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LEIA NO EDITORIAL Financiamento e apoio para o desenvolvimento LEIA NESTA EDIÇÃO Culturas de verão: Estiagem nas regiões Sul e Campanha restringem produtividades N.º 1.490 22 de fevereiro de 2018 Aqui você encontra: Editorial Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Financiamento e apoio para o desenvolvimento A Emater/RS-Ascar, como instituição responsável pelo serviço oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) do Rio Grande do Sul, é a responsável pela implantação de diversas políticas públicas dos Governos Estadual e Federal para desenvolver o meio rural. Uma delas é o desenvolvimento de projetos para a liberação de recursos via Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper) e o suporte na implantação das melhorias que aumentam a renda e a qualidade de vida das famílias de produtores. O Feaper é uma importante ferramenta de desenvolvimento para uma camada produtora de baixo poder aquisitivo. Sem o financiamento, ela não teria condições de realizar o sonho de melhorar de condição de vida. Não adianta somente entregar o dinheiro na mão do produtor, o êxito se deve a todo o acompanhamento na elaboração do projeto, Assistência Técnica, instalação e até mesmo a comercialização assessorada pela EmaterRS-Ascar, que também leva o produtor à feira para ter contato direto com o consumidor. A Instituição está envolvida desde 2016, agilizando todo o processo, desde a seleção dos produtores, recolhimento da documentação, elaboração dos projetos, implantação, serviço de Aters e elaboração do laudo de conclusão. O controle da execução orçamentária dos recursos destinados ao Feaper é atribuição da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). Os recursos podem contemplar projetos de pessoas físicas, jurídicas e até mesmo cooperativas, associações ou entidades de agricultores ou pecuaristas familiares, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária. A seleção pode ocorrer por meio de reuniões dos conselhos municipais de Agricultura ou pelas prioridades elencadas pelos municípios na Consulta Popular. Clair Kuhn Presidente da Emater/RS-Ascar e Superintendente Geral da Ascar

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LEIA NO EDITORIAL

Financiamento e apoio para o desenvolvimento

LEIA NESTA EDIÇÃO

Culturas de verão: Estiagem nas regiões Sul e Campanha restringem produtividades

N.º 1.490

22 de fevereiro de 2018

Aqui você encontra:

Editorial

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Financiamento e apoio para o desenvolvimento

A Emater/RS-Ascar, como instituição responsável pelo serviço oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) do Rio Grande do Sul, é a responsável pela implantação de diversas políticas públicas dos Governos Estadual e Federal para desenvolver o meio rural. Uma delas é o desenvolvimento de projetos para a liberação de recursos via Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper) e o suporte na implantação das melhorias que aumentam a renda e a qualidade de vida das famílias de produtores. O Feaper é uma importante ferramenta de desenvolvimento para uma camada produtora de baixo poder aquisitivo. Sem o financiamento, ela não teria condições de realizar o sonho de melhorar de condição de vida. Não adianta somente entregar o dinheiro na mão do produtor, o êxito se deve a todo o acompanhamento na elaboração do projeto, Assistência Técnica, instalação e até mesmo a comercialização assessorada pela EmaterRS-Ascar, que também leva o produtor à feira para ter contato direto com o consumidor. A Instituição está envolvida desde 2016, agilizando todo o processo, desde a seleção dos produtores, recolhimento da documentação, elaboração dos projetos, implantação, serviço de Aters e elaboração do laudo de conclusão. O controle da execução orçamentária dos recursos destinados ao Feaper é atribuição da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). Os recursos podem contemplar projetos de pessoas físicas, jurídicas e até mesmo cooperativas, associações ou entidades de agricultores ou pecuaristas familiares, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária. A seleção pode ocorrer por meio de reuniões dos conselhos municipais de Agricultura ou pelas prioridades elencadas pelos municípios na Consulta Popular.

Clair Kuhn Presidente da Emater/RS-Ascar

e Superintendente Geral da Ascar

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PANORAM A GERAL

FERTILIZANTE INTELIGENTE Um “fertilizante inteligente”, que combina adubo tradicional com um polímero biodegradável, está sendo desenvolvido pela Universidade Federal da Sibéria, em parceria com o centro científico KSC da Sucursal Siberiana da Academia Russa de Ciências (SB RAS). O objetivo é desacelerar o processo de decomposição e liberação de nutrientes no solo. Os cientistas publicaram seus resultados no Journal of Agricultural and Food Chemistry. Cria-se assim uma nova geração de fertilizantes através do uso de materiais biodegradáveis. O adubo inteligente libera nitrogênio de maneira gradual, através da interação com a microflora do solo. De acordo com o Portal World Fertilizer, para criar essa tecnologia, os pesquisadores usaram um polímero biodegradável chamado poli-3-hidroxibutirato. O pó do biopolímero foi misturado com farinha de madeira e nitrato de amônio. A massa resultante foi pressionada em comprimidos e utilizada nas experiências com trigo. Os melhores resultados foram alcançados com fertilizantes embalados em proteção dupla. Neste caso, devido à lenta decomposição do polímero, o adubo em comprimidos foi fornecido ao solo com taxas relativamente estáveis durante dois meses. Fonte: Agrolink

JOVENS DEIXAM ESCRITÓRIO PARA

TRABALHAR NO CAMPO A tendência de comprar orgânicos localmente fortalece interesse dos jovens pela agricultura. A situação está acontecendo nos Estados Unidos. Quem vive no campo geralmente sabe das dificuldades para permanecer na atividade agrícola, especialmente no caso dos jovens. Mas nos USA, pela segunda vez em 100 anos, o número de produtores ou pessoas ligadas à atividade agrícola com menos de 35 anos cresceu, segundo dados do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Outro dado surpreendente é que 65% dos jovens produtores entrevistados têm diploma universitário, o que é muito mais alto que a média da população em geral. Especialistas acreditam que a mudança não é suficiente ainda para o desafio que a produção rural enfrenta com o envelhecimento de agricultores e pecuaristas. Mas deve preservar a figura do médio produtor e fortalecer a tendência de comprar alimentos localmente. Vê-se mudança na agricultura americana nesta geração que vai

para a terra. O número de novos produtores nos Estados Unidos com idades entre 25 e 34 anos cresceu 2,2% entre 2007 e 2012 em nível nacional, enquanto que o de produtores da faixa etária inferior a 70 anos baixou em dois dígitos. Mas em estados como Califórnia, Nebraska e Dakota do Sul, o número de novos fazendeiros cresceu 20% ou mais. No período anterior, entre 1992 e 2012, os Estados Unidos haviam perdido 250 mil propriedades rurais. Uma pesquisa do National Young Farmers Coalition aponta que a maioria dos jovens agricultores não foram criados em fazendas. Afirma ainda que esses novos produtores estão mais propensos a produzir orgânicos, reduzir drasticamente o uso de pesticidas e fertilizantes, além de fazer rotação de culturas e diversificar a produção animal. A grande ferramenta de comercialização deles geralmente são as feiras de orgânicos locais e uma boa relação com a comunidade. Grande parte deles opera em áreas com até 20 hectares, mas as propriedades vêm crescendo. A consultoria AT Kearney revela que grandes cadeias de supermercado, como o Walmart, já estão aumentando seus programas de compras locais devido ao aumento da oferta. Esses novos produtores também estão se associando para armazenar, processar e vender os alimentos coletivamente. Fonte: USDA

GRÃOS

Arroz – Na parte Oeste do Estado, as lavouras começam a entrar em fase de maturação de forma mais acelerada, sendo que 10% do total, em nível estadual, atingem esta fase, podendo ser colhidas a qualquer momento. Quanto à colheita, estima-se que 1% do total implantado já se encontra ceifado, com a produtividade girando ao redor dos 7,5 mil kg/ha, com alguns casos chegando a oito mil. O percentual colhido poderia ser maior não fosse o atraso, devido a eventos climáticos, à época da semeadura. Na média dos últimos anos este deveria alcançar 5%. Na perspectiva de uma safra dentro da normalidade e sem problemas quanto à oferta, o mercado dá sinais de diminuição no preço do produto, com a saca de 50 quilos sendo comprada a R$ 35,44, uma variação de -0,28% em relação à semana passada. Milho – Com as chuvas ocorridas nas últimas semanas, especialmente na Metade Norte, houve melhoria das condições de umidade do solo para absorção da adubação de cobertura,

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proporcionando bom desenvolvimento das plantas em lavouras semeadas pós-colheita do fumo. O cenário é semelhante nas áreas de produção de leite onde foi implantada uma segunda safra de milho para silagem, nas quais também está sendo realizada a cobertura com nitrogênio. Em sentido contrário, a alta umidade relativa do ar em determinados momentos prejudicou, em parte, um avanço mais efetivo da colheita, que nesta semana alcança 35% da área plantada nesta safra, contra uma média para o período de 37%. Nas áreas colhidas, dessa parte do Estado, as produtividades obtidas vêm confirmando e, em alguns casos, superando a expectativa inicial, estando em torno de sete mil quilos de grão por hectare. O preço pago aos produtores pela saca de 60 quilos, nesta semana, ficou em torno dos R$ 27,00. Soja – O cenário da cultura é bastante distinto, dependendo da região onde é observada. No Norte, de forma geral, o visual das lavouras impressiona pelo porte e carga de vagens, confirmando o bom potencial produtivo. Porém, segundo técnicos, a definição dessa produção se dará em função da regularidade das precipitações nas próximas semanas, tendo em vista a predominância das lavouras na fase de enchimento de grãos (60% do total) que exigem atenção redobrada com relação ao desenvolvimento de doenças, principalmente a ferrugem, sendo esta já diagnosticada em diversas lavouras. A maioria dos produtores já realizou duas aplicações de fungicida e muitos já realizaram a terceira aplicação. Técnicos têm orientado agricultores a não fazer o uso de inseticidas concomitante a esta aplicação, quando não constada a presença de pragas para as quais é necessário controle. Ainda na Metade Norte, teve sequência a colheita das variedades precoces implantadas em setembro (percentual pouco expressivo da área total) com produtividade média superior a 50 sacas por hectare. Já a Metade Sul segue em situação de alerta, com significativo número de lavouras apresentando diminuição acentuada do potencial produtivo. O mais preocupante é que, por parte da meteorologia, não há prognóstico de chuva expressiva para esta parte do Estado, diminuindo consideravelmente a possibilidade de recuperação, por mínima que seja, das lavouras. Nesse sentido a Emater/RS-Ascar segue monitorando e analisando as informações

recebidas através do seu sistema de monitoramento (IPAN-Quinzenal), o que possibilitará uma avaliação mais precisa da situação e o respectivo impacto na produção do Estado. Os números deverão ser finalizados até a próxima semana. Os agricultores monitoram a culturas no que diz respeito à presença de pragas, principalmente o ácaro rajado. Quando a doenças fúngicas o clima predominante seco proporciona condições para redução dessas moléstias. Feijão 1ª safra – Prossegue o desenvolvimento das fases de floração e enchimento de grãos nos Campos de Cima da Serra, última região a implantar a cultura da primeira safra. Feijão 2ª safra - As lavouras estão com boa evolução de crescimento e desenvolvimento em nível geral, principalmente as plantadas na segunda quinzena de janeiro; apenas na região Sul têm ocorrido problemas em decorrência de uma estiagem mais forte, que reduziu a área plantada e vem causando injúrias nas lavouras implantadas e em desenvolvimento. O plantio no Estado está em fase de finalização. O preço médio da semana teve queda de 1,53%, passando o valor da saca de 60 kg do feijão preto para R$ 129,00.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Nas regiões do Alto Jacuí, Noroeste Colonial e Celeiro, o clima vem favorecendo o desenvolvimento das olerícolas nesta semana, mesmo com as tardes quentes e com baixa umidade do ar; tais situações são amenizadas pela irrigação. Diminuição da oferta de folhosas, mas as comercializadas apresentam excelente qualidade. Repolho apresenta aumento da incidência de podridão negra (Xanthomonas campestres) e míldio (Peronospora). Tomateiro mantém a boa produção, com baixa incidência de doenças. Cultura do pepino em final de ciclo, com baixa produção e alta incidência de doenças. Entre as frutíferas, as culturas da videira, pessegueiro e melão estão com colheita finalizada; melancia em final de produção. Caqui e figo com boa produção, mas baixa oferta devido ao pequeno cultivo.

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No Litoral Norte e Médio, a semana iniciou com tempo bom e previsão de assim se manter, desta forma favorecendo o bom desenvolvimento das hortaliças. A semana transcorreu com clima propício para o desenvolvimento das culturas de verão, sem ocorrência de chuvas, com dias ensolarados, de bastante luminosidade e temperaturas altas, de acordo com a média para o período no município de Torres. Os produtos alface e couve-flor apresentaram alteração no valor médio de venda em relação à semana anterior; o preço dos demais produtos não se alterou. As regiões de produção na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre já iniciaram o preparo de mudas e do solo. Há tendência de cultivos protegidos. Em Maquiné há seis hectares em cultivo semi-hidropônico em estufas e túneis baixos. A área continua a mesma, em razão de ser feita a colheita e logo após o plantio. Estão sendo construídos mais cinco hectares com túneis baixos para cultivo semi-hidropônico com hortaliças. A colheita de hortaliças continua, sendo que alguns produtores entregam para intermediários e outros mercados da região. A expectativa é que os preços continuem estáveis. Não há dificuldade na comercialização por serem culturas bastante consumidas. Na Fronteira Noroeste e Missões, o plantio principalmente de folhosas nas hortas caseiras está reduzido em função da época do ano, que exige a utilização de telas de sombreamento e intensa irrigação. Entre as culturas de verão, tem sido bom o desenvolvimento do tomate, do pepino e do pimentão, com alguns casos necessitando de controle fitossanitário devido ao ataque de pragas. Tem início o período de plantio de couve e couve-flor, repolho e brócolis. A maioria das frutíferas da família das rosáceas encontra-se em início de senescência das folhas. As plantas cítricas estão em diferentes estágios, conforme as variedades. A bergamota Okitsu está em início de colheita; laranjas umbigo e Salustiana em estágio avançado de desenvolvimento, iniciando a colheita no próximo mês; demais laranjas e bergamotas em desenvolvimento dos frutos, necessitando um cuidado especial com pulgões, larva minadora e ácaros. Ainda há alguma oferta satisfatória de melão e melancia que sofreram com o sol forte, mas em Santo Ângelo a produtividade foi boa. A cultura do figo está em plena colheita com excelente qualidade de frutos. Bananas estão em plena emissão de cachos e em alguns casos já

ocorre a colheita. Produtores realizam manejo pós-colheita nas videiras. A colheita do abacaxi está em andamento, com a variedade Caiano, no entanto com baixa produtividade em função das perdas decorrentes das geadas de julho passado. Os frutos colhidos são de tamanho médio a pequeno, e desta forma têm menor valor comercial. Colheita encerrada da uva e do moranguinho sendo colhidas somente variedades que se caracterizam por dia neutro, como a cultivar San Andreas; colheita do pêssego praticamente encerrada na região. Olerícolas Cebola – Na região Sul, a cultura está com a colheita finalizada. Segue a comercialização da safra que está armazenada. A safra atual para as cultivares de ciclo normal e a tardia apresentou boa produtividade, alcançando média de 30 t/ha. Alguns produtores conseguiram até 42 mil quilos por hectare, considerada excelente produtividade, demonstrando o potencial de produção da região quando utilizadas as boas práticas de produção agrícola. Em Tavares estão comercializados 95% da safra colhida; em São José do Norte e Rio Grande, o percentual é de 90%. Os preços pagos ao produtor reagiram no mercado: de R$ 1,20/kg com classificação caixa 3 e de R$ 0,50/kg caixa 2. No Litoral Médio, a colheita está concluída com as variedades crioulas. O preço não tem variado, ficando entre R$ 0,60 e R$ 0,65/kg, já classificada, pago ao produtor pelo intermediário. Este valor tem como referência a classificação como caixa 3, e as caixas 2 e 4 têm desconto de 50% no valor. Em compras sem classificação direto da lavoura, o preço é o mesmo, mas com desconto de 20% do peso bruto conforme qualidade do produto. Existe pouca cebola a ser comercializada, estimando-se aproximadamente 20% da safra. Na feira ou direto ao consumidor, o preço é de R$ 1,00/kg, sem classificação. A produtividade foi considerada boa. Em relação ao preço, não há expectativa de aumento. Alguns agricultores armazenam esperando um preço melhor. Podemos considerar boa a condição climática durante o período dos diferentes ciclos de desenvolvimento da lavoura, tanto que a produtividade foi boa, com produto de qualidade. Há expectativa que o preço melhore, garantindo boa remuneração.

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A principal dificuldade continua sendo a comercialização, devido ao fato de haver poucos compradores e pelo fato de os produtores não armazenarem e classificarem a cebola nessa região. Este processo tem ficado a cargo dos compradores, que acabam colocando o preço que lhes convém no produto. Como a maioria da cultura é cultivada em pequenas áreas, a oferta individual é pequena, o que muitas vezes não viabiliza o frete para comercialização individual na Ceasa, por exemplo. No Nordeste do Estado, onde se sobressai o município de Ibiraiaras, os produtores estão realizando a comercialização, mas com redução da oferta, devido à expectativa de continuidade na elevação dos preços. Os preços ofertados aos produtores na semana mantiveram-se estáveis, entre de R$ 0,90 a R$ 1,10/kg, dependendo da variedade e qualidade; produto de ótima qualidade. As médias de produtividade das cultivares precoces e tardias estão em 28 a 30 t/ha. A comercialização é realizada no comércio regional e estadual; até o momento, 90% da produção já foi comercializada. Batata-doce - A nova safra encontra-se em estágio de plantio e tratos culturais na região Centro-Sul. As lavouras estão produzindo em média 14 t/ha, com produto de boa qualidade. Os preços estão sendo praticados da seguinte forma:

Batata-doce de casca branca, posta na

lavoura, a R$ 12,00/cx. de 20 quilos.

Batata-doce de casca rosa recebe um

preço diferenciado, R$ 14,00/cx. de 20

quilos.

A produção é comercializada na Ceasa e nas redes de supermercados, minimercados, fruteiras da região. Pimenta – Na Zona Sul, em Turuçu, a cultivar mais plantada é a Dedo de Moça; presentes também as cultivares Bico Doce, Caiana e Cecoia. Cultura segue com bom estabelecimento e com período de colheita em andamento nas áreas em finalização. A cultura mantém bom estado sanitário. Na última safra a comercialização foi ao preço médio de R$ 3,00/kg para a pimenta fresca e de R$ 20,00/kg para a pimenta seca. A expectativa para a continuação da colheita é que os preços continuem neste patamar.

Frutícolas Abacaxi - A safra do abacaxi do Litoral Norte encaminha-se para o encerramento; a colheita já atinge 85% da produção. Em relação às safras anteriores, houve antecipação do período de colheita; os frutos estão com boa apresentação, maior tamanho; entretanto, a produtividade por unidade manteve-se no normal. Figo - Cultura no estágio de frutificação e colheita na região Sul. Os cultivos começam a sofrer com os períodos de estiagem e a falta de água para irrigação. Assim, a colheita acontece com uma qualidade inferior de frutos, de tamanho bem menor que o normal, refletindo no preço de comercialização. Valores entre R$ 2,20 a R$ 2,30/kg. Estes preços são inferiores quando comparados aos preços pagos na safra passada. Oliveira - Produtores iniciam a colheita. Produtividades inferiores ao esperado, devido aos efeitos das condições climáticas; serão inferiores a mil kg/ha. A colheita deverá ser intensificada a partir de agora (meados de fevereiro) até início de março. Comercialização de Hortigranjeiros O tempo quente e com chuvas, embora irregulares, da última quinzena favoreceu as olerícolas. Preço estabilizado nas regiões Central e Vale do Jaguari. Bergamota Ponkan e laranja de umbigo: R$ 24,00/cx. de 20 kg. Alface: no mercado do município de Santa Maria, R$10,00/dz. Beterraba e cenoura: R$ 20,00/cx. de 20 kg. Repolho: maior parte do produto com origem na Ceasa, pouco proveniente da produção local, a R$ 1,00/kg. Tomate: no momento o forte do abastecimento é através da Ceasa; R$ 55,00/cx. de 24 kg. Mandioca: R$ 21,00/cx. de 20 kg. Batata-doce: a cultura encontra-se em pleno desenvolvimento; preço continua estável: R$ 35,00/cx. de 20 kg. Nas regiões que compreendem a grande região Metropolitana, os preços da semana foram os seguintes:

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Espécie Preço R$/dz.

Alface 10,00

Tempero verde 5,00

Couve 8,00

Espinafre 15,00

Repolho (roxo) 20,00

Rúcula 12,00

Radite 8,00

Brócolis 25,00

Couve-flor 30,00

OUTRAS CULTURAS Erva-mate - Inicia a colheita nas regiões do Vale do Rio Pardo e Alto da Serra do Botucaraí. Novos plantios não são observados, apenas replantes, reposição de plantas em ervais formados. A erva-mate está sendo comercializada em torno de R$ 8,00 a R$ 10,00/arroba. Reflorestamento - Nesse período são realizados o replantio de mudas e a limpeza (capinas e roçadas) das florestas plantadas nesse ano. O eucalipto é a principal espécie cultivada. Grandis e Saligna são os preferidos dos agricultores, principalmente em municípios com menor incidência de geadas severas. Na região do Alto da Serra do Botucaraí é plantado o Dunii, tolerante a geadas. Produtores estão com alguns problemas de comercialização da lenha e da madeira. A lenha de eucalipto está sendo vendida a R$ 45,00/m

3. Com a redução da oferta de lenha na

região, o preço teve um pequeno acréscimo e tende a se elevar mais. A lenha “em pé” (venda do mato, sem o serviço de corte, empilha e transporte) é vendida a R$ 20,00/m

3 no máximo.

O preço pago pela madeira (toras) de eucalipto fica em torno de R$ 100,00 a R$ 120,00. Na Fronteira Oeste e Campanha, a comercialização do eucalipto ocorre a R$ 34,50/m

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em pé aos 7,5 anos para produtores da poupança florestal (fonte Fibria).

Na lenha, o comércio local paga R$ 58,00/m empilhado posto no local e a remuneração líquida ao produtor é de R$ 15,00/m empilhado. Em relação à acácia-negra, os preços da casca estão em R$ 260,00/t (posto em Montenegro ou Estância Velha) e madeira R$ 56,00/m empilhado posto em Rio Grande (fonte Tanac e Seta).

CRIAÇÕES Pastagens - Vários municípios decretaram

“situação de emergência” em razão de a estiagem

afetar os cultivos e as criações com perdas

econômicas relativas e também devido à falta de

água para consumo e uso das famílias rurais e

dessedentação animal: Amaral Ferrador, Arroio do

Padre, Cerrito, Pedro Osório, São Lourenço do

Sul, Turuçu, Morro Redondo, Canguçu, Piratini,

Pinheiro Machado e Pedras Altas. Além disso,

Arroio Grande, Herval, Capão do Leão, Jaguarão,

Pelotas e Santana da Boa Vista estão em fase de

elaboração dos laudos circunstanciados de perdas

pela estiagem.

Devido à falta de umidade do solo, as pastagens

de verão que foram pastoreadas têm dificuldade

de rebrote; a mesma dificuldade incide no

desenvolvimento do campo nativo, trazendo como

consequência a diminuição dos stands das

lavouras pela baixa germinação das sementes. A

estiagem também prejudica as culturas de soja e

milho que não contam com sistemas de irrigação.

Continua a abertura de poços artesianos para a

dessedentação animal e consumo humano. Na

região da Fronteira Oeste, as pastagens e

também o campo nativo apresentam bom

desenvolvimento vegetativo, devido à maior

incidência de chuvas no período.

Bovinocultura de corte - Trabalhos de manejo

reprodutivo com entoure ou inseminação artificial

já estão finalizados na maioria das propriedades

de pecuária de corte; permanece sendo feito

somente algum repasse de touro. É muito

importante que essas matrizes não percam o

estado corporal, para que não afete o peso dos

terneiros ao nascer. Intensificação de diagnósticos

de gestação a partir desse mês, já apartando as

vacas vazias, após o desmame, para descarte e

engorda. Produtores preocupados com índice de

repetição de cria em função da estiagem.

É realizado manejo sanitário dos animais com

atenção ao controle de carrapatos como ação

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preventiva, já que com a estiagem, temperaturas

altas e pastagem baixas, diminuiu a incidência de

carrapato.

Práticas realizadas pelos produtores:

mineralização do rebanho, tratamento de umbigo

de recém-nascidos, dosificação para controle de

verminose; tem aumentado o uso de

medicamentos homeopáticos na prevenção de

endo e ectoparasitas. Época também de

vacinação dos terneiros ao pé contra as

clostridioses.

Nas regiões de Bagé e Sul, o rebanho de bovinos

de corte em geral começa a apresentar redução

da condição corporal devido à estiagem,

principalmente nas áreas da região da Campanha,

sendo mais grave onde há dificuldade de água e

forragem cultivada e nativa. Nas regiões de

Caxias do Sul, Soledade, Santa Rosa e Norte,

os bovinos apresentam bom estado nutricional.

Com a temperatura elevada durante o dia e amena

durante a noite, os campos nativos apresentaram

bom desenvolvimento, embora a pastagem venha

amadurecendo ainda com boa qualidade. Na

região Centro-Sul (Camaquã, Tapes, Barra do

Ribeiro, Dom Feliciano, Barra do Ribeiro,

Guaíba, Eldorado do Sul, Butiá, São Jerônimo,

Arroio dos Ratos e Minas do Leão), pastagens e

campo nativo apresentam boa resposta à chuva

ocorrida, porém o volume ainda não foi suficiente

para recuperar as aguadas. Nas demais regiões,

como Santa Maria e Passo Fundo, a situação é

preocupante. Se não chover nos próximos dias, os

rebanhos começarão a ter dificuldade de acesso a

pastagens e fontes de água. Em Encruzilhada do

Sul, Pantano Grande e Rio Pardo, a falta de

chuvas prejudica a agricultura e a pecuária.

Nesses municípios, a chuva acumulada em 2018

fica em torno de apenas 100 mm, além de ter sido

mal distribuída. Encruzilhada do Sul estuda

decretar situação de emergência em função da

estiagem.

Preço pago pelos pecuaristas do Litoral Norte por alguns insumos utilizados no arraçoamento dos bovinos (R$/t)

Produto Preço

Casca de soja (moída) 600,00

Farelo de arroz 380,00

Varredura (caneva e arroz quebrado)

300,00

Comercialização

Os preços do gado gordo e da carne têm se

mantido estáveis; devido à crise e à instabilidade

do mercado, o preço não tem reagido como

acontecia nos outros anos. O gado de reposição

está com preço abaixo do esperado pelos

pecuaristas, que têm dificuldade de entrada de

gado gordo nos frigoríficos pela oferta alta e baixo

preço; somente o animal de sobreano e os

terneiros com mercado específico (exportação em

pé para o Oriente Médio) obtêm preços

considerados justos pelos pecuaristas. No entanto,

a exportação de gado vivo em pé está suspensa

temporariamente. Essa notícia repercutiu de forma

negativa entre os produtores que tinham esse

nicho de mercado como renda certa para

comercialização de bovinos machos e inteiros.

Os produtores começam a se preparar para o

desmame convencional que acontece a partir de

março até abril, quando acontecem as feiras

oficiais de terneiros.

Preço médio pago aos pecuaristas na região Centro-Sul (R$/kg vivo)

Produto Preços

Boi gordo 4,88

Vaca gorda 4,28

Vaca de invernar 3,80

Terneiro 5,30

Terneira 4,60

Novilho 4,90

Novilha 4,70

Búfalo 4,20

Carne ovina 5,50 Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de Santa Rosa

Conforme levantamento do relatório de preços semanais recebidos pelos produtores (nº 2012 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar), disponível no endereço http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/precos/preco_02022018.pdf, no período de 15 a 22/02/2018 o preço do boi para abate variou entre R$ 4,60 e R$ 5,10/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 4,87/kg vivo, mantendo o mesmo preço da semana anterior. O preço da vaca gorda variou entre R$ 4,00 e R$ 4,65/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 4,21/kg vivo, apresentando um leve aumento em relação ao da semana anterior, que era de R$ 4,19/kg vivo.

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Bovinocultura de Leite - Nas regiões Campanha

e Zona Sul, a ocorrência de vazio forrageiro que

atinge propriedades é mais severa naquelas sem

reservas de feno, silagem ou de áreas de campo

nativo com boa oferta de forragem, obrigando

alguns produtores a ofertarem maior quantidade

de ração e a abrirem os silos recém-feitos,

aumentando consequentemente os custos de

produção. Alguns produtores utilizam as

pastagens de verão, mesmo com o

desenvolvimento reduzido. A produção está em

níveis inferiores, se observada a média histórica

para esta época do ano. Algumas fêmeas já

apresentam redução de escore corporal, e as

matrizes não estão atingindo o pico de produção

devido às restrições na dieta. Em função de baixas

precipitações e altas temperaturas desde

novembro de 2017, está ocorrendo a redução nos

reservatórios e consequentemente a baixa

qualidade da água para os animais.

Na região de Caxias do Sul, com a trégua das

chuvas, os produtores puderam intensificar a

confecção de silagem de milho. No entanto, a

diminuição das temperaturas nas últimas semanas

atrasou o desenvolvimento das forrageiras de

verão, anuais ou perenes. A grande maioria dos

bovinocultores depende de pastagens anuais, por

isso encontram dificuldades na oferta de forragem,

em função de as mesmas estarem em final de

ciclo. Produtores que têm milheto híbrido e

escalonaram a semeadura das pastagens anuais

ainda obtêm boa oferta de forragem nessa época.

Alguns produtores estão antecipando a semeadura

das forrageiras de inverno, como o centeio, o trigo

duplo propósito e as aveias branca e preta,

visando minimizar o vazio forrageiro outonal. As

condições sanitárias e nutricionais do rebanho são

satisfatórias. Seguem os controles de endo e

ectoparasitas. Nesta semana houve relatos de

casos de tristeza bovina e incidência de mastite.

Na região de Erechim, as forrageiras estão como

bom desenvolvimento e a maior parte da silagem

de milho já foi colhida.

Nas regiões do Médio Alto Uruguai e Rio da

Várzea atualmente o rebanho leiteiro está sendo

manejado em pastoreio de espécies perenes; além

de serem forrageiras de excelente qualidade

nutricional, apresentam menor custo de produção

ao agricultor.

Na região de Lajeado, as pastagens anuais de

verão estão terminando o ciclo. Várias

propriedades fizeram um novo plantio em janeiro

para “esticar” a produção de forragens de verão.

As pastagens perenes estão com bom

desenvolvimento e ofertando qualidade e

quantidade. Muito comum na nossa região o

preparo de silagem pré-secada de tífton e jiggs

nesta época, em forma de “bola”. Continua a

colheita de milho para silagem.

Na região de Ijuí, devido à irregularidade das

precipitações, as pastagens anuais e perenes de

verão apresentam diversidade de crescimento e

produção de forragem. Nas localidades com mais

umidade no solo, os produtores estão realizando

manejo com roçada das pastagens para manter a

qualidade das forragens. Nos locais com menos

umidade, os produtores estão ministrando maior

quantidade de silagem de milho para manter a

dieta dos animais. Milho de segundo cultivo

destinado à confecção de silagem apresenta bom

desenvolvimento.

Na Zona Sul, além das pastagens com quantidade

e qualidade insuficiente, há falta de água para o

consumo dos animais. A estiagem que assola

Canguçu vem impactando drasticamente a cadeia

produtiva do leite, com pastagens sem

regeneração, dificuldade de acesso à água para

os animais, redução da produção, aumento de

custo da alimentação animal com uso de ração,

visto que a silagem está terminando. Em Morro

Redondo, boa parte das aguadas naturais já não

fornecem água com qualidade para a

dessedentação dos animais, e algumas já

secaram completamente.

Na região Centro-Sul, pastagens reagem à

precipitação, mas serão necessárias mais chuvas

para um melhor desenvolvimento das pastagens.

Lavouras tardias de milho estão sendo

implantadas para armazenamento via silagem de

planta inteira. No município de Cristal, em função

da falta de chuvas e das altas temperaturas, a

produção de leite apresenta uma queda de 50%.

Na região de Santa Maria, a condição nutricional

e produtiva do gado leiteiro segue boa, fato que

contribui um pouco para o setor neste momento de

dificuldades, com um longo período de preço baixo

pago ao produtor.

Na região de Santa Rosa, as precipitações nas

últimas semanas proporcionam bom

desenvolvimento e rebrote das pastagens,

principalmente das perenes como tífton, nas quais

os produtores realizam roçadas e fenação como

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ferramenta de manejo dos pastos, favorecendo o

rebrote e a formação de folhas novas. As

pastagens cultivadas anuais de verão ainda

ofertam boa quantidade de forragem em pleno

período de pastejo. Segue a fase de parição dos

animais, exigindo maior atenção do produtor para

realizar um bom período de transição. Com as

temperaturas elevadas, especialmente durante o

período da tarde, os animais reduzem a ingestão

de alimentos, e os produtores precisam adaptar o

manejo alimentar para evitar problemas

metabólicos nas vacas.

Comercialização

A cadeia produtiva do leite está em situação

extremamente delicada devido a preços

defasados, clima adverso e aumento do preço dos

insumos; essa situação afeta a produção de tal

forma que muitos produtores passam a considerar

a saída da atividade. A justificativa da indústria

para preço baixo do leite recai sobre o reduzido

consumo e as importações, especialmente do

Uruguai. No cenário atual, é importante saber

onde e quanto investir, enfatizando a maximização

da eficiência.

O baixo preço do leite tem movimentado os

produtores da região de Lajeado. A partir de uma

iniciativa de Arroio do Meio, outros municípios

também estão se mobilizando através de reuniões

envolvendo os poderes executivo, legislativo,

sindicatos, cooperativas, conselhos, associações,

produtores, imprensa e Emater/RS-Ascar. A

iniciativa tinha como objetivo decretar estado de

calamidade pública em função da situação

financeira pela qual os produtores estão passando,

da redução em suas receitas, da dificuldade em

honrar seus compromissos, dos efeitos destas

circunstâncias na economia local e nas finanças

das prefeituras dos municípios. Diante de

problemas jurídicos para decretar o estado de

calamidade, passou para moção.

Conforme levantamento do relatório de preços

semanais recebidos pelos produtores (nº 2012 –

Núcleo de Informações e Análises –

GPL/Emater/RS-Ascar), disponível no endereço,

http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/precos

/preco_02022018.pdf no período de 15 a

22/02/2018 o preço do leite variou entre R$ 0,76

a R$ 1,03/L, de acordo com o volume e a

qualidade do produto. O preço médio ficou em R$

0,92/L, apresentando estabilidade em relação às

últimas oito semanas.

Ovinocultura - A condição corporal do rebanho

ovino em geral é boa e com a ocorrência de

chuvas nas últimas semanas deve se manter e

melhorar devido ao rebrote do campo nativo e ao

início da utilização de pastagens cultivadas de

verão.

O produtor deve manter-se alerta seguindo o

calendário de manejo sanitário, uso do método

Famacha, exame parasitológico de fezes quando

possível e utilização de anti-helmínticos de curto

espectro mais indicados para esta época e para a

verminose específica, evitando com isso a já

constatada alta resistência deste parasito a

diversos produtos. O período é de banhos

sarnicida e piolhicida com produtos específicos

recomendados pelo serviço oficial de defesa

agropecuária. Ocorrem a seleção de fêmeas para

encarneiramento e a realização de exames

andrológicos nos reprodutores.

Comercialização Mercado continua procurando animais para abate. Preços pagos para lã e animais para abate no

município de Bossoroca

Produto Preço (R$)

Amerinada kg 17,00

Prima A kg 16,00

Prima B kg 14,00

Cruza 1 kg 9,00

Ovelha kg vivo 5,20

Capão kg vivo 5,90

Borrego kg vivo 6,20

Cordeiro kg vivo 6,20

Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de

Santa Rosa

Preços praticados nesta semana para a

comercialização de cordeiros para abate

(R$/kg)

Município Preços

Alegrete 5,50

Bagé 6,00

Dom Pedrito 6,50

Encruzilhada do Sul 6,50

Jaguarão 6,00

Júlio de Castilhos 5,50

Piratini 6,50

Santana do Livramento 6,50

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Santiago 5,50

Santo Antônio das Missões 5,70

São Borja 6,00

São Gabriel 6,00

Uruguaiana 5,20 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos

produtores no período 15 a 22/02/2018 – Núcleo de

Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar.

Conforme levantamento do relatório de preços

semanais recebidos pelos produtores (nº 2010 –

Núcleo de Informações e Análises –

GPL/Emater/RS-Ascar), disponível no endereço

http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/precos

/preco_02022018.pdf no período de 15 a

22/02/2018 o preço do cordeiro para abate

variou entre R$ 5,20 a R$ 6,50/kg vivo. O preço

médio ficou em R$ 5,91/kg vivo, apresentando

estabilidade em relação às últimas semanas.

Evento Em Santa Vitória do Palmar, ocorreu reunião com o Consulado do Uruguay no Chuí, para organização do 11º Encontro Regional de Ovinocultura. O país vizinho participará com palestrantes nos painéis e com mostra de artesanato em lã.

Suinocultura - Produtores mantêm alojamento e

entrega para abate, com preços para o produtor

integrado. O custo da alimentação segue

relativamente baixo. A queda no consumo de

carne suína provocou queda do preço ao produtor.

Na região de Santa Rosa, a condução da

atividade se dá de acordo com as políticas das

empresas integradoras regionais. Em Porto Mauá

e Porto Vera Cruz, há programas municipais de

incentivo à atividade na construção das

instalações. Em Horizontina, Santo Cristo, Novo

Machado, Cândido Godói e Tucunduva,

ocorrem ampliações de pocilgas de integrados e

novas instalações motivadas pelos bons retornos

na atividade. A demora no processo de

licenciamento ambiental continua sendo um

entrave para a atividade. Em Santo Cristo há

procura por parte das integradoras em ampliar a

suinocultura no município. Ocorreu uma pequena

queda no preço dos suínos na última semana;

comercializado a R$ 2,90/kg, mais tipificação de

carcaças. Produtores não integrados estão

recebendo valores que podem chegar a R$

3,35/kg vivo. Mercado em queda na semana.

Piscicultura – Na região de Erechim, a

piscicultura é uma atividade de relativamente baixa

importância econômica na região do Alto Uruguai.

Piscicultores estão se preparando para a Semana

Santa, onde ocorre o maior volume de

comercialização de pescado na região. Carpas

estão sendo vendidas entre R$ 4,00 e R$ 7,00/kg,

contudo faltam compradores para volumes

grandes. Na região de Santa Rosa, a oferta de

pescado está normalizada. Os piscicultores estão

abrindo os açudes e efetuando a despesca.

Continuam o povoamento de açudes e a entrega

das encomendas de alevinos em toda a região,

com orientações técnicas sobre manejo e

implantação de policultivo de carpas e sobre os

cuidados que devem ser tomados na introdução

dos alevinos, no arraçoamento inicial e no cuidado

com predadores. Em Guarani das Missões, há

problemas de mortalidade de peixes; até o

momento não se tem definida a causa, mas

suspeita-se da contaminação dos tanques de

peixe por agrotóxicos, aplicados na cultura da

soja, que provoca a morte do fitoplâncton e a

consequente morte dos peixes por falta de

oxigênio.

Preços praticados nas regiões de Porto Alegre,

Metropolitana, Centro-Sul, Vale do Gravataí e

Vale do Paranhana (R$/kg)

Produto/espécie Mínimo Máximo

Carpa capim (vivo) 5,50 7,00

Carpa prateada (vivo) 5,50 7,00

Carpa cabeça grande (vivo)

5,50 7,00

Carpa húngara (vivo) 5,50 7,00

Tilápia (vivo) 5,00 6,00

Carpa capim (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa prateada (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa cabeça grande (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa húngara (feira - vivo)

13,00 14,00

Tilápia (filé) 27,00 32,00

Carpas em geral (eviscerada)

14,00 15,00

Carpas em geral (postas)

22,00 25,00

Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Porto

Alegre

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Pesca artesanal - Região de Pelotas - em 19 de fevereiro ocorreu em Pelotas reunião com o secretário da SDR municipal, na Colônia Z3, para tratativas da Semana do Peixe. Segue a safra do camarão e há grande otimismo, após cinco anos seguidos de frustrações. A previsão é que sejam capturadas duas mil toneladas do crustáceo na região Sul até o final de maio, quando inicia um novo período de defeso. Porém, a captura do camarão continua baixa no geral e com boa expectativa para março. O preço do camarão para venda direta ao consumidor é de R$ 12,00/kg com casca e o dobro para o produto limpo. Safra da tainha e da corvina. Na Bacia da Lagoa Mirim, pesca com pouca captura. Segue a safra de camarão na Lagoa do Peixe. Região de Santa Rosa - a pesca está em franca redução e os pescadores dizem ser por conta da água da barragem a montante que libera água com menor oxigenação. É necessária a regularização das carteiras de pilotagem de barcos, onde deverá ser criado um movimento para elaboração destes documentos e renovação dos que estão vencidos. Região do Litoral Norte - os pescadores artesanais de cabo estão pescando, mas a produção é muito baixa devido à temperatura da água do mar estar elevada neste período. Espécies com pesca proibida: Cação, Cação Viola, Arraia e Garoupa. Preços praticados no município de Torres (R$/kg)

Abrótea (filé) 12,50

Anchova 13,50

Bagre (filé) 10,00

Corvina 11,50

Linguado (filé) 25,00

Papa-terra 12,00

Peixe-anjo (filé) 14,80

Peixe-rei 10,00

Pescada (filé) 14,00

Tainha 12,50

Tilápia (filé) 20,00

Tilápia eviscerada 12,00

Tilápia viva 10,00 Fonte: Escritório Regional Emater/RS-Ascar de Santa Rosa

Apicultura – Os apicultores estão preparando as

caixas para pegar novos enxames de abelhas

africanizadas. Além disso, também realizam a

manutenção das caixas danificadas e a colocação

de cera nova nos caixilhos. Manejo dos apiários

para evitar enxameações, captura de novos

enxames e colocação de sobrecaixas. Apicultores

revisam colmeias e realizam roçadas dos apiários.

O estado sanitário dos enxames é bom e as caixas

contam com boa reserva de alimento. Produtores

programam nova colheita em colmeias que

estavam com melgueiras por completar na

primeira colheita. Foi observado que após a

ocorrência das chuvas nas semanas anteriores a

disponibilidade de flores aumentou e

consequentemente a movimentação dos enxames

no forrageamento. Espera-se recuperação da

produtividade ainda no mês de fevereiro. Em

Canguçu, continua forte a mortandade de

enxames neste período; suspeita-se que seja pelo

uso elevado de agrotóxicos nas lavouras de soja.

A estiagem nas regiões de Bagé e Pelotas, a

pouca chuva e altas temperaturas comprometem o

bom florescimento das espécies melipoliníferas, e

consequentemente a produção de mel; assim, as

perspectivas são de baixa produção para a safra,

o que já está se verificando, com perdas em

alguns municípios de 40%. Já nas regiões de

Caxias do Sul, Erechim, Passo Fundo, com o

tempo bom desta semana, as campeiras

trabalharam bastante coletando pólen e néctar,

retomando a produção de mel. Apicultores estão

satisfeitos com as quantidades produzidas por

caixa na segunda colheita. As floradas

predominantes são de espécies nativas (carqueja

e mata nativa).

Preços praticados na comercialização do mel

no Estado (R$/kg)

Região A granel Embalado

Bagé 9,00 20,00

Caxias do Sul 12,00 22,00

Erechim 15,00 22,00

Passo Fundo - 20,00 e 25,00

Pelotas 12,00 22,00

Porto Alegre 12,00 20,00 a 25,00

Santa Rosa - 20,00 Fonte: Escritórios regionais da Emater/RS-Ascar.

ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2013/2017

22/02/2018 15/02/2018 25/01/2018 23/02/2017 GERAL FEVERERO

Arroz em Casca 50 kg 35,44 35,54 36,95 51,62 45,79 47,54

Feijão 60 kg 129,00 131,00 129,69 201,46 189,96 195,54

Milho 60 kg 27,33 27,25 27,15 28,80 32,03 33,44

Soja 60 kg 64,89 64,37 63,11 69,62 76,42 77,27

Sorgo 60kg 20,00 20,00 20,00 29,22 27,94 29,47

Trigo 60 kg 29,58 29,47 30,03 30,39 38,18 37,85

Boi para Abate kg vivo 4,87 4,87 4,87 5,49 5,39 5,50

Vaca para Abate kg vivo 4,21 4,19 4,16 4,89 4,81 4,92

Cordeiro para Abate kg vivo 5,19 5,89 5,96 5,90 5,72 5,73

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,18 3,19 3,21 3,72 4,00 4,10

Leite (valor liquido recebido) litro 0,92 0,92 0,92 1,21 1,11 1,07

19/02-23/02 12/02-16/02 22/01-26/01 20/02-24/02

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é

a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2013-2017.