leitura crítica da mídia: educação para a cidadania. (graça caldas)

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    cri tical consciousness is paramount in a modern society ,where mass media exhert a growingfascination over the mindsand the hearts shaping and building consensus ..Thers, torejlect on the process of information production and on therelantionship between the media and education is a task notto be delayed if we think of constructing citizenship .. Thecritical reading of the media in a classroom is, therefore,partof the eduacational process and it requires nainterdisciplinary work between educators and communicators.Key-works: Media. Education. Citizenship.

    Nprocesso de leitura critica da midia, 0 exercicio pleno de uma cidadaniaativa so se configura no momento em que existe uma compreensao clarado papel da industria cultural e do educador (professor ejornalista) comoagentes mobilizadores e transfonnadores. Num momenta em que a informacao evista como business, nada mais oportuno ao trabalho dos jornalistas e educadoresdo que assumirem uma postura realmente cientifica na tarefa de ajudar a interpretara pol issemia das vozes cont idas na midia, em lugar de apenas ut il iza -Ias comofonte adicional de informacao. Para que essa inforrnacao se transforme emconhecimento e essencial a percepcao do modus operandi damidia, Dessa formasera possivel cont ribui r para dec ifra r as armadilhas do discurso competentepresente na midia pela voz de diferentes atores sociais representantes de diferentessegmentos e ideologias.

    Uti lizar asnoticias veiculadas pela midia no processo de aprendizado nasala de aula e uma exigencia do mundo moderno e exige uma reflexao cri ticapermanente de seus leitores. Isso porque a informacao e elaborada e reconstruidaa partir de recortes e pontos de vista de multiples interlocutores. Decifrar 0mundovivido do mundo relatado e interpretado e parte inerente ao processo de educacaocom vistas a cidadania . Dessa forma, comunicadores e educadores estaraotrabalhando para que a educacao formal e a informal transformem-se, de fato, emeducacao plural.

    Na leitura critica damidia, a linguagem constituida a partir de um "mundoedi tado" (Baccega , 1994:7), apes passa r por inumeros "fil tros", encerra umaserie de sentidos que precisam ser decodif icados para serem apreendidos . Epreciso ainda ficar atento a construcao da linguagem e a ideologia presente emcada fala. Como mostra Santaella (1996: 330-331)

    Toda linguagem e ideologica porque, ao rejlet ir a realidade, elanecessariamente a retrata. (. .. ) As linguagens que diio corpo as

    A GT o sLeitura critica da midia: educacao para a cidadania

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    ideologias, na dimensdo de cada cultura historicamente determinada,trazem inevitavelmente as marcas da posiciio politica dos agentessociais. (...) Niio hr i linguagem possivel, conseqiientemente, que niioseja umfeixe inicial de tensiies politicas.Conscienti zar as pessoas por meio da midia e com 0 apoio da escola, da

    familia e do ambiente pro fissional e pressuposto para uma sociedade emancipada.Nesse sentido, 0 desenvolvimento de uma postura cientif ica para saber captar,observar e analisar os-fatos e aprender a "ler", decodificar, decifrar, encontrar umsentido nas aparencias, Procurar as causas e 0 contexte em que os fatosacontecem. E , ainda, perceber e entender as relacoes entre os fatos com umvisao historic a e interdisciplinar.

    o mito da obj etividade da informacao ja foi ha muito abandonado. Napratica, 0 ideal da objetividade e uma utopia perseguida, mas nunca alcancada,uma vez que, desde: a coleta de dados, a observacao dos fatos, do relato dadeclaracao do outro a construcao da noticia, inevitavelmente, ocorre umaconstrucao de sentidos que vai alem darealidade observada. A propria selecao doverbo introdutorio da opiniao relatada encerra sentido, como ensina Marcuschi(1991: 75,78 e 84). Para ele , a propria escolha do verbo uti lizado no discursojomalistico implica sua modalizacao e interpretacao, "A hipotese que tento defendere a de que a acao dos verbos hie rarquiza, reforca, disc rimina, classifi ca etc, o sautores das respectivas opinioes relatadas". Ainda segundo Marcuschi, aneutralidade jornalistica e impossivel, porque "a parcialidade se da na introducaodo discurso alheio, seja como interpretacao, selecao ou avaliacao (...) Dessa forma,o termo "informacao", no caso da opiniao informada, e sempre a apresentacao deurn discurso interpretado".

    Da mesma forma, a selecao dos verbos de opiniao explici ta e da sentidoao discurso jornalist ico. Koch (1996: 160) lembra que, "conforme postula PauloFreire, 0 aluno necessita ser preparado para tornar-se 0 sujei to do ate de ler . Paratanto, e preci so que e le se torne apto a apreender a signi ficacao profunda dostextos em que se defronta, capacitando-se a reconstrui-los, a reiventa-Ios".

    Mas 0 a te da lei tura nao seda de fo rma neu tra. E preciso aprender a leros multiples s ignificados presentes na linguagem por meio da interpretacao desuas marcas . Para a compreensao do texto, alem das aparencias, e necessario'estar atento as marcas da enunciacao que se encontram modalizadas pordi ferentes operadores argumentativos, cuja escolha determina 0 senti dopretendido pelo autor.

    Aqui e importante recuperar a nocao do carater dialogico do discursopresente em Mikhail Bakhtin , para quem 0 discurso naO e individual "porque se

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    "constroi entre pelo menos dois interlocutores que, por sua vez, sao seres sociais",como expIica Barros in Brait (1997:33).

    Para que a leitura critica da midia, na sala de aula, se efetive, efundamental, porem, seguir os ensinamentos de Freire (1996: 15e 25), para quem"formar e muito mais do que puramente treinar 0 educando no desempenho dedestrezas" e "ensinar nao e transferir conhecimento, mas criar as possibilidadespara a sua producao ou a sua construcao". Para e le ensinar exige: r igorosidademetodica ; pesqu isa; respeito aos saberes dos educandos; cri ticidade; estet ica eetica ; a corpori ficacao das palavras peIo exemplo; r isco; ace itacao do novo erejeicao a qualquer forma de discriminacao ; reflexao cri tica sobre a prat ica e 0reconhecimento e a assuncao da identidade cultural.

    Para que a leitura critica da midia se efetive e preciso, portanto, entendero processo deproducao e recepcao da noticia, os multiples sentidos da linguagemlevando em consideracao os ensinamentos de Fre ire . Na verdade , como lembraGiroux (1986:32) , "uma teor ia da educacao para a cidadania tera que combinarcritica historica, reflexao critica e acao social". Ou ainda, como mostra Rousseau(1958:300), "formar 0 cidadao nao e uma tare f a para um dia e, para contar comeles quando homens, e preciso instrui-Io ainda criancas". 0 exercicio da cidadaniatao decantado no mundo moderno implica, portanto, aquisicao de uma conscienciasocial para poder realizar uma nova leitura da realidade e com isso transformar 0individuo em sujeito hist6rico de seu tempo.

    PAPELDAMiDIAOs meios de comunicacao interagem continuamente no cotidiano do

    cidadao. No imagiario popular, 0que importa e como a midia descreve, interpreta,fotografa e divulga 0 mundo, Senao saiu na mid ia nao aconteceu. A midia pautao mundo e forma oudefonna mentalidades. Mas qual seria 0 real papel da midia?Para muitos tem funcao informat iva e de entre tenimento. Outros reconhecemseu potencial e papel educativo. Como funciona, porem, essa imensa industriacultural que influencia diretamente 0 comportamento das pessoas? Como atuana construcao de valo res e crencas? Quais as diferencas fundamentai s entreinforrnacao, conhecimento e opiniao? Como construir uma opiniao autonomaa partir das infonnacoes veiculadas na midia? Qual 0 papel da escola nalei tura cri tica da midia? 0 ponto de part ida e compreender que, ria midia, 0 fatorelatado e uma versao do fato observado. E um recorte fragil e distorcido darealidade.

    G o sLeitura crftica da mfdia: educacao para a cidadania

    Na sociedade moderna, as multiplas formas de transmissao de informacaoe 0 volume de dados veiculados instantaneamente, ao mesrno tempo em quedemocratiza 0 fluxo dificulta cada vez mais 0processo de compreensao do receptora tordoado diante de multiplas fontes de informacao e ideologias associadas. Asinformacoes sao selecionadas de acordo com osmais variados criterios: por meiodas pessoas que as produzem - osjo rnalistas; os edi to res - responsaveis por suapublicacao ou nao e,finalmente, osempresarios dos meios de comunicacao, quasesempre representantes do poder, a quem servem de acordo com os interes sespoliticos e economicos e nao 'necessariamente segundo os principios daresponsabilidade social da informacao.

    o objetivo suposto da informacao e a formacao da opiniao publ ica.Entretanto, a coletividade, em geral, pouca influencia exerce na producao e selecaodes sa informacao, que nem sempre coincide com seus interesses e necessidades.Embora 0 discurso jornalistico pretenda descrever 0 real, nao existe neutralidadeda informacao sequer na descricao desse real, que passa pela otica do relator. Poroutro lado , a f ragi lidade da not ic ia pode ocorrer tambem por determinacao dalinha editorial da empresa jornaIistica ou por deficiencia na formacao dojornaIista,que nao consegue articular 0processo de producao da noticia a suas implicacoessocio-economicas e politicas. A fragmentacao da informacao termina, entao, porcomprometer a noticia, dificultando a compreensao e a percepcao critica da opiniaopublica.

    A inf luencia da midia na formacao da opiniao publ ica tern sido objeto devaries estud iosos que atestam 0 poder daqueles que detem a informacao eparticulannente dos que controlam os veiculos de comunicacao tais como: (Sodre,1981), Caparelli (1982), Guareschi (1981), Herz (1991), Caldas (1988,1995),Almeida Filho (1976), Leal Filho (1988), Marcondes Filho (1984), Keane (1991),Bagdikian (1983), Gonzaga Mota (2002).

    A divisao do saber e urn problema fundamenta lmente pol it ico e estadiretarnente vinculado 11democratizacao do acesso aos meios de comunicacao,Mas nao basta 0 acesso, e necessario, tambern, 0 dominic desse saber. Foucault(1972) evidenciou a importancia do saber nas relacoes de poder, desmitificando aneutralidade do conhecimento. Para ele, 0 discurso e 0 espaco dojogo estrategicoe polemico, razao pela qual nao pode seranalisado simplesmente doponto de vistalinguistico, como uma relacao de dominacao e de assujeitamento.

    , Referindo-se particulannente a midia, van Dijk (1992) mostra que, emsociedades modernas, 0 acesso a midia e, provavelmente, um dos instrumentosmais impor tantes depoder e dorn inio, face a enonne influencia dos meios decomunicacao de massa . Segundo ele , uma das tarefas cruciais da anal ise cri tica

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    do discurso e justamente dar conta das relacoes entre discurso e poder soc ial aparti r de sua praxis.

    A industria cultural foi tambem ana lisada pelos te6ricos da Escola deFrankfurt como Adorno e Horkheimer (1969), que estudaram as relacoes dedominacao e de poder presentes nas sociedades capitalistas desenvolvidas. Elesapontaram, na .epoca, a debil idade da sociedade civil em reagir aos aparelhosideol6gicos do Estado, como reprodutores da ideologia dominante, cuja concepcaofoi elaborada por Althusser.o conceito deideologia deAlthusser (1974) inclui como aparelho ideol6gicodo Estado (AlE) 0 sistema de diferentes igrejas, 0 sistema politico de que fazemparte os diferentes partidos, 0 sistema sindical, 0 sistema escolar e 0 s is tema deinformacao (imprensa, radio, televisao etc), que "funcionam de modo massivamenteprevalente pela ideologia '', Gramsci (1979), por sua vez, colocou em evidencia afuncao hegemonica do Estado e suas relacoes com a industri a cultural . Essesautores sao fundamentais para se entender 0papel hegemonico da industria culturale particularmente dos meios de comunicacao,

    o modelo de gestae capi tali st a da comunicacao em que a informacao evis ta apenas como mercadoria contr ibui para uma nova forma de colonizacaosocial em que os cidadaos sao meros consumidores. A mundializacao dos habitose comportamentos em funcao da mudanca da cultura livresca para a culturamidiat ica, imagetica, resulta em armadilhas da informacao comparti lhada e naformacao do pensamento uniforme.

    Como explica Ramonet (1999: 8)Essa mdquina da comunicaciio modema, acompanhada de uma voltados monopol ies, traz inquie taci io aos c idaddos, e com razdo. Eles selembram das advertencias fei tas outrora por George Orwell e AldousHuxley contra 0 falso progresso do mundo administrado por umapolicia do pensamento. Eles temem a possibilidade de umcondicionamento sutil das mentalidades em escala planetaria. Nogrande esquema industrial concebido pelos donos das empresas delazet; cada um constata que a informacdo e antes de tudo consideradauma mercadoria, e que esse carater prevalece, de longe, sobre amissiio fundamental da midia: esclarecer e enriquecer 0 debatedemocrdtico.Por outro lado, nas sociedades modernas, a teoria da dependencia nao

    mais se aplica, na sua total idade, a comunicacao. A complexidade da industriacultural e suas intrincadas redes de poder exigem hoje analises interdisciplinares.

    A R T G o sLeitura critica da midia: educacao para a cidadaniaNo caso brasi leiro, essa teoria pode ser aplicada com maior enfase, no per iodomilitar, quando os meios de comunicacao estavam submetidos a censura previa.Hoje, no entanto, a recepcao da informacao nao se da mais de forma inteiramentepassiva face ao crescente processo de organizacao social. Entretanto, acredibilidade da informacao passa pelo conhecimento dos grupos midiaticos e desuas relacoes com 0 poder politico e economico.

    Nao basta, portanto, ensinar os alunos a lerem as materias veiculadas nosmeios de cornunicacao para uma compreensao da real idade. E necessario,sobretudo para osjovens novos leitores e telespectadores cobicados pelas empresasde comunicacao, explicar que 0 mundo real e bern mais amplo, contradi t6rio ecomplexo do que 0 enquadramento fugaz da noticia apresentado na tela da televisao,docomputador ou das paginas dejornais e revistas; que 0simulacro, a representacaodo real nao podem ser substituidos pela experiencia vivida e refletida. E a partir daanalise dos discursos jornalist icos de cada segmento midiat ico e no confrontodeles que se torna possivel a compreensao das relacoes de poder .

    Como mostra Certeau (1982:66-77), a art iculacao da historia com urnlugar dado e a condicao de uma analise da sociedade.

    Toda pesquisa historiograf ica se art icula em um lugar de produc iiosocio-econiimico, polit ico e cultural. Implica um meio de elaboraciio ,que estd circunscrito por determinaci ies proprias: uma profissiioliberal, um posto de observaciio ou de ensino, uma categoria deletrados etc. Ela esta, pois, submetida a imposiciies, ligada aprivilegios, enraizada em sua particularidade. t em funciio desteLugar que se instauram as metodos, que se del ineia uma topograf iade interesses, que os documentos e as questiies, que lhes serdopropostas, se organizam.Para propiciar urn entendimento claro do funcionamento damidia e preciso

    formar lei tores e telespectadores capazes de compreender 0 mundo em quevivemos. Urn mundo caleidosc6pico, que se apresenta em forma de mosaico semnexo, que vive transfigurando e re figurando 0 espetaculo da vida como seconfundisse com os reali ty shows, os big brothers que invadem cada vez mais ascasas dos telespectadores.

    Se e verdade que amultipl icidade e a segmentacao de ve iculostraz novas opcoes de acessoa .informacao, observamos, tambem, novas esof is ticadas formas de controleda producao a par tir da concentracao crescenteda industria da comunicacao, Nesse mundo multimidia em que tudo se art icula,a fragrnentacao da informacfte.para obedecer a logica dos suportes midiaticostermina por confundir a opiniecpuhlica.

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