leitura_livros sobre os fundamentos da linguagem visual

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Design e Comunicação Visual foi escrito a partir de um curso que Bruno Munari ministrou na Harvard University, em 1967. A primeira parte do livro chama-se Cartas de Harvard. A maioria dos vinte textos (que compõem as primeiras 80 páginas do livro) começa com a narração de algum acontecimento cotidiano, aparentemente trivial do dia do autor. Em seguida, Munari escreve sobre alguma de suas aulas ou técnicas empregadas e o leitor percebe que o início do capítulo não tinha nada de trivial. Tal estratégia liga, por exemplo, a pluralidade de vestimentas dos alunos dos campi de Harvard à individualidade da expressão de cada um deles nos exercícios propostos. A segunda parte, que se chama Comunicação Visual tem quase trezentas páginas nesta edição que tenho em mãos. Ao definir mensagem visual, Munari a decompõe da seguinte forma (ver imagem abaixo). A Mensagem Visual é composta por Suporte e Informação. O Suporte, por sua vez, em Textura, Forma, Estrutura, Módulo e Movimento. Talvez seja um problema na tradução, mas o uso das palavras “suporte” e “informação” confundem. Na verdade, Munari propõe esse modelo algo que poderia ser descrito como análogo a suporte/significante e informação/significado. Mas a palavra “suporte” pode dar a entender que se trata apenas do papel ou do material “bruto”. Não é o caso. O Suporte de Munari é textura, forma, estrutura, módulo e movimento. No design de uma revista seria todos os materiais significantes, do papel e da ilustração ao projeto gráfico, grelha, sequência das páginas e até mesmo do passar do tempo. Estas 300 páginas da segunda parte são compostas prioritariamente por imagens a partir da página 100. Cada dimensão do Suporte é definida para em seguida ser destrinchada em questões secundárias e derivadas. Formas, por exemplo, é seguida de 22 capítulos, tratando de, por exemplo: simestria; formas interiores do cubo; formas nos líquidos; sequência de formas; etc. E cada capítulo é acompanhado de várias imagens (alguns trabalhos de alunos, inclusive). Bruno Munari apresenta neste livro uma fervorosa defesa do estruturalismo. A corrente filosófica (que influenciou correntes de pensamento na semiótica, antropologia, comunicação etc) acredita que toda a experiência humana e, em alguns casos, todo o mundo físico é regido por estruturas. A bibliografia também não nega. Entre os cinco livros de semiótica está A Estrutura do Ausente, de Umberto Eco. Neste maravilhoso livro, a estrutura é provocativamente “ausente” no título porque, afinal, se a estrutura está em tudo não pode ser “presente”, tampouco. Munari fala de estruturas em rios, por exemplo, e descreve um exercício a partir disso. O livro ainda traz, nas últimas páginas considerações breves sobre a cor e a apresentação do método projetual de Bruno Munari com diagrama e tudo.

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Design e Comunicação Visual foi escrito a partir de um curso que Bruno Munari ministrou na Harvard University, em 1967. A primeira parte do livro chama-se Cartas de Harvard. A maioria dos vinte textos (que compõem as primeiras 80 páginas do livro) começa com a narração de algum acontecimento cotidiano, aparentemente trivial do dia do autor. Em seguida, Munari escreve sobre alguma de suas aulas ou técnicas empregadas e o leitor percebe que o início do capítulo não tinha nada de trivial. Tal estratégia liga, por exemplo, a pluralidade de vestimentas dos alunos dos campi de Harvard à individualidade da expressão de cada um deles nos exercícios propostos.

A segunda parte, que se chama Comunicação Visual tem quase trezentas páginas nesta edição que tenho em mãos. Ao definir mensagem visual, Munari a decompõe da seguinte forma (ver imagem abaixo). A Mensagem Visual é composta por Suporte e Informação. O Suporte, por sua vez, em Textura, Forma, Estrutura, Módulo e Movimento.

Talvez seja um problema na tradução, mas o uso das palavras “suporte” e “informação” confundem. Na verdade, Munari propõe esse modelo algo que poderia ser descrito como análogo a suporte/significante e informação/significado. Mas a palavra “suporte” pode dar a entender que se trata apenas do papel ou do material “bruto”. Não é o caso. O Suporte de Munari é textura, forma, estrutura, módulo e movimento. No design de uma revista seria todos os materiais significantes, do papel e da ilustração ao projeto gráfico, grelha, sequência das páginas e até mesmo do passar do tempo.

Estas 300 páginas da segunda parte são compostas prioritariamente por imagens a partir da página 100. Cada dimensão do Suporte é definida para em seguida ser destrinchada em questões secundárias e derivadas. Formas, por exemplo, é seguida de 22 capítulos, tratando de, por exemplo: simestria; formas interiores do cubo; formas nos líquidos; sequência de formas; etc. E cada capítulo é acompanhado de várias imagens (alguns trabalhos de alunos, inclusive).

Bruno Munari apresenta neste livro uma fervorosa defesa do estruturalismo. A corrente filosófica (que influenciou correntes de pensamento na semiótica, antropologia, comunicação etc) acredita que toda a experiência humana e, em alguns casos, todo o mundo físico é regido por estruturas. A bibliografia também não nega. Entre os cinco livros de semiótica está A Estrutura do Ausente, de Umberto Eco. Neste maravilhoso livro, a estrutura é provocativamente “ausente” no título porque, afinal, se a estrutura está em tudo não pode ser “presente”, tampouco. Munari fala de estruturas em rios, por exemplo, e descreve um exercício a partir disso.

O livro ainda traz, nas últimas páginas considerações breves sobre a cor e a apresentação do método projetual de Bruno Munari com diagrama e tudo.

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Design e Comunicação Visual foi escrito a partir de um curso que Bruno Munari ministrou na Harvard University, em 1967. A primeira parte do livro chama-se Cartas de Harvard. A maioria dos vinte textos (que compõem as primeiras 80 páginas do livro) começa com a narração de algum acontecimento cotidiano, aparentemente trivial do dia do autor. Em seguida, Munari escreve sobre alguma de suas aulas ou técnicas empregadas e o leitor percebe que o início do capítulo não tinha nada de trivial. Tal estratégia liga, por exemplo, a pluralidade de vestimentas dos alunos dos campi de Harvard à individualidade da expressão de cada um deles nos exercícios propostos. A segunda parte, que se chama Comunicação Visual tem quase trezentas páginas nesta edição que tenho em mãos. Ao definir mensagem visual, Munari a decompõe da seguinte forma (ver imagem abaixo). A Mensagem Visual é composta por Suporte e Informação. O Suporte, por sua vez, em Textura, Forma, Estrutura, Módulo e Movimento.

Estas 300 páginas da segunda parte são compostas prioritariamente por imagens a partir da página 100. Cada dimensão do Suporte é definida para em seguida ser destrinchada em questões secundárias e derivadas. Formas, por exemplo, é seguida de 22 capítulos, tratando de, por exemplo: simestria; formas interiores do cubo; formas nos líquidos; sequência de formas; etc. E cada capítulo é acompanhado de várias imagens (alguns trabalhos de alunos, inclusive).

Bruno Munari apresenta neste livro uma fervorosa defesa do estruturalismo. A corrente filosófica (que influenciou correntes de pensamento na semiótica, antropologia, comunicação etc) acredita que toda a experiência humana e, em alguns casos, todo o mundo físico é regido por estruturas. A bibliografia também não nega. Entre os cinco livros de semiótica está A Estrutura do Ausente, de Umberto Eco. Neste maravilhoso livro, a estrutura é provocativamente “ausente” no título porque, afinal, se a estrutura está em tudo não pode ser “presente”, tampouco. Munari fala de estruturas em rios, por exemplo, e descreve um exercício a partir disso.

O livro ainda traz, nas últimas páginas considerações breves sobre a cor e a apresentação do método projetual de Bruno Munari com diagrama e tudo.

Ora traduzido por “Ponto, Linha, Plano“, ora como “Ponto e Linha Sobre Plano“, o livro de Wassily Kandinsky originalmente se chama Punkt und Linie zu Fläche no original em alemão. O artista e teórico foi um dentre o primeiro grupo de “mestres” da Bauhaus. Ensinou nesta universidade de 1922 até seu fechamento em 1933, pelo regime nazista.

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Ponto, Linha, Plano foi lançado pela primeira vez em 1926, em Munique. Fazia parte da coleção Bauhaus Bucher, dirigida pelo então diretor da instituição, Walter Gropius e por Lászlo Moholy-Nagy. Junto a Do Espiritual na Arte e Curso da Bauhaus foram a tríade das obras teóricas de Kandinsky.

Esta edição brasileira, da coleção arte&comunicação” da edições 70 foi lançada em… 1970. Além dos prefácios e da introdução, os capítulos são justamente estes três elementos fundamentais: ponto, linha e plano original. O apêndice traz 25 aplicações dos conceitos abordados no livro.

O excerto abaixo da apresentação por Philippe Sers, descreve bem a proposta de Kandisnky:

“O estudo, para Kandinsky, deve começar pelos elementos mais simples que são também os elementos necessários sem os quais nenhuma pintura é possível. [...] Ponto-Linha-Plano é dedicado à análise de dois elementos fundamentais da forma: o ponto, elemento a partir do qual decorrem todas as outras formas, e a linha. O método aqui proposto consiste no estudo desses dois elementos primeiro em abstrato, sem suporte material, depois em relação com uma superfície material, ou seja, com o plano.”

Luciano Guimarães é jornalista, designer, doutor em Comunicação e Semiótica e professor da UNESP. Em 2001 lançou o livro A Cor como Informação – a construção biofísica, linguística e cultural da simbologia das cores.

A partir do trabalho do semioticista Ivan Bystrina (especialmente Semiótica da Cultura), o livro atravessa os vários níveis (biofísicos, linguísticos e culturais ) que estão envolvidos na linguagem das cores.

Os títulos de capítulos são um tanto lúdicos:1. Introdução: preto no branco2. Capítulo violeta: a cor para todos os olhares3. Capítulo azul: a cor profunda4. Capítulo verde: fotossíntese da cor5. Capítulo amarelo: tesouros do arco-da-velha

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6. Capítulo laranja: a hora da digestão7. Capítulo vermelho: violência e paixão8. Conclusão: cinza no ventilador

Confesso que foi este livro que finalmente me fez entender o sistema aditivo e o subtrativo na composição de cores, e como eles se relacionam. O “Capítulo verde: fotossíntese da cor” trata dos vários sistemas de cor existentes, dos métodos compositivos e das diversas denominações conflituosas das características da cor, propondo o estabelecimento de matiz, valor e croma.

O capítulo Vermelho é a aplicação do que foi discutido no livro, depois de ter culminado numa síntese durante o capítulo Laranja. A análise do uso do vermelho nas capas da revista Veja é bastante interessante. Conotações ideológicas, biológicas ou conjunturais são observadas durante os mais de 30 anos de publicação analisados.

Este livro foi lançado em 2001. Em 2003, o autor lançou “As Cores na Mídia – a organização da cor-informação no jornalismo”, todo voltado para análise da cor em produtos jornalísticos como telejornais, jornais impressos, revistas e websites.

A tradução do título do livro da designer e professora Donis A. Dondis é enganador. Sintaxe da Linguagem Visual é uma “tradução” muito inadequada, que pode fazer um leitor desavisado não se interessar ou, pior, evitar o livro.

Na verdade, o título original é “A Primer of Visual Literacy”. Uma tradução correta seria algo como “Princípios de alfabetismo visual”. O nome do livro vem da reivindicação da autora de que “se a invenção do tipo móvel criou o imperativo de um alfabetismo verbal universal, sem dúvida a invenção da câmera e de todas as suas formas paralelas, que não cessam de se desenvolver, criou, por sua vez, o imperativo do alfabetismo visual universal, uma necessidade que há muito se faz sentir.”Mas a autora não se limita a diagnosticar o problema. O livro é uma solução muito bem sucedida.

Depois do prefácio do qual foi retirado o excerto acima, e de um capítulo sobre alfabetismo visual, somos introduzidos à Composição: fundamentos sintáticos do alfabetismo visual, no

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caso: equilíbrio, tensão, nivelamento e aguçamento, vetor do olhar, atração e agrupamento, positivo/negativo.

No capítulo seguinte, Elementos Básicos da Comunicação Visual, a autora decompõe a matéria visual em Ponto, Linha, Forma, Direção, Tom, Cor, Textura, Escala, Dimensão e Movimento, e trata de cada um deles minuciosamente, sempre com exemplos.

Em seguida, Anatomia da Mensagem Visual trata dos níveis de expressão e recepção das mensagens visuai: o representacional, o abstrato e o simbolico, e a interação entre os três níveis. Em A Dinâmica do Contraste, a autora discorre sobre a técnica mais importante no controla de uma mensagem visual, o Contraste, e sua aplicação aos elementos básicos da comunicação visual.Técnicas Visuais: Estratégias de Comunicação, traz dezenove pares conceituais como: Simetria/Assimetria, Simplicidade/Complexidade, Neutralidade/Ênfase e sua aplicação intencional a peças de comunicação, trazendo vários exemplos, principalmente de cartazes.

Síntese do Estilo Visual apresenta a noção de estilo e cinco grandes grupos: Primitivismo, Expressionismo, Classicismo, Estilo Ornamental, e Funcionalidade.Artes Visuais: Função e Mensagem, depois de falar sobre alguns aspectos universais da comunicação visual, traz seções dedicadas a cada uma das principais artes visuais: escultura, arquitetura, pintura, ilustração, design gráfico, artesanato, desenho industrial, fotografia, cinema e televisão.

Por fim, depois de todas as lições, a autora fecha o livro com um capítulo de título auto-explicativo: Alfabetismo Visual: Como e Por Quê. O livro foi originalmente registrado em 1973. São facilmente identificadas as influências da Psicologia da Forma, confirmada com a presença de Rudolf Arnheim na bibliografia. É uma pena que, apesar da iniciativa da autora de criar um guia para o alfabetismo visual, não seja prática constante no ensino básico a presença de disciplinas deste tipo. A preocupação da autora chega ao ponto de que cada capítulo traz ao final alguns exercícios de aplicação do conhecimento adquirido.

De qualquer forma, é um livro básico exemplar. Vale a compra para uso próprio, se você estuda design ou comunicação, ou simplesmente quer entender melhor o que vê à sua volta. Vale como guia, para quem precisa ensinar comunicação visual, seja para ensino médio ou superior. Seja para disponibilização para alunos ou mesmo como meta a ser seguida na construção de outro guia ou manual mais específico, como no meu caso (estou escrevendo o manual de diagramação de uma revista).

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Gestalt é uma palavra alemã “intraduzível”, algo como forma ou configuração. A psicologia da Gestalt (não confundir com um ramo da psicoterapia desenvolvido depois) começou a ser estabelecida no início do século XX. Arte e Percepção Visual é a maior obra que aplica os conceitos dessa corrente às obras de arte visuais.

Lançado em 1954 e consistentemente revisado em 1974, o livro de Rudolf Arnheim se mantém ao longo dos anos como bibliografia básica em cursos de artes, design e comunicação visual.

Sem nenhum rigor, poderia dizer que a psicologia da Gestalt (ou psicologia da forma) descobriu que “o todo é maior que a soma das partes”. Ou seja, uma experiência não pode ser definida pela enumeração de suas componentes. A apreensão da realidade é influenciada por algumas leis da mentes humana. Por isso a “visão criadora” do título. Cada pessoa organiza os estímulos que chegam através da visão por meio de leis comuns.

Quatro princípios da psicologia da Gestalt podem ajudar a explicá-los: tendência à estruturação; segregação figura-fundo; pregnância da boa forma; constância perceptiva. Todas se referam a tendência natural para a estabilidade.

Sobre a tendência à estruturação, as formas são agrupadas de acordo com semelhança e proximidade, na forma mais simples. A segregação figura-fundo é “fácil” de entender. Afinal, uma figura só existe inscrita em um fundo. Ou é possível ver um triângulo amarelo no fundo de mesma cor? Um experimento que causa algum desconforto é a clássica figura cálice-rostos.

A pregnância da boa forma é uma característica da percepção humana que faz com que uma configuração qualquer seja percebida mais facilmente da forma simples e equilibrada. O exemplo ao lado é salutar? Pq vemos um triângulo e um retângulo, ao invés de uma forma irregular com 10 lados ou três formas diferentes? É a tendência pela “boa forma”. As coisas são “vistas” da maneira mais simples e fácil.

Tamanho, forma e cor tendem a se manter. Por isso, pelos mecanismos de compreensão da constância perceptiva, os seres humanos “ignoram” algumas mudanças puramente visuais, como a aparente mudança de tamanho de um objeto ao mover-se pelo espaço, as condições de iluminação em relação à cor, e a forma, em relação ao ângulo.

A minha descrição não passa de uma “pincelada” sobre o valor destas quase 500 páginas. O livro é dividido em dez capítulos: 1. Equilíbrio; 2. Configuração; 3. Forma; 4. Desenvolvimento; 5. Espaço; 6. Luz; 7. Cor; 8. Movimento; 9. Dinâmica; e 10. Expressão.

Cada capítulo possui de dez a vinte seções, abordando problemas como: Peso; Direção; O que é uma parte?; Projeções; Interação entre o plano e a profundidade; Consequências educacionais; Linha e contorno; Transparência; Sombras; A busca da harmonia; As revelações da velocidade; Experimentos sobre tensão dirigida; Composição dinâmica; Simbolismo na arte; etc etc etc.

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A compreensão da psicologia da Gestalt e a investigação realizada por Arnheim podem ser utilizadas para uma melhor prática do design gráfico, como no design de revistas, por exemplo. Já escrevi aqui sobre diagramação sequencial de revistas, usando como exemplo a revista Realidade #7. A imagem mostra como as leis da simplicidade, associadas à disposição espacial, fazem com que os desenhos abaixo sejam lidos como um objeto em sucessão temporal.

O LP ao lado, design de Josef Muller-Brockmann, por exemplo. Mesmo com essa sobreposição de cores, simulando camadas transparentes (que está na moda, vejo em todo canto), as formas são compreendidas como círculos.

É claro que a maioria dos conceitos e descobertas da psicologia da forma são praticados naturalmente por todas as pessoas. Afinal, são variações de outras experiências humanas mais comuns e triviais (sem juízo de valor aqui). Mas, antes de serem a formulação de obviedades, a pesquisa, compreensão, discurso e debate contidos neste livro significam o refinamento da própria vida.