 Rio Largo; União dos Palmares
PVAd23 4,81 0,02 Arapiraca
PVAd24 46,38 0,17 Palmeira dos Índios
PVAd25 39,45 0,14 Propriá
PVAd26 135,03 0,49 Arapiraca
PVAd27 35,93 0,13 Propriá
PVAe1 6,31 0,02 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso
PVAe2 53,95 0,19 Arapiraca
PVAe3 182,02 0,66 São Miguel dos Campos
PVAe4 38,89 0,14 Garanhuns; Palmares; União dos Palmares
PVAe5 16,70 0,06 Rio Largo; União dos Palmares
PVAe6 138,73 0,50 Garanhuns; Palmares; Rio Largo; União dos
Palmares
PVAe7 116,44 0,42 Rio Largo
PVAe8 25,04 0,09 São Miguel dos Campos
PVAe9 70,50 0,25 São Miguel dos Campos; União dos Palmares
PVAe10 188,49 0,68 São Miguel dos Campos; União dos Palmares
PVAe11 15,14 0,05 Delmiro Gouveia
PVAe12 7,45 0,03 Santana do Ipanema
PVde 10,97 0,04 Arapiraca; Propriá
PVe1 1,43 0,01 Arapiraca
PVe2 58,72 0,21 Arapiraca
PVe3 53,07 0,19 Palmeira dos Índios
PVe4 7,75 0,03 Palmeira dos Índios; União dos Palmares
PVe5 56,33 0,20 Arapiraca; Palmeira dos Índios
PVe6 21,27 0,08 Delmiro Gouveia
PVe7 183,96 0,66 Delmiro Gouveia
PVe8 59,48 0,21 Santana do Ipanema
PVe9 23,01 0,08 Pão de Açúcar; Santana do Ipanema
PVe10 27,40 0,10 Santana do Ipanema
PVe11 27,85 0,10 Pão de Açúcar; Santana do Ipanema
PVe12 8,76 0,03 Santana do Ipanema
TCo1 77,21 0,28 Arapiraca; Propriá
163
TCo2 8,23 0,03 Propriá
TCo3 34,95 0,13 Propriá
TCo4 29,69 0,11 Arapiraca; Propriá
TCo5 41,22 0,15 Santana do Ipanema
TCo6 13,05 0,05 Arapiraca
TCo7 112,71 0,41 Pão de Açúcar
TCo8 122,01 0,44 Pão de Açúcar
TCo9 84,38 0,30 Delmiro Gouveia; Piranhas
TCo10 56,30 0,20 Pão de Açúcar; Piranhas
TCo11 24,02 0,09 Delmiro Gouveia
TCo12 108,14 0,39 Delmiro Gouveia; Santana do Ipanema
TCo13 177,14 0,64 Delmiro Gouveia
TCo14 3,19 0,01 Poço da Cruz
TCo15 67,81 0,24 Delmiro Gouveia; Poço da Cruz
TCo16 44,41 0,16 Pão de Açúcar; Piranhas
CXbe1 125,37 0,45 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso
CXbe2 23,40 0,08 Santana do Ipanema
CXbe3 8,28 0,03 Santana do Ipanema
CXbe4 11,80 0,04 Santana do Ipanema; Delmiro Gouveia
CXbe5 45,64 0,16 Santana do Ipanema
CXbe6 2,01 0,01 Delmiro Gouveia
CXve 16,87 0,06 São Miguel dos Campos
CYn1 30,43 0,11 Propriá
CYn2 75,95 0,27 Propriá
SXe1 11,70 0,04 Rio Largo; União dos Palmares
SXe2 102,17 0,37 Arapiraca
SXe3 26,94 0,10 Palmeira dos Índios
SXe4 162,57 0,59 Palmeira dos Índios; União dos Palmares
SXe5 89,79 0,32 Arapiraca; Propriá
SXe6 34,05 0,12 Arapiraca; Propriá
SXe7 68,58 0,25 Arapiraca; Propriá
SXe8 395,00 1,42 Arapiraca; Palmeira dos Índios; São Miguel
dos Campos; União dos Palmares
SXe9 187,64 0,68 Palmeira dos Índios; Santana do Ipanema
SXe10 120,83 0,44 Delmiro Gouveia; Santana do Ipanema
SXe11 31,50 0,11 Santana do Ipanema
SXe12 10,09 0,04 Santana do Ipanema
SXe13 61,26 0,22 Pão de Açúcar
SXe14 4,25 0,02 Santana do Ipanema
SXe15 75,16 0,27 Santana do Ipanema
SXe16 66,70 0,24 Arapiraca; Pão de Açúcar
SXe17 298,42 1,07 Delmiro Gouveia; Santana do Ipanema
SXe18 1086,83 3,91 Arapiraca; Palmeira dos Índios; Pão de
açúcar; Santana do Ipanema
164
SXe19 20,53 0,07 Pão de Açúcar; Piranhas;
SXe20 38,80 0,14 Pão de Açúcar
SXe21 103,52 0,37 Palmeira dos Índios
SXe22 64,68 0,23 Pão de açúcar
SXe23 25,73 0,09 Pão de Açúcar; Piranhas
SXe24 76,96 0,28 Arapiraca; Pão de açúcar
SXe25 163,66 0,59 Palmeira dos Índios; Pão de açúcar; Santana
do Ipanema
SXe26 3,87 0,01 Pão de açúcar
SXe27 28,56 0,10 Paulo Afonso
SXe28 253,97 0,91 Delmiro Gouveia; Pão de Açúcar; Piranhas;
Santana do Ipanema
SXe29 438,24 1,58 Delmiro Gouveia; Pão de Açúcar; Piranhas
SXe30 324,42 1,17 Delmiro Gouveia
SXe31 111,62 0,40 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso
SXe32 18,87 0,07 Delmiro Gouveia
SXe33 146,08 0,53 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso; Piranhas
SXe34 81,40 0,29 Delmiro Gouveia
SXe35 25,23 0,09 Delmiro Gouveia
SXe36 12,75 0,05 Poço da Cruz
SXe37 25,11 0,09 Delmiro Gouveia
SXe38 29,75 0,11 Delmiro Gouveia; Piranhas
ESKo 73,79 0,27 Piaçabuçu; São Miguel dos Campos
EKu1 28,68 0,10 Piaçabuçu
EKu2 61,98 0,22 Maceió
GXd1 96,20 0,35 Porto Calvo; Sirinhaém
GXd2 55,05 0,20 Maceió; Piaçabuçu; Rio Largo; São Miguel
dos Campos
GXd3 111,73 0,40 Piaçabuçu; Propriá
GXd4 70,84 0,26 Maceió; Rio Largo; São Miguel dos Campos
GXd5 8,95 0,03 Rio Largo
GXd6 7,68 0,03 Sirinhaém
GXde1 8,84 0,03 São Miguel dos Campos
GXde2 48,12 0,17 São Miguel dos Campos; União dos Palmares
GXde3 15,05 0,05 Porto Calvo; Rio Largo
GXde4 117,06 0,42 Rio Largo; União dos Palmares
GXe1 84,83 0,31 São Miguel dos Campos; União dos Palmares
GXe2 37,26 0,13 São Miguel dos Campos
GXe3 48,66 0,18 Propriá
GXe4 5,51 0,02 Propriá
GXe5 19,25 0,07 Piaçabuçu; São Miguel dos Campos
GXe6 20,18 0,07 Maceió; Rio Largo
GXe7 50,45 0,18 Maceió; Rio Largo
OJs 19,41 0,07 Piaçabuçu
165
SM1 11,44 0,04 Porto Calvo; Sirinhaém
SM2 39,02 0,14 Maceió; Piaçabuçu; Porto Calvo; Rio Largo
SM3 10,83 0,04 Porto Calvo
SM4 9,94 0,04 Maceió
RQog1 213,74 0,77 Maceió; Piaçabuçu; Propriá; São Miguel dos
Campos
RQog2 27,60 0,10 Porto Calvo; Sirinhaém
RQog3 25,91 0,09 Porto Calvo; Sirinhaém
RQog4 27,32 0,10 Maceió; Rio Largo
RQog5 12,30 0,04 Maceió
RQg 14,73 0,05 Maceió; São Miguel dos Campos
RQo1 13,83 0,05 Arapiraca
RQo2 39,01 0,14 Delmiro Gouveia; Piranhas
RQo3 6,78 0,02 Poço da Cruz
RQo4 44,62 0,16 Poço da Cruz
RRde1 27,35 0,10 Propriá
RRde2 24,86 0,09 Arapiraca
RRde3 22,02 0,08 Palmeira dos Índios
RRde4 42,70 0,15 Delmiro Gouveia
RRde5 20,34 0,07 Arapiraca; Propriá
RRed1 50,50 0,18 Santana do Ipanema
RRed2 272,70 0,98 Santana do Ipanema; Pão de Açúcar
RRed3 79,73 0,29 Delmiro Gouveia; Piranhas
RRed4 12,44 0,04 Santana do Ipanema
RRed5 518,85 1,87 Buíque; Delmiro Gouveia; Palmeira dos Índios;
Pão de açúcar; Santana do Ipanema
RRed6 106,36 0,38 Delmiro Gouveia; Pão de Açúcar; Piranhas
RRed7 17,67 0,06 Pão de Açúcar; Piranhas
RRed8 17,18 0,06 Santana do Ipanema
RRed9 66,30 0,24 Arapiraca; Pão de Açúcar
RRed10 30,80 0,11 Palmeira dos Índios
RRed11 6,95 0,03 Santana do Ipanema
RRed12 100,72 0,36 Delmiro Gouveia
RRed13 18,51 0,07 Delmiro Gouveia; Santana do Ipanema
RRed14 24,98 0,09 Delmiro Gouveia; Poço da Cruz
RRed15 49,48 0,18 Delmiro Gouveia
RRed16 273,51 0,98 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso; Poço da
Cruz; Santana do Ipanema
RRed17 8,96 0,03 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso
RRed18 336,16 1,21 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso; Santana do
Ipanema
RRed19 111,27 0,40 Delmiro Gouveia; Poço da Cruz
RRed20 78,28 0,28 Buíque; Delmiro Gouveia; Poço da Cruz
RRed21 25,62 0,09 Pão de Açúcar
166
RYde1 15,77 0,06 Piaçabuçu; Propriá
RYde2 85,49 0,31 Palmares; Porto Calvo; Rio Largo; Sirinhaém
RYde3 62,13 0,22 Piaçabuçu; Propriá
RYde4 1,87 0,01 Sirinhaém
RYde5 39,04 0,14 Maceió; Rio Largo
RYde6 27,86 0,10 Porto Calvo; Rio Largo;
RYde7 11,90 0,04 Propriá
RYe1 71,18 0,26 Arapiraca; Propriá
RYe2 17,40 0,06 Pão de Açúcar; Santana do Ipanema
RYe3 33,83 0,12 Pão de Açúcar
RYe4 10,98 0,04 Pão de Açúcar
RYe5 32,55 0,12 Delmiro Gouveia; Piranhas; Santana do
Ipanema
RYn 1,93 0,01 Poço da Cruz
RLd1 31,49 0,11 Palmares; Rio Largo
RLd2 22,33 0,08 Palmares
RLd3 4,47 0,02 União dos Palmares
RLd4 67,22 0,24 Palmares; Rio Largo
RLd5 11,35 0,04 Delmiro Gouveia; Piranhas
RLed1 12,01 0,04 Palmares
RLed2 3,20 0,01 Delmiro Gouveia
RLed3 57,96 0,21 Palmeira dos Índios
RLed4 19,21 0,07 União dos Palmares
RLed5 32,76 0,12 Arapiraca
RLed6 225,36 0,81 Palmeira dos Índios; União dos Palmares
RLed7 36,08 0,13 Arapiraca; Propriá
RLed8 9,61 0,03 Propriá
RLed9 2,11 0,01 Propriá
RLed10 17,02 0,06 Propriá
RLed11 27,54 0,10 Arapiraca; Propriá
RLed12 45,71 0,16 Poço da Cruz
RLe1 20,74 0,07 Arapiraca; Propriá
RLe2 100,48 0,36 Propriá
RLe3 20,54 0,07 Propriá
RLe4 59,60 0,21 Propriá
RLe5 48,70 0,18 Arapiraca; Propriá
RLe6 6,25 0,02 Delmiro Gouveia
RLe7 19,47 0,07 Delmiro Gouveia; Santana do Ipanema
RLe8 20,00 0,07 Delmiro Gouveia; Palmeira dos Índios; Poço
da Cruz
RLe9 54,04 0,19 Delmiro Gouveia
RLe10 67,98 0,24 Delmiro Gouveia
RLe11 15,17 0,05 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso
RLe12 28,07 0,10 Santana do Ipanema
167
RLe13 215,53 0,78 Arapiraca
RLe14 71,09 0,26 Palmeira dos Índios; Santana do Ipanema
RLe15 216,76 0,78 Arapiraca
RLe16 11,45 0,04 Santana do Ipanema
RLe17 62,78 0,23 Pão de Açúcar
RLe18 48,41 0,17 Pão de Açúcar
RLe19 64,62 0,23 Pão de Açúcar
RLe20 46,80 0,17 Pão de Açúcar
RLe21 37,15 0,13 Arapiraca
RLe22 36,31 0,13 Pão de Açúcar
RLe23 113,17 0,41 Arapiraca; Pão de Açúcar
RLe24 28,26 0,10 Pão de Açúcar
RLe25 102,03 0,37 Pão de Açúcar
RLe26 20,06 0,07 Pão de Açúcar; Santana do Ipanema
RLe27 45,62 0,16 Santana do Ipanema
RLe28 79,87 0,29 Arapiraca; Pão de Açúcar; Propriá
RLe29 33,62 0,12 Palmeira dos Índios; Pão de Açúcar; Piranhas
RLe30 107,97 0,39 Santana do Ipanema
RLe31 31,96 0,12 Pão de Açúcar
RLe32 57,73 0,21 Arapiraca; Delmiro Gouveia; Palmeira dos
Índios; Pão de Açúcar; Piranhas
RLe33 42,79 0,15 Arapiraca; Pão de açúcar
RLe34 13,92 0,05 Pão de Açúcar
RLe35 16,97 0,06 Pão de Açúcar
RLe36 15,18 0,05 Pão de Açúcar
RLe37 112,89 0,41 Arapiraca; Pão de Açúcar
RLe38 10,59 0,04 Delmiro Gouveia
RLe39 5,21 0,02 Delmiro Gouveia
RLe40 2,72 0,01 Delmiro Gouveia
RLe41 34,16 0,12 Delmiro Gouveia
RLe42 139,38 0,50 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso
RLe43 113,46 0,41 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso
RLe44 22,02 0,08 Paulo Afonso
RLe45 25,35 0,09 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso
RLe46 31,23 0,11 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso; Poço da Cruz
RLe47 12,01 0,04 Delmiro Gouveia
RLe48 27,28 0,10 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso
RLe49 42,69 0,15 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso
RLe50 8,60 0,03 Delmiro Gouveia; Paulo Afonso; Piranhas
RLe51 44,11 0,16 Piranhas
TT1 36,98 0,13 Piaçabuçu
TT2 203,10 0,73 Ao longo da superfície do estado
TT3 333,75 1,20 Ao longo da superfície do estado
TT4 0,05 0,00 Ao longo da superfície do estado
168
3.3 – LEGENDA DE SOLO
No presente estudo, a legenda sintetiza informações de 350 unidades de
mapeamento dos solos que integram a superfície do Estado de Alagoas. Inclui
informações não apenas de solos, mas também de alguns tipos de terreno que
puderam ser mapeados como unidade de mapeamento individualizada ou como um
componente em associações de solos. Nos mapas de solos constam informações
pormenorizadas de cada unidade de mapeamento e de seus componentes em
conformidade com o nível do levantamento.
Para cada solo componente da unidade de mapeamento foram agregadas
informações taxonômicas do primeiro até o quarto nível categórico, conforme
concebido no SiBCS (EMBRAPA, 2006). Em seguida, foram adicionadas
informações sobre os tipos de horizonte superficial, textura e fases,
compreendendo as de erosão, pedregosidade, rochosidade, relevo, vegetação e
substrato. Neste último caso, só foram disponibilizadas informações de substrato
para solos pouco desenvolvidos pertencentes às classes dos Neossolos Litólicos e
Cambissolos. Fechando as informações da legenda, agregaram-se valores
estimativos das percentagens dos componentes em cada unidade de mapeamento,
conforme se segue.
LATOSSOLOS
LAd1 - LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico A moderado e
proeminente textura argilosa e muito argilosa fase floresta subperenifólia
relevo plano (100%).
LAd2 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura argilosa
+ LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e úmbrico textura média, ambos A
moderado e proeminente fase floresta subperenifólia relevo plano e suave
ondulado (60% + 40%).
LAd3 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa +
ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico textura arenosa/argilosa,
ambos A moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado
(60% + 40%).
LAd4 – Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso latossólico textura
arenosa/argilosa, ambos A moderado fase floresta subperenifólia relevo plano
e suave ondulado (80% + 20%).
169
LAd5 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e úmbrico A moderado e
proeminente textura média fase floresta subperenifólia relevo plano e suave
ondulado + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico A fraco e moderado
fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (65% + 35%).
LAd6 - Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico
e Distrocoeso típico e úmbrico textura média e argilosa + Gr. indif.
(ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico e Distrocoeso
latossólico, típico e úmbrico textura média/argilosa, ambos A moderado e
proeminente fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (60%
+ 40%).
LAd7 – Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrocoeso típico e úmbrico textura argilosa fase relevo plano e suave
ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico latossólico
e úmbrico textura média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado,
todos A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia (70% + 30%).
LAd8 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura argilosa
+ ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico, típico e úmbrico textura
média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e
úmbrico textura média/argilosa, todos A moderado e proeminente fase floresta
subperenifólia relevo plano e suave ondulado (40% + 30% + 30%).
LAd9 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa +
ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico e dúrico textura arenosa
e média/média + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico, latossólico
e típico textura média/argilosa, todos A moderado fase floresta subperenifólia
relevo plano e suave ondulado (40% + 30% + 30%).
LAd10 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e úmbrico A moderado e
proeminente textura média fase floresta subperenifólia relevo plano e suave
ondulado + ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico dúrico e espessarênico
A fraco e moderado textura arenosa a média fase cerrado subperenifólio
relevo plano + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico A fraco e
moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (45% +
30% + 25%).
LAd11 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa fase
relevo plano + Gr. indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrocoeso e Distrófico típico, latossólico e plíntico textura média e
argilosa/argilosa fase relevo ondulado + Gr. indif. (ARGISSOLO AMARELO e
170
VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso e Distrófico típico, plíntico e petroplíntico
textura média e argilosa/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado, todos
A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia (50% + 30% +
20%).
LAd12 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa fase
relevo suave ondulado e plano + ARGISSOLO AMARELO Distrófico
latossólico e típico textura média/argilosa fase relevo suave ondulado e
ondulado + Gr. Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico abrúptico e típico textura arenosa e média/argilosa fase relevo suave
ondulado e ondulado, todos A moderado fase floresta subperenifólia (40% +
35% + 25%).
LAd13 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico
textura argilosa e muito argilosa fase relevo plano e suave ondulado + Gr.
Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso e
Distrófico típico, latossólico e úmbrico textura média/argilosa fase relevo
suave ondulado e ondulado + Gr. Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO
e AMARELO) Distrófico plíntico e típico e úmbrico textura media/argilosa fase
relevo ondulado e forte ondulado, todos A moderado e proeminente fase
floresta subperenifólia (35% + 35% + 30%).
LAd14 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico
textura argilosa e muito argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave
ondulado e plano + Gr. Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e
AMARELO) Distrocoeso e Distrófico plíntico e típico textura média/argilosa
fase floresta subperenifólia relevo ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-
AMARELO Distrófico latossólico e típico textura média/argilosa fase floresta
subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado, todos A moderado e
proeminente (40% + 30% + 30%).
LAd15 - Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrocoeso típico e úmbrico textura média e argilosa + Gr. indif.
(ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso latossólico,
típico, úmbrico e plíntico textura média e argilosa/argilosa, todos A moderado
e proeminente fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado
(50% + 50%).
LAd16 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico, úmbrico e petroplíntico
textura argilosa fase não pedregosa e endopedregosa + Gr. Indif.
(ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso típico,
latossólico e úmbrico textura média/argilosa, ambos fase relevo suave
171
ondulado e ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso textura
média/argilosa fase relevo suave ondulado a forte ondulado, todos A
moderado e proeminente fase floresta subperenifólia (40% + 35% + 25%).
LAd17 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico A
moderado e textura argilosa e muito argilosa + ARGISSOLO AMARELO
Distrocoeso e Distrófico latossólico e típico A moderado textura média/argilosa
+ ARGISSOLO AMARELO Distrófico abrúptico e úmbrico A moderado,
proeminente e húmico textura média/argilosa, todos fase floresta
subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado (40% + 30% + 30%).
LAd18 – Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa e muito
argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado com partes planas fase
floresta subperenifólia + Gr. indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-
AMARELO) Distrocoeso latossólico e típico textura média e argilosa/argilosa e
muito argilosa fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado e ondulado +
Gr. indif. (GLEISSOLO HÁPLICO típico e CAMBISSOLO FLÚVICO gleissólico)
Ta e Tb Distrófico e Eutrófico textura média e argilosa fase floresta
subperenifólia e campo higrófilo de várzea relevo plano, todos A moderado
(40% + 40% + 20%).
LAd19 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico textura
argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado a forte ondulado +
ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico latossólico e típico textura
média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura média/argilosa
fase floresta subperenifólia relevo ondulado, todos A moderado (40% + 35%
+ 25%).
LAd20 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico
textura argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado
+ Gr. Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico
típico, úmbrico e plíntico textura média/argilosa fase endopedregosa e não
pedregosa ligeiramente rochosa e não rochosa floresta subperenifólia relevo
suave ondulado, ambos A moderado e proeminente + ARGISSOLO
ACINZENTADO Distrófico típico A moderado textura arenosa e média/argilosa
fase endopedregosa e não pedregosa floresta subperenifólia de várzea relevo
plano (50% + 30% + 20%).
LAd21 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura argilosa
fase relevo plano a ondulado + Gr. indif. (ARGISSOLO AMARELO e
VERMELHO-AMARELO) Distrófico latossólico típico e úmbrico + ARGISSOLO
172
AMARELO Distrófico típico, úmbrico plíntico e petroplíntico, ambos textura
média e argilosa/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado, todos A
moderado e proeminente fase floresta subperenifólia e cerrado subperenifólio
(50% + 30% + 20%).
LAd22 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico, úmbrico e
plíntico textura argilosa e média + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico
e Eutrófico latossólico, plíntico e úmbrico textura média e argilosa, substrato
gnaisses e granitos, ambos relevo ondulado e forte ondulado + NEOSSOLO
LITÓLICO Distrófico e Eutrófico típicos textura média fase pedregosa e não
pedregosa rochosa e não rochosa relevo ondulado a montanhoso, substrato
gnaisses e granitos, todos A moderado e proeminente fase floresta
subperenifólia (50% + 30% + 20%).
LAd23 – Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura
argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso latossólico, típico
e úmbrico textura média/argilosa, ambos A moderado e proeminente fase
floresta subperenifólia relevo ondulado a montanhoso (60% + 40%).
LAd24 - Ass: Gr. Indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrocoeso e Distrófico típico textura argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-
AMARELO Distrófico abrúptico e plíntico textura média/argilosa, todos A
moderado fase floresta subcaducifólia relevo plano e suave ondulado (60% +
40 %).
LAd25 - Ass: LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico textura média fase relevo
plano e suave ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrófico arênico e típico
textura arenosa e média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura média/argilosa
fase relevo suave ondulado e ondulado, todos A moderado fase floresta
subcaducifólia (40% + 35% + 25%).
LAd26 - LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e psamítico textura média A
fraco e moderado fase caatinga hipoxerófica relevo plano a suave ondulado
(100%).
LAe - Ass: LATOSSOLO AMARELO Eutrófico típico textura média + LATOSSOLO
VERMELHO-AMARELO Eutrófico típico e argissólico textura média +
NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa, todos A
moderado e fraco fase floresta caducifólia relevo plano e suave ondulado
(50% + 30% + 20%).
173
LACd - Ass: LATOSSOLO ACINZENTADO Distrocoeso típico A moderado textura
argilosa e muito argilosa fase cerrado subperenifólio relevo plano (100%).
LVAd1 - Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)
Distrocoeso típico e úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico
latossólico, típico e úmbrico, ambos textura argilosa + ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO Distrocoeso fragipânico, típico e úmbrico textura
média/argilosa, todos A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia
relevo plano e suave ondulado (35% + 35% + 30%).
LVAd2 - Ass: LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso textura argilosa +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso fragipânico textura
média/argilosa + ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico textura
arenosa/média, todos A moderado fase floresta e cerrado subperenifólio relevo
plano (40% + 35% + 25%).
LVAd3 - Ass: LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico fase relevo
ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso
latossólico e típico fase relevo forte ondulado, ambos textura argilosa fase
floresta subperenifólia + Gr. indif. (GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e
Distrófico típico e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico gleissólico)
textura média e argilosa fase floresta subperenifólia e campo higrófilo de
várzea relevo plano, todos A moderado (40% + 40% + 20%).
LVAd4 – Ass: LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso argissólico e
úmbrico textura média + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso
típico e úmbrico textura arenosa e média/média e argilosa, ambos A moderado
e proeminente fase floresta subcaducifólia + PLANOSSOLO HÁPLICO
Eutrófico solódico típico e arênico A moderado textura arenosa e média/média
e argilosa fase floresta caducifólia, todos fase relevo plano e suave ondulado
(40% + 35% + 25%).
LVAd5 – Ass: LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e úmbrico +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico latossólico e úmbrico, ambos
textura média + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, todos A
moderado e proeminente fase floresta subcaducifólia relevo plano e suave
ondulado (40% + 40% + 20%).
LVAe – Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO e VERMELHO)
Eutrófico típico e argissólico textura média + Gr. indif. (ARGISSOLO
AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Eutrófico latossólico e típico textura
174
média/argilosa, todos A fraco e moderado fase floresta subcaducifólia relevo
suave ondulado e plano (70% + 30%).
LVe1 - LATOSSOLO VERMELHO Eutrófico típico A fraco e moderado textura média
fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (100%).
LVe2 – Ass: LATOSSOLO VERMELHO Eutrófico típico e úmbrico + NITOSSOLO
VERMELHO Eutrófico latossólico, típico e úmbrico, ambos A moderado e
proeminente textura argilosa fase floresta caducifólia relevo suave ondulado e
ondulado (60% + 40%).
LVe3 – Ass: Gr. indif. (LATOSSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)
Eutrófico típico e úmbrico textura média e argilosa + ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO Eutrófico plíntico, petroplíntico e úmbrico textura
média/argilosa, ambos A moderado e proeminente + PLANOSSOLO HÁPLICO
Eutrófico solódico A moderado textura arenosa e média/média e argilosa,
todos fase floresta caducifólia relevo suave ondulado e ondulado (50% +
30% + 20%).
ARGISSOLOS
PAd1 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico e latossólico textura
média/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa,
ambos A moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado
(70% + 30%).
PAd2 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso abrúptico fragipânico textura
arenosa/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura
argilosa, ambos A fraco e moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e
suave ondulado (65% + 35%).
PAd3 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso abrúptico fragipânico textura
arenosa/argilosa a muito argilosa + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso
fragipânico textura média/argilosa, ambos A fraco e moderado fase floresta
subperenifólia relevo plano e suave ondulado (60% + 40%).
PAd4 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico textura arenosa/média
+ ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico textura média/muito
argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso textura média, todos A
moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (40% +
40% + 20%).
PAd5 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico e típico textura
média/argilosa e muito argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso textura
175
argilosa + ARGISSOLO ACINTENTADO Distrocoeso típico e fragipânico
textura arenosa/média, todos A moderado e proeminente fase floresta
subperenifólia relevo plano e suave ondulado (40% + 30% + 30%).
PAd6 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico e típico fase relevo
plano + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico fase relevo plano e
suave ondulado + ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso típico e
fragipânico fase relevo plano, todos A moderado textura arenosa/média e
argilosa fase floresta subperenifólia (40% + 40% + 20%).
PAd7 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico latossólico arênico A moderado
textura arenosa e média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo plano e
suave ondulado + ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico dúrico e
espessarênico A fraco e moderado textura arenosa a média (leve) fase cerrado
subperenifólio relevo plano + ARGISSOLO ACINZENTADO Distrófico arênico e
fragipânico A moderado e proeminente textura arenosa e média/argilosa fase
floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado (40% + 35% + 25%).
PAd8 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico + ARGISSOLO
ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico, ambos textura média/argilosa a muito
argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura muito argilosa,
todos A moderado fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado
(40% +40% + 20%).
PAd9 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico + ARGISSOLO
ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico, ambos textura arenosa/argilosa fase
relevo plano + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso latossólico e
típico textura média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado, todos A
moderado fase floresta subperenifólia (40% + 40% + 20 %).
PAd10 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso fragipânico textura
arenosa/média + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico e típico
textura média/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso argissólico
textura média, todos A moderado e fraco fase floresta subperenifólia, relevo
suave ondulado e plano (40% + 40% + 20%).
PAd11 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico latossólico e típico textura
média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO AMARELO
Distrófico abrúptico e arênico textura arenosa/argilosa e média fase pedregosa
e não pedregosa relevo suave ondulado e ondulado + LATOSSOLO AMARELO
Distrófico típico textura média fase relevo plano, todos A moderado e
proeminente fase floresta subperenifólia (40% + 35% + 25%).
176
PAd12 - Ass: Gr. indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrocoeso plíntico e úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO
Distrocoeso típico e úmbrico; todos A moderado e proeminente textura
média/argilosa e argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e
plano (60% + 40%).
PAd13 - Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico
plíntico e úmbrico fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e plano
+ GLEISSOLO MELÂNICO Tb Distrófico e Eutrófico plíntico, típico e úmbrico
+ NEOSSOLO FLÚVICO Tb Distro-úmbrico gleissólico, ambos fase campo
hidrófilo de várzea relevo plano, todos A proeminente e moderado textura
argilosa (40% + 40% + 20%).
PAd14 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico textura
medida/argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado +
GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico e neofluvissólico textura
argilosa/muito argilosa e média fase campo hidrófilo de várzea relevo plano +
ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso plíntico textura média/argilosa fase
floresta subperenifólia relevo suave ondulado, todos A moderado (50% +
30% + 20%).
PAd15 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico abrúptico plíntico textura arenosa
e média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado + CAMBISSOLO
HÁPLICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico textura argilosa e média fase
floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado, substrato gnaisses e
granitos + NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e Eutrófico típico textura média e
argilosa fase pedregosa ligeiramente rochosa relevo suave ondulado substrato
gnaisses e granitos, todos A moderado fase floresta subperenifólia (40% +
30% + 30%).
PAd16 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrocoeso e Distrófico plíntico, típico e úmbrico A moderado e proeminente
textura média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo plano e suave
ondulado + Gr. Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)
Alumínico e Alítico plíntico, típico e úmbrico A moderado e proeminente
textura média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e
ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico A
moderado textura argilosa fase floresta subperenifólia relevo plano e suave
ondulado (45% + 30% + 25%).
PAd17 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico latossólico e típico
A moderado textura média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave
177
ondulado e ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico
típico textura argilosa relevo suave ondulado e plano + Gr. Indif. (ARGISSOLO
AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico típico e plíntico textura
média/argilosa fase relevo suave ondulado, todos A moderado fase floresta
subperenifólia (35% + 35% + 30%).
PAd18 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico, latossólico e
úmbrico A moderado e proeminente textura média/argilosa fase floresta e
cerrado subperenifólio relevo suave ondulado e plano + ARGISSOLO
AMARELO Distrófico plíntico e petroplíntico A moderado textura
média/argilosa fase floresta e cerrado subperenifólio relevo ondulado e forte
ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e úmbrico A moderado e
proeminente textura média fase floresta subperenifólia relevo plano e suave
ondulado (40% + 30% + 30%).
PAd19 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso abrupto petroplíntico textura
média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura
arenosa e média/argilosa, ambos A moderado fase floresta subperenifólia
relevo suave ondulado e ondulado (60% + 40%).
PAd20 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico latossólico, típico e
úmbrico textura média/argilosa + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e
Distrófico abrupto plíntico e úmbrico textura arenosa e média/argilosa, ambos
relevo suave ondulado e ondulado + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb e Ta
Distrófico e Eutrófico léptico, lítico e úmbrico textura média e argilosa fase
pedregosa e não pedregosa relevo ondulado e forte ondulado, todos A
moderado e proeminente fase floresta subperenifólia, substrato gnaisses e
granitos (45% + 30% + 25%).
PAd21 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso típico e Distrófico latossólico
textura média/argilosa fase relevo suave ondulado a forte ondulado + Gr.
Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico plíntico e
típico textura média/argilosa fase relevo ondulado a forte ondulado +
LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico textura argilosa fase
relevo suave ondulado e ondulado, todos A moderado fase floresta
subperenifólia (40% + 35% + 25%).
PAd22 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e latossólico
+ ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico fase pedregosa e não
pedregosa, ambos textura média/argilosa fase relevo ondulado + Gr. indif:
(LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso e Distrófico
178
plíntico e típico textura argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado, todos
A moderado fase floresta subperenifólia (40% + 35% + 25%).
PAd23 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico latossólico, típico e úmbrico
textura média/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico e úmbrico
textura argilosa, ambos fase relevo ondulado + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Distrófico latossólico, típico e úmbrico textura argilosa fase relevo ondulado e
forte ondulado substrato gnaisses e granitos, todos A moderado e
proeminente fase floresta subperenifólia (45% + 35% + 20%).
PAd24 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e latossólico
textura média/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico textura
argilosa, ambos fase floresta subperenifólia relevo ondulado a forte ondulado
+ CAMBISSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico A
moderado textura argilosa e média fase floresta subperenifólia de várzea
relevo plano substrato sedimentos aluviais, todos A moderado (40% + 35%
+ 25%).
PAd25 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso plíntico textura média/argilosa
fase floresta subperenifólia relevo ondulado a forte ondulado + GLEISSOLO
HÁPLICO Tb Distrófico típico e neofluvissólico textura argilosa/muito argilosa,
e média fase campo higrófilo de várzea relevo plano + NEOSSOLO FLÚVICO
Tb Distrófico gleissólico textura argilosa fase campo higrófilo de várzea relevo
plano, todos A moderado (60% + 20% + 20%).
PAd26 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrocoeso típico, plíntico e petroplíntico A moderado textura média e
argilosa/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado a forte ondulado
+ GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Eutrófico e Distrófico típico textura argilosa
e muito argilosa A moderado fase campo hidrófilo de várzea relevo plano +
LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico A moderado e
proeminente textura argilosa e muito argilosa fase floresta subperenifólia
relevo suave ondulado (50% + 30% + 20%).
PAd27 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico típico, plíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura
média/argilosa fase floresta subperenifólia/subcaducifólia, relevo ondulado a
forte ondulado + GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico e Eutrófico típico +
NEOSSOLOS FLÚVICOS Tb Distrófico e Eutrófico gleissólico, ambos A
moderado textura média fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano
(50% + 30% + 20%).
179
PAd28 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico e Distrocoeso típico e plíntico textura média/argilosa fase relevo
ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso latossólico
textura média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO Distrófico abrúptico plíntico textura média/argilosa fase
relevo suave ondulado e ondulado, todos A moderado fase floresta
subperenifólia (50% + 30% + 20%).
PAd29 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura
média/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO
AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico textura argilosa fase relevo plano +
ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso plíntico e úmbrico textura média/argilosa
fase relevo ondulado e forte ondulado, todos A moderado e proeminente
floresta subperenifólia (50% + 30% + 20%).
PAd30 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico, latossólico e úmbrico
textura média/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO
AMARELO Distrocoeso típico textura média/argilosa e muito argilosa fase
floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado + LATOSSOLO
AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico textura argilosa e muito
argilosa fase relevo suave ondulado e plano, todos A moderado e proeminente
fase floresta subperenifólia (40% + 30% + 30%).
PAd31 - Ass: Gr. Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrocoeso plíntico, típico e úmbrico + ARGISSOLO AMARELO Distrófico
latossólico e úmbrico, ambos textura média/argilosa fase floresta
subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado + Gr. Indif: (GLEISSOLO
HÁPLICO e MELÂNICO) Tb Distrófico típico textura argilosa e média fase
campos higrófilos e hidrófilos de várzea relevo plano, todos A moderado e
proeminente (40% + 35% + 25%).
PAd32 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico plíntico e típico A moderado textura média/argilosa fase floresta
subperenifólia relevo suave ondulado a forte ondulado + ARGISSOLO
AMARELO Distrocoeso e Distrófico latossólico e típico A fraco e moderado
textura média/argilosa e muito argilosa fase floresta subperenifólia relevo
ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso típico A
moderado textura argilosa e muito argilosa fase floresta subperenifólia relevo
suave ondulado e plano (40% + 35% + 25%).
PAd33 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico plíntico típico e úmbrico + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e
180
Distrófico típico latossólico e úmbrico, ambos textura média/argilosa fase
relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e
Distrófico típico e úmbrico textura argilosa fase relevo suave ondulado e
ondulado, todos A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia (45%
+ 30% + 25%).
PAd34 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico típico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico latossólico,
ambos A moderado textura média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo
ondulado e forte ondulado (70% + 30%).
PAd35 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso típico latossólico e úmbrico
textura média/argilosa + Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-
AMARELO) Distrófico típico e úmbrico textura média/argilosa fase
endopedregosa e não pedregosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e
Distrófico típico e úmbrico textura argilosa, todos A moderado e proeminente
fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado (40% + 35% +
25%).
PAd36 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e latossólico
+ ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, ambos textura
média/argilosa + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico
textura argilosa, todos A moderado fase floresta subperenifólia relevo
ondulado e forte ondulado (35% + 35% + 30%).
PAd37 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso típico e Distrófico latossólico e
úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Alumínico e Alítico típico e
plíntico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico plíntico e
úmbrico, todos A moderado e proeminente textura média/argilosa e muito
argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado (45% +
30% + 25%).
PAd38 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico e úmbrico
textura média/argilosa fase pedregosa e não pedregosa ligeiramente rochosa e
não rochosa + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico latossólico típico e
úmbrico textura média e argilosa, substrato gnaisses e granitos +
LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico textura argilosa, todos
A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte
ondulado (45% + 30% + 25%).
PAd39 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distróficos típico plíntico e úmbrico textura média e argilosa/argilosa + Gr.
181
Indif: (ARGISSOLOS AMARELO e VERMELHO AMARELO) Distrófico
petroplíntico típico e úmbrico textura média e argilosa/argilosa, todos A
moderado e proeminente fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado e
montanhoso + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% + 20%).
PAd40 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico e latossólico A moderado e
proeminente textura média/argilosa + ARGISSOLO AMARELO Distrófico
úmbrico e abrúptico A proeminente e húmico textura média/argilosa +
NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico A fraco, todos fase floresta
subperenifólia/subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado (40% + 35%
+ 25%).
PAd41 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico típico e fragipânico textura média/argilosa + ARGISSOLO
ACINZENTADO Distrófico típico e fragipânico textura arenosa/média, todos A
moderado fase cerrado subperenifólio relevo plano (60% + 40%).
PAd42 – Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico plíntico textura média/argilosa fase cerrado e floresta
subperenifólios relevo ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO AMARELO
Distrocoeso e Distrófico típico e latossólico textura média/argilosa fase
floresta e cerrado subperenifólios relevo suave ondulado e ondulado +
LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico textura argilosa e
muito argilosa fase floresta e cerrado subperenifólios relevo suave ondulado e
plano, todos A moderado (35% + 35% + 30%).
PAd43 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico plíntico, petroplíntico e úmbrico A
moderado textura média/argilosa fase erodida e não erodida cerrado/floresta
subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO AMARELO
Distrófico plíntico, petroplíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura
argilosa fase erodida e não erodida cerrado/floresta subperenifólia relevo suave
ondulado e ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico
típico e úmbrico A moderado e proeminente textura argilosa fase floresta
subperenifólia relevo plano e suave ondulado (40% + 30% + 30%).
PAd44 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico plíntico, petroplíntico e úmbrico A
moderado e proeminente textura média/argilosa fase cerrado/floresta e cerrado
subperenifólios relevo ondulado e forte ondulado + PLINTOSSOLO PÉTRICO
Concrecionário êutrico, litoplíntico e típico A moderado textura média/argilosa
fase cerrado subperenifólio relevo ondulado e suave ondulado + ARGISSOLO
AMARELO Distrocoeso e Distrófico típico, latossólico e úmbrico A moderado e
182
proeminente textura média/argilosa fase floresta e cerrado subperenifólios
relevo suave ondulado e plano (45% + 30% + 25%).
PAd45 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico plíntico e petroplíntico fase cerrado
subperenifólio relevo ondulado e forte ondulado + Gr. Indif: (ARGISSOLO
AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico endoáquico e típico fase
floresta/cerrado subperenifólios relevo ondulado e forte ondulado + Gr. Indif:
(ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico típico e
latossólico fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado,
todos A moderado textura média/argilosa (40% + 35% + 25%).
PAd46 – Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico típico léptico e úmbrico fase relevo forte ondulado a montanhoso +
Gr. Indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico
plíntico, léptico e úmbrico fase relevo ondulado e suave ondulado, ambos A
moderado e proeminente textura média/argilosa fase floresta subcaducifólia +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (45% + 30% + 25%).
PAde1 – Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico e Eutrófico latossólico, típico e úmbrico textura média/argilosa e
argilosa fase relevo ondulado a montanhoso + Gr. indif: (ARGISSOLO
AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso plíntico e úmbrico textura
média/argilosa fase relevo ondulado e suave ondulado + ARGISSOLO
VERMELHO Eutrófico típico e úmbrico textura média/argilosa fase relevo
ondulado e forte ondulado; todos A moderado e proeminente fase floresta
subperenifólia (40% + 30% + 30%).
PAde2 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico e Eutrófico típico e latossólico
textura arenosa e média/média e argilosa + LATOSSOLO AMARELO
Distrófico típico textura média, ambos A fraco e moderado fase floresta
subcaducifólia relevo plano e suave ondulado (60% + 40%).
PAde3 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico arênico e típico A moderado
textura arenosa e média/argilosa fase relevo suave ondulado e plano +
ARGISSOLO AMARELO Distrófico e Eutrófico típico e úmbrico A proeminente
e moderado textura média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado +
NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico A fraco e moderado relevo suave
ondulado e plano, todos fase floresta subcaducifólia (50% + 30% + 20%).
PAde4 - Ass: ARGISSOLO AMARELO Distrófico e Eutrófico típico, latossólico e
úmbrico textura média/argilosa cascalhenta e não cascalhenta fase floresta
subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado + ARGISSOLO AMARELO
183
Distrófico e Eutrófico abrúptico, plíntico, petroplíntico, arênico e úmbrico
textura arenosa e média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo suave
ondulado, ambos A moderado e proeminente + Grupo Indif: (CAMBISSOLO
HÁPLICO Ta Eutrófico lítico textura argilosa e NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico
e Distrófico típico textura média) A moderado fase floresta
caducifólia/subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado substrato
micaxistos e gnaisses (35% + 35% + 30%).
PACd1 - Ass: ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico + ARGISSOLO
ACINZENTADO Distrocoeso abrúptico dúrico + ARGISSOLO AMARELO
Distrocoeso fragipânico e típico, todos textura arenosa e média/média e
argilosa A fraco e moderado fase floresta subperenifólia e cerrado
subperenifólio relevo plano e suave ondulado (40% + 30% + 30%).
PACd2 - Ass: ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso fragipânico textura
arenosa/média + ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico dúrico e
espessarênico, ambos A fraco e moderado fase cerrado subperenifólio/floresta
subperenifólia relevo plano e suave ondulado (60% + 40%).
PVAd1 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)
Distrófico endoáquico e típico textura média/argilosa fase ligeiramente rochosa
floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado + ARGISSOLO
AMARELO Distrófico abrúptico plíntico e petroplíntico textura média/argilosa
fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e plano + CAMBISSOLO
FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico textura argilosa e média
fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano substrato sedimentos
fluviais, todos A moderado (40% + 30% + 30%).
PVAd2 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso latossólico textura
média/argilosa e argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e
ondulado + Gr. indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrocoeso típico textura argilosa fase relevo plano e suave ondulado fase
floresta subperenifólia + Gr. indif. (GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e
Distrófico típico e NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico típico)
textura média e argilosa fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano,
todos A moderado (50% + 25% + 25%).
PVAd3 - Ass: Gr. Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)
Distrófico e Eutrófico endoáquico e típico textura média/argilosa fase
pedregosa e não pedregosa e ligeiramente rochosa floresta subperenifólia
relevo suave ondulado e ondulado + CAMBISSOLO FLÚVICO Tb Distrófico e
Eutrófico gleissólico textura argilosa e média fase floresta subperenifólia de
184
várzea relevo plano substrato sedimentos fluviais + ARGISSOLO AMARELO
Distrófico abrúptico plíntico textura arenosa e média/argilosa fase floresta
subperenifólia relevo plano e suave ondulado, todos A moderado (35% +
35% + 30%).
PVAd4 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico latossólico e típico
textura média/argilosa + ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso e Distrófico
típico textura média/argilosa, ambos fase relevo suave ondulado e ondulado +
ARGISSOLO ACINZENTADO Distrófico arênico e típico textura arenosa e
média/argilosa fase relevo plano e suave ondulado, todos A moderado fase
floresta subperenifólia (40% + 40% + 20%).
PVAd5 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico e latossólico
A moderado textura média/argilosa e argilosa fase floresta subperenifólia
relevo ondulado e suave ondulado (100%).
PVAd6 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso e típico + Grupo
indif: (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso típico e
petroplíntico textura argilosa, ambos fase relevo ondulado + ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO Distrocoeso abrúptico plíntico textura arenosa e
média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado, todos A moderado fase
floresta subperenifólia (45% + 30% + 25%).
PVAd7 - Ass: Grupo Indif.: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)
Distrocoeso e Distrófico típico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO
Alumínico e Alítico plíntico e típico, ambos textura média/argilosa fase relevo
ondulado a forte ondulado + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico fase
relevo suave ondulado e plano, todos A moderado fase floresta subperenifólia
(35% + 35% + 30%).
PVAd8 - Ass: Grupo Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)
Distrocoeso plíntico, típico e úmbrico A moderado e proeminente textura
média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado +
Grupo Indif: (CAMBISSOLO FLÚVICO e NEOSSOLO FLÚVICO) Tb e Ta
Distrófico e Eutrófico gleissólico e típico A moderado textura média a argilosa
fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano + LATOSSOLO AMARELO
Distrocoeso típico e úmbrico A moderado e proeminente textura argilosa fase
floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado (40% + 35% +
25%).
PVAd9 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico
textura média/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO
185
VERMELHO-AMARELO Distrocoeso abrúptico plíntico e úmbrico textura
arenosa e média/argilosa fase relevo ondulado, ambos A moderado e
proeminente fase floresta subperenifólia (60% + 40%).
PVAd10 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico e Eutrófico típico e
úmbrico fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado + Gr.
Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO) Distrófico típico e
úmbrico e plíntico fase endopedregosa e não pedregosa ligeiramente rochosa
floresta subperenifólia relevo suave ondulado e ondulado + Gr. Indif:
(ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO) Distrocoeso típico e
Distrófico latossólico e úmbrico fase floresta subperenifólia relevo ondulado e
forte ondulado, todos A moderado e proeminente textura média/argilosa (35%
+ 35% + 30%).
PVAd11 - Ass: Grupo Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)
Distrófico plíntico, típico e úmbrico textura média/argilosa fase relevo
ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Alumínico e
Alítico típico, plíntico e úmbrico textura média/argilosa e muito argilosa fase
relevo ondulado + CAMBISSOLO HÁPLICO Alumínico e Alítico típico, léptico
e úmbrico textura argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado, substrato
folhelho e conglomerado, todos A moderado e proeminente fase floresta
subperenifólia (40% + 35% + 25%).
PVAd12 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso petroplíntico +
ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso plíntico e petroplíntico, ambos textura
média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado +
GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico e Eutrófico típico textura argilosa a muito
argilosa fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano, todos A moderado
(50% + 30% + 20%).
PVAd13 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e latossólico
textura média/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO
VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa fase relevo
ondulado a forte ondulado, todos A moderado fase floresta subperenifólia
(70% + 30%).
PVAd14 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura
média/argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO
AMARELO Distrocoeso típico textura argilosa fase relevo plano e suave
ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrófico plíntico textura média/argilosa
fase relevo suave ondulado, todos A moderado fase floresta subperenifólia
(50% + 30% + 20%).
186
PVAd15 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e latossólico
textura média/argilosa + Grupo Indif. (NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e
Eutrófico típico e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Distrófico e Eutrófico lítico
e típico) textura média e argilosa fase pedregosa e não pedregosa rochosa e
não rochosa substrato gnaisses e granitos + ARGISSOLO VERMELHO
Eutrófico e Distrófico típico textura média/argilosa, todos A moderado fase
floresta subperenifólia/subcaducifólia relevo ondulado e forte ondulado (40%
+ 30% + 30%).
PVAd16 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e latossólico
textura média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado +
GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico textura média a argilosa fase campo
higrófilo de várzea e floresta perenifólia de várzea relevo plano, ambos A
moderado (70% + 30%).
PVAd17 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico textura
argilosa fase relevo forte ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO
Distrocoeso abrúptico plíntico textura média/argilosa fase relevo ondulado +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico latossólico textura argilosa fase
relevo forte ondulado, todos A moderado fase floresta subperenifólia (50% +
30% + 20%).
PVAd18 – ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico e úmbrico A
moderado e proeminente textura média/argilosa e argilosa fase floresta
subperenifólia relevo forte ondulado (100%).
PVAd19 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e úmbrico
textura média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico
latossólico e úmbrico textura argilosa, ambos A moderado e proeminente fase
floresta subperenifólia relevo ondulado e montanhoso (70% + 30%).
PVAd20 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico petroplíntico e
úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico e úmbrico,
ambos A moderado e proeminente textura média/argilosa fase floresta
subperenifólia, relevo ondulado a montanhoso + NEOSSOLO LITÓLICO Eutro-
úmbrico típico A proeminente textura argilosa fase floresta subcaducifólia
relevo ondulado a montanhoso, substrato micaxisto, gnaisses e granitos +
NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Eutrófico gleissólico textura argilosa A
moderado fase campo higrófilo de várzea relevo plano substrato sedimentos
fluviais (30% + 30% + 20% + 20%).
187
PVAd21 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, abrúptico,
latossólico e úmbrico textura média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Distro-
úmbrico e Eutro-úmbrico típico textura média fase substrato gnaisses, ambos
A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado a
montanhoso + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% + 20%).
PVAd22 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico léptico e
úmbrico textura média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Distro-úmbrico típico
textura média fase substrato granitos e gnáisses, ambos A moderado e
proeminente fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado e escarpado +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% + 30% + 20%).
PVAd23 - ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico plíntico e petroplíntico A
fraco e moderado textura arenosa/média fase floresta subcaducifólia relevo
plano e suave ondulado (100%).
PVAd24 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura
média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico abrúpto e
plíntico textura arenosa e média/argilosa, ambos A moderado fase floresta
subcaducifólia relevo ondulado e suave ondulado + AFLORAMENTOS DE
ROCHA (50% + 30% + 20%).
PVAd25 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico plíntico e
petroplíntico fase relevo ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrófico
plíntico fase relevo suave ondulado, ambos textura média/argilosa fase
pedregosa e não pedregosa + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico
vertissólico textura argilosa e muito argilosa fase relevo plano e suave
ondulado substrato folhelhos calcíferos, todos A moderado fase floresta
subcaducifólia (35% + 35% + 30%).
PVAd26 - Ass: Grupo Indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO)
Distrófico e Eutrófico latossólico A moderado + Grupo indif: (LATOSSOLO
VERMELHO e VERMELHO-AMARELO) Eutrófico e Distrófico típico e úmbrico A
moderado e proeminente, todos textura média fase floresta caducifólia e
subcaducifólia relevo plano (65% + 35%).
PVAd27 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico arênico e típico
textura arenosa/média e argilosa fase pedregosa e não pedregosa relevo suave
ondulado + ARGISSOLO AMARELO Distrófico arênico e típico textura
arenosa/média e argilosa fase endopedregosa e não pedregosa relevo suave
ondulado e ondulado + LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico textura
188
média fase relevo plano e suave ondulado, todos A moderado fase floresta
caducifólia (45% + 35% + 20%).
PVAe1 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico típico, latossólico e
úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico típico, latossólico e úmbrico,
ambos textura média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutro-úmbrico
típico textura média substrato gnaisses e granitos, todos A moderado e
proeminente fase rochosa e não rochosa floresta subcaducifólia relevo plano a
suave ondulado (60% + 20% + 20%).
PVAe2 – Ass: Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e VERMELHO)
Eutrófico plíntico, petroplíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura
média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado
+ PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico A moderado textura arenosa e
média/média e argilosa fase floresta caducifólia fase relevo plano e suave
ondulado + Grupo indif: (LATOSSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)
Distrocoeso argissólico e úmbrico A moderado e proeminente textura média
fase floresta subcaducifólia fase relevo plano e suave ondulado (35% + 35%
+ 30%).
PVAe3 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico úmbrico A proeminente
textura média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo suave ondulado e
ondulado + GLEISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico neofluvissólico e típico A
moderado textura média e argilosa fase campo hidrófilo de várzea relevo plano
+ PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico A moderado textura
arenosa/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo plano e suave ondulado +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (30% + 25% + 25% + 20%).
PVAe4 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso e Eutrófico típico e
úmbrico A moderado e proeminente textura média/argilosa, fase floresta
subcaducifólia relevo ondulado e suave ondulado + Grupo Indif: (GLEISSOLO
HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico típico e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb
Eutrófico gleissólico e NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico
típico) A moderado textura média e argilosa fase floresta subcaducifólia de
várzea relevo plano + CHERNOSSOLO HÁPLICO Órtico típico textura média e
média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo ondulado e suave ondulado
(60% + 20% + 20%).
PVAe5 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico úmbrico e típico A
proeminente e moderado fase relevo ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO
Eutrófico solódico A moderado fase relevo plano e suave ondulado, ambos
textura média/argilosa fase floresta subcaducifólia + GLEISSOLO HÁPLICO Tb
189
Distrófico e Eutrófico típico textura argilosa e média A moderado fase campo
hidrófilo de várzea relevo plano (50% + 30% + 20%).
PVAe6 - Ass: Gr. indif: (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e VERMELHO)
Eutrocoeso e Distrocoeso típico e úmbrico A moderado e proeminente textura
média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo ondulado e forte ondulado +
Gr. indif: (GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico e NEOSSOLO
FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico típico e gleissólico) A moderado
textura média e argilosa fase floresta subcaducifólia de várzea e campo
higrófilo de várzea relevo plano e suave ondulado + Gr. indif. (ARGISSOLO
AMARELO e ACINZENTADO) Distrocoeso abrúptico e plíntico A moderado
textura média/argilosa fase floresta subcaducifólia de várzea e campo higrófilo
de várzea relevo plano e suave ondulado (60% + 20% + 20%).
PVAe7 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico úmbrico e típico +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico úmbrico e típico, ambos textura
média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutro-úmbrico e Distro-úmbrico típico
textura média substrato gnaisses e granitos, todos A proeminente e moderado
fase floresta subcaducifólia relevo ondulado e forte ondulado (50% + 30% +
20%).
PVAe8 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico abrúptico típico e
úmbrico textura média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutro-úmbrico típico
textura média substrato de gnaisses, ambos A moderado e proeminente fase
floresta subcaducifólia relevo forte ondulado e ondulado + AFLORAMENTOS
DE ROCHA (50% + 30% + 20%).
PVAe9 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico fragipânico, típico e
úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico latossólico e
úmbrico, ambos textura média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e
Eutro-úmbrico típico textura média fase substrato gnaisses e granitos, todos A
moderado e proeminente fase floresta subcaducifólia relevo forte ondulado e
montanhoso (40% + 40% + 20%).
PVAe10 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico abrupto, léptico,
típico e úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso e
Eutrófico latossólico e úmbrico, ambos textura média/argilosa + NEOSSOLO
LITÓLICO Eutrófico e Eutro-úmbrico típico textura média fase substrato
gnaisse fragmentário e não fragmentário, todos A moderado e proeminente
fase floresta subcaducifólia relevo forte ondulado e montanhoso +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 20% + 20% + 20%).
190
PVAe11 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico típico e cambissólico
textura média/argilosa relevo suave ondulado e ondulado + NEOSSOLO
REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e fragipânico textura arenosa e
média fase relevo suave ondulado e plano + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e
Distrófico típico textura média e arenosa fase rochosa e não rochosa relevo
suave ondulado e ondulado substrato gnaisse e granito, todos A moderado e
fraco fase caatinga hipoxerófila/floresta subcaducifólia e floresta
subcaducifólia (45% + 35% + 20%).
PVAe12 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico abrúptico plíntico
textura média/média e argilosa com cascalho + NEOSSOLO REGOLÍTICO
Eutrófico fragipânico, léptico fragipânico e típico textura arenosa com
cascalho a cascalhenta + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico arênico textura
arenosa e média/média e argilosa com cascalho, todos A fraco e moderado
fase caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado e plano (50% + 25% +
25%).
PVde - Ass: ARGISSOLO VERMELHO Distrófico e Eutrófico latossólico e típico +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico e Eutrófico típico, ambos A
moderado textura média/argilosa fase floresta caducifólia relevo suave
ondulado e plano (60% + 40%).
PVe1 – Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO) Eutrófico
petroplíntico e típico A moderado textura média/argilosa fase floresta
subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado (100%).
PVe2 – Ass: Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)
Eutrófico petroplíntico e típico textura média e arenosa/média fase relevo
suave ondulado e ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico
textura arenosa/média e argilosa fase relevo suave ondulado, ambos A
moderado fase floresta subcaducifólia (65% + 35%).
PVe3 – Ass: Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)
Eutrófico típico e úmbrico + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico
típico e úmbrico, ambos A moderado e proeminente textura média/argilosa
fase floresta subcaducifólia relevo ondulado e forte ondulado (65% + 35%).
PVe4 – Ass: Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)
Eutrófico e Distrófico típico e úmbrico textura média/argilosa + NEOSSOLO
LITÓLICO Eutrófico e Eutro-úmbrico Distrófico e Distro-úmbrico típico textura
média fase substrato gnaisse e granito fragmentário e não fragmentário, todos
A moderado e proeminente fase floresta subcaducifólia relevo ondulado e forte
ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (55% + 25% + 20%).
191
PVe5 – Ass: Grupo indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)
Eutrófico típico textura média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado
+ LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico e Eutrófico típico textura
média fase relevo suave ondulado e plano, todos A moderado e fraco fase
floresta subcaducifólia (60% + 40%).
PVe6 – Ass: Grup. Indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)
Eutrófico típico e cambissólico textura média/argilosa fase relevo suave
ondulado e ondulado + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico
e fragipânico textura arenosa e média fase relevo suave ondulado e plano,
todos A fraco e moderado fase floresta caducifólia e floresta subcaducifólia
(55% + 45%).
PVe7 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico típico, latossólico e úmbrico
textura média/média e argilosa fase relevo suave ondulado a montanhoso +
Grup. Indif. de (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e AMARELO) Eutrófico
típico e úmbrico textura média/média e argilosa fase relevo suave ondulado a
forte ondulado + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico, léptico e
úmbrico textura média e argilosa fase relevo suave ondulado a forte ondulado
substrato gnaisse e granito + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Eutro-
úmbrico típico textura média e arenosa fase rochosa e não rochosa relevo
forte ondulado a montanhoso substrato gnaisse e granito, todos A moderado e
proeminente floresta subcaducifólia (35% + 25% + 20% + 20%).
192
PVe8 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico cambissólico, típico e léptico
textura média/média e argilosa com cascalho fase não pedregosa e
epipedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média com
cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato granito + Grupo
Indif: (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico)
arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa com cascalho +
NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico, fragipânico e léptico fragipânico
textura arenosa com cascalho e cascalhenta, todos A moderado e fraco fase
caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (25% + 25% + 25% +
25%).
PVe9 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico cambissólico e típico textura média
(leve)/média e argilosa com cascalho + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico
típico textura média com cascalho + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico
e fragipânico, e léptico fragipânico textura arenosa + NEOSSOLO LITÓLICO
Eutrófico típico textura média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e
rochosa substrato granito, todos A moderado e fraco fase caatinga
hipoxerófila relevo suave ondulado e plano (30% + 30% + 20% + 20%).
PVe10 – Ass: Grupo Indif: (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO)
Eutrófico cambissólico, léptico e típico textura média/média e argilosa com
cascalho fase relevo suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico
textura média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato
granito relevo suave ondulado e ondulado + NEOSSOLO REGOLÍTICO
Eutrófico típico e léptico fragipânico textura arenosa com cascalho e
cascalhenta fase relevo plano e suave ondulado, todos A moderado e fraco
fase caatinga hipoxerófila (40% + 40% + 20%).
PVe11 - Ass: ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico típico textura média/média e
argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado + NEOSSOLO REGOLÍTICO
Distrófico e Eutrófico típico e léptico textura arenosa e média (leve) relevo
plano e suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura
média fase pedregosa e não pedregosa substrato gnaisse e granito relevo
suave ondulado e ondulado, todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila (50% + 30% + 20%).
PVe12 – Ass: ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico cambissólico, típico e léptico
textura média/média e argilosa com cascalho fase não pedregosa e
epipedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média com
cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato granito, ambos
fase relevo suave ondulado e ondulado + Gr. Indif: (PLANOSSOLO HÁPLICO
Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e
média /média e argilosa com cascalho fase relevo suave ondulado e plano,
todos A moderado e fraco fase caatinga hipoxerófila (50% + 30% + 20%).
193
LUVISSOLOS
TCo1 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico planossólico e vertissólico +
PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico, ambos textura arenosa e
média/média e argilosa fase relevo suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO
Eutrófico típico e fragmentário textura arenosa e média fase pedregosa e
rochosa relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisse, todos A
moderado fase floresta caducifólia (40% + 30% + 30%).
TCo2 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e planossólico textura
média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado + CAMBISSOLO
HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico textura argilosa fase relevo suave
ondulado e ondulado substrato micaxistos e gnaisses + NEOSSOLO LITÓLICO
Eutrófico típico textura média fase pedregosa e não pedregosa relevo
ondulado substrato micaxistos e gnaisses, todos A moderado e fraco fase
floresta caducifólia (40% + 30% + 30%).
TCo3 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e planossólico textura
média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado + Grupo Indif:
(NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico
lítico e léptico) textura média e argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado,
substrato micaxistos e gnaisses, todos A moderado fase floresta caducifólia
(50% + 50%).
TCo4 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico textura média/argilosa +
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa e rochosa
substrato migmatitos e gnaisses + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO
Eutrófico lítico e léptico textura média/argilosa, todos A moderado fase
floresta caducifólia relevo ondulado e forte ondulado (40% + 30% + 30%).
TCo5 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico planossólico textura média/média e
argilosa com cascalho + Grup. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico
e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e
argilosa com cascalho + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura
arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa
substrato gnaisses e micaxistos, todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (35% + 35% + 30%).
TCo6 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico textura média/argilosa +
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase pedregosa
e rochosa substrato gnaisse, ambos fase relevo suave ondulado +
PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura arenosa e
194
média/média e argilosa fase relevo plano e suave ondulado, todos A fraco e
moderado fase caatinga hipoxerófila (45% + 30% + 25%).
TCo7 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico, vertissólico e planossólico textura
média/argilosa e muito argilosa fase pedregosa e não pedregosa +
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa substrato
biotita-xisto-gnaisse, gnaisse e micaxisto, ambos fase relevo suave ondulado e
ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e solódico textura
média/argilosa fase epipedregosa relevo suave ondulado, todos A fraco e
moderado fase caatinga hipoxerófila (40% + 30% + 30%).
TCo8 - Ass: Grup. indif. (LUVISSOLO CRÔMICO Órtico lítico e típico textura
média/argilosa e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico textura
média a argilosa fase substrato biotita-xisto-gnaisse, gnaisse, micaxisto e
calcário) fase epipedregosa e não pedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO
Eutrófico fragmentário e típico textura média e argilosa fase pedregosa
substrato biotita-xisto-gnaisse, gnaisse, micaxisto e calcário, todos A fraco e
moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado e ondulado (60%
+ 40%).
TCo9 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico planossólico e solódico textura média e
média/argilosa fase pedregosa + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico
textura média (leve)/média e argilosa fase pedregosa e não pedregosa +
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e arenosa fase pedregosa
e rochosa, substratos gnaisse, metagabro e anfibolito, todos A fraco e
moderado caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado a ondulado (40% +
35% + 25%).
TCo10 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico textura média/média e argilosa
fase pedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e
média fase pedregosa e rochosa, substrato biotita-granito e gnaisses +
PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico textura média (leve)/média a
argilosa fase pedregosa e não pedregosa, todos A fraco e moderado caatinga
hipoxerófila relevo ondulado (40% + 40% + 20%).
TCo11 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e vertissólico textura
média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura
média e arenosa fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito +
Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico e vertissólico) textura arenosa e
média/média e argilosa, todos A fraco e moderado fase pedregosa e não
195
pedregosa caatinga hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado
(45% + 35% + 20%).
TCo12 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura
média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e
arenosa fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito + Gr. Indif.
(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e vertissólico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico típico e vertissólico) textura arenosa e média/argilosa, todos
A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e plano (40% + 35% +
25%).
TCo13 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura
média/argilosa + Gr. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
típico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico e vertissólico) textura arenosa e
média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura
média e arenosa fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito,
todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% +
20%).
TCo14 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico textura média/argilosa +
Grupo indif. (CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico vertissólico solódico e
típico fase substrato folhelho e VERTISSOLO HÁPLICO Órtico solódico e
típico) textura argilosa + Grupo indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico
arênico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico arênico) textura arenosa e
média/média e argilosa, todos A fraco e moderado fase caatinga hiperxerófila
relevo plano e suave ondulado (50% + 30% + 20%).
TCo15 – Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura
média/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e
arenosa fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito + Gr. Indif.
(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico típico e salino) textura arenosa e média/média e argilosa,
todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga
hiperxerófila relevo plano e suave ondulado (40% + 35% + 25%).
TCo16 - Ass: LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico textura média e média/argilosa
fase pedregosa + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura
média (leve)/média e argilosa fase pedregosa e não e pedregosa +
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
pedregosa, substrato biotita-granito e hornblenda-granito, todos A fraco e
196
moderado fase caatinga hiperxerófila relevo ondulado a forte ondulado (40%
+ 35% + 25%).
CAMBISSOLOS
CXbe1 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico e úmbrico textura média
e argilosa fase relevo suave ondulado a forte ondulado substrato sienito +
Grupo Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO e VERMELHO) Eutrófico
léptico, cambissólico, típico e úmbrico textura média/argilosa fase relevo
suave ondulado a montanhoso + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Eutro-
úmbrico típico textura arenosa e média fase substrato gnaisse e granito relevo
forte ondulado a montanhoso, todos A moderado e proeminente fase rochosa
e não rochosa floresta subcaducifólia e floresta caducifólia (45% + 35% +
20%).
CXbe2 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico textura média fase
substrato sienito e granito + Grupo Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-
AMARELO e AMARELO) Eutrófico típico textura média/média e argilosa,
ambos A moderado fase floresta caducifólia/caatinga hipoxerófila relevo
ondulado e forte ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% + 30% +
20%).
CXbe3 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico e léptico textura média
com e sem cascalho + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média
com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa, todos A fraco e
moderado fase floresta caducifólia/caatinga hipoxerófila relevo forte ondulado
e ondulado substrato sienito, granito e gnaisse + AFLORAMENTOS DE
ROCHA (40% + 30% + 30%).
CXbe4 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico textura média fase
substrato sienito e granito + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico fragipânico,
léptico fragipânico, e típico textura arenosa com cascalho e cascalhenta fase
substrato granito + Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e
média/média e argilosa com cascalho e cascalhenta, todos A fraco e
moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado e plano (60% +
20% + 20%).
CXbe5 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico e léptico textura média
com cascalho e cascalhenta fase substrato sienito, granito e gnaisse + Grupo
Indif. (NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico e
típico textura arenosa com cascalho e ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico
léptico cambissólico textura média com cascalho e cascalhenta), ambos fase
197
relevo suave ondulado e ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico
arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa com cascalho e
cascalhenta relevo plano e suave ondulado, todos A fraco e moderado fase
caatinga hipoxerófila (40% + 30% + 30%).
CXbe6 – Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico léptico textura média com e
sem cascalho + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e
média com e sem cascalho fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e
granito + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura
média/argilosa, todos A fraco e moderado fase caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e ondulado (50% + 30% +
20%).
CXve - Ass: CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico típico, léptico e úmbrico A
proeminente textura argilosa fase erodida e não erodida substrato calcário +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico petroplíntico A moderado
textura média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico
plíntico A moderado textura arenosa e média/argilosa, todos fase floresta
subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado (40% + 30% + 30%).
CYn1 - Ass: Grupo Indif. (CAMBISSOLO FLÚVICO Sódico típico e Eutrófico
gleissólico e NEOSSOLO FLÚVICO Ta Eutrófico solódico e típico) A fraco e
moderado textura média fase floresta subcaducifólia de várzea relevo plano
substrato sedimentos aluviais + GLEISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico solódico A
moderado textura argilosa e muito argilosa fase campo hidrófilo de várzea
relevo plano + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico vertissólico A moderado
textura argilosa e muito argilosa fase epipedregosa e não pedregosa floresta
subcaducifólia de várzea relevo suave ondulado e plano substrato folhelhos
calcíferos (40% + 35% + 25%).
CYn2 - Ass: CAMBISSOLO FLÚVICO Sódico típico textura argilosa e muito argilosa
fase floresta subcaducifólia de várzea relevo plano substrato sedimento
colúvio-aluvionar + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico vertissólico textura
argilosa e muito argilosa fase floresta subcaducifólia relevo plano e suave
ondulado substrato calcário e conglomerado + NEOSSOLO FLÚVICO Ta
Eutrófico solódico e gleissólico textura média a arenosa fase floresta
subcaducifólia de várzea relevo plano, todos A moderado e fraco (40% +
30% + 30%).
PLANOSSOLOS
198
SXe1 – PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e arênico textura média e
média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e plano +
Gr. indif. (GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico típico e
CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico gleissólico e típico)
textura argilosa fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano e suave
ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrocoeso típico textura
média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado, todos A
moderado (40% + 30% + 30%).
SXe2 – Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura
arenosa/média e argilosa fase floresta caducifólia relevo plano e suave
ondulado + Grup. Indif.: (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
abrupto plíntico textura arenosa e média/argilosa fase floresta subcaducifólia
relevo suave ondulado e ondulado) + Grupo indif. (ARGISSOLO VERMELHO e
VERMELHO-AMARELO) Eutrófico típico e petroplíntico textura média/argilosa
fase floresta subcaducifólia relevo suave ondulado e ondulado, todos A
moderado (40% + 35% + 25%).
SXe3 – Ass: Grup. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e arênico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico e arênico) textura arenosa e
media/média e argilosa + NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico típico textura
média e arenosa, todos A moderado e fraco fase floresta caducifólia relevo
plano e suave ondulado (80% + 20%).
SXe4 – Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico arênico e típico textura
arenosa e média/média e argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado +
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e fragmentário textura arenosa e média
fase pedregosa e rochosa relevo ondulado e suave ondulado substrato
gnaisses e granitos, todos A moderado fase floresta caducifólia (80% +
20%).
SXe5 – Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico típico textura arenosa e
média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média
fase pedregosa e rochosa substrato gnaisse, ambos A moderado +
CHERNOSSOLO ARGILÚVICO Órtico típico textura média/argilosa, todos fase
floresta caducifólia relevo suave ondulado e ondulado (45% + 30% + 25%).
SXe6 – Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura arenosa e
média/média e argilosa fase relevo suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO
Eutrófico típico e fragmentário textura arenosa e média fase pedregosa e
rochosa relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisse + LUVISSOLO
CRÔMICO Órtico planossólico e vertissólico textura arenosa e média/argilosa
199
fase relevo suave ondulado e ondulado, todos A moderado fase floresta
caducifólia (50% + 30% + 20%).
SXe7 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico textura média/argilosa fase
relevo suave ondulado e plano + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico
textura média fase relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisses e
quartzitos + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e planossólico textura
média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado, todos A fraco e
moderado fase floresta caducifólia/caatinga hipoxerófila (35% + 35% +
30%).
SXe8 – Ass: Grup indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e
média/média e argilosa fase relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO
LITÓLICO Eutrófico típico e fragmentário textura arenosa e média fase
pedregosa e rochosa relevo suave ondulado e plano substrato gnaisses, todos
A moderado e fraco fase caatinga hipoxerófila/floresta caducifólia (70% +
30%).
SXe9 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa
com cascalho e cascalhenta + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura
arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa
substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (70% + 30%).
SXe10 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa
com cascalho e cascalhenta + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico
léptico fragipânico e típico textura arenosa com cascalho e cascalhenta +
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com cascalho e
cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato gnaisse e granito, todos A
fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado
(50% + 25% + 25%).
SXe11 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa
com cascalho e cascalhenta fase relevo plano e suave ondulado +
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com cascalho e
cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato gnaisse e granito +
ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico cambissólico, típico e léptico textura média
com cascalho e cascalhenta, ambos fase relevo suave ondulado e ondulado,
todos fase caatinga hipoxerófila + NEOSSOLO FLÚVICO Ta Eutrófico solódico
200
e típico textura arenosa e média fase caatinga hipoxerófila de várzea fase
relevo plano, todos A moderado e fraco (35% +25% +20% + 20%).
SXe12 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico) arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa
com cascalho e cascalhenta fase relevo plano e suave ondulado +
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com cascalho e
cascalhenta fase pedregosa e rochosa relevo suave ondulado e ondulado
substrato gnaisse e granito + Grupo Indif. (ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico
cambissólico, típico e léptico textura média com cascalho e cascalhenta e
NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico e típico
textura arenosa com cascalho e cascalhenta) fase relevo suave ondulado e
ondulado, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (45% + 30%
+ 25%).
SXe13 - Ass: grupo indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico e Sálico) vertissólico e típico textura média
/média e argilosa cascalhenta fase epipedregosa e não pedregosa +
NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico típico e léptico textura arenosa
e média (leve) sem e com cascalho, ambos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (80% + 20%).
SXe14 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e média /média e argilosa
com cascalho e cascalhenta + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico planossólico
textura média/argilosa com cascalho + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico
textura arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e
rochosa substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 25% + 25%).
SXe15 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e média /média e argilosa
com cascalho e cascalhenta + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura
arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa
substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila relevo plano e suave ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA
(60% + 20% + 20%).
SXe16 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e solódico textura
média/argilosa fase não pedregosa e epipedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO
Eutrófico típico textura média fase pedregosa substrato biotita-xisto-gnaisse,
gnaisse e granito + Grupo indif. (LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e
vertissólico textura média/argilosa e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico
léptico, lítico e vertissólico textura argilosa fase substrato biotita-xisto-gnaisse
201
e gnaisse) fase não pedregosa e epipedregosa, todos A fraco e moderado fase
caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 20% + 20%).
SXe17 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e média /média e argilosa
com cascalho e cascalhenta + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura
arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa
substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (70% + 30%).
SXe18 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, típico e vertissólico
textura média/média e argilosa cascalhenta e não cascalhenta + NEOSSOLO
LITÓLICO Eutrófico típico e fragmentário textura média cascalhenta e não
cascalhenta fase não pedregosa e pedregosa substrato gnaisse e granito,
ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e suave
ondulado (70% + 30%).
SXe19 - Ass: Gr. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico e Sálico) típico e vertissólico textura
média/média e argilosa cascalhenta e não cascalhenta fase epipedregosa e não
pedregosa relevo + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média
cascalhenta e não cascalhenta fase pedregosa substrato gnaisse e granito,
todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e suave
ondulado + AFORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% + 20%).
SXe20 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, típico e arênico textura
arenosa e média/média e argilosa fase não pedregosa e epipedregosa relevo
suave ondulado e ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e
fragmentário textura média e arenosa fase não pedregosa e pedregosa relevo
ondulado e suave ondulado substrato gnaisse e granito, ambos A fraco e
moderado fase caatinga hipoxerófila (50% + 50%).
SXe21 – Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico textura arenosa e
média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico fragmentário
textura média com cascalho a cascalhento substrato gnaisse, xisto e granito,
ambos A moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado e plano
(65% + 35%).
SXe22 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura
média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média
fase não pedregosa e pedregosa substrato gnaisse e granito, ambos A fraco e
moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (70% +
30%).
202
SXe23 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, típico e arênico textura
arenosa e média/média e argilosa fase epipedregosa e não pedregosa +
NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico léptico fragipânico textura
arenosa e média (leve) cascalhenta e não cascalhenta + NEOSSOLO
LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e média cascalhenta e
não cascalhenta fase pedregosa substrato gnaisse e granito, todos A fraco e
moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% +
30% + 20%).
SXe24 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e solódico textura
média/argilosa fase epipedregosa e não pedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO
Eutrófico típico textura média fase pedregosa substrato biotita-xisto-gnaisse e
micaxisto, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano
e suave ondulado (50% + 50%).
SXe25 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura
média/argilosa cascalhenta e não cascalhenta fase epipedregosa e não
pedregosa relevo suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e
fragmentário textura média cascalhenta e não cascalhenta fase pedregosa e
não pedregosa relevo ondulado e suave ondulado substrato gnaisse e granito,
ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (60% + 40%).
SXe26 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura arenosa e
média/média e argilosa cascalhenta e não cascalhenta fase epipedregosa e não
pedregosa relevo suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e
Distrófico típico textura arenosa e média cascalhenta fase pedregosa relevo
suave ondulado e ondulado substrato gnaisse e granito, ambos A fraco e
moderado fase caatinga hipoxerófila + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% +
20% + 20%).
SXe27 – Ass: Gr. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e
média/média e argilosa + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico
léptico e fragipânico fase endopedregosa e não endopedregosa + NEOSSOLO
LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico substrato granito e gnaisse, ambos
textura arenosa e média com cascalho, todos A fraco e moderado caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% +
20%).
SXe28 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e
média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico
203
fase rochosa e não rochosa substrato granito e gnaisse + NEOSSOLO
REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico, ambos textura arenosa
e média, todos A fraco e moderado fase caatinga hiperxerófila/hipoxerófila
relevo plano e suave ondulado (50% + 30% + 20%).
SXe29 - Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e Distrófico solódico
e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura média (leve)/média e argilosa
fase pedregosa relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO
Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e média fase pedregosa relevo
plano e suave ondulado substrato granitos, todos A fraco e moderado fase
caatinga hiperxerófila/hipoxerófila (70% + 30%).
SXe30 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e vertissólico textura arenosa e
média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico
textura arenosa e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e
gnaisse + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura
média/argilosa fase pedregosa e não pedregosa, todos A fraco e moderado
fase caatinga hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% +
30% + 20%).
SXe31 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico arênico textura arenosa e média/média
e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura
arenosa e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e gnaisse,
todos A moderado e fraco fase pedregosa e não pedregosa caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e ondulado (60% + 40%).
SXe32 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e
média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico
textura arenosa e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e
gnaisse, todos A fraco e moderado caatinga hiperxerófila/hipoxerófila fase
pedregosa e não pedregosa relevo plano e suave ondulado + AFLORAMENTO
DE ROCHA (50% + 30% + 20%).
SXe33 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e
média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico
textura arenosa e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e
gnaisse, todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 40%).
204
SXe34 – Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico textura arenosa e
média/média e argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico
textura arenosa e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e
gnaisse, todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e plano (80% + 20%).
SXe35 - Ass: Grup. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e
argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa
e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e gnaisse, todos A fraco
e moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e plano + AFLORAMENTOS
DE ROCHA (50% + 30% + 20%).
SXe36 – Ass: Grupo indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e
argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com
cascalho a cascalhenta fase substrato granito e gnaisse + NEOSSOLO
REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico solódico e típico textura arenosa, todos A
fraco e moderado fase caatinga hiperxerófila relevo suave ondulado e plano +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 20% + 20% + 20%).
SXe37 - Ass: Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e
argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa
e média fase rochosa e não rochosa substrato granito e gnaisse +
LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico e típico textura média/argilosa e
muito argilosa, todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa
caatinga hiperxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% + 20%).
SXe38 - Ass: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura
arenosa/média + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura
arenosa e média substrato arenitos + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico
léptico e lítico textura média substrato arenitos, todos A fraco e moderado
fase caatinga hiperxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% +
20%).
ESPODOSSOLOS
205
ESKo - Ass: ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico espessarênico dúrico e
fragipânico textura arenosa + ARGISSOLO ACINZENTADO Distrocoeso
abrúptico típico, fragipânico e dúrico textura arenosa/média a argilosa, ambos
A fraco e moderado fase cerrado subperenifólio e floresta subperenifólia relevo
plano e suave ondulado (60% + 40%).
EKu1 - Ass: ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico textura
arenosa + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico e Órtico típico e
espódico, ambos A fraco e moderado fase floresta perenifólia de restinga e
campo higrófilo de restinga relevo plano (50% + 50%).
EKu2 - Ass: ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hiperespesso espessarênico e
Hidromórfico espassarênico textura arenosa + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO
Órtico e Hidromórfico típico, ambos A fraco e moderado fase floresta
perenifólia de restinga relevo plano + SOLOS INDISCRIMINADOS DE
MANGUE fase floresta perenifólia de mangue relevo plano (60% + 20% +
20%).
GLEISSOLOS
GXd1 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico textura argilosa e
média fase campo hidrófilo de várzea relevo plano + NEOSSOLO FLÚVICO Tb
e Ta Distrófico gleissólico e típico textura argilosa e média fase campo
hidrófilo de várzea relevo plano + Grupo Indif. (ARGISSOLO AMARELO e
VERMELHO-AMARELO) Distrófico plíntico textura média/argilosa fase floresta
subperenifólia relevo suave ondulado, todos A moderado (45% + 30% +
25%).
GXd2 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico e neofluvissólico
textura média e argilosa + NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico gleissólico
textura argilosa, ambos A moderado fase campo hidrófilo e higrófilo de várzea
relevo plano (70% + 30%).
GXd3 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico e neofluvissólico
textura argilosa/muito argilosa e média + NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta
Distrófico gleissólico textura argilosa e média, ambos A moderado +
ORGANOSSOLO HÁPLICO Fíbrico e Sáprico típico textura média a argilosa,
todos fase campo hidrófilo e higrófilo de várzea relevo plano (50% + 30% +
20%).
206
GXd4 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico e neofluvissólico
textura argilosa/muito argilosa e média A moderado + ORGANOSSOLO
HÁPLICO Sáprico térrico e típico textura argilosa e média + NEOSSOLO
FLÚVICO Psamítico gleissólico A moderado, todos fase campo higrófilo de
várzea relevo plano (60% + 20% + 20%).
GXd5 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico A moderado textura
argilosa e muito argilosa fase campo hidrófilo de várzea relevo plano + Grupo
Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico plíntico,
petroplíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura média a
argilosa/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado
(60% + 40%).
GXd6 - Ass: Grupo Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO Tb e Ta Distrófico
típico e CAMBISSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico gleissólico típico e úmbrico
substrato sedimentos fluviais) + NEOSSOLO FLÚVICO Distrófico e Eutrófico
típico e úmbrico, ambos textura argilosa e média fase floresta subperenifólia e
campo higrófilo de várzea relevo plano + Grupo Indif. (ARGISSOLO AMARELO
e ARGISSOLO ACINZENTADO) Distrófico plíntico típico e úmbrico textura
média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado,
todos A moderado e proeminente (50% + 25% + 25%).
GXde1 - Ass: Grupo Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO) Tb e Ta Distrófico
e Eutrófico típico A moderado e proeminente + VERTISSOLO HÁPLICO Órtico
gleissólico A moderado + ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico térrico e típico,
todos textura argilosa fase campo higrófilo de várzea relevo plano (50% +
30% + 20%).
GXde2 – Ass: Grupo Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO) Ta e Tb Distrófico
e Eutrófico + NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Distrófico e Eutrófico típico e
úmbrico, ambos A moderado e proeminente textura média a argilosa fase
campo higrófilo e floresta subperenifólia de várzea relevo plano (80% +
20%).
GXde3 - Ass: Grupo Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO Tb e Ta Distrófico e
Eutrófico típico e NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico
gleissólico típico e úmbrico) A moderado e proeminente textura argilosa e
média fase campo higrófilo de várzea e floresta subperenifólia de várzea relevo
plano + Grupo Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO)
Distrófico plíntico e típico A moderado textura média/argilosa fase floresta
subperenifólia relevo plano e suave ondulado + Grupo Indif. (ORGANOSSOLO
HÁPLICO e TIOMÓRFICO) Sáprico térrico e típico H hístico e A proeminente
207
textura média e argilosa fase campo hidrófilo de várzea relevo plano (55% +
25% + 20%).
GXde4 – Ass: Grupo Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO) Ta e Tb Distrófico
e Eutrófico típico textura média e argilosa + PLANOSSOLO HÁPLICO
Eutrófico típico arênico e úmbrico textura arenosa e média/média e argilosa +
NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e
média/média e argilosa, todos A moderado e proeminente fase floresta
subperenifólia de várzea relevo plano (40% + 40% + 20%).
GXe1 – Ass: Grupo indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e NEOSSOLO FLÚVICO
gleissólico) Ta e Tb Eutrófico típico A moderado textura média e argilosa fase
campo higrófilo de várzea relevo plano + Grupo indif. (ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO e AMARELO) Distrófico plíntico e úmbrico A moderado
e proeminente textura média/argilosa fase floresta subcaducifólia relevo suave
ondulado (60% + 40%).
GXe2 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico típico textura média/argilosa
+ NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico gleissólico textura arenosa e
média/média e argilosa, ambos fase campo higrófilo de várzea relevo plano +
ARGISSOLO AMARELO Distrocoeso plíntico textura média/argilosa fase
floresta subcaducifólia relevo suave ondulado, todos A fraco e moderado
(40% + 40% + 20%).
GXe3 - Ass: Grupo indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO) Ta e Tb Eutrófico
solódico A moderado e proeminente textura muito argilosa e argilosa fase
campos higrófilos e hidrófilos de várzea relevo plano + NEOSSOLO FLÚVICO
Ta e Tb Eutrófico solódico e típico A moderado textura média e argilosa fase
floresta subperenifólia de várzea relevo plano (70% + 30%).
GXe4 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico solódico e típico textura
argilosa e muito argilosa fase campos higrófilos e hidrófilos de várzea +
CAMBISSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico e típico
textura argilosa e média fase floresta subperenifólia de várzea substrato
sedimentos fluviais + NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico e
típico textura média e argilosa fase floresta subperenifólia de várzea, todos A
moderado fase relevo plano (40% + 35% + 25%).
GXe5 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Eutrófico típico e neofluvissólico textura
média/argilosa e muito argilosa + GLEISSOLO SÁLICO Órtico solódico
textura muito argilosa + NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Eutrófico típico e
208
gleissólico textura média e arenosa/argilosa, todos A moderado fase campo
hidrófilo e higrófilo de várzea relevo plano (40% + 40% + 20%).
GXe6 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Eutrófico neofluvissólico A moderado
textura argilosa e muito argilosa fase campo hidrófilo de várzea relevo plano +
Grupo indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico e
Distrocoeso típico, plíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura
média/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado +
Grupo indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico e
Distrocoeso plíntico, petroplíntico e típico A moderado textura média e
argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado (55% +
25% + 20%).
GXe7 - Ass: GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Eutrófico neofluvissólico A moderado
textura argilosa e média fase campo hidrófilo de várzea relevo plano + Grupo
indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrocoeso típico,
petroplíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura média a
argilosa/argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado
+ Grupo indif. (LATOSSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico
plíntico, típico, petroplíntico e úmbrico A moderado e proeminente textura
média e argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado
(60% + 20% + 20%).
ORGANOSSOLOS
OJs - Ass: ORGANOSSOLO TIOMÓRFICO Sáprico e Hêmico térrico H hístico +
GLEISSOLO TIOMÓRFICO Órtico típico e organossólico A húmico e H hístico,
ambos textura média/argilosa fase campo hidrófilo e higrófilo de várzea relevo
plano (55% + 45%).
SOLOS DE MANGUE
SM1 - Ass: SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUE textura média a argilosa fase
floresta perenifólia de mangue relevo plano (100%).
SM2 - Ass: SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUE textura média a argilosa fase
floresta perenifólia de mangue relevo plano + GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta
Distrófico e Eutrófico típico e neofluvissólico A moderado textura média a
argilosa fase campo higrófilo de várzea relevo plano (80% + 20%).
209
SM3 - Ass: SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUE textura argilosa e média fase
floresta perenifólia de mangue relevo plano + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO
Hidromórfico típico A fraco e moderado fase floresta subperenifólia e campo
de restinga relevo plano (60% + 40%).
SM4 - Ass: SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUE textura arenosa a média fase
floresta perenifólia de mangue relevo plano + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO
Órtico típico + NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico, ambos A fraco e
moderado fase campo e floresta subperenifólia de restinga relevo plano
(60%+ 20% + 20%).
NEOSSOLOS
RQog1 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico e Hidromórfico típico +
ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidro-hiperespesso e Órtico espessarênico
textura arenosa, ambos A fraco e moderado fase floresta perenifólia de
restinga relevo plano (60% + 40%).
RQog2 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico e Hidromórfico típico +
ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico e dúrico textura
arenosa e média, ambos A fraco e moderado fase floresta perenifólia e campo
de restinga relevo plano (60% + 40%).
RQog3 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico e Hidromórfico típico +
ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico e Órtico espessarênico e dúrico
textura arenosa e média, ambos A fraco e moderado fase floresta perenifólia e
campo de restinga + SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUE textura média
e argilosa fase floresta perenifólia de mangue, todos fase relevo plano (40%
+ 30% + 30%).
RQog4 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico e Hidromórfico típico +
NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico, ambos A fraco e moderado fase campo
e floresta perenifólia de restinga relevo plano + Grupo indif. (LATOSSOLO
AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico típico textura média A
moderado fase floresta subperenifólia relevo suave ondulado e plano (50% +
30% + 20%).
RQog5 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico e Hidromórfico típico +
NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico e gleissólico, ambos fase campo e
floresta perenifólia de restinga relevo plano + ARGISSOLO VERMELHO-
AMARELO Distrocoeso plíntico e petroplíntico textura média/argilosa fase
210
floresta subperenifólia relevo ondulado e forte ondulado, todos A moderado
(40% + 30% + 30%).
RQg - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico neofluvissólico +
GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico típico e neofluvissólico textura
argilosa e média, ambos A moderado + ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico e
Fíbrico térrico e típico H hístico textura média a argilosa, todos fase campo
hidrófilo de várzea relevo plano (40% +35% + 25%).
RQo1 – Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico e petroplíntico +
PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, típico e arênico textura
arenosa/argilosa + Grupo indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-
AMARELO) Distrófico arênico textura arenosa/média e média, todos A fraco e
moderado fase floresta subcaducifólia relevo plano e suave ondulado (50% +
30% + 20%).
RQo2 - Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico + NEOSSOLO LITÓLICO
Distrófico e Eutrófico típico textura arenosa e média fase pedregosa substrato
arenito, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave
ondulado e plano (75% + 25%).
RQo3 – Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico fase relevo suave
ondulado e ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e Eutrófico típico
textura arenosa e média com cascalho a cascalhenta fase relevo suave
ondulado a forte ondulado substrato arenito, ambos A fraco e moderado fase
caatinga hiperxerófila/hipoxerófila + AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% +
30% + 20%).
RQo4 – Ass: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico latossólico e típico + Grupo
indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico)
espessarênico textura arenosa e média/média e argilosa + Grupo indif.
(VERTISSOLO HÁPLICO Órtico e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico
vertissólico fase substrato folhelho, argilito e siltito) solódico e típico textura
argilosa fase epipedregosa, todos A fraco e moderado fase caatinga
hiperxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 20% + 20%).
RRde1 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico fragipânico, solódico e
típico textura arenosa fase relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO
AMARELO Distrófico arênico e típico textura arenosa e média/argilosa fase
relevo ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Distrófico e Eutrófico arênico
textura arenosa cascalhenta/média fase relevo suave ondulado e plano, todos
A fraco e moderado fase floresta caducifólia (35% + 35% + 30%).
211
RRde2 - NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico fragipânico e típico textura
arenosa + Grupo indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico e
Distrófico léptico e típico textura arenosa/média e CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Eutrófico e Distrófico léptico textura média fase substrato granito), todos A
fraco e moderado fase floresta caducifólia relevo plano e suave ondulado
(60% + 40%).
RRde3 – NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico fragipânico e típico A fraco
e moderado textura arenosa fase caatinga hipoxerófila/floresta caducifólia
relevo plano e suave ondulado (100%).
RRde4 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico léptico e fragipânico
textura arenosa e média fase relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO Eutrófico e Distrófico típico e cambissólico textura
média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado + CAMBISSOLO
HÁPLICO Tb Eutrófico típico textura média e argilosa fase relevo suave
ondulado e ondulado substrato gnaisses e granitos, todos A fraco e moderado
fase caatinga hipoxerófila/floresta caducifólia (60% + 20% + 20%).
RRde5 - Ass: Gr. Indif. (NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico típico
textura arenosa e NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico) + NEOSSOLO
LITÓLICO Distrófico e Eutrófico típico textura arenosa e média substrato
quartzito e gnaisse, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila e
floresta caducifólia relevo ondulado e suave ondulado (60 + 40%).
RRed1 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e léptico
fragipânico textura arenosa substrato granito e gnaisse + Grupo Indif.
(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) arênico
e típico textura arenosa e média com cascalho/média e argilosa com cascalho
e cascalhenta, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo
plano (70% + 30%).
RRed2 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico, e léptico
fragipânico textura arenosa e média (leve) não cascalhenta e com cascalho
fase relevo plano e suave ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico
arênico, solódico e típico textura arenosa e média com cascalho/média e
argilosa com cascalho e cascalhenta fase relevo suave ondulado e plano,
todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (70% + 30%).
RRed3 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico
fase endopedregosa e não endopedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico
e Distrófico típico fase pedregosa e não pedregosa substrato granito e
gnaisse, todos textura arenosa e média A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (80% + 20%).
212
RRed4 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e léptico
fragipânico textura arenosa com cascalho e cascalhenta + ARGISSOLO
VERMELHO Eutrófico cambissólico léptico e típico textura média/média e
argilosa com cascalho + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico
textura arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e
rochosa substrato granito e gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% + 20%).
RRed5 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e léptico
fragipânico textura arenosa com cascalho e cascalhenta + Grupo Indif.
(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico)
arênico e típico textura arenosa e média com cascalho/média e argilosa com
cascalho e cascalhenta + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura
arenosa e média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa
substrato granito e gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 20% + 20%).
RRed6 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico e
típico textura arenosa e média + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico
textura média (leve)/média e argilosa fase pedregosa e rochosa + NEOSSOLO
LITÓLICO Eutrófico típico textura média e arenosa fase pedregosa e rochosa
substrato granitóide, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila
relevo plano e suave ondulado (45% + 35% + 20%).
RRed7 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico, típico e
léptico fragipânico textura arenosa e média (leve) + PLANOSSOLO HÁPLICO
Eutrófico solódico típico e arênico textura arenosa e média/média e argilosa
fase epipedregosa e não pedregosa, ambos relevo plano e suave ondulado +
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura média e arenosa
fase epipedregosa e não pedregosa relevo suave ondulado e ondulado
substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila + AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 20% + 20% + 20%).
RRed8 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico e léptico
fragipânico textura arenosa com cascalho e cascalhenta + AFLORAMENTOS
DE ROCHA + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média
com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato granito e
gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e
suave ondulado (35% + 35% + 30%).
RRed9 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico léptico, típico e
léptico fragipânico textura arenosa fase não pedregosa e endopedregosa +
PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico arênico, solódico e típico textura arenosa e
média/média e argilosa fase pedregosa e não pedregosa, ambos fase relevo
suave ondulado e plano + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico
213
textura média e arenosa fase pedregosa relevo suave ondulado e ondulado
substrato gnaisse e granito, todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila (50% + 30% + 20%).
RRed10 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico fragipânico e típico
textura arenosa fase relevo suave ondulado e plano + PLANOSSOLO
HÁPLICO Eutrófico típico e arênico textura arenosa e média/média e argilosa
fase relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e
Distrófico típico e fragmentário textura arenosa e média com cascalho a
cascalhenta relevo suave ondulado e plano substrato granito, granodiorito e
gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (50% + 25% +
25%).
RRed11 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e léptico e
léptico fragipânico textura arenosa com cascalho e cascalhenta + Grupo Indif.
(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e
arênico textura arenosa e média com cascalho/média e argilosa com cascalho
e cascalhenta + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e
média com cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato granito
e gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave
ondulado e ondulado (60% + 20% + 20%).
RRed12 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico
textura arenosa e média + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico e
Distrófico típico e cambissólico textura média/argilosa com e sem cascalho +
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico textura média e argilosa com e
sem cascalho fase substrato gnaisses e granitos, todos A fraco e moderado
fase caatinga hipoxerófila e caatinga hipoxerófila/hiperxerófila relevo plano e
suave ondulado (50% + 30% + 20%).
RRed13 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico e fragipânico
fase relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO
Eutrófico e Distrófico típico e cambissólico textura média/argilosa fase relevo
suave ondulado e plano + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico textura
média e argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisses e
granitos, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila/hiperxerófila
(50% + 30% + 20%).
RRed14 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico solódico e típico
textura arenosa + Grupo indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) arênico e espessarênico textura
arenosa/argilosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e
média com cascalho e cascalhenta substrato gnaisse e granito, todos A fraco
214
e moderado fase caatinga hipoxerófila e hiperxerófila relevo suave ondulado e
plano (50% + 30% + 20%).
RRed15 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico
+ NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico substrato gnaisse e
granito, ambos A fraco e moderado textura arenosa e média fase caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (80% + 20%).
RRed16 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico
fase relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e
Distrófico típico fase endopedregosa e não pedregosa relevo suave ondulado e
plano substrato gnaisse e granito, ambos textura arenosa e média com e sem
cascalho + Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e
argilosa fase relevo plano e suave ondulado, todos A fraco e moderado fase
caatinga hiperxerófila/hipoxerófila e hipoxerófila (50% + 30% + 20%).
RRed17 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico
fase endopedregosa e não pedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e
Distrófico típico fase pedregosa e não pedregosa substrato gnaisse e granito,
todos A fraco e moderado textura arenosa e média fase caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 40%).
RRed18 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico e
típico + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico fase substrato
gnaisse e granito, ambos A fraco e moderado textura arenosa e média fase
rochosa e não rochosa pedregosa e não pedregosa caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila e caatinga hipoxerófila relevo plano e suave ondulado
(80% + 20%).
RRed19 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico e fragipânico
fase endopedregosa e não pedregosa + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e
Distrófico típico fase rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito,
ambos textura arenosa e média + Grup. Indif (PLANOSSOLO HÁPLICO
Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura
arenosa e média/média e argilosa com e sem cascalho, todos A fraco e
moderado fase caatinga hiperxerófila/hipoxerófila e hiperxerófila relevo plano e
suave ondulado (50% + 30% + 20%).
RRed20 – Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico
textura arenosa e média fase endopedregosa e não pedregosa + NEOSSOLO
LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e média com cascalho e
215
cascalhenta fase substrato granito e gnaisse + Grupo Indif. (PLANOSSOLO
HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico)
textura arenosa e média/média e argilosa, todos A fraco e moderado fase
caatinga hiperxerófila relevo plano e suave ondulado (50% + 30% + 20%).
RRed21 - Ass: NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico e Eutrófico léptico, léptico
fragipânico e típico textura arenosa e média (leve) não cascalhenta e
cascalhenta A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo plano e
suave ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (80% + 20%).
RYde1 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico e
típico textura média a argilosa fase floresta subperenifólia de várzea +
GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico e neofluvissólico
textura média fase campo higrófilo de várzea, todos A moderado e fraco fase
relevo plano (55% + 45%).
RYde2 - Ass: Gr. Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO e CAMBISSOLO FLÚVICO) Tb e Ta
Distrófico e Eutrófico gleissólico típico e úmbrico textura argilosa e média
fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano substrato sedimentos
fluviais + Gr. Indif. (GLEISSOLO HÁPLICO e MELÂNICO) Tb e Ta Distrófico e
Eutrófico típico textura argilosa e muito argilosa fase campo hidrófilo de
várzea relevo plano + Gr. Indif. (ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-
AMARELO) Distrófico plíntico e úmbrico textura média/argilosa fase floresta
subperenifólia e campo higrófilo de várzea relevo suave ondulado, todos A
moderado e proeminente (45% + 30% + 25%).
RYde3 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico
textura média a argilosa fase floresta subperenifólia de várzea relevo plano +
GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico textura argilosa a
muito argilosa fase campos hidrófilos e higrófilos de várzea relevo plano,
ambos A moderado (60% + 40%).
RYde4 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico, gleissólico
e úmbrico textura média e argilosa fase floresta subperenifólia de várzea +
Grupo indif. (GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico e
GLEISSOLO TIOMÓRFICO Órtico típico e úmbrico textura argilosa fase floresta
subperenifólia e campo higrófilo de várzea) + CAMBISSOLO FLÚVICO Tb e Ta
Distrófico e Eutrófico gleissólico, típico e úmbrico textura argilosa e média
fase floresta subperenifólia de várzea substrato sedimentos fluviais, todos A
moderado e proeminente fase relevo plano (35% + 35% + 30%).
216
RYde5 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico textura
média/arenosa fase campo higrófilo e floresta subperenifólia de várzea +
GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico neofluvissólico textura
média/argilosa fase campo hidrófilo de várzea, ambos A fraco e moderado
relevo plano (55% + 45%).
RYde6 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico gleissólico e
típico A moderado + Grupo Indif. (GLEISSOLO MELÂNICO e HÁPLICO) Tb e
Ta Distrófico e Eutrófico plíntico e típico A proeminente e moderado, ambos
fase campo higrófilo e floresta subperenifólia de várzea + ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO Distrófico plíntico A moderado fase floresta
subperenifólia, todos textura argilosa fase relevo plano (50% + 30% +
20%).
RYde7 – Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Tb e Ta Distrófico e Eutrófico típico e solódico
textura média/argilosa/arenosa + NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico,
ambos A moderado e fraco fase floresta subcaducifólia e caducifólia de várzea
relevo plano (80% + 20 %).
RYe1 - Ass: NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico solódico e típico
textura média e argilosa + CAMBISSOLO FLÚVICO Sódico típico textura
argilosa e média substrato sedimentos fluviais, ambos fase floresta caducifólia
de várzea + GLEISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico solódico textura argilosa
e muito argilosa fase campo higrófilo e hidrófilo de várzea, todos A moderado
e fraco fase relevo plano (40% + 35% + 25%).
RYe2 – Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico e típico
e NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico) textura média a arenosa fase relevo
plano + NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
pedregosa e rochosa relevo plano e suave ondulado substrato granito e
gnaisse, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila de várzea +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% + 20%).
RYe3 - Grupo Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico típico e solódico e
NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico) A fraco e moderado textura média a
arenosa fase caatinga hipoxerófila de várzea relevo plano (100%).
RYe4 - Grupo Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico e típico e
NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico) A fraco e moderado textura média a
arenosa fase caatinga hipoxerófila de várzea relevo plano (100%).
RYe5 – Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico e típico
e NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico) textura média a arenosa fase
217
caatinga hiperxerófila/hipoxerófila de várzea + Grupo Indif (PLANOSSOLO
HÁPLICO Eutrófico solódico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) típico e arênico
textura arenosa e média/média e argilosa + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico
típico, vertissólico e planossólico textura média/argilosa, ambos fase
pedregosa e não pedregosa caatinga hiperxerófila/hipoxerófila, todos A fraco e
moderado fase relevo plano e suave ondulado (60% + 20% + 20%).
RYn – Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO FLÚVICO Sódico salino e NEOSSOLO
FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico e típico textura média a argilosa fase
caatinga hiperxerófila de várzea com e sem carnaúba relevo plano + Grupo
Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa/argilosa e média fase caatinga
hiperxerófila relevo plano e suave ondulado, todos A fraco e moderado (75%
+ 25%).
RLd1 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico A moderado textura média e
argilosa fase floresta subperenifólia relevo ondulado a montanhoso substrato
granitos e gnaisses + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 40%).
RLd2 - Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO LITÓLICO Distro-úmbrico e Distrófico textura
média e CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico léptico típico e úmbrico textura
média e argilosa) fase pedregosa e não pedregosa relevo ondulado a
montanhoso substrato gnaisses e granitos + Grupo Indif. (ARGISSOLO
AMARELO e VERMELHO-AMARELO) Distrófico léptico típico e úmbrico
textura média/argilosa fase endopedregosa e não pedregosa relevo ondulado e
forte ondulado, todos A moderado e proeminente fase floresta subperenifólia
+ AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% + 30 + 20%).
RLd3 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e Distro-úmbrico típico A moderado e
proeminente textura média e arenosa fase pedregosa e rochosa substrato
granitos e gnaisses floresta subperenifólia relevo forte ondulado e ondulado +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (70% + 30%).
RLd4 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e Distro-úmbrico típico textura média
substrato granito e gnaisse + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico
típico e úmbrico textura média/argilosa, ambos A moderado e proeminente
fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado e montanhoso +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 40% + 20%).
RLd5 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico e Eutrófico típico A fraco e moderado
textura arenosa e média fase pedregosa e rochosa relevo forte ondulado a
218
escarpado fase caatinga hiperxerófila substrato arenito + AFLORAMENTOS
DE ROCHA (60% + 40%).
RLed1 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico textura média fase
pedregosa e rochosa substrato gnaisses e granitos + CAMBISSOLO HÁPLICO
Ta e Tb Eutrófico e Distrófico lítico, léptico e típico textura argilosa fase
pedregosa e não pedregosa substrato gnaisses e granitos + ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO Eutrófico e Distrófico léptico e típico textura
média/argilosa fase endopedregosa e não pedregosa, todos A moderado fase
floresta subcaducifólia relevo ondulado e forte ondulado (35% + 35% +
30%).
RLed2 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico A fraco e
moderado textura média e arenosa fase rochosa e não rochosa pedregosa e
não pedregosa floresta subcaducifólia relevo forte ondulado e montanhoso
substrato gnaisse e granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 40%).
RLed3 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico, Eutro-úmbrico, Distrófico e Distro-
úmbrico típico e fragmentário textura média fase relevo ondulado a
montanhoso substrato gnaisse, granito, migmatito e granodiorito +
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico e Eutrófico abrupto plíntico
típico e úmbrico textura arenosa e média/argilosa fase relevo ondulado e forte
ondulado, ambos A moderado e proeminente fase floresta subcaducifólia +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% + 20%).
RLed4 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico e fragmentário
textura arenosa e média fase pedregosa e rochosa substrato gnaisse e granito
+ ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico e Distrófico léptico textura
média/argilosa, ambos A moderado fase floresta subcaducifólia relevo forte
ondulado e montanhoso + AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% + 30% +
20%).
RLed5 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura média fase
pedregosa e rochosa relevo suave ondulado e ondulado substrato granito e
gnaisse + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico e Distrófico léptico
textura média/média e argilosa fase relevo suave ondulado, ambos A fraco e
moderado fase floresta caducifólia (65% + 35%).
RLed6 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura média e
arenosa fase substrato gnaisse + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e
arênico textura arenosa e média/média e argilosa, ambos A moderado fase
floresta caducifólia relevo ondulado e suave ondulado (65% + 35%).
219
RLed7 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura média fase
pedregosa e rochosa substrato gnaisses e quartzitos + CAMBISSOLO
HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico textura argilosa fase pedregosa e não
pedregosa substrato micaxistos, ambos A moderado fase floresta caducifólia
relevo suave ondulado a forte ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (45%
+ 35% + 20%).
RLed8 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico e fragmentário
textura média e argilosa fase pedregosa e ligeiramente rochosa floresta
caducifólia relevo ondulado e forte ondulado substrato gnaisses e quartzitos +
NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Eutrófico solódico, ambos A fraco e moderado
textura média e argilosa fase floresta caducifólia de várzea relevo plano
substrato sedimentos fluviais + AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 35%
+ 25%).
RLed9 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico e fragmentário A
fraco e moderado textura média fase pedregosa e não pedregosa relevo
ondulado a montanhoso substrato quartzitos e gnaisses + NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO Órtico típico A fraco e moderado fase relevo plano e suave
ondulado, ambos fase floresta caducifólia + AFLORAMENTOS DE ROCHA
(50% + 30% + 20%).
RLed10 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico e fragmentário A
fraco e moderado textura média e argilosa fase pedregosa e rochosa floresta
caducifólia relevo ondulado a montanhoso, substrato quartzitos e gnaisses +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (70% + 30%).
RLed11 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e
média fase pedregosa e rochosa relevo ondulado a forte ondulado substrato
quartzito e gnaisse + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico fase relevo
suave ondulado e ondulado, ambos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila/floresta caducifólia (70% + 30%).
RLed12 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Distrófico típico textura arenosa e
média com cascalho a cascalhenta A fraco e moderado fase pedregosa e
rochosa caatinga hipoxerófila/caatinga hiperxerófila relevo forte ondulado e
montanhoso substrato granito, gnaisse e arenito + AFLORAMENTOS DE
ROCHA (70% + 30%).
RLe1 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média + CAMBISSOLO
HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico léptico e típico textura argilosa, ambos A
220
moderado fase floresta subcaducifólia/subperenifólia relevo suave ondulado a
forte ondulado substrato micaxistos e gnaisses (60% + 40%).
RLe2 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa e
não pedregosa substrato micaxistos/gnáisse-quartzo-feldspatos +
CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico léptico e lítico textura argilosa fase
epipedregosa e não pedregosa, substrato micaxistos, gnáisse-quartzo-
feldspatos + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico e Distrófico típico e
lítico, substrato sedimentos textura argilosa, todos A moderado fase floresta
subcaducifólia relevo suave ondulado a forte ondulado (55% + 25% + 20%).
RLe3 - Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e CAMBISSOLO
HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico) textura média e argilosa fase substrato
micaxistos e gnaisses + LUVISSOLO CRÔMICO Órticos típico textura
média/argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico léptico
textura média/argilosa fase pedregosa e não pedregosa, todos A moderado
fase floresta caducifólia relevo suave ondulado e ondulado (40% + 35% +
25%).
RLe4 - Ass: Grupo Indif. (NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e CAMBISSOLO
HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico) textura média e argilosa fase relevo
ondulado e forte ondulado substrato micaxistos e gnaisses + LUVISSOLO
CRÔMICO Órtico típico textura média/argilosa fase relevo suave ondulado e
ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico léptico textura
média/argilosa fase pedregosa e não pedregosa relevo ondulado e forte
ondulado, todos A moderado fase floresta caducifólia (45% + 30% + 25%).
RLe5 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase substrato
micaxistos e gnaisses + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico lítico textura
argilosa fase substrato micaxistos + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e
planossólico textura média/argilosa, todos A moderado fase floresta
caducifólia relevo ondulado e forte ondulado (40% + 35% + 25%).
RLe6 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média com e sem
cascalho fase pedregosa e não pedregosa substrato gnaisse e granito + Gr.
Indif. (ARGISSOLO VERMELHO e VERMELHO-AMARELO) Eutrófico
cambissólico e típico textura média/média e argilosa com e sem cascalho +
NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico léptico, típico e solódico textura arenosa e
média com e sem cascalho, todos A moderado fase caatinga hipoxerófila e/ou
floresta caducifólia relevo suave ondulado e ondulado (50% + 30% + 20%).
221
RLe7 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico e Eutro-úmbrico típico textura arenosa
e média fase rochosa e não rochosa relevo ondulado e forte ondulado
substrato gnaisse e granito + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico, Eutro-
úmbrico, Distrófico e Distro-úmbrico léptico e típico textura arenosa e média
fase endopedregosa e não pedregosa relevo suave ondulado e ondulado +
ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico léptico típico e úmbrico textura
média/média e argilosa fase relevo ondulado e forte ondulado, todos A
moderado e proeminente fase caatinga hipoxerófila/floresta caducifólia e
floresta subcaducifólia (50% + 30% + 20%).
RLe8 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média com cascalho a
cascalhenta fase relevo ondulado a forte ondulado substrato gnaisse, granito e
granodiorito + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico lítico e léptico
textura média/média e argilosa com cascalho e cascalhenta fase relevo suave
ondulado a forte ondulado, ambos A moderado fase caatinga hipoxerófila e/ou
floresta caducifólia + AFLORAMENTOS DE ROCHA (50% + 25% + 25%).
RLe9 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura
arenosa e média fase rochosa e não rochosa caatinga hipoxerófila e caatinga
hipoxerófila/floresta caducifólia relevo ondulado a montanhoso substrato
gnaisse e granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA (80% + 20%).
RLe10 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico fase substrato granito e
gnaisse + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico fragipânico,
ambos textura arenosa e média A fraco e moderado fase rochosa e não
rochosa caatinga hipoxerófila/hiperxerófila relevo plano e suave ondulado +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (45% + 30% + 25%).
RLe11 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura
arenosa e média fase rochosa e não rochosa caatinga hipoxerófila/hiperxerófila
relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisse e granito +
AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 40%).
RLe12 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com
cascalho e cascalhenta fase substrato gnaisse e granito + Grupo Indif.
(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico) arênico
e típico textura arenosa e média/média e argilosa com cascalho + NEOSSOLO
REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico típico e léptico textura arenosa
(endocascalhenta), todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo
plano e suave ondulado (45% + 35% + 20%).
222
RLe13 – Ass.: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
pedregosa e rochosa relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisse +
PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, típico e arênico textura arenosa e
média/média e argilosa fase relevo suave ondulado + LUVISSOLO CRÔMICO
Órtico típico textura média/média e argilosa fase relevo suave ondulado, todos
A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (40% + 35% + 25%).
RLe14 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com
cascalho e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato gnaisse e granito
+ Grupo Indif. (ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico cambissólico léptico e
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico léptico fase substrato gnaisse e granito)
textura média com cascalho e cascalhenta + PLANOSSOLO HÁPLICO
Eutrófico arênico e típico textura arenosa e média/média e argilosa com
cascalho, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo suave
ondulado e ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% + 20% + 20%
+ 20%).
RLe15 – NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
pedregosa e rochosa relevo suave ondulado a forte ondulado substrato
micaxisto e gnaisse + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico vertissólico textura
média/argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado + PLANOSSOLO
HÁPLICO Eutrófico solódico típico e arênico textura arenosa e média/média e
argilosa fase relevo suave ondulado e ondulado, todos A fraco e moderado
fase caatinga hipoxerófila (45% + 30% + 25%).
RLe16 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com
cascalho e cascalhenta fase substrato gnaisse e granito + Grupo Indif.
(ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico cambissólico e léptico e
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico e léptico fase substrato gnaisse e
granito) textura média com cascalho e cascalhenta + PLANOSSOLO HÁPLICO
Eutrófico solódico, típico e arênico textura arenosa e média/média e argilosa
com cascalho, todos A fraco e moderado fase pedregosa e rochosa caatinga
hipoxerófila relevo suave ondulado a forte ondulado + AFLORAMENTOS DE
ROCHA (30% + 30% + 20% + 20%).
RLe17 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e argilosa fase
pedregosa e não pedregosa relevo ondulado e suave ondulado substrato
gnaisse e biotita-xisto-gnaisse e micaxisto + Grupo indif. (LUVISSOLO
CRÔMICO Órtico lítico e típico textura média/argilosa e CAMBISSOLO
HÁPLICO Ta Eutrófico lítico e léptico textura média a argilosa fase substrato
biotita-xisto-gnaisse) fase epipedregosa e não pedregosa relevo suave
ondulado e ondulado + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico
textura média/média e argilosa fase não pedregosa e epipedregosa relevo
223
suave ondulado e plano, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila
(40% + 40% + 20%).
RLe18 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média cascalhenta e
não cascalhenta fase pedregosa relevo ondulado e suave ondulado substrato
gnaisse e granito + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico
textura média/média e argilosa cascalhenta e não cascalhenta fase
epipedregosa e não pedregosa relevo suave ondulado e ondulado, ambos A
fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila + AFLORAMENTOS DE ROCHA
(50% + 30% + 20%).
RLe19 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e argilosa fase
pedregosa substrato gnaisse, biotita-xisto-gnaisse e micaxisto + Grupo indif.
(LUVISSOLO CRÔMICO Órtico lítico e típico textura média/argilosa e
CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico lítico e léptico textura média a
argilosa fase substrato biotita-xisto-gnaisse, gnaisse e micaxisto) fase
epipedregosa, todos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo
ondulado e suave ondulado (60% + 40%).
RLe20 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico e fragmentário textura média e
argilosa fase pedregosa substrato gnaisse e biotita-xisto-gnaisse +
LUVISSOLO CRÔMICO Órtico lítico e típico textura média/argilosa fase
epipedregosa, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo
ondulado e suave ondulado (80 + 20%).
RLe21 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa
e não pedregosa relevo ondulado substrato micaxisto e gnaisse + LUVISSOLO
CRÔMICO Órtico lítico e léptico fase epipedregosa textura média/argilosa fase
relevo suave ondulado e ondulado, ambos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila (60% + 40%).
RLe22 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e arenosa fase
pedregosa e rochosa relevo ondulado substrato gnaisse, granito e quartzito +
PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico textura média/argilosa fase
epipedregosa relevo suave ondulado e ondulado, ambos A fraco e moderado
fase caatinga hipoxerófila (80% + 20%).
RLe23 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média não cascalhenta
e cascalhenta fase pedregosa relevo ondulado e forte ondulado substrato
gnaisse, biotita-xisto-gnaisse e micaxisto + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico
solódico e típico textura média/média e argilosa fase epipedregosa relevo
224
suave ondulado e ondulado, ambos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila (80% + 20%).
RLe24 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico fragmentário e típico textura média
cascalhenta fase não pedregosa e pedregosa relevo ondulado e forte ondulado
substrato gnaisse e bitotita-xisto-gnaisse + PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico
típico e solódico textura média/média e argilosa cascalhenta e não cascalhenta
fase não pedregosa e epipedregosa relevo suave ondulado e ondulado, ambos
A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila (70% + 30%).
RLe25 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa e
rochosa relevo ondulado e forte ondulado substrato gnaisse, biotita-xisto-
gnaisse, quartzito e calcário + Gr. indif. (LUVISSOLO CRÔMICO Órtico lítico e
típico textura média/argilosa e CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico lítico
e léptico textura média a argilosa fase substrato gnaisse, biotita- xisto-gnaisse
e calcário) fase epipedregosa relevo ondulado e suave ondulado, todos A fraco
e moderado fase caatinga hipoxerófila (80% + 20%).
RLe26 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa e
rochosa substrato gnaisse e granito + ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico
típico e léptico textura média/média e argilosa fase pedregosa e não
pedregosa, ambos A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila relevo
ondulado e forte ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% +
20%).
RLe27 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com
cascalho e cascalhenta fase substrato gnaisse e granito + Grupo Indif.
(ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico cambissólico e CAMBISSOLO
HÁPLICO Tb Eutrófico) léptico textura média com cascalho e cascalhenta,
ambos A fraco e moderado fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila
relevo ondulado e forte ondulado + AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% +
30% + 30%).
RLe28 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
pedregosa substrato gnaisse e micaxisto + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb
Eutrófico léptico e lítico textura média a argilosa fase substrato micaxisto e
gnaisse + LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e vertissólico fase
epipedregosa textura média/argilosa; todos A fraco e moderado fase caatinga
hipoxerófila relevo ondulado e forte ondulado (50% + 25% + 25%).
RLe29 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura
média fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo ondulado e forte
225
ondulado substrato gnaisse e granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA (50%
+ 50%).
RLe30 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média com
cascalho e cascalhenta + Gr. Indif. (ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO
Eutrófico cambissólico e CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico) léptico textura
média com cascalho e cascalhenta, ambos A fraco e moderado fase
pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo ondulado a montanhoso
substrato gnaisse, granito e sienito+ AFLORAMENTOS DE ROCHA (40% +
30% + 30%).
RLe31 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura
média fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo ondulado a
montanhoso substrato gnaisse e granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA +
ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico típico e léptico A fraco e moderado textura
média/média e argilosa fase pedregosa e não pedregosa caatinga hipoxerófila
relevo ondulado e forte ondulado (40% + 40% + 20%).
RLe32 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura
arenosa e média fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo
ondulado a montanhoso substrato granitóide e gnaisse + AFLORAMENTOS
DE ROCHA (60 + 40%).
RLe33 - NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura média e
arenosa fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo ondulado a
montanhoso substrato gnaisse, biotita-xisto-gnaisse, micaxisto e quartzito
(100%).
RLe34 - NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média e arenosa A fraco e
moderado fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo forte
ondulado substrato gnaisse, granito e quartzito (100%).
RLe35 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura
média fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo forte ondulado
substrato gnaisse e biotita-xisto-gnaisse + AFLORAMENTOS DE ROCHA +
Gr. indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico típico e solódico textura
média/média e argilosa cascalhenta fase epipedregosa e não pedregosa e
NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa substrato
gnaisse e biotita-xisto-gnaisse) A fraco e moderado fase caatinga hipoxerófila
relevo suave ondulado e ondulado (50% + 30% + 20%).
RLe36 - Ass: NEOSSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura
média e arenosa fase pedregosa e rochosa caatinga hipoxerófila relevo forte
226
ondulado substrato gnaisse, granito e quartzito + AFLORAMENTOS DE
ROCHA (80% + 20%).
RLe37 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura média fase pedregosa e
rochosa relevo forte ondulado e ondulado substrato biotita-xisto-gnaisse,
gnaisse e micaxisto + Gr. indif. (CAMBISSOLO HÁPLICO Ta e Tb Eutrófico
lítico e léptico textura média a argilosa fase substrato biotita-xisto- gnaisse,
gnaisse e micaxisto e LUVISSOLO CRÔMICO Órtico lítico textura
média/argilosa) fase pedregosa relevo ondulado, todos A fraco e moderado
fase caatinga hipoxerófila (80% + 20%).
RLe38 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
rochosa e não rochosa relevo suave ondulado e plano substrato gnaisse e
granito + Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico e vertissólico) textura arenosa e
média/média e argilosa fase relevo plano e suave ondulado, todos A fraco e
moderado fase pedregosa e não pedregosa caatinga hiperxerófila/hipoxerófila
(60 %+ 40%).
RLe39 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
substrato granito e gnaisse + AFLORAMENTO DE ROCHA + Grupo Indif.
(PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e argilosa, todos A
fraco e moderado fase rochosa e não rochosa pedregosa caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado (60% + 20% +
20%).
RLe40 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
rochosa e não rochosa substrato gnaisse e granito + LUVISSOLO CRÔMICO
Órtico vertissólico e típico textura média/argilosa, todos A fraco e moderado
fase caatinga hiperxerófila/hipoxerófila relevo suave ondulado e ondulado
(80% + 20%).
RLe41 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura
arenosa e média fase rochosa e não rochosa, pedregosa e não pedregosa
caatinga hiperxerófila/hipoxerófila relevo forte ondulado e montanhoso
substrato granito e gnaisse + AFLORAMENTOS DE ROCHA (80% + 20%).
RLe42 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
substrato gnaisse e granito + Gr. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico
solódico e típico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e
média/média e argilosa + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico
227
léptico e fragipânico textura arenosa e média fase endopedregosa e não
pedregosa, todos A fraco e moderado fase caatinga hiperxerófila/hipoxerófila
relevo plano e suave ondulado (45% + 30% + 25%).
RLe43 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
rochosa e não rochosa substrato gnáisse e granito + NEOSSOLO REGOLÍTICO
Eutrófico e Distrófico léptico, típico e fragipânico textura arenosa e média +
Gr. Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e PLANOSSOLO
NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e argilosa relevo plano
e suave ondulado, todos A fraco e moderado fase pedregosa e não pedregosa
erodida e não erodida caatinga hiperxerófila relevo plano e suave ondulado
(50% + 25% + 25%).
RLe44 – Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico fase substrato gnaisse e
granito + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico léptico solódico e típico, ambos
textura arenosa e média com e sem cascalho A fraco e moderado fase
rochosa e não rochosa endopedregosa e não pedregosa caatinga hiperxerófila
relevo plano e suave ondulado (80% + 20%).
RLe45 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico fase substrato gnaisse e
granito + NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico léptico e típico, ambos A fraco e
moderado textura arenosa e média fase rochosa e não rochosa caatinga
hiperxerófila/hipoxerófila relevo plano e suave ondulado + AFLORAMENTOS
DE ROCHA (55% + 25% + 20%).
RLe46 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura
arenosa e média com e sem cascalho fase rochosa e não rochosa pedregosa
e não pedregosa caatinga hiperxerófila relevo plano e suave ondulado
substrato gnaisse e granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA (80% + 20%).
RLe47 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
rochosa e não rochosa relevo suave ondulado e plano substrato granito e
gnaisse + Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico e típico e
PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e média/média e
argilosa fase relevo plano e suave ondulado, ambos A fraco e moderado fase
caatinga hiperxerófila + AFLORAMENTOS DE ROCHA (60% + 20% +
20%).
RLe48 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico substrato gnaisse e granito +
NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico e Distrófico léptico solódico e típico,
ambos textura arenosa e média com e sem cascalho fase relevo suave
ondulado e ondulado + Grupo Indif. (PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico
228
solódico e típico e PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico) textura arenosa e
média/média e argilosa relevo suave ondulado e plano, todos A fraco e
moderado fase rochosa e não rochosa pedregosa e não pedregosa caatinga
hiperxerófila (60% + 20% + 20%).
RLe49 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco e moderado textura
arenosa e média fase rochosa e não rochosa pedregosa e não pedregosa
caatinga hiperxerófila relevo suave ondulado e ondulado substrato gnaisse e
granito + AFLORAMENTOS DE ROCHA (80% + 20%).
RLe50 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico textura arenosa e média fase
pedregosa e rochosa relevo forte ondulado e escarpado substrato granitóides
+ LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico e vertissólico fase relevo ondulado e
forte ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico cambissólico
e típico textura média/média e argilosa fase rochosa e não rochosa pedregosa
e não pedregosa relevo ondulado e forte ondulado, todos A fraco e moderado
fase caatinga hiperxerófila (50% + 30% + 20%).
RLe51 - Ass: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico A fraco textura arenosa e
média fase pedregosa e rochosa relevo forte ondulado a escarpado caatinga
hiperxerófila substrato granitóide + AFLORAMENTOS DE ROCHA +
LUVISSOLO CROMICO Órtico típico A fraco e moderado textura média/média
e argilosa fase pedregosa caatinga hiperxerófila relevo forte ondulado (60% +
20% + 20%).
TIPOS DE TERRENO
TT1 – TIPO DE TERRENO (DUNAS MÓVEIS) em fase relevo suave ondulado e
ondulado (100%).
TT2 – ÁREAS URBANAS – cidades e povoados representados no mapa (100%).
TT3 – ÁGUAS – espelho d’água de rios, lagoas ou açudes com água permanente
(100%).
TT4 – ILHAS MUITO PEQUENAS – sedimentos de ilhas muito pequenas que não
puderam ser caracterizados devido a escala de trabalho (100%).
OBS.: Na ordem dos Planossolos os termos arênico e espessarênico conotam solos
que apresentam horizontes A+E com espessura de 50 cm a 100 cm e maior
que 100 cm, respectivamente, e com textura na faixa de arenosa até média
leve.
229
3.4 – MAPAS DE SOLOS E APLICAÇÕES
O conteúdo básico dos mapas de solos são as unidades de mapeamento
espacializadas, com suas respectivas simbologias e legendas vinculadas, mostrando
em primeiro plano a distribuição dos solos dominantes nas paisagens. No Estado de
Alagoas, toda superfície mapeada está coberta por 19 folhas de mapas de solos
elaborados na escala 1:100.000. A articulação entre as folhas dos mapas consta
no Anexo 1 e a coleção de mapas no Anexo 2. Para se ter uma visão sintética da
superfície mapeada, também foi elaborado um mapa de solos na escala 1:250.000
(Anexo 3). Em adição às unidades de mapeamento, também constam, nos mapas
de solos, informações sobre a localização das redes de drenagem, açudes,
estradas, rodovias, divisão municipal, sede das cidades principais, entre outras.
Destaca-se que por meio das legendas disponibilizadas nos mapas de solos é
possível acessar um conjunto considerável de informações básicas sobre os
ambientes delimitados em cada unidade de mapeamento. Constam informações
sobre a classificação taxonômica dos solos até o quarto nível categórico do SiBCS
(EMBRAPA, 2006) que sintetizam informações sobre a natureza e propriedades dos
solos, bem como são acrescentados dados visando o uso e manejo das terras.
Sobre a natureza e propriedades dos solos, destacam-se, de forma explícita
ou implícita, as seguintes informações: a) classe de solo, atividade da fração argila,
saturação por bases; b) indicadores de restrição de drenagem (caráter abrupto,
caráter endoáquico, caráter plânico, horizonte ou caráter plíntico, horizontes
cimentados, horizonte glei, horizonte vértico, etc.); c) indicadores de níveis de
salinidade (caráter salino ou sálico); d) indicadores de níveis de sodicidade (caráter
solódico ou sódico); (e) indicadores de profundidade efetiva (solos líticos e
lépticos); f) indicadores de horizonte superficial A rico em matéria orgânica (A
chernozêmico, húmico e proeminente); g) indicadores de espessura e textura de
horizontes superficiais (solos arênicos, espessarênicos, psamíticos); h) indicadores
de acidez extrema (solos tiomórficos); i) indicadores de alto conteúdo de alumínio
(caráter alumínico e alítico); j) indicadores de presença de carbonatos (caráter
carbonático e, ou, com carbonato), entre outras.
Visando mais especificamente o uso e manejo das terras, constam
informações agregadas às unidades de mapeamento, sobre diferentes tipos de
fases que influenciam direta ou indiretamente o manejo dos solos. As principais
fases são as seguintes: erosão, pedregosidade, rochosidade, vegetação, relevo,
substrato (rochas ou sedimentos), entre outras.
230
As informações disponíveis nos mapas de solos são, portanto,
indispensáveis para uma visão sistêmica das potencialidades, limitações e vocações
ambientais do Estado. Nesse sentido, podem ser citadas as seguintres aplicações:
a) avaliação da aptidão agrícola das terras; b) avaliação do potencial pedológico
para culturas agrícolas; c) avaliação do potencial de terras para irrigação; d)
avaliação do comportamento hidrológico dos solos e de bacias hidrográficas; e)
avaliações para fins de financiamentos e desapropriações; f) avaliações para
planejamentos conservacionistas e de pesquisas (agrícolas, pastoris, florestais,
etc.); g) avaliações para extrapolação de resultados de pesquisas; h) avaliações
para espacialização de unidades geoambientais e agroecológicas; i) avaliações para
apoiar estudos geológicos, geotécnicos, geomorfológicos, geográficos, diagnósticos
ambientais, entre outros; j) avaliações para viabilizar a elaboração de zoneamentos
agroecológicos (principal objetivo da realização deste trabalho).
Constitui, portanto, um acervo de dados básicos e indispensáveis no
planejamen to racional de atividades que envolvam intervenção na área de uso,
manejo e conservação de recursos naturais.
4 – CONCLUSÕES
1. Em conformidade com o estudo pedológico realizado na escala de
1:100.000, cobrindo toda superfície do Estado, os solos dominantes são os
Argissolos (34,45%), vindo depois os Neossolos (25,15%), Planossolos (15,53%)
e Latossolos (10,18%). Em baixas proporções destacam-se os Gleissolos (3,87%),
Luvissolos (3,06%) e Cambissolos (1,86%), somando cerca de 8,79% da área
mapeada. Ocupando muito baixas proporções têm-se os Espodossolos (0,87%),
solos de mangue (0,24%), Nitossolos (0,22%), Organossolos (0,20%),
Chernossolos (0,11%), Plintossolos (0,09%) e Vertissolos (0,04%), que juntos
somam, apenas, 1,77% da superfície do Estado. As áreas que não constituem
solos, denominadas como tipos de terreno, englobam áreas urbanas, espelhos
d’águas, dunas móveis e afloramentos rochosos, e somam 4,12% da superfície
mapeada.
2. Os solos de grande expressão geográfica e com boas características para
atividades agropecuárias destacam-se na zona úmida costeira. Incluem,
principalmente, os Argissolos e os Latossolos distribuídos nos ambientes dos
tabuleiros costeiros e nos mares de morros. As limitações agrícolas mais
importantes desses solos são à baixa fertilidade natural e o relevo movimentado no
ambiente dos mares de morros e nas encostas dos vales que dissecam os
tabuleiros costeiros. Vale destacar que, sobretudo, nos tabuleiros costeiros, além
231
da baixa fertilidade natural, os solos apresentam uma coesão natural que pode
funcionar como um impedimento físico ao crescimento do sistema radicular de
plantas. Na zona costeira, podem ser destacados, ainda, os ambientes de várzea.
Nesses ambientes sobressaem-se Gleissolos, alguns Neossolos Flúvicos e poucos
Organossolos. São áreas importantes para o desenvolvimento de atividades
agropecuárias onde a legislação ambiental permitir. Por outro lado, a baixada
litorânea, onde predominam Espodossolos e Neossolos Quartzarênicos, corresponde
a um ambiente de solos profundos, arenosos, com algumas restrições de drenagem
e que deveria ser prioritariamente destinado à preservação ambiental.
3. Na transição entre a zona úmida costeira e o semiárido, destaca-se uma
região com domínios importantes de terras vermelhas, com excelentes
características para atividades agropecuárias. Esta região situa-se no contexto dos
municípios de Arapiraca, Taquarana, Iguaci e Palmeira dos Índios. Os solos mais
importantes nessa região são Latossolos Vermelhos e Argissolos Vermelhos.
4. No ambiente semiárido, além das restrições de ordem climática, os solos
apresentam várias limitações para o uso agrícola, incluindo a pequena profundidade
efetiva, riscos de erosão e salinização, problemas de drenagem, pedregosidade e
rochosidade, textura arenosa, entre outros. Os solos típicos dessa região
abrangem, especialmente, os Neossolos Litólicos, Neossolos Regolíticos,
Planossolos e Luvissolos. Porém, mesmo com as limitações impostas pela condição
ambiental do clima semiárido, destacam-se, neste contexto, algumas áreas com
menores restrições para fins de uso agrícola onde predomimam Neossolos
Regolíticos, Argissolos Vermelhos, Cambissolos, Neossolos Quatzarênicos e
Neossolos Flúvicos.
5 – BIBLIOGRAFIA
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tabuleiros costeiros e em Neossolos Regolíticos e Planossolos da depressão
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Anexo 2
Lista dos mapas de Solos do Estado de Alagoas na escala 1:100.000
1 - Mapa de dos solos da carta Arapiraca.
2 - Mapa de dos solos da carta Buíque.
3 - Mapa de dos solos da carta Delmiro Gouveia.
4 - Mapa de dos solos da carta Garanhuns.
5 - Mapa de dos solos da carta Maceió.
6 - Mapa de dos solos da carta Palmares.
7 - Mapa de dos solos da carta Palmeira dos Índios.
8 - Mapa de dos solos da carta Pão-de-Açúcar.
9 - Mapa de dos solos da carta Paulo Afonso.
10 - Mapa de dos solos da carta Piaçabuçu.
11 - Mapa de dos solos da carta Piranhas.
12 - Mapa de dos solos da carta Poço da Cruz.
13 - Mapa de dos solos da carta Porto Calvo.
14 - Mapa de dos solos da carta Propriá.
15 - Mapa de dos solos da carta Rio Largo.
16 - Mapa de dos solos da carta Santana do Ipanema.
17 - Mapa de dos solos da carta São Miguel dos Campos.
18 - Mapa de dos solos da carta Sirinhaém.
19 - Mapa de dos solos da carta União dos Palmares.