lesoes na patinaçao

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UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA FCS/ESS LICENCIATURA EM FISIOTERAPIA PROJECTO E ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE II Caracterização de lesões na Patinagem Artística na época de 2011/2012 Cláudia Moreira Estudante de Fisioterapia Escola Superior de Saúde - UFP [email protected] Luísa Amaral Professora Doutora Escola Superior de Saúde - UFP [email protected] Porto, Fevereiro de 2013

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artigo sobre lesão na patinação

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  • UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA FCS/ESS

    LICENCIATURA EM FISIOTERAPIA

    PROJECTO E ESTGIO PROFISSIONALIZANTE II

    Caracterizao de leses na Patinagem Artstica na poca de 2011/2012

    Cludia Moreira

    Estudante de Fisioterapia Escola Superior de Sade - UFP

    [email protected]

    Lusa Amaral Professora Doutora

    Escola Superior de Sade - UFP [email protected]

    Porto, Fevereiro de 2013

  • Resumo

    A patinagem artstica exige vrias capacidades condicionais, tal como flexibilidade,

    resistncia, fora, mas tambm pode ser considerada como uma arte. As leses mais

    frequentes so as de sobreuso e o local de maior ocorrncia o membro inferior. Objetivo:

    Analisar as caractersticas de leses na Patinagem Artstica, assim como as vrias

    caractersticas das leses na poca de 2011/2012 no Clube de Patinagem do Marco de

    Canaveses. Metodologia: Foram realizadas entrevistas individuais para recolha de dados

    relativos ao treino e s leses. Efetuaram-se avaliaes da composio corporal e das medidas

    antropomtricas (altura, peso e pregas subcutneas) a 24 atletas de patinagem artstica

    agrupadas em 8 escales. Resultados: 76% dos patinadores sofreram leses na poca

    desportiva de 2011/2012. As leses foram maioritariamente traumticas (68,4%), o tipo de

    leso com maior prevalncia foi a contuso (42,1%), a articulao do joelho foi a mais afetada

    (57,9%) e as leses graves foram as mais frequentes (42,1%). Relativamente ao recurso da

    fisioterapia, houve uma adeso de 40%. Concluso: A prevalncia de leses foi considerada

    elevada (76%). No existiu relao entre as variveis a prevalncia de leses.

    Palavras-chave: Patinagem Artstica, Leses

    Abstract

    Artistic skating requires multiple conditional capabilities, such as flexibility, endurance,

    strength, but can also be considered as an art. The most frequent injuries are those of overuse

    and the most frequent location is the lower limb. Aim: To analyze the characteristics of

    injuries in Artistic Skating, as well as the various features of injuries in the 2011/2012 season

    at the Skating Club of Marco de Canaveses. Methodology: Individual interviews were held to

    gather data concerning the training and injuries. It was carried out an evaluation of body

    composition and anthropometric measures (height, weight and subcutaneous fold) to 24

    athletes of artistic skating grouped into eight levels. Results: 76% of skaters suffered injuries

    in the sport season of 2011/2012. The injuries were mostly traumatic (68.4%), the type of

    injury with the highest prevalence was the contusion (42.1%), the knee joint was the most

    affected (57.9%) and severe injuries were the most frequent (42.1%). Regarding the use of

    physiotherapy, there was an accession of 40%. Conclusion: The prevalence of injuries was

    considered high (76%). There was no relation between the variables and the prevalence of

    injuries.

    Keywords: Figure Skating, Injuries.

  • 1

    1. Introduo

    A patinagem artstica uma modalidade desportiva que combina aspetos caractersticos do

    atletismo, fora, flexibilidade, resistncia e da arte (Porter et al., 2007). Segundo Porter et al.

    (2007) h quatro tipos de patinagem: patinagem individual, patinagem em pares, dana no

    gelo e patinagem sincronizada praticada em conjunto que poder ter entre 8-24 patinadores.

    A maioria dos patinadores do sexo feminino e comeam a patinar entre os 5 e os 8 anos de

    idade, atingindo o pico das suas carreiras durante a adolescncia at aos 20 anos de idade

    (Smith e Lipetz cit. in Porter et al., 2007).

    A patinagem no gelo teve incio no ano de 1800 e os patinadores j realizavam exerccios

    complexos sobre o gelo, mas os saltos e as piruetas s mais tarde, em 1860, que foram

    introduzidos neste desporto. Na atualidade os patinadores tm vindo a desenvolver, cada vez

    mais, movimentos de maior complexidade (Porter et al., 2007).

    Os patins em linha surgiram nos Estados Unidos em 1980. Este tipo de patins foram criados

    por dois irmos americanos que instalaram quatro rodas em sapatos e, como resultado final,

    obtiveram os patins em linha. Hoje em dia, os patins possuem 5 rodas (Mulder e Hutten,

    2002). A patinagem em linha um desporto perigoso, porque a superfcie onde os atletas

    praticam pode ser compacta e spera e a velocidade pode atingir os 40km/h. A popularidade

    desta modalidade da patinagem cada vez maior e, como tal, a ocorrncia/frequncia de

    leses tambm tem vindo a aumentar (Mulder e Hutten, 2002).

    As leses mais comuns na patinagem artstica so as do foro msculo-esquelticas e,

    frequentemente, leses por esforo repetitivo. Os fatores que contribuem para essas leses

    so: os patins; o regime de treinos; factores ambientais e as convenes do desporto de alta

    competio. Alguns estudos tm mostrado que cerca de 50% das leses so traumticas e

    50% das leses so por esforo repetitivo (Dubravcic-Simunjak et al., cit. in Porter et al.,

    2007). As leses por esforo repetitivo so mais comuns em patinadores individuais, porque

    estes tm tendncia a intensificar as horas de treino, e as leses traumticas/agudas so mais

    comuns em patinadores em pares e danarinos, uma vez que tm tendncia a aumentar a

    velocidade e a fora durante a competio e os impactos so mais graves (Dubravcic-

    Simunjak et al., cit. in Porter et al., 2007). Segundo Fortin e Roberts (2003) as leses mais

    prevalentes so leses de esforo repetitivo como, por exemplo, tendinopatia do tibial

    posterior, tendinites generalizadas e disfuno da articulao femoropatelar, outras so as

    leses no tornozelo e no joelho e ferimentos nas pernas.

  • 2

    Existe uma prevalncia de leses no membro inferior (Dubravcic-Simunjak et al., cit.in

    Blewitt e Chockalingam, 2011) que pode estar relacionada com a mecnica de propulso e do

    salto, pois envolve um movimento excessivo de everso e excesso de pronao nos

    patinadores jovens (Fortin e Roberts, 2003).

    Existem muitas crianas a praticar patinagem (Knox et al., 2006). Por este facto, os

    praticantes devem usar capacetes durante todas as actividades recreativas, principalmente na

    patinagem no gelo para evitar leses graves na cabea e tambm devem usar protetores do

    punho, dado que frequente a ocorrncia de fraturas nesta articulao (Knox et al., 2006).

    A prtica da patinagem, alm de poder contribuir para melhorar a sade dos atletas atravs do

    exerccio, tambm expe as crianas a um risco de leso (Knox et al., 2006).

    Novos ramos da patinagem tm vindo a ser desenvolvidos, tais como a patinagem

    sincronizada em equipa e a patinagem em adultos, o que contribuiu para um aumento

    significativo do nmero de patinadores de competio, e de lazer nestes ltimos anos

    (Dubravcic-Simunjak et al., cit. in Blewitt, e Chockalingam, 2011).

    O presente estudo tem como objectivo analisar as caractersticas de leses na patinagem

    artstica em 4 rodas em pavilho, na poca desportiva de 2011/2012, assim como a sua

    etiologia, tipo e severidade das leses nessa mesma poca desportiva. Por outro lado, avaliar

    se existe relao entre as variveis estudadas e as caractersticas das leses.

    2. Metodologia

    2.1 Tipo de estudo

    Este estudo do tipo observacional transversal e de caracterizao, tendo decorrido entre os

    dias 23 de Novembro e 7 de Dezembro.

    2.2 Amostra

    A amostra foi constituda por 24 atletas de Patinagem Artstica do Clube de Patinagem

    Artstica do Marco de Canaveses, na poca desportiva de 2011/2012.

    As idades dos atletas foram compreendidas entre os 7 e os 24 anos. Da totalidade de

    patinadores, 21 do sexo feminino e 3 do sexo masculino, foram divididos em 8 Grupos,

    segundo os escales competitivos de Federao Portuguesa de Patinagem Artstica. Iniciao

    dos 4 aos 7 anos, Benjamins dos 8 aos 9 anos, Infantis dos 10 aos 11 anos, Iniciados dos 12

    aos 13 anos, Cadetes dos 14 aos 15 anos, Juvenis dos 16 aos 17 anos, Juniores dos 18 aos 19

    anos e os Seniores a partir dos 20 anos (Federao Portuguesa de Patinagem, 2012) (tabela 1).

  • 3

    2.3 tica

    De acordo com a Declarao de Helsnquia (Anexo I), foi entregue e obtido o

    consentimento informado de todos os pais dos atletas participantes neste estudo, tendo sido

    igualmente solicitada a autorizao do clube (Anexo II), sendo a adeso voluntria e annima.

    2.4 Instrumentos

    Para a avaliao das medidas antropomtricas utilizou-se um estadimetro (Seca Mod 220),

    na medio da altura e uma balana analgica (Tanita - Body Fat Monitor/Scale BF-574) na

    obteno do peso corporal. A partir destes parmetros calculou-se o ndice de Massa Corporal

    IMC (Kg/m).

    A percentagem de gordura corporal foi dividida em categorias: 1-baixo, 2-amplitude ptima,

    3- moderada/alta, 4- alta (Lohman, 1992 cit. in Heyward e Wagner, 2004). A medio das

    pregas subcutneas tricipital, subescapular, gmeos, coxa, supra-ilaca abdominal e peitoral

    foram realizadas com um adipmetro do tipo Harpenden (Heyward e Wagner, 2004).

    2.5 Procedimentos

    A realizao da entrevista decorreu no dia 23 de Novembro de 2012 em que foi recolhida a

    informao sobre a ocorrncia de leses durante a poca desportiva de 2011/2012. Procedeu-

    Tabela 1. Anlise descritiva da totalidade da amostra: Mdiadesvio padro (MdDp); Valor mnimo mximo (mn-mx)

    Total

    (n=24)

    Sexo Feminino

    (n=21)

    Sexo Masculino

    (n=3)

    Variveis Md Dp mn - mx Md Dp mn - mx Md Dp mn - mx

    Idade (anos)

    12,71 5,02 7,00 - 24,00 11,81 4,16 7,00 - 21,00 19,00 7,00 11,00 - 24,00

    Peso (kg)

    46,05 16,59 22,40 - 90,50 42,51 12,10 22,40 - 65,00 70,80 25,57 41,90 - 90,50

    Altura (m)

    1,49 0,16 1,25 - 1,83 1,46 0,14 1,25 - 1,67 1,66 0,22 1,42 - 1,83

    IMC (kg/m2)

    21,99 5,94 11,00 - 35,70 21,41 6,13 11,00 - 35,70 26,13 0,85 25,30 - 27,00

    Horas

    Semanais(h/s) 8,54 2,48 4,00 - 11,00 8,57 2,64 4,00 - 11,00 8,33 1,16 7,00 - 9,00

    Incio (anos)

    6,50 2,45 4,00 - 12,00 6,29 2,54 4,00 - 12,00 8,00 1,00 7,00 - 9,00

    Anos de

    prtica (anos) 6,17 4,52 1,00 - 15,00 5,52 4,07 1,00 - 13,00 10,67 5,86 4,00 - 15,00

  • 4

    se realizao da entrevista individual (Anexo III) acerca da etiologia, localizao anatmica,

    tipo e severidade das leses.

    As medies antropomtricas foram efectuadas no dia 30 de Novembro e 7 de Dezembro, em

    que se mediu a altura, peso e pregas.

    Realizaram-se as pregas tricipital, subescapular e gmeos para os atletas com idade inferior a

    18 anos. No que diz respeito aos atletas com idade superior a 18 anos, no sexo feminino

    foram avaliadas as pregas tricipital, supra-ilaca e coxa, e no sexo masculino foram avaliadas

    as pregas peitoral, abdominal e coxa (Anexo IV).

    Posteriormente, na avaliao da percentagem de gordura corporal foi efectuado o seguinte

    procedimento: calculou-se a mdia das trs medies das pregas subcutneas (Monteiro et al.,

    2000), a qual foi integrada na frmula de Slaughter et al. (1988) cit. in Heyward e Wagner

    (2004) nos jovens com idade inferior a 18 anos, na frmula de Jackson et al (1980) cit. in

    Heyward e Wagner (2004) no sexo feminino com idade superior a 18 anos, e na frmula de

    Jackson e Pollock (1987) cit. in Heyward e Wagner (2004) no sexo masculino com idade

    superior a 18 anos.

    2.6 Estatstica

    A anlise estatstica dos dados foi realizada atravs do recurso ao software Statistical Package

    For Social Sciences (SPSS) verso 20.0 para Windows. No estudo de caracterizao da

    amostra utilizou-se a mdia, desvio-padro, valores mnimos e mximos.

    Os testes aplicados foram no paramtricos pela falta de normalidade da amostra, verificada

    atravs do Teste de Kolmogorov-Smirnov.

    Utilizou-se o teste de Mann-Whitney para comparar as variveis do sexo feminino com as do

    sexo masculino e o teste de Kruskal-Wallis para comparar as variveis nos diferentes

    escales. A Correlao de Spearman foi efectuada para avaliar associaes entre as diversas

    variveis e Qui-Quadrado para observar a relao entre as percentagens de leses e os

    diferentes escales.

    3. Resultados

    Na totalidade da amostra do presente estudo no houve diferenas significativas entre o sexo

    feminino e o sexo masculino, nas variveis estudadas (p variou de 0,066 a 0,651).

    As caractersticas corporais, antropomtricas e de treino, assim como a comparao das

    mesmas nos diferentes escales competitivos, encontram-se descritas na tabela 2.

  • 5

    p 0,05

    Tabela 2: Comparao das variveis estudadas relativamente aos escales dos atletas de Patinagem Artstica.

    Variveis Mdia/Desvio Padro P

    Iniciao

    (n = 4)

    Benjamin

    (n = 4)

    Infantil

    (n = 4)

    Iniciado

    (n = 2)

    Cadete

    (n = 2)

    Juvenil

    (n = 5)

    Snior

    (n = 3) P

    Idade (anos) 7,00 0,00 8,50 0,58 10,50 0,58 12,00 0,00 14,00 0,00 16,40 0,55 22,23 1,59 0,001

    Peso (kg) 27,0 5 2,63 35,86 10,11 40,56 7,83 47,30 0,42 48,15 3,32 55,58 7,11 74,16 19,90 0,003

    Altura (m) 1,27 0,01 1,36 0,06 1,47 0,06 1,57 0,01 1,62 0,00 1,58 0,58 1,71 0,15 0,003

    IMC (kg/m2) 22,00 6,76 24,88 9,95 19,78 6,99 22,10 3,81 17,45 7,99 21,46 1,92 25,00 2,72 0,542

    Treino semanal (h) 8,75 2,63 6,76 2,21 8,75 3,30 7,50 2,12 7,50 4,95 10,20 1,10 9,00 2,00 0,474

    Idade incio de prtica (anos) 4,50 0,58 6,00 1,41 7,00 1,41 4,00 0,00 10,00 2,83 6,60 3,58 8,83 0,58 0,079

    Anos de prtica (anos) 2,50 0,58 2,50 1,30 3,50 1,00 8,00 0,00 4,00 2,83 9,80 3,96 13,67 1,16 0,006

    Prega tricipital (mm) 9,72 2,97 9,81 0,21 11,42 2,83 11,64 4,22 13,38 3,29 15,78 7,74 13,23 0,719

    Prega sub-escapular (mm) 8,37 3,67 8,33 0,66 7,71 1,87 7,71 1,77 9,96 1,31 8,96 4,30 0,501

    Prega Gmeos (mm) 12,56 1,53 12,70 0,99 15,23 2,73 15,23 4,62 15,52 2,01 15,08 10,35 0,542

    Prega abdominal (mm) 20,00 1,89

    Prega peitoral (mm 17,02 0,45

    Prega supra-ilaca (mm) 9,23

    Prega coxa (mm) 28,27 6,01

  • 6

    Nos vrios escales competitivos foram observadas diferenas significativas na idade, peso,

    altura e anos de prtica (p entre 0,001 e 0,006). Nas restantes variveis estudadas o valor de

    prova p no foi significativo (p variou entre 0,079 e 0,719).

    No houve correlao entre a varivel dependente (leses) e as restantes variveis corporais,

    antropomtricas e de treino.

    A percentagem de gordura corporal apresentou uma mdia de 21,99 5,94, com valor

    mnimo de 11,00 e um mximo de 35,70. A anlise da percentagem de gordura corporal por

    categorias est representada na tabela 3.

    Tabela 3- Percentagem de Gordura Corporal em categorias

    Categorias Freq/%

    Baixo (< 18,50) 5(20,8)

    Amplitude ptima (18,50 a 24,99) 11 (45,8)

    Moderada /Alta (25,00 a 29,99) 7 (29,2)

    Alta (> 30,00) 1 (4,2)

    Quando categorizada a percentagem de gordura corporal, podemos concluir que uma grande

    parte dos atletas (45,8%) encontra-se na amplitude tima.

    De uma amostra de 24 atletas de patinagem artstica, 19 (76 %) tiveram leses na poca de

    2011/2012.

    Relativamente ao nmero de leses por sexo, verificou-se que no sexo feminino ocorreram

    leses com mais frequncia (81,0%) comparativamente ao sexo masculino (66,7%).

    Quanto frequncia de leses por escales, verificou-se que 50% dos atletas da Iniciao,

    Infantis e Cadetes e 100% dos atletas pertencentes aos escales Benjamins, Iniciados, Juvenis

    e Seniores tinham sofrido leses na poca desportiva 2011/2012.

    Realizado o teste de Qui-Quadrado verificou-se que no houve diferenas significativas nas

    percentagens de leses, tanto a nvel de sexo como nos diferentes escales (p = 0,257).

    A etiologia das leses foi maioritariamente traumtica (68,4%), e 31,6% de origem gradual

    como se pode observar na tabela 4.

    Na tabela 5, constatamos que a leso mais frequente foi a contuso (42,1%), seguida pelas

    inflamaes (26,3%), entorses (15,8%), e as menos frequentes foram as contracturas,

    cartilagem de crescimento e estiramentos (5,3%), como se pode observar.

    Tabela 4: Etiologia das leses

    Leses Freq / %

    Traumtica 13 (68,4%)

    Gradual 6 (31,6%)

    Total 19 (100%)

  • 7

    Quanto localizao anatmica (tabela 6) verificou-se que a articulao do joelho foi a mais

    afetada (57,9%) seguida da articulao tibio-trsica (10,5%) e seguida, de igual forma, dos

    restantes locais anatmicos.

    Ao analisar a severidade/gravidade das leses, como se pode verificar na tabela 7, as leses

    graves foram as mais frequentes (42,1%), de seguida as ligeiras (36,8%) e por fim as leses

    moderadas (21,1%).

    As leses ocorreram maioritariamente durante os treinos (84,2%), enquanto que em

    competio ocorreram 10,5%, e fora do pavilho desportivo 5,3%. Mesmo lesionados, 68,4%

    dos atletas continuaram a praticar a sua actividade desportiva. Quanto aos atletas que

    recorreram a apoio clnico num total de 10 atletas, 40% recorreram a fisioterapia, 40%

    recorreram ao mdico, 10% a massagistas e 10% a outros apoios clnicos. Dos 76% de atletas

    lesionados, 5,3% realizaram cirurgia devido s suas leses. Para alm da patinagem artstica,

    66,7% dos atletas no praticavam outro desporto. Ao efectuar a correlao de Spearman no

    foram observadas associaes significativas entre o nmero de leses e as restantes variveis

    corporais, antropomtricas e de treino (p variou entre 1,00 e 0,220).

    Tabela 5: Tipo de leso

    Leses Freq / %

    Contratura 1 (5,3%)

    Contuso 8 (42,1%)

    Cartilagem crescimento 1 (5,3%)

    Entorse 3 (15,8%)

    Estiramentos 1 (5,3%)

    Inflamaes 5 (26,3%)

    Tabela 6: Localizao anatmica da leso

    Localizao anatmica Freq / %

    Cabea 1 (5,3%)

    Cotovelo 1 (5,3%)

    Punho 1 (5,3%)

    Coxa 1 (5,3%)

    Joelho 11 (57,9%)

    Tibio-trsica 2 (10,5%)

    P/dedos 1 (5,3%)

    Coluna Lombo/Sagrada 1 (5,3%)

    Tabela 7: Severidade da leso

    Severidade Freq / %

    Ligeira 7 (36,8%)

    Moderada 4 (21,1%)

    Grave 8 (42,1%)

  • 8

    Analisando as correlaes entre as diversas variveis da composio corporal,

    antropomtricas e de treino observaram-se associaes fortemente significativas entre a idade

    e algumas variveis, tais como o peso, altura e anos de prtica (r = 0,828 a 0,926; p =0,00).

    Tambm houve correlaes significativas entre a varivel anos de prtica, o peso e a altura

    dos atletas (r = 0,6910,886; p =0,00). A varivel peso encontrou-se correlacionada com as

    pregas tricipital (0,494; p =0,19), subescapular (0,631; p =0,02), gmeos (0,571; p =0,07) e

    com a prega da coxa (r = 1,00).

    4.Discusso

    Analisando os dados antropomtricos dos patinadores e comparando-os com os valores da

    mdia portuguesa verificamos em relao altura que os escalo Iniciao, Benjamin e

    Cadetes encontram-se no percentil 75 e o escalo dos Infantis assim como dos Juvenis

    encontram-se no percentil 50. Por isso, conclui-se que se encontram na mdia portuguesa ou

    um pouco superior (Maia et al., 2007), todavia segundo Damsgaard et al. (2001), os atletas

    com menor estatura tm mais vantagem mecnica, o que no se traduz neste estudo. Quanto

    ao peso constatou-se que o escalo da Iniciao e Infantis encontram-se no percentil 50, os

    Benjamins encontram-se no percentil 75, os Iniciados, os Cadetes e os Juvenis encontram-se

    no percentil 25, conclui-se, ento, que os atletas mais velhos encontram-se abaixo da mdia

    Portuguesa (Maia et al., 2007) em relao ao peso.

    No que diz respeito ao IMC verificou-se que o escalo de Iniciao e os Benjamins

    encontram-se no percentil 90, os Infantis e os Iniciados no percentil 50, os Cadetes no

    percentil 3 e, finalmente, os Juvenis encontram-se no percentil 25, conclui-se, ento, que os

    atletas mais velhos esto abaixo da mdia portuguesa (Maia et al., 2007). Estes valores dos

    atletas com mais idade terem um peso e um IMC menor poder dever-se ao facto de treinarem

    muitas horas por semana e de terem mais anos de prtica (Silva et al., 2004).

    Relativamente as pregas tricipital o escalo de Iniciao, Benjamins, Infantis, Juvenis e

    Cadetes encontram-se no percentil 25, os Iniciados no percentil 10. Por fim, relativamente

    prega Subescapular, verificou-se que o escalo de Iniciao e os Benjamins encontram-se no

    percentil 50, os Infantis, Iniciados e os Cadetes no percentil 25 e, por ltimo, os Juvenis

    encontram-se no percentil 10. Verifica-se ento que, a maioria dos escales se encontram

    abaixo da mdia da populao portuguesa (Maia et al., 2007) relativamente s pregas. Estes

    valores inferiores populao de referncia podem ser explicados segundo Fortes et al.

    (2012) pelo motivo das atletas possurem menos gordura corporal e/ou maior massa muscular

  • 9

    e, consequentemente, terem uma melhor performance desportiva, um melhor pico de

    desempenho atltico e maximizao do seu rendimento competitivo.

    Neste estudo, relativamente ao nmero de leses por sexo, verificou-se que no sexo feminino

    ocorreram leses com mais frequncia (81,0%) comparativamente ao sexo masculino

    (66,7%), tal como no estudo de Dubravcic-Simunjak et al. (2008) com patinadores juniores de

    elite em que 51% das leses ocorreram no sexo feminino e 48% no sexo masculino.

    Quanto frequncia de leses por escales, verificou-se que 50% dos atletas da Iniciao,

    Infantis e Cadetes e 100% dos atletas pertencentes aos escales Benjamins, Iniciados, Juvenis

    e Seniores tinham sofrido leses na poca desportiva 2011/2012. No estudo de Fortin, e

    Roberts (2003) verificou-se que a categoria que tinha uma maior prevalncia de leses foi a

    dos Seniores (64%), os atletas mais jovens tinham sofrido menos leses (21,8%), isto porque

    os Seniores j tinham leses pr-existentes e por sobreuso e estas exacerbaram-se. Deste

    modo, o estudo do autor vai de encontro ao presente estudo, dado que os seniores tambm

    pertencem classe de maior frequncia de leses.

    No presente estudo, a etiologia das leses foi maioritariamente de origem traumtica (68,4%),

    decorridas da sequncia de uma queda ou salto. No estudo do autor Blewitt e Chockalingam

    (2011) em patinagem no gelo, verificou-se que as leses mais frequentes tinham, igualmente,

    uma causa traumtica (41%), de seguida tinham as leses por esforo repetitivo/sobreuso

    (14%), depois as leses ocorridas durante o momento de descida dos saltos (11%), as de

    incio gradual (6%), as leses provocadas por estiramento excessivo (5%), por excesso de

    esforo (5%), coliso no gelo (5%), desequilbrio muscular (2%), momento de subida para

    saltos/impulso (2%) e outras razes (9%).

    O tipo de leso mais frequente na nossa amostra foi por contuso (42,1%). As contuses mais

    frequentes eram nos braos e pernas, tal como no estudo de Blewitt e Chockalingam (2011)

    na patinagem em linha, em que as contuses mais frequentes tambm ocorreram nos braos,

    nas ndegas e nas pernas. De acordo com os estudos anteriormente citados, Kuzuhara et al.

    (2009) observaram que a leso mais frequente no Hquei em patins era a contuso.

    Relativamente localizao anatmica das leses neste estudo, verificou-se que 57,9%

    ocorreram ao nvel do joelho, tal como observado por Fortin e Roberts (2003), pois no

    momento em que estavam a patinar muita das vezes tinham quedas e o primeiro impacto era

    no joelho e, tambm, durante a recepo dos saltos sentiam que o contacto com o solo

    causava um embate muito forte sobre a articulao do joelho. Porm, segundo o estudo de

    Fortin e Roberts (2003), na histria mdica anterior, verificou-se que a localizao anatmica

    mais afectada tinha sido ao nvel da articulao tibio-trsica (27,7%), devido mecnica da

  • 10

    propulso do salto, pois envolve uma forte everso e pronao desta articulao,

    seguidamente da articulao do joelho (18,6%).

    Quanto severidade/gravidade das leses, as leses graves foram as mais frequentes (42,1%),

    de seguida as ligeiras (36,8%) e, por fim, as leses moderadas (21,1%). O estudo de Osberg et

    al. (1998) que compara a severidade das leses na patinagem em linha, patinagem em

    pavilho e skateboard contraria estes dados, pois foram as leses ligeiras que tiveram uma

    maior percentagem de leses (50,8%). Estas leses, categorizadas como ligeiras, foram

    maioritariamente contuses e quedas sem gravidade. Esta ocorrncia poder ser explicada

    pelo uso de proteces durante a prtica de patinagem em linha e skateboard, evitando assim

    leses mais graves.

    Neste estudo as leses ocorreram maioritariamente durante os treinos (84,2%), enquanto que

    em competio ocorreram 10,5%, e fora do pavilho desportivo 5,3%, pois nos treinos que

    os atletas passam a maior parte do tempo e aprendem exerccios e coreografias novas. No

    estudo de Fortin e Roberts (2003), tambm se verificou que as leses ocorriam durante os

    treinos quando os atletas estavam a aprender novas habilidades ou manobras, em competio

    existiam menos leses pois j tinham treinado muitas vezes aquele exerccio.

    Mesmo lesionados, 68,4% dos atletas continuaram a praticar a sua atividade desportiva, pois

    contudo tinham alguma dor mas esta era suportvel e, por isso, continuavam a treinar mesmo

    com uma leso dado que tinham a ambio de treinar cada vez mais para irem s competies

    bem preparados. O estudo de Pinheiro et al. (2011) em atletas femininas refere que competir

    ou treinar com leso ou dor considerado normal mas ao treinarem com leso pem em risco

    a sua sade pois podem tornar-se leses crnicas. As atletas desenvolvem algumas estratgias

    para lidar com esta situao, tais como esconder e esquecer a leso, mesmo sabendo que

    prejudicial treinar com uma leso agem desta forma por terem medo de perder o lugar na

    equipa. Todavia no podemos esquecer que podem ser exercidas presses pelos treinadores,

    colegas de grupo e directores desportivos, e mesmo as presses que os atletas exercem sobre

    si mesmos, de maneira a atingirem os seus objectivos e, por isso, muitas vezes acabam por

    ignorar a leso e a dor, o que vai de acordo com os resultados apresentados neste estudo.

    No estudo de Neves (2008) em Hquei em patins fizeram um questionrio aos atletas e

    verificou-se que s 19% dos atletas recorriam a um fisioterapeuta, os restantes 69% recorriam

    ao treinador e 13% a um massagista qualificado. No presente estudo verificou-se que 40%

    recorreram a fisioterapia, 40% recorreram ao mdico, 10% a massagistas e 10% a outros

    apoios clnicos, o que contraria os valores indicados pelo autor anteriormente citado. Segundo

    Neves (2008), aps a ocorrncia de uma leso a maioria dos atletas recorrem ao treinador e

  • 11

    este encaminha-os para um centro de sade, por isso poucos recorrem a um fisioterapeuta

    como primeira opo. Contudo, depois de serem vistos no centro de sade so

    reencaminhados para os seus clubes, onde 56% dos atletas efetuam tratamentos nas suas

    prprias instalaes, e 44% orientados para um centro de fisioterapia (Neves, 2008). Esta

    percentagem de apoio teraputico j vai de encontro ao presente estudo.

    Para alm da patinagem artstica, 66,7% dos atletas no praticavam outro desporto,

    contrariamente ao citado no estudo de Jaffe et al. (1997), pois cerca de 50% dos atletas referiu

    que a patinagem em linha era a sua principal forma de exerccio.

    No estudo de Kelsall e Bowyer (2009) em patinagem no gelo constatou-se que a realizao de

    cirurgia devido a leso teve uma percentagem pouco significativa (14%), pois as leses no

    foram consideradas graves, pelo facto de j conhecerem bem a pista onde treinavam. Do

    mesmo modo, a necessidade de recorrer a intervenes cirrgicas foi muito baixa (5,3%)

    talvez pelo reduzido nmero de atletas com mais idade, e portanto, com maior risco lesivo

    pelos anos de prtica, horas semanais de treino, exerccios mais complexos e possveis leses

    anteriores.

    A caracterizao das leses na patinagem artstica contribui para um aumento de

    conhecimento dos riscos desta modalidade desportiva, e consequentemente, uma forma de

    atuao tanto na preveno primria como na preveno secundria das leses.

    5.Concluso

    Podemos concluir atravs deste estudo que a prevalncia de leses na poca de 2011/2012 no

    Clube de Patinagem Artstica de Marco de Canaveses pode ser considerada elevada (76% dos

    atletas sofreram leses). Contudo, no existiu relao entre as variveis estudadas e a

    prevalncia de leses.

    Relativamente etiologia das leses verificou-se que foram maioritariamente traumticas

    (68,4%). O tipo de leso mais frequente foi a contuso (42,1%), quanto localizao

    anatmica apurou-se que a articulao mais afetada foi o joelho (57,9%) e, no que diz

    respeito, severidade das leses verificou-se que foram as leses graves que tiveram uma

    maior percentagem (42,1%).A fisioterapia neste tipo de desporto tem pouca adeso por parte

    dos atletas (40%), pois os clubes na sua maioria tm pouca assistncia clnica.

    A pouca informao disponvel sobre patinagem artstica, principalmente, em pavilho (4

    rodas) e a amostra reduzida podem ser vistas como desvantagens para o desenvolvimento e

    poder estatstico deste estudo. Assim sendo, torna-se fundamental que se faam estudos

    direcionados sobre esta rea.

  • 12

    6. Bibliografia:

    Blewitt, C. e Chockalingam, N. (2011). An investigation into the incidence of injury in the competitive adult ice

    skating population: a pilot study, Serbian Journal of Sports Sciences, 5 (4), pp. 171-174.

    Damsgaard, R. et al. (2001). Body proportions, body composition and pubertal development of children in

    competitive sports, Scandinavian Journal Of Medicine & Science In Sports, 11, pp. 54-60.

    Dubravcic-Simunjak, S. et al. (2008). Stress fracture prevalence in elite figure skaters, Journal of Sports Science

    and Medicine, 7, pp. 419-420.

    Federao Portuguesa de Patinagem. [Em linha]. Disponvel em www.fpp.pt. [Consultado em 13/12/2012]

    Fortes, L. et al. (2012). Influncia de fatores afetivos, antropomtricos e sociodemogrficos sobre o

    comportamento alimentar em jovens atletas, J Bras Psiquiatr, 61 (3), pp. 148-153.

    Fortin, J. e Roberts, D. (2003). Competitive Figure Skaters Injuries, Pain Physician, 6 (3), pp. 313-318.

    Heyward, V. e Wagner, R. (2004). Applied Body Composition Assessment. USA, Human Kinetics Publishers.

    Jaffe, M. et al. (1997). A Population-Based Survey of In-Line Skaters Injuries and Skating Practices., American

    Academy of Physical Medicine and Rehabilitation, pp.1352-1357.

    Kelsall, N. e Bowyer, G. (2009). Injuries sustained at a temporary ice-skating rink: Prospective study of the

    Winchester experience 20072008, Elsevier 40, pp. 1276-1278.

    Knox, C. et al. (2006). Differences in the Risk Associated With Head Injury for Pediatric Ice Skaters, Roller

    Skaters, and In-Line Skaters, Official Journal Of The American Academy Of Pediatrics, 118 (2), pp. 549-554.

    Kuzuhara, K. et al. (2009). Ice Hockey Injuries in a Japanese Elite Team: A 3-Year Prospective Study. Journal

    of Athletic Training, 44 (2), pp. 208-214.

    Maia, J. et al. (2007). Crescimento e Desempenho Motor em Crianas e Jovens Aorianos (Cartas de referncia

    para uso em Educao Fsica, Desporto, Pediatria e Nutrio). Direco Regional do Desporto da Regio

    Autnoma dos Aores. Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

    Monteiro, P. et al. (2000). Diagnstico de sobrepeso em adolescentes: estudo do desempenho de diferentes

    critrios para o ndice de Massa Corporal, Rev.Sade P.

    Mulder, S. e Hutten, A. (2002). Injuries associated with inline skating in the European region, Accident Analysis

    and Prevention, pp. 65-70.

    Neves, V. (2008). Leses desportivas em jovens hoquistas do escalo etrio 14-16 anos. [Em linha]. Disponvel

    em . [Consultado em 17/01/2013].

    Osberg, J. et al. (1998). Skateboarding: More Dangerous than Roller Skating or Inline Skating, Archives of

    Pediatrics & Adolescent Medicine, 152, pp. 985-991.

    Pinheiro, C. et al. (2011). Experincias de dor e leso no desporto feminino, Rede de Revistas Cientficas da

    Amrica Latina o Caribe, a Espanha e Portugal, 17 (4), pp 101-121.

    Porter, E. et al. (2007). Sport-Specific Injuries and Medical Problems of Figure Skaters, Wisconsin Medical

    Journal 106 (6), pp. 330-334.

    Silva, C et al. (2004). O exerccio fsico potencializa ou compromete o crescimento longitudinal de crianas e

    adolescentes? Mito ou verdade?, Revista Brasileira de Medicina de Esporte, 10 (6), pp. 520-524.

  • Anexos

  • Anexo I

    Consentimento informado livre e esclarecido de acordo com a declarao de Helsnquia.

    O estudo em questo intitula-se Prevalncia de leses na Patinagem Artstica e tem como

    objectivo analisar a prevalncia de leses do ano anterior na Patinagem Artstica.

    O estudo ser realizado por Cludia Manuela Pereira Moreira, aluna da licenciatura de

    Fisioterapia da Universidade Fernando Pessoa Porto, orientada pela Doutora Lusa Amaral.

    Para a realizao deste estudo vai ser efetuada uma entrevista a cada participante e

    posteriormente ir ser realizada uma recolha dos dados antropomtricos de cada participante.

    A entrevista realizar-se- individualmente, aps devido esclarecimento e assinatura do Termo

    de Consentimento Informado livre e esclarecido. Durante o estudo ser resguardada a

    integridade das respostas, primando pelo sigilo tico.

    Os resultados deste estudo estaro sempre sob sigilo tico, no sendo mencionados os nomes

    dos participantes em nenhuma apresentao oral ou trabalho escrito que venha a ser

    publicado. A participao neste estudo no oferece risco ou prejuzo pessoa questionada. H

    possibilidade do participante retirar-se a qualquer momento do estudo, sem agravo para a sua

    pessoa, ou sem interferncias na sua assistncia.

    Aps ter sido devidamente informado de todos os aspectos deste estudo e ter esclarecido todas

    as minhas dvidas, eu

    _____________________________________________________________________

    Assinatura do participante

    Grau de parentesco ou tipo de representao:__________________

    ______________________________________________________________________

    Assinatura do representante

    ______________________________________________________________________

    Assinatura do investigador

  • Anexo II

    Pedido de Autorizao Academia de Patinagem do Marco.

  • Anexo III

    Entrevista

    Data: ____________

    Idade/data de nascimento: ____

    Sexo:____

    1- Que tipo de competio faz:

    _____________________________________________________________________

    2- Horas de treino semanais:

    _____________________________________________________________________

    3- Horas de competio:

    _____________________________________________________________________

    4- Anos de prtica:

    _____________________________________________________________________

    5- J teve alguma leso:

    _____________________________________________________________________

    6-Nmero de leses:

    ______________________________________________________________________

    7-Em que ano ocorreu:

    ______________________________________________________________________

    8-Causa da leso( Sbita,Traumtica,Gradual):

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

  • 9- Localizao anatmica:

    ___________________________________________________________________________

    10-Realizou cirurgia:

    ___________________________________________________________________________

    11-A que estruturas:

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    12-Quantas cirurgias realizou:

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    13-Onde ocorreu a leso:

    Pavilho

    Em competio

    Fora do pavilho

    Ginsio

    14-Leso por:

    Contratura

    Contuso

    Cartilagem crescimento

    Entorse

    Estiramentos

    Fraturas

    Inflamaes

    Subluxaes / Luxao

    Nota:

    ___________________________________________________________________________

  • 15-Severidade da leso (Ligeira,Moderada,Grave):

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    16-Realizou Fisioterapia/Apoio clnico:

    Fisioterapeuta

    Mdico

    Enfermeiro

    Massagista

    Outros:

    17-Quanto tempo:

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    18-Quanto tempo demorou a recuperar da leso:

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    19-Quanto tempo deixou de praticar a modalidade devido leso (severidade da leso: ligeira,

    moderada, grave):

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    20-Mesmo lesionado praticou desporto:

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    20.1-Quanto tempo:

    ________________________________________________________________

  • 21-Pratica outro tipo de deporto:

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    22-J teve leses anteriores:

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    22.1-Localizao anatmica:

    ________________________________________________________________

    23.1-Nmero de leses:

    ________________________________________________________________

  • Anexo IV

    Dados Antropomtricos

    Data de realizao:_________________

    Tipo de competio: _________

    Nome:__________

    Idade:_____

    Sexo:_____

    Altura:______

    Peso:______

    Pregas:

    < 18 anos

    Prega

    Tricipital

    Sub-escapular

    Gmeos

    1 Medio

    2 Medio

    3 Medio

    > 18 anos

    Sexo feminino:

    Prega

    Tricipital

    Supra-ilaca

    Coxa

    1 Medio

    2 Medio

    3 Medio

    Sexo masculino:

    Prega

    Peitoral

    Abdmen

    Coxa

    1 Medio

    2 Medio

    3 Medio