letargia e hipnose sem magia

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\3S.Paulo Paixo Csar S a n t o s Silua J o r g e Luiz Brand

y

H e nipnosesem ManiaRemodelada e ampliada EMENDE E ACRESCENTE QUEM SOUBER, APRENDA QUEM NO SOUBER, MAS TODOS DEM GLRIA AO SENHOR

1.7,'. , "77RIipe Nunes. Arte da Pintura - apud Histria das BitlllOteCa Pftld ^$01 Literaturas de Manuel Bandeira).l i

cmb. fvacedc Soares

"BPMGrfica e Editora Padre Berthier Passo Fundo - RS - Brasil 1995

EM"

M. SoaresCATANDUVA-SP

Copyright by Paulo Paixo Csar Santos Silva e Jorge Luiz Brand, 1995

Direitos de propriedade reservada para os autores. Interdita qualquer transcrio, no todo ou em parte, sem citao da fonte de origem e permisso dos autores. Endereo para correspondncia: Dr. Paulo Paixo R. Vise. Cabo Frio, 30 20510-160. Rio de Janeiro-RJ Tel.: (021) 268-4753 Pedidos para: Dr. Jorge Luiz Brand R. Rocha Pombo, 311 Toledo-PR CEP: 85904-030 Tel.: (045) 277-1473 Impresso nas oficinas da Grafica e Editora Padre Berthier Caixa postal 202 Tel.: 054-313-3255 Passo Fundo - RS - Brasil CEP: 99070-220

NDICE:Explicao necessria Cap. ap. ap. Cap. Cap. Cap. Cap. Cap. Cap. Cap. ap. Cap. Cap.

...........

911 17 23 33 45 53 63 71 75 81 , 83 93

I - Letargia II - Respirao Culturista III - Exerccios Letrgicos , IV - Bases da Letargia V - Resumo da Tcnica Letrgica VI - Acupuntura e Letargia VII - Estados Letrgicos VIII - Regresso de Memria IX - O caso Bridey Murphy , X - A Igreja Catlica e a Hipnose XI - Prtica da Hipnose XII - Auto-hipnose XIII - Sugestes Noturnas para corrigir maus hbitos infantis Cap. XIV - Que o Tratamento Autgen? Cap. XV - Liberte sua Personalidade. ............. Cap. XVI - Letargia nos Esportes ,.,, Cap. XVII - IBRAP

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. . . . 99 105 109 115 123 125 127

Apndice O Livro de San Michele Glossrio Agradecimentos Bibliografia Referncias .

,

135 142 143

147

MAX D E S S O I R , grande cientista a l e m o , c r i a d o r do n e o l o g i s m o P A R A P S I C O L O G I A - em junho de 1SS9. E s t e v e no B r a s i l , f a z e n d o conferncias, em 1927, e ofereceu esta fotografia com dedicatria ao eminente mdico brasileiro, prof. A. da Silva Mello. Max Dessoir nasceu em 1867 e faleceu em 12 j u n h o de 1947 em Konigstein, Alemanha.

R O B E R T AMADOU autor da obra consagrada mundialmente - A P A R A P S I C O L O G I A - traduzida para 6 idiomas. E apontado como o maior parapsiclogo vivo. Foi Secretrio G e r a l do I C o l q u i o de E s t u d o s Parapsicolgicos realizado em Utrecht (Holanda), em agosto de 1953. O prof. A m a d o u Doutor em T e o l o g i a e Etnologia.

" O que havia em todos esses homens era unia confiana mpar no que faziam. Uma convico poderosa de que teriam xito. Uma segurana absoluta no seu m o d o de o p e r a r . Sem isso, no h modelo conceituai, reflexolgico, ciberntico, X ou Y, que funcione". Dr. George Alakija em Hipnose Pitoresca, pgina 76.

LIVROS DE PAULO PAIXOIRMO V I T R C I O E A LETARGIA Coletnea - 4 Edio - Rio, 1960 (Esgotado) Ed. Grfica Uruguaia

NOES DE LETARGIA Rio de Janeiro, 1961 (Esgotado) Ed. Grfica Uruguai M I S T R I O S E MISTIFICADORES DA LETARGIA Porto Alegre, 1962 (Esgotado) P R O B L E M A DA P R O S T I T U I O (tese) Rio de Janeiro, 1946 (Esgotado) LETARGIA E HIPNOSE MODERNA C o m a colaborao de Csar Santos Silva Ed. Andrei, So Paulo, 1990 PASES BAIXOS O PAS DAS FLORES? Crnicas de viagens pela Holanda - Curitiba, 1957 (Esgotado) C A R C E L SIN R E J A S (Priso sem Grades) Buenos AirSj 1952 (Esgotado) L E T A R G I A PASSADA A L I M P O Ed. Andrei, 8 Edio, So Paulo, 1964 (Esgotado)a

P A R A P S I C O L O G I A , CINCIA OU MAGIA? C o m a colaborao do Dr. Csar dos Santos da Silva Ed. IBRAP, 15 Ed., Rio de Janeiro, 1978 (Esgotado) E L H I P N O T I S M O DE H O Y da Dra. Galina Solovey, 4 ed. Ed. Hachette, Buenos Aires, 1988 Prefcio, atualizao e ampliao de Csar Santos Silva e Paulo Paixo.a a

A HIPNOSE DE H O J E de Galina Solovey, 5 ed. Ed. 1995 Prefcio, atualizao ampliao de Paulo Paixo, Csar Santos Silva e Jorge Luiz Bratid L E T A R G I A E HIPNOSE SEM MAGIA de Paulo Paixo, Csar Santos Silva e Jorge Luiz Brand. 8 d. Editora Padre Berthier Passo Fundo - RS - Brasil, 1995a a

Fig. 2 - IRMO VITRCIO - Introdutor da Letargia no Brasil. Atualmente, Padre Luiz Benjamim Henrique Rech. Vide resumo biogrfico na pgina 12.

Fig. 3 Vestido com a camisa JESUS, o excelente cirurgio brasileiro radicado nos Estados Unidos Dr. JOSE NERI exemplo de verdadeiro cristo. Antes de cada cirurgia ele invoca a ajuda de DEUS. Em 1994, fez 82 transplantes de fgado com ABSOLUTO SUCESSO. Ele segue as palavras de Wundt Wilhelm, fundador da Moderna Psicologia Experimental: "Todo Mdico deveria ser Pastor e todo Pastor deveria ser Mdico ". O Mdico consciencioso, que emprega todas as suas energias na luta contra a doena, no pode ignorar a mensagem Daquele que se chamou Senhor da Vida e da morte e que provou essa afirmao com numerosos prodgios, especialmente o da Ressurreio. No pode ignorar, sobretudo, que Cristo promete a todos os homens, dceis sua palavra, faz-los participar um dia de seu triunfo definitivo. O Dr. Neri pratica a hipnologia educacional. Ainda nafoto, esquerda doDr. NERI: Csar Santos Silva, operado por ele; atrs, sua esposa Dbora, Maria Helena, Paulo Paixo e Henriquez Michele. Foto tirada em Miami (USA) em 9 de junho de 1994.

EXPLICAO NECESSRIANo se sabe ainda quantas supersties h na Cincia nem quanta Cincia h nas supersties. Padre Maximiliano Hell A Hipnose sempre teve o condo de atrair o grande pblico. Contudo, at m e s m o pessoas instrudas desconhecem o assunto. As bibliotecas continuam cheias de livros que no fazem mais do que repetir conceitos fantasiosos e absurdos. Muitas pessoas nunca viram ningum hipnotizado, salvo em cinema, teatro ou novela. Este livro, de modo especial, visa a fornecer ao leitor interessado nos fenmenos hipnticos - uma sntese atualizada - do desenvolvimento cientfico dos modernos estudos sobre a matria. Pretendemos, apenas, fazer um esquema dos diversos matizes da hipnose, e no um tratado exaustivo de qualquer de seus aspectos. Alm da prtica, da observao e produo experimental dos fenmenos hipnticos, estudamos e compilamos os diversos mestres no assunto, empregando todo esforo para resumir-lhes as lies com possvel simplicidade e clareza. Nem sempre citamos, no correr dos textos, os autores de que nos aproveitamos. Os nmeros que aparecem entre parnteses - no final de alguns pargrafos, correspondem obra - encontrada na bibliografia e de cujo texto foi extrada a citao. Nossa inteno ao publicar este volume, foi colocar, ao alcance da inteligncia e do bolso dos estudantes, u m conjunto de noes que s esparsas se encontram em numerosos livros grossos e caros. Este resumo no se destina aos doutos ou cientistas, mas, sim, ao grande pblico - mesmo porque - de outro m o d o no exerceria o seu papel de divulgar. Pretendemos resumir fontes, no expandi-las. Buscar a verdade, no ferir adversrios. Comparar idias, no julgar pessoas. Ter leitores amantes da verdade, no fanticos de suas prprias opinies, erros e preconceitos. Distinguir religio e cincia, no confundi-las e nem divorci-las, porque a verdadeira Cincia conduz a Deus. Este um trabalho despretensioso e essencialmente prtico, visa apenas a traar um roteiro para os que se iniciam no estudo da Letargia e da Hipnose. Pretende, ainda, estimular o interesse de cada um, na medida das suas possibilidades, a fim de que todos possam praticar os exerccios letrgicos, reconhecidamente benficos e salutares, incentivar a pesquisa pessoal e alargar os horizontes de seus conhecimentos sobre fenmenos tidos c o m o misteriosos. J disse acertadamente, h mais de duzentos anos,

M.

Soares

CAIANDUVA-SP

o Padre Maximiliano Hell: "no se sabe ainda quantas supersties h na Cincia e quanta Cincia h nas supersties". Para os crticos apressados e, por isso m e s m o , expostos superficialidade no julgamento, esclarecemos que os vrios senes existentes, resultaram da rapidez c o m que foram elaboradas estas pginas. Os erros sero facilmente corrigidos pelo leitor honesto e inteligente. C o n v m frisar u m a palavra que nos apraz repetir, convencido que estamos da sua profunda verdade psicolgica: o melhor mtodo, o melhor c o m p n d i o e os melhores processos muito pouco, e m rigor quase nada valem, sem a contribuio pessoal, decisiva e sempre meritria do prprio "iniciado". Cada u m a das questes indicadas poderia dar m a r g e m a interminveis debates. A conceituao dos estudos letrgicos, magnticos e hipnticos no se mostram, de fato, definida de m o d o pacfico. Entregamos publicidade e crtica dos doutos este modesto trabalho de equipe, no olvidando, porm, a sentena de Chateaubriand: "quand la critique est juste, j e me corrije: quand le mot est plaisant, j e ris; quand il est grossier, j e Foublie." Pedimos aos interessados que nos escrevam apontando as falhas e deficincias, enviando suas sugestes para que sejam aproveitadas numa provvel e futura edio. At l, repetimos as palavras que se encontram na primeira pgina deste livro: "Emende e acrescente quem souber, aprenda quem no souber, mas todos dem glria ao Senhor".

Paulo Paixo Csar Santos Silva Jorge Luiz Brand

CAPITllO I

LETARGIA1 - RESENHA HISTRICA fato incontestvel que a introduo da Letargia, ou Tcnica Letrgica, no Brasil, pelo internacionalmente famoso - Irmo Vitrcio (Padre Luiz Benjamim Henrique Rech) - superou a toda e qualquer expectativa. Resumidamente, relataremos os fatos. E m 1956, em visita Casa Provincial dos Irmos Maristas em Bruxelas, pelo marista Frre Mdard, ouvimos falar das proezas realizadas pelo Frre Vitrcio. E m 1957, tivemos conhecimento que o Prof. lecionava no Colgio Marista de Santa Maria (RS). Fomos at l e assistimos primeira demonstrao de Letargia. L mesmo, fizemos um curso intensivo c o m o Irmo Vitrcio. Posteriormente, assistimos a diversos cursos por ele ministrados. E m dezembro de 1957, o convidamos a fazer uma demonstrao no Colgio So Jos, no Rio de Janeiro. O Jornal O Globo (Rio, 21/12/57) divulgou o sucesso da demonstrao inserindo o seguinte comentrio "Todas as demonstraes foram muito aplaudidas, porm, as que mais entusiasmo causaram foram as de transe moderado e agitado". Naquela poca o Irmo Vitrcio j era bastante conhecido no Rio Grande do Sul, mas, ainda desconhecido no resto do Brasil. Ele ministrou o primeiro curso de sua tcnica em So Jos do Rio Preto (SP), a convite da Sociedade Rio-pretense de Hipnologia. O jornal - A Notcia - (So Jos do Rio Preto, 19/07/58) noticiou: "Acompanhando o ilustre visitante chegou a esta cidade, proveniente do Rio de Janeiro, numerosa comitiva." Em dezembro de 1958, ele ministrou novo curso de Letargia no Colgio So Jos (Rio de Janeiro). O perodo de 1958 a 1962 marcou o auge de suas atividades, tendo sua fama atravessado as fronteiras do Brasil. Portanto, lcito dizer-se que o aparecimento da Letargia no Brasil ocorreu em 1958.

Depois de 4 0 anos de estudos e prtica divulgamos a Letargia em diversos pases da Amrica do Sul e da Europa - sempre c o m agrado geral. O mtodo sempre atraiu a preferncia dos praticantes do hipnotismo clssico. Todos, sem exceo alguma, foram unnimes em afirmar: "A Letargia, como mtodo de induo hipntica, dos melhores que conhecemos." Todos ficam impressionados com a rapidez da Tcnica Letrgica na obteno de alguns fenmenos.

2 - IRMO VITRCIO

- Padre Luiz Benjamim Henrique RechResumo Biogrfico - O Padre Luiz Benjamim Henrique Rech (Irmo Vitrcio) nasceu em 16/08/1917, em Santa Cruz do Sul (RS - Brasil). Descendente de pais alemes: Nicolau Rech e A n a Rech. Iniciou seus estudos no Colgio Marista de Santa Cruz do Sul (RS), completando-os em Porto Alegre. Aos 2 de janeiro de 1933, entrou para a Congregao dos Irmos Maristas (Frres Maristes des coles) recebendo o nome religioso de Irmo Vitrcio. Foi um dos fundadores da Faculdade de Cincias Polticas e Econmicas Santa Maria (RS) e tambm da Faculdade de Direito, daquela cidade. E m ambas, foi Professor e Secretrio durante vrios anos. E m 1953, fez o segundo noviciado em Saint Paul Trois Chteux (Frana). Em 1956, publicou um fascculo, "No Leiam Letargia", desde h muito completamente esgotado, o qual foi refundido e ampliado em nosso livro Noes de Letargia. N o perodo de 1958 a 1962, nas principais cidades brasileiras, fez demonstraes e ministrou cursos de Letargia em diversas Faculdades e Associaes Cientficas, sendo focalizado em mais de 300 reportagens (cujos recortes esto no arquivo do I B R A P ) pelos grandes jornais e revistas do Brasil e exterior. Em 1962, visitou Portugal, onde pronunciou diversas conferncias, sempre com grande sucesso, e ministrou cursos de Tcnica Letrgica, em Lisboa. Em 1966, deixou a Congregao Marista, registrou-se c o m o Psiclogo Clnico, casou-se com Aparecida Carneiro Rech, passou a residir e m Itanhandu (MG) e a exercer a sua profisso. Tendo deixado os Maristas, perdeu o nome religioso de Irmo Vitrcio, mas adotou-o como pseudnimo, pois com ele ficara conhecido no Brasil e no exterior. Foi Patrono da Associao Brasileira de Estudos Letrgicos (hoje desaparecida) e u m dos fundadores do I B R A P (Instituto Brasileiro de Parapsicologia), 1958. Para todos - o Irmo Vitrcio o Introdutor da Letargia no Brasil, mas para alguns - ele o prprio Criador da Letargia. Em 1988, ficou vivo e logo depois ordenou-se Padre. Atualmente (1995), o Padre Luiz Rech o proco da cidade de Serranos (MG) que dista 60 km da cidade hidro-mineral de Caxambu (MG).

3 - OPINIESIDr. Vinitius da Costa Rodrigues, um dos mais arguntos pesquisadores do Hipnotismo e da Letargia, escreve: "Reina certa controvrsia entre aqueles que acreditam ser a Letargia apenas u m a modalidade do Hipnotismo e outros que s admitem as duas tcnicas completamente diferenciadas. N o obstante, impem-se, desde j, as seguintes observaes: I ) A denominao de "Letargia" no pode ser confundida aqui com o primeiro grau hipntico ("sonolncia ou letargia"). 2 ) As tcnicas de induo hipntica e letrgica, embora aparentadas, so diversas entre si. 3 ) dispensvel ao hipnotismo a aplicao do estmulo fsico no paciente, mas no o psicolgico; ao passo que o estmulo fsico indispensvel induo letrgica. 4 ) Diferentes, tambm, so as discriminaes de seus sistemas experimentais: - o hipnotismo aceito e posto em prtica sob trs graus ("sonolncia", "hipotaxia" e "sonambulismo"), ao passo que a letargia se desdobra em 18 estados, indicados, a seguir. 5 ) A induo letrgica efetua-se em tempo mais curto do que a hipntica. 6 ) A induo letrgica depende mais amplamente da aquiescncia do paciente do que a hipntica. O estmulo fsico no paciente chamado de "toque". So locais adequados aos toques, vrias regies perifricas do corpo h u m a n o , eleitas.a a a a a a/

N.A. LA LTHARGIE (Rsum) - Le Frre Vitrcio (brsilien), pseudonyme du psychologue Louis Benjamin Henri Rech, est le crateur de la Lthargie ou Technique Lthargique et aussi le chef mondial de l'Ecole Lthargique. Lui-mme a commenc sa diffusion au Brsil, par la publication d'un petit livre - Ne lisez pas - Lthargie - en 1956. Ce petit livre a t refondu et amplifi dans le livre de Paul Paixo - Notions de Lthargie - Rio de Janeiro, 1961. Le Frre Vitrcio, pendant les annes 1958-1962, a fait une grande diffusion de sa Lthargie^ en donnant des classes et en procdant des dmonstrations dans les plus grandes coles et Universits du Brsil. En 1963, il a donn des classes au Portugal. Il est devenu clbre, car, avant tout, il est un sujet dou et um mtagnome de bonnes qualits. H est aussi un des fondateurs de l'Institut Brsilien de Parapsychologie (IBRAP). 1959.

1) 2) 3) 4)

On ne peut pas faire confusion entre la Lthargie du Frre Vitrcio et la lthargie de Charcot. Il faut observer ce qui suit: Les techniques d'hypnotisme et de lthargie sont tout fait diffrentes; Dans l'hypnotisme, on emploie la stimulation psychique: dans la lthargie, on emploie l'estimulation physique, q u ' o n apelle attouchements; L ' h y p n o t i s m e classique est divis en trois ou quatre degrs; la lthargie en 18 degrs; L'induction lthargique est plus rapide que celle de l'hypnotisme classique;

5) La Lthargie a son fondement dans la technique chinoise de l'Acupuncture (introduction lente d'une aiguile fine d'acier, d'or, d'argent ou de platine, de 10 15 cent., dans la partie malade ou dans son voisinage, dans les cas de nvralgies).

LES OPINIONSL a lthargie a t cre pour ordonner et simplifier l'hypnotisme (Frre Vitrcio). C'est une mthode d'hypnotisme qui produit des rsultats immdiats et surprenants. Au Brsil, la Lthargie est trs employe dans les expriences E S P (Paulo Paixo). Dans ma spcialit d'odontopdiatre, j ' a i obtenu de bons rsultas par la mthode de Lthargie du Frre Vitrcio (Dr. Alberto Lerro Barretto). En tant que procd initial d'induction hypnotique, la lthargie est un des meilleurs que nous connaissions, tel point qu'il est pratiqu de routine dans notre clinique. Il prsente par rapport aux autres procds initiaux qui se pratiquent (battement synchronique des paupires, soulvement du bras, fixation du regard, etc.) certains avantages qu'il ne faut pas oublier. L e principal avantage que le procd lthargique offre par rapport tous les autres est de ne pas exiger du sujet la fatigue musculaire initiale des paupires et du regard. (Osmard Andrade Faria). II Osmard Andrade Faria diz o seguinte: "A Letargia, como procedimento inicial de induo hipntica, dos melhores que conhecemos, tanto que o vimos praticando de rotina na clnica. Leva sobre os demais procedimentos iniciais em prtica (pestanejamento sincrnico, levantamento do brao, fixao do olhar, etc.) algumas vantagens que preciso no olvidar. Tal fato faz com que o procedimento letrgico se esteja tornando o preferido de quantos praticam a hipnose cientfica. A principal vantagem do procedimento letrgico sobre todos os outros - exceto talvez o da representao cnica - que no exige do paciente o inicial cansao muscular palpebral e visual. Em qualquer dos outros procedimentos iniciais em uso na prtica, exploramos, de sada, uma fadiga incondicionada pelo uso dos msculos oculares, braquiais, etc. Aqui, na Letargia, o paciente posta-se diante de ns de olhos fechados, em posio de repouso, corpo acomodado na posio que melhor lhe convier, recostado ou deitado. T a m b m para o operador no exige uma postura determinada. Outra vantagem da Letargia que, decorrente da obnubilao inicial que provocamos no paciente, surge de imediato uma razovel insensibilizao geral de todo seu corpo, permitindo-nos, um minuto aps ou pouco mais, j uma prova de anestesia sensivelmente profunda, como

VII - George Alakija, e m seu livro - F e c h e os O l h o s R e l a x e e D u r m a ! diz o seguinte: "Chegou a Letargia. Foi tambm em 1957 que ela apareceu n o Brasil. D e incio surgiu u m a confuso decorrente do nome. At ento conhecia-se o vocbulo c o m o u m dos estados hipnticos clssicos. So eles: letargia, catalepsia e sonambulismo. Surgiram os esclarecimentos: Letargia u m a tcnica de influncia pessoal s e m provocar sono. E m b o r a se considere, atualmente, u m a tcnica de induo hipntica, logo quando surgiu foi apresentada por muitos extremistas que asseguravam nada ter a m e s m a a ver c o m hipnose. Esta seria apenas u m estado daquela. Ficou conhecida no Brasil pelo trabalho de introduo e divulgao do prof. L U I Z R E C H , irmo V I T R C I O , e do Dr. P A U L O P A I X O . Trata-se, e m resumo, de u m a tcnica de induo hipntica que utiliza basicamente toques, sons, posturas, s vezes e m conjunto, s vezes isoladamente, obtendo u m a srie de estados peculiares que p o d e m ser usados c o m diferentes finalidades, especialmente teraputicas." Pg. 4 8 . (1)

Dr . GALINA SOLOVEY, autoridade internacional em hipnose mdica, autora do best-seller A H I P N O S E DE H O J E - Ed. Berthier, Passo Fundo, RS, Brasil, 1995. No Brasil, j ministrou cursos em: Braslia, Rio de Janeiro, Recife e Joo Pessoa.

3

A N A T O L M I L E C H N I N , conhecido internacionalmente, autor de inmeros trabalhos sobre o tema versado e de HYPNOSIS, Ed. John Wright, 2 ed, Londres, 1967. Vide biografia de Anatol no livro a Hipnose de Hoje de Galina Solovey. Ele criou a frase: las gatitas de Charcot. Vide biografia de Anatol, no livro - A HIPNOSE DE HOJE- de Galina Solovey . Ed. Berthier, Passo Fundo - RS - Brasil, 1995.

1, Milechnin, Anatol - Hypnosis - Ed. John Wright & Sons Ltd. 2". ed. Londres, 1967, pgina 158. 16 LETARGIA E HIPNOSE SEM M A G I A

CAPITULO II

RESPIRAO CULTURISTAN u n c a demais insistir sobre a importncia da respirao, cujo valor simblico bastante conhecido: no por meio de uma inspirao violenta que entramos em contato com o mundo? E no dando o "ltimo suspiro" que terminamos nossa jornada? O exerccio respiratrio deve preceder a todo e qualquer tipo de relaxamento. T a m b m na tcnica letrgica exigimos que o paciente pratique exerccios respiratrios. A respirao culturista foi idealizada pelo Prof. Mareei Rouet, cujos ensinamentos resumiremos nas linhas abaixo. P o d e m o s , voluntariamente, apressar ou retardar o ritmo respiratrio, prender ou suspender a respirao. A tcnica da respirao nasceu dessa faculdade de controlar to importante funo vital, atingindo seu apogeu na ndia, na seita dos iogues. E m u m a respirao normal, inspiramos e expiramos cerca de meio litro de ar, enquanto numa respirao profunda inspiramos expelimos de quatro a cinco litros. So evidentes as imensas vantagens que essa supersaturao da superfcie pulmonar pode trazer ao organismo: o sangue, amplamente oxigenado, fixar esse oxignio no mago das clulas, principalmente nos tecidos musculares e nas clulas nervosas, proporcionando-lhes uma total depurao e u m a regenerao permanente. Aps a respirao completa experimenta-se u m a sensao de b e m - e s tar e de euforia que seria intil negar. Aps u m a sesso de educao fsica, qualquer fadiga fsica ser dissipada por alguns instantes de respirao completa como por encanto. Aqui esto as caractersticas da respirao completa: existem trs tipos de respirao: o tipo costal superior, o costal inferior e o abdominal. O primeiro tpico da mulher, que respira elevando a parte superior do peito; o segundo levanta as ltimas costelas e o terceiro dilata a base dos pulmes.

Este ltimo , geralmente, caracterstica do homem. A respirao completa utiliza-se desses trs processos para atingir ao mximo^a superfcie dos pulmes. A respirao completa pode ser executada de p, sentado ou andando; deve ser praticada; sempre que possvel, ao ar livre ou diante de u m a janela bem aberta. O corpo deve ser esticado sobre uma superfcie dura, assoalho ou cho, os msculos descontrados, os braos descansando relaxados, as mos meio fechadas, a cabea sobre o cho. A inspirao e a expirao devem ser feitas muito lentamente, pelo nariz. Deve-se contar mentalmente, durante o .exerccio, na razo de um nmero por segundo. Para comear, voc pode contar at 5 para inspirar e outro tanto para expirar, continuando, voc pode elevar esse nmero at 15 ou mesmo 20. Eis c o m o deve proceder: sem mover as costelas, voc inspira lentamente, elevando o ventre o m x i m o possvel. E a respirao diafragmtica ou abdominal (primeira fase). Sempre inspirando, voc deve levantar a parte superior do peito sem abaixar a parede abdominal e sem retrair a parte superior do trax; a respirao costal superior. Assim, em uma nica respirao voc reuniu os benefcios das trs maneiras de respirar e encheu os pulmes ao m x i m o . Para expirar, deTxe o ar escapar lentamente pelo nariz e force, no fim da respirao, em uma contrao enrgica dos msculos expiradores, expulsando assim completamente o ar viciado (quarta fase). A inspirao e a expirao efetuam-se sem interrupes, pois a trs fases citadas no so distintas mas contnuas e o tempo de passagem d e uma para outra imperceptvel. E necessrio chegar, pelo treino, a efetuar respirao completa sem esforos excessivos, sem tenso intil. Quando voc conseguir inspirar contando at 15, poder introduzir variaes na respirao para obter resultados diferentes. T e n d o inspirado at 10, retenha o ar nos pulmes contando sempre mentalmente at 5 e pensando intensamente: "Eu armazeno nos meus plexos toda a fora vital contida no ar", depois expire lentamente pelo nariz, contando at 10, pensando. "Eu expulso de meu organismo todas as foras ms, todas as coisas doentias que l podem estar". Esse processo pode parecer pueril, mas se voc estiver doente (se for doena pulmonar aconselhvel procurar a orientao de u m mdico) voc conseguir benefcios inacreditveis e obter talvez o restabelecimento da sade. Depois de expirar a fundo, fique sem inspirar, com a boca fechada, cinco segundos, e ento inspire. Voc pode levar o tempo de inspirao a 12 ou 16 e ficar sem inspirar 6 a 8 segundos.

Depois de algum tempo desse exerccio, voc sentir que se estabeleceu no seu organismo um ritmo regular. esse ritmo que voc deve cultivar, contando mentalmente de acordo com seu ritmo cardaco, isto , cada nmero deve corresponder a uma pulsao do seu corao. Voc conseguir, assim, a respirao rtmica, chave de todos os poderes. Voc sabe que o ritmo que rege a natureza toda uma fora considervel. Essa fora ser sua quando sua respirao tornar-se perfeitamente ritmada. Voc sentir ento seu organismo vibrar no ritmo de uma gigantesca pulsao. E essa espantosa fora do ritmo vai ser utilizada por voc para o desenvolvimento muscular como poder ser empregada para o desenvolvimento de suas faculdades mentais ou para influir distncia sobre seus semelhantes ou curar uma doena. Pense com fora, com o ritmo firme: "A fora que existe em mim vai agir sobre um tal grupo de msculos e contribuir para o seu desenvolvimento"; faa um esforo mental para projetar toda a fora acumulada em seus plexos em direo regio do corpo que pretende desenvolver ou ao rgo que pretende fortificar. Voc obter assim resultados espantosos. Para vencer a emoo, para fortificar seu plexo solar, eis uma variante da respirao completa: inspire da forma habitual mas sem levantar a parte superior do trax; retenha o ar; depois, sem expirar, projete bruscamente e o mximo possvel o ventre para a frente, em seguida, retraia o ventre bruscamente, fazendo o ar subir s regies mais altas dos pulmes, projete novamente o ventre para a frente. Assim cinco ou seis vezes, sem expirar, depois expire profundamente.

Figura 6. Exerccio n" 1 Braos estendidos diante do corpo, na altura dos ombros. Inspirao: afastar os braos. Expirao: juntar os braos.

Figura 7-Exerccio n 2 - Braos ao longo do corpo. Inspirao: levantar os braos verticalmente. Expirao: abaixar os braos.

Figura 8. Exerccio n 3 - Busto ligeiramente inclinado para a frente, braos prolongando o corpo. Inspirao: levar os braos para trs. Expirao: levar os braos para a frente.

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Figura 9. Exerccio nO4 - Braos estendidos diante do corpo, altura dos ombros. Inspirao: levar os cotovelos para trs. Expirao: levar os braos para a frente.

RESPIRA A O COMPLETA: I fase: Inspirar forando a parede abdominal para a frente; 2 fase: Continuar inspirando, dilatando o trax; 3 fase: Continuar a inspirar, fazendo o ar atingir o ponto mais alto dos pulmes e levantando ligeiramente os ombros; 4 fase: Expirar, encolhendo os ombros e, no fim da respirao,a a a

contrair vigorosamente os msculos abdominais.Figura 10 - I fase.a

Figura 11 - 2 fase.

a

Figura 12 - 3 fase.a

CAPTULO III

EXERCCIOS LETRGICOSQuando rezamos, unimo-nos fora motriz inexaurvel que liga o universo. Faa oraes em toda a parte: nos transportes, no escritrio, nas lojas, na escola, assim como na solitude de seu prprio quarto ou na igreja. A verdadeira prece a luz da vida. Hoje como nunca a orao representa uma grande necessidade na vida do homem e das naes. Alxis Carrel

1 - PRELIMINARESOs conhecimentos atuais sobre a matria e a energia, as ltimas descobertas psicofisiolgicas tm aproximado de maneira singular as delimitaes da matria e do esprito, mantendo, entretanto, a irredutibilidade essencial desses dois elementos. As referidas descobertas nos facilitam a compreenso de u m a unio misteriosa no homem, microcosmo, sntese perfeita da Criao. " a alma que, comeando pela microscpica clula que lhe serve de suporte, constri seu corpo de conformidade s leis da evoluo biolgica e, este corpo, ela o constri sua i m a g e m e semelhana. N o haver, portanto, propriamente, luta alguma entre ambos os elementos, visto que nada h neles contraditrio, pelo contrrio, da parte da alma - elemento superior - h formao, educao, direo, e, da parte do corpo - elemento inferior - docilidade e colaborao."

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(1) O R. P. Gratry, numa obra de perptua atualidade: Do conhecimento da alma; o R. P. Poucel em Plaidoyer pour le corps; os Doutores Biot e Carton bem como o Dr. Carrel tm manifestado admiravelmente essas harmonias entre a alma e o corpo. '

LETARGIA E HIPNOS

M.

Soares

CATANDUVA-SP

As leis psicofisiolgicas nos ensinam que u m corpo mais forte, mais sadio e mais calmo estando sob a influncia do esprito do que abandonado aos seus caprichos e instintos. A lei do corpo est no esprito. Os exerccios letrgicos tm por finalidade precpua preparar o paciente para entrar nos diversos estados. D e v e m ser praticados diariamente, durante quinze minutos pelo menos. A repetio dos exerccios confere ao praticante: autodomnio e sensibilidade. D e v e m ser praticados tanto pelo operador quanto pelo paciente; mas sobretudo pelo paciente. Alguns dos exerccios abaixo mencionados so t a m b m executados pelos yoguins, rozacruzes e umbandistas, o que vem demonstrar que realmente produzem efeitos misteriosos.

2 - PRTICA DOS EXERCCIOSI EXERCCIOO primeiro exerccio chamado "exerccio dos oradores". M o s postas como para a orao, mas em que somente se tocam as pontas dos dedos com exceo dos polegares que so mantidos mais afastados possvel; fazer em seguida u m leve esforo de compresso nas pontas dos dedos, apertando e afrouxando lentamente, umas dez vezes, ao m e s m o tempo a respirao se faz lenta e profunda pelo nariz, mantendo-se a boca fechada e os olhos vagos, como que perd i d o s no h o r i z o n t e . D e n t r e pouco tempo o sangue j comea a irrigar todo o couro cabeludo; sensao de calma, de bem-estar. Nesta posio, se imprimirmos s mos um forte m o vimento de rotao, de dentro para fora, de baixo para cima, conseguimos maior segurana nas mos quando delas preci- Figura 14 - Exerccios de sensibilizao e exerccio sarmos para alguma interven- autodomnio: este o primeiro letrgico - So 15 ao todo. O I tambm o delicada (Figura 14). chamado: exerccio dos oradores.o

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24 - LETARGIA E HIPNOSE SEM M A G I A

O segundo exerccio corresponde ao "emblema da Letargia": mos abertas postadas na frente do corpo: a direita com a palma para frente e a esquerda com a palma para trs, ou vice-versa, paralelamente ao corpo, na linha vertical; h u m a inicial dificuldade quanto colocao dos dedos: basta unir em extenso os dedos mdio e anular, mantendo os demais bem afastados num m e s m o plano; em seguida aplic-los uns contra os outros, de m o d o que o indicador da direita toque na ponta do mnimo da esquerda e vice-versa, formando dois tringulos opostos pela base; os polegares so mantidos o mais afastados possvel. (Figura 15). Nesta posio, os braos no m e s m o plano dos ombros, procurar moviment-los, mantendo-os bem firmes para a frente, flexionando somente os cotovelos e os pulsos, estes para a frente, ora para trs, formando ngulos agudos, ora ngulos obtusos, respirando naturalmente pelo nariz.

Figura 15 - 2 exerccio letrgico. A posio das mos forma o emblema da letargia.

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O terceiro exerccio feito com os dedos entrelaados, mos esticadas altura da regio mamilar, sem apoi-las; procurar contrair bruscamente os msculos peitorais ao se fazer presso contra as razes dos dedos; a contrao brusca do msculo peitoral poder ser percebida pelo ouvido e m u m a percusso surda. Executamos este exerccio com u m movimento de aproximao e afastamento das mos (s das falanges), sem que os dedos se despreguem (Figura 16). Respirar naturalmente pelo nariz. 4o

EXERCCIO

destinado oxigenao do crebro, pela normalizao da respirao; idntica posio dos dedos e das mos que so levadas altura do queixo ou da boca, palmas abaixo; a respirao feita pela boca e no pelo nariz; portanto, respirar fortemente pela boca, olhando vagamente o horizonte. (Figura 17).

Figura 16 3 exerccio letrgico. Observar bem a posio das mos.

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Figura 17 - 4 exerccio letrgico. Dedos entrelaados, mos esticadas, polegares separados, palmas para baixo, na altura do queixo ou da boca. Respirar fortemente pela boca (aberta).

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Figura 18 - 5 exerccio letrgico. Dedos entrelaados, mos sobre a cabea, cotovelos baixos. Posio de descanso.

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5 EXERCCIO feito em idntica posio dos precedentes: levamos as mos a descansar no alto da cabea procurando acomod-las na redondeza do crnio, abaixando os cotovelos, sem esforo, bem descansados, olhar vago; respiramos lenta e profundamente pelo espao de contar mentalmente at dez. (Figura 18).

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6" EXERCCIO feito na posio do precedente, s que viramos as palmas das mos para cima, polegares para frente, procurando apoio mximo sobre a cabea, um pouco mais para frente, deixando descansar os cotovelos, mantendo-se a presso contra a cabea. Se movimentarmos a cabea para frente, para trs, para a direita, para a esquerda ou em crculo, os msculos do pescoo que devem impelir ou arrastar os braos. O tempo deste movimento corresponde ao de contarmos mentalmente at dez; haver u m a certa dificuldade em soltar as mos nas pessoas sensveis. (Figura 19).

7 EXERCCIOCorresponde ao primeiro movimento assimtrico: os exerccios desta natureza so um pouco mais difceis do que os anteriores, porque so para

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Figura 19 Exerccio 6. Mos em posio contrria ao do exercco 5.

Figura 20 Exerccio 7. O primeiro movimento assimtrico efeito com as mos. Uma delas bate, a outra esfrega. Repetir o movimento dez vezes e trocara posio das mos. educar, para testar o controle mental da pessoa. Os outros foram para sensibilizar. O primeiro movimento assimtrico feito com as mos: enquanto u m a delas bate, a outra esfrega sobre um plano; repetir este exerccio umas dez vezes e

Figura 21 - Oitavo exerccio letrgico. Uma das mos esfrega a testa enquanto a outra bate sobre o estmago. Seguir as instrues do exerccio anterior.

trocar a posio e operao das mos. Este exerccio chamado "exerccio do aougueiro": corta e separa. (Figura 20).

8 EXERCCIOCorresponde ao segundo movimento assimtrico: tambm feito com as mos uma bate na cabea enquanto a outra esfrega o peito. O movimento depois repetido trocando-se as mos. Deve-se procurar realizar os movimentos com desembarao e perfeio. (Figura 21).

Fig, 22

9 EXERCCIOCorpo erecto, sem esforo, braos como se fossem abraar um barril. M o s estendidas, dedos unidos, polegares afastados. Os braos em arcos ficam altura dos ombros. Agora eleva-se o corpo sobre a ponta dos ps umas dez vezes. No esquecer a respirao pelo nariz, nem to pouco o olhar vago. (Figura 22).

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10 EXERCCIOC h a m a d o a "posio do Papa Pio XII"; posio inicial idntica anterior: de p, braos estendidos, mos esticadas, palmas levemente voltadas para cima. Eleva-se o corpo sobre a ponta dos ps umas dez vezes. Respirar fortemente pelo nariz. Fig. 23. N. AA "No tendo havido na dinastia gloriosa dos Vigrios de Cristo um Papa, que tanto e tantas vezes tenha falado aos mdicos como Pio XII, poderamos com toda justia intitul-lo: "o Papa dos Mdicos".

A Universidade de Brasil, a 5 de dezembro de 957, homenageou a Pio XII, em ateno a seus numerosos e exmios trabalhos sobre a medicina e suas relaes com a religio. A medicina era uma das cincias que mais o atraam. Sua Santidade sempre traou diretrizes claras e seguras, preocupado com seu Movimento por um Mundo Melhor, um mundo mais santo e mais digno dos filhos de Deus." O Prof. Galeazzi-Lisi, mdico particular de Pio XII, informou que ele praticava exerccios letrgicos diariamente. Por ocasio da morte de Pio XII, o Prof. Galeazzi-Lisi provocou um escndalo - vendendo a diversas exerccios. revistas - as fotos particulares do Papa praticando

11 EXERCCIOPosio de joelhos, braos arqueados para frente, como querendo envolver algo e fazer movimentar os ps, flexionando os joelhos para frente e para trs, o mais possvel. E u m a posio meio incmoda; procuramos calcar sobre as rtulas e sobre a ponta dos dedos dos ps. Verificaremos u m certo tremor nos braos, conseqncia de estarem sendo mantidos rgidos. Fig. 24

12 EXERCCIOO quarto exerccio do equilbrio um movimento de oscilao; colocamo-nos de p, u m p na frente do outro; abrimos as mos e procuramos equilibrar-nos fazendo fora com os ps de encontro ao solo e flexionando os joelhos. D e v e m o s andar na posio indicada durante u m minuto. Depois trocamos os ps e repetimos os mesmos movimentos. A posio dos braos no muda. As vezes, parece que vamos cair, mas o prprio joelho traz ajuda realizao dos movimentos c o m segurana. Tudo feito c o m a boca fechada respirando-se pelo nariz. Fig. 2 5 .

Figura 25a. - Deitado de costas - a mais repousante e neurolptica.

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CAPITULO IV

BASES DA LETARGIAA Letargia pode ser produzida desde que fa~amos uso dos meios adequados, todos eles extern os, oferecidos pel a nossa tecnica. Esta tecnica coloca a nossa disposi~ao os seguintes procedimentos: 1) toques baseados no princfpio da acupuntura; 2) acupuntura; 3) sons; 4) posturas; 5) combinar;;aodos itens anteriores.

Em determinadas regi6es, especial mente sensfveis, da cabe~a, do peito e das costas. A crian~a que adormece nos bra~os da mae, enquanto esta lhe da palmadinhas nas costas ... e vftima de toques letargicos. 0 co~ar-se na face, nas fontes ... adormece; e, ao acordar, passar da semiconsciencia para o estado de vigflia, co~ando-se, e tecnica letargica. 0 bocejar, 0 esfregar dos olhos e urn exercfcio para se libertar da Letargia. Em determinados pacientes nao e 0 toque apenas, que conduz a Letargia, mas uma serie de fatores conjugados (sobretudo 0 fator emocional) que conduzem ao que se deseja, muito embora, com toques apenas, sem nenhuma sugestao, se possa provocar diversas analgesias. Lembra acertadamente 0 Dr. Horace Chanel que ninguem negara a importancia dos toques em zonas er6genas. Entretanto, em determinadas circunstancias, eles nao produzirao efeito algum. Quando se toca a pele diretamente intervem sensa~6es semelhantes as produzidas por carfcias, as quais sao sensfveis ate os animais. Segundo Jean Dauven: "a epiderme e urn tecido abundantemente nervoso cuja trama nao esta identificada e cujas fun~6es sao ainda, em muitos casos, misteriosas.

Ja no primeiro curso de Letargia, ministrado em 1958, dizia 0 Irmao Vitrfcio: "urn born letargista deve conhecer urn minimo de acupuntura". Naquela epoca a tecnica chinesa era praticamente desconhecida, nao somente do grande publico, mas tambem dos medicos. Hoje, ha entre nos inumeros livros versando sobre a materia. Em 1959, em nosso livro, Irmiio Vitrfcio e a Letargia, abordamos 0 assunto. Com 0 titulo de Hipnose e Acupuntura, 0 Dr. Erwin Wolffenbutel, de Sao Paulo, escreveu interessantes artigos, inseridos na Revista Brasileira de Medicina, no ana de 1967. I - Zonas Hipnogenas - Pitres (1848-1928) acrescentava aos procedimentos usuais a explorayao metodica das zonas hipnogenas descobertas empiricamente por Mesmer e depois por diversos fisiologos como Purkinje (1787-1869) e Laborde (1831-1903) que inventou as traf;f5es rftmicas da lingua em caso de asfixia. A existencia de zonas hipnogenas continua sendo discutida ate hoje. Richet, Binet, Fere, Charcot e outros autores tambem admitiam a existencia de zonas hipnogenas, segundo informa Jean Dauven. "A assim chamada letargia, uma tecnica de indur;iio hipn6tica, reviveu o interesse pelas zonas hipn6genas". Erwin Wolffenbuttel, in separata da Revista Brasileira de Medicina, n 9, setembro de 1967. II - 0 toque, que poderfamos chamar de cirupressura (do grego: ciru = mao, e, pressura = pressao) ou datilopressura (do grego: dactilo = dedo e pressura = pressao) e baseado no princfpio da acupuntura. Para frisar bem a importancia dos pontos sensiveis do corpo humano, damos aqui ligeiras informayoes sobre a Acupuntura (acus = agulha, punctura = picada). :E processo medico de origem extremo oriental baseado na teoria filosofica antiga da alternancia do equilIbrio cosmico aplicado ao organismo animal, uma forya negativa, (vago-tonica) chamada "Inn" e uma forya positiva (simpatico-tonica) "Yang". Utiliza-se de pontos cutaneos sensiveis para diagnosticos e terapeutica; esses pontos sao ligados entre si por linhas mais ou menos verticais chamadas "Kings" ou meridiano de orgaos, e "Mos" ou feixes extraordinarios onde circula a Energia Vital. - agulhas de DurOintroduzidas na profundidade devida no ponto terminal do meridiana do corayao, que esta situado proximo da unha do dedo mfnimo, tonifica a funyao cardiaca; agulhas de prata postas na proximidade do cotovelo, nas terminayoes nervosas que tern seu raio de ayao na face, acalmam dores nevralgicas ou dores devidas a infecyoes na regiao da face.34 - LETARGIA E HIPNOSE SEM MAGIA

uma agulha de prata posta no ponto sedativo do King dos rins, situado na sola do pe, q.escongestiona 0 rim do lado respectivo. o padre Harvieu, missionario no Celeste Imperio, foi 0 primeiro a publicar, em 1671, na Fran