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1 Professora PDE com formação em Língua Portuguesa e Literatura. Docente do Colégio Estadual

Professora Luiza Ross.

2 Professora orientadora do PDE - FAFIPAR

LEITURA TAMBÉM SE APRENDE: UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM DA

LEITURA ATRAVÉS DA ESTÉTICA DA RECEPÇÃO.

Autora: Mariuza Pereira de Freire1

Orientadora: Ms. Daniela Zimmermann Machado

2

Resumo

Ao repensar o papel da leitura no ensino-aprendizagem, a proposta do projeto desenvolvido foi buscar passos para a produção de sentido textual no contexto escolar, para que a leitura em sala de aula não se tornasse uma atividade isolada, mas que permitisse ao leitor-aluno sua identificação com o mundo. No ambiente escolar, as práticas de leitura, principalmente no ensino fundamental, têm sido apontadas como co-responsáveis pelos déficits diagnosticados nos exames de avaliação nacional e também pelo afastamento do educando da literatura. Partindo dessa problemática, pensou-se em uma abordagem da prática de leitura em que o educando compreendesse e se envolvesse com o texto lido e que essa aproximação com a leitura pudesse melhorar sua capacidade de interpretação e, em consequência, seu desempenho escolar. Através do método recepcional, proposto por Aguiar e Bordini (1993), o trabalho desenvolvido trouxe como proposta um amadurecimento do sujeito enquanto leitor que participa constantemente de sua própria formação. O presente artigo explicita os resultados obtidos na implantação dessa proposta através de uma unidade didática produzida em 2011, como material integrante do PDE. O material produzido foi utilizado com alunos da 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental. Explicitamos também o trabalho desenvolvido com o Grupo de Trabalho em Rede, com professores da rede estadual do Estado do Paraná.

Palavras chaves: leitura; texto; literatura; sujeito; PDE.

1 Introdução

Este estudo tem por objetivo discutir o uso de metodologias para a

aprendizagem da leitura nas escolas da rede pública Estadual, relatando algumas

possibilidades de trabalho voltadas para a prática pedagógica, tendo como base de

trabalho a estética da recepção, fundamentado por Aguiar e Bordini (1993). O

estudo aqui exposto ocorreu durante o período de participação no Programa de

Desenvolvimento Educacional, em 2010 e 2011, e consiste em uma proposta de

intervenção na realidade escolar, primando pelo aperfeiçoamento das habilidades

textuais, nos alunos. O programa envolve também a produção de material de apoio

didático com atividades voltadas para o ensino/aprendizagem em língua portuguesa,

assim como a participação do professor PDE como professor-tutor num Grupo de

Trabalho em Rede. Em razão disso, relato a participação de alguns professores da

rede pública estadual, inscritos no GTR “Leitura também se aprende: uma proposta

de aprendizagem da leitura através da estética da recepção” realizado em 2011, e

suas percepções quanto às possibilidades de trabalho com as metodologias usadas

para trabalhar a aprendizagem da leitura.

Ao participar do PDE, tive por objetivo estudar de forma mais aprofundada

sobre o Ensino/aprendizagem da língua Portuguesa, através da aprendizagem da

leitura. E durante este período foi produzido um material de apoio didático que, de

acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, veio a contribuir com a

prática pedagógica dos professores da rede pública do Estado.

Esse material didático, que se apresentou como um projeto e se findou com a

produção deste artigo, pretendeu discutir a formação de leitores autônomos que, a

partir desse trabalho, possam buscar seu próprio caminho como leitor, ampliando

seu universo de conhecimentos. A proposta de trabalho partiu das dificuldades

encontradas no ambiente de trabalho, assim como na partilha com os colegas

professores que sofrem com o mesmo problema que é o trabalho com a dificuldade

de compreensão da leitura. O projeto foi aplicado no Colégio Professora Luiza Ross,

localizado na periferia da cidade de Curitiba e atende a uma clientela na sua maioria

de baixa renda. Os alunos advindos das escolas municipais que chegam para 5ª

série (6º ano) apresentam grande dificuldade em leitura e interpretação. Essa

dificuldade é percebida há muitos anos consecutivos, através de uma avaliação

diagnóstica com esse público, realizada pela escola logo nas primeiras semanas do

ano letivo. Realidade que faz parte do contexto nacional e que ficou evidenciada

através do IDEB, em que nossa escola teve a média 4,1.

Com base nessas experiências e conhecedora da clientela local há dez anos,

a proposta desse projeto propôs buscar uma teoria que embasasse a prática de um

trabalho com a literatura infanto-juvenil no intuito de diminuir esse déficit de

aprendizagem. De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa:

...a leitura deve ser vista como um ato dialógico, interlocutivo e o leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.(DIRETRIZES CURRICULARES DE LINGUA PORTUGUESA,2008 p. 71)

Nesse contexto, o projeto teve como intuito aproximar o educando da

literatura infanto-juvenil através da interação entre o grupo na troca de experiências,

no relato das sensações e sentimentos provocados pela obra. Além disso, a

proposta do projeto tinha como objetivo buscar passos para uma produção de

sentido, para que a leitura não fosse (e não seja) um ato isolado, mas que permita

ao leitor sua identificação com o mundo.

Para o desenvolvimento das atividades foram organizadas algumas etapas.

Na primeira delas, antecipando a produção do Material Didático, foi feita uma

pesquisa com os alunos da 5ª série/6º ano sobre preferências de temas para a

leitura. Nessa pesquisa constatou-se que os alunos interessavam-se por leituras

curtas e que continham humor. Partindo desse pressuposto, ao organizar o Material

Didático, optei por iniciar com os textos do livro “As Anedotinhas do Bichinho da

Maçã” - Ziraldo. Na sequência das atividades, para manter os textos que envolviam

humor, trabalhei com as crônicas de Stanislaw Ponte Preta e Luis Fernando

Veríssimo. O trabalho desenvolvido atingiu em partes o objetivo, pois conseguiu

despertar nos alunos a busca por novas leituras. No entanto, a capacidade de

produção de sentido e interpretação, precisaria de um tempo maior para que

houvesse a percepção dessas mudanças.

2 Fundamentos Teóricos

2.1 Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE é uma política pública

do Estado do Paraná, regulamentado pela Lei 130 de 14 de julho de 2010, que

busca estabelecer o diálogo entre professores do ensino superior com os da

educação básica, por meio de atividades teórico-práticas orientadas. O programa

objetiva proporcionar aos professores da rede pública estadual alguns recursos que

auxiliem no desenvolvimento de suas práticas educacionais, contribuindo para um

melhor redimensionamento de suas aulas. (BRASIL, Ministério da Educação, 2012).

O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE pressupõe o

reconhecimento dos professores como produtores de conhecimento sobre: o

processo ensino-aprendizagem; a organização dos programas de formação

continuada; a criação de condições efetivas, no interior da escola, para o debate e

promoção de espaços para a construção coletiva do saber (SEED, 2012).

A estrutura organizacional do PDE está representada, para fins didáticos, no

Plano Integrado de Formação Continuada, constituindo-se de três eixos de

atividades, são elas: teórico-práticas, de aprofundamento teórico e didático-

pedagógicas, com utilização de suporte tecnológico, sendo todas realizadas no

decorrer do Programa, composto de quatro períodos semestrais, distribuídos em

dois anos (PARANÁ, SEED, 2012).

Os trabalhos do PDE se distribuem em cursos de formação e

aperfeiçoamento pessoal e profissional, elaboração e implantação de um projeto de

intervenção para a escola de rede pública estadual em que o professor faz parte

(específico para um tema abrangente de sua área de trabalho e que esteja de

acordo com a relevância docente) e encontros de orientações a esse respeito.

Também inclui no Programa de Desenvolvimento Educacional, como atividades do

professor participante do PDE, um sistema de Educação a Distância - EaD, através

de uma plataforma Moodle, em que o professor é responsável pelas tutorias,

desenvolvimento teórico e níveis de aproveitamento, criando um Grupo de trabalhos

em Rede – GTR. Os Grupos de Trabalho em Rede constituem-se em uma

atividade do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, que se caracteriza

pela interação virtual entre os Professores PDE e os demais professores da Rede

Pública Estadual. O GTR se apresenta pelos objetivos de: incentivar o

aprofundamento teórico-metodológico, nas áreas de conhecimento; possibilitar

novas alternativas de formação continuada para os professores da Rede Pública

Estadual; viabilizar mais um espaço de estudo e discussão sobre as especificidades

da realidade escolar; socializar o Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola

elaborado pelo professor PDE com os demais professores da Rede.

O GTR também promove a inclusão virtual dos Professores como forma de

democratizar o acesso da Educação Básica aos conhecimentos teórico-práticos

específico das áreas e disciplinas trabalhadas no Programa. E para o

desenvolvimento dessa atividade são ofertados aos professores cursos de

Informática Básica, Tutoria em EAD e ambientação em SACIR e MOODLE. (SEED,

2012).

Ao término, e já com a retomada às atividades em sala pelo professor PDE,

conclui-se todo o trabalho com um artigo final, apontando conceitos teóricos e

práticos, desenvolvimento dos trabalhos e aproveitamento, tanto pelo GTR como

pela intervenção docente realizada na escola. Lembrando que todo esse

procedimento foi submetido à orientações e suportes técnicos, com seus devidos

prazos, pareceres e normas. Assim, o Programa de Desenvolvimento Educacional –

PDE promove uma nova concepção de Formação Continuada que constitui a política

de valorização dos professores que fazem parte da Rede Pública Estadual de

Ensino do Estado do Paraná (SEED, 2012).

Este artigo vem ao encontro do cumprimento do último período, finalizando os

trabalhos relativos ao PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional 2010, que

se iniciaram em 22/09/10 com um Seminário de Integração e finalizou em 02/12/11

com o encerramento da implementação da intervenção pedagógica na escola.

2.2 Leitura também se aprende: Uma proposta de aprendizagem da leitura

através da estética da recepção

A leitura que se pretendeu abordar nesse projeto é muito mais que a

decifração da escrita como simples código, daí a escolha de uma abordagem diante

de tantas teorias e concepções sobre sua aprendizagem. Tendo como parâmetro

que a leitura “não perpassa somente por quem escreve como também por quem lê”

(ORLANDI, 2005, p.58), optamos por um encaminhamento embasado pela Estética

da Recepção, que tem como proposta reconhecer o papel do leitor e a maneira

como o texto age sobre ele. É no território da leitura que se traçam o diálogo que

leva a pressupor que para se escrever é necessário ler. Assim, para melhor se

compreender a leitura, faz-se necessário ler de forma criativa, não necessariamente

literal, atendendo-se aos níveis de ensino. Na década de 60, foi criado o primeiro

departamento de Ciência da Literatura, na Universidade de Konstanz, na Alemanha.

Através de um grupo de estudiosos que procuravam renovar os estudos literários,

tendo em vista profundos “questionamentos sobre as análises marxistas ou

sociológicas que concebem o texto literário unicamente como produto direto das

situações sociais” (SOUZA, 2004, p.181), surgindo assim, o início das formulações

teóricas da estética da recepção. Entre estes estudiosos, Hans Robert Jauss foi

considerado o que melhor concebeu suas regras e idéias. Para ISER (1996), a

estética da recepção caracteriza-se pela interpretação da leitura e as relações entre

o texto, autor e o leitor em suas diversas esferas.

a recepção, no sentido estrito da palavra, diz respeito à assimilação documentada de textos e é, por conseguinte, extremamente dependente de testemunhos, nos quais atitudes e noções se manifestam enquanto fatores que condicionam a apreensão do texto. Ao mesmo tempo, porém, o próprio texto é a prefiguração da recepção, tendo com isso um potencial de efeitos cujas estruturas põem a assimilação em certo curso e a controlam até certo ponto. (ISER, 1996, v. 1, p. 7).

A proposta da estética da recepção é entender a literatura como um processo

que reconhece o papel do leitor – elemento até então pouco considerado pela teoria

da literatura – na interação entre autor e público. O centro de interesse passa a ser o

receptor e a maneira como o texto age sobre ele. Segundo Aguiar e Bordini (1993)

o caráter iluminista dessa teoria, que no fundo pretende investir a literatura de arte de uma forma revolucionária, capaz de afetar a História, insiste na qualificação dos leitores pela interação ativa com os textos e a sociedade.(AGUIAR E BORDINI, 1993, p.85)

A partir dessa teoria, o leitor e suas implicações com o texto lido passam a

fazer parte das análises estudadas como formação do sujeito através da leitura. A

estética da recepção busca a participação ativa do leitor através de algumas etapas:

a. Determinação do horizonte de expectativas

Através de vivência pessoal, familiar, social, religiosa, entre outras, vamos

construindo nossos horizontes, nossos conhecimentos. Quando recebemos um

texto, ativamos toda essa bagagem para melhor compreendê-lo.

b. Atendimento do horizonte de expectativas

Atender a esse horizonte é trazer para o educando leituras que o identifique

dentro do contexto que ele já conhece. Satisfazer a necessidade do aluno.

c. Ruptura do horizonte de expectativas

Essa etapa tem como objetivo fazer uma ruptura na expectativa do leitor,

trazendo leituras que mexam com as certezas dos alunos, porém deve-se procurar

uma ligação com o texto anterior que pode ser o tema ou a estrutura do texto.

d. Questionamento do horizonte de expectativas

Nessa etapa, o aluno é levado a questionar as duas leituras anteriores,

buscando uma reflexão sobre dificuldades que tiveram em cada uma, qual trouxe

maior interesse, o comportamento do grupo perante à obra, dificuldades que

surgiram e como foram sanadas.

e. Ampliação do horizonte de expectativas

Após a reflexão feita na etapa anterior e o conhecimento alcançado, nesse

momento é como se recomeçassem as etapas anteriores, mas agora com um

horizonte maior. Os alunos escolherão novas leituras e o processo se repetirá, agora

com maior consciência por parte do educando.

Através do método recepcional, o presente trabalho trouxe como proposta um

amadurecimento do sujeito enquanto leitor que participa constantemente dessa

formação. Tendo como base “pensar o sujeito em constante interação com os

demais, através do debate, e ao atentar para a atuação do aluno como sujeito da

própria História.” (AGUIAR E BORDINI, 1993, p.86), pressupõe-se que a interação

proporcionada pelo método e mediada pelo professor promoverá uma atitude

emancipatória da parte do educando nas suas buscas futuras de leitura.

3. Métodos e Procedimentos

3.1 Da implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na escola

O Projeto de Intervenção Pedagógica foi implementado no Colégio Estadual

Professora Luiza Ross, tendo como público-alvo alunos das 5ª séries/ 6º anos, no

segundo semestre de 2011.

3.1.1 Procedimento da implementação pedagógica na escola

ETAPA 1 – AULA 1

Determinação do horizonte de expectativas.

Para determinar o horizonte de expectativas, o primeiro encontro com o grupo

de leitores foi realizado na biblioteca. Sobre as mesas estavam vários livros

dispostos aleatoriamente. Desde contos, crônicas, poesias, gibis, etc. Nesse

momento, observei os títulos mais procurados ou comentados entre os colegas. Em

seguida, reuni os alunos e pedi para que eles comentassem o que acharam

interessante e o porquê. As perguntas norteadoras dessa conversa inicial foram:

Quais textos eram mais familiares? Que textos eles achavam mais difíceis ou mais

fáceis de compreender? Que tipo de texto era mais acessível? Por quê? O que mais

chamava a atenção ao escolher uma leitura?

ETAPA 2 – AULA 2 e 3

Atendimento do horizonte de expectativas.

Partindo do resultado da pesquisa feita anteriormente com as turmas e

também da etapa anterior, onde os alunos procuraram os textos mais curtos e com

certo nível de humor, para atender esse horizonte de expectativas, os textos

selecionados foram as anedotas de Ziraldo no livro “O Bichinho da maçã”.

a) O Louco

In: PINTO, Ziraldo Alves. As Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Cia.

Melhoramentos, 1988. (p.5).

b) O Ladrão

In: PINTO, Ziraldo Alves. As Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Cia.

Melhoramentos, 1988. (p.8-10).

c) Juquinha

In: PINTO, Ziraldo Alves. As Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Cia.

Melhoramentos, 1988.( p.11-12).

d) Pai e Filho

In: PINTO, Ziraldo Alves. As Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Cia.

Melhoramentos, 1988.(p. 12-13).

e) Joãzinho e Professora da roça

In: PINTO, Ziraldo Alves. As Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Cia.

Melhoramentos, 1988. (p.16).

f) Outra do Juquinha

In: PINTO, Ziraldo Alves. As Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Cia.

Melhoramentos, 1988. (p. 18).

f) Madame e a lavadeira

In: PINTO, Ziraldo Alves. As Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Cia.

Melhoramentos, 1988.(p.19)

ATIVIDADES:

No primeiro momento, os alunos fizeram a leitura silenciosa. Em seguida, os

alunos fizeram a leitura em voz alta e, por último, em forma de diálogo. Após a

leitura, fiz os questionamentos sobre como é tratado o humor nos textos. Os

questionamentos foram:

- A forma como o texto está escrito mostra que é uma anedota?

- O que há em comum entre todos os textos?

- Como o humor se manifesta, que elementos determinam que se trata de um

humor?

- Há algum sentido oculto que é necessário entender para que haja humor?

- Algum sentido ambíguo na linguagem?

- Podemos ler uma anedota como se lêssemos uma notícia de jornal? Por

quê?

- Você teve dificuldades em compreender o elemento linguístico responsável

pelo humor?

AULA 3

Para essa atividade, os alunos pesquisaram outras anedotas e contaram para

o grupo, exercitando a oralidade. Após cada apresentação, os mesmos

questionamentos da aula anterior foram feitos. Também fizeram uma comparação

entre a facilidade ou dificuldade apresentada no entendimento das anedotas escritas

e as contadas oralmente. Em seguida algumas atividades de interpretação dos

textos selecionados pelos alunos foram propostas, para perceber o nível de

compreensão do texto como um todo. Procurei interagir conforme a percepção das

anedotas trazidas pelo aluno com atividades de interpretação:

- Quem são os personagens do texto?

- Qual a situação inicial?

- Há um diálogo no texto?

- O que acontece no desenvolver da história?

ETAPA 3 – AULAS 4, 5 e 6

Ruptura do horizonte de expectativas

Neste momento, para romper com a forma do humor tratado na anedota, o

gênero escolhido foi a crônica. Os autores trabalhados foram Stanislaw Ponte Preta

e Luís Fernando Veríssimo.

AULA 4

Textos: Prova falsa e Testemunha tranquila, de Stanislaw Ponte Preta.

ATIVIDADES:

Após a leitura das crônicas “Prova falsa” e “Testemunha tranquila”, comentei

sobre o autor Stanislaw Ponte Preta, e em seguida abordei algumas questões:

- Há palavras desconhecidas? É possível perceber o significado dentro do

contexto? Algum aluno conseguiu entender melhor o texto? Que universo de

conhecimentos permitiu isso?

- De que forma o humor foi abordado? De maneira mais direta ou indireta? O

que é preciso saber para entender o humor presente na crônica?

- Na crônica “Prova falsa”, o cachorrinho dá várias provas de que é realmente

muito desobediente. Quais são elas?

- Qual a relação do título da crônica com o desenrolar da história?

- Em que momento se dá o humor do texto?

- Por que razão o personagem se sente culpado no final da história?

Observação: A crônica “Testemunha tranquila” foi apresentada no primeiro momento

sem o último parágrafo.

- Foi possível perceber a utilização de humor nessa crônica?

- Como você acha que terminou esse texto? Por que o personagem não

socorreu a vítima?

- É elemento comum entre os textos que você leu até agora deixar o

desencadeador de humor para último instante? Isto torna o texto mais interessante?

- Antes ainda de conhecer o final do texto, pense: Porque o título “Testemunha

tranqüila”?

Em seguida, apresentei o último parágrafo da crônica.

AULA 5

TEXTOS: O homem que vivia anedotas e O homem trocado de Luis Fernando

Veríssimo

ATIVIDADES:

Após a leitura de cada crônica, apontei alguns questionamentos para a

compreensão do texto.

- Há palavras desconhecidas? É possível perceber o significado dentro do

contexto? Algum aluno conseguiu entender melhor o texto? Que universo de

conhecimentos permitiu isso?

- De que forma o humor foi abordado? De maneira mais direta ou indireta? O

que é preciso saber para entender o humor presente na crônica?

- Qual a diferença entre o momento escolhido para desencadear o humor

entre os textos de Stanislaw Ponte Preta e Luis Fernando Veríssimo?

Na primeira crônica há referência ao personagem típico das anedotas

“Juquinha”. Geralmente nas anedotas ele é ainda criança, aqui o autor retoma o

personagem já adulto falando sobre sua própria vida.

- Como Juquinha se sente? Ele acha que sua vida foi engraçada?

- Com quem ele está conversando durante a crônica?

- Você conseguiu compreender todas as situações relatadas por ele?

- Em alguma delas, você não conseguiu entender o elemento que

desencadeia o humor? Qual?

- O que não permitiu que você percebesse esse elemento?

- Você sabe quem foi Betty Friedman? Que importância tem essa informação

para o entendimento do texto?

Na segunda crônica, o personagem Lírio vive uma sucessão de enganos em

sua vida. Partindo dessas trocas, o texto vai revelando algumas situações de humor.

Antes da leitura do texto, trabalhei com algumas suposições partindo do título.

- Sobre o que essa crônica trataria? Por que esse título “O homem trocado”?

Que troca eles imaginam que seja essa?

Depois da leitura: -

Que sequência de enganos Lírio viveu?

- Em alguma dessas sequências, você não conseguiu entender o elemento

que desencadeia o humor? Qual?

- Por que o personagem preferia estar desenganado pelo médico?

- A enfermeira se assusta quando ele fala que era só uma apendicite. Por

quê?

- Qual o elemento principal que desencadeia o humor?

Observação: Nas atividades de compreensão das crônicas, é importante que o

trabalho tenha um pouco mais de trocas entre os alunos e professor. Alguns

recursos de pesquisa como dicionários e pesquisa virtual ajudariam também.

AULA 6

Nessa etapa, os alunos tiveram acesso a livros dos autores trabalhados que

fazem parte da coletânea da biblioteca escolar.

PINTO, Ziraldo Alves. As Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Cia.

Melhoramentos, 1988.

PONTE PRETA, Stanislaw. Dois amigos e um chato. São Paulo: Moderna,

2003.

VERÍSSIMO, Luís Fernando. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática,

2007.

_____________________. Comédias para se Ler na Escola. Rio de Janeiro:

Objetiva, 2001.

Foram disponibilizados também outros autores que tratam o humor nos seus

temas. Os alunos escolheram suas leituras entres estas e, em seguida, escolheram

os textos que mais gostaram para ler e comentar com seus colegas, sempre com a

participação do professor para dar o encaminhamento dos questionamentos de

compreensão dos textos.

ETAPA 4 – AULA 7

Questionamento do horizonte de expectativas.

Nessa etapa, o questionamento feito foi sobre os dois momentos anteriores:

O atendimento ao horizonte de expectativas e o Rompimento do horizonte de

expectativas, buscando uma reflexão sobre dificuldades que tiveram em cada uma,

qual trouxe maior interesse, qual foi o comportamento do grupo perante a obra,

dificuldades que surgiram e como foram sanadas. O papel do professor, nessa

etapa, consiste em fomentar a discussão para que os alunos percebam sua

evolução e amadurecimento de sujeito leitor. Poderá ser feito através de registro

escrito ou oral, o importante mesmo é que os alunos participem e percebam a

evolução que houve em relação ao entendimento dos textos lido e percebam assim

que o desafio de se tornar um leitor autônomo pode ser vencido.

Percebi que, ao romper o horizonte de expectativas, os alunos tiveram um

pouco de dificuldade para entender o texto crônica, por não entender algum

elemento desencadeador do humor. Para tornar possível o entendimento, eles

partilharam o que não entendiam e, com a minha mediação, alguns alunos que

tinham um universo maior de conhecimento sobre o assunto puderam auxiliar os

colegas nesse momento. Em outros, fomos buscar pesquisa no ambiente virtual.

Depois de realizada a pesquisa, voltávamos para o texto a fim de inserir o

significado dentro do contexto.

ETAPA 5- AULA 8

Ampliação do horizonte de expectativas.

A proposta dessa etapa é que, após a reflexão feita na etapa anterior e o

conhecimento alcançado, os alunos tenham autonomia para fazer uma nova escolha

para recomeçar as etapas, no entanto espera-se que nesse momento seu horizonte

esteja ampliado. Os alunos escolherão novas leituras e o processo se repetirá,

agora com maior consciência por parte do educando. Utilizando a biblioteca escolar,

os alunos farão uma pesquisa para a escolha de um novo tema ou um novo gênero,

que poderá romper totalmente com o que estava seguindo até o momento. Poderá

ser fábulas, poesias, contos ou romances. O resultado da escolha da maioria será

trabalhado uma nova sequência de horizontes de expectativas. Supondo então que

essa escolha seja a poesia. O professor mostrará que, até então, estudamos

anedotas e crônicas e que agora uma nova etapa será iniciada com a poesia.

Poderá iniciar com os seguintes questionamentos:

- Em que a poesia distingue dos textos trabalhados até então?

- O que precisamos acionar para entender esse tipo de texto?

- Que recursos usados na escrita diferenciam esse texto?

3.2 Do GTR – Grupo de Trabalho em Rede

As atividades de GTR iniciaram-se em 10-10-2010 e terminaram em 06-12-

2010, dividindo-se em três etapas, todas fundamentadas no Material Didático

Pedagógico. O Grupo de Trabalho em Rede (GTR) que objetiva socializar com os

demais professores da rede as produções e estudos realizados no último ano no

PDE, contribui com sugestões e contribuições apresentadas pelo grupo diretamente

na Implementação do Projeto na Escola e na produção do Artigo Final.

Durante o curso, houve a possibilidade não só de debater o próprio projeto do

PDE, como partilhar experiências dos profissionais da Rede sobre o tema do projeto.

Alguns participantes já tinham a experiência de projeto de leitura com base na

estética da recepção e puderam expor o seu trabalho, contribuindo com relatos de

experiências e outros fizeram a aplicação do Material Didático em suas atividades.

3.2.1 Procedimento GTR

- Fórum 1, Temática I, realizado no período de 10-10-2011 a 24-11-2011.

Atividade: Após ter feito a leitura do Projeto de Intervenção pedagógica na escola,

comente: que encaminhamentos você entende como metodologia necessária para a

abordagem da leitura em sala de aula? Você conhece a estética da recepção? Já

utilizou essa metodologia? Na sua opinião, esse encaminhamento poderia formar

um leitor autônomo?

Relato de um professor cursista: “Já trabalhei algumas vezes com o método

recepcional e vi que por meio desta metodologia os alunos se interessam mais pela

leitura e se tornam com o tempo leitores autônomos. Vale ressaltar que este é um

trabalho longo e que os objetivos se mostram ao longo do processo de

aprendizagem. Como trabalho com quinta série, penso ser importante despertar o

gosto pela leitura nesta fase, para que os frutos sejam colhidos futuramente. Tomei

conhecimento deste método por meio da participação em um módulo no Curso de

Especialização, também porque o mesmo foi tema de um Grupo de Estudo ofertado

pela Seed no ano de 2009 e pela leitura das Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa”.

- Diário 1 - Temática I, realizado no período de 10-10-2011 a 24-10-2011.

Atividade: Tendo como base o material de apoio "Projeto de Intervenção

Pedagógica na escola", reflita sobre a importância desse tema para a escola pública.

Faça suas anotações procurando fundamentá-las.

- Fórum 2 - Temática II, realizada no período de 24-10-2011 a 24-11-2011.

Atividade: Socialize neste Fórum de Discussão suas observações referentes à

Produção Didático-Pedagógica. Não se esqueça de interagir com as contribuições

postadas por seus colegas. (No mínimo dois colegas)

Relato de um professor cursista: “Na escola pública encontramos um grupo bastante

diversificado de leitores. Muitas vezes, a única fonte de entrada diária de textos

escritos é fornecida pela escola (bilhetes, tarefas). Enquanto outros têm farta

exposição a fontes escritas em casa e nos lugares que frequentam. Por isso,

concordo que é preciso basear-se em uma teoria e seguir uma metodologia que

ofereça a ampliação do “horizonte expectativas” no leitor por meio de obras distantes

de sua realidade e, gradativamente, entrar em contato com textos mais

complexos.Com certeza,teremos excelente resultados!”

- Diário 2 - Temática II, realizada no período de 24-10-2011 a 21-11-2011.

Atividade: Tendo como parâmetro a Estética da Recepção que tem como centro de

seu interesse o receptor e a maneira como o texto age sobre ele e suas etapas de

horizontes de expectativas, elabore uma justificativa que reflita a relevância ou não

da aplicação dessa Unidade Didática em sua escola.

- Fórum 3 - Temática III, realizada no período de 07-11-2011 a 24-11-2011.

Atividade: Será muito importante socializar com você os avanços e desafios

enfrentados durante a esta fase de Implementação Pedagógica. Por isso, neste

Fórum, estarei relatando e discutindo com vocês as experiências e os resultados

observados no desenvolvimento do meu Projeto na escola. Sua tarefa é a de refletir

e opinar sobre os resultados que apresento, trazendo contribuições para o debate.

Esse é um momento muito importante para o desenvolvimento do meu trabalho no

PDE. Conto com sua participação!

Relato de professor cursista: “Acredito que nossas angústias estão sendo

amenizadas com essa implementação do projeto de intervenção na escola, pois

tomando conhecimento do mesmo e de sua realização com sucesso, decidi

trabalhar com minha turma da 7º série matutina observando o distanciamento com a

leitura e pouco interesse.Iniciando o ação nº 1 e na ação nº2 levei-os à biblioteca

escolar e trabalhamos poemas de Vinícius de Morais e Cecília Meireles fazendo

leitura silenciosa e expor sobre o que sentiu durante a leitura e que sentimento o

texto transmitia. A surpresa maior foi quando vários alunos pediram para ler o

poema para todos. Estou planejando o trabalho com texto jornalístico, pois o

conteúdo que estamos trabalhando é sobre notícias e reportagem. O que você

acha? Abraços!”

- Fórum Vivenciando a prática - Temática III, realizada no período de 07-11-2011 a

21-11-2011.

Atividade: Baseadas nas experiências relatadas no Fórum 3 desta Temática,

referentes à Proposta de Implementação Pedagógica na minha escola, proponho as

seguintes atividades: Escolha uma das três: 1- escolher pelo menos uma ação da

proposta de implementação já apresentada e aplicar em sua escola ou local de

trabalho (adpatando-a quando necessário); 2- relatar uma experiência explicando as

atividades desenvolvidas, as perspectivas alcançadas e/ou frustradas que esteja

relacionada a uma das ações da proposta de implementação; 3- sugerir uma

atividade a ser desenvolvida e os objetivos pretendidos, informando a área de

atuação e relacionando-a com uma das ações da proposta de implementação. Para

isso, cada participante deverá clicar em "acrescentar um novo tópico de discussão"

para apresentar suas ideias e contribuições.

Relato de um professor cursista, sobre experiência de leitura com alunos de 5ª série:

“1)Determinação do horizonte de expectativas: Para determinar o horizonte de

expectativas, fez-se uma investigação por meio de perguntas aos alunos a fim de

verificar quais os gêneros literários eles preferem ler. 2)Atendimento do horizonte de

expectativas: Levando em consideração os interesses demonstrados, buscou-se

atender as expectativas e levou-se uma notícia de jornal retratando o tema

“violência”. 3)Ruptura do horizonte de expectativas: Nesta etapa foram levadas

obras diferentes das trabalhadas na etapa anterior. Desse modo,foi trabalhado o

poema de Carlos Drummond de Andrade “Morte ao Leiteiro”, já que este também

trata do assunto violência. 4)Questionamento do horizonte de expectativas: Na

seqüência os alunos confrontaram as idéias expostas em ambos os textos

trabalhados, fazendo uma reflexão sobre eles. Nesse instante, os leitores debateram

sobre o que dentro das obras foi de fácil compreensão e o que, ao mesmo tempo,

serviu para que seu horizonte de expectativas fosse modificado. 5)Ampliação do

horizonte de expectativas: Depois de refletir sobre a complexidade do texto literário

apresentado , eles demonstraram interesse maior pela literatura e solicitaram

informações sobre outras obras de Carlos Drummond de Andrade, enquanto outros

pediram indicação de obras que retratassem a violência”

Relato de professor cursista: “Fiz essa experiência com os alunos com 5ª série,

á partir do conto de Hans Christian Andersem, A Menina do Fósforo 1) Li com eles o

conto que estava no livro didático; 2) Depois selecionei um vídeo do mesmo conto

para passar na Tv Pen Drive; 3) Levando em conta os interesses demosntrado, fiz

questionamento sobre o tema violência e abandono, pois se tratava de um pai que

surrava a menina se ela não trouxesse o dinheiro do fósforo para casa.

E abandono pois o pai não deixava a menina entrar em casa sem o dinheiro dos

fósforos. A personagem não tinha mãe e avó era velhinha e a personagem se sentia

sozinha e abandonada a própria sorte. (Isso comentários dos próprios alunos em

sala) 3) Fizemos em grupo então outras versões do conto, utilizando bonecos de

fantoches feitos pelos alunos em sala de aula( Boneco feitos no palito de sorvete),

cujo o tema foi violência e abandono. 4) Na sequência os alunos, já com suas idéias

expostas dos textos trabalhados, fizeram apresentação no dia das mães e para os

alunos do colégio, fazendo -os que refletissem sobre o tema já mencionados. Isso

serviu para que seu horizonte de expectativas fosse modificado. Foi um sucesso”.

4. Conclusão

A estética da recepção apresenta-se como relevante, na medida em que pode

trazer contribuições importantes para a prática da leitura, ampliando as perspectivas

dos alunos e promovendo condições para formação de leitores. Sendo uma

reformulação da historiografia literária e da interpretação textual, procura romper

com o exclusivismo da teoria de produção e representação da estética tradicional,

uma vez que considera a literatura enquanto produção, recepção e comunicação,

em outras palavras, uma relação dinâmica entre autor, obra e leitor.

A Estética da Recepção revitaliza os fundamentos da teoria literária ao fazer

emergir a figura do leitor como elemento participativo. Pode-se concluir que concebe

a literatura como provocação, na medida em que conduz o leitor à busca de novos

sentidos, levando-o a uma visão mais ampla e crítica, tanto da obra literária, como

de sua própria identidade.

A busca por alternativas para facilitar, compreender e favorecer o processo de

ensino-aprendizagem, em especial da leitura, tem sido uma constante preocupação

dos docentes e dos pesquisadores da área de educação. A partir do PDE foi

possível desenvolver um trabalho voltado à realidade escolar e seus problemas.

No decorrer de todo o trabalho, foi vista a necessidade de ensinar os alunos

que ler também se aprende e a leitura apresentada aqui não é a decifração de

códigos, mas a leitura de compreensão, que abre fronteiras para um universo novo

de conhecimentos. A opção pela estética da recepção, perante tantas outras

metodologias, foi devido à formação do leitor passo a passo, partindo do seu próprio

universo de conhecimento e gradativamente alçando novos rumos. Foi visto como

resultado, que é possível este aprendizado, alcançando os objetivos iniciais do

trabalho que se propunha a buscar passos para uma produção de sentido, para que

a leitura em sala de aula não se torne uma atividade isolada, mas que permita ao

aluno leitor, sua identificação com o mundo.

Referências

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PINTO, Ziraldo Alves. As Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Cia. Melhoramentos, 1988. PONTE PRETA, Stanislaw. Dois amigos e um chato. São Paulo: Moderna, 2003.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇAO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Portuguesa. Paraná, 2008. SEED - PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Curitiba, 2012. Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/pde_documento_sintese_2012.pdf. Acesso em 18 Mai 2012. SOUZA, L. S. Explorando textos e horizontes: a estética da recepção no ensino da literatura. In: SOUZA, L. S.; CAETANO, S. I. P.(orgs) Ensino de Língua e Literatura: alternativas metodológicas. Canoas: Ed. ULBRA, 2004. VERÍSSIMO, Luís Fernando. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2007. _____________________. Comédias para se Ler na Escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

Correspondência:

Profª Mariuza Pereira de Freire.i

E-mail: [email protected]

i Mariuza Pereira de Freire, graduada em Língua Portuguesa e Literatura, pela Faculdade de

Ciências e Letras de Jandaia do Sul em 1991, docente do Colégio Estadual Professora Luiza Ross há

14 anos. Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE

2010, em parceria com a UEPR/FAFIPAR - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá –

PR.