lepra 8 a mariane (1)

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Transmissão A lepra é transmitida por gotículas de saliva . O bacilo Mycobacterium leprae é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar, tossir ou beijar. Quase sempre ocorre entre contatos domiciliares, geralmente indivíduos que dormem num mesmo quarto

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Transmissão

A lepra é transmitida por gotículas de saliva. O bacilo Mycobacterium leprae é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar, tossir ou beijar. Quase sempre ocorre entre contatos domiciliares, geralmente indivíduos que dormem num mesmo

quarto

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• Noventa por cento (90%) da população exposta à bactéria tem resistência ao bacilo de Hansen (M. leprae), causador da lepra e conseguem controlar a infecção sem sintomas. As formas contagiantes são a lepromatosa/virchowiana/multibacilar e a limítrofe/boderline. Após 15 dias de tratamento os portadores já não transmitem mais a lepra.

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Sinais e sintomas

• A lepra indeterminada é a forma inicial da doença, e consiste na maioria dos casos em manchas de coloração mais clara que a pele ao redor, podendo ser discretamente avermelhada, com alteração de sensibilidade à temperatura, e, eventualmente, diminuição da sudorese sobre a mancha (anidrose). A partir do estado inicial, a lepra pode então permanecer estável (o que acontece na maior parte dos casos) ou pode evoluir para lepra tuberculóide ou lepromatosa, dependendo da predisposição genética particular de cada paciente. A lepra pode adotar também vários cursos intermediários entre estes dois tipos de lepra, sendo então denominada lepra dimorfa

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Lepra tuberculoide ou paucibacilar

• Esta forma de lepra ocorre em pacientes que têm boa resposta imunitária ao bacilo de Hansen, capaz de conter a disseminação do bacilo através da formação de agrupamentos de macrófagos denominados "granulomas".

• Neste tipo de lepra, as manchas são bem delimitadas e assimétricas e geralmente são encontradas apenas poucas lesões no corpo. Há insensibilidade a dor progressiva conforme os nervos periféricos são lesionados. Exames com lepromina dão positivos. O termo paucibacilar (poucos bacilos) é referência a contagem de bacilos ao microscópio de amostras subcutâneas.2

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Lepra limítrofe ou boderline

• Grandes manchas podem afetar um membro inteiro e ocorre progressiva fraqueza e perda de sensibilidade nos pés, mãos e rosto. Este tipo é mais instável e pode converter-se em lepromatosa ou reverter tornando-se mais parecido com a forma tuberculoide.2

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Lepra lepromatosa ou multibacilar

• É a forma mais grave e ocorre nos casos em que os pacientes têm pouca defesa imunitária contra o bacilo. Ocorrem lesões simétricas de pele, nódulos, placas, espessamento da derme, congestão nasal com sangramento. Os pelos de sobrancelhas e cílios caem (alopecia facial). Geralmente a perda de sensibilidade é mais lenta. Causa deformações cada vez mais graves em mãos, pés, glúteos e rostos, frequentemente requerendo amputações de

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Epidemiologia

• A lepra ataca hoje em dia ainda mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Há 700.000 casos novos por ano no mundo. No entanto em países desenvolvidos é quase inexistente, por exemplo a França conta com apenas 250 casos declarados. Em 2000, 738.284 novos casos foram identificados (contra 640.000 em 1999). A OMS (Organização Mundial de Saúde) referencia 91 países afetados: a Índia, a Birmânia, o Nepal totalizam 70% dos casos em 2000. Em 2002, 763.917 novos casos foram detectados: o Brasil, Madagáscar, Moçambique, a Tanzânia e o Nepal representam então 90% dos casos de lepra. Estima-se que seja entre 2 e 3 milhões o número de pessoas severamente descapacitadas pela lepra em todo o mundo.3

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Tratamento

• No mundo existem muitos leprosários para o abrigo e a cura dos doentes de Hanseníase. A Igreja administra no mundo 547 leprosários, segundo dados do último Anuário Estatístico da Igreja. Eles são assim divididos: na África 198, na América 56 (total), na Ásia 285, na Europa 5 e na Oceania 3. As nações com o maior número de leprosários são: na África: República Democrática do Congo (32), Madagascar (29), África do Sul (23); na América do Norte: Estados Unidos (1); na América central: México (8); na América central-Antilhas: República Dominicana (3); na América do Sul: Brasil (17), Peru (6), Equador e Colômbia (4); na Ásia: Índia (220), Coreia (15); na Oceania: Papua Nova-Guiné (3). (Agência Fides 26/01/2013).

• Hoje em dia, a lepra é tratada com antibióticos, e esforços de Saúde Pública são dirigidos ao diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, à ajuda com próteses aos pacientes curados e que sofreram mutilações e à prevenção voltada principalmente para evitar a disseminação. O tratamento é eminentemente ambulatorial.

• Apesar de não mortal, a lepra pode acarretar invalidez severa e/ou permanente se não for tratada a tempo. O tratamento comporta diversos antibióticos, a fim de evitar selecionar as bactérias resistentes do germe. A OMS recomenda desde 1981 uma poliquimioterapia (PQT) composta de três medicamentos: a dapsona, a rifampicina e a clofazimina. Essa associação destrói o agente patogênico e cura o paciente. O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.

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No Brasil

• De acordo com o decreto federal 6.168, de 24 de julho de 2007,10 os pacientes internados compulsoriamente e isolados em hospitais colônias de todo o país, até o ano de 1986, terão direito à pensão vitalícia mensal no valor de 750 reais. Para receber o benefício, os pacientes precisam apresentar documentos que comprovem a internação compulsória e preencher um requerimento de pensão especial.11

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Em Portugal

• Portugal foi dos últimos países a pôr fim ao internamento compulsivo de doentes com lepra em 1976.

• Em 1985, com o início dos centros de saúde, todos os leprosos tiveram alta colectiva mas alguns não quiseram sair. Outros, pediram para voltar para conseguirem suportar os tratamentos às sequelas da doença.

• Na actualidade, o número de casos é muito diminuto e reside quase exclusivamente em casos importados. A incidência da lepra em Portugal, com 11 novos casos registados em 2008, está sobretudo associada às migrações, nomeadamente de África e do Brasil, sendo este o segundo país do Mundo com mais casos. 14 .

• Em Portugal, os doentes são tratados com antibióticos "em ambulatório", ao contrário do que sucedia nas décadas de 1940 e 1950, quando eram sujeitos a internamento compulsivo e a isolamento.

• O actual Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro, em Tocha, concelho de Cantanhede é o herdeiro do antigo Hospital Rovisco Pais que era uma leprosaria que albergava leprosos. Depois de transformado em centro de medicina em 1996, este centro mantém 18 ex-leprosos que foram excluídos da sociedade.

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História

• Hipócrates utilizou pela primeira vez a denominação λέπρα (derivado de λέπω «descamar») quando descreveu manchas brancas na pele e nos cabelos. Entretanto, em nenhum momento informou sobre manifestações neuronais; provavelmente estivesse se referindo aovitiligo. A denominação lepra é utilizada na Bíblia hebraica como tsaraáth tendo o significado de desonra, vergonha, desgraça. No Egito Antigo, há referências a essa doença há mais de três mil anos, em hieróglifos de 1350 a.C. A Bíblia contém passagens fazendo referência ao nome lepra, mas este termo foi utilizado para designar diversas doenças dermatológicas de origem e gravidade variáveis. A antiga lei israelita obrigava os sacerdotes a saberem reconhecer a doença. As descrições mais precisas da lepra, porém, datam de 600 a.C. (Tratado Médico Indiano de Sushrata Samhita denomina-a kushta) onde já eram descritos dois grupos principais: Vat Rakta, que apresentava manifestações predominantemente neurais; e Aurun Kushta onde eram observadas características virchowianas.[carece de fontes]

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Notas

• Após a revogação de lei "compulsória", este sanatório tornou-se Instituto de Dermatologia Lauro de Sousa Lima, sendo hoje centro de pesquisa referência nacional em dermatologia e referência mundial em lepra.[carece de fontes]

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Referências

• "Defeitos em bebês elevam temor por uso de talidomida no Brasil, diz 'FT'", 2007-10-02. Página visitada em 2007-10-02.

• Ir para cima↑ Movimento de Reintegração das pessoas atingidas pela lepra• Ir para cima↑ "DECRETO Nº 6.168, DE 24 DE JULHO DE 2007.", 24 de Julho de 2007.

Página visitada em 2007-10-05.• Ir para cima↑ "Mutirão ajuda doentes de lepra a receber benefício", 5 de outubro de

2007. Página visitada em 2007-10-05.• Ir para cima↑ Marques, A. H de Oliveira. Sociedade medieval portuguesa: aspectos da

vida quotidiana. [S.l.]: Sá da Costa (Lisboa), 1987. 98 p.• Ir para cima↑ Marques, A. H. Oliveira. Sociedade medieval portuguesa: aspectos da

vida quotidiana. [S.l.]: Sá da Costa (Lisboa), 1987. 97 p.• Ir para cima↑ Correio da Manhã (31-1-2010).

Casos de lepra em Portugal ligados às migrações Correio da Manhã. Visitado em 3de dezembro de 2012.

• Ir para cima↑ Centro de Medicina de Reabilitação ds Região Centro - Rovisco Pais. História do Centro de Medicina de Reabilitação ds Região Centro. Visitado em 03-12-12.

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Lepra

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Mariane natalicia da silva N°21Fabiana leite da silva N°07

Milena urbana da silva N° 23Kemilyn de Sa Teles Coelho N°15

8°A