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1 Rosimeire Freitas Andrade Thoma LEVANTAMENTO DAS TERMO-INJETORAS PARA PRÓTESES FLEXIVEIS UTILIZADAS NOS LABORATÓRIOS DE PRÓTESE DENTÁRIA NO MUNICIPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP São Jose do Rio Preto 2010

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Rosimeire Freitas Andrade Thoma

LEVANTAMENTO DAS TERMO-INJETORAS PARA PRÓTESES FLEXIVEIS

UTILIZADAS NOS LABORATÓRIOS DE PRÓTESE DENTÁRIA

NO MUNICIPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP

São Jose do Rio Preto

2010

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Rosimeire Freitas Andrade Thoma

LEVANTAMENTO DAS TERMO-INJETORAS PARA PRÓTESES FLEXIVEIS

UTILIZADAS NOS LABORATÓRIOS DE PRÓTESE DENTÁRIA

NO MUNICIPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP

Trabalho de conclusão de curso apresentado para obtenção do título de Técnico em Prótese Dentária sobre orientação do Dr. Gustavo Cosenza B. Nogueira.

São Jose do Rio Preto

2010

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Á todos que participaram direta ou indiretamente para conclusão deste trabalho.

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Belos sorrisos, o que nos separam a perfeição dos demais,

nem sempre é algo visível, mas no final faz toda diferença.

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RESUMO

A procura pelo sorriso perfeito tem levado profissionais e empresas do ramo a

desenvolver novos métodos e equipamentos para a confecção de prótese total e parcial

removíveis com adaptação feita aos tecidos moles e selamento periférico

imprescindível.

Máquinas de injeção eletrônica ou manual são ferramentas que ajudam na busca da

máxima função estética, fonética, mastigação e conforto para o paciente.

Palavra Chave: Prótese Total e Parcial Flexível, Injetora ,.

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ABSTRACT

The search for the perfect smile has led the industry professionals and companies to

develop new methods and equipment for the manufacture of dentures and removable

partial adjustment made with soft tissue and peripheral seal essential.

Injection machines are electronic and manual tools that help in the search for maximum

a esthetic function, phonetics, chewing and comfort for the patient.

Key words: Partial Denture and Flexible, Injection

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LISTA DE FIGURAS:

Figura 1: Micro-injetora

Retirada do manual de instruções da injetora Deflex

Figura 2: cartucho da injetora Deflex

Da propria autoria

Figura 3: Micro-injetora automática Deflex

Da propria autoria

Figura 4: Painel de controle da miro-injetora

Da propria autoria

Figura 5: Painel da micro-injetora

Da propria autoria

Figura 6: Micro-injetora

Da propria autoria

Figura 7: Micro-injetora

Da propria autoria

Figura 8: Protese parcial flexivel

Da propria autoria

Figura 9: Injetora manual

Da propria autoria

Figura 10: Injetora

Da propria autoria

Figura 11: Posicionamento da mufla

Da propria autoria

Figura 12: Painel de temperatura

Da propria autoria

Figura 13: Mufla

Da propria autoria

Figura 14: Resina e tubo

Da propria autoria

Figura 15: Prova do modelo

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Da propria autoria

Figura 16: Protese parcial flexivel

Da propria autoria

Figura 17: Protese parcial flexivel

Da propria autoria

Figura 18: Micro-injetora manual

Da propria autoria

Figura 19: Micro-injetora manual

Da propria autoria

Figura 20: Posicionamento da mufla

Da propria autoria

Figura 21: Painel de controle

Da propria autoria

Figura 22: Resina e tubo

Da propria autoria

Figura 23: Protese parcial removivel

Da propria autoria

Figura 24: Protese parcial removivel flexivel

Da propria autoria

Figura 25: Micro-injetora manual

Da propria autoria

Figura 26: Micro-injetora manual

Da propria autoria

Figura 27: Painel de controle

Da propria autoria

Figura 28: Prensa

Da propria autoria

Figura 29: Alavanca

Da propria autoria

Figura 30: Tubo e resina

Da propria autoria

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Figura 31: Modelo

Da propria autoria

Figura 32: Modelo com conduto

Da propria autoria

Figura 33: Retenções mecâmica

Da propria autoria

Figura 34: Posicionamento do modelo

Da propria autoria

Figura 35: Mufla pronta

Da propria autoria

Figura 36: Demuflagem

Da propria autoria

Figura 37: Modelo retirado da mufla

Da propria autoria

Figura 38: Modelo para polimento

Da propria autoria

Figura 39: Protese parcial removivel flexivel

Da propria autoria

Figura 40: Protese pronta

Da propria autoria

Figura 41: Protese pronta

Da propria autoria

Figura 42: Protese adaptada na modelo

Da propria autoria

Figura 43: Protese parcial removivel flexivel

Da propria autoria

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LISTA DE ABREVIAÇÕES:

ANVISA: Agência Nacional de Vigilâcia Sanitára

CRO: Conselho Regional de Odontologia

TPD: Tecnico Protese Dentaria

SP: São Paulo

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SUMÁRIO:

Resumo........................................................................................................05

Abstract ........................................................................................................06

Lista de Figuras............................................................................................07

Lista de Abreviações ....................................................................................10

Introdução ....................................................................................................12

Apresentando o Sistema Flexline.................................................................13

O Processo de Recozimento de Peças em Acrílico .....................................16

Características e benefícios...........................................................................18

Equipamentos encontrados nos laboratórios de São José do Rio Preto......20

Conclusão ....................................................................................................45

Referências bilbliográficas ...........................................................................46

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INTRODUÇÃO

A era do século XXI está voltada à evolução tecnológica, numa dinâmica

surpreendente, em todos os ramos de ciências. Não é diferente na área da saúde. Há

constante busca e melhoria de técnicas, equipamentos e materiais a suprir a

necessidade estética na Odontologia. No que tange aos materiais utilizados

especialmente em prótese dental, que requer especial atenção quanto à estética em

relação às demais especialidades odontológicas. As bases de resina utilizadas para a

confecção de próteses totais e parciais ocupam cada vez mais espaço na ciência

odontológica.

A vasta utilização das resinas na área odontológica, principalmente nas

próteses, faz com que a busca de aprimoramento seja alvo de pesquisadores

industriais. No entanto, busca-se sempre o conforto e a função a que foi utilizado,

aliados à estéticas, mas o motivo principal é o sucesso desse conjunto no tratamento.

Assim a seleção do material é muito importante no sucesso almejado.

Outrora, as bases de resina para prótese total e parcial removíveis eram

confeccionadas com resina acrílica termopolimerizável. As resinas termopolimerizáveis

convencional e por uso de energia de microondas apresentam indiscutivelmente

qualidade e vantagens que as tornam o principal material de escolha na confecção de

bases de resina de próteses dentais BRAUN et al., (2000)¹; CURY et al., (1994)3.

Contudo, as resinas termopolimerizáveis apresentam desvantagens, tais como:

Alterações dimensionais, quantidade de monômero residual, pigmentação,

movimentação dos dentes artificiais durante o processo de inclusão, sorção de água e

porosidade.

O presente estudo objetiva o levantamento das Termo-injetoras para Próteses

Flexíveis, utilizadas nos laboratórios de Prótese Dentária no município de São José do

Rio Preto. E através de revisão de literatura, demonstrar algumas propriedades dessa

resina flexível e compará-la com as propriedades das resinas acrílicas

termopolimerizáveis convencionais e, também elucidar propriedades desse material

dentário que ganha destaque no meio odontológico por se tratar de uma resina flexível

com base acrílica termo-injetada ausente de monômero e totalmente atóxica, com tais

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propriedades comprovadas pelos órgãos competentes (Instituto Adolph Lutz e

ANVISA), uma vez que poucos trabalhos científicos da recentemente introduzida resina

foram publicados RITTERBECK, ( 2003)5.

APRESENTANDO O SISTEMA FLEXLINE

FLEXLINE é um sistema inovador de resina acrílica elaborada para soluções

protéticas removíveis com excelentes características, físicas e químicas do

polimetilmetacrilato, com flexibilidade e união química, ausente de monômero, obtendo

precisão em seu equipamento de injeção. Tendo como principal característica à busca

de combinações perfeitas, melhor funcionabilidade e priorização estética.

A técnica está devidamente registrada por Richard Ritterbeck CRO/TPD

7999, sob protocolo 296.957 junto a Biblioteca Nacional do Livro, tendo todos os seus

direitos autorais reservados.

A resina acrílica é, até o momento, o material mais adequado para a

confecção de bases de próteses. Sua cor e as propriedades óticas são estáveis em

condições normais; as propriedades físico-químicas são aceitáveis e apresentam

relativa facilidade de manipulação. Diversas são as técnicas para a polimerização de

resinas acrílicas para a base de dentaduras (polimetilmetacrilato). Dentre estas cita-se:

a polimerização por banho de água quente, a polimerização química, por luz visível, por

energia de microondas e recentemente a da resina flexível com base acrílica termo-

injetada sob a compressão de 4 toneladas Flexline®.

Na confecção da prótese total convencional utiliza-se em gesso pedra, e

para a utilização da resina Flexline® é necessário que os modelos sejam

confeccionados em gesso especial, para que o modelo possa resistir à pressão

exercida no momento da injeção da resina Flexline®, que é de 4 toneladas.

Para a moldagem inicial, por meio de moldeira de estoque perfurada para

desdentado e alginato como material moldador e obtenção dos modelos anatômicos em

gesso comum. A moldagem funcional também deve ser realizada de forma

convencional, através de moldeira individual, godiva (Kerr®) em bastão para a

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realização do selado periférico e pasta Zinco-eugenólica (Lizanda®, Godibar®) para a

moldagem dos rebordos residuais. A prótese convencional segue o ciclo de inclusão e

polimerização convencional.

A prótese confeccionada com a resina Flexline® deve ser incluída em uma

mufla metálica diferenciada para ser adaptada na máquina injetora. A mufla apresenta

em sua estrutura um orifício, no qual é adaptada a boca de um cilindro, onde a cápsula

de alumínio contendo a resina Flexline® será fusionada. Ainda, segundo estudos, feitos

com gesso pedra, e em seguida são colocados os canais de alimentação de injeção

principal e secundário em cera, para então isolar o gesso e vazar o contra-muflo em

gesso pedra. O deceramento a ser realizado na forma convencional é através do banho

de água quente, a mufla é novamente aberta com a finalidade de perfurar os dentes

artificiais para melhor retenção dos mesmos à resina Flexline®, e de isolar o modelo de

trabalho para facilitar a remoção da peça protética após a injeção. A mufla é fechada

para a realização da injeção da resina que ocorre da seguinte maneira: coloca-se uma

cápsula lubrificada com silicone atóxico no interior do cilindro de fusão a uma

temperatura adequada, para que o material seja fundido por completo e, assim ser

injetado no interior do molde e dando origem a peça. A mufla em posição é

devidamente presa com o orifício direcionado para a cápsula encaixada na boca do

cilindro, onde o material está fusionado. Então dispara-se o pistão. O impulso comprime

a cápsula com o material, ao encontro com o orifício da mufla, que está ligado ao canal

ou aos canais de alimentação que nesta compressão faz com que a cápsula se rompa

e o material flua pelos condutos de alimentação atingindo a extensão do molde a ser

preenchido. Cessado a termoinjeção do material, aguarda-se o período de resfriamento

e relaxamento da cadeia linear molecular da resina para então realizar a demuflagem.

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O PROCESSO DE RECOZIMENTO DE PEÇAS EM ACRÍLICO

O processo de recozimento também se torna fundamental para peças sobre-

injetadas ou posteriromente usinadas, polidas ou reembasadas (operações que

envolvem tensões de natureza química e/ou mecânica), permitindo uma menor taxa de

rejeitos durante a execução destas operações.

Segundo SHIBAYAMA et al. (2002)7, o método mais comumente utilizado

atualmente para a confecção de bases de resina para próteses totais é

indiscutivelmente a de banho de água quente seguido pela polimerização por energia

de microondas, sendo este último relatado primeiramente em 1968 e vantajoso pelo

curto tempo de polimerização necessário. O fator energia utilizada para a polimerização

também é considerado por SHIBAYAMA et al. (2002)7, o qual afirma que as microondas

aquecem o gesso e a resina de forma homogênea, deixando assim a base da prótese

total melhor adaptada, em relação à aquecida em banho de água quente.

CURY et al. (1994)3 verificou em sua pesquisa, que a resina polimerizada por

microondas apresentou melhores resultados quanto à estabilidade dimensional quando

comparados aos obtidos pelas resinas convencionais. Segundo CONSANI ET AL

(2001)², a alteração da dimensão vertical da base de prótese total polimerizada por

energia de microondas e por banho de água quente é verificada em função de tipos

comerciais de resina acrílica, além de outros fatores como espessura da base e forma

do palato, fator este que justifica o maior padrão de distorção verificado na região

palatina posterior, também observados por GENNARI FILHO et al. (2003)4 e BARBOSA

et al. (2002). O autor complementa que apesar da notória alteração dimensional

apresentada pelas duas técnicas, essa mesma alteração foi significantemente maior na

resina acrílica polimerizada em banho de água quente, comparada com a resina acrílica

polimerizada por energia de microondas.

Nos estudos e experiências produzidas por CURY et al. (1994)3, RIZZATI

BARBOSA et al. (1995)6 e BRAUN et al. (2000)2, ambos concordam que a sorção de

água é evidenciada em todos tipos de resinas acrílicas para prótese estudadas por

eles. Afirmam que a alteração dimensional é ocasionada por vários fatores e destaca a

sorção de água como um deles; explicam, ainda, que todas resinas estudadas

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apresentaram essa alteração e diferenciaram-se uma das outras pela composição das

mesmas, uma vez que a presença de agentes de ligação cruzada no monômero de

determinada resina diminuem tanto a sorção de água quanto a solubilidade. Relataram

também que a sorção de água poderia estar associada ao surgimento de rachaduras

nas resinas após a secagem parcial, pois a gradiente de água interna das mesmas

resulta em tensões internas e, quando o material é imerso em meio líquido, a liberação

das tensões resulta em frinchas.

A expansão da resina em função da sorção de água é em torno de 0,3% e

ocorre durante os três primeiros meses depois da confecção da prótese, uma vez que a

sorção de água acontece independentemente se o meio for água ou saliva. Essa

expansão conseqüente da sorção de água compensaria a contração (alteração linear)

da resina advinda durante o processo de polimerização, quando associado à

propriedade de sorver água, o processamento por energia de microondas pode

aumentar a adaptabilidade das próteses após sua polimerização.

GENNARI FILHO et al. (2003)4 e CURY et al. (1994)3, alertam sobre a

presença de monômero residual no processamento de resinas acrílicas polimerizadas

por microondas. O primeiro afirma que a utilização de silicone como material de

inclusão na confecção de próteses polimerizadas por microondas, teve maiores valores

de monômero liberado como também os maiores valores de dureza Knoop no período

de 24 horas. Assim concluiu que o uso do silicone possibilitou uma polimerização

adequada da resina. Já o segundo autor propõe uma alteração na composição do

monômero envolvendo uma mistura de metil etil metacrilato capaz de evitar a

evaporação do monômero às altas temperaturas de polimerização atingidas durante o

processamento por microondas.

Toda celeuma sobre as propriedades das resinas polimerizadas pelos

métodos de microondas e por banho de água quente revelam que a polimerização

associada ao microondas quando bem aplicada, é o método mais rápido, mais higiênico

e mais seguro à de próteses totais além de apresentar melhores características

mecânicas, segundo CURY et al. (1994)3, GENNARI FILHO et al. (2003)4, RIZZATI

BARBOSA et al. (1995)6 e SHIBAYAMA et al. (2002)7.

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As resinas flexíveis a base de nylon, conhecidas como poliamidas, por ser

um produto inovador na área da saúde odontológica, tem poucas citações

bibliográficas. VANDENBRINQ et al. (1993)8 e WU et al. (2003)9 fizeram uso da

poliamida para estudar seu comportamento em grampos de prótese parcial removível e

concluíram que esteticamente apresentaram resultados favoráveis e resultados

desfavoráveis quanto à resistência flexural e ao módulo de elasticidade quando

comparada aos grampos de metais. Esses fatores mesmo que relevantes, não

interferem no processo de confecção de uma prótese total.

A resina flexível termoplástica, considerada como uma boa alternativa para

pacientes que necessitam o uso de prótese total ou parcial e apresentam sensibilidade

ou alergia ao monômero das resinas convencionais (metil metacrilato).

CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS

CARACTERÍSTICAS DO POLIMETILMETACRILATO

• Módulo de flexibilidade – Alto

• Módulo de fadiga – Baixo

• Absorção de umidade – Baixo

• Estabilidade dimensional – Alto

• Não contém resíduos de monômero

• Resina injetada com menos distorção à adaptação no modelo do que resinas

prensadas

QUANDO USAR

• Pacientes especiais

• Sobre implantes ósseo integrado

• Reabilitação parcial unilateral e bilateral

• Como mantenedores de espaços

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BENEFÍCIOS

• Leve e flexível

• Esteticamente melhor

• Composto por material translúcido, se mescla com a gengiva

• Dispensa o uso do grampo de metal pela vestibular

• Atóxico e, em contato com bactérias e outros fluídos não se deteriora

• Mínima absorção de água, resistente e durável

• Pacientes alérgicos a metilmetacrilato podem dispor deste produto por ser

completamente livre de monômero

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Equipamentos encontrados nos laboratórios de São José do Rio Preto

Laboratório Welber

Rua Machado de Assis nº445 – Vila Bom Jesus

São Jose do Rio Preto / SP

Telefone: 17 3211-9951

• Micro-injetora automática DEFLEX, importada.

• Prótese total e prótese parcial removível.

• Utiliza somente cartuchos de resina DEFLEX.

Procedimento de injeção, programa a maquina a temperatura inicial ira

aumentando progressivamente ate 270° - 280° demora de 10 a 15 minutos.

Seleciona o cartucho que já vem pronto para este tipo de injetora. Posicionar

a mufla no suporte e acionar o ciclo de injeção. A luz led indicada passara da estado

inicial stand by à função plastificarão, finalizado o tempo do ciclo a injeção se efetuara

de uma forma automática.

Retirar a mufla da injetora os procedimentos são iguais a um convencional.

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Figura 1 – Micro-injetora

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Figura 2 – Cartucho da micro-injetora

Figura 3 – Micro- injetora

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Figura 4 – Painel da injetora

Figura 5 – Painel da injetora

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Figura 6 - Injetora

Figura 7 - Injetora

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Figura 8 – Prótese parcial removível flexível

Laboratório Claudinei

Rua Orozimbo Miguel de Abreu nº238 – Vila Diniz

São José do Rio Preto / SP

Telefone: 17 3222-4757

• Injetora manual importada.

• Prótese total e parcial removível.

• Utiliza resinas Termoplásticas e Emborrachadas

O material é termoplástico é pesado e colocado em um cartucho em torno

de 15 a 20gr para peça parcial e para peça total 25 a 30gr. O cartucho é lacrado assim

que a maquina atinge a temperatura em torno de 220° a 230°. Ao atingir esta

temperatura, acionará o alarme, neste tempo será colocado o cartucho e posicionar a

mufla.

Apertando o botão, para finalizar e o tem pó irá regredindo até injetar.

Tendo uma pessoa só para este tipo de procedimento

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Figura 9 – Injetora manual

Figura 10 - Injetora

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Figura 11 – Posicionamento da mufla

Figura 12 – Painel de temperatura

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Figura 13 - Mufla

Figura 14 – Resina e tubo

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Figura 15 – Prova do modelo

Figura 16 – Prótese parcial removível flexível

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Figura 17 – Prótese parcial removível flexível

Laboratório Jack

Rua Anisia Rodrigues nº 675 – Jardim São Francisco

São José do Rio Preto / SP

Telefone: 17 3014-1419

• Micro- injetora manual.

• Prótese parcial removível.

• Utiliza resinas Termoplásticas e Emborrachadas

O material é termoplástico é pesado e colocado em um cartucho em torno

de 15 a 20gr para peça parcial e para peça total 25 a 30gr. O cartucho é lacrado assim

que a maquina atinge a temperatura em torno de 220° a 230°. Ao atingir esta

temperatura, acionará o alarme, neste tempo será colocado o cartucho e posicionar a

mufla.

Apertando o botão, para finalizar e o tem pó irá regredindo até injetar.

Tendo uma pessoa só para este tipo de procedimento

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Figura 18 – Micro- injetora manual

Figura 19 – Micro-injetora manual

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Figura 20 – Posicionamento da mufla

Figura 21 – Painel de controle

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Figura 22 – Resina e tubo

Figura 23 – Prótese parcial removível

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Figura 24 – Prótese parcial removível flexível

Laboratório Perpétuo Socorro

Avenida Fortunato Ernesto Vetorazzo nº1510 – Jardim Vetorazzo

São José do Rio Preto / SP

Telefone: 17 3236-5587

• Micro-injetora manual importada.

• Prótese total e parcial removível.

• Utiliza resinas Termoplásticas e Emborrachadas

O material é termoplástico é pesado e colocado em um cartucho em torno de 15

a 20gr para peça parcial e para peça total 25 a 30gr. O cartucho é lacrado assim que a

maquina atinge a temperatura em torno de 700°. Ao atingir esta temperatura, acionará o

alarme, neste tempo será colocado o cartucho e posicionar a mufla.

Depois desse procedimento desce alavanca para finalizar e o tempo irá

regredindo ate injetar.

Tendo uma pessoa só para este tipo de procedimento.

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Figura 25 – Micro-injetora manual

Figura 26 –Micro- injetora manual

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Figura 27 – Painel de controle

Figura 28 – Prensa

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Figura 29 - Alavanca

Figura 30 – Tubo e resina

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Figura 31 – Modelo

Figura 32 – Modelo e mufla com conduto

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Figura 33 – Retenções mecânica

Figura 34 – Posicionamento do modelo

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Figura 35 – Mufla pronta

Figura 36 – Demuflagem

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Figura 37 – Modelo retirado da mufla

Figura 38 – Modelo para polimento

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Figura 39 – Prótese parcial removível flexível

Figura 40 – Prótese pronta

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Figura 41 – Prótese pronta

Figura 42 – Prótese adaptada no modelo

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Figura 43 – Prótese parcial removível flexível

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CONCLUSÃO

Nos estudos em questão, verificou-se que os resultados das pesquisas levam

muitos laboratórios adquirirem equipamentos novos para confecção de prótese total e

parcial, visto que o objetivo principal é a acomodação gengival e, principalmente, a

satisfação do paciente.

Portanto, muitos profissionais tendem a aperfeiçoar seus trabalhos no sentido de

levar aos seus pacientes, novas técnicas da prótese, numa área dominada por muitas

décadas pela prótese de resina dura.

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34, ago./set. 2003.

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6. RIZZATI-BARBOSA, C. M. et al. Influência da sorção de água e do processo

de polimerização por energia de microondas na adaptabilidade de próteses

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3, p.197-206, jul./set. 1995.

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Araçatuba, Araçatuba, v. 23, n. 2, p. 32-34, ago./dez. 2002.

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