lendas

1

Click here to load reader

Upload: eduardo-silva

Post on 18-Dec-2014

218 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Lendas

Guaraná

Dizem os índios que, uma vez, há muito tempo atrás, vivia um casal que não conseguia ter filhos.

Como eles queriam muito uma criancinha, rezaram para que Tupã, o deus supremo, lhes fizesse a vontade. Tupã olhou nos corações do índio e da índia e viu que eles eram bons e honestos. Assim, resolveu atender o desejo do casal e lhes deu de presente um menino.

O indiozinho cresceu forte e bonito, trazendo muitas alegrias a seus pais e à toda a tribo. Porém, o deus da escuridão, chamado Jurupari (você já reparou que há sempre um malvado que vem estragar a alegria dos outros nas histórias de todos os povos?), começou a ter inveja do menino, exatamente porque ele trazia felicidade e muita paz à todos. A inveja cresceu e cresceu, até que Jurupari resolveu acabar com aquilo de vez: aproveitou um momento de distração da criança e, transformando-se em cobra, mordeu o menino e matou-o com seu veneno.

Todos ficaram desesperados com a notícia da morte do indiozinho. Mas, de repente, trovões estrondosos se ouviram nos céus. A mãe da criança morta percebeu que o trovão era a voz de Tupã, dizendo: "Mulher! Planta na terra os olhos de teu filho tão injustamente assassinado. Não posso fazer a criança voltar à vida, mas farei nascer dos olhos dela uma fruta maravilhosa, que muitos prazeres trará ao teu povo!"

Assim a índia fez. Plantou os olhos do filho e, pouco depois, viu brotar da terra uma planta que deu um fruto negro, com um aro ao redor, como se fossem... olhos!

Assim surgiu o guaraná, um fruto da Floresta Amazônica que é usado para dar energia a quem o bebe.

Certamente você já tomou guaraná sob a forma de refrigerante. Mas existe também à venda o pó para fazer refresco. Que tal experimentar um autêntico suco indígena esta semana?

Vitória Régia

Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse.

E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista.

A lua, quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória Régia. Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.