lei orgânica - caldas novas

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Lei Orgnica do Municpio de Caldas Novas 1990Prembulo Ttulo I Da organizao Municipal Captulo I Do Municpio Seo I Disposies Gerais (arts. 1 a 4) Seo II Da Diviso Administrativa do Municpio (arts. 5 a 9) Captulo II Da Competncia do Municpio Seo I Competncia Privativa (art. 10) Seo II Da Competncia Comum (art. 11) Seo III Da Competncia Suplementar (art. 12) Captulo III Das Vedaes (art. 13) Ttulo II Da Organizao dos Poderes Captulo I Do Poder Legislativo Seo I Da Cmara Municipal (arts. 14 a 21) Seo II Do Funcionamento da Cmara (arts. 22 a 33) Seo III Das Atribuies da Cmara Municipal (arts. 34 a 36) Seo IV

Dos Vereadores (arts. 37 a 41) Seo V Do Processo Legislativo (arts. 42 a 52) Seo VI Da Fiscalizao Contbil Financeira e Oramentria (arts. 53 a 55) Captulo III Do Poder Executivo Seo I Do Prefeito e do Vice-Prefeito (arts. 56 a 64) Seo II Das Atribuies do Prefeito (arts. 65 a 67) Seo III Da Perda e Extino do Mandato (arts. 68 a 72) Seo IV Dos Auxiliares Diretos do Prefeito (arts. 73 a 80) Seo V Da Administrao Pblica (arts. 81 a 82) Seo VI Dos Servidores Pblicos (arts. 83 a 85) Seo VII Da Segurana Pblica (art. 86) Ttulo III Da Organizao Administrativa Municipal Captulo I Da Estrutura Administrativa (art. 87) Captulo II Dos Atos Municipais Seo I Da Publicidade dos Atos Municipais (arts. 88 e 89) Seo II Dos Livros (art. 90) Seo III Dos Atos Administrativos (art. 91) Seo IV

Das Proibies (arts. 92 e 93) Seo V Das Certides (art. 94) Captulo III Dos Bens Municipais (arts. 95 a 104) Captulo IV Das Obras e Servios Municipais (arts. 105 a 109) Captulo V Da Administrao Tributria e Financeira Seo I Dos Tributos Municipais (arts. 110 a 115) Seo II Da Receita e da Despesa (arts. 116 a 123) Seo III Do Oramento (arts. 124 a 136) Ttulo IV Da Ordem Econmica e Social Captulo I Disposies Gerais (arts. 137 a 143) Captulo II Da Previdncia e Assistncia Social (art. 144) Captulo III Da Sade (arts. 145 a 154) Captulo IV Da Famlia, da Educao, da Cultura e do Desporto (arts. 155 a 166) Captulo V Da Poltica Urbana (arts. 167 a 171) Captulo VI Da Poltica Rural (arts. 172 e 173) Captulo VII Do Meio Ambiente (art. 174) Captulo VIII O Turismo do Municpio (arts. 175 e 176) Ttulo V

Ato das Disposies Constitucionais Transitrias (arts. 1 a 28).

LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE CALDAS NOVAS GOPREMBULO Ns, representantes do povo, invocando a proteo de Deus e reunidos em Assemblia Constituinte para, nos termos da Constituio Federal e Estadual, organizar e fortalecer uma sociedade livre, pluralista, solidria, fraterna, igualitria e justa, aprovamos e promulgamos a LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE CALDAS NOVAS. TTULO I DA ORGANIZAO MUNICIPAL CAPTULO I DO MUNICPIO SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 1 - O Municpio de Caldas Novas, pessoa jurdica de direito pblico interno, no pleno uso de sua autonomia poltica, administrativa e financeira, reger-se- por esta Lei Orgnica, votada e aprovada por sua Cmara Municipal. Art. 2 - So poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Pargrafo nico So smbolos do Municpio a Bandeira e o Hino, representativos de sua cultura e histria. *Vide Animal e rvore smbolos Lei Complementar n615/96. Art. 3 - Constituem bens do Municpio, todas as coisas mveis e imveis, Tributos diretos e Aes que a qualquer ttulo lhe pertenam. Art. 4 - A sede do Municpio d-lhe o nome e tem a categoria de cidade. SEO II DA DIVISO ADMINISTRATIVA DO MUNICPIO Art. 5 - O Municpio poder dividir-se, para fins administrativos, em distritos a serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei aps consulta plebiscitria populao diretamente interessada, observada a Legislao Estadual e atendidos os requisitos estabelecidos no art. 6 desta Lei Orgnica. 1 - A criao do Distrito poder efetuar-se mediante fuso de dois ou mais Distritos, que sero suprimidos, sendo dispensada, nessa hiptese, a verificao dos requisitos no art. 6 desta Lei Orgnica. 2 - A extino do Distrito somente se efetuar mediante consulta plebiscitria populao da rea interessada. 3 - O Distrito ter o nome da respectiva sede, cuja categoria ser a de vila. Art. 6 - So requisitos para criao de Distrito: I populao, eleitorado e arrecadao no inferiores a quinta parte exigida para criao de Municpio;

II existncia, na povoao-sede de pelo menos, cinqenta moradias, escola pblica, posto de sade e posto policial. Pargrafo nico A comprovao do atendimento s exigncias enumeradas neste artigo far-se- mediante: a) declarao, emitida pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, de estimativa de populao; b) certido, emitida pelo Juiz Eleitoral, certificando o nmero de eleitores; c) certido, emitida pelo Agente Municipal de Estatstica ou pela Repartio Fiscal do Municpio, certificando o nmero de moradias; d) certido do rgo Fazendrio Estadual e do Municipal certificando a arrecadao na respectiva rea territorial; e) certido emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias de Educao, de Sade e de Segurana Pblica do Estado, certificando a existncia da escola pblica e dos postos de sade e policial na povoao-sede. Art. 7 - Na fixao das divisas distritais sero observadas as seguintes normas: I Evitar-se-o, tanto possvel, formas assimtricas, estrangulamento e alongamentos exagerados; II Dar-se- preferncia, para a delimitao, s linhas naturais, facilmente identificveis; III Na existncia de linhas naturais, utilizar-se- linha reta cujos extremos, pontos naturais ou no, sejam facilmente identificveis e tenham condies de fixidez; IV vedada a interrupo de continuidade territorial do Municpio ou Distrito de origem. Pargrafo nico As divisas distritais sero descritas trecho a trecho, salvo, para evitar duplicidade, nos trechos que coincidirem com os limites municipais. Art. 8 - A alterao de diviso administrativa do Municpio somente pode ser feita quadrienalmente, no ano anterior ao das eleies Municipais. Art. 9 - A instalao do Distrito se far perante o Juiz de Direito da Comarca, na sede do Distrito. CAPTULO II DA COMPETNCIA DO MUNICPIO SEO I COMPETNCIA PRIVATIVA Art. 10 Ao Municpio compete promover tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem-estar de sua populao, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as seguintes atribuies: I legislar sobre assuntos de interesse local; II suplementar a Legislao Federal e a Estadual, no que couber; III elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado; IV criar, organizar e suprimir Distritos, observada a Legislao Estadual; V manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao pr-escolar, de ensino fundamental, e nvel mdio e superior; VI elaborar oramento anual e plurianual de investimentos; VII - instituir e arrecadar tributos, bem como aplicar as suas rendas; VIII fixar, fiscalizar e cobrar tarifas pblicas; IX dispor sobre organizao, administrao e execuo dos servios locais; X dispor sobre administrao, utilizao e alienao dos bens pblicos;

XI organizar o quadro e estabelecer o regime jurdico nico dos servidores pblicos; XII organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concesso ou permisso, os servios pblicos locais; XIII planejar o uso e a ocupao do solo em seu territrio, especialmente em sua zona urbana; XIV estabelecer normas de edificao, de loteamento, de arruamento e de zoneamento urbano e rural, bem como as limitaes urbansticas convenientes a ordenao do seu territrio, observada a Lei Federal e Estadual; XV conceder e renovar licena para localizao e funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de servios e quaisquer outros; XVI cassar a licena que houver concedido ao estabelecimento que se tornar prejudicial sade, higiene, ao sossego, segurana ou aos bons costumes, fazendo cessar a atividade ou determinando o fechamento do estabelecimento; XVII estabelecer servides administrativas necessrias realizao de seus servios, inclusive a dos seus concessionrios; XVIII adquirir bens, inclusive mediante desapropriao; XIX regular a disposio, o traado e as demais condies dos bens pblicos de uso comum; XX regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos e, especialmente no permetro urbano, determinar o itinerrio e os pontos de parada dos transportes coletivos; XXI fixar os locais de estacionamento de txis e demais veculos; XXII conceder, permitir ou autorizar os servios de transporte coletivo e de txis, fixando as respectivas tarifas; XXIII fixar e sinalizar as zonas de silncio e de trnsito e trfego em condies especiais; XXIV disciplinar os servios de carga e descarga e fixar a tonelagem mxima permitida a veculos que circulem em vias pblicas municipais; XXV tornar obrigatria a utilizao da estao rodoviria, pelos nibus intermunicipais e interestaduais; XXVI sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar sua utilizao; XXVII prover sobre a limpeza das vias e logradouros pblicos, remoo e destino do lixo domiciliar e de outros resduos de qualquer natureza; XXVIII ordenar as atividades urbanas, fixando condies e horrios para funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de servios, observadas as normas Federais e Estaduais pertinentes; XXIX dispor sobre os servios funerrios e de cemitrios, dando concesso de preferncia s entidades filantrpicas do Municpio; XXX regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a afixao de cartazes e anncios, bem como a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polcia municipal; XXXI prestar assistncia nas emergncias mdico-hospitalares de pronto socorro, por seus prprios servios ou mediante convnio com instituio especializada, inclusive implantando Hospital Municipal; XXXII organizar e manter servios de fiscalizao necessrios ao exerccio do seu poder de polcia administrativa; XXXIII fiscalizar, nos locais de vendas, peso medidas e condies sanitrias dos gneros alimentcios;

XXXIV dispor sobre o depsito e venda de animais e mercadorias apreendidos em decorrncia de transgresso da Legislao Municipal, doando os animais ou seus respectivos valores s creches, abrigos ou outras instituies necessitadas desta Cidade; XXXV dispor sobre registro, vacinao e captura de animais, com a finalidade precpua de erradicar as molstias que possam ser portadores ou transmissores; XXXVI estabelecer e impor penalidade por infrao de suas leis e regulamentos; XXXVII promover os seguintes servios: a) mercados, feiras e matadouros; b) construo e conservao de estradas e caminhos municipais; c) transportes coletivos estritamente municipais; d) iluminao pblica; e) implantao de Terminal e Estacionamento Rodovirio Turstico; XXXVIII regulamentar o servio de carros de aluguel e o uso do Terminal Rodovirio Turstico; XXXIX assegurar a expedio de certides requeridas s reparties administrativas municipais, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes, estabelecendo os prazos de atendimento de acordo com a Legislao Federal e Estadual; 1 - As normas de loteamento e arruamento a que se refere o inciso XIV deste artigo devero exigir reserva de reas destinadas a: a) reas verdes, institucionais e demais logradouros pblicos; b) vias de trfego e de passagem de canalizao pblicas, de esgotos e de guas pluviais nos fundos dos vales; c) passagem de canalizaes pblicas de esgotos e de guas pluviais com largura mnima de dois metros nos fundos de lotes, cujo desnvel seja superior a um metro da frente ao fundo. d) Sistema de recreio com campo de futebol ou quadra de esporte ou parque infantil. 2 - A Lei complementar de criao da Guarda Municipal estabelecer a organizao e competncia dessa fora auxiliar na proteo dos bens, servios e instalaes municipais. SEO II DA COMPETNCIA COMUM Art. 11 da competncia administrativa comum do Municpio, da Unio e do Estado, observada a Lei Complementar Federal, o exerccio das seguintes medidas: I zelar pela guarda da Constituio, das Leis e das Instituies Democrticas e conservar o Patrimnio Pblico; II cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantias das pessoas portadoras de deficincias; III proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos; IV impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte, especialmente a Igreja Matriz, o Casaro edificado por Luiz Gonzaga de Menezes, a ponte So Bento sobre o Rio Corumb e de outros bens de valor histrico, artstico e cultural; V proporcionar os meios de acesso cultura, a educao e a cincia; VI proteger o Meio Ambiente e combater a poluio sonora durante o repouso noturno;

VII preservar as florestas, a fauna e a flora, especialmente a Serra de Caldas e a Mata Reserva, no Loteamento Lagoa Quente; VIII fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar, instalando feira coberta e de ruas em diversos setores da cidade, semanalmente em diversos setores urbanos; IX promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico; X combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos; XI registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio obedecendo a Legislao Estadual e Federal; XII estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito e na rea de turismo e meio ambiente, obrigando a incluso destas matrias no currculo das escolas desta Cidade. SEO III DA COMPETNCIA SUPLEMENTAR Art. 12 Ao Municpio compete suplementar a Legislao Federal e a Estadual no que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse. Pargrafo nico A competncia prevista neste artigo ser exercida em relao s Legislaes Federal e Estadual no que digam respeito ao peculiar interesse municipal, visando adapta-las realidade local, especialmente com referncia a explorao do lenol termal, no aproveitamento turstico. CAPTULO III DAS VEDAES Art. 13 Ao Municpio vedado: I estabelecer cultos religiosos ou igrejas subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia, ressalvada, na forma da Lei, a colaborao de interesse pblico; II recusar f aos documentos pblicos; III criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si; IV subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes aos cofres pblicos, quer pela imprensa, rdio, televiso, servio de alto falante ou qualquer outro meio de comunicao, propaganda poltico-partidria ou fins estranhos Administrao; V manter a publicidade de atos, programas, obras, servios e campanha de rgos pblicos que no tenham carter educativo, informativo ou de orientao social, assim como a publicidade da qual constem nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos; VI outorgar, sem lei municipal, isenes e anistias fiscais, ou permitir a remisso de dvidas, sem interesse pblico justificado, sob pena de nulidade do ato; VII exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea; VIII instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos;

IX estabelecer diferena tributria entre bens e servios de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino; X cobrar ttulos; a) em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio, da vigncia da Lei que os houver institudo ou aumentado; b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; XI utilizar tributos com efeito de confisco; XII estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens, por meio de ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservada pelo Poder Pblico; XIII instituir imposto sobre: c) patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, associaes de moradores, atendidos os requisitos da Lei Federal, destinadas ao incremento do esporte, lazer e turismo. Vide Emenda Constitucional n01/95. d) livros, jornais, peridicos e o papel destinado a sua impresso. TTULO II DA ORGANIZAO DOS PODERES CAPTULO I DO PODER LEGISLATIVO SEO I DA CMARA MUNICIPAL Art. 14 O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara Municipal. Pargrafo nico Cada Legislatura ter a durao de quatro anos, compreendendo cada ano uma seo legislativa. Art. 15 A Cmara Municipal composta de Vereadores eleitos pelo sistema proporcional, como representante do povo, com mandato de quatro anos, a iniciar-se a 1 de janeiro do ano seguinte da Eleio. 1 - So condies de elegibilidade para o mandato de Vereador, na forma da Lei Federal: I a nacionalidade brasileira; II o pleno exerccio dos direitos polticos; III o alistamento eleitoral; IV o domiclio eleitoral na Circunscrio; V a filiao partidria; VI a idade mnima de dezoito anos; VII ser alfabetizado; 2 - O nmero de Vereadores ser fixado pela Justia Eleitoral, tendo em vista a populao do Municpio e observados os limites estabelecidos no art. 29, IV, da Constituio Federal e artigo 67 da Constituio Estadual. Art. 16 A Cmara Municipal, reunir-se- anualmente, na sede do Municpio, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro. 1 - As reunies marcadas para essas datas sero transferidas para o primeiro dia til subseqente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados.

2 - A Cmara se reunir em sesses ordinrias, extraordinrias ou solenes, conforme dispuser o seu Regime Interno, sempre em dias teis. 3 - A Convocao Extraordinria da Cmara Municipal far-se-: I pelo Prefeito, quando este a entender necessria; II pelo Presidente da Cmara para o compromisso e a posse do Prefeito e do VicePrefeito; III pelo Presidente da Cmara ou a requerimento da maioria dos membros da Casa, em caso de urgncia ou interesse pblico relevante; IV pela Comisso Representativa da Cmara, conforme previsto no art. 36, V, desta Lei Orgnica. 4 - na Sesso Legislativa Extraordinria, a Cmara Municipal somente deliberar sobre a matria para qual foi convocada e desde que convocada com trs dias de antecedncia, nos termos do art. 72, 3, da Constituio Estadual. Art. 17 As deliberaes da Cmara sero tomadas por maioria de votos, presentes a maioria de seus membros, salvo disposio em contrrio constante na Constituio Federal e nesta Lei Orgnica. Art. 18 A Sesso Legislativa Ordinria no ser interrompida sem a deliberao sobre o projeto de Lei Oramentria. Art. 19 As Sesses da Cmara devero ser realizadas em recinto destinado ao seu funcionamento, observando o disposto no art. 35, XII, desta Lei Orgnica. 1 - Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto da Cmara, ou outra causa que impea a sua utilizao, podero ser realizadas em outro local designado pelo Juiz de Direito da Comarca no Auto de verificao da ocorrncia. 2 - As Sesses Solenes podero ser realizadas fora do recinto da Cmara. Art. 20 As sesses sero pblicas, salvo deliberao em contrrio, de dois teros de (2/3) dos Vereadores, adotada em razo de motivo relevante. Art. 21 O quorum para incio da Sesso pode ser inferior a maioria absoluta; e, para realizao da Sesso com o poder deliberativo dever ser superior a metade do total dos membros da Cmara. Pargrafo nico Considerar-se- presente Sesso, o Vereador que assinar o Livro de Presena at o incio da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do Plenrio e das votaes. SEO II DO FUNCIONAMENTO DA CMARA Art.22 A Cmara reunir-se- no dia 1 de janeiro do ano subseqente ao da Eleio, em Sesso Solene, s nove horas, com qualquer nmero, sob a presidncia do Vereador mais idoso entre os presentes, a fim de iniciarem os trabalhos, obedecendo a seguinte ordem: I tomar posse do cargo e instalar a Legislatura; II eleger a Mesa Diretora; III receber o compromisso do Prefeito e do Vice-Prefeito e dar-lhes posse nos respectivos cargos, na forma do artigo 58 desta Lei Orgnica. 1 - O Vereador que no tomar posse na sesso prevista no pargrafo anterior, dever faz-lo dentro do prazo de 15 (quinze) dias do incio o funcionamento normal da Cmara, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo aceito pela maioria absoluta da Cmara. 2 - Inexistindo nmero legal, o Vereador mais idoso dentre os presentes permanecer na Presidncia e convocar Sesses dirias, at que seja eleita a Mesa.

3 - A eleio da Mesa da Cmara, para o segundo binio, far-se- no dia 15 de fevereiro do terceiro ano de cada Legislatura, e considerando-se automaticamente empossados, os eleitos. *Vide Emenda Constitucional 004/98. 4 - No ato da posse e ao trmino do mandato os Vereadores devero fazer declarao de seus bens as quais ficaro arquivadas na Cmara, constando das respectivas atas o seu resumo. Art. 23 O mandato da Mesa ser de dois anos, vedada reconduo para os mesmos cargos na eleio imediatamente subseqente. Art. 24 A Mesa da Cmara se compe do Presidente, do Primeiro Vice-Presidente, do Primeiro Secretrio, os quais se substituiro nessa ordem. 1 - Na constituio da Mesa assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa. 2 - Na ausncia dos membros da Mesa, o Vereador mais idoso assumir a Presidncia. 3 - Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo da mesma pelo voto de dois teros (2/3) dos membros da Cmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuies regimentais, elegendo-se outro Vereador para a complementao do mandato. Art. 25 A Cmara ter Comisses Permanentes e especiais. 1 - s Comisses Permanentes em razo da matria de sua competncia, cabe: I discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competncia do Plenrio; II realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil; III convocar os Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes para prestar informaes sobre assuntos inerentes as suas atribuies; IV receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas; V solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado; VI exercer no mbito de sua competncia, a fiscalizao dos atos do Executivo e da Administrao Indireta. 2 - As Comisses Especiais criadas por deliberao do Plenrio, sero destinadas ao estudo de assuntos especficos e a representao da Cmara em congressos, solenidades ou outros atos pblicos. 3 - Na formao das comisses, assegurar-se-, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos Partidos ou dos Blocos Parlamentares que participem da Cmara. 4 - As Comisses Parlamentares de Inqurito, que tero poderes de investigao prpria das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento Interno da Casa, sero criadas pela Cmara Municipal, mediante requerimento de um tero dos seus membros, para a apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Art. 26 A Maioria, a Minoria, as Representaes Partidrias com nmero de membros superior a 1/11 da composio da Casa, e os Blocos Parlamentares tero Lder e ViceLder. 1 - A indicao dos Lderes ser feita em Documento subscrito pelos membros das Representaes Majoritrias, Minoritrias, Blocos Parlamentares ou Partidos Polticos da Mesa, nas vinte quatro horas que se seguirem instalao do primeiro perodo legislativo anual.

2 - Os Lderes indicaro os respectivos Vice-Lderes, dando conhecimento Mesa da Cmara, dessa designao. Art. 27 - Alm de outras atribuies previstas no Regimento Interno, os Lderes indicaro os representantes partidrios nas comisses da Cmara. Pargrafo nico Ausente ou impedido o Lder, suas atribuies sero exercidas pelo Vice-Lder. Art. 28 A Cmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgnica, compete elaborar seu Regimento Interno, dispondo sobre sua organizao, polcia e provimento de cargos de seus servios e, especialmente, sobre: I sua instalao e funcionamento; II posse de seus membros; III eleio da Mesa, sua composio e suas atribuies; IV nmero de reunies mensais; V comisses; VI sesses; VII deliberaes; VIII todo e qualquer assunto de sua administrao interna. 1 - Fica criado o seguinte quadro de servidores desta Cmara: 1 - dois cargos de contador. 2 - dois cargos de secretrio. 3 - dois cargos de agente administrativo. 4 - dois cargos de consultor jurdico. 5 - dois cargos de zelador. 6 - dois cargos de vigilante. 7 - um cargo de assessor de comunicao e jornalismo. 8 - um cargo de relaes pblicas. 9 - um cargo de motorista. 10 - um cargo de datilgrafo e digitador. 11 - um cargo de assistente social. - 2 - Para o provimento dos cargos do quadro de servidores da Cmara, aproveitar-se aqueles que j encontram no exerccio das respectivas funes, junto a esta Cmara at a data de promulgao desta Lei Orgnica, sejam requisitados do Poder Executivo ou queles que se encontram trabalhando atravs de contrato; sendo que os cargos vagos ou que vierem vagar devero ser providos, mediante concurso pblico, na forma da Legislao vigente. 3 - A Mesa da Cmara, fica autorizada a deliberar sobre a fixao de salrios dos servidores da Cmara Municipal, respeitando os direitos adquiridos, a legislao especfica e o princpio de isonomia, estabelecendo os nveis dos vencimentos. Art. 29 Por deliberao da maioria de seus membros, a Cmara poder convocar Secretrio Municipal ou Diretor equivalente para, pessoalmente, prestar informaes acerca de assuntos previamente estabelecidos. Pargrafo nico A falta de comparecimento do Secretrio Municipal ou Diretor equivalente, sem justificativa razovel, ser considerado desacato a Cmara, e se o Secretrio ou Diretor for Vereador licenciado, o no comparecimento nas condies mencionadas caracterizar procedimento incompatvel com a dignidade da Cmara, para instaurao do respectivo processo, na forma da Lei Federal, e conseqente cassao do mandato. Art. 30 O Secretrio Municipal ou Diretor equivalente, a seu pedido, poder comparecer perante o Plenrio ou qualquer Comisso da Cmara, para expor assunto e

discutir projeto de lei ou qualquer outro ato normativo relacionado com o seu servio administrativo. Art. 31 A Mesa da Cmara poder encaminhar pedidos escritos de informaes os Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes, importando crime de responsabilidade a recusa ou o no atendimento no prazo de quinze dias, ou cinco dias em caso de urgncia ou prestao de informaes falsas. Art. 32 Mesa, dentre outras atribuies, compete: I tomar todas as medidas necessrias regularidade dos trabalhos legislativos; II propor projetos que criem ou extingam cargos nos servios da Cmara e fixem os respectivos vencimentos; III apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de crditos suplementares ou especiais, atravs de aproveitamento total ou parcial das consignaes oramentrias da Cmara; IV promulgar a Lei Orgnica e suas emendas; V representar, junto ao Executivo, sobre necessidades de economia interna; VI contratar, na forma da Lei, por tempo determinado, para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico. Art. 33 Dentre outras atribuies, compete ao Presidente da Cmara: I representar a Cmara com Juzo e fora dele; II dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara; III interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; IV promulgar as resolues e decretos legislativos; V promulgar as leis com sano ttica ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio, desde que no aceita esta deciso, em tempo hbil, pelo Prefeito; VI fazer publicar os atos da Mesa, as resolues, decretos legislativos e as leis que vier a promulgar; VII autorizar as despesas da Cmara; VIII representar por deciso da Cmara, sobre a inconstitucionaladidade de lei ou ato municipal; IX solicitar, por deciso da maioria absoluta da Cmara, a interveno no Municpio nos casos admitidos pela Constituio Federal e pela Constituio Estadual; X manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora necessria para esse fim; XI encaminhar, parar parecer prvio, a prestao de contas do Municpio ao Tribunal de Contas do Municpio ou rgo a que for atribuda tal competncia. SEO III DAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL Art. 34 compete a Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, dispor sobre todas as matrias de competncia do Municpio e, especialmente: I instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas; II autorizar isenes e anistias fiscais e a remisso de dvidas; III votar o oramento anual e plurianual de investimentos, bem como autorizar a abertura de crditos suplementares e especiais; IV deliberar sobre obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdito, bem como a forma e os meios de pagamento; V autorizar a concesso de auxlios e subvenes; VI autorizar a concesso de servios pblicos; VII autorizar a concesso do direito real de uso de bens municipais;

VIII autorizar a concesso administrativa de uso de bens municipais; IX autorizar a alienao de bens mveis e imveis; X autorizar a aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de doao sem encargo; XI criar, transformar e extinguir cargos, empregos e funes pblicas e fixar os respectivos vencimentos; XII criar, estruturar e conferir atribuies a Secretarias ou Diretorias equivalentes e rgos da Administrao Pblica; XIII aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado; XIV autorizar convnios com entidades pblicas ou particulares e consrcios com outros Municpios; XV delimitar o permetro urbano; XVI autorizar a alterao da denominao de prprios, vias e logradouros pblicos. XVII estabelecer normas urbansticas, particularmente as relativas a zoneamento e loteamento. Art. 35 Compete privativamente a Cmara Municipal exercer as seguintes atribuies, dentre outras: I eleger sua Mesa; II elaborar o Regimento Interno; III organizar os servios administrativos internos e prover os cargos respectivos; IV propor a criao ou a extino dos cargos dos servios administrativos internos e a fixao dos respectivos vencimentos; V conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores; VI autorizar o Prefeito a ausentar-se do Municpio, por mais de quinze dias, por necessidade do servio; VII tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer do Tribunal de Contas dos Municpios, no prazo mximo de sessenta (60) dias de seu recebimento, observados os seguintes preceitos: a) o parecer do Tribunal somente deixar de prevalecer por deciso de dois teros (2/3) dos membros da Cmara; b) aprovadas as contas ser oficiado ao Tribunal de Contas, no prazo de dez (10) dias; c) rejeitadas as contas, sero estas, imediatamente, remetidas ao Ministrio Pblico para os fins de direito; VIII decretar a perda de mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados na Constituio Federal, nesta Lei Orgnica e na Lei Federal aplicvel; IX autorizar a realizao de emprstimos, operao ou, acordo externo de qualquer natureza, de interesse do Municpio; X preceder tomada de contas do Prefeito, atravs de comisso especial, quando no apresentadas a Cmara dentro de sessenta (60) dias, aps a abertura da Sesso Legislativa; XI aprovar convnio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo prprio Municpio com a Unio, o Estado, outra pessoa jurdica de direito pblico interno ou entidades assistenciais e culturais; XII estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reunies; XIII convocar o Prefeito e o Secretrio do Municpio ou Diretor equivalente para prestar esclarecimentos, aprazando dia e hora para o comparecimento; XIV deliberar sobre o adiamento e suspenso de suas reunies; XV criar comisso parlamentar de inqurito sobre fato determinado e prazo certo, mediante requerimento de um tero(1/3) de seus membros;

XVI conceder Ttulo de Cidado Honorrio ou conferir homenagem a pessoas que reconhecidamente tenham prestado relevantes servios ao Municpio ou nele se destacado pela atuao exemplar na vida pblica e particular, mediante proposta pelo voto de dois teros (2/3) dos membros da Cmara; XVII solicitar a interveno do Estado o Municpio; XVIII julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em Lei Federal; XIX fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da Administrao Indireta; XX fixar, observando o que dispe os artigos 37, XI, 150, II, 153, III, 153, 2, I, da Constituio Federal e o artigo 68, 3 da Constituio Estadual, a remunerao dos Vereadores, em cada Legislatura para a subseqente, sobre a qual incidir o imposto sobre rendas e proventos de qualquer natureza; XXI fixar, observando o que dispem os artigos 37,XI, 150,II, 153,III, 153, 2, I, da Constituio Federal e artigo 68 da Constituio Estadual em cada Legislatura para a subseqente, a remunerao do Prefeito e do Vice-Prefeito e Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes, sobre a qual incidir o imposto sobre rendas e proventos de qualquer natureza. Art. 36 ao trmino da casa Sesso Legislativa, a Cmara eleger dentre os seus membros, em votao secreta, uma Comisso Representativa, cuja composio reproduzir, tanto quanto possvel, a proporcionalidade da Representao Partidria ou dos Blocos Parlamentares na Casa, que funcionar nos interregnos das Sesses Legislativas Ordinrias, com as seguintes atribuies: I reunir-se extraordinariamente sempre que convocada pelo Presidente; II zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo; III zelar pela observncia da Lei Orgnica e dos direitos e garantias individuais; IV autorizar o Prefeito a se ausentar do Municpio por mais de quinze (15) dias; V convocar extraordinariamente a Cmara em caso de urgncia ou de interesse pblico relevante; 1 - A Comisso Representativa, constituda por nmero mpar de Vereadores, ser presidida pelo Presidente da Cmara; 2 - A Comisso Representativa dever apresentar relatrio dos trabalhos por ela realizados, quando do reincio do perodo de funcionamento ordinrio da Cmara. SEO IV DOS VEREADORES Art. 37 Os Vereadores inviolveis e imunes no exerccio do mandato, por suas opinies, palavras e votos, no sendo obrigados a testemunharem perante a Cmara sobre informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio de mandato, nem sobre as palavras e ou pessoas que lhes confiaram ou delas receberam informaes. Art. 38 vedado ao Vereador: I desde a expedio do diploma: a) firmar ou manter contrato com o Municpio com suas Autarquias, Fundaes, Empresas mista ou com suas Empresas concessionrias de Servio Pblico, salvo quando o contrato obedecer as clusulas uniformes; b) aceitar cargo, emprego ou funo, no mbito da Administrao Pblica Direta ou Indireta Municipal, salvo aprovao em Concurso Pblico e observando o disposto no art.82,I,IV e V desta Lei Orgnica. II desde a posse:

a)ocupar cargo, funo ou emprego, na Administrao Pblica Direta ou Indireta do Municpio, de que seja exonervel, salvo o cargo de Secretrio Municipal ou Diretor equivalente, desde que se licencie do exerccio do mandato; b) exercer outro cargo eletivo Federal, Estadual ou Municipal; c) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico do Municpio ou nela exercer funo remunerada; d) patrocinar causa junto ao Municpio em que sejam interessadas quaisquer das entidades a que se refere alnea a do inciso I. Art. 39 Perder o mandato o Vereador: I que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior; II cujo procedimento for declarado incompatvel com decoro parlamentar ou atentatrio s instituies vigentes; III que utilizar-se do mandato para a prtica de atos de corrupo ou de improbabilidade administrativa; IV que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa anual, a tera parte das sesses ordinrias, ou a trs sesses extraordinrias consecutivas convocadas e assinadas pelo Vereador, ou misso autorizada pela edilidade; V que fixar residncia fora do Municpio; 1 - alm de outros casos definidos no Regimento Interno da Cmara Municipal, considerar-se incompatvel com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepo de vantagens ilcitas ou imorais. 2 - Nos casos dos incisos I e II a perda do mandato ser declarada pela Cmara por voto secreto e a maioria absoluta, mediante comprovao da Mesa ou do Partido Poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa. 3 - Nos casos previstos no inciso III, a perda ser declarada pela Mesa da Cmara, de ofcio ou mediante comprovao de qualquer de seus membros ou de Partido representado na Casa assegurada ampla defesa. 4 - Extingue-se o mandato, e assim ser declarado pelo Presidente da Cmara quando ocorrer falecimento ou renncia por escrito do Vereador. Art. 40 O Vereador poder licenciar-se: I por motivo de doena; II para tratar, sem remunerao, de interesse particular; III para desempenhar misses temporrias, de carter cultural ou interesse do Municpio. 1 - No perder o mandato, considerando-se automaticamente licenciado, o Vereador investido no cargo de Secretrio Municipal ou Diretor equivalente, conforme previsto, no art. 38, inciso II, alnea a desta Lei Orgnica. 2 - Ao Vereador licenciado nos termos dos incisos I e III, a Cmara poder determinar o pagamento, no valor que estabelecer e na forma que especificar, de auxlio-doena ou auxlio especial. 3 - O auxlio de que trata o pargrafo anterior poder ser fixado no curso da Legislatura e no ser computado para o efeito de clculo de remunerao dos Vereadores. 4 - A licena para tratar de interesse particular no ser inferior a trinta (30) dias e o Vereador no poder reassumir o exerccio do mandato antes do trmino da licena. 5 - Independentemente de requerimento, considerar-se- como licena o no comparecimento s reunies de Vereador privado, temporariamente, de sua liberdade, em virtude de processo criminal em curso. 6 - Na hiptese do 1, o Vereador poder optar pela remunerao do mandato.

Art. 41 Dar-se- a convocao do Suplente de Vereador nos casos de vaga ou licena. 1 - O Suplente convocado dever tomar posse no prazo de vinte quatro horas, contadas da data da convocao, salvo justo motivo aceito pela Cmara, quando se prorrogar o prazo para cinco (5) dias. 2 - Enquanto a vaga a que se refere o pargrafo anterior no for preenchida, calcularse- o quorum em funo dos Vereadores remanescentes. SEO V DO PROCESSO LEGISLATIVO Art. 42 O Processo Legislativo Municipal compreende a elaborao de: I Emendas a Lei Orgnica Municipal; II Leis Complementares; III Leis Ordinrias; IV Leis Delegadas; V Resolues; VI Decretos Legislativos. Art. 43 A Lei Orgnica Municipal poder ser emendada mediante proposta: I de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal. II do Prefeito Municipal. 1 - A proposta ser votada em dois turnos com interstcio mnimo de dez dias, e aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal. 2 - A emenda Lei Orgnica Municipal ser promulgada pela Mesa da Cmara com o respectivo nmero de ordem. 3 - A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de estado de stio ou de interveno no Municpio. Art. 44 A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito e ao eleitorado que a exercer sob a forma de moo articulada, subscrita, no mnimo, por cinco por cento do total do nmero de eleitores do Municpio. Art. 45 As leis complementares somente sero aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos votos dos membros da Cmara Municipal, observados os demais termos de votao das leis ordinrias. Pargrafo nico Sero leis complementares, dentre outras previstas nesta Lei Orgnica: I Cdigo Tributrio do Municpio; II Cdigo de Obras; III Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado; IV Cdigo de Postura; V Lei instituidora do regime jurdico nico dos servidores municipais; VI Lei instituidora da guarda municipal; VII Lei de criao de cargos, funes ou empregos pblicos; VIII Cdigo de Parcelamento do Solo Urbano. Art. 46 So de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham sobre: I criao, transformao ou extino de cargos, funes ou empregos pblicos na Administrao Direta e Autrquica ou aumento de sua remunerao; II servidores pblicos, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; III criao, estruturao e atribuies das Secretarias ou Departamentos equivalentes e rgos da Administrao Pblica;

IV matria oramentria, e a que autorize a abertura de crditos ou conceda auxlios, prmios e subvenes. Pargrafo nico no ser admitido aumento da despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado do disposto no inciso IV, primeira parte. Art. 47 da competncia exclusiva da Mesa da Cmara a iniciativa das leis que disponham sobre: I autorizao para abertura de crditos suplementares ou especiais, atravs do aproveitamento total ou parcial das consignaes oramentrias da Cmara; II organizao dos servios administrativos da Cmara, criao, transformao ou extino de seus cargos, empregos e funes e fixao da respectiva remunerao. Pargrafo nico Nos projetos de competncia exclusiva da Mesa da Cmara no sero admitidas emendas que aumentem a despesa prevista, ressalvado o disposto na parte final do inciso II, deste artigo, se assinada pela metade dos Vereadores. Art. 48 O Prefeito poder solicitar urgncia para apreciao de projetos de sua iniciativa. 1 - solicitada a urgncia a Cmara dever manifestar-se em at quarenta e cinco (45) dias, sobre a proposio, contados da data em que for feita a solicitao. 2 - esgotado o prazo previsto no pargrafo anterior sem deliberao pela Cmara, ser a proposio includa na Ordem do Dia, sobrestando-se s demais proposies, para que se ultime a votao. 3 - o prazo do 1 no corre no perodo de recesso da Cmara, nem se aplica aos projetos de lei complementar. Art. 49 Aprovado, o projeto de lei ser enviado ao Prefeito, que aquiescendo, o sancionar. 1 - o Prefeito considerando o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo total ou parcialmente, no prazo de quinze (15) dias teis, contados da data do recebimento, s podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutnio secreto. 2 - o veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de inciso ou de alnea. 3 - decorrido o prazo do pargrafo anterior, o silncio do Prefeito importar sano. 4 - a apreciao de veto pelo plenrio da Cmara ser, dentro de trinta (30) dias a contar do seu recebimento, em uma s discusso e votao, com parecer ou sem ele, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutnio secreto. 5 - rejeitado o veto, ser o projeto enviado ao Prefeito, para a promulgao. 6 - esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no 3, o veto ser colocado na Ordem do Dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at a sua votao final, ressalvadas as matrias de que trata o art. 48 desta Lei Orgnica. 7 - a no promulgao da Lei no prazo de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos casos dos pargrafos 3 e 5, criar para o Presidente da Cmara, a obrigao de faz-lo em igual prazo. Art. 50 As leis delegadas sero elaboradas pelo Prefeito que dever solicitar a delegao Cmara Municipal. 1 - os atos de competncia privativa da Cmara, a matria reservada lei complementar e os planos plurianuais e oramento no sero objeto de delegao. 2 - a delegao ao Prefeito ser efetuada sob forma e decreto legislativo, que especificar o seu contedo e os termos de seu exerccio.

3 - o Decreto Legislativo poder determinar a apreciao do projeto pela Cmara que a far em votao nica, vedada a apresentao de emenda. Art. 51 os projetos de resoluo disporo sobre matrias de interesse interno da Cmara e os projetos de decreto legislativo, sobre os demais casos de sua competncia privativa. Pargrafo nico Nos casos de projeto de resoluo e de projeto de decreto legislativo, considerar-se- encerrada com a votao final a elaborao da norma jurdica, que ser promulgada pelo Presidente da Cmara. Art. 52 A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder constituir objeto de novo projeto, na mesma Sesso Legislativa, mediante a proposta da maioria absoluta dos membros da Cmara. SEO VI DA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E ORAMENTRIA Art. 53 A fiscalizao contbil, financeira e oramentria do Municpio ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Executivo, institudos em Lei. 1 - O controle externo da Cmara ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas dos Municpios ou rgo Estadual ao qual for atribuda essa incumbncia, e compreender a apreciao das Contas do Prefeito e da Mesa da Cmara, o acompanhamento das atividades financeiras e oramentrias do Municpio, o desempenho das funes de auditoria financeira e oramentria bem como o julgamento das contas dos administradores e demais responsveis por bens e valores pblicos. 2 - As contas do Prefeito e da Cmara Municipal, prestadas anualmente, sero julgadas pela Cmara dentro de sessenta (60) dias aps o recebimento do parecer prvio do Tribunal de Contas ou rgo Estadual a que for atribuda essa incumbncia. 3 - Somente por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal deixar de prevalecer emitido pelo Tribunal de Contas dos Municpios ou rgo Estadual incumbidos dessa misso. 4 - As contas relativas aplicao dos recursos transferidos pela Unio e Estado sero prestadas na forma da Legislao Federal e Estadual em vigor, podendo o municpio suplementar essas contas, sem prejuzo de sua incluso na prestao anual de contas. Art. 54 O Executivo manter sistema de controle interno, a fim de: I criar condies indispensveis para assegurar eficcia ao controle externo e regularidade a realizao da receita e despesas; II acompanhar as execues de programas de trabalho e do oramento; III avaliar os resultados alcanados pelos administradores; IV verificar a execuo dos contratos. Art. 55 As contas do Municpio ficaro, durante sessenta (60) dias, anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder questionarlhe a legitimidade, nos termos da lei. CAPTULO III DO PODER EXECUTIVO SEO I DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 56 O Poder Executivo Municipal exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes. Pargrafo nico Aplica-se a elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito o disposto no PARGRAFO 1 do Art.15, desta Lei Orgnica e a idade mnima de vinte e um anos. Art. 57 A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se- simultaneamente, nos termos estabelecidos no art. 29, incisos I e II da Constituio Federal. 1 - A eleio do Prefeito importar a do Vice-Prefeito com ele registrado. 2 - Ser considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido poltico, obtiver a maioria de votos, no computados os em branco e nulo e havendo empate ser considerado eleito o mais idoso. Art. 58 O Prefeito e Vice-Prefeito tomaro posse no dia 1 de janeiro do ano subseqente a Eleio, em Sesso da Cmara Municipal, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgnica, observar as Leis da Unio, do Estado e do Municpio, promover o bem geral dos Municpios e exercer o cargo sob a inspirao da democracia, da legitimidade e da legalidade. Pargrafo nico Decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou VicePrefeito, salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este ser declarado vago. Art. 59 Substituir o Prefeito, no caso de impedimento e suceder-lhe-, no de vaga, o Vice-Prefeito. 1 - O Vice-Prefeito no poder se recusar a substituir o Prefeito, sob pena de extino de mandato. 2 - O Vice-Prefeito, alm, de outras atribuies que lhe forem conferidas por Lei, auxiliar o Prefeito, sempre que por ele for convocado para misses especiais e ter direito a um Gabinete junto a Prefeitura, com assessoria e equipamentos necessrios ao desempenho de suas funes enquanto durar seu mandato. Art. 60 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacncia do cargo assumir a Administrao Municipal, o Presidente da Cmara. Pargrafo nico O Presidente da Cmara recusando-se por qualquer motivo, a assumir o cargo de Prefeito, renunciar, incontinente, a sua funo de dirigente do Legislativo, ensejando assim, a eleio de outro membro para ocupar, como Presidente da Cmara e Chefia do Poder Executivo. Art. 61 Verificando-se a vacncia do cargo de Prefeito e inexistindo Vice-Prefeito, observar-se- o seguinte: I ocorrendo a vacncia nos trs primeiros anos de mandato, dar-se- eleio noventa (90) dias aps a sua abertura, cabendo aos eleitos completarem o perodo dos seus antecessores; II ocorrendo vacncia no ltimo ano de mandato, assumir o Presidente da Cmara que completar o perodo. Art. 62 O mandato do Prefeito de quatro anos, vedada a reeleio para o perodo subseqente, e ter incio em 1 de janeiro do ano seguinte ao da eleio. Art. 63 O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exerccio do cargo, no podero, sem licena da Cmara Municipal, ausentar-se do Municpio por perodo superior a quinze (15) dias, sob pena de perda de cargo ou de mandato. Pargrafo nico O Prefeito regularmente licenciado ter direito a receber a remunerao, quando: I impossibilidade de exercer o cargo, por motivo de doena devidamente comprovada: II em gozo de frias; III a servio ou em misso de representao do Municpio.

1 - O Prefeito gozar frias anuais de trinta (30) dias, sem prejuzo da remunerao, ficando a seu critrio a poca para usufruir o descanso. 2 - A remunerao do Prefeito ser estipulada na forma do inciso XXI, do Art. 35, desta Lei Orgnica. Art. 64 Na ocasio da posse e ao trmino do mandato, o Prefeito far declarao de seus bens, a qual ficar arquivada na Cmara, constando das respectivas atas, o seu resumo. Pargrafo nico O Vice-Prefeito far declarao de seus bens, no momento em que assumir, pela primeira vez, exerccio do cargo. SEO II DAS ATRIBUIES DO PREFEITO Art. 65 Ao Prefeito, como chefe da Administrao compete das cumprimento s deliberaes da Cmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Municpio, bem como adotar, de acordo com a Lei, todas as medidas administrativas de utilidade pblica, sem exceder as verbas oramentrias. Art. 66 Compete ao Prefeito, entre outras atribuies: I a iniciativa das leis, na forma e casos previstos nesta Lei Orgnica; II representar o Municpio em Juzo ou fora dele; III sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Cmara e expedir os regulamentos para fiel execuo; IV vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Cmara; V decretar, nos termos da Lei, desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social; VI expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; VII permitir ou autorizar o uso de bens municipais, por terceiros; VIII permitir ou autorizar a execuo de servios pblicos por terceiros; IX promover os cargos pblicos e expedir os demais atos referentes situao funcional dos servidores; X enviar Cmara os Projetos de Lei relativos ao oramento anual e ao plano plurianual do Municpio e das suas autarquias; XI encaminhar Cmara, at o dia 15 de abril, a prestao de contas, bem como os balanos do exerccio findo; XII encaminhar aos rgos competentes os planos de aplicao e as prestaes de contas exigidas em Lei; XIII fazer publicar os atos oficiais; XIV prestar a Cmara, dentro de quinze (15) dias, as informaes pela mesma solicitada, salvo prorrogao, a seu pedido e por prazo determinado, em face da complexidade da matria ou da dificuldade de obteno nas respectivas fontes, dos dados pleiteados; XV prover os servios e obras da Administrao Pblica; XVI superintender a arrecadao dos tributos, bem como a guarda e aplicao da receita, autorizando as despesas e pagamento dentro das disponibilidades oramentrias ou dos crditos votados pela Cmara; XVII colocar disposio da Cmara at o dia vinte (20) de cada ms, o duodcimo da dotao oramentria, compreendendo os crditos oramentrios, especiais, nos termos do artigo 77 item 13, da Constituio Estadual e da Lei Complementar prevista no artigo 165, pargrafo nono, da Constituio Federal.

XVIII aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como rev-las quando impostas irregularmente; XIX resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe forem dirigidas; XX oficializar, obedecidas as normas urbansticas aplicveis, as vias e logradouros pblicos, mediante denominao aprovada pela Cmara; XXI convocar extraordinariamente a Cmara quando o interesse da Administrao o exigir; XXII aprovar projetos de edificao e planos de loteamentos, arruamento e zoneamento urbano ou para fins urbanos; XXIII apresentar, anualmente, a Cmara, relatrio circunstanciado sobre o estado das obras e dos servios municipais, bem como o programa administrativo para o ano seguinte; XXIV organizar os servios internos das reparties criadas por Lei, sem exceder as verbas para tal destinadas; XXV contrair emprstimos e realizar operaes de crdito, mediante prvia autorizao da Cmara; XXVI providenciar sobre a administrao dos bens do Municpio e sua alienao, na forma da Lei; XXVII organizar e dirigir, nos termos da Lei, os servios relativos s terras do Municpio; XXVIII desenvolver o sistema virio do Municpio; XXIX conceder auxlios, prmios, subvenes, nos limites das respectivas verbas oramentrias e do plano de distribuio, prvia e anualmente aprovado pela Cmara; XXX providenciar sobre o incremento do ensino em todos os nveis, inclusive superior; XXXI estabelecer a diviso administrativa do Municpio de acordo com a Lei; XXXII solicitar o auxlio das autoridades policiais de Estado para garantia do cumprimento de seus atos; XXXIII solicitar, obrigatoriamente, autorizado Cmara para ausentar-se do Municpio por tempo superior a quinze (15) dias; XXXIV adotar providncias para a conservao e salvaguarda do Patrimnio Municipal; XXXV publicar at trinta (30) dias aps o encerramento de cada bimestre relatrio resumido da execuo oramentria. Art. 67 O Prefeito poder delegar, por Decreto, a seus auxiliares, as funes administrativas previstas nos incisos IX, XV, XXIV, do art. 66. SEO III DA PERDA E EXTINO DO MANDATO Art. 68 vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou funo, na Administrao Pblica Direta ou Indireta, ressalvada a posse em virtude de Concurso Pblico e observado o disposto no art. 82, I, IV e V desta Lei Orgnica. 1 - igualmente vedado ao Prefeito e ao Vice-Prefeito desempenhar funo de administrao em qualquer empresa privada, durante o horrio de expediente na Prefeitura. 2 - A infrigncia ao disposto neste artigo e seu pargrafo 1 importar em perda do mandato.

Art. 69 As incompatibilidades declaradas no art. 38, seus incisos e letras desta Lei Orgnica, entende-se no que forem aplicveis, ao Prefeito ao Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes. Art. 70 So crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos em Lei Federal. Pargrafo nico O Prefeito ser julgado, pela prtica de crime de responsabilidade, perante Tribunal de Justia do Estado. Art. 71 So infraes poltico-administrativas do Prefeito as previstas em Lei Federal *(vide emenda). Pargrafo nico O Prefeito ser julgado, pela prtica de infraes poltico administrativas perante a Cmara. Art. 72 Ser declarado vago, pela Cmara Municipal, o cargo de prefeito quando: I ocorrer falecimento, renncia ou condenao por crime funcional ou eleitoral; II deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Cmara, dentro de dez (10) dias; III infringir as normas dos artigos 38 e 63 desta Lei Orgnica. SEO IV DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO Art. 73 So auxiliares diretos do Prefeito: I os Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes; II Os Subprefeitos; Pargrafo nico Os cargos so de livre nomeao e demisso do Prefeito. Art. 74 A Lei Municipal estabelecer as atribuies dos auxiliares diretos do Prefeito, definindo-lhes a competncia, deveres e responsabilidades. Art. 75 So condies essenciais para a investidura no cargo de Secretrio ou Diretor equivalente: I ser brasileiro; II estar no exerccio dos direitos polticos; III ser maior de vinte e um anos; IV que resida no Municpio. Art. 76 Alm das atribuies fixadas em Lei, compete aos Secretrios ou Diretores; I subscrever atos e regulamentos referentes aos seus rgos; II expedir instrues para a boa execuo das Leis, Decretos e Regulamentos; III apresentar ao Prefeito relatrio anual dos servios realizados por suas reparties; IV comparecer a Cmara Municipal, sempre que convocado pela mesma, para prestao de esclarecimentos oficiais, no prazo de quinze (15) dias; 1 - os decretos, atos e regulamentos referentes aos servios autnomos ou autrquicos sero referendados pelo Secretrio ou Diretor da Administrao. 2 - A infrigncia ao inciso IV deste artigo, sem justificao importa em crime de responsabilidade. Art. 77 Os Secretrios ou Diretores so solidariamente responsveis com o Prefeito pelos atos que assinarem; ordenarem ou praticarem. Art. 78 A competncia do subprefeito limitar-se- ao Distrito para o qual foi nomeado. Pargrafo nico Aos subprefeitos, como delegados do Executivo, compete: I cumprir e fazer cumprir, de acordo com as instrues recebidas do Prefeito, as Leis, Resolues, Regulamentos e demais atos do Prefeito e da Cmara; II fiscalizar os servios distritais;

III atender as reclamaes das partes e encaminha-las ao Prefeito, quando se tratar de matria estranha s suas atribuies ou quando lhes for favorvel deciso proferida; IV indicar ao Prefeito as providncias necessrias ao Distrito; V prestar contas ao Prefeito mensalmente ou quando lhes forem solicitadas. Art. 79 O subprefeito, em caso de licena ou impedimento, ser substitudo por pessoa de livre escolha do Prefeito. Art. 80 Os auxiliares diretos do Prefeito faro declarao de bens no ato da posse e no trmino do exerccio do cargo. SEO V DA ADMINISTRAO PBLICA Art. 81 - A administrao pblica direta e indireta, de qualquer dos Poderes do Municpio, obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, tambm, ao seguinte: I os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em Lei; II a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em Concurso Pblico de provas ou de Provas de Ttulos, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em Lei de livre nomeao e exonerao; III o prazo de validade do Concurso Pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez, por igual perodo; IV durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em Concurso Pblico de provas e ttulos, ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; V os cargos em comisso e as funes de confiana sero exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira tcnica ou profissional, nos casos e condies previstos em Lei; VI garantido ao servidor pblico civil o direito livre associao sindical; VII o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em Lei Complementar Federal; VIII a Lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras deficincias e definir os critrios de sua admisso; IX a Lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico; X a reviso geral da remunerao dos servidores pblicos far-se- sempre mesma data; XI a Lei fixar o limite mximo e a relao de valores entre a maior e a menor remunerao dos servidores pblicos, observado, como limite mximo, os valores percebidos como remunerao, em espcie, pelo Prefeito; XII os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo no podero ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII vedada a vinculao ou equiparao de vencimentos, para efeito de remunerao de pessoal do servio pblico, ressalvado o disposto no incio anterior e no art. 1 desta Lei Orgnica; XIV os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nem acumulados, para fins de concesso de acrscimos ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento;

XV os vencimentos dos servidores pblicos so irredutveis e a remunerao observar o que dispem os arts. 37, XI, XII; II 153, III; e 153 2 I da Constituio Federal; XVI vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto quando houver compatibilidade de horrios: a) a dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientfico; c) a de dois cargos privativos da rea mdica; XVII a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes mantidas pelo Poder Pblico; XVIII a administrao fazendria e seus servidores fiscais tero, dentro de suas reas de competncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XIX somente por Lei especfica podero ser criadas empresa pblica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundao pblica; XX- depende de autorizao Legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada; XXI ressalvado os casos especficos na Legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegurarem igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da Lei, exigindo-se a qualificao tcnico-econmica indispensvel garantia do cumprimento das obrigaes. 1 - a publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos. 2 - a no observncia do disposto nos incisos II e III implicar a nulidade do ato e a punio da autoridade responsvel, nos termos da Lei. 3 - as reclamaes relativas a prestao de servios pblicos sero disciplinadas em Lei. 4 - os atos de improbidade administrativa importaro na suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a disponibilidade dos bens e ressarcimento ao errio, na forma e gradao prevista em Lei, sem prejuzo da ao cabvel. 5 - a Lei Federal estabelecer os prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ou no, que cause prejuzos ao errio, ressalvas s respectivas aes de ressarcimento. 6 - as pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadores de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem, terceiros, assegurando o direito de regresso contra responsvel nos de dolo ou culpa. Art. 82 Ao servidor pblico, com exerccio de mandato eletivo, aplica-se as seguintes disposies: I tratando-se de mandato eletivo Federal, ou Estadual, ficar afastado de seu cargo, emprego ou funo; II investido no mandato de Prefeito, ser afastada do cargo, emprego ou funo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao;

III investido do mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horrios, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo de remunerao do cargo eletivo e, no havendo compatibilidade, ser aplicada a norma do inciso anterior; IV em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento; V para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os valores sero determinados como se no exerccio estivesse. SEO VI DOS SERVIDORES PBLICOS Art. 83 O municpio instituir regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas. 1 - A Lei assegura, aos servidores da Administrao Direta, isonomia de vencimentos para cargos de atribuies iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas a natureza ou local de trabalho. 2 - Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituio Federal. Art. 84 O servidor ser aposentado: I por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, especificadas em Lei, e proporcional nos demais casos; II compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de servio; III voluntariamente; a) aos trinta e cinco anos de servio, se homem, e aos trinta se mulher, com proventos integrais; b) aos trinta anos de efetivo exerccio em funes de magistrio, se professor, e vinte e cinco, se professora, com proventos integrais; c) aos trinta anos de servio, se aos vinte e cinco, se a mulher, com proventos proporcionais a esse tempo; d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de servio. 1 - A Lei complementar poder estabelecer excees ao disposto no inciso III, a e c, no caso de exerccio de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas. 2 - A Lei dispor sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporrios. 3 - O tempo de servio pblico Federal, Estadual ou Municipal ser computado integralmente para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade. 4 - Os proventos da aposentadoria sero revistos, na mesma proporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao dos servidores em atividade, sendo tambm estendidos aos inativos quaisquer benefcios, ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu aposentadoria na forma da Lei.

5 - O benefcio da penso por morte corresponder a totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, at o limite estabelecido em Lei, observado o disposto no pargrafo anterior. Art. 85 So estveis, aps dois anos de efetivo exerccio, os servidores nomeados em virtude de Concurso Pblico. 1 - O servidor pblico estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgamento ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. 2 - Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo ou posto em disponibilidade. 3 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade remunerada, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. SEO VII DA SEGURANA PBLICA Art. 86 O municpio poder constituir guarda municipal, adulta e mirim, foras auxiliares destinadas proteo de seus bens, servios e instalaes, nos termos da Lei Complementar. 1 - A Lei Complementar de criao da guarda municipal dispor sobre acesso, direitos, deveres, vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina. 2 - A investidura nos cargos da guarda municipal far-se- mediante Concurso Pblico de prova ou de provas e ttulos. 3 - O municpio dever criar as condies necessrias instalao de uma unidade do Corpo de Bombeiros de Gois, em Caldas Novas. TTULO III DA ORGANIZAO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL CAPTULO I DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA Art. 87 A Administrao Municipal constituda dos rgos integrados na estrutura administrativa da Prefeitura e de entidades dotadas de personalidade jurdica prpria. 1 - Os rgos da Administrao Direta que compem estrutura administrativa da Prefeitura se organizam e as coordenam, atendendo os princpios tcnicos recomendveis ao bom desempenho de suas atribuies. 2 - As entidades dotadas de personalidade jurdica prpria que compem a Administrao Indireta do Municpio se classificam em: I Autarquia o servio autnomo, criado por Lei, com personalidade jurdica, patrimnio e receita, prprios, para executar atividades tpicas da Administrao Pblica, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gesto administrativa e financeira descentralizada; II Empresa Pblica a entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, com patrimnio e capital do municpio, criada por Lei, para explorao de atividades econmicas que o municpio seja levado a exercer, por fora de

contingncia ou convenincia administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em Direito; III Sociedade de Economia Mista a entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado ou pblico, criada por Lei, para explorao de atividades econmicas, sob a forma de sociedade annima, cuja aes com direito a voto pertenam em sua maioria, ao municpio ou a entidade da administrao indireta. IV Fundao Pblica a entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, criada em virtude de autorizao Legislativa, para o desenvolvimento de atividades que no exijam execuo por rgo ou entidades e direitos pblicos, com autonomia administrativa, patrimnio prprio gerido pelos respectivos rgos de direo, e funcionamento custeado por recursos do municpio e de outras fontes. 3 - A entidade de que se trata o inciso IV do Pargrafo 2 adquire personalidade jurdica com a inscrio da escritura pblica de sua constituio no Registro Civil de Pessoas Jurdicas, no se lhe aplicando as demais disposies do Cdigo Civil concernentes s fundaes com personalidade jurdica de direito pblico. CAPTULO II DOS ATOS MUNICIPAIS SEO I DA PUBLICIDADE DOS ATOS MUNICIPAIS Art. 88 A publicao das Leis e Atos Municipais far-se- em rgo da Imprensa local ou regional ou por afixao na sede da Prefeitura ou da Cmara Municipal, conforme o caso. 1 - A escolha do rgo de imprensa para a divulgao das Leis e Atos Administrativos far-se- atravs de licitao, em que se levaro em conta no s as condies de preo, como as circunstncias de freqncia, horrio, tiragem a distribuio. 2 - Nenhum ato produzir efeito antes de sua publicao. 3 - A publicao dos atos no normativos, pela Imprensa, poder ser resumida. Art. 89 O Prefeito far publicar: I diariamente, por edital, o movimento de caixa do dia anterior; II mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa; III mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos; IV anualmente, at 15 de maro, pelo rgo oficial do Estado, as contas de administrao, constitudas do balano financeiro, do balano patrimonial, do balano oramentrio e demonstrao das variaes patrimoniais em forma sinttica. SEO II DOS LIVROS Art. 90 O municpio manter os livros que forem necessrios ao registro de seus servios. 1 - Os livros sero abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo Presidente da Cmara, conforme o caso, ou por funcionrio designado para tal fim. 2 - Os livros referidos neste artigo podero ser substitudos por fichas ou outro sistema, convenientemente autenticado.

SEO III DOS ATOS ADMNISTRATIVOS Art. 91 O atos administrativos de competncia do Prefeito devem ser expedidos com obedincias as seguintes normas: I Decreto, numerado em ordem cronolgica, nos seguintes casos: a) regulamentao de lei; b) instituio, modificao ou extino de atribuies no constantes de lei; c) regulamentao interna dos rgos que forem criados na Administrao Municipal; d) aberturas de crditos especiais e suplementares, at o limite autorizado por Lei, assim como de crdito extraordinrios; e) declarao de utilidade pblica ou necessidade social, para fins de desapropriao ou servido administrativa; f) aprovao de regulamento ou de regimento das entidades que compem a Administrao Municipal; g) permisso de uso dos bens municipais; h) medidas executrias do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado; i) normas de efeitos externos, no privativos da Lei; j) fixao e alterao de taxas; II Portaria, nos seguintes casos: a) provimento e vacncia dos cargos pblicos e demais atos de efeitos individuais; b) lotao e relotao nos quadros de pessoal; c) abertura de sindicncia e processos administrativos, aplicao de penalidade e demais atos individuais de efeitos internos; d) outros casos determinados em Lei ou Decreto. III Contrato, nos seguintes casos: a) admisso de servidores para servios de carter temporrios, nos termos do art. 81, IV, desta Lei Orgnica; b) execuo de obras e servios municipais, nos termos da Lei. Pargrafo nico Os atos constantes dos itens II e III deste artigo, podero ser delegados. SEO IV DAS PROIBIES Art. 92 O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores e os Servidores Municipais, bem como as pessoas ligadas a qualquer deles por matrimnio ou parentesco, afim ou consangneo, at o segundo grau, ou por adoo, no podero contratar com o Municpio, subsistindo a proibio at seis (6) meses aps findas as respectivas funes. Pargrafo nico - No se incluem nesta proibio os contratos cujas clusulas e condies sejam uniformes para todos os interessados. Art. 93 A pessoa jurdica em dbito com o sistema de seguridade social, como estabelecido em Lei Federal, no poder contratar com o Poder Pblico Municipal, nem dele receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios. SEO V DAS CERTIDES

Art. 94 A Prefeitura e a Cmara so obrigadas a fornecer a qualquer interessado, no prazo de dez (10) dias, certides dos atos, contratos e decises, desde que requeridas para fim de direito determinado, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedio. No mesmo prazo devero atender as requisies jurdicas se outro no for fixado pelo Juiz. Pargrafo nico As certides relativas ao Poder Executivo sero fornecidas pelo Secretrio ou Diretor da Administrao da Prefeitura, exceto as declaratrias de efetivo exerccio do Prefeito, que sero exerccio do Prefeito, que sero fornecidos pelo Presidente da Cmara. CAPTULO III DOS BENS MUNICIPAIS Art. 95 Cabe ao Prefeito a administrao dos bens municipais, respeitada a competncia da Cmara quanto queles utilizados em seus servios. Art. 96 Todos os bens municipais devero ser cadastrados, com a identificao respectiva, numerando-se os mveis segundo o que for estabelecido em regulamento, os quais ficaro sob a responsabilidade do chefe da Secretaria ou Diretor a que forem distribudos. Art. 97 Os bens patrimoniais do Municpio devero ser classificados: I pela sua natureza; II em relao a cada servio; Pargrafo nico Dever ser feita, anualmente, a conferncia da escriturao patrimonial com os bens existentes e, na prestao de contas de cada exerccio, ser includo o inventrio de todos os bens municipais. Art. 98 A alienao de bens municipais, subordinada a existncia de interesse pblico devidamente justificado, ser sempre precedida de avaliao e obedecer as seguintes normas: I quando imveis, depender de autorizao Legislativa e Concorrncia Pblica, dispensada esta nos casos de doao e permuta; II quando imveis, depender de autorizao Legislativa e concorrncia Pblica, dispensada esta nos casos de doao, que ser permitida exclusivamente para fins assistenciais ou quando houver interesse pblico relevante, justificado pelo Executivo. Art. 99 O municpio, preferentemente a venda ou doao de seus bens imveis, outorgar concesso de real uso, mediante prvia autorizao Legislativa e Concorrncia Pblica. 1 - A concorrncia poder ser dispensada por Lei, quando o uso se destinar a concessionria de servio pblico, a entidades assistenciais, ou quando houver relevante interesse pblico, devidamente justificado. 2 - A venda aos proprietrios de imveis lindeiros de reas urbanas remanescentes e improveitveis para edificaes resultantes, de obras pblicas, depender apenas de prvia avaliao e autorizao Legislativa dispensada licitao. As reas resultantes de modificaes de alinhamento sero alienadas nas mesmas condies quer sejam aproveitveis ou no. Art. 100 A aquisio de bens imveis, por compra ou permuta, depender de prvia avaliao e autorizao Legislativa. Art. 101 proibida a doao, venda ou concesso de uso de qualquer frao dos parques, praas, jardins ou largos pblicos.

Art. 102 O uso de bens municipais, por terceiros, s poder ser feito mediante concesso, ou permisso a ttulos precrios e por tempo determinado, conforme o interesse pblico o exigir. 1 - A concesso de uso dos bens pblicos de uso especial e dominicais depender de Lei e concorrncia e ser feita mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, ressalvada a hiptese do Pargrafo 1 do art. 99 desta Lei Orgnica. 2 - A concesso administrativa de bens pblicos de uso comum somente poder ser outorgada para finalidades escolares de assistncia social ou turstica, mediante autorizao Legislativa. 3 - A permisso de uso que poder incidir sobre qualquer bem pblico, ser feita, a ttulo precrio, por ato unilateral do Prefeito, atravs de decreto. Art. 103 Podero ser cedidas a particulares, para servios transitrios, mquinas e operadores da Prefeitura, desde que no haja prejuzos para os trabalhos do municpio e o interessado recolha, previamente, a remunerao arbitrada e assine termo de responsabilidade pela conservao e devoluo dos bens cedidos. Art. 104 A utilizao e administrao dos bens pblicos de uso especial, como mercado, matadouros, estaes, recintos de espetculos e campos de esporte, sero feitas na forma da Lei e Regulamentos respectivos. CAPTULO IV DAS OBRAS E SERVIOS MUNICIPAIS Art. 105 Nenhum empreendimento de obras e servios do municpio poder ter incio sem prvia elaborao do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste: I a viabilidade do empreendimento, sua convenincia e oportunidade para o interesse comum; II os pormenores para sua execuo; III os recursos para o atendimento das respectivas despesas; IV os prazos para o seu incio e concluso, acompanhados da respectiva justificao; 1 - Nenhuma obra, servio ou melhoramento, salvo casos de extrema urgncia, ser executada sem prvio oramento de seu custo. 2 - As obras pblicas podero ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e demais entidades da administrao indireta, e por terceiros, mediante licitao. Art. 106 A permisso de servio pblico a ttulo precrio, ser outorgada por decreto do Prefeito, aps edital de chamamento de interessados para a escolha do melhor pretendente, sendo que a concesso s ser feita com autorizao Legislativa, mediante contrato, precedido de concorrncia pblica. 1 - Sero nulas de pleno direito as permisses, as concesses bem como quaisquer outros ajustes feitos de desacordo com o estabelecido neste artigo. 2 - Os servios permitidos ou concedidos ficaro sempre sujeitos a regulamentao e fiscalizao do municpio, incumbindo, aos que executam, sua permanente atualizao e adequada s necessidades dos usurios. 3 - O municpio poder retomar, sem indenizao, os servios permitidos ou concedidos desde que executados em desconformidade com ato ou contrato, bem como aqueles que se revelarem insuficientes para atendimento dos usurios. 4 - As concorrncias para a concesso de servio pblico devero ser precedidas de ampla publicidade, em jornais e rdios locais, inclusive em rgos da Imprensa da Capital do Estado, mediante edital ou comunicado resumido.

Art. 107 As tarifas dos servios pblicos devero ser fixadas pelo Executivo, tendo-se em vista a justa remunerao. Art. 108 - Nos servios, obras e concesses do municpio, bem como nas compras e alienaes ser adotada a licitao, nos termos da Lei. Art. 109 O municpio poder realizar obras e servios de interesse comum, mediante convnio com o Estado, a Unio ou entidades particulares bem assim, atravs de consrcio, com outros municpios. CAPTULO V DA ADMINISTRAO TRIBUTRIA E FINANCEIRA SEO I DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS Art. 110 So Tributos Municipais os impostos, as taxas e as contribuies de melhoria, decorrentes de obras pblicas, institudas por Lei Municipal, atendidos os princpios estabelecidos na constituio Estadual e nas normas gerais de Direito Tributrio. Art. 111 So de competncia do municpio os impostos sobre: I propriedade predial e territorial urbana; II transmisso, intervivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica, e de direito reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem com sesso de direitos a sua aquisio; III vendas a varejo de combustveis lquidos e gasosos, exceto leo diesel e botijo de gs de at treze (13) kg. IV servios de qualquer natureza, no compreendidos na competncia do Estado, definidos na Lei Complementar prevista no art.146 da Constituio Federal. 1 - O imposto previsto no inciso II no incidir sobre a transmisso de bens ou direitos incorporados ao patrimnio de pessoa jurdica em realizao de capital, nem sobre a incorporao, ciso ou extino de pessoa jurdica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra, a venda desses bens ou direitos, lotao de bens imveis ou arrendamento mercantil. 2 - A Lei determinar medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos nos incisos III e IV. Art. 112 As taxas s podero ser institudas por Lei, em razo do Exerccio do Poder de Polcia ou pela utilizao efetiva ou potencial de servios pblicos, especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos disposio pelo municpio. Art. 113 A contribuio de melhoria poder ser cobrada dos proprietrios de mveis valorizados por obras pblicas municipais, tendo como limite total a despesa realizada e como o limite individual o acrscimo de valor que da obra resultar para cada imvel beneficiado. Art. 114 Sempre que possvel os impostos tero carter pessoal e sero graduados segundo a capacidade econmica do contribuinte, facultando Administrao Municipal, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados ou direitos individuais e nos termos da Lei, o patrimnio, os rendimentos e as atividades econmicas do contribuinte. Pargrafo nico As taxas no podero ter base de clculo prprio de impostos. Art. 115 O municpio poder instituir contribuio, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefcio deste, de sistemas de previdncia e assistncia social.

SEO II DA RECEITA E DA DESPESA Art. 116 A Receita Municipal constituir-se- da arrecadao dos Tributos Municipais, da participao em Tributos da Unio e do Estado, dos recursos resultantes do Fundo de Participao dos Municpios e da utilizao de seus bens, servios, atividades e de outros ingressos. Art. 117 Pertencem ao municpio: I o produto da arrecadao do Imposto da Unio sobre rendas e proventos de qualquer ttulo, pela Fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer ttulo, pela Administrao Direta, Autarquia e Fundaes Municipais; II cinqenta por cento do produto da arrecadao do Imposto da Unio sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imveis situados no municpio; III cinqenta por cento do produto da arrecadao do Imposto do Estado sobre a propriedade de veculos automotores licenciados no territrio municipal; IV vinte e cinco por cento do produto da arrecadao do Imposto do Estado sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal de comunicao. Art. 118 A fixao dos preos pblicos, devidos pela utilizao de bens, servios e atividades municipais, ser feita pelo Prefeito, mediante edio de decreto. Pargrafo nico As tarifas dos servios pblicos devero cobrir os seus custos, sendo reajustveis quando se tornarem deficientes ou excedentes. Art. 119 Nenhum contribuinte ser obrigado ao pagamento de qualquer tributo lanado pela Prefeitura, sem prvia notificao. Pargrafo nico Considera-se notificao a entrega do aviso de lanamento, no domiclio fiscal do contribuinte, nos termos da Legislao Federal pertinente. Art. 120 A despesa pblica atender aos princpios estabelecidos na Constituio Federal e s normas de Direito Financeiro. Art. 121 Nenhuma despesa ser ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponvel e crdito votado pela Cmara, salvo a que correr por conta de crdito extraordinrio. Art. 122 Nenhuma Lei que crie ou aumente despesa ser executada sem que dela conste indicao do recurso para atendimentos do correspondente cargo. Art. 123 As disponibilidades de caixa do municpio, de suas autarquias e funes e das empresas por ele controladas, sero depositadas em instituies financeiras oficiais, salvos os casos previstos em Lei. SEO III DO ORAMENTO Art. 124 A elaborao e a execuo da lei oramentria anual e plurianual de investimentos obedecer s regras estabelecidas na Constituio Federal na Constituio do Estado, nas normas de Direito Financeiro e nos preceitos desta Lei Orgnica. Pargrafo nico O Poder Executivo publicar, at trinta dias o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria. Art. 125 Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, ao oramento anual e aos crditos adicionais, sero apreciados pela Comisso Permanente de Oramento e Finanas qual caber:

I examinar e emitir parecer sobre os projetos e as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal; II examinar e emitir parecer sobre planos e programas de investimentos e exceder ao acompanhamento e fiscalizao oramentria, sem prejuzo de atuao de demais Comisses da Cmara. 1 - As emendas sero apresentadas nas comisses, que sobre elas emitir parecer, e apreciadas na forma regimental. Pargrafo nico As emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovados caso: I sejam compatveis com plano plurianual; II indicados recursos necessrios, admitidos apenas os provenientes de anulao de despesa, excludas as que incidam sobre: a) dotaes para pessoal e seus encargos; b) servio de dvidas; ou III Sejam relacionados: a) com a correo de erros ou omisses; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 2 - Os recursos que, em decorrncia do voto, emenda ou rejeio do projeto de lei oramentria anual, ficarem sem despesas correspondentes podero ser utilizadas, conforme o caso, mediante crditos especiais ou suplementares, com prvia e especfica autorizao Legislativa. Art. 126 A Lei Oramentria anual compreender: I o oramento fiscal referente aos poderes do municpio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta; II o oramento de investimento das empresas em que o municpio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da Administrao direta e indireta, bem como os fundos institudos pelo Poder Pblico. Art. 127 O Prefeito enviar a Cmara, no prazo consignado na Lei Complementar Federal, a proposta de oramento anual do municpio para o exerccio seguinte. 1 - O no cumprimento do disposto no CAPTULO deste artigo implicar a elaborao pela Cmara, independentemente do envio da proposta, da competente Lei de Meios, tomando por base a Lei Oramentria em vigor. 2 - O Prefeito poder enviar mensagem Cmara, para propor a modificao do projeto da Lei Oramentria, enquanto no inicia a votao da parte que deseja alterar. Art. 128 A Cmara no enviando, no prazo consignado na Lei Complementar Federal, o projeto da lei oramentria sano, ser promulgado como lei, pelo Prefeito, o projeto originrio do Executivo. Art. 129 Rejeitado pela Cmara o projeto de lei oramentria anual prevalecer, para o ano seguinte, o Oramento do Exerccio em curso, aplicando-se a atualizao dos valores. Art. 130 Aplicam-se ao projeto de lei oramentria, no que no contrariar o disposto nesta seo, as regras do processo legislativo. Art. 131 O municpio, para execuo de projetos, programas, obras, servios ou despesas cuja execuo se prolongue alm de um exerccio financeiro, dever elaborar oramento plurianuais de investimentos. Pargrafo nico As dotaes anuais dos oramentos plurianuais devero ser includos no oramento de cada exerccio, para utilizao do respectivo crdito.

Art. 132 O oramento ser uno, incorporando-se, na receita, todos os tributos, rendas e suprimentos de fundos, e incluindo-se, discriminadamente, na despesa, as dotaes necessrias ao custeio de todos os servios municipais. Art. 133 O oramento no conter dispositivo estranho a previso da receita, nem a fixao da despesa anteriormente autorizada. Art. 134 So vedados: I o incio de programa ou projetos no includos na Lei Oramentria anual; II a realizao de despesas ou assuno de obrigaes diretas que excedam os crditos oramentrios ou adicionais; III a realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade absoluta; IV a vinculao de receita de impostos a rgo, ou fundos especiais, ressalvada a que se destine a prestao de garantia s operaes de crdito por antecipao de receita, a destinao de recurso para manuteno e desenvolvimento do ensino, alm de destinao de recursos para a cincia e tecnologia e para formao do fundo de desenvolvimento econmico e turstico do municpio de Caldas Novas. V a abertura de crdito suplementar ou especial sem prvia autorizao legislativa e sem indicao dos recursos correspondentes; VI a transposio, ou remanejamento ou a transferncia de recursos de uma categoria de programao para outra ou de rgo para o outro, sem prvia autorizao legislativa; VII a concesso ou utilizao de crditos ilimitados; VIII a utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscais da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos inclusive dos mencionados no art.126 desta Lei Orgnica; IX a instituio de fundos de qualquer natureza, sem prvia autorizao legislativa. 1 - Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade. 2 - Os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio financeiro em que forem autorizados salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, sero incorporados ao oramento do exerccio financeiro subseqente. 3 - A abe